segunda-feira, 17 de março de 2025

QUAL É O DIA CONSAGRADO À ADORAÇÃO DA CRUZ?

QUAL É O DIA CONSAGRADO À ADORAÇÃO DA CRUZ? 

O que é e qual é o dia da adoração (na verdade da idolatria da cruz), da chamada “Santa Cruz” pelos católicos? A sexta-feira da paixão é o dia oficial da idolatria e da adoração da cruz segundo a literatura oficial da Igreja Católica e conforme várias publicações do Jornal Vaticano News. Na atualidade muitas igrejas evangélicas pentecostais e outras até conservadoras estão utilizando a incorporação da cruz em seus templos, em suas literaturas, em seus cultos, carregando objetos com símbolos da cruz no corpo e em outros lugares e de diversas maneiras. Dizem que é o símbolo do Cristianismo, ledo engano, é o símbolo maior da idolatria da igreja católica romana; a cruz foi e é considerada um símbolo de adoração pelo catolicismo romano desde a muito tempo, desde o século IV d.C, como o crucifixo e a obrigatoriedade também do católico de fazer o sinal da cruz. Abaixo transcrevo alguns textos de como é feita todos os anos as cerimônias de adoração da cruz no dia dedicado à adoração do madeiro com ou sem a imagem do senhor morto, dentro das igrejas católicas. 

A – A adoração da cruz que os fiéis católicos veneram e adoram, assim como o crucifixo, o madeiro da cruz e a imagem do Cristo morto, são elementos fundamentais na tradição católica assim como os milhares de santos beatificados e canonizados pela igreja em seus concílios e reuniões sacerdotais. A adoração da cruz é um momento de silêncio e gratidão, em que os fiéis reconhecem o sacrifício de Jesus. A adoração da Cruz é apresentada de diversas maneira, podendo ser trazida para a igreja em procissão, ou de outras formas quando os fiéis se aproximam da cruz e adoram-na, por genuflexão ou outro gesto apropriado; tudo faz parte da celebração da paixão do Senhor morto. 

B - O que é a genuflexão, em que consiste a genuflexão? A genuflexão é um gesto de adoração que consiste em dobrar o joelho direito até o chão, mantendo o esquerdo dobrado e o tronco ereto. Esse gesto é reservado especialmente para Cristo na Eucaristia, quando o Santíssimo Sacramento está exposto ou guardado no Sacrário. Além disso, também é feito em reverência à Santa Cruz, mas somente durante a solene adoração realizada na Sexta-feira Santa ou sexta feira da paixão, até o início da Vigília Pascal. Ao entrar e sair do sacrário onde estão os elementos sagrados, também se faz a genuflexão. No entanto, durante a Missa, a genuflexão não é feita. Ou seja, ao se aproximar do sacrário no início da Missa e ao deixá-lo no final, faz-se a genuflexão, mas não durante a Missa em si. Por exemplo, se alguém se aproxima para proclamar uma leitura, fará apenas uma reverência ao Altar, como é devido. E, se estivermos passando em procissão em frente a um igreja católica, também não fazemos a genuflexão. 

C - Quando fazer a genuflexão? A Instrução do Missal Romano enfatiza que os gestos e posturas corporais durante a celebração da Missa desempenham um papel significativo. Tanto o sacerdote, os seus auxiliares e os ministros, quanto o povo são chamados a agir de forma a tornar a celebração reverente, nobre e simples. A fim de que todos compreendam plenamente o significado de cada parte da liturgia e possam participar ativamente. A posição comum do corpo, que é observada por todos os participantes, é um sinal da unidade da comunidade cristã. Ela representa o fato de que todos estão reunidos como membros de uma mesma comunidade de fé para participar da Sagrada Liturgia. Sendo assim, essa postura comum expressa e estimula os pensamentos e sentimentos dos fiéis, o que contribui para um maior envolvimento com o mistério celebrado. Uma forma comum de adoração é fazer uma genuflexão e depois beijar o crucifixo, (ou seja beijar a cruz). 

D - O significado da adoração da Cruz. A adoração da Cruz simboliza o beijo na própria face de Cristo. A adoração da Cruz é um momento de silêncio e gratidão. A adoração da Cruz é um momento de meditação sobre os mistérios da salvação. A adoração da Cruz é um momento de contemplação do amor de Deus por nós manifestado na Cruz. A tradição da adoração da Cruz. A tradição da adoração da Cruz remonta ao século IV, quando Santa Helena procurou a Cruz usada na crucificação de Cristo em Jerusalém. Nomeia-se como Adoração da Cruz a cerimônia da Sexta-feira Santa ou sexta feira da paixão, na qual um crucifixo, ou um madeiro da cruz é posto à veneração (adoração) pelos fiéis nas Igrejas Católicas. O rito integra a Celebração da Paixão e Morte do Senhor, principal cerimônia deste dia em que, desde os primórdios da era Cristã, não se celebram missas; fazem-se somente as cerimônias de adoração da cruz. Após as leituras de praxe e antes da distribuição da comunhão eucarística, uma imagem de Jesus crucificado é trazida à nave da Igreja. A Igreja não prescreve que parte do crucifixo, ou da cruz deve o fiel beijar; em tempos recentes, no entanto, desenvolveu-se a tradição de oscular os pés da imagem. Devotos da Sagrada Face de Jesus podem ser orientados a beijar o rosto do Cristo, enquanto membros do Apostolado da Oração costumam beijar-lhe o peito, em reconhecimento de sua devoção pessoal ao Sagrado Coração de Jesus. 

E - (Matéria sobre a Adoração da Santa Cruz, publicação do Secretariado Rainha da Paz de Belo Horizonte – MG. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Nós Te adoramos, ó Cristo, e Te bendizemos, porque pela Tua Santa Cruz remiste o mundo. Jesus, me prostro de joelhos diante da Tua cruz, essa cruz na qual morreste por meu amor. Na cruz nos mereceste a salvação eterna no céu e nos abriste o caminho da paz e da reconciliação na terra. Obrigado pela Tua cruz! Obrigado por tê-la carregado com amor! Confesso desde logo, Jesus, que não consigo compreender por que precisavas sofrer tanto. Por isso, com maior razão ainda Te agradeço. Obrigado por me teres marcado com o sinal-da-cruz desde o início da minha vida. No batismo, este sinal de salvação se imprimiu indelevelmente em minha alma e em meu coração. Embora não consiga entender a Tua cruz, ela não é para mim loucura nem escândalo, mas, ao contrário, sinal do Teu amor e caminho da minha salvação). 

F - Jesus, a Tua Mãe, forte e fiel, se encontrava ao pé da cruz. Ela ouvia e guardava no coração as palavras que pronunciavas naquelas horas da Tua terrível paixão e morte. Obrigado, Maria, por teres também Tu carregado a cruz. Obrigado pelo Teu chamamento a permanecermos junto à cruz e nos consagrarmos a ela: "Queridos filhos! Nestes dias (da novena em preparação à festa da Exaltação da Cruz), quero convidá-los a colocarem a cruz no centro de suas vidas. Rezem especialmente diante da cruz da qual derivam grandes graças. Nestes dias, façam em suas casas uma consagração especial à cruz. Prometam não ofender a Jesus nem à cruz, e não blasfemem. 

G - Obrigada por terem respondido à minha chamada".(12/09/1985). No início desta adoração, ó Maria, atendendo ao Teu convite, me consagro à Cruz. Fica ao meu lado neste momento e faze que a minha consagração seja total! Ó Cruz, me consagro a ti. Renuncio aos meus pecados e a todos os pecados que se cometem no mundo. Renuncio a todas as ofensas praticadas por mim e pelos outros. Envergonho-me, Jesus, de ter pecado, de ter ofendido a Ti e ao sinal da minha salvação. De hoje em diante, porém, quero pertencer só à Tua Cruz. Que ela seja para mim o sinal único de esperança e salvação! Permaneça em silêncio diante da cruz. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. Canto que tenha por tema a cruz. Jesus, a Tua Cruz não é um sinal mudo, mas antes um grito que chama ao perdão, à reconciliação dos homens com Deus, à justiça e ao amor universal. Na cruz Tu não permaneceste mudo. O sofrimento não Te fechou a boca, nem te inspirou sentimentos de vingança. Mas precisamente no momento mais crucial ela se abriu para invocar perdão e amor! 

H - Agradeço-te pelas palavras de perdão que pronunciaste naquele instante em que tinhas todas as razões para condenar! Obrigado por teres suplicado ao Pai que perdoasse e usasse de misericórdia! E a ti, Pai, obrigado por teres ouvido e atendido as palavras de teu Filho, quando a Tua bondade era assim "posta à prova". Obrigado pelas palavras que ele proferiu: "PAI, PERDOAI-LHES, POIS NÃO SABEM O QUE FAZEM!". Ninguém, Jesus, entre os que tinham orquestrado tua morte, esperava expressões tais. Pervertidos pelo ódio e cegados por uma densa treva, descarregaram sobre Ti o seu furor, cravando-Te na cruz. Enquanto eles Te desdenhavam, zombavam de Ti, Tu suplicavas ao Pai que não lhes imputasse como pecado este procedimento. Faze que Tuas palavras tenham agora um eco profundo em meu coração! Repito em meu íntimo: "Pai, perdoai-lhes, pois não sabem o que fazem!". Jesus, sinto despertarem-se em mim imagens de violência. Ó crueldade humana! Tu, Senhor, só operaste o bem, e agora Te retribuem desta maneira! Amargurado, me pergunto como tudo isto foi possível. Dá-me lágrimas para chorar diante da cruz, símbolo da crueldade humana e da nossa complacência com o mal, mas sobretudo sinal do teu amor por nós! Ó Maria, Tu mesma viveste esses fatos e ouviste as palavras de perdão de Teu Filho. Obrigado por apareceres aos videntes de Medjugorje com a cruz na mão, chorando e repetindo: PAZ, PAZ, PAZ! Quero que esta palavra ressoe agora em meu coração, despertando em mim o arrependimento e o desejo de reconciliação! Permaneça em profunda meditação e se arrependa de seus pecados, especialmente do ódio e da intolerância, que talvez se encontrem em você. Ó Jesus, por intercessão de Maria, Te peço nesta noite a graça do perdão! Perdoa-me pelos pecados que cometi consciente ou inconscientemente! Cura-me das minhas maldades, a fim de que o perdão e a paz possam penetrar profundamente em mim! Silêncio. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória. Canto.). Este texto acima é de instrução da adoração da cruz, é também da literatura oficial da igreja católica. 

1 – Refutação bíblica: Deus condena todo e qualquer tipo de idolatria, inclusive e principalmente a adoração da cruz. A idolatria cega o entendimento das pessoas e as anestesia espiritualmente. Por isso, os idólatras se apascentam de cinza. A idolatria engana e ilude o coração das pessoas, pois passam a confiar naquilo que não pode livrá-las, (Is 44.21). Mas por que a idolatria engana, se o ídolo é nada? Por que a idolatria é tão perigosa se o ídolo tem boca, mas não fala; tem olhos, mas não vê; tem mãos, mas não apalpa; tem pés, mas não anda? O apóstolo Paulo responde a essa pergunta, dizendo que inobstante o ídolo ser nada, o que está por trás dele são os demônios (1Co 10.19,20). Aqueles que pensam estar agradando a Deus, venerando ou adorando uma imagem de escultura, pensando com isso, estar adorando ao próprio Deus estão absolutamente enganados. Aqueles que imaginam que podem se prostrar diante de imagens de santos, imaginando que estes podem ser mediadores entre eles e Deus, ofendem a seu Filho, que é o único mediador entre Deus e os homens (1Tm 2.5). Aqueles que recorrem a práticas idólatras para adorar a Deus à revelia do ensino das Escrituras precisam saber que Deus abomina a idolatria e sua palavra nos exorta a fugir dos ídolos, (1Jo 5.21). O Deus único e verdadeiro estabeleceu o modo como devemos adorá-lo. Ele não busca adoração; ele procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade. 

