segunda-feira, 22 de março de 2021

OS MALEFÍCIOS DA BEBIDA ALCOÓLICA NO DECORRER DOS TEMPOS

OS MALEFÍCIOS DA BEBIDA ALCOÓLICA NO DECORRER DOS TEMPOS

 

Histórico de quando começou a se servir o pão e o vinho (não fermentado) na Bíblia.

 

A Bíblia narra a história de Melquisedeque que serviu pão e vinho para Abraão quando Deus lhe chamou para seguir os seus caminhos. Abraão, em gratidão a Deus, entregou a Melquisedeque  o dízimo de tudo, esta também é a primeira vez que se menciona na Bíblia a entrega dos dízimos do Senhor a um sacerdote. Melquisedeque era sacerdote e rei em Salém.

 

A história é datada por volta de 1800 a.C e é a primeira vez em que o pão e o vinho são relacionados a uma bênção sacerdotal.

 

Em meio a escuridão espiritual e moral que permeava o mundo antigo pós-diluviano, Deus chamou a Abraão, para seguir os seus caminhos. Em sua aliança, ele prometeu que o patriarca seria o pai de uma grande nação, que carregaria a linhagem do Messias Salvador (Gênesis 12:1-9). Se Abraão seguisse os caminhos do Senhor, ele seria uma bênção a todas as famílias da Terra. Deus chamou o patriarca para peregrinar na terra que lhe fora prometida, em Canaã. Aqueles que lhe abençoassem seriam abençoados, porém aqueles que lhe amaldiçoassem seriam amaldiçoados, garantiu o Senhor Deus.

Nesse tempo, Canaã era habitada pelos descendentes de Cam, filho de Noé. Eram cananeus, sidônios, amorreus, heveus, girgaseus, jebuseus e perezeus, povos que se separaram de Deus e rapidamente mergulharam na decadência moral e espiritual, com as piores e mais cruéis formas de culto idólatra, e é claro, com todos os tipos de bebidas alcoólicas existentes naquela época.

Embora essas nações estivessem em escuridão moral, o nome de Deus não havia sido esquecido. Ainda existiam pessoas e comunidades que adoravam unicamente a Deus, mostrando que o verdadeiro culto ainda permanecia em Canaã. Um claro exemplo é o de “Melquisedeque, rei de Salém” (Gênesis 15:18). O seu nome, em hebraico, significa “Meu Rei é Justo”. (Hebreus 7:2).

Em Canaã, o sistema de governo era o de cidades-estados, em que cada cidade tinha uma administração independente.

Melquisedeque era rei de Salém, cidade-estado comumente relacionada a Jerusalém, já era mencionada nos escritos egípcios do século XIX a.C. Salém é uma variação da palavra “shalom” que significa “paz”. Em Hebreus 7:2, Melquisedeque, rei de Salém também é chamado de “rei da paz”.

Como rei e sacerdote, o governo e ministério de Melquisedeque provavelmente era respeitado por todos os reis ao redor. Bera, o rei de Sodoma permitiu que Melquisedeque tomasse a frente no reencontro com Abraão depois da guerra, (Gênesis 14:20-24), provavelmente reconhecendo a importância do seu sacerdócio.

Tanto na narrativa de Gênesis quanto da epístola aos Hebreus, Melquisedeque é descrito como uma figura histórica simbólica. Diferente de todos os personagens bíblicos preeminentes, Melquisedeque não tem citada sua linhagem genealógica. (Hebreus 7:3). Isso é importante porque os sacerdotes levitas precisavam provar seu ministério por meio da genealogia de Arão. Embora o rei de Salém tenha tido pai e mãe, eles não são citados. Sua idade e sua morte também não são citadas. Além disso, Abraão, o pai do povo de Israel deu o dízimo a Melquisedeque (Gênesis 14:20), provando aqui a superioridade e preeminência do seu ministério sacerdotal sobre os levitas.

Essas são figuras de linguagem usadas pelo autor de Hebreus para ilustrar que o ministério sacerdotal de Melquisedeque, rei de Salém, é um tipo, um modelo do ministério de Jesus que, mesmo nascendo de mulher, já era pré-existente na forma de Deus e, como Filho do Homem, se ofereceu de uma vez por todas em sacrifício para a salvação eterna de todo o que nele crê. Jesus é o “Rei da paz”, “Rei justo” e nosso “Sumo Sacerdote” para sempre, que exerce um sacerdócio superior ao dos levitas, que se cumpriu em seu sacrifício.

A cena descrita em Gênesis 14 é a da guerra da coalizão de Abraão, contra Quedorlaomer e seus aliados, que atacaram Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar, levando cativo o seu povo e seus bens, incluindo Ló, sobrinho de Abraão. A guerra foi vencida por Abraão e os reis das cinco cidades citadas, recuperando todos os bens e a população ilesa. Na volta, Abraão se reencontra com o rei de Sodoma no vale de Savé. Este dá lugar para que Melquisedeque realize um encontro simbólico.

“Melquisedeque, rei de Salém, e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra. E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os seus inimigos em suas mãos”. (Gênesis 14:18-20). Esta cena, ocorrida por volta de 1800 a.C é a primeira em que o pão e o vinho são relacionados a uma bênção sacerdotal. Não se pode especular muito sobre o que esse evento significa. Mas, pode ser que essa refeição seja um sinal de que Deus estava abençoando a Abraão e selando visivelmente sua aliança com o patriarca diante das nações de Canaã. Essa era uma refeição comumente oferecida à realeza. (1 Samuel 16:20). Também foi a refeição determinada por Deus, na lei mosaica, a ser levada como oferta nos sacrifícios, holocaustos e ofertas queimadas em cumprimento de um voto ou oferta voluntária. (Números 15:2-10).

Portanto pode ser que o gesto de Melquisedeque seja apenas uma refeição para reavivar as forças do patriarca recém chegado da guerra; ou indique um selamento visível da aliança que Deus fez com Abraão. Anos mais tarde, ao Deus reafirmar sua aliança, Abraão creu e isso lhe foi imputado como justiça. (Gênesis 15).

O fato é que esse rito, que apareceu em Gênesis 14:18-20 se tornou um costume para Israel no ministério levita, sombra do ministério sacerdotal de Cristo. No “kidush” pão e o vinho estavam presentes nas refeições familiares nas festas israelitas. Esses elementos se tornaram a base da Santa Ceia que se tornou o símbolo da renovação da aliança entre a igreja e Deus após o sacrifício de Cristo na cruz do Calvário. O pão é o símbolo do corpo de Cristo e o vinho, símbolo do seu sangue derramado para justificar o pecador. (Mateus 26:26-30; veja 1 Coríntios 11:23-25).

Vale a pena ressaltar que o pão e o vinho não adquiriram esse significado na Santa Ceia. Já no santuário de Israel, esses elementos possuíam o significado sacrificial do Messias que libertaria Israel. É claro que não podemos dizer que a refeição que Melquisedeque deu a Abraão claramente tipificasse o sacrifício de Cristo, mas devemos admitir que possui um significado especial de comunhão.

Agora, vamos nos deter à questão do vinho.

A palavra hebraica usada para “vinho” é “yayin”, um termo genérico que designa qualquer bebida proveniente da uva, seja o vinho alcoólico fermentado ou o puro suco da uva. Infelizmente, muitos cristãos utilizam essa e outras passagens bíblicas em que aparece o “vinho” para justificar o consumo de bebidas alcoólicas. Para resolver esse impasse, precisamos entender claramente o que a Bíblia diz a respeito do vinho.

A Bíblia mostra claramente que Deus é contra o consumo de bebidas alcoólicas. “O vinho é escarnecedor, e a bebida forte, alvoroçadora; todo aquele que por eles é vencido não é sábio”. (Provérbios 20:1).

Salomão diz que todos os problemas morais, éticos e físicos são atribuídos aos “que se demoram em beber vinho, e os que andam buscando bebida alcoolizada. Não se deixe atrair pelo vinho quando está vermelho (fermentado), quando cintila no copo e escorre suavemente! No fim, ele morde como serpente e envenena como víbora. Seus olhos verão coisas estranhas, e sua mente imaginará coisas distorcidas…”. (Provérbios 23:29-35).

A Bíblia deixa claro os efeitos do vinho alcoólico sobre os próprios sacerdotes de Jerusalém durante o período de apostasia iminente o que ocasionou o desprezo de Deus pelo povo e sua ida para o cativeiro babilônico. (Isaías 28:7, 8). O livro de Jeremias e das Lamentações de Jeremias foram escritos nesses tempos do antes, durante e depois do que seriam os setenta anos de escravidão na Babilônia.

