segunda-feira, 10 de junho de 2024

A SOBERBA DA VIDA É A CAUSA DE MUITAS DERROTAS

A SOBERBA DA VIDA É A CAUSA DE MUITAS DERROTAS.   

 

Tiago 4: 1-17.

1.  Donde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura, não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2. Cobiçais e nada tendes; sois invejosos e cobiçosos e não podeis alcançar; combateis e guerreais e nada tendes, porque não pedis.
3. Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.
4. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
6. Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes.
7. Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.

8. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Limpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai o coração.

9. Senti as vossas misérias, e lamentai, e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo, em tristeza.

10. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.

11. Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12. Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?

13. Eia, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos.
14. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece.

15. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.

16. Mas, agora, vos gloriais em vossas presunções; toda glória tal como esta é maligna.
17. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.

Irmãos, não estou reforçando a idéia de pregação Calvinista, Arminiana, Wesleyana, Luterana etc ou qualquer outra corrente teológica, mas olha a diferença que existe entre uma mensagem bíblica, mesmo que cristocêntrica com uma palavra com direcionamento somente para o lado motivacional, em comparação com outra mensagem centrada no poder da unção do Espírito Santo.

Por isso, reforço o tempo todo, por favor, não aprove, somente por aprovar, mensagens motivacional, coaching, mentorial, e etc, todas são importantes, mas esse negócio de, “quem te viu por baixo irá te ver por cima...”, “o milagre que Deus irá realizar na sua vida é pra ontem”, “Deus tem que fazer acontecer  na sua vida”. Estas mensagens não podem substituir a palavra de Deus. Estas mensagens de conotação puramente de teologia do positivismo, na maioria das vezes não dão certo.

Não que eu duvide do poder de Deus para usar as pessoas com mensagens novas e desafiadoras, não é isso, mas essa “hiper graça” de alguns “mega pregadores” é muito pretensiosa, e tem mais, eleva o homem a ponto de ser quase um semideus, Deus age somente quando Ele quer agir, Deus age por Sua vontade Soberana. Deus age por Sua vontade diretiva ou por Sua vontade permissiva. Deus age quando nos humilhamos debaixo da Sua potente mão.

Deus nunca age porque algum ser humano mandou Ele agir. Ele é o Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente, somente Deus tem estes atributos, ninguém mais.

As discórdias, dissensões e facções são obras da carne.

Discórdias, dissensões e facções. Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o reino do céu. A advertência de Paulo em Gálatas 5:19-21 é bem clara. Deus não aceita o espírito partidário de divisão que domina tantas pessoas religiosas, ou tantas religiões de hoje; existe muita fantasia e pouco caráter de cristão de verdade.  

Estes pecados correm diretamente contra a oração de Jesus e a verdadeira natureza de Deus, (João 17:20-23). Jesus quer que seus seguidores sirvam juntos em harmonia nesta vida e na eternidade.

Para nos ajudar a evitar ou superar estes pecados em nossas vidas, olhamos para algumas coisas que a Bíblia ensina sobre problemas entre irmãos e sobre a paz com Deus e outros cristãos, e então veremos o que separa pessoas religiosas de pessoas convertidas de verdade.

Vejamos algumas coisas que não devem causar divisão na igreja.

Primeiro ponto. Diferenças de opinião não destroem a comunhão. Homens bons diferem sobre vários detalhes de como fazer a obra de Deus sem perder seu respeito mútuo de uns para com os outros. Um exemplo claro disto é a discordância entre Paulo e Barnabé em Atos 15:36-41. Dois evangelistas devotos e experientes tinham uma diferença de opinião sobre se levariam João Marcos em sua viagem de pregação. Ambos tinham boas razões para suas posições. Paulo lembrou que Marcos tinha os abandonado quando o caminho se tornou difícil em sua primeira viagem, (Atos 13:13). Barnabé, já conhecido por sua habilidade para encorajar e edificar seus irmãos, ainda tinha esperança de que João Marcos viria a ser um companheiro confiável. Este otimismo mostrou-se correto (2 Timóteo 4:11), mas as preocupações imediatas de Paulo também eram compreensíveis. Como estes dois homens maduros lidaram com suas diferenças? Eles permitiram um ao outro a liberdade de fazer sua obra sem sentir a necessidade de ataque pessoal ou denúncia de caráter de seus companheiros na fé e na jornada da pregação do evangelho.

Segundo ponto. Discussões de diferenças doutrinárias não causam divisão. Algumas pessoas ficam tão paranóicas com a possibilidade de divisão que evitam qualquer sugestão de diferenças, e consideram discutir assuntos religiosos e ou políticos como sendo anticristãos, Estes sempre querem que sua posição prevaleça. Tal aversão à controvérsia não vem de Deus. Jesus iniciando sua jornada de obediência aos seus pais foi ao templo quando ele tinha apenas 12 anos de idade, Jesus começou a discutir diferenças doutrinárias com líderes religiosos do seu tempo. Ele tratou os questionadores como honestos e com humildade e respeito, mas não hesitou em afirmar seus pontos de vista e em mostrar a inconsistência daqueles que se opunham às Verdades bíblicas. (Mateus 22:29; 23:13-39; João 5:37-42).

Os cristãos primitivos também discutiram abertamente as diferenças doutrinárias e assim permitiram que a luz da Verdade brilhasse nas trevas dos erros humanos. Um excelente exemplo de tal discussão é encontrado em Atos 15:1-35. Alguns irmãos na igreja de Jerusalém estavam ensinando uma doutrina que contradizia o que Deus tinha revelado a Paulo e aos outros. Os apóstolos e presbíteros e, mais tarde, toda a congregação, sentaram-se para discutir o problema. Homens de boa fé permitiram que a Verdade prevalecesse, e seus debates levaram à concordância unânime e à paz mais profunda entre os divergentes, eu disse divergentes e não dissidentes. O primeiro grupo se alia em favor da verdade, porém o segundo grupo causa divisões e dissabores, e porque não dizer que causam muitas inimizades.

Terceiro ponto. Diferenças de níveis de maturidade e de consciência pessoal não causam divisão. Enquanto as pessoas continuam a nascer na família de Cristo, há diferenças de níveis de maturidade. Isto é natural e não deve causar divisões. Paulo abordou especialmente este assunto em Romanos 14. Quando há diferenças de opinião, aqueles que sentem uma liberdade maior devem respeitar a consciência do irmão sincero que não reconhece essa mesma liberdade. Assim como os membros maduros de uma família física protegem os mais novos, aqueles discípulos com entendimento mais maduro procurarão proteger as consciências de seus irmãos mais fracos. Aqueles que são mais fracos, amam verdadeiramente o Senhor, naturalmente buscarão crescer. Tais diferenças são resolvidas com estudo paciente, quando o corpo todo busca edificar-se em amor. (Efésios 4:15-16).

Algumas coisas que causam divisão entre os irmãos.

Primeira causa: As falsas doutrinas causam divisão. Doutrinas que contradizem as Escrituras Sagradas são colocadas em prática e pregadas especificamente por motivos egoístas e criam divisão e traição entre seus mentores e criadores, (Romanos 16:17-18). Aqueles que espalham tais erros são especialmente condenados e devem ser evitados. (Tito 1:10-16; 3:10-11). Falsos ensinamentos conduzem à divisão porque não poderá haver comunhão entre a luz e as trevas, (2 Coríntios 6:14 - 7:1). 

Deus espera que os justos se separem dos desobedientes. Esta é uma forma de divisão que tem que ser instigada pelos fiéis para se manterem livres da impureza da falsa doutrina e das práticas pecaminosas. Nem todas as separações ou divisões são erradas porque a palavra de Deus exige que separemos aqueles que persistem sem erro.

