segunda-feira, 10 de março de 2025

QUEM FORAM POTIFAR E POTÍFERA NA BÍBLIA

QUEM FORAM POTIFAR E POTÍFERA NA BÍBLIA

A - Potifar era um alto oficial da corte de Faraó. Potifar comprou José dos comerciantes ismaelitas que o tinham levado até o Egito. Ele levou o jovem filho de Jacó à sua casa para servir-lhe como mordomo. Na casa de Potifar José foi muito abençoado pelo Senhor e rapidamente ganhou a confiança de Potifar. 

B - Feitos de Potifar na Bíblia e na história secular. Potifar foi um oficial de Faraó no tempo em que José, filho de Jacó, foi levado ao Egito. O nome Potifar provavelmente significa “a quem Rá deu”, no sentido de ter colocado na terra. Rá era o deus sol cultuado no antigo Egito. Esse significado vem do entendimento adotado por muitos estudiosos de que o nome Potifar é uma forma abreviada do nome Potífera. Se isso estiver correto, então o oficial de Faraó e o sacerdote da cidade de Om que posteriormente se tornou sogro de José no Egito, tinham o mesmo nome. Contudo, isso não quer dizer que Potifar e o pai de Azenate, esposa de José, eram a mesma pessoa. 

C - A história de Potifar. Potifar era um egípcio que, de acordo com a Bíblia, servia como oficial de Faraó e capitão da guarda (Gênesis 37:36; 39:1). Um ponto interessante na descrição bíblica de Potifar é que a palavra hebraica aplicada é a mesma para “eunuco”. Inclusive, algumas traduções da Bíblia em português se refere a Potifar exatamente assim, como eunuco de Faraó. No entanto, os eruditos explicam que o significado mais geral e antigo dessa palavra indicava um cortesão, ou seja, um oficial da corte. Assim, o sentido de eunuco é um significado mais restrito da mesma palavra usada para designar um oficial da corte que servia no alojamento das mulheres. Mas no caso de Potifar, um homem casado, obviamente o sentido mais apropriado dessa palavra é mesmo aquele e faz referência a um oficial que ocupava uma posição privilegiada exercendo um cargo de confiança na corte de Faraó. 

D - De acordo com os historiadores da história egípcia, o tipo de cargo ocupado por Potifar como “capitão da guarda”, fazia dele o líder do corpo da guarda real. Alguns comentaristas sugerem que talvez Potifar fosse um tipo de mordomo no palácio Egípcio, mas isso parece ser bem pouco provável. 

1 - José na casa de Potifar. Potifar aparece na história bíblica em conexão com a chegada de José ao Egito. A Bíblia diz que os irmãos de José praticaram uma grande maldade contra ele e acabaram-no vendendo a uma caravana de mercadores ismaelitas que estava seguindo em direção ao Egito. Dessa forma, José foi parar em terras egípcias para ser vendido como escravo. No Egito, Potifar se interessou e comprou José para servir em sua casa. O texto bíblico não informa qual foi o preço que Potifar pagou por José. Mas como os ismaelitas tinham comprado José de seus irmãos por vinte ciclos de prata, muito provavelmente a quantia paga por Potifar era superior a isso para que os ismaelitas pudessem ter algum lucro.  Apesar das circunstâncias, na casa de Potifar o escravo José prosperou. A Bíblia deixa claro que essa condição improvável se devia ao fato de que o Senhor estava com José. Inclusive, Potifar percebeu que José era um homem abençoado por Deus e o colocou como um tipo de mordomo responsável pela gestão de todos os seus bens. O texto bíblico ainda informa que desde que Potifar deu essa responsabilidade a José, o Senhor abençoou muito a sua casa por amor a José (Gênesis 39:5). Na verdade, com José em sua casa, Potifar tinha de se preocupar apenas com seus assuntos mais pessoais. (Gênesis 39:6). Mas a sua esposa parecia ter um amor doentio, uma fraqueza mental, paixão incontrolável, era uma coisa que dominava ela. A maldade da “esposa” de Potifar com José se expandiu dia a dia a ponto dela fazer aquela trama diabólica contra José. Se por um lado Potifar parecia ter grande estima por José, por outro a esposa daquele oficial egípcio colocou seus olhos sobre José de forma lasciva. A Bíblia diz que José era um homem formoso de porte e de semblante, (Gênesis 39:6). 

