segunda-feira, 25 de novembro de 2024

JOSUÉ E CALEBE SERVIRAM A DEUS COM CORAGEM E SABEDORIA

JOSUÉ E CALEBE SERVIRAM A DEUS COM CORAGEM E SABEDORIA. 

O significado do nome Josué. Em primeiro lugar, é preciso ressaltar que o nome original de Josué dado por sua família era Oseias, que significa “salvação” (Número 13:8; Deuteronômio 32:44). Oseias é um nome que ocorre muitas vezes na tribo de Efraim (1 Crônicas 27:20; 2 Reis 17:1; Oseias 1:1). Moisés adicionou o nome divino e o chamou de Yehoshua, que significa “Jeová é salvação” (Números 13:16). Esse nome normalmente é transliterado para o português como “Josué” ou “Jesuá” (Neemias 3:19; 13:8). Ele possui a mesma forma grega do nome de Jesus, (Atos 7:45; Hebreus 4:8). Quando chegou o tempo de Josué, já velho, dissolver seu comando, ele reuniu todas as tribos de Israel. Em seu discurso de despedida, ele pediu que os filhos de Israel renovassem o compromisso de sua aliança com Deus. Ele também advertiu o povo a guardar os mandamentos do Senhor e a serem sempre fieis. (Josué 23:6). Josué morreu com 110 anos de idade, e foi sepultado em suas terras, perto de Timnate-Sera, que está no monte Efraim, ao norte do monte Gaás. (Josué 24:30). 
O exemplo de Josué. Josué pôde ver o poder de Deus desde o Egito, passando pelo período no deserto, até chegar, finalmente, na terra prometida em Canaã. A história de Josué e o seu exemplo como homem temente a Deus, certamente nos ensinam muitas lições. Alguns pontos que podemos destacar sobre esse notável homem de Deus são: Josué soube ser um excelente liderado quando esteve sob o comando de Moisés. Josué possuía todas as qualidades de um verdadeiro líder. Coragem era uma marca constante em sua vida. Josué foi corajoso desde sua juventude, ainda no início da peregrinação de Israel pelo deserto, até as grandes batalhas lideradas por ele em Canaã. Ele estava sempre atento às ordens de seu divino Comandante, Deus. Ele tinha consigo a nítida certeza de que seu sucesso na liderança daquele povo dependia completamente de sua obediência ao Senhor. Por mais inusitada que parecesse, Josué nunca questionou as ordens dadas por Deus. Suas estratégias sempre eram planejadas sob a direção da Palavra de Deus. Josué era um homem de palavra e que preservava a sua honra. Essa característica de seu caráter pode ser notada no cumprimento do acordo feito com Raabe. Josué foi um homem completamente devotado à Lei de Deus. A Palavra do Senhor era o que preenchia sua mente e coração. Ele era um líder respeitado pela nação de Israel e o povo confiava em suas decisões. Os israelitas podiam notar em sua vida a presença e a aprovação de Deus. O exemplo de sua conduta irrepreensível de temor e obediência a Deus, não se acabou com sua morte. A história de Josué continuou a influenciar o povo de Israel durante o período dos anciãos que ainda sobreviveram muito tempo depois dele. Josué também foi designado como o representante da tribo de Efraim para ser um dos doze espias que foram averiguar a terra de Canaã e seus habitantes, (Números 13:8-14). Após a missão de reconhecimento, dentre todos os espiões, apenas Josué e Calebe defenderam a ideia de que os israelitas deveriam prosseguir com a invasão de Canaã. Eles entenderam que a terra “era muito boa”. (Números 14:7). Naquela ocasião, Calebe era o mais velho e exercia maior liderança. Isso explica o fato de às vezes Calebe ser mencionado sozinho nessa conexão. Porém, o próprio contexto deixa claro a participação de Josué na missão de reconhecimento, e seu