2 – Deus é Deus dos vivos e não dos mortos: Criado para dominar sobre a criação, o homem passa a ser assolado pelo medo. Em vez de exercer uma vida de autoridade sobre o que está à sua volta, o homem é agora dominado pelo temor e receio de tudo. É dessa nova condição humana que nasceram os cultos externos da idolatria. O homem, que com a presença e a orientação de Deus exercia pleno domínio, passa a ser orientado pelo medo e, a fim de obter novamente algum controle, começa a adorar a criação e tudo o que considera maior que ele, os trovões, os astros, os animais etc., além de tudo o que não pode compreender completamente. A expressão da verdade conforme o salmo 8 torna-se agora confusa em razão do pecado: “Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e os bois, assim como os animais selvagens, as aves do céu, os peixes do mar e tudo o que percorre as veredas dos mares”, (Sl 8.6–8). Seria necessário algum outro que pudesse exercer esse domínio. Aqui nos vemos diante de um fato bastante paradoxal: aquela árvore do Éden era desejável para dar conhecimento e entendimento, mas agora, após alcançá-la, o homem passa a adorar tudo o que não consegue conhecer ou entender. Ele sente medo e assim adora. Exatamente o oposto do que deveria ocorrer. 

3 – Latria e Idolatria: A defesa dos pais da fé pelos Teólogos mais evidentes no decorrer da história da igreja discutiram muito sobre estes temas. O que é Latria? Latria é um termo utilizado na teologia e no conhecimento bíblico para descrever um tipo específico de adoração. Derivado do grego “latreia”, que significa “serviço religioso” ou “culto”, a Latria é a forma mais elevada de adoração que é oferecida exclusivamente a Deus. É um conceito fundamental na tradição cristã e desempenha um papel importante na compreensão da relação entre Deus e os seres humanos. O culto da Latria (adoração) é único e exclusivamente para Deus. Só Deus pode ser adorado e só Cristo, Deus feito homem, Ele é o Salvador. O próprio Cristo nos disse: "Ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele prestarás culto", (Mt 4, 10). O que é Idolatria? A Idolatria é o ato de prestar culto a ídolos. O dicionário informal da língua portuguesa define idolatria como “dar atributos de Divino a qualquer objeto, coisa ou pessoa como se fossem Deus e adorá-los. Simbolizar o sagrado e divino não é o mesmo que ser sagrado e divino. Imagens por exemplo pode ser símbolos ou ídolos dependendo da dimensão que ela assume diante daquele que a tem. Posso ter uma imagem e não ser idólatra como também posso ter e ser”. 

4 - Estamos diariamente diante de situação que põe a prova nossa lealdade e fidelidade a Deus. Constantemente somos testados, como Eva o foi no Éden, e, invariavelmente tomamos as vezes o mesmo caminho do erro escolhendo os ídolos do nosso coração. Essa necessidade pujante de adorar é inata do ser humano. Precisamos redirecionar essa necessidade ao nosso Deus Criador urgentemente, sob pena de quebrarmos os mandamentos morais de Deus a cada instante de nossas vidas. Princípios, valores e regras de Deus são imutáveis. 

5 - Os cristãos evangélicos correm mais perigo quanto à idolatria. Na concepção de muitos, apenas as imagens e peças sacras comuns entre os católicos ou as religiões pagãs indicam a prática idólatra, já que esses objetos são claramente condenados por Deus na Bíblia, constituindo uma violação direta do segundo dos Dez Mandamentos: “Não farás para ti imagens de esculturas, nem figura alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, ou nas águas debaixo da terra; não te curvarás diante delas, nem as cultuarás”, (Dt 5.8,9). 

6 - A egolatria no culto cristão transformou o culto que era exclusivamente de adoração a Deus, para cultuar o ser humano, os líderes milagreiros e enganadores. Contudo, esse comportamento voltado para o próprio “eu”, infelizmente, não se restringe aos ambientes que consideramos “seculares”, mas se manifesta com igual intensidade no culto cristão. Os hinos cristãos do passado, ao contrário de muitos cânticos de hoje, eram de fato uma expressão de louvor ao personagem mais importante da reunião da igreja: Deus. As composições mais antigas evidenciavam uma preocupação teológica maior de ressaltar a grandeza do Criador, bem diferente do que ouvimos hoje em boa parte dos cânticos entoados nas rádios e reproduzidos em muitas igrejas. Por falta de uma teologia adequada, na chamada “música gospel” atual simplesmente transparece o individualismo exacerbado, que nada mais é do que a manifestação concreta da nossa antiga idolatria. Desse modo, em muitas das nossas celebrações dominicais, o “eu” se destaca e ocupa o lugar mais proeminente durante o culto do que o nome de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador. Caso você queira ter uma percepção melhor desse fato, sugiro que faça uma experiência em sua igreja no próximo domingo. Anote quantas vezes a palavra “eu” é mencionada, explícita ou implicitamente, durante o momento de louvor, nas orações ou em outras expressões de devoção, e até na pregação. Essa experiência fará você constatar a presença insidiosa da adoração do “eu”. O “eu” não é proibido, mas devemos sempre lembrar de onde viemos e para onde vamos ou queremos chegar. A construção do contexto do culto nunca é em torno do próprio homem, mas do Deus altíssimo. 

7 - A triste realidade mostra que a cultura individualista se infiltrou nas reuniões em que os cristãos deveriam se reunir como o corpo de Cristo, com o propósito de edificar uns aos outros e adorar conjuntamente ao nosso Salvador (Cl 3.15–17). Assim, já não nos reunimos para adorar a Deus. Apesar de estarmos juntos, no mesmo espaço, nossa adoração é fragmentada e sem foco no único que merece toda a nossa atenção e adoração. Não somos nós coletivamente adorando o “Grande Eu Sou”; ao contrário, sou eu individualmente adorando a mim mesmo. 

8 - O “culto” de idolatria” é caracterizado por adoração e rezas concernentes ao (os) ídolo (os) adorado (os). Deus odeia os ídolos e até mesmo os materiais utilizados para formá-los, (Deuteronômio 7:25). Deus odeia a adoração ao sol, à lua e às estrelas, (Deuteronômio 17:3-4). Deus odeia o sacrifício humano, (Deuteronômio 18:10). Deus odeia adivinhações, (Deuteronômio 18:10). Deus odeia as feitiçarias, (Deuteronômio 18:10). Deus odeia os encantamentos, (Deuteronômio 18:11). Deus odeia a bruxaria, (Deuteronômio 18:11). Deus odeia a mediunidade, (Deuteronômio 18.11). Deus odeia a necromancia, (Deuteronômio 18:11). Deus odeia a idolatria, (Jeremias 44: 2-4). Deus exige que os idólatras sejam condenados à morte, (Deuteronômio 13:10-11). Deus ordena que fujamos da idolatria, (1 Coríntios 10:14). Deus oferece o perdão para os idólatras, (1 Coríntios 6:9-11). 

9 - O que a bíblia diz sobre adoração da cruz ou de qualquer outro objeto ou de qualquer outro Deus? O que Deus diz sobre idolatria? Será que a idolatria ofende a Deus? Tudo que toma o lugar de Deus em nossa vida é idolatria. Só Deus merece adoração. O segundo mandamento proíbe a idolatria (Deuteronômio 5:8-10). Uma visão bíblica do que é Idolatria. Os povos vizinhos de Israel adoravam ídolos, que são imagens de esculturas feitas pelas mãos dos homens para serem chamados de deuses. Eles acreditavam que os deuses moravam dentro das imagens e que podiam ser manipulados com rituais e sacrifícios. Muitos israelitas adotaram os ídolos e os rituais idólatras desses povos (Juízes 2:11-12). Mas a Bíblia diz que só há um Deus, que é espírito e não pode ser representado por imagens nem objetos criados por mãos dos homens, (João 4:24). Deus não mora dentro de estátuas nem pode ser manipulado. Não existem outros deuses; quem acredita neles acredita em uma mentira. 

10 - A Bíblia mostra que adorar uma imagem é um ato ridículo. Um ídolo é só um objeto comum, criado e formado por uma pessoa. Não pode ver, não pode ouvir, nem falar, muito menos ajudar quem ora para ele fazer alguma coisa. Adorar um ídolo é como adorar um pedaço de lenha inútil, que só serve para ser queimado no fogo, (Isaías 44:16-17). Como evitar a idolatria? Para evitar a idolatria, basta focar em Deus. Ponha sempre Deus em primeiro lugar, (Deuteronômio 6:4-5; Gálatas 6:7). Ponha sua vida toda nas mãos de Deus. Um ídolo não é capaz de controlar a vida de ninguém, ídolos não controlam coisa nenhuma e nem a sua vida, mas Jesus veio para salvar, libertar e curar o pecador, tirando-o das trevas para Sua maravilhosa luz. Você não precisa mais ficar escravizado pela idolatria. Ore pedindo a ajuda de Deus para ficar livre dos ídolos. 

11 - A idolatria no Novo Testamento. Se no Antigo Testamento a idolatria é fortemente censurada e reprovada por Deus, o mesmo acontece no Novo Testamento. Com o avanço da pregação do Evangelho entre as nações gentílicas, os cristãos precisaram discutir questões relacionadas à idolatria, (At 15:20; 1Co 8; 10; 1Pe 4:3; Ap 2:14,20). No capítulo 1 da Carta aos Romanos, Paulo escreveu sobre as vãs filosofias humanas que mudam “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de repteis”, (Rm 1:23). No Novo Testamento, qualquer um que adora deuses pagãos ou que coloca qualquer outra coisa numa posição mais elevada do que o Senhor Jesus, depositando uma confiança que só deve ser demonstrada a Ele, é chamado de idólatra. Existem várias exortações para que os cristãos não se associem com as práticas idólatras e fujam terminantemente da idolatria, (1Co 10:7,14; 1Jo 5:21). 

12 - O Senhor Jesus alertou também para o perigo da adoração às riquezas, que personifica o dinheiro como um senhor, mamom, e torna o homem infiel. Jesus foi claro ao dizer que não se pode servir a Deus e as riquezas (Mt 6:24; Lc 16:13), e o mesmo também foi ensinado pelo apóstolo Paulo que colocou a avareza e a idolatria em conexão num mesmo patamar, (Cl 3:5; Ef 5:5). A idolatria é apontada por Paulo como sendo uma obra da carne, associada também a outras concupiscências e práticas malignas, como a bruxaria e a imoralidade sexual de todo tipo, (Gl 5:19,20; Rm 16:18; Fp 3:19). 

13 - Então qual o perigo da idolatria? Se no Antigo Testamento podemos ler sobre as duras punições que o povo de Israel sofreu devido a sua idolatria, no Novo Testamento lemos exortações claras sobre o grande perigo da idolatria. De forma bem direta, a Palavra de Deus nos diz que quem pratica a idolatria não herdará o reino de Deus, (1Co 6:10; Ap 22:15), bem como que a punição para os idólatras será a condenação no lago de fogo por toda a eternidade (Ap 21:8). 