Segunda causa. Os fundamentos das heresias causam desrespeito pela manifestação consciente de um irmão,  causam divisão, causam confusão teológica e doutrinária entre os próprios que as defendem. Em Romanos 14:13-17, Paulo falou de coisas que não eram erradas em si, mas disse que é divisor, causam divisão e falta de amor e insistir em exercer tais atividades elas fatalmente vão fazer alguém tropeçar. Este princípio exige que nos abstenhamos de práticas que consideramos lícitas porém não o são, de modo a manter a paz com nossos irmãos. 

Uma determinação egoísta de nossa parte existe em fazermos o que queremos e de um modo  sem respeito para com as dúvidas honestas de nossos irmãos a nosso respeito, reflete uma arrogância sem amor que necessariamente cria discórdias entre as partes. Paulo ensina que devemos buscar amorosamente entender nossos irmãos mais fracos e manter a paz com eles. A carta aos Hebreus diz “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. Hebreus 12:14.

Terceira causa. Sectarismo religioso também causa divisão. Pessoas religiosas em nossos dias estão demasiadamente preocupadas com o "nós" e "eles" e "nosso" e "deles" e pouco preocupadas com as coisas de Deus. Jesus ofereceu uma solução simples e direta para tal atitude arrogante: "Falou João e disse: Mestre, vimos certo homem que, em teu nome, expelia demônios e lho proibimos, porque não segue conosco. Mas Jesus lhe disse: Não o proibais; pois quem não é contra vós outros é por vós" ou "... quem não é contra nós é por nós", (Lucas 9:49-50; Marcos 9:40). Essas palavras de Jesus não devem ser esticadas para dizer que devemos aceitar cegamente a todos, (Mateus 12:30, mas mostra que não podemos ficar neutros sobre Jesus; ou somos a favor, ou somos contra Ele. Mas estes textos de fato mostram que não convidamos alguém só porque ele não pertence ao nosso grupo. Muitas pessoas estão ocupadas em julgar as raízes quando devem estar julgando os frutos, (Mateus 7:15-16). Tudo o que é bem plantado e bem cuidado vai dar bons frutos e frutos sadios.

Muitas das coisas escritas em nossos dias sobre a herança religiosa de vários grupos devem subir para Deus como tolice sem propósito. Paulo tinha uma linhagem religiosa tão boa como qualquer um à volta dele, mas dizia que considerava isso tudo "perda por causa de Cristo" porque ele punha total confiança em Cristo e sua justiça, (Filipenses 3:7-11), e é assim que devemos proceder. Paulo não estava preocupado com a aprovação ou a permissão de qualquer homem ou organização humana, (Gálatas 1:10-12,17), ele estava preocupado somente com a pregação e a prática do puro evangelho de Jesus Cristo. Em vez de agir como político que precisa fazer uma pesquisa de opinião para saber de que lado o vento está soprando, precisamos estar firmemente assentados sobre a rocha da verdade de Deus, (Efésios 4:11-16,24). Se estamos firmes com Deus, não importa quantos homens estejam contra nós. Certamente os relatos de Gideão e os midianitas, Davi e Golias, e Elias e os falsos profetas são suficientes para nos convencer de que a força não está em nos acharmos alinhados com a religião mais forte da cidade. Deus sempre vence, e a vitória é garantida para aqueles que permanecem firmes com Ele. (Romanos 8:31-39).

Quarta causa. Orgulho e inveja causam divisão. Nenhuma carta do Novo Testamento fala mais sobre a divisão na igreja do que a de 1 Coríntios. As facções na igreja de Corinto eram o resultado de comportamentos carnais de pessoas que estavam mais preocupadas com suas próprias reputações e influências do que com o povo de Deus, (1 Coríntios 3:1-17). Quando os homens são apanhados na carnalidade de tentar mostrar que nossas tendências são maiores do que as igrejas deles, que nossos projetos são melhores do que os projetos deles e que nossos pregadores são mais eloquentes do que os pregadores deles, as contendas são inevitáveis. Se pensarmos que somos maiores e melhores, seremos dominados pelo orgulho. Se temermos que outros estejam ganhando a corrida, seremos dominados pela inveja e pelo ciúme. Não importa quem está na frente; todos que estão na corrida estão errados. Vergonha para aqueles que rebaixam a obra do Senhor ao nível de uma competição atlética. Deixem as competições e a busca de reconhecimento humano na barreira de Sinear, fazendo referência velada às dificuldades de compreensão para entender os reinos do império Babilônios, e retornem à pregação da mensagem simples da cruz de Cristo, (1 Coríntios 2:1-5; veja Gênesis 11:1-9).

Uma chave surpreendente para a paz real.

É interessante notar que Jesus nos disse para buscarmos e esperarmos as vitórias que Ele nos prometeu, até em lugares inesperados ou surpresas agradáveis que podem chegar até nós. Àqueles que queriam ser exaltados, Ele disse que olhassem para baixo e lavassem os pés de seus irmãos, (João 13:14-15). Àqueles preocupados com necessidades físicas e coisas materiais, Ele disse que deveriam buscar as coisas espirituais, (Mateus 6:31-34). E aqueles que querem a paz com os homens, ele disse que devemos buscam a sabedoria pura que vem do alto, que vem de cima, que vem de Deus.

Se começarmos a buscar a paz apenas com nossos méritos, não a encontraremos. É bem provável que acabemos com nada mais do que alianças impuras com pessoas infiéis. Mas se partirmos para buscar e seguir a Verdade de Deus, receberemos o benefício extra da paz com Deus e seu povo.

Tiago 3.17 nos diz o seguinte: “17. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia”.

Não podemos reverter a ordem essa ordem. Se pusermos a paz acima da pureza na pregação e na prática, terminaremos em desavença com Deus. Mas se nos devotarmos a proclamar e a seguir a pureza da mensagem de Jesus Cristo, gozaremos de paz eterna com Deus e seu povo. (1 Coríntios 1:10; Efésios 2:11-22).

Em Romanos 14.19 nos diz o seguinte: Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros.
Então vejamos o que acontece ou qual o resultado da soberba.

1. Porque será que existem muitos crentes derrotados? É possível que você esteja fazendo parte deste grupo de cristãos derrotados, sem poder espiritual, caídos, abatidos.

2. O Apóstolo Paulo, fala em Rm 8.38 que “Em Cristo nós somos mais do que vencedores”. Ele diz também em 2 Co 10.4-5, que “As armas de nossa luta não são carnais, mas são poderosas em Deus para destruição das fortalezas”.

3. Não há razão para nós fazermos parte do grupo dos derrotados. Contudo se não levarmos à sério nossa vida cristã, podemos amargar sérias derrotas.

4. Existem algumas causas dentro dos textos lidos que podem nos levar a derrotas na vida cristã.

Quais são as causas principais das derrotas do cristão.

I – A falta de vigilância e de domínio próprio e o descontrole em nossos impulsos carnais. Gn. 25. 29-32 nos trás o “exemplo” da falta de vigilância.

“29 Jacó havia feito um guisado, quando Esaú chegou do campo, muito cansado; 30 e disse Esaú a Jacó: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou muito cansado. Por isso se chamou Edom. 31 Respondeu Jacó: Vende-me primeiro o teu direito de primogenitura. 32 Então replicou Esaú: Eis que estou a ponto e morrer; logo, para que me servirá o direito de primogenitura?”

1. Torna-se difícil o controle dos impulsos carnais quando estamos relativamente fracos. “Esaú voltou do campo esmorecido”, Vs. 29. Esta expressão indica que ele estava muito cansado, esgotado. Satanás usa estes momentos de fraqueza para nos tentar e nos arrastar ao pecado. Foi desta forma que ele tentou seduzir Jesus, Mt 4.1-4, “1 Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo. 2 E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 Chegando, então, o tentador, disse-lhe: Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães. 4 Mas Jesus lhe respondeu: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”.

2. Porém em Rm 8.3, Paulo nos informa que Cristo “venceu o pecado na carne”: “Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado”.