2 - Então a mulher de Potifar começou a pressionar José para que ele se deitasse com ela. Mesmo naquele tempo, o adultério já era reconhecido por muitos povos do antigo Oriente Próximo como uma transgressão muito grave; a ponto de os antigos códigos legais estabelecerem a pena de morte como a punição adequada aos adúlteros. José, no entanto, era um homem muito integro e temente a Deus. Para José, Potifar havia lhe confiado a administração de sua casa e jamais ele poderia trair a sua confiança tendo qualquer relacionamento com aquela mulher. Mais do que isso, José também sabia que se ele cedesse ao ataque da esposa de Potifar, ele pecaria contra Deus. (Gênesis 39:9). Mas diante da firmeza de José, a esposa de Potifar não desistiu, até que num certo dia ela agarrou José pela roupa e tentou forçá-lo a ter relações com ela. José então fugiu daquela mulher deixando sua roupa nas mãos dela. Foi aí que a esposa de Potifar chamou os homens de sua casa e acusou falsamente José de tentar violentá-la. 

3 - Potifar prende José. Mais tarde, quando Potifar voltou a sua casa, aquela mulher mentirosa sustentou a sua versão dos fatos, e José acabou sendo preso. Um escravo que tentasse violentar a esposa de seu senhor, provavelmente era morto. Mas como José foi apenas mandado à prisão, muitos estudiosos acreditam que talvez Potifar tenha, de alguma forma, desconfiado do testemunho de sua mulher. Seja como for, a verdade é que José foi mandado para o cárcere que recebia os presos da corte de Faraó. É claro que em tudo isso o propósito de Deus estava sendo cumprido, e todo aquele mal seria tornado em bem. 

4 - Depois dessas coisas, nada mais é dito na Bíblia a respeito da história de Potifar. Alguns comentaristas conjecturam que talvez o chefe dos carcereiros que confiou em José na prisão fosse o próprio Potifar. Outros sugerem que Potifar não era necessariamente o carcereiro-mor, mas, sim, o chefe da guarda que posteriormente entregou o padeiro e o copeiro de Faraó aos cuidados de José.

5 - Como o texto bíblico diz que o cárcere ficava na casa do capitão da guarda, e se estiver correta a suposição de que Potifar era o capitão da guarda responsável pelo cárcere, então José ficou aprisionado nas dependências da casa de Potifar, mas a historicidade define que a prisão era num lugar horrível e totalmente sem conforte. De qualquer forma, o texto bíblico não é claro nesse sentido e nada sobre isso pode ser afirmado com certeza. 

6 - Quem foi Potífera na Bíblia. Não se tem muita informação bíblica sobre ele, mas temos um pouco da história desse personagem na história secular e sobre a região e as divindades adoradas por ele e seus seguidores visto que ele era conhecido como sacerdote de Om. Potífera foi um sacerdote da cidade de Om no Egito antigo, mencionado em Gênesis 41:45 e Gênesis 41:50 da Bíblia hebraica e na Bíblia ARC. Ele foi o pai de Azenate, que foi dada a José como sua esposa pelo Faraó, e da qual nasceram dois filhos: Manassés e Efraim. 

7 - A história de Potífera na Bíblia está ligada ao Egito antigo e também a cidade de Om, (Heliópolis). Não há muita informação sobre a cidade de Om no Egito, mas aqui está alguma informação sobre a divindade Amon, que era adorada em Tebas: Amon era uma divindade local e pouco importante durante o Antigo e o Médio Império. Amon era adorado em Tebas, uma cidade que ficava longe dos centros de poder locais, como Mênfis, Heliópolis e Abidos. Amon, (Daí vem o nome Amonitas), provavelmente compartilhava sua mitologia com outros sete deuses locais. 