14 - Existe idolatria nas igrejas evangélicas? Infelizmente sim. Um falso evangelho tem sido pregado e seu principal fundamento é a idolatria travestida de outras coisas que chamam a atenção do público. As pessoas estão procurando amuletos na tentativa de materializar o poder de Deus, e com isso introduzem misticismos e superstições entre os cristãos. É fácil encontrar pessoas que se apegam a rosas, líquidos supostamente consagrados como água e do dilúvio, sal grosso, pedaços da cruz de Jesus, óleos perfumados, lugares que alegam ser sagrados, e uma infinidade de outros produtos desenvolvidos para abastecer o poderoso mercado gospel, que sustenta verdadeiros artistas e animadores de palco. As pessoas idolatram também seus próprios líderes, que reivindicam sobre si uma espécie de “unção especial” de Deus para guiar tais pessoas a uma vida de milagres que não existem e nunca existiram. 

15 - Claro que a Palavra de Deus esclarece que tais líderes são “doutores” levantados pelos homens conforme suas próprias concupiscências, pois não suportam a sã doutrina. Tais pessoas estão com os ouvidos desviados da verdade, e o evangelho que seguem não passa de fábulas (2Tm 4:3,4). É comum também encontrar alguém que, muitas vezes por falta de ensinamento e de conhecimento, idolatra coisas legítimas que não deveriam ser idolatradas, como por exemplo hipotético os próprios elementos da Ceia do Senhor que são elementos naturais, o pão e o vinho representam simbolicamente o corpo e o sangue de Jesus, não se transformam e corpo e sangue, continuam sendo pão e vinho. O Salmos 115 condena a idolatria e qualquer tipo de ídolos, além disso condena qualquer tipo de culto que não seja para adoração ao Único Senhor e Salvador, Jesus Cristo o Unigênito Filho de Deus. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pastor Waldir Pedro da Souza. 


Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 10 de março de 2025

QUEM FORAM POTIFAR E POTÍFERA NA BÍBLIA

QUEM FORAM POTIFAR E POTÍFERA NA BÍBLIA

A - Potifar era um alto oficial da corte de Faraó. Potifar comprou José dos comerciantes ismaelitas que o tinham levado até o Egito. Ele levou o jovem filho de Jacó à sua casa para servir-lhe como mordomo. Na casa de Potifar José foi muito abençoado pelo Senhor e rapidamente ganhou a confiança de Potifar. 

B - Feitos de Potifar na Bíblia e na história secular. Potifar foi um oficial de Faraó no tempo em que José, filho de Jacó, foi levado ao Egito. O nome Potifar provavelmente significa “a quem Rá deu”, no sentido de ter colocado na terra. Rá era o deus sol cultuado no antigo Egito. Esse significado vem do entendimento adotado por muitos estudiosos de que o nome Potifar é uma forma abreviada do nome Potífera. Se isso estiver correto, então o oficial de Faraó e o sacerdote da cidade de Om que posteriormente se tornou sogro de José no Egito, tinham o mesmo nome. Contudo, isso não quer dizer que Potifar e o pai de Azenate, esposa de José, eram a mesma pessoa. 

C - A história de Potifar. Potifar era um egípcio que, de acordo com a Bíblia, servia como oficial de Faraó e capitão da guarda (Gênesis 37:36; 39:1). Um ponto interessante na descrição bíblica de Potifar é que a palavra hebraica aplicada é a mesma para “eunuco”. Inclusive, algumas traduções da Bíblia em português se refere a Potifar exatamente assim, como eunuco de Faraó. No entanto, os eruditos explicam que o significado mais geral e antigo dessa palavra indicava um cortesão, ou seja, um oficial da corte. Assim, o sentido de eunuco é um significado mais restrito da mesma palavra usada para designar um oficial da corte que servia no alojamento das mulheres. Mas no caso de Potifar, um homem casado, obviamente o sentido mais apropriado dessa palavra é mesmo aquele e faz referência a um oficial que ocupava uma posição privilegiada exercendo um cargo de confiança na corte de Faraó. 

D - De acordo com os historiadores da história egípcia, o tipo de cargo ocupado por Potifar como “capitão da guarda”, fazia dele o líder do corpo da guarda real. Alguns comentaristas sugerem que talvez Potifar fosse um tipo de mordomo no palácio Egípcio, mas isso parece ser bem pouco provável. 

1 - José na casa de Potifar. Potifar aparece na história bíblica em conexão com a chegada de José ao Egito. A Bíblia diz que os irmãos de José praticaram uma grande maldade contra ele e acabaram-no vendendo a uma caravana de mercadores ismaelitas que estava seguindo em direção ao Egito. Dessa forma, José foi parar em terras egípcias para ser vendido como escravo. No Egito, Potifar se interessou e comprou José para servir em sua casa. O texto bíblico não informa qual foi o preço que Potifar pagou por José. Mas como os ismaelitas tinham comprado José de seus irmãos por vinte ciclos de prata, muito provavelmente a quantia paga por Potifar era superior a isso para que os ismaelitas pudessem ter algum lucro.  Apesar das circunstâncias, na casa de Potifar o escravo José prosperou. A Bíblia deixa claro que essa condição improvável se devia ao fato de que o Senhor estava com José. Inclusive, Potifar percebeu que José era um homem abençoado por Deus e o colocou como um tipo de mordomo responsável pela gestão de todos os seus bens. O texto bíblico ainda informa que desde que Potifar deu essa responsabilidade a José, o Senhor abençoou muito a sua casa por amor a José (Gênesis 39:5). Na verdade, com José em sua casa, Potifar tinha de se preocupar apenas com seus assuntos mais pessoais. (Gênesis 39:6). Mas a sua esposa parecia ter um amor doentio, uma fraqueza mental, paixão incontrolável, era uma coisa que dominava ela. A maldade da “esposa” de Potifar com José se expandiu dia a dia a ponto dela fazer aquela trama diabólica contra José. Se por um lado Potifar parecia ter grande estima por José, por outro a esposa daquele oficial egípcio colocou seus olhos sobre José de forma lasciva. A Bíblia diz que José era um homem formoso de porte e de semblante, (Gênesis 39:6). 

2 - Então a mulher de Potifar começou a pressionar José para que ele se deitasse com ela. Mesmo naquele tempo, o adultério já era reconhecido por muitos povos do antigo Oriente Próximo como uma transgressão muito grave; a ponto de os antigos códigos legais estabelecerem a pena de morte como a punição adequada aos adúlteros. José, no entanto, era um homem muito integro e temente a Deus. Para José, Potifar havia lhe confiado a administração de sua casa e jamais ele poderia trair a sua confiança tendo qualquer relacionamento com aquela mulher. Mais do que isso, José também sabia que se ele cedesse ao ataque da esposa de Potifar, ele pecaria contra Deus. (Gênesis 39:9). Mas diante da firmeza de José, a esposa de Potifar não desistiu, até que num certo dia ela agarrou José pela roupa e tentou forçá-lo a ter relações com ela. José então fugiu daquela mulher deixando sua roupa nas mãos dela. Foi aí que a esposa de Potifar chamou os homens de sua casa e acusou falsamente José de tentar violentá-la. 

3 - Potifar prende José. Mais tarde, quando Potifar voltou a sua casa, aquela mulher mentirosa sustentou a sua versão dos fatos, e José acabou sendo preso. Um escravo que tentasse violentar a esposa de seu senhor, provavelmente era morto. Mas como José foi apenas mandado à prisão, muitos estudiosos acreditam que talvez Potifar tenha, de alguma forma, desconfiado do testemunho de sua mulher. Seja como for, a verdade é que José foi mandado para o cárcere que recebia os presos da corte de Faraó. É claro que em tudo isso o propósito de Deus estava sendo cumprido, e todo aquele mal seria tornado em bem. 

4 - Depois dessas coisas, nada mais é dito na Bíblia a respeito da história de Potifar. Alguns comentaristas conjecturam que talvez o chefe dos carcereiros que confiou em José na prisão fosse o próprio Potifar. Outros sugerem que Potifar não era necessariamente o carcereiro-mor, mas, sim, o chefe da guarda que posteriormente entregou o padeiro e o copeiro de Faraó aos cuidados de José.

5 - Como o texto bíblico diz que o cárcere ficava na casa do capitão da guarda, e se estiver correta a suposição de que Potifar era o capitão da guarda responsável pelo cárcere, então José ficou aprisionado nas dependências da casa de Potifar, mas a historicidade define que a prisão era num lugar horrível e totalmente sem conforte. De qualquer forma, o texto bíblico não é claro nesse sentido e nada sobre isso pode ser afirmado com certeza. 

6 - Quem foi Potífera na Bíblia. Não se tem muita informação bíblica sobre ele, mas temos um pouco da história desse personagem na história secular e sobre a região e as divindades adoradas por ele e seus seguidores visto que ele era conhecido como sacerdote de Om. Potífera foi um sacerdote da cidade de Om no Egito antigo, mencionado em Gênesis 41:45 e Gênesis 41:50 da Bíblia hebraica e na Bíblia ARC. Ele foi o pai de Azenate, que foi dada a José como sua esposa pelo Faraó, e da qual nasceram dois filhos: Manassés e Efraim. 

7 - A história de Potífera na Bíblia está ligada ao Egito antigo e também a cidade de Om, (Heliópolis). Não há muita informação sobre a cidade de Om no Egito, mas aqui está alguma informação sobre a divindade Amon, que era adorada em Tebas: Amon era uma divindade local e pouco importante durante o Antigo e o Médio Império. Amon era adorado em Tebas, uma cidade que ficava longe dos centros de poder locais, como Mênfis, Heliópolis e Abidos. Amon, (Daí vem o nome Amonitas), provavelmente compartilhava sua mitologia com outros sete deuses locais. 

8 - Om: Nome de uma pessoa e de um lugar. 1. Filho de Pelete, e um dos principais homens da tribo de Rubem. (Núm 16:1) Ele estava entre os que protestaram contra Moisés e Arão, mas seu nome não aparece entre os rebeldes nas últimas palavras que estes dirigiram a Moisés ou quando foram punidos por Deus com destruição. (Núm 16:2, 3, 12-14, 23-35). Isto talvez se deva a que ele desempenhou um papel um tanto secundário na rebelião, ou pode até indicar que ele se retirou dela, depois da censura inicial de Moisés aos conspiradores. 2. Antiga e renomada cidade do Egito, situada a pouca distância de Cairo, capital do Egito na margem do rio Nilo e perto do ponto em que as águas desse rio se dividem para começar a formação da região do Delta. 

9 - Nos registros egípcios, o nome dessa cidade era escrito como Junu, ao passo que os registros assírio-babilônicos a mencionam como Ana ou Unu. Julga-se que o nome egípcio significa “Cidade da Coluna”, referindo-se talvez aos obeliscos (colunas altas, que se vão afilando, encima das colunas como uma ponta em forma de pirâmide) pelos quais a cidade era famosa; ou esse nome pode relacionar-se à pedra sagrada (chamada de a benben) ligada à adoração de Rá (Re), o deus-sol. Os gregos chamavam a cidade de Heliópolis, (Om), que significa “Cidade do Sol”, por ser o principal centro da adoração egípcia do sol. Om surge pela primeira vez nos registros da Bíblia como a cidade do sacerdote Potífera, cuja filha, Azenate, foi dada como esposa a José. (Gên 41:45,50) O próprio nome Potífera inclui o nome de Rá, o deus-sol. 