3. O exercício da carnalidade nos leva à inimizade contra Deus, Rm 8.7, “…O pendor (inclinação, propensão) da carne, é inimizade contra Deus”.

4. A inclinação para a carnalidade, pode nos levar a ofender a Deus, Nm 11.4-9, “4 Ora, o vulgo que estava no meio deles veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel também tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? 5 Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça, e dos pepinos, dos melões, dos porros, das cebolas e dos alhos. 6 Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. 7 E era o maná como a semente do coentro, e a sua aparência como a aparência de bdélio. 8 O povo espalhava-se e o colhia, e, triturando-o em moinhos ou pisando-o num gral, em panelas o cozia, e dele fazia bolos; e o seu sabor era como o sabor de azeite fresco. 9 E, quando o orvalho descia de noite sobre o arraial, sobre ele descia também o maná”.

Nesta passagem, notamos o povo chorando de saudade das comidas do Egito. A ira de Deus se ascendeu contra eles, Vs. 10, “Então Moisés ouviu chorar o povo, todas as suas famílias, cada qual à porta da sua tenda; e a ira do Senhor grandemente se acendeu; e aquilo pareceu mal aos olhos de Moisés”.

5. Paulo fala claramente: “Os que estão na carne, não podem agradar a Deus”, Rm 8.8. Aquele que obedecem a sua natureza terrena, mundana, desagradam ao Senhor.

6. Um exemplo de satisfação da carne, e reprovação de Deus, é o exemplo do “Rico Insensato”, Lc 12.19-20, “19 e direi à minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. 20 Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”

7. Em razão de sua inclinação carnal, Esaú foi chamado de “fornicário” e “profano”, Hb 12.16, “e ninguém seja devasso, ou profano como Esaú, que por uma simples refeição vendeu o seu direito de primogenitura”. A palavra “fornicário”, tem a ver com o “imoral”; e a palavra “profano”, tem a ver com alguém “sem respeito às coisas sagradas”.

8. Não permitamos que nossa vida seja governada por impulsos carnais, pela devassidão das imoralidades pois tal comportamento nos levará para as derrotas espirituais.

9. Como tem sido a sua vida cristã? Uma sucessão de derrotas, ou uma sucessão de vitórias?

10. Se você não controla seus impulsos carnais, despreza a graça de Deus, e busca o arrependimento tardiamente, você é um cristão derrotado, que nem pode ser chamado de um cristão. Clame diariamente pela graça de Deus. Faça como o publicano, Lc 18.13, “Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, sê propício a mim, um pecador”.

11. Você que ainda não é crente deve procurar conhecer a graça de Deus. A graça de Deus é oferecida a você neste dia, a salvação é oferecida a você neste dia gratuitamente. De maneira alguma você deve trocar a graça de Deus pelo gozo temporário do pecado e pelas misérias deste mundo enganador, 1 Jo 2.15, “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.

Seja uma nova criatura em Cristo Jesus e receba muitas bênçãos de Deus.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 3 de junho de 2024

TOME CUIDADO, O INIMIGO QUER TE DERROTAR

TOME CUIDADO, O INIMIGO QUER TE DERROTAR.  

 

O que diz o apóstolo Paulo em  2 Coríntios 12:10?

10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte.

O apóstolo Paulo é um grande exemplo, depois de Jesus Cristo, de renúncia das riquezas humanas, depois da sua conversão. O temor de Deus na vida dele, fez toda a diferença para que ele fosse exemplo dos fiéis.

A). Áreas da vida que levam o ser humano ao fracasso e à derrota. Tome cuidado o inimigo quer te derrotar custe o que custar.

O rei Salomão era um rei Sábio porém acumulou muitas derrotas em  sua vida por causa da vaidade, da “muita” sabedoria, das muitas riquezas e das “muitas” mulheres, tudo isso e em grande parte usado de maneira errada em completa desobediência à Deus.

A glória e a grandeza do rei Salomão.

Salomão foi o terceiro e último rei do reino unido de Israel, seguindo o rei Saul e o rei Davi. Ele era filho de Davi e Bate-Seba, a ex-mulher de Urias, o hitita, que Davi matara para esconder seu adultério com Bate-Seba enquanto seu marido estava à frente de uma batalha. Salomão escreveu o Cântico de Salomão, o livro de Eclesiastes e grande parte do livro de Provérbios. Sua autoria de Eclesiastes é contestada por alguns, mas Salomão é o único "filho de Davi" a ser "rei de Israel" (não apenas Judá) "em Jerusalém" (Eclesiastes 1:1, 12), e muitas das descrições do autor se encaixam perfeitamente com Salomão. Salomão reinou por 40 anos, (1 Reis 11:42).

Quais são os principais destaques da vida de Salomão? Quando ascendeu ao trono, ele buscou a Deus, e Deus lhe deu a oportunidade de pedir o que quisesse. Salomão reconheceu humildemente a sua incapacidade de governar bem e altruistamente pediu a Deus a sabedoria de que precisaria para governar o povo de Deus com justiça. Deus lhe deu sabedoria e riqueza também (1 Reis 3:4–15; 10:27). De fato, "o rei Salomão excedeu a todos os reis do mundo, tanto em riqueza como em sabedoria" (1 Reis 10:23). Deus também deu paz a Salomão por todos os lados durante a maior parte de seu reinado (1 Reis 4:20-25).

As causas principais das derrotas do rei Salomão.

Salomão teve 700 esposas e 300 concubinas, muitas delas estrangeiras que o levaram à idolatria pública em sua velhice, irritando muito a Deus, (1 Reis 11:1–13). 1 Reis 11:9-10 registra: "Pelo que o SENHOR se indignou contra Salomão, pois desviara o seu coração do SENHOR, Deus de Israel, que duas vezes lhe aparecera. E acerca disso lhe tinha ordenado que não seguisse a outros deuses. Ele, porém, não guardou o que o SENHOR lhe ordenara". Deus disse a Salomão que removeria o reino dele, mas, por causa de Davi, não o faria durante a vida de Salomão.
Deus também prometeu não remover bruscamente todo o reino. Enquanto isso, Deus levantou adversários contra Salomão que causaram problemas no restante da sua vida, (1 Reis 11:14–25). Jeroboão, o qual se tornaria o primeiro rei de Israel, ( o reino do Norte), também começou a se rebelar contra Salomão, mas fugiu para o Egito, (1 Reis 11:26–40). O reino foi dividido sob Roboão, filho de Salomão, (1 Reis 12).

B). A queda de grandes líderes religiosos e suas dinastias familiares nas igrejas evangélicas.

Temos observado várias razões porque os homens caem em desgraça e destroem sua reputação, sua vida, sua família e seu ministério. Dentre as muitas causas as mais conhecidas e que se destacam são: A primeira, é o sexo. A segunda, é o dinheiro. A terceira, é o poder, a quarta é a mentira e a quinta é a política, muito usada para enganar os fiéis e se corromperem com o recebimento de propinas e outras coisas.  

Nenhum homem deveria confiar em si mesmo nessas áreas. Nossa confiança deve estar firme no Senhor Jesus, que é o autor e consumador da nossa fé. O apóstolo Paulo adverte: "Quem pensa estar em pé, olhe que não caia". (1 Coríntios 10.12).

Vamos analisar situações que derrubam o ser humano da fé.

“Tenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa”. Apocalipse 2.20.

Jezabel era o cúmulo da vaidade excessiva, assim como hoje também vemos pessoas nas igreja, inclusive nos púlpitos com tanta vaidade, que causa nojo e que Deus vira as costas para tais pessoas por causa dos seus procedimentos e suas atitudes de desafiar a palavra de Deus e ainda estar como dominadores nas suas dinastias religiosas cleptocratas.

O quê é cleptocracia? A Cleptocracia religiosa é casada com a cleptocracia política.