apoio às recomendações de Calebe. O comportamento de Josué e Calebe foi muito mais do que um relatório militar. Na verdade, foi uma nítida demonstração de confiança na promessa de Deus acerca daquela terra. Os outros dez espias incrédulos morreram de praga perante o Senhor, (Números 14:36-38). Josué foi oficialmente escolhido como sucessor de Moisés nas planícies próximas do Jordão. Quando Moisés entendeu que morreria antes de entrar em Canaã, ele separou Josué para ser o novo líder do povo de Israel, segundo a ordem do Senhor. A liderança de Josué foi coordenada com o sacerdócio de Eleazar, (Números 27:12-23; Deuteronômio 3:21-29). Moisés, solenemente, investiu honra e autoridade em Josué perante toda a congregação de Israel. Ele também impôs as mãos sobre ele e compartilhou o espírito de sabedoria de Deus para com Josué, (Deuteronômio 3:21-29). Publicamente Moisés advertiu Josué a ser corajoso e forte, para que ele pudesse cumprir a missão de levar Israel à terra que Deus havia prometido, (Deuteronômio 31:3-8). No mesmo capítulo do livro de Deuteronômio, lemos que quando Moisés e Josué se dirigiram à tenda da congregação, Deus comissionou Josué de forma direta para assumir a liderança de Moisés. (Deuteronômio 31:14-23). Mais tarde, já depois da morte de Moisés, Deus novamente repetiu as ordens dadas a Moisés, dando-as particularmente a Josué. Com isso Ele renovou suas promessas e o encorajou na véspera da invasão de Canaã. (Josué 1:1-9). A amizade entre Josué e Calebe é um exemplo de dois personagens na Bíblia que compartilharam aspectos muito especiais de suas respectivas responsabilidades diante de Deus, de Moisés e do povo Hebreu. Embora pertencentes a famílias e tribos diferentes, Josué era filho de Num e Calebe, de Jefoné, eles foram criados e ensinados nos princípios, leis, tradições e promessas do Deus criador do céu e da terra. Ambos conheciam, pelos relatos de seus pais e avós, as lindas histórias dos patriarcas e das circunstâncias pelas quais chegaram ao Egito. Ambos sofreram, a cada dia, os rigores do sol do deserto e o chicote opressor dos governantes do Egito. Porém, conheciam também e anelavam pelo cumprimento da promessa feita por Deus a respeito de uma terra prometida, uma terra de liberdade, que manava leite e mel. Ambos, envolvidos na rotina diária do barro, da palha e dos tijolos, pensavam nas antigas palavras do patriarca José, ditas a seus irmãos no leito de morte: “Eu morro, porém Deus certamente vos visitará e vos fará subir desta terra para a terra que jurou dar a Abraão, a Isaque e a Jacó”. (Genesis 50:24). Chegado o tempo, os tão sonhados se cumpriram e a longa espera estava no fim. Deus visitou Seu povo e os tirou com mão poderosa do Egito. Com profunda alegria, reverencia e prontidão, o povo de Israel saiu, como um só homem, rumo à terra prometida. Transcorreram os dias e, enquanto muitos se concentravam no leite e no mel de Canaã, tornando-se impacientes pela dureza do caminho, Josué e Calebe guardavam todos os prodígios de Deus em seu coração. Não deixavam de se maravilhar com o ocorrido no Egito e não paravam de se assombrar pela abertura do mar Vermelho; pela coluna de nuvem e de fogo e por todos os detalhes que manifestavam o amoroso cuidado de Deus por Seu povo e pela liderança firme de Moisés que ia adiante com a unção de Deus em sua vida. Quanto mais pensavam e conversavam sobre os feitos de Deus, maior certeza, segurança e confiança em Deus inundava seus corações e, embora transcorressem muito anos, para eles a posse da