Voltando ao assunto da maldade que a bebida alcoólica causa no ser humano observamos que Noé  se embriagou com vinho e mostrou a sua nudez, algo considerado pecado por Deus. (Gênesis 9:20, 21; veja Gênesis 3:7; Levítico 18:1-18).

Paulo aconselha a Timóteo e aos ministros que não sejam apegados ao vinho. (1 Timóteo 3:3).

Ora, já que o texto bíblico não define qual é a qualidade do vinho para cada situação relatada, precisamos seguir pelo princípio apresentado por Deus. Será que Deus teria prazer em ver seus filhos embriagados, alvoroçados, confusos e perdidos?

Seria Jesus capaz de se embebedar com seus discípulos na Santa Ceia? Será que, no casamento em Caná, Jesus produziria mais de 600 litros de bebida alcoólica para ver seus amigos mergulhando na indecência e embriaguez e das imoralidades pertinentes aos embriagados como aconteceu com Noé?

 

Será que, num ritual tão sagrado como o do santuário israelita, ministros de Deus levariam o culto sagrado à desordem e entrariam lá embriagados?

 

É claro que Melquisedeque não ofereceu a Abraão vinho alcoólico. É claro que Jesus ordenou à sua igreja que use suco puro da uva na Santa Ceia. “Deus não é Deus de desordem e nem de confusão, mas de paz”. Por isso, seja no culto, seja na vida religiosa ou secular, “tudo, porém, seja feito com decência e com ordem”. (1 Coríntios 14:33, 40). Não há desculpas para justificar o consumo do álcool, mesmo que socialmente. Saiba que isso é pecado diante de Deus, e que o seu Salvador não se agrada que você destrua o seu corpo, que é templo do Espírito Santo. (1 Coríntios 6:19). Permita que Deus habite em sua vida, num corpo limpo e saudável, apresentado como sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, num culto racional.

 

Apresento ainda alguns malefícios da bebida alcoólica nos tempos antigos.

 

A Bíblia descreve a histórias de vários homens que se envolveram com as bebidas fortes. Alguns eram maus, mas outros eram homens de fé e comissionados por Deus. O fato de alguns desses homens terem se embebedado não nos coloca na liberdade de fazermos o mesmo. O grande salmista Davi foi um homem ricamente abençoado e devemos fazer de tudo para sermos também chamados de “homens segundo o coração de Deus”. Todavia, não devemos pensar em “adulterar” só porque a Bíblia relata essa triste fraqueza de Davi. (2 Sm 11). Deus permitiu e relatou a queda de Davi para que nós tirássemos lições e não fizéssemos o mesmo.

 

Vejamos alguns desses casos infelizes de uso de bebida forte ou alcoolizada.

 

O caso de embriaguez de Noé.

A Bíblia descreve os efeitos maléficos da bebida embriagante na história de Noé. (Gn 9.20-27). Ele plantou uma vinha, fez à vindima, fez vinho embriagante e bebeu. Isso o levou à embriaguez, à imodéstia, à indiscrição e a tragédia familiar em forma de uma maldição imposta sobre Canaã.

 

O caso de embriaguez de Ló, sobrinho de Abraão e de suas duas filhas num duplo pecado incestuoso.

Nos tempos de Abraão, o vinho embriagante contribuiu para o terrível pecado que resultou na gravidez incestuosa das filhas de Ló. (Gn 19.31-38).

 

O caso de embriaguez dos filhos de Arão. Nadabe e Abiú entraram no templo com seus incensários, mas por terem bebido bebidas fortes saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu. (Lv.10). Deus ainda chamou os seus sacrifícios de “fogo estranho”.

 

O caso de embriaguez, desobediência, derrota, vergonha e morte de Sansão.

Sansão desce a Timnate e casa com uma estranha, depois mata um leão e ao voltar toca no cadáver, depois bebe vinho, se mostra um mulherengo assanhado, ele luta sempre por seus interesses e nunca pelo interesse de Israel, depois se apaixonou por uma prostituta que descobre com astúcia o seu segredo, então Sansão é preso pelos Filisteus, virando um palhaço, uma chacota, tendo seus olhos furados. Sansão brincou com o pecado, e no caso dele seu pecado foi o sexo, não controlava seu próprio corpo, terminou morto junto com seus inimigos, triste recompensa. ( Jz 13: 3- 7).

Sansão recebeu as seguintes instruções de Deus através de seus pais. Não beber vinho ou bebida forte; Não comer comida imunda; Não raspar e nem cortar o cabelo.



Sansão cometeu voluntariamente vários erros e escolheu andar sozinho.

Esse é um erro que nunca podemos cometer na nossa vida. As pessoas têm preferido cuidar de bicho de estimação e esquecem de cuidar de si mesmos e dos outros seres humanos mais próximos e amigos. Nada contra os bichinhos de estimação, eu tenho vários e cuido bem deles. Precisamos ser instrumentos de Deus para ajudar os outros.

Existem pessoas escolhendo andar sozinhas. Geralmente pessoas que optam por estar sós, estão querendo fazer algo bizarro, porque o homem não foi feito para andar sozinho. Sansão escolheu andar sozinho e isso é um risco muito grande. Quando ele saiu a primeira vez com os pais, tomou outro caminho. Ele não compartilhava conflitos nem vitórias com ninguém.

Precisamos do próximo para compartilhar lutas e vitórias. Quando você escolhe andar sozinho, está colocando sua vida em risco.

Existem pessoas que não fazem amigos, entram mudos na Igreja, em casa, no trabalho e saem mudos, por isso que existem muitas pessoas que estão sem rumo definido na vida.

Eles não constroem relacionamentos, não trocam idéias e não se relacionam com ninguém.

Quando você caminha com os outros, a recompensa é maior, o salário é maior. Se o solitário cair, não haverá quem o levante. Ai daquele que não tem amigos. Existem situações em que precisaremos de alguém para nos ajudar e nos levantar se porventura cairmos em qualquer cilada.

As amizades verdadeiras nos ajudam nos momentos difíceis. A força é dobrada. Para aqueles que gostam de andar reservados. Pv. 18.11.

 

Sansão perdeu a capacidade de ouvir.

Os erros que mais doem, são aqueles em que fomos mais alertados. Quando os pais dizem: “Filha, não case com fulano de tal!” E a pessoa insiste em casar, insiste naquela posição, jejua e ora…, mas depois colhe as consequências da desobediência. Por isso existem muitos casamentos em frangalhos e famílias destruídas. Foi o que Sansão fez, a Bíblia diz que Sansão chegou para o pai dele e disse que queria casar com uma Filistéia e no capítulo 3 verso 14 do livro de Juízes vemos ele dizer: “Só esta me agrada”.

Existem pessoas que o pastor, o pai, o amigo, já avisou e a pessoa continua dando as mesmas cabeçadas, porque não aprendeu a ouvir, esquecem a recomendação do sábio Salomão que diz que: “Na multidão dos conselheiros a sabedoria”.

 

Respeite o cabelo branco dos seus pais. Ouça a voz da experiência do seu pai e da sua mãe. Qual é a vantagem de quem aprende a ouvir? Cresce com prudência, tem tranquilidade e segurança em suas decisões.  PV 18.13.

O pecado de Sansão era as mulheres que o levaram a se tornar um alcoólatra. Ele só se envolveu com mulheres erradas. Fuja do erro, do pecado, daquilo que te afasta do Espírito Santo de Deus.

 

Sansão só usou o poder de Deus para conquistas externas. Ele não usou o poder de Deus para conquistas internas e vencer seus maiores inimigos que não eram os filisteus e sim os seus próprios pecados, que fervilhavam dentro dele. Eu costumo dizer que nós temos mais dificuldades de aprender o que é certo do que aquilo que pessoas excelentes nos dão exemplos do que é certo.

Quando Sansão se arrependeu, o Espírito Santo encheu sua vida e ele passou a ser usado por Deus, mas o fim de sua trajetória foi triste, infelizmente. Quando deixamos o pecado dominar, ele nos transforma em tolos, palhaços. Sansão nasceu para brilhar, mas escolheu ser palhaço nas mãos do inimigo.

São muitas a lições para todos nós do fracasso de Sansão.

Nascemos com um chamado especifico para sermos um instrumento nas mãos de Deus, santos num mundo pecaminoso. (Ef. 1:4).

Precisamos crer que nosso namoro com as “Dalilas”, da vida, como a embriaguez, as drogas, as más companhias, as más escolhas e outras coisas do mundo, são totalmente prejudiciais à nós.

 

Todos aqueles que querem ser amigos do mundo, são infiéis, verdadeiros adúlteros espirituais e inimigos de Deus. (Tg 4:4. I João 2:15 a 17).

Não podemos brincar com a tentação. Não somos capazes de brincar com a tentação sem cair em pecado, embora pensemos como Sansão que sim. Tudo pode começar com um copo de cerveja, um pouco de vinho fermentado, entre outras coisas que o diabo oferece.