10 - Com o passar do tempo, o sacerdócio de Om tornou-se muito opulento, rivalizando, neste respeito, com o sacerdócio de Mênfis e sendo ultrapassado apenas pelo sacerdócio de Tebas (na bíblia Nô-Amom). Relacionada com o seu templo ao sol, onde funcionava uma escola para treinamento de sacerdotes e para o ensino de medicina. Filósofos e peritos gregos eram atraídos para lá, a fim de aprender a teologia sacerdotal, e Om tornou-se célebre como centro do saber egípcio. O profeta Jeremias foi inspirado a predizer que o Rei Nabucodonosor devastaria o Egito e ‘destroçaria as colunas de Bete-Semes, que está na terra do Egito’. (Jeremias 43:10-13). Bete-Semes corresponde de certo modo ao nome grego Heliópolis e significa “Casa do Sol”. Assim, a referência feita aqui é, provavelmente, à cidade de Om, e “as colunas” que deviam ser despedaçadas podem muito bem referir-se aos muitos obeliscos ao redor do templo do sol. 

11 - A profecia de Ezequiel contém um aviso similar. (Ezequiel 30:10, 17). Aqui, a pontuação vocálica hebraica do nome varia da de Gênesis, de modo que o nome é literalmente Áven (hebr.: ʼá·wen). Alguns eruditos sugerem que isto foi feito como um jogo de palavras, visto que Áven significa “Prejuízo; Algo Prejudicial”, e Om era um centro de idolatria. Este também pode ser o caso em Isaías 19:18, em que o texto refere-se a uma das “cinco cidades da terra do Egito, falando o idioma de Canaã e jurando a Jeová”, como a “Cidade de Derrubamento (hebr.: ʽIr ha-Hé·res)”. O Rolo do Mar Morto de Isaías apresenta ʽIr ha-Hhé·res, que significa “Cidade do Sol”, apontando assim também para Om (Heliópolis). Neste caso, também, talvez haja um jogo de palavras intencional, Hé·res (derrubamento) sendo substituído por Hhé·res (outra palavra hebraica para “sol”, menos comum que shé·mesh), em vista da intenção de Jeová de destruir a idólatra cidade de Om. A paráfrase deste trecho do versículo, encontrada nos Targuns Aramaicos, diz: “(Cidade de) a Casa do Sol, que há de ser destruída”. 

12 - Além da predita invasão destrutiva por Nabucodonosor, a cidade de Om (Heliópolis) evidentemente sofreu outro golpe quando Cambises II conquistou o Egito (segundo Estrabão, geógrafo grego que viveu perto do começo da Era Comum). Na época de Estrabão, Heliópolis já tinha perdido sua posição de importância e estava parcialmente abandonada. Hoje, o povoado chamado Al-Matariya ocupa parte do local antigo, e tudo o que ainda resta ali do anterior esplendor é um único obelisco de granito vermelho que data do reinado de Sesóstris I. Outros obeliscos de Heliópolis são agora encontrados em Nova York, Londres e Roma. Potifar e Potífera foram contemporâneos de José no Egito. Lá José foi fiel a Deus e deu testemunho do Senhor Deus como o único Deus e Senhor criador dos céus e da terra. 

13 - A Bíblia é a palavra de Deus para nos ensinar o caminho da verdade. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 2Timóteo 3:16. Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele escolheu para a sua herança. (Salmos 33.12). Feliz é a nação que ensina o temor do Senhor para as crianças desde pequena: “instrui ao menino no caminho em que deve andar”. Provérbios 22:6. Feliz é a nação, onde a juventude serve a Deus de verdade: “lembra-te do teu criador nos dias da sua mocidade. Eclesiastes 12:1. Feliz é a nação, onde: os “príncipes ensinam aos anciãos a sabedoria…”. Salmos 105:22. Feliz é a nação, cujos filhos não estão entregues a si mesmos. Feliz é a nação, no qual o homem teme ao Senhor e guarda os seus mandamentos. Feliz é o homem que “anda pelo caminho da retidão, no meio das veredas da justiça”. Provérbios 8:20. 

14 - Mas, quando um país é voltado para a idolatria, para ideologias anarquistas e satanistas, dividido em várias religiões, culturas e costumes, então Deus não abençoa aquela nação, o que era o costume dos Egípcios. No caso do povo Hebreu, eles adoravam somente a Deus, então a perseguição contra eles era implacável. Quando a força e a esperança dos homens estão na política, na ciência, e tudo firmado em sabedoria humana, conceitos e ideologias sem lógica, então tudo vai mal. Ainda que, se use o nome de Deus como selo de garantia; um povo que se diz cristão, mas ainda está contaminado com a força dos costumes dos homens, da idolatria que é pecado diante de Deus, então é só derrotas. Salmos 115. Quando homens que deveriam ser um exemplo para pregarem o evangelho e sua justiça, se contaminam no caminho dos ímpios, da perversidade, e se ajuntam às suas políticas e mazelas de corrupção, é só fracassos e escravização do povo. 

15 - Fomos chamados para proclamar as virtudes do Deus vivo e verdadeiro. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma; Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem. Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior”. 1 Pedro 2:9-13. Quando os homens estão cegos à realidade, quando a perversidade se tornou costume e cultura de um povo se desviou para o mal, quando os homens andam pelos seus ideais, e não pela direção de Deus, tudo vai por água abaixo. Quando as ações da perversidade e da malignidade agem na cegueira dos homens, o deus deste século, com o seu poder domina com sua cegueira espiritual, e impede o povo de entender a verdade de Deus. (2 Tessalonicenses 2). 

16 - Há providências de Deus quando tem um homem de Deus por perto, mesmo que esteja preso injustamente, o que foi o caso de José no Egito. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2 coríntios 4:3,4). A nossa maior luta não é física, mas é espiritual, onde satanás perverte as mentes humanas. Só quando a nossa força estiver em Deus, teremos vitória. E vitória que vem de Deus. “Está é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”. 1 João 5.4. Quando os mandamentos de Deus estiverem em primeiro lugar em nosso coração, na nossa alma, na nossa força, na nossa sabedoria, então venceremos como José, filho de Jacó, venceu e foi promovido do cárcere para ser governador do Egito.

17 - Ainda que as ameaças venham; ainda que os nossos problemas e adversidades sejam maiores e impossíveis, temos Deus a nosso lado. Não temas, confie inteiramente em Deus. “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o Senhor nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá”. 2 crônicas 32:7-8. Feliz é o homem cujo Deus é o Senhor. É Ele que o conduz no caminho que deve andar; sua força e esperança está em Deus que o conduz por pastos verdejantes e águas tranquilas, conforme está escrito no Salmos 23. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 3 de março de 2025

VENCENDO OS GRANDES DESAFIOS DA VIDA

VENCENDO OS GRANDES DESAFIOS DA VIDA 

A - Para vencer os desafios do dia a dia você precisa de muita fé e de muita capacitação profissional, mas para vencer grandes desafios é preciso ter, além da capacitação profissional e da fé, ter coragem para enfrentar os perigos, perseguições e os falsos amigos que sempre querem te derrubar, e para isso eles usam todas as estratégias da mentira e do engano de satanás até conseguir o objetivo deles. Precisamos ter certos cuidados porque o inimigo coloca muitos obstáculos diante de nós para nos derrubar e nos derrotar a todos os instantes. Os desafios da vida e as surpresas desagradáveis são muitas, são fortes e quase sempre deixam marcas profundas, mas não podemos retroceder em nossa jornada de fé. Deus nos abençoa pela fé. Hebreus 11.1. “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova (ou a convicção) das coisas que não se vêem”. 

B - "Pela fé, entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que aquilo que se vê não foi feito daquilo que é visível", este é um trecho da Bíblia, em Hebreus 11:3. A Bíblia também fala sobre a criação do mundo no livro de Gênesis, onde se lê que Deus criou tudo em seis dias e no sétimo dia descansou das suas obras. Provérbios 4:23 fala que as fontes da vida procedem do nosso interior, das profundezas do nosso coração. Por isso, precisamos estar atentos ao que permitimos entrar nesse espaço tão importante. Quando olhamos para a Bíblia, vamos ver que tudo o que Deus fez e faz envolve atitudes de fé e obediência da nossa parte. Este é o segredo para termos vitórias constantemente. 

C - Noé, obedecendo a ordem de Deus, precisou construir uma arca e toda a sua casa foi guardada da morte iminente do dilúvio que caiu sobre a terra. Moisés precisou voltar ao Egito, mesmo com medo de ser morto por causa do seu passado, e o povo de Israel foi liberto após 400 anos de escravidão. O centurião voltou para casa com apenas uma palavra de Jesus e encontrou seu empregado curado. Paulo, ao ser derrubado do cavalo, começou a ouvir a direção de Deus para cada uma de suas decisões. Assim, ele cumpriu o chamado que Deus tinha para ele. “… esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé”. (1 João 5:4).

D - Para sairmos vitoriosos sobre os obstáculos e desafios, precisamos colocar os cinco elementos da fé em ação, que são: crer na Palavra de Deus, confiar plenamente em Deus, depender totalmente de Deus, obedecer cem por cento à Palavra de Deus e olhar exclusivamente em Sua direção. A fé que gera resultados vitoriosos nasce de um coração fortalecido pela Palavra de Deus. 

1. Como vencer grandes desafios do dia a dia. Segundo o relato de 1 Samuel 17, o jovem Davi se superou ao enfrentar o gigante Golias. Vamos ver de que maneira ele venceu este grande desafio? 

2. Davi venceu o desprezo de seus familiares. Seus irmãos o desprezaram por achá-lo presunçoso, despreparado para a guerra, muito novo e o menor e mais novo dos filhos de Jessé, seu pai. (vs. 28), resumindo: ele era o menor da casa de seu pai. O exército de Israel também o desprezou pelo mesmo motivo, ele era muito novo e segundo seus irmãos, muito novo e inexperiente. (vs 30). O rei Saul o desprezou por achá-lo pequeno e sem preparo físico para a guerra. (vs 33). O gigante Golias o desprezou e zombou dele e de seu Deus, por que era moço, ruivo e de aspecto gentil. (vs 42). Quem despreza está se colocando acima de alguém, sente-se superior ao outro. Quem despreza não se importa com os sentimentos da pessoa desprezada. Quem despreza deseja ferir o outro em sua alma não importando com o que vai ou o possa acontecer. (Provérbios 11.9a). São vários os motivos que levam uma pessoa a desprezar a outra: Status social, dinheiro, cargo dentro de uma empresa, dentro da igreja, carro, roupas de marca, calçado, escola pública ou particular, beleza física, e por aí vai. Quando um jovem ou qualquer pessoa é desprezado, ele costuma se sentir humilhado, rejeitado, deixado de lado, sente-se um lixo, um inútil, alguém que não serve para nada, alguém que, se morrer, não fará falta. Davi, porém, venceu, pela fé, o desprezo de seus irmãos, dos soldados, do rei e do seu grande inimigo, Golias. Talvez o pior desprezo seja das pessoas que nós amamos. Muitos são desprezados pelos pais ainda na infância, na juventude e carregam no coração um peso muito triste e amargo do desprezo, isso gera cicatrizes abertas na alma. Estas feridas da alma só Jesus pode curar. Mas Deus jamais despreza a quem O adora em espírito e em verdade. “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti”. Isaías 49.15. 