terra prometida era um fato irrefutável. Josué e Calebe foram dois amigos com uma mesma visão clara daquilo que Deus ordenara a Moisés para realizar que era a libertação do povo Hebreu da escravidão no Egito. A chegada na fronteira de Canaã, a terra prometida. Quando chegaram à fronteira com Canaã, Moisés enviou doze espias para reconhecerem a terra, e a Bíblia registra o seguinte: “Enviou-os, pois, Moisés a espiar a terra de Canaã; e disse-lhes: Subi ao Neguebe e penetrai nas montanhas. Vede a terra, que tal é, e o povo que nela habita, se é forte ou fraco, se poucos ou muitos. E qual é a terra em que habita, se boa ou má; e que tais são as cidades em que habita, se em arraiais, se em fortalezas. Também qual é a terra, se fértil ou estéril, se nela há matas ou não. Tende ânimo e trazei do fruto da terra”. (Números 13:17-20). Josué e Calebe, juntamente com os outros dez espias subiram, percorreram e reconheceram a terra, voltando depois de 40 dias. Os dois amigos ficaram cheios de emoção, otimismo e ansiedade para possuí-la. Tinham plena certeza e segurança que Deus lhes daria aquela terra. Ao voltarem para casa, tinham uma visão clara e perspicaz da fartura e abundância da terra, porém, sua mais clara e aguda visão era a de um Deus que absolutamente não lhes falharia. Um Deus tão forte que não falhara no Egito, nem no deserto e que não falharia agora. Assim sendo, Deus os sentenciou: “nenhum dos homens que, tendo visto a minha glória e os prodígios que fiz no Egito e no deserto, todavia, me puseram à prova já dez vezes e não obedeceram à minha voz, nenhum deles verá a terra que, com juramento, prometi a seus pais. Porém o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar a terra que espiou, e a sua descendência a possuirá”. (Números 14:22-24). Sem dúvida, a incredulidade faz com que percamos os presentes de Deus e todo o Israel foi condenado a morrer no deserto. Quarenta anos vagaram de um lugar a outro, sem poder desfrutar da terra prometida. Embora o texto somente mencione Calebe, é claro que se está referindo à atitude dos dois amigos, Josué e Calebe, pois ambos demonstraram possuir o mesmo espírito, ambos conheciam pessoalmente a Deus, compartilhavam do assombro diante dos maravilhosos e portentosos atos de Deus. Os dois amigos tinham visão clara das promessas de Deus e por isso tiveram direito de entrar na terra prometida, não apenas lhes dando a bênção, mas também a posse de uma grande herança, vida saudável, vigor para seguir conquistando novos desafios e longos anos de prosperidade. Se isso fosse pouco, Josué e Calebe estão registrados como os grandes homens de honra de Israel. Essa amizade foi prolongada sem fim na terra prometida. Foi esse o destino deles. 
Exemplo e peculiaridades da vida de Calebe. Calebe foi um personagem bíblico do Antigo Testamento que se destacou por sua coragem, fé e perseverança. Ele foi um dos doze espias enviados por Moisés para explorar a terra de Canaã, e foi um dos dois únicos espias que voltaram com um relatório positivo e encorajador, afirmando que a terra era boa e que Deus a entregaria nas mãos do povo de Israel. No entanto, o povo de Israel não acreditaram nas palavras de Calebe e de Josué, e como consequência, acabaram sendo condenados a vagar pelo deserto por quarenta anos. Até que toda a geração rebelde morresse. Mesmo assim, Calebe manteve sua fé em Deus e manteve fiel às suas promessas, e quando a nova geração estava pronta para entrar na terra prometida, ele liderou sua tribo, a tribo de Judá, na