Temos inimigos ao nosso redor querendo a todo instante nos afastar da vontade de Deus e, mesmo assim, temos brincado com coisas que devemos levar muito a sério. Por mais sedutores e, aparentemente inofensivos, nossos relacionamentos fora dos princípios de Cristo devem ser evitados. É momento de nos perguntar se temos ido ao encontro de coisas, lugares e pessoas que deveríamos fugir.

Com qual “Dalila” temos nos relacionado?

Qual paixão pelas coisas do mundo tem nos importunado diariamente, querendo nos fazer cair em pecado? Não podemos brincar com a tentação, menosprezá-la, por isso a melhor coisa a fazer é o que Paulo recomendou a Timóteo o que José fez, ou seja, fugir da tentação do alcoolismo e de outras oferendas de satanás.

Aprendamos com Sansão que todos nós, por melhores que possamos pensar ser, por mais fortes fisicamente que sejamos ou por mais autoconfiantes que pensamos ser, a verdade é que somos frágeis e impotentes diante da tentação sem a graça de Deus.

Que abandonemos todos os tipos de relacionamentos prejudiciais à nossa vida cristã urgentemente. Tudo o que estivermos plantando, isso colheremos. Gl.6.7. Sansão que o diga.

Sansão não tinha uma verdadeira conversão. Não era agradecido a Deus como deveria ser, não servia a Deus como deveria servir. Na primeira oportunidade que surgiu ele já estava se embriagando e se divertindo com as mulheres filistéias.

Na nossa conversão, quando nos convertemos de verdade e aceitamos o Senhor Jesus como nosso único Senhor e Salvador, a partir daí Deus começa a trabalhar em nossas vidas e buscamos mais Dele. Um dos primeiros passos é a leitura da Bíblia em Josué 1:8 Deus diz a Josué que ele devia meditar noite e dia nestas palavras, então nós começamos a nos alimentar da comida boa que é a palavra de Deus.

Passamos a falar desenfreadamente, pois estamos cheios do poder de Deus e vivendo o primeiro amor, falamos do que Jesus faz na nossa vida e temos um brilho no olhar que é a luz de Jesus. (Mt 5:14–16).

Jesus diz que os discípulos deviam ser luz por onde andassem. Nós somos os discípulos de Jesus hoje e devemos viver a palavra de Deus, através da leitura diária, meditando nela, compartilhando com os outros o que aprendemos e tirar as nossas dúvidas.

 

Sansão não era submisso a Deus e nem a seus pais.

Passamos a frequentar todos os cultos da igreja, temos vontade de ajudar a obra do Senhor, nos tornamos voluntários na obra, vamos a igreja com alegria no coração, ofertamos, dizimamos com alegria, estamos aberto a receber mais de Deus, nosso coração está quebrantado e sedentos a aprender.

Neste período passamos a ajustar a nossa vida baseados no que a palavra nos diz e com isso confessamos os nossos pecados e pedimos perdão a Deus, as pessoas, procuramos ser libertos dos vícios, das drogas fo alcoolismo, depois nos batizamos e se houver alguma pendência em nossas vidas colocamos em ordem para podermos servir a Deus de maneira correta. E Deus vai nos enchendo e crescemos espiritualmente e passamos a ensinar as pessoas que estão chegando, testemunhando o que Deus fez nas nossas vidas. Passamos a glorificar a Deus em tudo na nossa vida.

 

Sansão não orava a Deus e nem procurava estar perto das pessoas de oração.

Quando  começamos a viver uma vida de oração e intimidade com Deus e Deus começa a falar conosco, Ele nos revela o que devemos fazer, nos guia, nos livra dos laços de satanás. Os nossos olhos estão abertos para enxergar o que Deus nos permite ver e temos experiências com Deus.

Em 1 Tessalonicenses 17 diz: “Orai sem cessar”, 2 Tessalonicenses 1:11-12 diz: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo”.

Segundo o livro Mateus 26:36 “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

1 Pedro 5:8-9 “ Sede sóbrios, (a palavra sóbrio nos sugere que não devemos estar alcoolizados) e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar, para tragar; resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos estão se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo”. Satanás tentará levar você ao pecado ( para as rodas dos escarnecedores para a mentira, promiscuidade, corrupção, para roubar, matar, enganar e outras coisas piores, claro que algumas vezes não é satanás o culpado sim somos nós mesmos que deixamos a carne nos dominar, através do orgulho, soberba, pois quando estamos crescendo espiritualmente podemos cair numa cilada de achar que somos nós que fizemos tudo.

A Palavra de Deus diz em Tiago 4:6-10.

“Antes, ele dá maior graça. Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.” Sabemos que o inimigo é astuto e ele usa pessoas para fazer com que caímos e quando caímos pecamos e o Espírito de Deus não habita onde há o pecado, neste momento devemos fazer o que a palavra no livro de Tiago dita acima. Quando reconhecemos as nossas fraquezas Deus irá nos levantar novamente.

 

Sansão teve um casamento mal estruturado e que não foi de acordo com a vontade de Deus para ele. (Jz 14:1-3): ele não orou o suficiente para obedecer à Palavra e entender os propósitos de Deus para o seu casamento. Foi procurar casamento no meio das Nações idólatras e inimigas do povo de Deus.

Deus precisa ser buscado em primeiríssimo lugar nesta área tão importante da vida. Depois de Deus, a família é a área mais importante. Segundo, se entregou a uma mulher que estava longe de Deus; se agradou da filha dos filisteus; mulher idólatra e fora da bênção de Deus. Terceiro, desonrou seus pais. Ele poderia escolher uma dentre várias mulheres no meio do povo de Deus, mas preferiu desobedecer seus pais. Deus usa os pais para nos livrar das ciladas do diabo.

 

A falta de consagração de Sansão o levou ao fracasso. As mulheres prostitutas daquela época, geralmente embriagavam os homens que se tornavam vítimas fáceis em suas mãos.

Como uma autoridade no meio do povo, Sansão desfrutava a posição de juiz, mas não deu o devido valor.   

 

Sansão foi a Gaza, viu ali uma prostituta e coabitou com ela. (Juízes 16:1) Sansão se entregou ao pecado da prostituição. Não foi este o primeiro caso, porque ele teve outros casos amorosos, inclusive o de Dalila que o traiu e o entregou aos Filisteus depois de descobrir os seus segredos e o segredo de sua força. É um dos maiores pecados que tem levado as pessoas à derrota, a perder a unção, a paz, a alegria, a fé, a vida com Deus. Muitos líderes hoje são derrotados, no homossexualismo, lesbianismo, prostituição, lascívia, adultério, quer mentalmente ou com ações práticas. Sansão caiu nessa também. Para evitar o fracasso você precisa urgentemente tirar da sua vida todo o entulho do diabo e servir a Deus com integridade de coração.

 

Sansão não levou a sério as advertências de Deus.

“Então, ela (Dalila) lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste de mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força”. (Jz 16:15). A Bíblia diz que Sansão não deu importância às advertências de Deus, através das coisas que Ele lhe permitiu que lhe acontecessem.

Olha só o que Deus permitiu acontecer com Sansão por sua infidelidade: ele foi traído uma vez pela esposa, quando ela relatou o significado do enigma para os 30 jovens; depois ele foi traído por Dalila três vezes e a Bíblia diz que Sansão não deu importância às advertências. Quantas pessoas hoje têm ouvido a Palavra de Deus, sendo advertidos pelas situações da vida e mesmo assim não têm dado o devido valor às advertências que o Senhor lhes tem colocado. O Senhor faz isso. Ele permite que você enxergue, para que você depois não diga que não sabia de nada. Sansão foi ignorante demais e tem muita gente assim hoje, peca porque quer.

 

Sansão tornou-se um ébrio literalmente e caiu como um palhaço nas mãos dos filisteus.

Ele serviu de chacota e diversão para seus inimigos que zombaram dele e do seu Deus.

Quando deixamos o nosso pecado nos dominar, nos tornamos palhaços nas mãos de Satanás, acabamos nos tornando motivo de zombaria e diversão para o inimigo. Quando damos lugar para o mal entrar nas nossas vidas, acabamos como Sansão: quando tinha o Senhor por perto, era forte e poderoso, mas, quando Deus se afastou dele, se tornou palhaço do pecado. A palavra de Deus nos diz em Jz 16.25, que os filisteus mandaram trazer Sansão para que os divertissem.