3. Davi venceu o orgulho. Para convencer o rei Saul a deixa-lo enfrentar o gigante Golias, Davi contou ao rei que já havia enfrentado sozinho um leão e um urso e os matou, (vs 36), no entanto, ele não se vangloriava deste feito, mas reconhecia que só conseguiu tal proeza porque Deus estava com ele, (vs 37). Ele tinha certeza de que podia vencer o gigante, pois depositava a sua fé e a sua confiança totalmente no Senhor dos Exércitos, não nas suas habilidades pessoais ou nas armas e nas armaduras do rei. O orgulho tem sido um dos fatores mais constantes nas derrotas. Muitos jovens são derrotados por que desprezam a força dos seus inimigos. Muitos caem por que acham que sozinhos podem vencer os seus pecados e fraquezas. “A soberba precede à ruína; e o orgulho, à queda”. Provérbios 16.18. Quer vencer os grandes desafios desta vida? Então: “Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento”. Provérbios 3.5. Confia no Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração. 

4. Davi venceu sem hesitação. Hesitar significa ficar parado, esperando o inimigo atacar primeiro, ficar “travado” diante do desafio. Davi não hesitou, ao invés de ficar esperando Golias atacar primeiro, ele partiu pra cima do gigante, (vs 48 e 49). A pedra que Davi lançou de sua funda derrubou o gigante por terra, mas depois Davi tomou posse da lança pesada do gigante Golias e desferiu um golpe mortal sobre seu pescoço arrancando a cabeça dele e levou a cabeça do gigante Golias para o rei Saul. Não fique esperando que o uso de drogas e outros vícios e perversidades se instale em sua vida, ou em sua família e nem nos seus amigos; lute contra este gigante, em nome do Senhor dos Exércitos. Não espere que seus parentes e amigos usem antidepressivos para tirar a própria vida; lute por eles e com eles em nome de Jesus, contra o mal do século que pode ser chamado de depressão. Muitas coisas não se podem resolver na hora e outras, quanto mais esperar, pior fica. Servos de Deus não esperam que as pessoas ao seu redor, do seu convívio caiam, pra daí você ver se vai fazer alguma coisa. Lute com elas e por elas agora, enquanto é tempo. Ore, ame, abrace, acolha e cuide enquanto é tempo. Davi venceu o gigante por que venceu primeiro a si mesmo, venceu desprezo, venceu o orgulho do rei Saul e do seu exército, venceu a falta de perspectiva vitória. Todos achavam que ele não conseguiria vencer, todos achavam que o gigante o mataria naquele momento, mas Davi venceu, matou o gigante Golias e levou a cabeça dele para o rei Saul. Então como vencer os grandes desafios da vida se não tivermos plena confiança em Deus? Seguindo os passos do menino Davi, de um adolescente, que foi ao campo de guerra mandado por seus pais, para levar alimentos para os seus irmãos que estavam ali no campo de guerra por convocação do rei que; Davi veio a se tornar-se anos mais tarde um dos mais importantes reis de Israel. 

5. A falta de perdão atrapalha as bençãos de Deus em nossas vidas. A área que mais destrói a vida de alguém são os relacionamentos perversos e tudo o que o envolve de negativo que ele causa nas pessoas, não as deixa prosperar. Por isso, precisamos aprender a lidar com situações desagradáveis de maneira própria, porém sob a direção de Deus. A falta de perdão aprisiona nosso coração e nossa mente no passado e, assim como algo super pesado nas suas vidas, se transforma em uma carga insuportável; lembre-se que Deus não nos criou para carregarmos o fardo do pesadelo da condenação eterna, Deus nos abriu a porta da salvação gratuitamente através de Jesus Cristo, o Unigênito do Pai. “Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta”. (Mateus 5:23-24). Para avançar rumo ao propósito de Deus e vencer os desafios, perdoar e pedir perdão são atitudes fundamentais. Para vencer os desafios, precisamos aprender a obedecer e seguir na direção de Deus em qualquer situação. Só podemos experimentar o mover de Deus em nossas vidas quando obedecemos à voz dEle. Se fizermos isso, nossa jornada será marcada pelo avanço e pelo progresso. Portanto, não permita que as decepções, a mágoa e a falta de perdão te afastem do caminho da Verdade. Elas escurecem nossos olhos e atrapalham a nossa caminhada. O Salmo 119:105 fala que a Palavra de Deus é lâmpada para os nossos pés e luz para o nosso caminho. Em outras palavras, Deus já preparou um caminho para trilharmos. Ele tem a direção que precisamos para vencer os desafios e, para viver essa realidade, nosso papel é obedecer. 

6. Temos que identificar o nosso maior desafio todos os dias. Desafio é uma situação ou um problema difícil que muitas vezes está acima da nossa capacidade de vencer ou superar. Viver é enfrentar os desafios de cabeça erguida e temos a opção de escolha de fugir, ou de enfrentar para vencer. 

7. O primeiro desafio é vencer ou vencer o segundo também é, então vamos ter fé pra vencer. Você tem que acreditar em você mesmo. Juízes 6:15, Êxodo 3:11. Muitos não conseguem vencer os desafios da vida por se enxergarem tão pequenos e fracos demais e não acreditarem em seu potencial e que são capazes de vencer. Isso faz com que o medo, o comodismo, a insegurança governe sua vida. Então qual o maior desafio que você precisa vencer a respeito de si mesmo? O seu primeiro desafio é vencer você mesmo. Traduzindo: Você tem que acreditar em você mesmo e dar um voto de confiança a si mesmo. 

8. Vencendo os obstáculos da vida. Marcos 5:25-29. Esta mulher do fluxo de sangue estava sofrendo a 12 anos com uma enfermidade, e para conseguir o milagre ela teve que vencer os obstáculos que separava ela da cura, como por exemplo suas limitações, o preconceito, a falta de dinheiro e até a multidão, isto exigiu muita coragem e esforço. O que você tem feito para vencer os obstáculos que te separa da sua vitória? 

9. Viver uma vida abundante. João 10:10. O Nosso Senhor Jesus Cristo disse que Ele veio para que nós tivéssemos vida e uma vida abundante. Esta palavra “abundante” no grego é “perisson”, que significa “muito, muito bem, além da medida a mais, uma quantidade tão abundante que chega a ser mais do que era de se esperar ou antecipar”. isso significa ter uma vida espiritual abundante, uma família abundante, uma saúde abundante e também uma vida financeira abundante. Em sua opinião qual o nosso ou o seu maior desafio a enfrentar para viver uma vida abundante que Jesus nos deu? 

10. O desafio de sermos verdadeiros Cristãos. 2 Coríntios 3:2-3. Ser evangélico virou moda, mas o texto lido diz que somos a carta viva de Jesus, não escrita com tinta, mas com o espirito de Deus em nossos corações, isso significa que as pessoas vão conhecer a Deus e a Sua vontade através do grande amor de Deus que esta em nós. Ser cristão não é apenas participar de uma igreja, mas é ter uma vida de fé, de oração, é ser sal e luz para o mundo e viver uma vida de santificação de de plena comunhão com Deus. Em sua opinião, quais são os desafios que temos que vencer para sermos reconhecidos como verdadeiros Cristãos. 

11. Vencer até no dia mal. 2 Crônicas 20:17-19. 17 Nesta peleja, não tereis de pelejar; parai, estai em pé e vede a salvação do Senhor para convosco, ó Judá e Jerusalém; não temais, nem vos assusteis; amanhã, saí-lhes ao encontro, porque o Senhor será convosco. 18 Então, Josafá se prostrou com o rosto em terra; e todo o Judá e os moradores de Jerusalém se lançaram perante o Senhor, adorando o Senhor. 19 E levantaram-se os levitas, dos filhos dos coatitas e dos filhos dos coraítas, para louvarem o Senhor, Deus de Israel, com voz muito alta. 

12. Todos nós temos desafios para enfrentar todos os dias, mas uma coisa é certa, temos um Deus que nunca nos deixa lutar sozinhos e sempre está nos fortalecendo e nos capacitando para vencer até no dia do mal. Quando as coisas fogem do nosso controle, Deus vence por nós, quando não damos conta, Deus entra com providências e nos dá a vitória. Nunca fuja dos seus desafios, enfrente-os e vença em nome do Senhor Jesus. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

COISA ESTRANHA NO CULTO É UMA DERROTA PARA A IGREJA

COISA ESTRANHA NO CULTO É UMA DERROTA PARA A IGREJA.

A - Muitos cultos hoje são para exaltação do líder e da beleza dos templos e não para adoração plena a Deus, conforme está escrito no salmo 100. 1 Coríntios 14:26-39 nos ensina sobre a necessidade de ordem no culto. 26 Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. 27 E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. 28 Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. 29 E falem dois ou três profetas, e os outros julguem. 30 Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. 31 Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados. 32 E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas. 33 Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos. 34 As mulheres estejam caladas nas igrejas, porque lhes não é permitido falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei. 35 E, se querem aprender alguma coisa, interroguem em casa a seus próprios maridos; porque é indecente que as mulheres falem na igreja. 36 Porventura, saiu dentre vós a palavra de Deus? Ou veio ela somente para vós? 37 Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. 38 Mas, se alguém ignora isso, que ignore. 39 Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar e não proibais falar línguas. Há uma busca constante de se respeitar e de ter reverência em tudo o que se relaciona ao que é sagrado, principalmente as ordenanças de Deus sobre o culto e até sobre os objetos consagrados para a adoração a Deus. Muitos cultos de hoje são perturbados por aqueles que chegam atrasados, por toques de celulares, crianças chorando ou correndo e por aqueles que habitualmente, na hora do sermão, precisam ir ao banheiro. Há também os que se distraem por gracejos de alguma criança ou por algo que é visto através das janelas, aqueles que cochicham e riem dos outros nos cultos. Outros conferem o relógio para saber quanto tempo ainda falta para o culto terminar. E ainda há aqueles que se vestem de forma inadequada para o culto. Estaríamos hoje mais livres em relação ao rigor do passado ou estes seriam sinais de falta de respeito ao que é sagrado? Parece que é mesmo o sinal dos fins dos tempos. 

B - Ao adentrarmos no templo para adorarmos a Deus, devemos estar em plena reverência porque vamos prestar culto ao Senhor Jesus. De forma geral a reverência é o respeito por aquilo que consideramos importante. De forma específica, a reverência designa o respeito às coisas sagradas. Ela demonstra nosso conhecimento e valor sobre as coisas e as ordenanças de Deus, do que Ele fez por nós em Cristo Jesus e também daquilo que compreendemos sobre o culto. Somos seres humanos e passíveis ao erro, mas não podemos concordar com o desrespeito com as coisas de Deus. O culto é o momento especial de adoração a Deus. O templo foi erigido e consagrado para adoração a Deus e púlpito é o local especial do líder, ou do pastor e ou do pregador pregar o evangelho do Senhor Jesus e não para outras atividades como política por exemplo. 

C - Não há regras na Bíblia para a reverência no culto. O Novo Testamento se limita a dizer que tudo seja feito com “decência e ordem” (1 Coríntios 14:40). Há, porém, exemplos que inspiram o respeito ao que é sagrado, a começar pelos anjos do Céu que dizem “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Todo-Poderoso”, (Isaías 6:3). Na Bíblia, são mencionadas atitudes que demonstram reverência, entre elas: a saudação, o inclinar-se e o ajoelhar-se em sinal de respeito, (Gênesis 18:2; Salmos 95:6; Atos 10:25). Moisés inclinou-se ao chão para adorar o Senhor, (Êxodo 34:8). O apóstolo João viu este gesto até mesmo no Céu, (Apocalipse 7:14). Os magos do Oriente “se ajoelharam diante do menino Jesus e o adoraram”, (Mateus 2:11). O fato de o culto ser um encontro entre o Senhor e a sua Igreja faz com que seja natural que seu ambiente se revista de reverência e respeito. A reverência, porém, não deveria vir por obrigação ou por medo; deveria estar embasada pelo respeito natural e com boa pitada de alegria. 