conquista de sua herança. Ao longo de sua vida, Calebe enfrentou muitos desafios, incluindo batalhas contra inimigos poderosos, mas sua fé em Deus nunca vacilou. Ele viveu até uma idade avançada e foi um exemplo de perseverança, coragem e confiança em Deus para as gerações seguintes. A história de Calebe é uma inspiração para todos aqueles que buscam viver uma vida de fé e coragem diante dos desafios da vida. Onde Calebe está citado na Bíblia? Calebe aparece em várias passagens da Bíblia, especialmente no Antigo Testamento. Aqui estão alguns exemplos: Números 13:6: “De Judá, Calebe, filho de Jefoné”. Números 13:30: “Então Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos contra ela”. Números 14:24: “Mas o meu servo Calebe, visto que nele houve outro espírito, e perseverou em seguir-me, eu o farei entrar na terra em que entrou, e sua descendência a possuirá”. Josué 14:6-15: Este capítulo inteiro conta a história de Calebe pedindo a Josué a terra que Deus havia prometido a ele e sua família. Juízes 1:20: “E deram Hebrom a Calebe, como Moisés tinha dito, e dali expulsou os três filhos de Anaque”. Detalhe: Os filhos de Anaque eram gigante. Salmo 85:1: “Ó Senhor, tens sido propiciado à tua terra; trazendo do cativeiro os cativos de Jacó”. Calebe é famoso na Bíblia por ser um dos dois espiões que desafiaram as objeções de Israel para conquistar Canaã e perseveram. Calebe esperou por 45 anos para ver a promessa de Deus se cumprir. Sua vida é um testemunho de fé e perseverança que nos ensina lições valiosas. A história e a vida de Calebe e as lições preciosas que podemos aprender com sua história de vida. 
Quem foi Calebe na Bíblia? Calebe era filho de Jefoné, um quenezeu (Números 32:12; Gênesis 15:19). Embora seu pai não fosse identificado, sua mãe era da tribo de Judá, o que o tornava um autêntico israelita. Calebe foi um homem de coragem, fé e perseverança. Calebe também foi um companheiro perseverante de Josué, quando foram enviados por Moisés para explorar a terra de Canaã, sendo um dos únicos dois espias que voltou com um relatório positivo e encorajador, afirmando que a terra era boa e que Deus a entregaria nas mãos do povo Hebreu. Deus nos incentiva a buscarmos amizades significativas, cuja base não apenas seja o amor e a aceitação, mas também uma experiência comum quanto aos princípios, a fé e a esperança em Deus. O princípio do fracasso é esquecer todas as maravilhas que Deus fez no passado e que segue fazendo no presente por nós. Nunca percamos a capacidade de assombro diante das grandes e das pequenas coisas que Deus opera em nosso favor, em nossas vidas todos os dias. Falemos delas, testemunhemos delas e reafirmemos nossa fé em Deus. Deus nos insta a termos uma visão clara de Seu caráter e de Seus propósitos para nossa vida a fim de sairmos com fé para conquistá-los. A lealdade e as nossas crenças e convicções são parte fundamental de um Deus fiel e verdadeiro que vive e reina para sempre e eternamente. Portanto, não devemos nos deixar ser absorvidos pela maioria, ainda que isso signifique impopularidade, desprezo ou qualquer tipo de preconceito, até mesmo a nossa integridade física. Deus é justo e premia abundantemente os que são fiéis ao Seu chamado. Deus espera, hoje, que os cristãos tenham um espírito diferente e se levantem para conquistar este mundo para Ele, evangelizando e ganhando almas para o Senhor Jesus. Nosso destino é a Canaã celestial. Avancemos, pois, com alegria e fé, cumprindo os requerimentos do supremo chamado que Deus nos fez. 
Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A HIPOCRISIA E O HIPÓCRITA

A HIPOCRISIA E O HIPÓCRITA 

O que é hipocrisia?  definição de hipocrisia: moralidade distorcida. Uma pessoa hipócrita é alguém que finge ter crenças, sentimentos, virtudes e ideias que não possui, com o objetivo de receber reconhecimento ou obter vantagens pessoais. Algumas características de uma pessoa hipócrita são: Não reconhecer as suas falhas, debilidades e pecados. Ter um ar de superioridade. Não admitir que os outros apontem as suas falhas. Inverter a situação para continuar a passar como inocente. Defender a moral, a generosidade, a justiça e o altruísmo, mas defender exclusivamente os seus próprios interesses. A hipocrisia pode perturbar os relacionamentos e a paz interior. Para lidar com pessoas hipócritas, é importante ter discernimento ao ouvir o que elas compartilham, pois elas distorcem os fatos. Conviver com a falsidade requer firmeza, tolerância, paciência e autocontrole. A Bíblia chama hipocrisia de pecado. A hipocrisia pode ser demonstrada de duas formas diferentes: a de professar a crença em algo e depois agir de maneira contrária a essa crença, e a de menosprezar os outros quando nós mesmos somos falhos. O profeta Isaías condenou a hipocrisia de seus dias: “O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu” (Isaías 29:13). Séculos depois, Jesus citou este versículo, visando a mesma condenação aos líderes religiosos de Sua época (Mateus 15:8-9). João Batista chamou as multidões insinceras vindo a ele para o batismo de uma "raça de víboras" e advertiu os hipócritas a "produzir frutos digno de arrependimento" (Lucas 3:7–9). Jesus tomou uma posição igualmente firme contra essa falsa devoção religiosa. Ele chamou hipócritas de “falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores” (Mateus 7:15), “sepulcros caiados” (Mateus 23:27), “serpentes” e “raça de víboras”, (Mateus 23:33). Não podemos dizer que amamos a Deus se não amamos nossos irmãos, (1 João 2:9). O amor deve ser "sem hipocrisia", (Romanos 12:9). Um hipócrita pode parecer justo por fora, mas é apenas uma fachada. A verdadeira justiça vem da transformação interior do Espírito Santo, não uma conformidade externa a um conjunto de regras, (Mateus 23:5; 2 Coríntios 3:8). 
“O hipócrita nunca vai aceitar ser considerado hipócrita, mas todos os seus atos, ações, projetos e promessas vão ser recheados de hipocrisia”. By. waldirpsouza. 
A chamada hipocrisia, que é uma palavra derivada do latim hypocrisis e do grego hupokrisis, sendo que ambos os termos trazem a ideia da representação de um ator, atuação, fingimento (no sentido artístico). Quem tem uma definição quase ou mais perfeita para hipocrisia é o professor do conceituado MIT (Massachussets Institute of Technology), Noam Chomsky, que afirma que a hipocrisia pode ser definida como “a recusa de aplicar a nós os mesmos valores que se aplicam aos outros”, conforme escreveu no texto “Distorted Morality”. Nesse texto ele nos mostra a realidade do caráter de quem não honra sua existência se passando por uma pessoa conceituada não o sendo na verdade. O autor revela nesse texto dele que “Distorted Morality", ou seja, “moralidade distorcida”, é exatamente o espelho de todo hipócrita. Interessante notar que Jesus, enquanto esteve neste mundo, teceu diversas críticas aos fariseus e aos doutores da lei, como podemos ler em Lucas 11:37-54, Lucas 20:45-47, Mateus 23:1-39, Marcos 12:35-37. E se analisarmos com cuidado estas críticas trazidas por Jesus, o foco principal delas era exatamente a questão da hipocrisia. Por exemplo, Jesus criticou o fato deles pregarem sobre Deus, mas converterem pessoas para uma religião morta, fazendo assim dos prosélitos duas vezes mais filhos do geena (inferno) do que eles próprios (Mateus 23:15). Em outra crítica, Jesus mostra como eles se apresentavam como justos por serem escrupulosos seguidores da Lei, mas na verdade não eram justos: a máscara de justiça escondia um mundo obscuro de pensamentos e atos indignos, como vemos em Mateus 23:27-28, “eram semelhantes aos sepulcros caiados (branqueados com cal), que por fora parecem realmente vistosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundície”. Quando leio essas passagens, a visão que me vem é a seguinte: Os fariseus e doutores da lei eram pessoas extremamente estudiosas das 613 Mitzvot, (Mitzvot é um termo hebraico que significa "mandamentos" ou "preceitos". Na tradição judaica, os 613 mitzvot são o conjunto de mandamentos que estão na Torá, os cinco livros de Moisés. A palavra mitzvá aparece mais de 180 vezes na Bíblia hebraica, pela primeira vez em Gênesis 26:5), ou seja, os mandamentos da Lei mosaica encontrados na Torá e na lei rabínica. Porém, usavam toda essa erudição e conhecimento teológico, não para a edificação do povo em geral, mas, muitas vezes apenas para jogar fardo e sentimento de culpa em um povo já bastante oprimido pela invasão romana, com seus altíssimos impostos e cerceamento de liberdades que chegou ao ápice com a destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C., e início da diáspora, a dispersão dos judeus pelo mundo. 