Conclusão sobre a vida de Sansão. Só tristezas e sofrimentos para seus pais e derrota pessoal, muito embora, mesmo sem ter uma comunhão plena com Deus, Deus o usou para derrotar os Filisteus, o pior inimigo de Israel na época; nos momentos finais de sua vida Sansão pediu perdão a Deus e impôs a maior derrota já vista sobre os Filisteus, matando todos os líderes religiosos e políticos da época na queda do templo de Dagon.  

 

Nos dias de hoje, muitos têm se tornado fracos e caem facilmente nas mãos de Satanás. Temos que tomar cuidado, pois, quando o Espírito de Deus se afasta de nossas vidas, o pecado tem lugar para nos dominar, e dele nos tornamos escravos.

Se formos desobedientes ao Senhor quebrando as alianças e pactos estabelecidos através da sua Santa Palavra poderemos até nos salvar como que pelo fogo, mas se seguirmos o exemplo de Sansão poderemos perder a oportunidade de gozar os benefícios desta vida e a glória celestial na vida vindoura. Lembremos que mesmo que as adversidades sejam vencidas, contudo a nossa vida poderá ser ceifada precocemente como foi a de Sansão.

 

Os casos de embriaguez dos profetas e sacerdotes da época de Isaías.

“Mas também estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam no juízo”. (Is 28.7).

 

Alguns malefícios da bebida alcoólica nos tempos do nascimento da igreja depois de Cristo, a chamada igreja primitiva.

 

A embriaguez dos crentes de Corinto.

A Igreja que Paulo havia recém formado em Corinto estava, por falta de conhecimento, cometendo alguns erros inomináveis. Eles estavam usando vinho fermentado na Ceia e isso não agradou nem a Deus, nem o apóstolo. (1 Co 11.21). Paulo disse que isso não era digno de nenhum louvor, (1 Co 11.17), mas sim de grande vergonha. Isso foi chamado pelo Apóstolo Paulo de comer e beber indignamente. (1 Co 11.29). Foi a causa de mortes antes do tempo de alguns cristãos. (1 Co 11.30).

 

Os efeitos negativos da bebida alcoólica na Igreja de Éfeso.

 

Na Igreja dos Efésios havia, provavelmente, um grupo de crentes que não haviam recebido o Espírito Santo, ou seja não haviam se convertidos de verdade e Paulo descreve o motivo em Ef 5.18: “E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito”.

Esse grupo de irmãos achava normal viver uma vida dupla, mas a prova que isso é impossível é bradada por Paulo: “não vos embriagueis”.

 

Qual é o vinho usado frequentemente na Santa Ceia do Senhor.

No tocante ao ofício da Ceia do Senhor, os três primeiros escritores dos Evangelhos empregam a expressão “fruto da vide”. (Mt 26.19; Mc 14:.5; Lc 22.18). O vinho não fermentado é o único “fruto da vide”, verdadeiramente natural, contendo aproximadamente vinte por cento de açúcar e nenhum teor alcoólico. A fermentação destrói boa parte do açúcar e altera aquilo que a videira produz. O vinho fermentado não é produzido pela videira.

O Senhor instituiu a Ceia quando Ele e seus discípulos estavam celebrando a Páscoa. A lei da Páscoa em Êx 12.14-20 proibia, durante a semana daquele evento, a presença de “seor” (Êx 12.15), palavra hebraica para fermento ou qualquer agente fermentador, lembremos que nem o pão era fermentado.

Seor, no mundo antigo, era frequentemente obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo o “hametz”, ou seja, qualquer coisa fermentada era proibido. (Êx 13.7; Êx 12.19).

Deus dera esta lei por ser a fermentação o símbolo da corrupção e do pecado, (1 Co 5.7-8), sendo exatamente isso o que causa a bebida alcoólica no homem.

No Antigo Testamento, bebidas fermentadas nunca deviam ser usadas na casa de Deus, e um sacerdote não podia chegar-se a Deus em adoração se tomasse bebida embriagante, já que o sacerdócio proibia o uso de qualquer tipo de bebida alcoolizada.  (Lv 10.8-9). Jesus Cristo é o Sumo Sacerdote de Deus no novo concerto, e chegou-se a Deus em favor do seu povo. (Hb 3.1). Ele não iria, diante da orientação da Lei,  celebrar a páscoa com bebida forte ou alcoolizada. Então, concluímos que o vinho da Ceia era puro e sem álcool. Era o suco de uva feito recentemente. As uvas eram amassadas em um recipiente de onde se extraia o suco de uva.

 

A glória de Jesus se manifesta através do vinho em Caná da Galiléia.

Em João capítulo dois, vemos que Jesus transformou água em “vinho” nas bodas em Caná. Que tipo de vinho era esse? A resposta deve ser determinada pelos fatos contextuais e pela probabilidade moral. Acreditamos piamente que Jesus fez o mesmo vinho da Ceia, sem nenhum álcool mesmo porque Jesus mandou encher os recipientes, as talhas, de água e não de álcool.  O objetivo desse milagre foi manifestar a sua glória, (Jo 2.11), de modo a despertar a fé pessoal e a confiança no Senhor Jesus como filho de Deus, santo e justo, que veio salvar o seu povo do pecado. (Mt 1.21).

Sugerir que Cristo manifestou a sua divindade como filho Unigênito de Deus (Jo 1.14), mediante uma festa de bebedeira, visto que cada talha (Jo 2.6) comportava por volta de 120 litros (vezes seis teríamos a quantia de 720 litros), sem contarmos o que já havia sido consumido. Se o vinho fosse embriagante seria mais que suficiente para todo mundo sair trançando as pernas, tropeçando e caindo pelas ruas, o que não ocorreu.

 

Leiamos algumas passagens bíblicas sobre os efeitos maléficos e negativos do vinho fermentado.

Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho (ou fermentado, ou alcoolizado), quando resplandece no copo e se escoa suavemente (Pv 23.31). É claro que essa passagem santa e que simboliza a transformação do homem não poderia ser feita com uma bebida alvoroçadora. O Senhor conhecia muito bem os textos bíblicos que condenam o vinho embriagante (Pv.20.1), bem como as palavras de Habacuque 2.15-16: Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória.

Mesmo em pequena escala a bebida, ou socialmente como dizem os espertalhões, pode causar sérios danos à saúde. As mulheres mais jovens podem ter o seu sistema reprodutivo danificado, provocando abortos e nascimentos de bebês com defeitos mentais e físicos.

 

Só é pecado o embriagar-se, mas beber com moderação não?

 

“Ai daquele que dá de beber ao seu próximo, adicionando à bebida o seu furor, e que o embebeda para ver a sua nudez! Serás farto de ignomínia em lugar de honra; bebe tu também, e sê como um incircunciso; o cálice da mão direita do Senhor se chegará a ti, e ignomínia cairá sobre a tua glória”. (Hb 2.15-16).

“Mas também estes cambaleiam por causa do vinho, e com a bebida forte se desencaminham; até o sacerdote e o profeta cambaleiam por causa da bebida forte, estão tontos do vinho, desencaminham-se por causa da bebida forte; erram na visão, e tropeçam no juízo”. (Is 28.7).

“Não é dos reis, ó Lemuel, não é dos reis beber vinho, nem dos príncipes desejar bebida forte; para que não bebam, e se esqueçam da lei, e pervertam o direito de quem anda aflito”. (Pv 31.4-5).

“O vinho é escarnecedor, e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar não é sábio”. (Pv 20.1).

“Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho (fermentado), quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv 23.31).

“Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão, por causa da espada, que Eu (o Senhor) enviarei entre eles”. (Jr 25.16).

Os textos acima falam por si só e nos deixa claro quanto a vontade de Deus em relação ao consumo de bebida alcoólica.

 

O sacerdócio Cristão com relação às bebidas alcoólicas.

Falou também o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da revelação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso pelas vossas gerações, não somente para fazer separação entre o santo e o profano, e entre o imundo e o limpo. (Lv 10.8-10).

De acordo com o texto de Levítico nenhum sacerdote deveria beber bebidas alcoólicas, a fim de desempenhar suas funções sacerdotais diante de Deus. A pergunta é: Isto é também para a Igreja de Jesus? Leiamos: Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (1 Pe 2.9). O apóstolo Pedro está falando a respeito da Igreja de Jesus e notem que ela é chamada de “sacerdócio real”. Deus levantou uma Igreja sacerdotal, ou seja, intercessora que ora em favor do mundo. Minha teorização gira por ai, hoje, como os sacerdotes espirituais, estamos todos na presença de Deus. E como tais, já que a Nova Aliança é superior à Velha (Hb 8), deveríamos nos portar da mesma maneira na questão do zelo e da santidade.

 

Vejamos ainda: “…e nos fez reino e sacerdotes para Deus, seu Pai, a Ele seja glória e domínio pelos séculos dos séculos. Amém”. (Ap 1.6).

“…e para o nosso Deus os fizeste reino, e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra”. (Ap 5.10).