A palavra “cleptocracia” significa “Estado governado por ladrões”, literalmente. O termo se refere a um tipo de governo no qual as decisões são tomadas com extrema parcialidade, indo totalmente ao encontro de interesses pessoais dos detentores do poder político ou religioso.

Na cleptocracia, a riqueza é extraída de toda a população e destinada a um grupo específico de indivíduos detentores de poder. Muitas vezes são criados programas, leis e projetos sem nenhuma lógica ou viabilidade, que no fundo, possuem a função de beneficiar certos indivíduos ou simplesmente desviar a verba pública para os bolsos dos governantes.

Deus se agrada de quem observa e vive conforme à Sua Palavra que diz: sede santos em toda a vossa maneira de viver.

Desde o princípio o Senhor Deus alertou sobre como o desejo se volta contra o ser humano, (Gênesis 4.7). Deus alertou Caim e o aconselhou  a dominar a vontade de sua carne. Ele não o fez, e viveu as sérias consequências da sua falta de domínio próprio.

A responsabilidade de refrear os desejos da carne é toda do homem, mesmo quando há uma ação de satanás ele explora a cobiça do coração do ser humano. É responsabilidade do cristão dizer não a suas concupiscências. 

O apóstolo Paulo nos ensina: “Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação”. Romanos 6.19. 

O apóstolo Paulo, em sua carta aos romanos enfatiza a fraqueza da carne, como conhecedor do que ela é capaz de fazer e instrui ao povo uma vida de santificação na qual existe controle sobre o corpo, não permitindo que ele se entregue ao que o satisfaz. É muito comum hoje as pessoas modificarem o seu corpo por não se agradar do jeito que Deus fez, e para isso fazem todo tipo de cirurgias plásticas e ou procedimentos estéticos para melhorar a aparência aos olhos dos outros, ou seja, acham que vão ficar mais bonitos ou mais bonitas do que os outros seres humanos à sua volta.

No lugar de ceder aos desejos da carne, devemos, como servos de Deus, ter uma vida de sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o nosso culto racional. 

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século ( ou com este mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”. Romanos 12.1-2.

A questão da imoralidade quando a vaidade é excessiva: – 1 Co 6.18- “o uso do corpo deve ser santo para o Senhor, ele é habitação e morada  do Espírito Santo, nosso corpo e nossa conduta social precisam servir de exemplo aos fiéis para a glória de Deus. Viver de maneira santa é um culto com o propósito de exaltar ao Senhor, o corpo não pertence mais ao homem, mas é um templo separado a Deus, passa a ser templo do Espírito Santo. Não entrega-lo a prostituição é um culto racional, repetindo dia após dia por uma postura firme de santidade e busca constante de santificação para ser exemplo dos fiéis.

C). A vontade de Deus é santificação plena do homem; há um processo de santificação até chegarmos ao dia do arrebatamento individual ou coletivo quando alcançaremos a vitória da nossa salvação , mas a santificação do corpo é abster-se da prostituição em toda a sua extensão. Essa é a santificação que honra, que reconhece o Senhor Deus acima de todas as coisas. Hebreus 12.14 diz: Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. 

”Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação”.(1 Tessalonicenses 4.3-7).

O Senhor concede perdão e redenção, mesmo a pessoa estando no lamaçal da imoralidade sexual, na lama do pecado. Na passagem de João 5.14 Jesus disse ao paralítico que acabara de curar: “não peques mais, para que não te suceda coisa pior”. Jesus Cristo oferece a graça, mas em seguida uma advertência: não volte ao pecado, existem consequências. A graça oferece perdão e nos livra do pecado, mas se permanecermos no erro a graça é anulada e as consequências são piores.

O estrago do espírito de Jezabel está intrinsecamente ligado também à vaidade excessiva; o que ela causa na obra de Deus e na sua vida é um estrago muito grande. Esse espírito enganador é como denominamos como um comportamento que perturba muitas  famílias e muitas igrejas. O Senhor Jesus disse que este tipo de atitude não deve ser tolerado em uma igreja. Contudo, em quase todas as comunidades cristãs existe uma Jezabel que “a si mesma se declara profetisa”, (Apocalipse 2.20) e com isso engana muitas pessoas. Este espírito impede o crescimento da igreja e precisa ser derrotado para que a comunidade de fé seja abençoada.

O profeta Elias certa vez fugiu com medo das ameaças de Jezabel, (1 Reis 9.1-10), e o pastor da igreja de Tiatira parece que tolerava os erros de uma pessoa como Jezabel dentro da igreja. Tanto a tal “profeta” como o pastor, foram desafiados a enfrentar este espírito e vencer através do poder de Deus. Isso mostra que não precisamos ter medo “porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação”. (2 Timóteo 1.7).

D). Como descobrir o espírito de Jezabel dentro da igreja? Vejamos algumas características do espírito de Jezabel baseados nas ações e no procedimento destas pessoas.

1 – A prostituição era o cerne da vida de Jezabel.

Jezabel era uma mulher vaidosa (2 Reis 9.30), acostumada a conquistar seus interesses através da sedução e da prostituição. Na bíblia o termo prostituir tem o significado geral de infidelidade tanto conjugal como espiritual. Quando uma pessoa não é fiel a Deus, está se prostituindo, pois “ninguém pode servir a dois senhores”, (Mateus 6.24). Jezabel praticava tanto a prostituição sexual como a feitiçaria e a bruxaria. (2 Reis 9.22).

Em várias igrejas o espírito de Jezabel entra através de pessoas que não estão com sua vida em santidade e ou em plena comunhão com Deus. Por isso precisamos tomar cuidado com quem colocamos diante do altar para ministrar. Torna-se indispensável um padrão moral para quem estiver à frente da igreja. Isso não é legalismo, mas uma necessidade. Uma pessoa que está em pecado de fornicação ou amasiada não está preparada para ensinar e sim precisa ser restaurada. Devemos fazer isso com amor e muita paciência, nunca expondo ninguém em público.

Além desta situação, ainda existe a prostituição espiritual. Muitos membros de igrejas são infiéis ao seu pastor e à comunidade onde congrega. Pessoas assim pulam de galho em galho, procurando onde tem algo que lhe agrada. Cada dia procura uma igreja e um pastor que faça a sua vontade e não a vontade de Deus. O espírito de Jezabel faz com que líderes falem mal de seu pastor, traindo aquele que abençoa e luta por sua vida.

2 - A idolatria é como pecado de prostituição.

Outra característica do espírito de Jezabel é a idolatria. Jezabel patrocinava o culto a ídolos e tinha um exército de profetas chegando ao número de mais de 850 homens sustentados por ela para cultuar deuses estranhos (1 Reis 18.19). A idolatria é tudo o que toma o lugar de Deus, pois o Senhor não divide sua glória com ninguém. (Isaías 43.8).

No mundo chamado gospel atualmente existe muito estrelismo onde o nome de personalidades mais artísticas do que religiosas se sobrepõem. Nas igrejas locais o espírito de Jezabel entra com idolatria de cantor, pastor e principalmente a idolatria denominacional. A religiosidade faz com que membros de igrejas sigam mais o que diz sua denominação ou líder do que o que a própria bíblia diz.

A idolatria na igreja engana muito bem aqueles que estão cegos e pensando que tudo está perfeito e que seu líder ou denominação não têm defeito. Alguns membros de igreja fazem pior ainda idolatrando um líder que não é de sua comunidade em detrimento de quem está ali no dia a dia conhecendo os problemas e dificuldades do lugar e das pessoas. Com isso vêm as comparações e cobranças indevidas. Com o tempo estas pessoas se decepcionam e ficam frustradas, pois sua fé não era somente em Deus e sim em “doutrinas que são ensinamentos de homens”, (Mateus 15.9), e até doutrinas de demônios, (1 Timóteo 4.1-3).

3 - Manipulação e bajulação para pecar à vontade em nome da religião. Sedução e atração para pecados e orgias sexuais.