A hipocrisia à luz das Escrituras Sagradas. Qual é o significado de hipocrisia teologicamente? Hipocrisia é fingimento; é quando uma pessoa esconde sua verdadeira identidade atrás de uma máscara. A hipocrisia leva as pessoas a terem atitudes contraditórias, não praticando o que ensinam. Jesus condenou a hipocrisia. A pessoa hipócrita vive no engano e pratica o engano. O hipócrita é mentiroso e quer sempre convencer as pessoas que ele está certo e que os outros, mesmo que estejam certos, é que estão errados. 
A vida do hipócrita está cheia de contradições e mentiras entre aquilo que ensina e aquilo que faz. Sempre há contradições entre suas ações exteriores e seu coração. Sempre há contradições sobre o julgamento de si mesmo e o julgamento dos outros. A Lei de Deus e suas próprias regras. Jesus condenou os líderes religiosos de sua época. Os fariseus e os mestres da lei foram julgados por Jesus por serem hipócritas. Por fora, eles pareciam ser pessoas muito espirituais, porque seguiam todas as regras do judaísmo à risca mas, por dentro, eles não eram verdadeiramente dedicados a Deus (Mateus 23:27-28). Eles seguiam as regras mas não por amor a Deus. Por isso, sua religiosidade era oca, era cheia de hipocrisia. Os fariseus tinham criado várias regras desnecessárias ou que contradiziam a palavra de Deus. Ao seguirem essas regras, eles achavam que estavam obedecendo a Deus, mas na verdade estavam ignorando Seus mandamentos, (Mateus 23:23-24). Eles, com suas regras e contradições, enganavam a si mesmos. Alguns fariseus se achavam superiores a outras pessoas, por seguirem todas as suas regras ou ensinamentos judaizantes. Eles não reconheciam que eles também eram pecadores que precisavam de perdão, tal como as pessoas que desprezavam. Eles exigiam que todos obedecessem a todas as regras (humanas e divinas), quando eles próprios não conseguiam fazer isso, eles não conseguiam seguir todas as suas próprias regras. Mateus 23:2-4. 
Quem eram os fariseus e quem eram os saduceus? Ambos precisavam tirar as máscaras da hipocrisia do fundamentalismo religioso. 
Como combater a hipocrisia? É muito fácil cair na hipocrisia. Quase todas as pessoas caem nesse erro em alguma situação. Por isso, é importante reconhecer a hipocrisia e procurar mudar suas atitudes relacionadas à erros grotescos de suas doutrinas e de seus ensinamentos. O primeiro passo para combater a hipocrisia é admitir suas próprias falhas. Todas as religiões teem suas virtudes e seus erros. Quando você tenta esconder seus erros, você entra em hipocrisia, enganando a si mesmo e enganando os outros também. (1 João 1:8-9). A honestidade é o melhor remédio para a hipocrisia. Mas, reconhecimento sem arrependimento é inútil. Procure mudar aquilo que está errado em sua vida. Para isso, peça a ajuda de Deus. Cultive uma atitude humilde. A arrogância e o sentimento de superioridade são sinais de hipocrisia. Mas quem tem humildade tem uma visão equilibrada de si mesmo e dos outros. Com a necessária humildade se vence a hipocrisia. Acima de tudo, tenha amor de verdade. Muita hipocrisia vem por medo do que outras pessoas vão pensar se virem quem você realmente é. O amor afasta o medo (1 João 4:18). Quem ama seus irmãos não os quer enganar nem sente necessidade de se mostrar superior. O amor é a cura para muitos males, incluindo a hipocrisia. Referências bíblicas que nos trazem muitas reflexões sobre a hipocrisia. 