Quando aceitamos ao Senhor Jesus, como sendo nosso único salvador, nos tornamos sacerdotes de Deus. E como tais devemos proceder no nosso viver diário, como sacerdotes da família, da igreja e exemplo de sacerdote do Senhor no meio dos povos, das gentes.

Em nossas cidades temos várias casas de recuperação de alcoólatras e muitas delas não são religiosas. Em conversa com alguns que lideram essas organizações, ficamos surpresos com as suas convicções. Eles disseram que uma das maiores hipocrisias da sociedade e o “beber socialmente”.

Disseram que todo alcoólatra começou com um pequena dose de uma bebida fraca, como a cerveja, por exemplo. Alguns até gostariam que fosse crime o consumo dessas bebidas, visto que fazem mais mal que outras drogas proibidas.

Como cristão, ao ouvir esses depoimentos, ficamos mais convicto que devemos nos abster desse veneno, que é a bebida alcoólica. Como sacerdote de Deus, não tenho dúvidas,  diga para si mesmo o álcool não entra na minha boca, essa deve ser uma decisão sua se você está sendo tentado a beber qualquer bebida alcoólica, mesmo que seja socialmente. O ministério sacerdotal não pode ser quebrado por esse repugnante vício. Você que é servo de Deus não deve se envolver com esse mal e sim tirar os que nele estão envolvidos.

 

O alcoolismo e suas consequências na vida social moderna.

O Brasil ocupa a terceira posição entre os países da América Latina quando o assunto são mortes de homens, causadas pelo alcoolismo.

Diversos motivos podem levar uma pessoa a beber compulsivamente, como crise econômica, frustrações na vida afetiva, desemprego e problemas emocionais. Tais fatores podem levar uma pessoa a buscar refúgio em bebidas alcoólicas como se fossem a solução para qualquer problema.

Nesta postagem, mostraremos algo sobre o alcoolismo e suas consequências. Continue a leitura para saber mais.

 

Alcoolismo e suas consequências à saúde.

O álcool é uma das drogas mais populares e também nocivas ao ser humano. O alcoolismo diz respeito ao consumo em excesso e prolongado de álcool.

O que caracteriza o alcoolismo é o ato de beber constantemente, o que transforma um bebedor ocasional em um viciado inveterado.

 

O consumo em excesso de álcool pode ocasionar sérios danos à saúde de um indivíduo. Entre eles, estão:

1.   Câncer: Pode surgir em regiões do corpo humano que entram em contato direto com a bebida alcoólica, como boca, laringe e esôfago;

2. Diabetes: O ato de consumir álcool continuamente pode provocar a inflamação no pâncreas, órgão responsável pela produção de insulina no organismo, levando ao diabetes;

3. Sistema digestivo: O estômago de um alcoólatra pode sofrer erosões por conta do excesso de álcool. Além disso, há o risco de surgimento de gastrites, inflamações e hemorragias no sistema digestivo;

4.  Cérebro: Beber álcool, bebidas alcoólicas, em demasia pode provocar efeitos nocivos na região cerebral, afetando a memória e as capacidades cognitivas do indivíduo.

 

Problemas comuns na vida social de um alcoólatra.

O alcoolismo é um problema de saúde que afeta tanto a pessoa que bebe quanto aquelas que a cercam. Entre os problemas que podem ocorrer no dia a dia de um alcoólatra por conta de sua doença, estão:

 

O envolvimento dos alcoólatras com o crime é mais frequente.

A relação entre a criminalidade e o consumo de álcool é reconhecidamente um grave problema social. A bebida provoca a desinibição ou prejuízo cognitivo, levando uma pessoa embriagada a se envolver em atividades criminosas com frequência.

 

Maus tratos e violência doméstica, são também muito mais frequentes.

A ingestão de álcool pode impulsionar episódios de violência doméstica. São comuns os relatos de mulheres agredidas por maridos alcoolizados, uma vez que o álcool é um agente potencializador de violência, com capacidade de alterar a tomada de decisões e a percepção da realidade.

 

A desorientação na rua é comum para os alcoólatras.

O álcool pode provocar confusão mental, o que torna a pessoa incapaz de pensar com clareza e agilidade. Nesse sentido, a desorientação acaba se tornando comum e, muitas vezes, o alcoólatra pode sentir dificuldades em voltar para casa, dada a sua embriaguez.

 

Os alcoolizados são ligados à maioria dos acidentes de trânsito.

São frequentes as notícias relacionadas a acidentes de trânsito com vítimas fatais que envolvem o uso de álcool. Mesmo cientes do perigo, muitos motoristas acabam sendo imprudentes ao dirigir após beber, colocando em risco a si e ao próximo.

 

Abandono de empregos ou dos estudos é normal quando alguém se vicia em alcoolismo.

A dependência química em álcool pode desestimular uma pessoa a realizar atividades comuns, como trabalhar e estudar. O estado de embriaguez faz com que o indivíduo tenha ausências constantes nos locais em que possui compromissos sociais diários.

 

Os primeiros passos para se livrar do vício do álcool.

O tratamento para o alcoolismo é complexo, pois envolve tanto questões orgânicas quanto psíquicas. O primeiro passo é a desintoxicação. A pessoa é internada e pode sofrer com a síndrome de abstinência, caracterizada por sintomas que surgem quando se suspende a bebida. Podem ocorrer tremores, alucinações e alterações de comportamento.

É preciso buscar ajuda em prol da saúde por meio de associações como Alcoólatras Anônimos (AA) e o Centro de Valorização da Vida (CVV), onde dependentes relatam suas experiências e estão dispostos a se ouvir e ajudar mutuamente. Além disso, a ajuda de um especialista da saúde, como um psicólogo, é primordial para que o paciente melhore e consiga controlar o alcoolismo. Assim também, e principalmente, a ajuda espiritual de pessoas ou líderes religiosos evangélicos que tenham experiências no assunto.

 

Neste artigo, abordamos o alcoolismo e suas consequências. O vício em álcool pode ser o gatilho para acidentes de trânsito, crimes violentos e suicídios. Para a saúde, além das consequências debilitantes, a ingestão excessiva de álcool pode levar até mesmo à morte. O acompanhamento de um psicólogo no tratamento de pessoas viciadas em qualquer tipo de drogas é muito importante para se tratar e ser liberto do alcoolismo e outros drogativos.

 

Por fim temos um lembrete muito importante.

Pelo livre arbítrio podemos fazer qualquer coisa certa ou errada. Mas sempre devemos lutar para fazermos somente aquilo que agrada a Deus. Liberdade não é poder beber, fumar, prostituir e fazer tantas outras coisas erradas à vontade, mas por opção, escolher não fazer nada disso. A pessoa liberta se abstém de tudo o que pode lhe fazer mal e observa a Palavra de Deus. Saiba que o poder do Espírito Santo está em você para te fazer mais do que vencedor.

A palavra de Deus nos diz em 1 João 4.4: “Filhinhos , vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós (o Espírito Santo) do que aquele que está no mundo”.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 15 de março de 2021

OS MINISTROS EVANGÉLICOS E O ALCOOLISMO

OS MINISTROS EVANGÉLICOS E O ALCOOLISMO

 

Os ministros, líderes e obreiros evangélicos em geral e a tendência e tentação do alcoolismo e a embriaguez.

 

Ressalto aqui que me defino como um abstêmio não faço uso de qualquer bebida alcoólica, inclusive o vinho fermentado em qualquer graduação alcoólica, em qualquer lugar e por qualquer justificativa ou pretexto de ordem social, terapêutica ou religiosa. Só uso o suco de uva não fermentado que é vendido em qualquer supermercado.

 

Textos bíblicos para interagir nesta postagem.

Isaías 5.11,22. Isaías 28.1-7. Oséias 4.11. Efésios 5.18.

 

Porque aconteceu a embriaguez de Noé. Gênesis 9.21.

Lembramos que no contexto desta passagem bíblica temos  informações que Noé plantou vinhas, que colhia as uvas frescas e fazia o vinho não fermentado (tipo suco de uva) e que um dia ele deixou, por esquecimento, um desses vasos de barro, lacrado, bem tampado; ele nunca tinha visto isso e nem experimentado daquela bebida,  ao tomá-la pensou que era a mesma que ele tinha costume de tomar, assim também todos da sua família,  achou o gosto estranho, porém continuou a beber daquela bebida fermentada sem saber que já estava fermentada, só achava o gosto, o sabor bem diferente, quando se deu conta já tinha acontecido tudo o que não podia acontecer. Ficou embriagado, tirou suas roupas, dormiu no relento e o escândalo já tinha acontecido no outro dia.