8 - Om: Nome de uma pessoa e de um lugar. 1. Filho de Pelete, e um dos principais homens da tribo de Rubem. (Núm 16:1) Ele estava entre os que protestaram contra Moisés e Arão, mas seu nome não aparece entre os rebeldes nas últimas palavras que estes dirigiram a Moisés ou quando foram punidos por Deus com destruição. (Núm 16:2, 3, 12-14, 23-35). Isto talvez se deva a que ele desempenhou um papel um tanto secundário na rebelião, ou pode até indicar que ele se retirou dela, depois da censura inicial de Moisés aos conspiradores. 2. Antiga e renomada cidade do Egito, situada a pouca distância de Cairo, capital do Egito na margem do rio Nilo e perto do ponto em que as águas desse rio se dividem para começar a formação da região do Delta. 

9 - Nos registros egípcios, o nome dessa cidade era escrito como Junu, ao passo que os registros assírio-babilônicos a mencionam como Ana ou Unu. Julga-se que o nome egípcio significa “Cidade da Coluna”, referindo-se talvez aos obeliscos (colunas altas, que se vão afilando, encima das colunas como uma ponta em forma de pirâmide) pelos quais a cidade era famosa; ou esse nome pode relacionar-se à pedra sagrada (chamada de a benben) ligada à adoração de Rá (Re), o deus-sol. Os gregos chamavam a cidade de Heliópolis, (Om), que significa “Cidade do Sol”, por ser o principal centro da adoração egípcia do sol. Om surge pela primeira vez nos registros da Bíblia como a cidade do sacerdote Potífera, cuja filha, Azenate, foi dada como esposa a José. (Gên 41:45,50) O próprio nome Potífera inclui o nome de Rá, o deus-sol. 

10 - Com o passar do tempo, o sacerdócio de Om tornou-se muito opulento, rivalizando, neste respeito, com o sacerdócio de Mênfis e sendo ultrapassado apenas pelo sacerdócio de Tebas (na bíblia Nô-Amom). Relacionada com o seu templo ao sol, onde funcionava uma escola para treinamento de sacerdotes e para o ensino de medicina. Filósofos e peritos gregos eram atraídos para lá, a fim de aprender a teologia sacerdotal, e Om tornou-se célebre como centro do saber egípcio. O profeta Jeremias foi inspirado a predizer que o Rei Nabucodonosor devastaria o Egito e ‘destroçaria as colunas de Bete-Semes, que está na terra do Egito’. (Jeremias 43:10-13). Bete-Semes corresponde de certo modo ao nome grego Heliópolis e significa “Casa do Sol”. Assim, a referência feita aqui é, provavelmente, à cidade de Om, e “as colunas” que deviam ser despedaçadas podem muito bem referir-se aos muitos obeliscos ao redor do templo do sol. 

11 - A profecia de Ezequiel contém um aviso similar. (Ezequiel 30:10, 17). Aqui, a pontuação vocálica hebraica do nome varia da de Gênesis, de modo que o nome é literalmente Áven (hebr.: ʼá·wen). Alguns eruditos sugerem que isto foi feito como um jogo de palavras, visto que Áven significa “Prejuízo; Algo Prejudicial”, e Om era um centro de idolatria. Este também pode ser o caso em Isaías 19:18, em que o texto refere-se a uma das “cinco cidades da terra do Egito, falando o idioma de Canaã e jurando a Jeová”, como a “Cidade de Derrubamento (hebr.: ʽIr ha-Hé·res)”. O Rolo do Mar Morto de Isaías apresenta ʽIr ha-Hhé·res, que significa “Cidade do Sol”, apontando assim também para Om (Heliópolis). Neste caso, também, talvez haja um jogo de palavras intencional, Hé·res (derrubamento) sendo substituído por Hhé·res (outra palavra hebraica para “sol”, menos comum que shé·mesh), em vista da intenção de Jeová de destruir a idólatra cidade de Om. A paráfrase deste trecho do versículo, encontrada nos Targuns Aramaicos, diz: “(Cidade de) a Casa do Sol, que há de ser destruída”. 

12 - Além da predita invasão destrutiva por Nabucodonosor, a cidade de Om (Heliópolis) evidentemente sofreu outro golpe quando Cambises II conquistou o Egito (segundo Estrabão, geógrafo grego que viveu perto do começo da Era Comum). Na época de Estrabão, Heliópolis já tinha perdido sua posição de importância e estava parcialmente abandonada. Hoje, o povoado chamado Al-Matariya ocupa parte do local antigo, e tudo o que ainda resta ali do anterior esplendor é um único obelisco de granito vermelho que data do reinado de Sesóstris I. Outros obeliscos de Heliópolis são agora encontrados em Nova York, Londres e Roma. Potifar e Potífera foram contemporâneos de José no Egito. Lá José foi fiel a Deus e deu testemunho do Senhor Deus como o único Deus e Senhor criador dos céus e da terra. 