Jezabel era manipuladora. Queria que tudo fosse do seu jeito. Seu próprio marido, o rei Acabe se vendeu, se entregou às artimanhas de Jezabel: “Acabe, que se vendeu para fazer o que era mau perante o SENHOR, porque Jezabel, sua mulher, o instigava”, (1 Reis 21.25). Por querer controlar tudo ao seu redor, Jezabel também era invejosa. Certa vez armou uma mentira para matar um homem chamado Nabote só porque Acabe queria o seu terreno chamado de “ a vinha de Nabote". Então (Jezabel) tirou a vida e a propriedade de um homem inocente. (1 Reis 21.5-15).

Quem manipula pessoas faz coisas terríveis sendo capaz de tudo para alcançar seus objetivos, como mentira, traição e vingança. Uma pessoa manipuladora mente para conseguir o que deseja, trai ou apunhala outros pelas costas e se vinga de quem não fizer sua vontade.

O espírito de Jezabel entra em muitas igrejas através de pessoas que querem mandar em tudo na congregação. Algumas dessas pessoas já exercem funções de autoridade profissionalmente e refletem isso dentro da igreja achando que podem dar ordens ao irmão como se fossem um empregado ou subordinado do trabalho. Contudo ainda existem casos de pessoas que não se realizaram profissionalmente ou até na família foram dominados e parecem querer ser alguém dentro da igreja assumindo funções onde possam sobressair sobre os outros.

Igreja não é lugar de maltratar ninguém e sim de demonstrar amor e companheirismo. Se alguém tem um título de poder na sociedade, isso fica do lado de fora e dentro da Casa de Deus somos todos irmãos e devemos “servir uns aos outros em amor”, (Gálatas 5.13). Por isso devemos ter cuidado ao colocar alguém na liderança da igreja que sabidamente não trata bem os irmãos e quer ser líder em alguma área, somente para aparecer e dominar os outros. Também é preciso ter cuidado com sistemas políticos e eclesiásticos onde uma pessoa tem poder excessivo na igreja.

4 – Perseguição ferrenha aos opositores.

Jezabel perseguiu os profetas do Senhor ao ponto que muitos tiveram que ser escondidos por um tempo, (1 Reis 18.4 e 13). Muitos profetas foram mortos por Jezabel e o próprio profeta Elias foi ameaçado por ela diversas vezes, (1 Reis 19.2). Um dos motivos desta perseguição é porque os profetas de Deus falavam a verdade e não o que Jezabel e Acabe queriam ouvir. (2 Reis 3.13,14).

O espírito de Jezabel pode ser percebido em igrejas onde pessoas são perseguidas. Existem comunidades onde tudo já está tão estabilizado que quando um homem ou mulher de Deus propõe mudanças, passa a ser perseguido. A inveja e briga de poder fazem com que líderes sejam perseguidos nas igrejas. Espiritualmente falando, uma das causas da perseguição é que o líder enfrenta coisas demoníacas e luta contra forças do mal, por isso o inimigo usa pessoas para persegui-los, para derrotá-los.

Enfrentar perseguição externa, de pessoas ou situações que vem de fora da igreja é algo normal. Entretanto a pior coisa é ser perseguido por irmãos dentro da própria igreja. Esta é uma estratégia do inimigo para enfraquecer a igreja, pois “um reino dividido não subsistirá”, (Mateus 12.25). Tome cuidado com pessoas que falam mal de outros irmãos ou que perseguem líderes, pois estão sendo usadas pelo espírito de Jezabel.

O fim da vida de Jezabel foi terrível (2 Reis 9.36,37). A personagem do Apocalipse chamada de Jezabel também foi avisada e Jesus lhe deu “tempo para que se arrependesse”, (Apocalipse 2.21), caso contrário sofreria muito ao ponto de ser tratada no leito de enfermidade e seus ‘filhos’ ou seguidores também seriam exterminados, (Apocalipse 2.22,23).Então se em sua igreja há este tipo de comportamento deixe Deus cuidar, pois Ele vai separar o joio do trigo na hora certa, (Mateus 13.36-40). Confie na promessa de Deus de que “os ímpios não subsistirão no juízo, nem os pecadores na congregação dos justos”. (Salmos 1.5).

E). Nesta postagem nos referimos ao espírito de Jezabel como algo demoníaco que precisa ser expulso e também comportamental que precisa ser tratado dentro das igrejas. Então aconselhamos a quem ler estas palavras a não usar isso como expressão de chacota chamando irmãos ou irmãs de ‘Jezabel’ e nem reprimir estas pessoas, pois fazendo isso, estaria usando suas mesmas estratégias e, portanto fazendo-se igual a elas. Jesus tem a solução para tratar estas pessoas e liberta-las da possessão demoníaca e maligna.

A Bíblia diz que o rei Acabe foi pior que todos os reis que vieram antes dele em Israel. Ele fez muitas coisas erradas e foi castigado por Deus. Acabe foi um exemplo de como um líder não deve ser. Devemos evitar os erros de Acabe. O rei Acabe foi perverso e o pior rei da história de Israel.

1 – A idolatria do rei Acabe.  

Acabe não teve temor a Deus. Ele adorou os deuses falsos de sua esposa, Jezabel, e construiu templos para eles. Somente Deus merece adoração, mas Acabe ignorou os mandamentos de Deus e procurou a proteção de ídolos inúteis, (1 Reis 21:25-26). Além disso, ele promoveu a idolatria pelo país inteiro.

2 – O rei Acabe, assim como temos muitos hoje, foi um religioso de ocasião.

O rei Acabe apenas era religioso quando convinha. Quando os seguidores do deus falso Baal tinham influência, ele adorava Baal mas quando Elias derrotou e matou todos os profetas de Baal, Acabe não fez nada para o impedir. Acabe seguiu as ordens de Deus para derrotar o rei da Síria mas quando conseguiu a vitória, ele rejeitou as advertências de Deus.

3 – O rei Acabe era mimado por Jezabel.

Tudo tinha que ser do jeito que Acabe queria. Se não conseguia o que queria, ele ficava zangado e até fazia birra. Uma vez, Acabe quis comprar a vinha de um homem chamado Nabote, que era seu vizinho, para plantar uma horta ou um parreiral de uvas. Mas Nabote se recusou a vender sua vinha, que pertencia a sua família. Por causa disso, Acabe se deitou na cama, embirrado (1 Reis 21:3-4). Jezabel o repreendeu por essa atitude tão infantil. Acabe era tão mimado e egoísta que não ficou com remorsos quando Jezabel mandou matar Nabote por falsas acusações e confiscou sua vinha. Ele se alegrou, porque tinha conseguido o que queria.  

4 – Acabe era desobediente a Deus.

Acabe era israelita e conhecia os mandamentos de Deus mas não tinha respeito por eles. Contra os mandamentos de Deus, ele cometeu idolatria, casou com uma mulher estrangeira idólatra e feiticeira, foi cúmplice de assassinato e da perseguição aos profetas de Deus, (1 Reis 16:30-32). Acabe também poupou um inimigo cuja morte Deus tinha ordenado e até prendeu um profeta que o avisou do perigo de sair para a guerra.

5 - Acabe era inimigo de homens de Deus, dos profetas de Deus.

Vários profetas de Deus repreenderam Acabe por seus pecados e o avisaram do castigo que estava por vir. Em vez de ouvir a repreensão e se arrepender, Acabe ficava irado com os profetas e os perseguia, junto com sua esposa. O rei Acabe até considerava o profeta Elias como um inimigo público, que ameaçava o “seu reino”.  1 Reis 18:16-18.

O resultado da maldade e dos pecados hediondos do rei Acabe, de sua esposa Jezabel e de sua família, foi a morte trágica de todos, e é claro, a condenação eterna.