No caso de uvas frescas que se faz o vinho não fermentado, é o que, no original, sempre se faz menção do uso para não se embriagar e até tratar do estômago como Paulo remendou a Timóteo. Na Santa Ceia instituída pelo Senhor Jesus, o vinho era não fermentado. Em Caná da Galiléia Jesus transformou a água em vinho fresco de uva, não fermentado.

 

Vamos à história da embriaguez de Noé.

No Antigo Testamento (Gênesis 9.21) Noé, após o dilúvio, plantou vinha e fez o vinho. Fez uso da bebida (fermentada) a ponto de se embriagar. Diz a bíblia que Noé gritou, tirou a roupa e desmaiou. Não voltou para casa como de costume. Momentos depois seu filho Cam foi procurá-lo e o encontrou “tendo à mostra as suas vergonhas”, ou seja, estava nú, sem roupas e estirado no chão dormindo.

Foi a primeiro relato que se tem conhecimento de um caso de embriaguez.

Nota-se, assim, que não apenas o uso de álcool, mas também a sua embriaguez, são aspectos que acompanham a humanidade desde seus primórdios.

 

Nadabe, Abiú, os Sacerdotes e as Bebidas Alcoólicas.

 

Levítico 10.1-11.

Nadabe e Abiú ,filhos de Arão, morrem diante do Senhor.

 

10.1 E os filhos de Arão, Nadabe e Abiú, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e puseram incenso sobre ele, e trouxeram fogo estranho perante a face do Senhor, o que lhes não ordenara. 

2 Então, saiu fogo de diante do Senhor e os consumiu; e morreram perante o Senhor. 

3 E disse Moisés a Arão: Isto é o que o Senhor falou, dizendo: Serei santificado naqueles que se cheguem a mim e serei glorificado diante de todo o povo. Porém Arão calou-se.

4 E Moisés chamou a Misael e a Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e disse-lhes: Chegai, tirai vossos irmãos de diante do santuário, para fora do arraial. 

5 Então, chegaram e levaram-nos nas suas túnicas para fora do arraial, como Moisés tinha dito. 

6 E Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: Não descobrireis as vossas cabeças, nem rasgareis vossas vestes, para que não morrais, nem venha grande indignação sobre toda a congregação; mas vossos irmãos, toda a casa de Israel, lamentem este incêndio que o Senhor acendeu. 

7 Nem saireis da porta da tenda da congregação, para que não morrais; porque está sobre vós o azeite da unção do Senhor. E fizeram conforme a palavra de Moisés.

8 E falou o Senhor a Arão, dizendo: 

9 Vinho ou bebida forte tu e teus filhos contigo não bebereis, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações, 

10 para fazer diferença entre o santo e o profano e entre o imundo e o limpo, 

11 e para ensinar aos filhos de Israel todos os estatutos que o Senhor lhes tem falado pela mão de Moisés.

 

Nadabe e Abiú, filhos de Arão, pegaram cada um o seu incensário, nos quais acenderam fogo, acrescentaram incenso, e trouxeram fogo profano perante o Senhor, sem que tivessem sido autorizados. Então saiu fogo da presença do Senhor e os consumiu. Morreram perante o Senhor. Moisés então disse a Arão:

 

"Foi isto que o Senhor disse: ‘Aos que de mim se aproximam santo me mostrarei; à vista de todo o povo glorificado serei’ ".

 

Arão, porém, ficou em silêncio.

 

Então Moisés chamou Misael e Elzafã, filhos de Uziel, tio de Arão, e lhes disse: "Venham cá; tirem os seus primos da frente do santuário e levem-nos para fora do acampamento". Eles foram e os puxaram pelas túnicas, para fora do acampamento, conforme Moisés tinha ordenado.

 

Então Moisés disse a Arão e a seus filhos Eleazar e Itamar: "Não andem descabelados, nem rasguem as roupas em sinal de luto, senão vocês morrerão e a ira do Senhor cairá sobre toda a comunidade. Mas os seus parentes, e toda a nação de Israel, poderão chorar por aqueles que o Senhor destruiu pelo fogo. Não saiam da entrada da Tenda do Encontro, senão vocês morrerão, porquanto o óleo da unção do Senhor está sobre vocês". E eles fizeram conforme Moisés tinha ordenado.

 

Depois o Senhor disse a Arão: "Você e seus filhos não devem beber vinho nem outra bebida fermentada antes de entrar na Tenda do Encontro, senão vocês morrerão. É um decreto perpétuo para as suas gerações. Vocês têm que fazer separação entre o santo e o profano, entre o puro e o impuro, e ensinar aos israelitas todos os decretos que o Senhor lhes deu por meio de Moisés".

 

Então Moisés disse a Arão e aos seus filhos que ficaram vivos, Eleazar e Itamar: "Peguem a oferta de cereal que sobrou das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo, e comam-na sem fermento junto ao altar, pois é santíssima. Comam-na em lugar sagrado, porquanto é a porção que lhes cabe por decreto, a você e a seus filhos, das ofertas dedicadas ao Senhor, preparadas no fogo; pois assim me foi ordenado. O peito ritualmente movido e a coxa ofertada, você, seus filhos e suas filhas poderão comer num lugar cerimonialmente puro; foi dado a você e a seus filhos como porção das ofertas de comunhão dos israelitas. A coxa ofertada e o peito ritualmente movido devem ser trazidos junto com as porções de gordura das ofertas preparadas no fogo, para serem movidos perante o Senhor como gesto ritual de apresentação. Esta será a porção por decreto perpétuo para você e seus descendentes, conforme o Senhor tinha ordenado".

 

Quando Moisés procurou por toda parte o bode da oferta pelo pecado e soube que já fora queimado, irou-se contra Eleazar e Itamar, os filhos de Arão que ficaram vivos, e perguntou:

"Por que vocês não comeram a carne da oferta pelo pecado no Lugar Santo? É santíssima; foi-lhes dada para retirar a culpa da comunidade e fazer propiciação por ela perante o Senhor. Como o sangue do animal não foi levado para dentro do Lugar Santo, vocês deviam tê-lo comido no Lugar Santo, conforme ordenei".

 

Arão respondeu a Moisés: "Hoje eles ofereceram o seu sacrifício pelo pecado e o seu holocausto perante o Senhor; mesmo assim coisas como essas aconteceram comigo. Será que teria agradado ao Senhor se eu tivesse comido a oferta pelo pecado hoje?” Quando Moisés ouviu isso, ficou satisfeito.

 

Bebidas alcoólicas na visão da igreja moderna.

É claro que a visão muda de acordo com cada religião e a partir da interpretação que é feita sobre a bíblia. Entretanto, de modo geral, o corpo humano é visto como obra do Criador. Tendo isso como ponto de partida, fica fácil entender que qualquer coisa que prejudique o funcionamento do nosso organismo não é bom para o conforto espiritual. Isso inclui qualquer tipo de vício, estando o álcool incluso.

Contudo, algumas correntes são mais flexíveis e não condenam de forma veemente o consumo de bebida alcóolica. A recomendação é a de que isso seja feito de forma moderada, sempre evitando os excessos, não se embriagando e muito menos usando isso como o objetivo. Um bom exemplo disso são aqueles convites que chegam em forma de “vamos sair para beber alguma coisa”.

Se você tem dúvidas a respeito de qual é a visão da sua Igreja nessa relação entre bebida alcóolica e religião, o mais adequado é que procure o líder da sua comunidade e esclareça a questão direto com sua denominação. Assim, consegue-se entender melhor e evitar qualquer tipo de conflito espiritual.

 

Beber bebidas alcoólicas é pecado?

A ideia desse artigo não é discutir textos bíblicos, tomando como base as religiões cristãs, a maioria aqui no Brasil, que permitem o uso não abusivo de bebidas alcoólicas. Algumas permitem o uso social de bebidas alcoólicas e outras proíbem essa prática. É possível encontrar diversas passagens bíblicas sobre o consumo de vinho nos tempos antigos, principalmente nas festividades e o uso constante nos palácios.

 

Isso pode parecer para muitos que beber não é pecado, desde que a prática seja adotada com autocontrole e de forma comedida. Por outro lado, a embriaguez e o vício, considerados excessos, são sim considerados transgressões do ponto de vista religioso.

Então, como saber se estou dentro da conduta esperada que não me cause condenação na minha consciência?

Como dissemos, o mais prudente é conversar com seus líderes da igreja  para que possam esclarecer com a autoridade eclesiástica de sua confiança o que a Bíblia diz sobre esse comportamento, mesmo que moderado ou social.

Mas existem dicas e práticas de bom-senso que nos ajudam no exame de consciência. 