D - Carta aberta endereçada ao pastor da igreja em Pérgamo. A igreja que oferecia fogo estranho no altar, de outras maneiras, mas eram semelhantes em seus propósitos. A igreja em Pérgamo se encontrava numa situação difícil, deplorável, quase beirando ao fracasso espiritual total, porque a igreja desviou-se do principal propósito de Deus que era e sempre foi o de evangelizar e ganhar almas para o Senhor Jesus. Atualmente existem muitas igrejas e muitos ministérios que estão numa competição para ver quem piora mais a situação espiritual das igrejas, só pensam em se enriquecer financeiramente, enquanto a vida espiritual já foi para a lama do pecado há muito tempo. Por todos os lados, os vizinhos praticavam idolatria e deram honras aos governantes romanos como se fossem deuses. Os cristãos abandonaram a verdade do Senhor, o único verdadeiro Soberano Deus que merece toda a honra e toda a glória. Mas, tanta influência de falsas doutrinas teve um impacto negativo naquela igreja, poluindo a congregação com doutrinas falsas que incentivavam os irmãos a praticaram idolatrias e imoralidades. Jesus chama a igreja ao arrependimento para evitar o castigo divino, mas continuaram a oferecer fogo estranho no altar. 

1 – A carta ao Anjo da Igreja em Pérgamo diz o seguinte: (Apocalipse 2:12-17). A igreja em Pérgamo (12): O único livro do Novo Testamento que cita a cidade ou a igreja em Pérgamo é o Apocalipse. Com a ajuda dos romanos, Pérgamo ganhou independência dos selêucidas em 190 a.C., e passou a fazer parte do império romano a partir de 133 a.C. Durante mais de 200 anos, foi a capital da província romana da Ásia. Teve a maior biblioteca fora de Alexandria, Egito. Foi o povo de Pérgamo que começou a usar peles de animais para fazer pergaminho, substituindo o papiro. Aquele que tem a espada afiada de dois gumes (12): A espada representa autoridade e o poder para julgar e castigar. É Jesus, e não o governo romano, que segura esta espada (1:16). 

2 - Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás (13): Os cristãos em Pérgamo eram vizinhos do diabo. Jesus, sempre vigiando para ajudar o seu povo, sabia muito bem da circunstância difícil naquela cidade. Desde 29 a.C., foi o local de um templo dedicado a Roma e Augusto (idolatria oficial do governo romano). Mais tarde, foram erigidos outros templos para a honra dos imperadores Trajano e Severo. Além desses templos para o culto imperial, o povo de Pérgamo adorava outros “deuses”, tais como Zeus, Atena, Dionísio e Asclépio. Encontramos em Pérgamo uma mistura dos poderes do mal, religiões falsas e o poder oficial do governo romano, caracterizando um verdadeiro culto ao satanismo dentro da igreja. Enquanto seus vizinhos sacrificavam aos demônios, (veja 1 Coríntios 10:19-20), os discípulos de Cristo reconheciam o único Deus como Senhor. 

3 - E que conservas o meu nome e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas (13): Jesus elogia a perseverança dos cristãos de Pérgamo, que foram fiéis à fé de Jesus, mesmo sob perseguição intensa. A minha fé (a fé de Jesus) é a palavra de Cristo revelada aos homens (veja Judas 3). Antipas é mencionado somente aqui. Evidentemente foi um mártir, provavelmente da própria congregação em Pérgamo. Foi morto entre eles, na cidade onde Satanás habitava. Antipas se mostrou fiel até a morte (veja 2:10). Testemunha vem da palavra grega martus. É a mesma palavra usada para descrever Jesus em 1:5. Com tempo, passou a ser usada para identificar pessoas que morreram por seu testemunho de fé, e assim usamos a palavra mártir. 

4 - Tenho, todavia, contra ti algumas coisas (14): Apesar da perseverança dos cristãos em Pérgamo, haviam problemas graves ameaçando o bem-estar da congregação. Eles se mostraram tolerantes em relação a falsas doutrinas, especificamente dois erros citados nesta carta. 

5 – O fracasso dos desvios doutrinários. A doutrina de Balaão (14): A descrição da doutrina de Balaão refere-se à história do Velho Testamento (Números 22-25; 31:16). No final dos 40 anos de peregrinação, os israelitas chegaram perto da terra prometida. Acamparam-se nas campinas de Moabe, e os moabitas e midianitas ficaram amedrontados. Balaque chamou Balaão para amaldiçoar o povo, mas Deus frustrou todas as suas tentativas de falar contra os israelitas. Balaão desistiu de suas maldições, mas procurou outra maneira de vencer o povo de Israel. Deu o conselho de convidá-los a participarem de uma festa idólatra. Nesta festa, muitos israelitas se envolveram na idolatria e na imoralidade, e Deus mandou uma praga que matou 24.000 israelitas. 

6 - A doutrina de Balaão foi a doutrina que Balaão ensinava, não apenas a doutrina sobre a pessoa de Balaão. Semelhantemente, a doutrina de Cristo não é apenas o ensinamento sobre a pessoa de Cristo. A doutrina de Cristo inclui o que Jesus ensinava. Considere a importância deste fato em relação a textos como Tito 2:10; Hebreus 6:1e 2 João 9. Se alguém for além do ensinamento dado por Jesus, não tem Deus. Na igreja em Pérgamo, algumas pessoas agiam como Balaão. Incentivavam o povo a tolerar outras religiões, até participando da idolatria e da prostituição. A sua doutrina foi basicamente igual às idéias atuais de pluralismo (aceitação de diversas religiões como igualmente boas) e sincretismo (juntando duas ou mais religiões). 

7 - A doutrina dos nicolaítas (15): A Bíblia não identifica esta doutrina. Mas, diz que Jesus odiava as obras dos nicolaítas e elogia os efésios por rejeitar esses ensinamentos (2:6). Infelizmente, a igreja em Pérgamo tolerava esses falsos mestres. 

8 - Não devemos tolerar as heresias e as falsas doutrinas. Deus condena a tolerância de falsas doutrinas. Às vezes, os homens valorizam tanto a unidade entre pessoas (dentro de uma congregação ou até entre congregações diferentes) que desvalorizam a doutrina pura de Jesus. Toleram falsos ensinamentos e até práticas proibidas, como a imoralidade e a idolatria, mas insistem na importância de manter uma “igreja unida”. Se persistir nesse erro, o próprio Jesus trará o castigo. A unidade entre discípulos é importante, mas a pureza da palavra é mais importante do que a paz entre homens (Tiago 3:17). Uma igreja que serve a Jesus necessariamente rejeitará falsos mestres e suas doutrinas erradas. 

9 – Apocalípse 2:16 diz: - 16. Portanto, arrepende-te, pois; quando não, em breve virei a ti e contra eles batalharei com a espada da minha boca. O arrependimento exigido aqui é do pastor e também da igreja em geral, pois toleravam esses falsos mestres. Os professores das doutrinas de Balaão e dos Nicolaítas precisariam se arrepender, também, ou serem rejeitados na igreja. (veja Romanos 16:17-18; Tito 3:10-11). Uma igreja que tolera falsos professores se torna cúmplice do pecado. Se ela não se arrepender, Jesus usará a espada de dois gumes (2:12; 1:16) para trazer seu castigo sobre ela. Quem tem ouvidos, ouça (17): Como em todas as sete cartas, Jesus chama os ouvintes a darem a atenção devida a sua palavra. 

10 - O vencedor tem promessas de vitórias. Ao vencedor (17): Todas as cartas, também, incluem a promessa sobre a vitória. Aqueles que persistem até o final receberão a recompensa. Nesta carta, a bênção para o vencedor é descrita em duas partes: Ao vencedor o direito de receber o maná escondido. Aqueles que recusaram qualquer participação na mesa dos demônios seriam sustentados pelo maná de Deus. Jesus é o maná dado pelo Pai (veja João 6:31-65). Ele sustenta os fiéis e lhes dá vida. A mensagem de Jesus continua oculta para os sábios deste mundo (veja 1 Coríntios 2:6-10). Ao vencedor o direito de receber uma pedrinha branca. Uma pedrinha branca com um novo nome. Um nome novo frequentemente sugeria uma nova direção na vida, especialmente de uma pessoa abençoada por Deus (exemplos: Abrão > Abraão; Sarai > Sara; Jacó > Israel). Em Isaías 62:2-4, Desamparada e Desolada recebem nomes novos: Minha-Delícia e Desposada, mostrando a bênção de estar com Deus. Veja, também, 3:12. 

11 -  A pedrinha branca pode incluir vários significados, conforme os costumes da época. Pedras brancas foram usadas para indicar a inocência de pessoas acusadas de crimes; Jesus inocenta os seus seguidores fiéis. Pedras brancas foram dadas a escravos libertados para mostrar sua cidadania; os fiéis não são mais escravos do pecado, pois se tornaram cidadãos da pátria celestial (Filipenses 3:20). Foram usadas pelos romanos como um tipo de ingresso para alguns eventos; Jesus permite os fiéis entrarem na presença dele para o seu banquete (veja 19:6-9). Também foram dadas aos vencedores de corridas e aos vitoriosos em batalhas. Os fiéis são vencedores e portanto receberão este prêmio, (2 Timóteo 4:7-8). 

12 - Devemos imitar a perseverança dos discípulos e dos verdadeiros Cristãos em Pérgamo, mantendo firme a nossa fé, mesmo se encararmos ameaças e perseguições. Ao mesmo tempo, não devemos negligenciar outras responsabilidades diante de Deus. Servimos um Deus santo, puro e verdadeiro e devemos manter e defender a doutrina pura que ele revelou. Qualquer doutrina que incentiva a idolatria ou a imoralidade vem do diabo. 

13 – Outrossim esta carta para a Igreja de Pérgamo, registrada em Apocalipse 2:12-17, é uma das mais reveladoras e desafiadoras das sete cartas às igrejas da Ásia, porque mostra as entranhas daquilo que era certo e daquilo que era errado na igreja. Demonstra também tudo aquilo que se passa na igreja moderna de hoje em dia, apenas sendo atualizada suas prerrogativas e funções da nossa época. Com uma mensagem endereçada diretamente ao “anjo da igreja” ou o pastor, vinda do próprio Senhor Jesus Cristo. Na qual Jesus se apresenta como “aquele que tem a espada afiada de dois gumes”, simbolizando Sua autoridade para julgar. Sob o qual podemos observar que não era apenas um recado do apóstolo João, mas sim uma comunicação direta do Senhor Jesus, revelando Sua disposição para trazer julgamento e correção àquela igreja. Jesus destaca tanto a fidelidade quanto os pecados presentes naquela igreja. Vamos ver o contexto histórico e espiritual dessa igreja desafiada por influências pagãs e políticas como nos dias de hoje, bem como aprender as mais importantes lições para nos mantermos fiéis ao Senhor Jesus. “E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios (ou dois gumes ou dois lados). Conheço as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio. Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a ti, e contra eles batalharei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”. (Apocalipse 2:12-17).