6  -  Acabe tinha herdado um reino próspero de seu pai e, por algum tempo, desfrutou dessa prosperidade. Mas, no fim, Deus castigou Acabe por todos os seus pecados. Em uma batalha uma flecha atirada ao acaso acertou em Acabe e ele perdeu muito sangue e morreu. Como tinha sido profetizado pelo profeta Elias, os cães lamberam o sangue de Acabe no mesmo lugar onde lamberam o sangue de Nabote. (1 Reis 22:37-38). Os filhos de Acabe seguiram em seus maus caminhos e todos foram mortos. Acabe pensava que o pecado não tinha importância mas o pecado acabou por destruir sua vida e sua família inteira, todos tiveram morte trágica.

Não siga os maus exemplos de pessoas maliciosas, malignas e maldosas, os péssimos exemplos dessas pessoas levam qualquer um ao inferno junto com elas.

Siga os exemplos de Jesus Cristo e seus apóstolos. Veja o que o profeta Isaías disse, a mais de quatrocentos anos antes de Jesus nascer, sobre a pessoa do Senhor Jesus como exemplo para toda a humanidade.

Isaías 53.3-11.

3. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

6. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

7. Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.

9. E puser a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

10. Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.

11. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.

Vença o inimigo custe o que custar. Jesus é o nosso exemplo, Jesus é o exemplo dos fiéis, Jesus é o nosso Salvador. Jesus morreu na cruz para nos salvar.

Deus abençoe você e sua família.

 

Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 27 de maio de 2024

JESUS É O NOSSO SALVADOR E TAMBÉM O NOSSO MELHOR AMIGO

JESUS É O NOSSO SALVADOR E TAMBÉM O NOSSO MELHOR AMIGO.

Em João 11.11-13, Jesus ficou sabendo que o seu amigo Lázaro havia morrido; então Jesus o seu grande e melhor amigo disse que iria desperta-lo do sono, literalmente Jesus ia ressuscita-lo, ia desperta-lo da morte; Ele disse: Lázaro não está morto, mas dorme. Quando Jesus chegou lá em Betânia, onde Lázaro morava, Lázaro já havia sido sepultado a quatro dias. Jesus perguntou onde o puseram? Ele foi até lá e mandou Lázaro sair do túmulo.

11 Isso falou; e depois disse-lhes: Lázaro, o nosso amigo, dorme, mas vou despertá-lo do sono.

12 Disseram, pois, os seus discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo.

13 Mas Jesus dizia isso da sua morte; eles, porém, supunham que falava do repouso do dormir.

Jesus disse que podemos e devemos ser amigos dEle: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando”, (João 15: 14). Disse mais que não nos chamaria de servos, mas de amigos. A maior prova de Sua amizade para conosco é a de que Jesus deu a sua vida por nós e não há nada maior do que isto.

Você sabia que Jesus Cristo é o nosso melhor amigo? João 15.13.

E você sabia que Ele, além de ser nosso Salvador, Ele pode ser também o nosso melhor amigo?

Você gostaria que Jesus fosse o seu melhor Amigo também?

Uma vez que aprendemos sobre o que Jesus fez por nós e fazemos dEle o Senhor e Salvador de nossas vidas Ele se tornará o nosso melhor Amigo.

Jesus é o meu melhor Amigo, porque Ele me conhece melhor do que qualquer outra pessoa. Ele é Deus, e Ele sabe tudo sobre mim. Ele sabe quantos fios de cabelo que tenho na minha cabeça (Mateus 10:30). Ele sabe o que eu vou dizer (Salmo 139:4) e Ele até sabe meus pensamentos. (Salmo 139:2). 

Você sabia que nós somos muito importante para Jesus?

Um melhor amigo é aquele que ama você do jeito que você é, e ainda ajuda você a ser tudo o que você pode ser. Jesus é o meu melhor Amigo porque ninguém nunca me amou como Ele. Jesus me amou tanto que Ele deu Sua vida por mim para que eu seja capaz de passar a eternidade com Ele, (João 3:16). Jesus disse: “Ninguém tem maior amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles”. (João 15:13-15).

Jesus Cristo é o nosso Salvador e também o nosso melhor amigo de todas as horas.

Como é bom ter bons amigos. Jesus é o nosso melhor amigo. Quando Ele viu que seus discípulos estavam percebendo que estava chegando a hora de ficar sem Ele aqui na terra, Jesus os tranquilizou com estas palavras do capítulo 14 do evangelho de João.  João 14:1-3,6.

1. Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim.

2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar.

3. E, quando eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.

6. Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

Exemplos de amigos aqui na terra, que foram chamados por Deus para uma obra difícil, mas que Deus lhes daria vitória, porque Ele estava no controle de tudo.  

O melhor amigo de Moisés foi Josué, que lá no Egito tinha o nome de Oséias, Números 13:16, muito embora Moisés fosse muito amado e respeitado por todos os Hebreus, ele mudou o nome de Oséias para Josué lá no deserto, devido a fidelidade e presteza de todo coração que Josué servia a Moisés.

Depois da morte de Moisés descrita no livro de Deuteronômio 34:1-12, que diz:

¹ Então subiu Moisés das campinas de Moabe ao monte Nebo, ao cume de Pisga, que está em frente a Jericó e o SENHOR mostrou-lhe toda a terra desde Gileade até Dã;

² E todo Naftali, e a terra de Efraim, e Manassés e toda a terra de Judá, até ao mar ocidental;

³ E o sul, e a campina do vale de Jericó, a cidade das palmeiras, até Zoar.

⁴ E disse-lhe o Senhor: Esta é a terra que jurei a Abraão, Isaque, e Jacó, dizendo: À tua descendência a darei; eu te faço vê-la com os teus olhos, porém lá não passarás.

⁵ Assim morreu ali Moisés, servo do Senhor, na terra de Moabe, conforme a palavra do Senhor.

⁶ E o sepultou num vale, na terra de Moabe, em frente de Bete-Peor; e ninguém soube até hoje o lugar da sua sepultura.

⁷ Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu o seu vigor.

⁸ E os filhos de Israel prantearam a Moisés trinta dias, nas campinas de Moabe; e os dias do pranto no luto de Moisés se cumpriram.

⁹ E Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés tinha posto sobre ele as suas mãos; assim os filhos de Israel lhe deram ouvidos, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.

¹⁰ E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;

¹¹ Nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra.

¹² E em toda a mão forte, e em todo o grande espanto, que praticou Moisés aos olhos de todo o Israel

Deus mandou Moisés impor as mãos sobre Josué e ungi-lo para comandar o povo Hebreu dali em diante, rumo à terra prometida que estava próximo daquele lugar.

Depois da chegada dos Hebreus na terra prometida, eles tiveram que lutar contra os seus inimigos para que pudessem conquistar as cidades conforme as orientações que Moisés havia deixado para Josué cumprir.

Daí em diante temos a figura de Calebe em destaque, porque Calebe era um amigo inseparável de Josué e lutou com Josué todas as batalhas do povo Hebreu junto com Moisés e Josué.

O melhor amigo de Josué foi seu grande amigo desde os tempos de Moisés e chamava-se Calebe. 

Quem era essa figura importante da história dos Hebreus que foi contemporâneo de Moisés, de Josué e fez ainda um sucessor depois dele chamado Otniel, que tornou-se seu genro e foi o primeiro juiz de Israel. Ninguém pode, com precisão, informar a data da morte de Josué. Nem em seu livro isso é informado. Calebe foi o sucessor natural de Josué depois da morte deste.

O nome Calebe significa que ele não era Hebreus de nascimento por isso a Bíblia diz que ele era  “O quenezeu de nascença”.

Seu nome significava também que ele tinha a: “ferocidade de cão”.

A história de Calebe, o grande e fiel amigo de Josué.