 

O que podemos te ajudar nessa interpretação é responder algumas perguntas como:

 

1. Eu consigo parar quando quiser? Se a resposta for não, você saberá que se trata de um vício;

 

2. Quando eu bebo tenho posturas vergonhosas?

 

3.  Meu comportamento depois de consumir bebidas alcoólicas é perigoso para a minha vida e a de outras pessoas?

 

4.  O consumo de álcool tem começado a trazer danos para a minha saúde?

 

5. O gasto com bebidas alcóolicas tem prejudicado as minhas finanças?

 

6.  Beber é algo que traz problemas para a minha consciência?

 

As respostas vão fazer você entender se precisa rever as suas atitudes ou se elas estão dentro do que se espera de uma pessoa religiosa e que respeita a palavra de Deus e a doutrina de sua Igreja.

Se você quer mesmo parar, seja por questões de saúde, por tranquilidade espiritual, alguma promessa, ou porque a sua denominação não permite, saiba que Deus se agrada daqueles que são fiéis obedientes à sua palavra, pois o uso de bebidas alcoólicas é abominável ao Senhor.

Existem bebidas, vinhos e cervejas, sem álcool. Elas têm o mesmo sabor, porém com o grande benefício (aparente benefício?) de não levarem à embriaguez e muito menos de trazer esse conflito com a religião.

 

Quais os benefícios para o corpo ao parar de beber.

Ao parar de consumir bebidas alcóolicas, você poderá colher bons frutos no que diz respeito à sua saúde e ao funcionamento do seu organismo, mais aproximação com seus familiares, mais sobriedade em suas ações e decisões.  Nos próximos tópicos listamos mais dos principais benefícios que você pode notar ao deixar de fazer uso de bebidas alcoólicas, mas vai ser uma grande ajuda para evitar doenças decorrentes do consumo de bebidas alcóolicas.

 

Há uma série de condições que podem surgir em decorrência do consumo frequente de álcool. Entre elas, estão:

Doenças gastrointestinais como gastrite e úlcera; Cirrose hepática; Hepatite alcóolica; problemas cardíacos; distúrbios do sono; pancreatite; câncer.

Estes já são uns bons motivos para se manter bem distante do alcoolismo.

 

Motivos para um verdadeiro Cristão não tomar bebidas alcoólicas.

Motivos de ordem bíblica, social e espiritual  do porquê um cristão evangélico deve ser abstêmio ou porquê não deve beber vinho, cerveja, cachaça, aguardente, vodka ou qualquer outro tipo de bebida alcoólica mesmo que de baixo teor alcoólico e de forma social ou moderada.

 

1º Motivo: Antecedentes Bíblicos.

A bebida alcoólica foi o motivo da queda de muitos servos de Deus levando-os ao fracasso na vida pessoal, familiar e ministerial. Noé depois de se embriagar com vinho portou-se de forma inconveniente, censurável e imprudentemente amaldiçoou um dos filhos (Leia Gênesis 9.20-25). Ló embriagado manteve relações sexuais com as próprias filhas (Leia Gênesis 19.29-38). Não há um único texto na Bíblia que apresente alguém como exemplo ou incentivo para o uso de bebidas alcoólicas

 

2º Motivo: Consagração a Deus.

Para que alguém pudesse ser consagrado para Deus ou fizesse o “voto de nazireu” era necessário que se abstivesse completamente de toda bebida forte ou embriagante demonstrando ser uma pessoa especial, consagrada e separada para o serviço a Deus (Leia Números 6.1-4).

 

3º Motivo: Excelência Ministerial.

Para ser sacerdote na antiga aliança o escolhido tinha que se abster de vinho e de toda bebida fermentada por toda a vida enquanto estivesse ministrando ao povo de Deus. O vinho fermentado não podia estar presente em nenhum ato de sacrifício ou de adoração a Deus. O consumo de bebida com álcool tornava o sacerdote desqualificado para ministrar diante de Deus, da família e da congregação. O ministério é coisa santa. É obra excelente. É missão nobre. (Leia Levítico 10.8-11).

 

4º Motivo: Carnalidade.

Conforme Provérbios 20.1 a bebida forte (aguardentes, destilados e fermentados etílicos como o vinho e a cerveja) torna aquele que bebe imprudente, insensato e inconveniente. Por trás de um gole de bebida alcoólica vem o escárnio, a ociosidade, a brincadeira indecente, a agressividade e a frieza espiritual. Os crentes em tempos de consagração e intimidade com Deus não costumam se sentir atraídos pelas rodas de bebidas que o salmista diz no Salmo 1 de roda de escarnecedores. Quando isto acontece, o que está acontecendo na verdade é geralmente uma crise de decadência espiritual. Bebida e sabedoria não andam no mesmo caminho. Bebedice é obra da carne e não do Espírito. (Leia Gálatas 5.19-21). No céu só há lugar para os que antes eram bebedores mas se arrependeram e foram libertos.

 

5º Motivo: Decência.

Conforme Provérbios 23.29-35 aquele que bebe vinho fermentado perde o domínio próprio, a capacidade de julgar com retidão, o discernimento de valores e a postura social de decência. O vinho torna-se letal como o veneno da serpente. O seu consumidor entra na esfera das alucinações e fantasias O vício do alcoolismo, assim como todas as drogas ilícitas, está geralmente associado a outros males e pecados: violência, abandono da família, imoralidade sexual, fofoca, maledicência, palavras torpes e perda de interesse pelos valores espirituais e morais. O vinho gera dependência e leva a pessoa a buscar bebida mais forte, por mais tempo e com mais parceiros.

 

6º Motivo: Dependência.

A bebida alcoólica gera dependência química e psicológica, assim como tantas outras drogas ilícitas, e estabelece um processo de destruição do corpo, que no caso do crente, é o templo do Espírito Santo. (Leia I Coríntios 3.16,17).

 

7º Motivo: Exemplo.

Sabemos que os filhos pequenos tendem a imitar os pais. Um pai ou uma mãe que bebe na presença dos filhos (ou um discipulador na presença dos discípulos) está dizendo para a criança (ou para o discípulo) pela aprendizagem do exemplo que o que ele está fazendo é moralmente correto, socialmente justificável e espiritualmente aceitável e assim procedendo tornam-se motivo de escândalo aos novos crentes e impedimento aos que poderiam ser alcançados pela pregação do Evangelho (Leia 2 Coríntios 6.3,4a). Geralmente encontramos na cadeia do alcoolismo filhos de pais alcoólatras dependentes química e espiritualmente numa clara evidência que o alcoolismo estabelece também uma cadeia por ação de demônios do vício de beber.

 

8º Motivo: Decadência.

O vício do alcoolismo representa uma terrível chaga de ordem social. Por mais que haja uma condescendência social para com o consumo de bebidas o seu efeito é devastador e contribui para a decadência moral e social. Muitos pastores e líderes evangélicos dizem que bebem “apenas socialmente” e ainda dizem que o Apóstolo Paulo recomendou que fizéssemos de tudo para ganhar uma alma, porque uma alma vale mais que o mundo inteiro. O alcoolismo que começa com pequenas doses no ambiente entre amigos e tidas como comportamento social normal termina se tornando uma doença terminal levando à morte milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Quantas esposas e filhos agredidos porque o pai, o marido, etc, chegou alcoolizado em casa? Quantos acidentes deixando pessoas mutiladas, porque alguém que dirigia o veículo estava alcoolizado? Quantas brigas e até mortes ocasionadas pelo consumo de bebidas fortes das mais diversas? Quantas oportunidades jogadas fora? Quantos leitos hospitalares, manicômios e presídios superlotados pela ação de vítimas do alcoolismo? A Igreja foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo, ou seja, uma referência dos padrões e valores de Deus para o mundo e não para ser uma extensão do mundo. Vivemos no mundo, mas não somos do mundo. (Leia Mateus 5.16).

 

9º Motivo: Pretexto.