14 - Pérgamo era uma proeminente cidade da Ásia Menor, tem um nome que significa “casado” ou “casamento”. Este nome reflete a ideia de união ou compromisso, o que é particularmente relevante no contexto da Igreja de Pérgamo. Em um sentido espiritual, a cidade é vista como uma metáfora para a Igreja como a “noiva de Cristo”. Chamada a manter-se fiel e pura em seu relacionamento com Deus. A história e a condição da cidade também destacam a tensão entre a fidelidade a Deus e a pressão para se conformar com as práticas pagãs e políticas do mundo ao redor. Portanto, o nome Pérgamo, além de descrever uma localidade histórica, simboliza um chamado à pureza e ao compromisso espiritual. 

15 - Pérgamo, hoje é a atual cidade chamada Bergama, localizada na atual Turquia, era uma cidade proeminente na Antiguidade. Construída sob uma montanha muito alta e íngreme, Pérgamo tinha no topo uma torre erguida pelos senhores da Ásia Menor, que ainda permanece. A igreja representada por Pérgamo tinha sua sede principal em Roma, onde Satanás habitava, Apocalípse 2.13, (e habita conforme Apocalípse capítulo 19). Esse local também significa exaltado. No período helenístico, Pérgamo se destacou como um dos principais centros culturais e intelectuais. Governada pela dinastia Atálida, a cidade floresceu economicamente e culturalmente. Além disso, Pérgamo abrigava uma das bibliotecas mais importantes do mundo antigo, rivalizando com a famosa Biblioteca de Alexandria. Este fato atraiu muitos estudiosos e filósofos para a cidade. Pérgamo também era famosa por seu grande altar de Zeus, considerado uma das maravilhas do mundo antigo. Durante a era romana, Pérgamo continuou a prosperar. Tornou-se a capital da província romana da Ásia. A cidade se tornou um importante centro administrativo e religioso. O culto ao imperador era uma prática comum, consolidando ainda mais a importância de Pérgamo no Império Romano. 

16 - A Igreja de Pérgamo estava situada na cidade de Pérgamo, conhecida como a “maior cidade da Ásia Menor”. Pérgamo se destacava por abrigar o primeiro templo dedicado a César e por defender com fervor o culto imperial. Este zelo pelo culto ao imperador pode estar refletido na expressão “trono de Satanás” mencionada em Apocalipse 2:13. A cidade também tinha um templo dedicado a Esculápio, o deus da cura. O templo exibia duas serpentes enroladas em uma vara, que hoje é amplamente reconhecida como um símbolo médico. Aqui Satanás é também descrito como uma serpente, (2 Coríntios 11:3; Apocalipse 12:9; 20:2), o que reforça a ideia de uma oposição espiritual muito forte naquela cidade. Apesar das severas perseguições enfrentadas pelos cristãos conservadores de Pérgamo, a igreja recebeu aprovação de Cristo por sua fidelidade. Assim como os cristãos de Esmirna, os de Pérgamo sofreram por sua fé, com um dos membros da igreja sendo martirizado. Mesmo diante de intensa pressão, a igreja se manteve firme, recusando-se a adorar César e a colocar incenso no altar, desafiando o culto imperial. 

17 - Cristo se apresenta na carta à Igreja de Pérgamo como “aquele que tem a espada afiada de dois gumes”, (Apocalipse 2:12). Essa imagem da espada não só animou a congregação, mas também contrastou com o poder romano, representado pela espada do procônsul. A espada de Cristo é superior à autoridade de Roma e serve como um lembrete do poder divino sobre as forças terrenas. No entanto, a igreja não era irrepreensível. Apesar da resistência ao culto imperial, os cristãos de Pérgamo estavam enfrentando problemas internos. Um grupo de infiltrados, conhecidos como os “nicolaítas“, promovia doutrinas e práticas detestáveis por Deus. Esses infiéis se associavam à “doutrina de Balaão”, (Apocalipse 2:14), fazendo com que a igreja se desviasse da verdade. A história de Balaão, um profeta que usou seu dom para enganar os israelitas em troca de dinheiro, é uma lição relevante. Balaão, apesar de não conseguir amaldiçoar Israel, levou os israelitas a se envolverem com práticas pagãs. Isso resultou em grande pecado e punição, (Números 25:1-9). Da mesma forma, alguns na Igreja de Pérgamo estavam cedendo às práticas da idolatria dos romanos, comprometendo sua pureza espiritual. Jesus Cristo admoestou a Igreja de Pérgamo a se arrepender ou enfrentar a espada da Palavra de Deus, (Hebreus 4:12). A falta de arrependimento resultaria em julgamento presente, não na volta de Cristo, mas em um castigo imediato por desobediência. O apelo final de Cristo na carta é para que aqueles que O ouçam e se arrependam e vençam as tentações do mundo. Deus havia alimentado os israelitas com maná no deserto, e esse maná, guardado na arca da aliança, (Êxodo 16:32-36; Hebreus 9:4), simboliza o alimento espiritual que os cristãos devem buscar. Eles devem se alimentar do pão da vida encontrado em Jesus Cristo, (Mateus 4:4; João 6:32-35), e da água da vida, João 4:13-14), em vez de se envolver em práticas idólatras. 

18 - A igreja de Pérgamo enfrentava sérios problemas de falhas pecaminosas e imorais. Primeiramente, muitos seguiam a doutrina de Balaão, permitindo a prática de comer alimentos sacrificados a ídolos e considerando a fornicação como algo não pecaminoso, ou seja não consideravam a traição como pecado de adultério. Essa adoração impura levava a práticas mundanas como se fossem normais, semelhantes ao que Balaão fez com os israelitas. Observemos que a imundície carnal refletia diretamente na vida espiritual porque a carne e o espírito frequentemente andam juntas. As doutrinas corruptas e uma adoração corrupta frequentemente resultam em comportamentos corruptos, impuros e imorais. Além disso, é lícito associar o nome dos líderes de qualquer heresia aos seus seguidores. Essa é a maneira mais direta de identificar a quem nos referimos e a quem servimos. Manter comunhão com pessoas de princípios e práticas corruptas desagrada a Deus. Isso atrai culpa e mancha a vida espiritual de toda a comunidade, tornando todos participantes dos pecados uns dos outros. Embora a igreja, como instituição, não possa punir com penalidades corporais aqueles que praticam heresias ou imoralidades, ela tem o poder de excluí-los da comunhão. Se não o fizer, como o Apóstolo Paulo recomendou em 1 Timóteo 5:20, Cristo Jesus que é o cabeça e legislador da igreja, ficará descontente com ela e o fará. 

19 - Os elogios à igreja de Pérgamo quase não aparecem devido seu profundo envolvimento com as doutrinas e heresias presentes. Jesus elogia os fiéis da igreja de Pérgamo por sua firmeza, muitos que eram conservadores da doutrina, eram tão fiéis que se possível fora dariam até o seu sangue para não negar a Cristo. Ele diz: “Tu reténs o meu nome e não negaste a minha fé”. Estas duas expressões são semelhantes em sentido. No entanto, a primeira pode significar o efeito e a última, a causa. Ou seja não nega a fé mas deixa as coisas acontecerem sem se importar se é certo ou errado. Primeiramente, “Tu reténs o meu nome.” A igreja de Pérgamo não se envergonhava da sua relação de comunhão com Deus. Para ela, era uma honra carregar o nome de Jesus, o nome de Cristão, assim como uma esposa honra o nome do marido. A igreja considerava isso um privilégio e uma distinção. Assim também acontece hoje, o Vaticano faz tudo em nome de Cristo, mas aceita qualquer outro tipo de adoração para todos “os santos". Além disso diz: “Tu não negaste a minha fé”. A graça da fé os tornou fiéis. Eles, os que eram perseverantes, não negaram as grandes doutrinas do evangelho nem se afastaram da fé cristã. Esse compromisso os manteve fiéis como Cristãos e como adoradores dos “santos” católicos e adoradores da tradição da igreja católica. A fé influencia a nossa fidelidade. Homens que não negam a fé em Jesus podem se gabar de sua sinceridade e fidelidade a Deus e à sua consciência. No entanto, raramente aqueles que abandonam a verdadeira fé mantêm sua fidelidade. Geralmente, quando naufragam na fé, também naufragam em uma boa consciência, ou seja, naufragam desviam da fé, conscientemente O Senhor Jesus engrandeceu a fidelidade dos verdadeiros e fiéis cristãos da igreja de Pérgamo, considerando as circunstâncias dos tempos e o lugar onde viviam. Eles permaneceram firmes mesmo nos dias em que Antipas, o primeiro pastor daquela igreja, tornou-se o primeiro cristão daquela igreja a ser martirizado na Ásia. O qual foi lentamente assado num caldeirão de bronze, no reinado de Domiciano. Ele foi um discípulo fiel de Cristo que sofreu o martírio e selou sua fé e fidelidade com seu sangue, no lugar onde Satanás habitava. Mesmo cientes do martírio de Antipas, o grupo dos crentes fiéis de Pérgamo mantiveram sua firmeza e não se deixaram desencorajar. Sendo considerada como uma honra adicional à eles. 

20 - Na carta à igreja de Pérgamo, Jesus promete dar aos vencedores uma “pedrinha branca”. Mas o que significa essa pedrinha branca? Entre os latinos, a expressão “adicionar uma pedra branca” é usada para conceder aprovação. Isso pode ser aplicado aqui, sugerindo que Cristo aprovava os fiéis servos da igreja de Pérgamo. Apesar das provas que enfrentavam e das perseguições que suportavam em Seu nome, Cristo os aprova e encoraja a serem perseverantes. Ele os defenderá diante do Pai, dos anjos e dos homens no último dia. Na Grécia antiga, “pedras brancas” eram usadas para marcar dias de sorte e boas notícias. Assim, Cristo pode estar prometendo aos vencedores da igreja de Pérgamo dias felizes após os tempos de escuridão e perseguição. Além disso, pedras brancas eram dadas aos vencedores dos Jogos Olímpicos, com seus nomes e prêmios inscritos nelas. Isso pode simbolizar a coroa da vida e a glória que Cristo oferece aos vencedores. A coroa da vida é uma recompensa eterna prometida por Deus aos fiéis que perseveram na fé. É um símbolo bíblico que aparece em Tiago 1:12 e Apocalipse 2:10. Os romanos usavam pedras brancas para absolver os acusados e pedras pretas para condenação. O poeta Ovídio menciona isso em seus escritos. Nesse contexto, a pedra branca pode simbolizar a absolvição dos membros fiéis da igreja de Pérgamo. Apesar das acusações de heresias e cismas, Jesus Cristo os justificaria porque muitos permaneceram fiéis como o trigo no meio do joio. Outra alusão à pedra branca pode vir da prática judaica. Os sacerdotes e levitas eram examinados antes de servir no templo ou no sinédrio. Se estavam em conformidade com os padrões, recebiam uma “pedra do santuário”. No contexto cristão, a pedra branca pode representar a aprovação de Cristo e a justificação daquelas pessoas da igreja que permaneceu fiel à palavra de Deus e que é carregada em Seu coração. Além disso, a pedra branca tem um novo nome escrito, conhecido apenas pelo receptor. Esse novo nome pode se referir a “um novo nome depois de arrebatados”, porque o Senhor Jesus é a nossa justiça, o nome de Cristo e de Sua igreja nos serão dados. Pode também denotar um novo nome dado a um filho de Deus, simbolizando a bênção da adoção. Esse nome é renovado e manifesto, melhor do que qualquer título terreno, Apocalípse 3.17. A pedra branca pode simbolizar a justificação e a adoção, que são inseparáveis e concedem direito à herança celestial. Estas bênçãos, como o maná escondido, são dádivas da graça e não resultado das obras humanas. Elas são dadas por Deus e através d’Ele. Em Roma, foram encontradas pedras brancas com nomes e inscrições, o que pode ilustrar esta passagem. Assim, a pedra branca dada à igreja de Pérgamo é um símbolo profundo de aprovação, justificação e a bênção da adoção, mesmo a igreja não sendo merecedora destes favores de Deus. 