Ele era filho de Jefoné (Nm 13.6), era um homem de muita força, de muita habilidade na guerra e um soldado valente. Ele era um dos dozes espias que, um de cada tribo, foram enviados à terra de Canaã para examiná-la, acontecendo este fato no segundo ano do Êxodo. Calebe representava a tribo de Judá. Ele e Josué foram os únicos que voltaram com boas notícias acerca do país que iam habitar, e esse seu otimismo desagradou tanto ao povo israelita, com medo de efetuar a conquista de Canaã, que por pouco não foram apedrejados. Deus castigou a rebeldia do povo, determinando que, dos israelitas de vinte anos de idade para cima, apenas Josué e Calebe teriam permissão de entrar na terra prometida. Quando Calebe era de oitenta e cinco anos de idade, ele reclamou a posse da terra dos Enaquins, Quiriate-Arba ou Hebrom, e a vizinhança do país montanhoso, (Js 14). Ele expulsou de Hebrom os três filhos de Enaque, e deu a sua filha Acsa a seu irmão mais novo Otniel, como recompensa por ter tomado Quiriate-Sefer, (isto é Debir (Js 15.14 a 19 e Jz 1.11 a 15). Crê-se que Calebe era cananeu por nascimento, tendo sido a tribo dos Quenezeus, à qual ele pertencia, incorporada na de Judá, (Js 14.6,14).

Calebe era filho de Jefoné, o Quenezeu. O termo “quenezeu” ocorre pela primeira vez na Bíblia em Gn 15:19. Era um clã cujo patriarca foi Quenaz, um dos príncipes dos filhos de Esaú. (Gn 36:15, 42).

Calebe foi um dos mais notáveis assessores, o melhor amigo, de Josué após a travessia de Israel pelo deserto. Sabe-se que Josué lutou e venceu 31 reis e sem o apoio e a fidelidade de um assessor como Calebe, a jornada não seria bem sucedida. A bem da verdade Josué não conseguiu expulsar todo o povo da terra prometida conforme o Senhor ordenara.

O nome Calebe não tem um significado preciso, mas é algo próximo de: “Ferocidade de cão”. Calebe era descendente de Abrão; portanto, de língua semita, mas não pertencia a descendência de Israel. Ele veio da descendência de Esaú, irmão de Jacó. (Israel).

Assim foram as gerações de Abraão até Calebe.

Abraão => Isaque / Esaú / Elifaz / Quenaz /  Jefoné / Calebe. (Ver Gn 36:15,35,36,42; 1Cr 4:15). Jacó / Efraim / Berias /  Taã / Ladã / Amiúde / Elisama / Num / Josué, (1 Cr 7:23 a 27).

Calebe, o Quenezeu, foi incorporado a tribo de Judá (Nm 13:6). Não se sabe como se deu esta associação porém muitos estrangeiros saíram do Egito misturados com Israel em direção ao deserto, (Êx 12:38), a história bíblica diz também que Calebe foi levado pelo sogro de Moisés, Jetro, quando este foi em caravana levar a esposa de Moisés no deserto, já no caminho para Canaã.

De todos os que foram enviados para espiar a terra prometida, somente Josué e Calebe trouxeram relatório satisfatório e animador, pois demonstraram confiança no Deus de Israel.

Calebe recebeu o território de Hebrom por herança durante a liderança de Josué, (Js 14:13-14) porquanto perseverara em seguir ao Senhor, o Deus de Israel.

Como vimos acima a origem de Calebe não é mencionada em detalhes na bíblia, mas foi um homem que fez parte da geração de escravos libertos do Egito conduzidos por Moisés. Era filho de Jefoné, um hebreu da família de Quenaz, (daí o nome quenezeu).

Trajetória do povo Hebreu no deserto.

Calebe era um homem diferenciado e muito importante em sua tribo, pois foi levantado por Moisés como príncipe (chefe) da tribo de Judá e um dos 12 espias da Terra Prometida.

Passou por duas gerações da tribo de Judá como chefe, a primeira geração mencionada em Números 1.1 a 46, na entrada do ciclo do deserto, com 74.600 homens (Números 1.26 a 27), e a segunda geração, já próximo à terra prometida, com 76.500 homens (Números 26.19 a 21). O ciclo do deserto durou 40 anos, e todos os homens da primeira geração morreram prostrados no deserto, com exceção de Calebe em sua tribo (Hebreus 3.14 a 19). Imagine: Calebe viu quase 75 mil homens da sua tribo e 603.500 de todo o Israel morrerem no deserto. A maioria morreu por haver murmurado contra o Senhor, o Deus dos Hebreus. O motivo de morrer toda uma geração foi uma série de pecados e rebeliões cometidas pelo próprio povo, narrada no livro de Números e resumida em 1Coríntios 10:1-13.

A geração que nasceu no deserto, sem dúvida, estava mais preparada para a conquista da Terra Prometida do que a geração de escravos que saiu do Egito. 

No Egito eles aprenderam a ser escravos e acostumaram com a servidão de tal forma que não queriam lutar pela sua libertação. 

Calebe e Josué foram a única exceção, porque estavam com disposição e sentimentos ajustados à palavra liberada pela boca de Moisés, que é notável na narração de Números 13 e 14, texto que expõe o conflito entre 10 espias que viam impossibilidades para conquista da Terra Prometida, por causa dos povos inimigos, em antítese ao posicionamento de Josué e Calebe, (Números 26.64 e 65); Josué e Calebe acreditavam que era viável a vitória pela palavra de promessas de Deus. A bíblia ainda dá o detalhe que o sentimento de Calebe era diferenciado e que Deus o conduziria a conquista da Terra da Promessa, conforme relata: "Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar na terra que espiou, e a sua descendência a possuirá”. (Números 14.24).

Calebe era forte, valente e posicionado diante da palavra da promessa de Deus, (Números 13.30; 14.6 a 9); não se assustou com a ameaça de apedrejamento por parte do povo (Números 13.10) e foi protegido pelo Senhor no deserto. Números 14.37-38; Deuteronômio 1.36.

Em toda a trajetória da vida de Calebe, ele teve marcas, desafios e conquistas. 

Após toda a conquista da Terra Prometida, 33 reinos canaanitas ao todo, liderando a tribo de Judá, Calebe conquistou território tão grande quanto Manassés e Efraim, filhos de José. Judá ocupou boa parte da região sul de Canaã e os deserto mais íngremes, como a Judéia e o Neguebe. O auge da conquista de Calebe foi o monte Hebrom, lugar que pedira a Josué como herança particular de sua família. Vigoroso em sua velhice, aos oitenta e cinco anos (Josué 14.6 a 15), Calebe ainda dominou todo o monte, derrubando Sesai, Aimã e Talmai, os três posseiros Anaquins (família de gigantes, exatamente o povo que colocou medo nos 10 espias, Juízes 1.10).

A excelência de Calebe é vista na expulsão de todos os posseiros da terra, diferente dos benjamitas que permitiram os jebuseus viverem conjuntamente com eles em Jerusalém, o que se tornou uma "dor de cabeça" até a conquista de Davi. (Juízes 1.16 a 21). Único povo que resistiu ao povo de Judá foi do litoral ao sul, possivelmente filisteus, (A Filistéia é hoje a conhecida Faixa de Gaza) que tinham armas de ferro, tecnologicamente avançados para aquela época, pois eram povos que vinham das ilhas gregas.

Calebe teve/fez ainda um sucessor, seu sobrinho, um juiz e guerreiro chamado Otniel, que além de se casar com a filha de Calebe ao conquistar Debir e o monte Quiriate Sefer (Juízes 1.11 a 15), liderou todo povo de Israel contra investida do rei da Mesopotâmia (Juízes 3.7 a 11). Calebe formou um líder sucessor, diferentemente de Josué, que apenas se despediu do povo. A bíblia não menciona a morte de Calebe, apenas que teve paz após suas conquistas.

Mais algumas curiosidades sobre Calebe. 