O fraco e tendente  argumento de que Jesus bebia vinho com os pecadores (Leia Mateus 11.19) e que transformou água em vinho numa festa de casamento (Leia João 2.1-11) ou que Paulo recomendou a Timóteo que tomasse um pouco de vinho pelas suas constantes enfermidades no estômago (Leia I Timóteo 5.23) legitima o consumo de bebidas alcoólicas é tendencioso, oportunista e ignora pelo menos alguns princípios: 1. A Bíblia não se contradiz. A regra bíblica no AT é de reprovação ao consumo do vinho fermentado e não diz no NT que o vinho era fermentado. A palavra grega para vinho em ambos os casos (com fermentação ou sem fermentação) é “oinos”. Vale a regra hermenêutica de que uma afirmação bíblica menor estará contida e sempre de acordo com uma afirmação bíblica maior.  2. Os rabinos e fariseus que eram radicalmente contra o consumo de vinho fermentado e que provavelmente estavam entre os convidados não reprovaram ou questionaram a atitude de Jesus. 3. Nos dias de Cristo o consumo de vinho fermentado era social e religiosamente não recomendado. 4. É interessante notar que o texto traz uma acusação dos oposicionistas do ministério de Cristo e não uma declaração afirmativa. 5. Se Paulo insiste com Timóteo para que tome um pouco de vinho pelas suas características terapêuticas e medicinais é porque o próprio Timóteo não tinha o hábito de ingerir vinho e isto não acontecia com ele que era um ministro respeitado pela sociedade e prls igreja.  Nas citações bíblicas relacionadas a finalidade da citação do vinho foi para manifestar a divindade de Cristo e Sua humanidade através do seu poder e da identificação com os pecadores. Os fariseus, independentemente da questão moral, questionavam Jesus até pelo fato de andar ou se assentar ao lado de um pecador. Os escribas também disseram que Jesus estava possesso por um demônio chamado de Belzebu (Leia Marcos 3.22) e nós sabemos que esta acusação não tinha qualquer fundamento de verdade. O certo é que devemos evitar toda e qualquer aparência do mal.

 

10º Motivo: Consciência.

Apesar de reconhecer os benefícios do consumo moderado do vinho, geralmente apontados em pesquisas médicas, a mesma ciência comprova que os mesmos benefícios podem ser encontrados na uva com casca, no suco de uva e nos chás verde e preto. O vinho é benéfico para a saúde, mas o álcool é maléfico para a saúde, para a família, para a sociedade e para a vida espiritual. O vinho fermentado é alcoólico. O suco de uva é vinho sem álcool. De que lado você fica? A decisão de cada um deve ser de acordo com sua consciência e nível de conhecimento e temor a Deus. Cabe a cada um responder diante de Deus pelos seus atos no plano físico, moral e espiritual (Hebreus 4.13 e Leia Romanos 14.11-13). Aos que querem viver segundo o padrão de excelência estabelecido por Deus cabe obedecer a Ele pela sua Palavra e pelos ministros que Ele constituiu para ensinar o seu rebanho. (Leia Hebreus 13.17). Faça como os patriarcas, faça como os profetas, faça como os apóstolos,  faça como o próprio Senhor Jesus,  use o vinho não fermentado que é o suco de uva vendido em qualquer supermercado ou mercearia no Brasil. Esta é a bebida sem fermentação usada no mundo inteiro para a ministração da Santa Ceia do Senhor, como o próprio Senhor Jesus nos ensinou.

 

A pergunta que não quer calar: Pastores, líderes evangélicos e obreiros em geral podem embriagar-se?

Uma história interessante aconteceu quando ondas estranhas passaram por alguns círculos evangélicos no Brasil e em outros países. O pregador de uma das maiores igrejas “conectadas e totalmente digitalizadas” em franco crescimento, havia sido removido de seu posto. Depois de um processo prolongado, os outros líderes de sua igreja consideraram-no desqualificado para o ministério, citando, entre outros fatores mais gerais, 1 Timóteo 3.3 e seu uso exagerado de álcool.

Foi surpreendente para muitos, não apenas porque eles não o viam apenas como um pregador conhecido, mas porque nunca ouviram falar de um pastor sendo desclassificado por beber bebidas alcoólicas.  

Relatos trágicos como imoralidade sexual e má administração financeira tem sido muito comum, mas o uso excessivo de álcool não era ou passou a não ser nos últimos tempos, motivo para desqualificar e ou destituir qualquer líder evangélico de suas funções e vou mais além, nessas pesquisas vamos encontrar líderes evangélicos que fazem uso, as escondidas, de produtos do tabaco como por exemplo o cigarro e até de entorpecentes, infelizmente.

 

Será que se esqueceram das qualificações para o ministério? Vejamos algumas.

Das quinze qualificações para o pastor, líder e outras funções ministeriais em 1 Timóteo 3. 1–7, se recomenda que “não sejam dados ao vinho”, fermentado é claro. Pode ser que a geração anterior de evangélicos tenha transposto mais prontamente e se excedido neste particular, mas acredito piamente que a igreja das gerações passadas eram e foram muito mais conservadoras do que as de hoje que são declaradas, conhecidas e reconhecidas como conservadoras. Não porque essa geração fosse alheia aos perigos do álcool, mas porque, para muitos, tomar parte disso era quase impensável.

 

 

O legado da Lei Seca (Prohibition) havia resistido. Em grandes áreas, beber era desaprovado para todos os cristãos e especialmente para os pastores e líderes evangélicos.

 

O profeta Daniel nos deu um grande exemplo ao não se contaminar com as iguarias do Palácio real da Babilônia, dentre essas iguarias a principal era a grande quantidade de vinhos e bebidas alcoólicas de todos os tipos e que vinham de todas as partes do mundo conhecido de então e que eram servidos fartamente pelos reis daquela época para todos dentro dos seus palácios. Dn 1.

 

Sobre a abstinência nos tempos do século 19 até o sécul 21.

É claro que a abstinência não era assumida em todas as classes de associações evangélicas do passado, ou em todas as regiões, mas os vestígios dos movimentos de temperanças irregularidades do século dezenove continuaram a dominar muitos setores, assim como o é hoje. Há uma busca constante de se esconder os erros de quem deveriam dar e ser o exemplo dos fiéis, para os fiéis servos do Senhor Jesus e para com os de fora, principalmente. 

Uma reação tão aguda aos perigos e excessos do álcool (especialmente bebidas destiladas) nas gerações anteriores às nossas, sem dúvida criou seus próprios problemas, mas esses não são tipicamente os problemas que enfrentamos hoje. Pelo menos não nos círculos nos quais convivemos. 

Considerando que os evangélicos de uma era passada ou de nossos ancestrais podem ter se excedido em relação aos perigos do alcoolismo e necessitavam de lideres religiosos com mais compromisso com Deus, assim da mesma maneira nós nos encontramos hoje, na necessidade de líderes da igreja que não se tornem vítimas do mesmo conjunto de novas tentações que nossos rebanhos estão enfrentando, por isso nos é recomendado pelo Apóstolo Paulo que sejamos exemplo dos fiéis.

O novo chamado é para pastores e presbíteros firmes ​​e maduros o suficiente na fé para não apenas conhecerem suas liberdades em Cristo, mas também estarem prontos, em amor, a renunciar, por vezes, aos seus direitos para o bem dos outros. A maior dificuldade que vemos hoje para formação de lideres “líderes evangélicos de verdade”, se constitui no fato de que muitos não querem renunciar nada, muitos não querem abrir mão de nada da vida pregressa sem Cristo. Querem vir para o altar e viver do altar, mas não querem se sacrificar no altar para agradar a Deus.

 

Vinho para alegrar o coração ou vinho para tirar a alegria do Senhor Jesus do coração?

A lista de qualificações de Paulo para o cargo de pastores e líderes evangélicos, começa com sete características desejáveis ​​e, em seguida, dá quatro negativas, ou desqualificadoras, antes de terminar com três requisitos finais. “Não dado ao vinho” ( do grego mē paroinon, somente aqui e em Tito 1.7) é o primeiro dos quatro desqualificadores. Os diáconos, também, de acordo com 1Timóteo 3.8, não devem ser “dados a muito vinho”. Esses não são requisitos para a abstinência. “Não dado ao vinho” significa do vinho “fermentado ou cheio de mosto”, ou seja, fazer uso moderado do suco de uva, visto que o uso exagerado, até mesmo do suco de uva, pode causar gastrite ou desconforto gástrico; agora imaginem o estrago que faz no organismo o vinho fermentado que é totalmente prejudicial para o estômago e para todo o resto do corpo.

O Salmo 104.14–15 celebra os dons de Deus na criação, incluindo pão, azeite e “vinho, que alegra o coração do homem”. Provérbios 3.10 menciona “transbordarão de vinho os teus lagares” como uma bênção, não uma maldição, como uma promessa para aqueles que honram a Deus, não um mal. João Batista escolheu o estilo de vida do deserto com poucos alimentos e quase nada de água,  enquanto Jesus veio comendo e bebendo, e ambos eram sábios e justos. (Mt 11.18,19; Lc 7.33-35). Para o seu primeiro milagre, é muito claro, Jesus fez o vinho da água (e não o inverso), e Paulo instruiu seu protegido a “usar um pouco de vinho por causa do seu estômago e suas frequentes enfermidades”. (1Tm 5.23).

Aqueles que se levantam contra as antigas tentativas de a igreja ficar do lado dos anjos e contra o ensino de demônios só trás prejuízos espirituais para suas vidas e de seus ouvintes. (1Tm 4.1–5).

 

 

1 Pedro 4.3

3. Porque é bastante que, no tempo passado da vida, fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borrachices(desejos da carne), glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias;

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.