13 - A Bíblia é a palavra de Deus para nos ensinar o caminho da verdade. Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; 2Timóteo 3:16. Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor, e o povo que Ele escolheu para a sua herança. (Salmos 33.12). Feliz é a nação que ensina o temor do Senhor para as crianças desde pequena: “instrui ao menino no caminho em que deve andar”. Provérbios 22:6. Feliz é a nação, onde a juventude serve a Deus de verdade: “lembra-te do teu criador nos dias da sua mocidade. Eclesiastes 12:1. Feliz é a nação, onde: os “príncipes ensinam aos anciãos a sabedoria…”. Salmos 105:22. Feliz é a nação, cujos filhos não estão entregues a si mesmos. Feliz é a nação, no qual o homem teme ao Senhor e guarda os seus mandamentos. Feliz é o homem que “anda pelo caminho da retidão, no meio das veredas da justiça”. Provérbios 8:20. 

14 - Mas, quando um país é voltado para a idolatria, para ideologias anarquistas e satanistas, dividido em várias religiões, culturas e costumes, então Deus não abençoa aquela nação, o que era o costume dos Egípcios. No caso do povo Hebreu, eles adoravam somente a Deus, então a perseguição contra eles era implacável. Quando a força e a esperança dos homens estão na política, na ciência, e tudo firmado em sabedoria humana, conceitos e ideologias sem lógica, então tudo vai mal. Ainda que, se use o nome de Deus como selo de garantia; um povo que se diz cristão, mas ainda está contaminado com a força dos costumes dos homens, da idolatria que é pecado diante de Deus, então é só derrotas. Salmos 115. Quando homens que deveriam ser um exemplo para pregarem o evangelho e sua justiça, se contaminam no caminho dos ímpios, da perversidade, e se ajuntam às suas políticas e mazelas de corrupção, é só fracassos e escravização do povo. 

15 - Fomos chamados para proclamar as virtudes do Deus vivo e verdadeiro. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia. Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma; Tendo o vosso viver honesto entre os gentios; para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem. Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior”. 1 Pedro 2:9-13. Quando os homens estão cegos à realidade, quando a perversidade se tornou costume e cultura de um povo se desviou para o mal, quando os homens andam pelos seus ideais, e não pela direção de Deus, tudo vai por água abaixo. Quando as ações da perversidade e da malignidade agem na cegueira dos homens, o deus deste século, com o seu poder domina com sua cegueira espiritual, e impede o povo de entender a verdade de Deus. (2 Tessalonicenses 2). 

16 - Há providências de Deus quando tem um homem de Deus por perto, mesmo que esteja preso injustamente, o que foi o caso de José no Egito. “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, é naqueles que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus”. (2 coríntios 4:3,4). A nossa maior luta não é física, mas é espiritual, onde satanás perverte as mentes humanas. Só quando a nossa força estiver em Deus, teremos vitória. E vitória que vem de Deus. “Está é a vitória que vence o mundo, a nossa fé”. 1 João 5.4. Quando os mandamentos de Deus estiverem em primeiro lugar em nosso coração, na nossa alma, na nossa força, na nossa sabedoria, então venceremos como José, filho de Jacó, venceu e foi promovido do cárcere para ser governador do Egito.

17 - Ainda que as ameaças venham; ainda que os nossos problemas e adversidades sejam maiores e impossíveis, temos Deus a nosso lado. Não temas, confie inteiramente em Deus. “Esforçai-vos, e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis, por causa do rei da assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco o Senhor nosso Deus, para nos ajudar, e para guerrear por nós. E o povo descansou nas palavras de Ezequias, rei de Judá”. 2 crônicas 32:7-8. Feliz é o homem cujo Deus é o Senhor. É Ele que o conduz no caminho que deve andar; sua força e esperança está em Deus que o conduz por pastos verdejantes e águas tranquilas, conforme está escrito no Salmos 23. 

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

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