O nome de Calebe volta a aparecer 400 anos depois de sua morte: Um descendente distante, Nabal, foi um homem insensato do Monte Carmelo que se levantou contra Davi (1Sm 25). Nabal morreu e Davi casou com sua mulher, Abigail. Com ela e mais duas mulheres, Davi refugia-se em Hebrom, (1 Samuel 2:2). Ou seja, Davi casa-se com a mulher do descendente de Calebe, refugia-se e é ungido no monte de Calebe.

Em Hebrom, o monte de Calebe, também moravam os descendente de Levi, da família de Coate, (Josué 21.10 a 11) e havia ainda uma cidade-refúgio para os homicidas. (Josué 21.13).

Outros fatos importantes do Monte Hebrom que merece menção aqui é que: O monte Hebrom foi chamado de Morada de Abraão. (Gênesis 13.18). Ali foi o local da morte de Sara. (Gênesis 23.2). Foi também o local do túmulo de Abraão, Isaque e Jacó. (Gênesis 23.14 a 20). A unção de Davi como rei também se deu  ali no monte Hebrom. (1 Samuel 5.1 a 5).

Hoje, Hebrom é uma cidade da Cisjordânia (de domínio árabe), que está sob ocupação de Israel desde 1976, com população majoritariamente árabe.

Calebe é um referencial bíblico de perseverança nas promessas de Deus, de disposição nas batalhas e conquistas da vida. 

Saiu da escravidão egípcia, cruzou 40 anos de deserto, viveu sinais poderosos, venceu 33 reinos em Canaã e conquistou o monte Hebrom, o monte de sua herança. Que tenhamos, nestes dias de modernidade do século XXI a coragem e a perseverança de Calebe para alcançar grandes e completas conquistas em nome de Jesus. 

Devemos lutar com garra e determinação como Calebe para alcançarmos as vitórias do dia a dia.

1) Nós vamos conquistar pela fé o inimaginável. Calebe andou contra todas as expectativas de frustrações. O segredo de Calebe foi crer, esperar em Deus e lutar as batalhas do Senhor. Calebe esperou mais de 45 anos para alcançar suas vitórias e não desistiu dos seus objetivos.

2) Vitalidade, força e unção de conquista não lhe faltaram. Se você não desanimar, irá colher o que planeja colher do que você plantou. Calebe tinha uma aliança com Deus e celebrou com sua família as suas conquistas que ficaram para sua posteridade.

É hora de revermos nossos conceitos e confiar pela fé que vamos alcançar nossas tão almejadas vitórias. 

3) Precisamos buscar a nossa capacitação espiritual para adentrar no desconhecido do deserto até a terra prometida para lá lutarmos até atingirmos nossos objetivos e nossos sonhos. Se ficarmos na mesmice do dia a dia conformados com o conforto do sofá de nossa casa, nunca seremos vitoriosos como Calebe. Vejam que todas as conquistas de Calebe foram através de batalhas sangrentas que ele teve que enfrentar e vencer uma a uma de cada vez. Planejou suas estratégias de guerra para vencer em o nome do Senhor Deus de Israel. (Tiago 1.12). 

Depois de provado, você poderá ser aprovado.

Alegre-se pelas provações, porque essa momentânea tribulação produzirá um peso de glória. Só espera quem tem uma promessa e o que prometeu é fiel para completa-la. Deus nos capacita para a vitória mesmo a gente achando que não é capaz de conquista-la. (Hebreus 10.35).

Não abandone sua confiança no Senhor, tenha fé e suas bênçãos Deus vai te dar. Entrega seu caminha ao Senhor, confia nEle e o mais ele fará.

Do livro de Josué Capítulo 14 tiramos as seguintes lições sobre a trajetória da vida de Calebe. 

Calebe é um personagem que não pode ser ignorado nas escrituras. 

Sua vida, tem muito a nos ensinar. No hebraico seu nome significa simplesmente escravo. As lições que o capítulo 14 de Josué pode nos ensinar são;

1) Nosso corpo pode deteriorar, pode envelhecer, adoecer, mas as promessas de Deus não. Jo.14.6. É preciso guardar as promessas de Deus, apesar dos anos passarem tão velozmente.

2)   Não é o tempo que diz que você está velho demais, mas quando seus olhos já não  vislumbram mais a luz do horizonte, é o sinal de  que a velhice chegou. João 14.7 8. Não permita que o envelhecimento do corpo   roube a luz de Deus em sua alma, em sua vida. Creia em Deus apesar das lutas, creia em Deus apesar dos anos.  Sempre creia no poder de Deus.

3) O fato de você estar vivo é uma demonstração de que Deus está te dando uma nova oportunidade todo dia para que você veja as realizações das promessas de Deus em sua vida. João 14.10. O tempo não pode roubar de nós o desejo de novas conquistas, o tempo não pode nos fazer esquecer das promessas de Deus. João 10.6.

4)   Não use as fragilidades do seu corpo como um obstáculo ou como um impedimento, mas creia na força e no poder que vem de Deus para te capacitar e você receberá a vitória em sua trajetória de vida. João 14.11,12. Mesmo aos 85 anos Calebe acreditava no cumprimento das promessas de Deus; mesmo que ele já tinha 85 anos, ainda restava forças para  ir aos campos de batalhas e lutar para vencer. 

A lição aqui é que podemos ser velhos em corpos de trinta anos, ou podemos ser novos em corpos de setenta anos; no caso de Calebe era 85 anos. Deus é capaz de cumprir as promessas que Ele nos fez. Que Deus lhe abençoe grandemente e te fortaleça. Que você tenha bons amigos e muita vitalidade; que você seja fortalecido no Senhor e na força do seu poder.

Vamos batalhar as guerras espirituais do Senhor Jesus e teremos vitórias. Jesus é o nosso melhor amigo.

Um amigo é aquele com o qual podemos contar nos momentos mais difíceis da nossa vida. Jesus nos deu o Espírito Santo para estar conosco e nos ajudar sempre, (João 14.16-17). Por amor Jesus nos passou a tarefa de anunciar a todos que Ele deseja sua amizade, (Mt 28.19-20).

“Já não vos chamareis mais, servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado de amigos, porque tudo quanto ouvi do meu Pai vos tenho feito conhecer”. (João 15:15).

Amigos são pessoas ligadas pela amizade. São pessoas com as quais temos simpatia, boas relações, apreciação, companheirismo. Amizade é sentimento com quem é amigo e por ela temos amor, dedicação e estima. Vivemos e precisamos ter amigos.

Jesus é nosso o melhor amigo. Lázaro, Maria e Marta desfrutaram da amizade de Jesus que nas oportunidades das idas e vindas a Jerusalém, entrava na Aldeia de Betânia para visitar seus amigos. Ele relacionava com amigos, destacamos os doze discípulos e dentre eles três mais chegados: Pedro, Tiago e João, eram os que mais andavam com Jesus. João tinha o costume de abraçar e encostar a cabeça no ombro de Jesus. Jesus viveu neste mundo com seus amigos discípulos que caminhavam, comiam juntos, oravam, cantavam e enquanto andavam pelas ruas e estradas aprendiam a Palavra de Deus conversando.

Podemos e devemos ser amigos de Jesus. Nós também temos que valorizar esta oportunidade de podermos ser amigos de Jesus, basta obedecer a sua palavra e fazer a sua vontade. Jesus disse que somos amigos dele: “Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando”, (João 15: 14). Disse mais que não nos chamaria mais de servos, mas de amigos. A maior prova de sua amizade é que Jesus deu a sua vida por nós e não há nada maior do que isto. Ele confiou em nós e podemos confiar nele porque é o nosso amigo e está próximo de nós.

Quando Jesus subiu ao céu e se despediu dos seus amigos mais chegados que eram seus apóstolos, suas última palavras foram: “Ide e fazei discípulos (amigos) de todas as nações, e eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos”, (Mateus 18: 18-20). Se você não conhece este amigo, saiba que Ele esta perto de você e podes conhecê-lO agora pela fé.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.