21 – Encontramos na Bíblia uma referência ao “maná escondido”. Deus alimentou os israelitas com maná durante a jornada pelo deserto. Um pote desse maná foi colocado dentro da arca da aliança, (Êxodo 16:32-36; Hebreus 9:4). Este maná simbolizava o alimento santo e a provisão divina que nos são dados no deserto desta vida. Também demonstra que os servos fiéis mesmo passando lutas e dificuldades, não passarão fome. Assim aconteceu com o profeta Elias. Os corvos traziam pão e carne ao profeta Elias pela manhã e à tarde. Elias também bebia água do riacho. Esta passagem bíblica está em 1 Reis 17. O que aconteceu com o profeta Elias? Elias foi alimentado por corvos até que o Senhor lhe indicasse que podia voltar. Elias foi ordenado pelo Senhor a morar perto do riacho de Querite. Ele bebia água do riacho e os corvos vinham lhe trazer comida. Deus também enviou um anjo ao profeta com pão e água. Ainda em 1 Reis 17 vemos a história da viúva de Sarepta que foi abençoada também pelo profeta Elias no tempo da fome. Enquanto a Igreja de Pérgamo enfrentava a tentação de consumir “coisas sacrificadas aos ídolos” (Apocalipse 2:14), os cristãos eram chamados a buscar o verdadeiro alimento de Deus. Esse alimento é o pão da vida, que se encontra em Jesus Cristo e é revelado através da Palavra de Deus, (Mateus 4:4; João 6:32-35). A arca da aliança, que continha o maná, era símbolo do trono de Deus, da presença de Deus, (2 Samuel 6:2; Salmo 80:1; Isaías 37:16). Ela contrastava fortemente com o “trono de Satanás”, que dominava sobre Pérgamo, (Apocalipse 2:13). Este contraste destaca a necessidade de se afastar das práticas pagãs e se alimentar da verdadeira palavra de Deus que é o sustento espiritual para os fiéis. 

22 - O pastor da Igreja de Pérgamo mencionado no Apocalipse é identificado como Antipas. Acredita-se que ele tenha sido o líder da igreja na época em que a carta de Cristo foi escrita a Pérgamo, (Apocalipse 2:13). Antipas é descrito como um mártir fiel que sofreu muitas perseguições por causa de sua fé em Cristo e foi morto brutalmente por não negar a sua fé em Jesus. Além de Antipas, alguns estudiosos sugerem que Caio pode ter sido o primeiro bispo romano da igreja de Pérgamo, conforme relatos apócrifos das Constituições Apostólicas da religião oficial. No segundo século, outros mártires notáveis associados a Pérgamo incluíam Carpo, Pabulo e uma mulher chamada Agathonice, todos conhecidos por sua coragem e devoção cristã. Também é mencionado Átalo, um mártir nativo da região. Ao longo dos séculos, a Igreja de Pérgamo teve vários líderes e bispos. No quinto século, um bispo de Pérgamo participou do Concílio de Éfeso. No sexto século, houve outro bispo presente no quinto sínodo de Constantinopla, e no sétimo século, Teodoro, o bispo da igreja, participou do sexto sínodo em Constantinopla. No oitavo século, Pastilas foi bispo de Pérgamo, e Basílio, outro bispo, esteve presente no sínodo de Nicéia. As transformações foram muitas de século em século, mas trono de Satanás continuou sua trajetória de destruição do cristianismo. 

23 - A Igreja de Pérgamo mencionada no livro do Apocalipse não existe mais como uma igreja organizada na forma que conhecemos hoje. Pérgamo foi uma cidade antiga na Ásia Menor, localizada na atual Turquia. Ela era um importante centro cultural e religioso durante o período do domínio romano. Hoje, o local onde estava Pérgamo é conhecido como Bergama. Ali Existem ruínas arqueológicas da antiga cidade, incluindo o altar de Zeus e a biblioteca de Pérgamo, que são atrações turísticas e locais de interesse histórico. 

24 - A Igreja de Pérgamo, conforme descrita em Apocalipse 2:12-17, nos oferece várias lições, as quais são valiosas para a fé cristã. Aqui estão algumas das principais lições que podemos aprender com aquela igreja. 1. A Importância de permanecer fiel em meio à perseguição. A Igreja de Pérgamo estava localizada em uma cidade onde o culto ao imperador e práticas idólatras eram comuns. Apesar das pressões e perseguições, a igreja conseguiu manter sua fé. Nos deixando um valioso ensinamento sobre a importância de permanecer firme em nossa fé, mesmo quando enfrentamos adversidades e tentações. 2. O Perigo da falta de compromisso espiritual da igreja era bem visível. A igreja de Pérgamo foi criticada por permitir a presença de falsos ensinamentos e práticas imorais entre seus membros. Isso mostra o risco de comprometimento da verdade e da santidade da fé. É crucial que os cristãos estejam atentos e evitem comprometer suas crenças e valores em troca de aceitação de suborno ou do conforto financeiro e patrimonial que a riqueza terrena traz. 3. Havia uma necessidade de discernimento e de correção para arrependimento e confissão de pecados no meio dos crentes. Mesmo assim Jesus elogiou a igreja por seu esforço em manter a fé, mas também a advertiu sobre os erros e práticas a serem corrigidos. A lição que aprendemos com a igreja de Pérgamo é que, mesmo em uma comunidade de fé, há necessidade de discernimento para identificar e corrigir erros e práticas que não estão alinhadas com os ensinamentos de Jesus. 4. Há grande esperança e promessa de recompensas espirituais aos fiéis da terra. Jesus prometeu aos que vencerem “uma pedra branca” com um nome novo escrito nela. Simbolizando a aprovação de Cristo, a justificação e as recompensas espirituais. Para aqueles que permanecem fiéis e vencem as provações, Jesus promete bênçãos e uma nova identidade em Seu reino. 

25 – Mesmo assim a igreja continuou e continua a oferecer fogo estranho no altar. Em Levíticos 10:1-20 vemos o que aconteceu quando dois filhos de Arão foram oferecer fogo estranho no altar, ou seja foram oferecer aquilo que eles não eram autorizados a oferecer ao Senhor no altar.Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR. Fogo estranho é a expressão bíblica utilizada para indicar o tipo de fogo ( o tipo de adoração) trazido por dois sacerdotes e que foi rejeitado pelo Senhor (Levítico 10:1-3). A Bíblia diz que Nadabe e Abiú trouxeram fogo estranho diante de Deus e acabaram sendo consumidos. 

26 - Os intérpretes da Bíblia se dividem quanto a melhor interpretação da expressão “fogo estranho”. De fato o texto bíblico não revela explicitamente seu significado. Aqui vale ressaltar que as duas pessoas envolvidas naquele episódio, Nadabe e Abiú, tinham sido instruídas por Deus acerca de como proceder na ministração dos cerimoniais que faziam parte do culto no Tabernáculo. Porém estavam fazendo errado (tentaram fazer ao seu modo) e receberam o castigo de Deus. Em Levíticos 10 fala sobre como os dois sacerdotes se colocaram diante de Deus para lhe oferecer incenso. Porém, Deus não se agradou do que aqueles homens fizeram, e identificou aquilo como “fogo estranho”, algo que o Senhor não lhes tinha ordenado. Eles não tinham a autoridade dada por Deus para aquela ministração, queriam fazer melhor do que Arão. A expressão “fogo estranho” pode também se referir ao modo ilícito que os dois sacerdotes apresentaram o incenso a Deus. Talvez eles não tivessem observado a ordenança divina que regulamentava aquele procedimento. Deus havia prescrito o tipo de incenso correto que deveria ser oferecido, e proibido qualquer tipo de “incenso estranho”. Deus também havia indicado como o incenso deveria ser acendido e queimado, (Êxodo 30:37). O incenso deveria ser queimado continuamente, de manhã e de tarde. As brasas para acender o incenso deveriam vir do próprio altar (Levítico 16:12,13). E o que está vindo do altar das igrejas de hoje, será que está agradando a Deus? Deus não tolerou o pecado de Nadabe e Abiú. O texto bíblico diz que “saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram ( queimados) perante o Senhor”, (Levítico 10:2). Isso está de acordo com o padrão de santidade e justiça de Deus. 

27 - Frequentemente o Antigo Testamento exorta que ninguém pode se aproximar de Deus inadequadamente, (Êxodo 19:12,21), é também motivo de alerta para a igreja atual em como fazer o melhor de si para cultuar a Deus. Aqueles dois sacerdotes brincaram com a santidade de Deus e trouxeram diante dele fogo estranho. Por isso Deus falou através de Moisés: “Mostrarei a minha santidade naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo”, (Levíticos 10:3). Aqui há uma verdade que muita gente tenta ignorar. Deus é glorificado tanto na execução de sua graça quanto de sua justiça. Ele é glorificado através da adoração sincera e genuína de seu povo, mas também é glorificado ao derramar de sua justiça sobre aqueles que entram em sua presença trazendo “fogo estranho”. O final de todas as coisas é a glória de Deus. O caso dos filhos de Arão serve como um exemplo que jamais deve ser esquecido. É ainda mais impressionante quando comparamos os capítulos 9 e 10 de Levíticos. Levítico 9 registra como o fogo da parte do Senhor consumiu o sacrifício inaugural, e o pecado do povo foi expiado. No capítulo seguinte, o décimo, esse mesmo fogo divino consumiu aqueles homens que ousaram aproximar de Deus de uma forma inadequada. Esse mesmo princípio acerca da santidade de Deus permanece imutável no Novo Testamento (Atos 5:1-10; 1 Coríntios 11:29,30). O escritor de Hebreus faz uma citação do livro de Deuteronômio ao escrever: “Porque o nosso Deus é fogo consumidor”, (Hebreus 12:29). Ninguém pode se aproximar de Deus por suas próprias obras ou méritos. 

28 - A única forma de alguém se aproximar de Deus de modo aceitável é através dos méritos do sacrifício vicário de Jesus; qualquer outra coisa será fogo estranho diante do Senhor. A ganância e a vontade de crescer e se enriquecer aqui na terra diante dos homens e da sociedade, tem causado muitos problemas para as igrejas e isto não agrada a Deus. Procuremos o maná escondido que vem de Deus para nos sustentar sempre e eternamente. O maná é um símbolo de sustento e provisão de Deus. É possível que João escrevendo a revelação do Apocalípse tenha sido levado a lembrar do maná, por ter citado Balaão, já que naquele tempo Israel tinha sido alimentado com maná, milagrosamente. Jesus prometeu um maná diferente daquele, ele mencionou o “maná escondido”, citado em Êxodo 16.33. “Então Moisés disse a Arão: Ponha numa vasilha a medida de um jarro de maná, e coloque-a diante do Senhor, para que seja conservado para as futuras gerações”. Vale lembrar também que Jesus fez menção sobre um alimento desconhecido: “Enquanto isso, os discípulos insistiam com ele: Mestre, come alguma coisa. Mas Ele lhes disse: Tenho algo para comer que vocês não conhecem”. (João 4.31,32). Jesus lhes falava de um alimento espiritual que seus discípulos não conheciam. Esse alimento foi prometido, biblicamente, aos vencedores. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.