1. A falsa cordialidade dos hipócritas, Sl 28.3. 
2. A falsa humildade do hipócrita, Cl 2.18. 
3. A hipocrisia de faraó endureceu o seu coração, Ex 9.27.
4. A hipocrisia de Herodes levou ele a condenar a Jesus. Mt 2.7,8,13. 
5. A idolatria do hipócrita engana a ele e faz ele enganar os outros, Ez 14.4. 
6. A jactância do hipócrita faz ele lutar em vão, Os 12.8. 7. A oração do hipócrita exalta a si mesmo e não chega ao trono da graça de Deus, Sl 80.4; 109.7; Pv 28.9. 
8. A piedade do hipócrita é apenas aparente, 2 Tm 3.5. 9. A religiosidade do hipócrita é apenas aparente, Pv 27.14; Sf 1.5. 
10. A súplica do hipócrita não chega a lugar nenhum, Mt 7.21-23. 
11. A verdadeira sabedoria não aceita hipocrisia, Tg 3.17. 
12. Homens hipócritas querem que os outros também sejam hipócritas, Mt 11.16,17. 
13. Jó foi acusado de ser hipócrita e no entanto quem eram os hipócritas eram seus acusadores, Jó 4.1-5; 11.4-6. 
14. Líderes religiosos, sacerdotes e fariseus hipócritas sempre existiram, Mq 3.11; Mt 15.7-9; 21.31,32; 23.1-3; Lc 11.45-54; Mc 12.15,16. 
15. O arrependimento do hipócrita causa efeitos contrários, Ml 2.13. 
16. O beijo do hipócrita é traidor, Pv 27.6. 
17. O castigo do hipócrita é evidente, Ez 16.56,57. 
18. O clamor do hipócrita não tem resposta. Is 58.1,2. 19. O coração do hipócrita é enganoso, Dt 11.6. 
20. O hipócrita anda em trevas mas diz que está na luz, 1 Jo 1.5-7. 
21. O hipócrita é condenado por sua própria boca, Jó 15.6; Ez 33.31. 
22. O hipócrita é limpo por fora e imundo por dentro, é como um sepulcro caiado, Mt 23.35-38. 
23. O hipócrita é semelhante ao assassino, Mt 23.29-32. 
24. O hipócrita fala uma coisa e faz outra, Sl 55.21; 62.4. 
25. O hipócrita não escapará da condenação do inferno, Mt 23.33. 
26. O hipócrita se sente mais santo que as demais pessoas, Is 65.4,5. 
27. O hipócrita tem bondade nos lábios e maldade no coração, Pv 26.24-26; 2 Cr 25.2. 
28. O jejum do hipócrita não é para mortificar e santificar a sua própria carne, mas para parecer que é mais santo do que os outros, Is 58.4,5; Zc 7.1-6. 
29. O juramento do hipócrita não tem valor algum, Is 48.1,2; Jr 5.1,2. 
30. O rosto do hipócrita aparenta piedade porém seu coração está cheio de maldade, Mt 6.16-18. 
31. Os lábios do hipócrita destilam o veneno de toda a sua hipocrisia, Pv 26.23; Tg 1.26; Mc 7.6. 
32. A hipocrisia dos lideres religiosos de hoje e de todos os tempos e representada nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse. 
33. O hipócrita será lançado no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte. Apocalipse 21:8-13. "Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos, o lugar deles será no lago de fogo que arde com enxofre. Esta é a segunda morte". 
Será que dá para entender o hipócrita? Claro que não, o hipócrita é cheio do espirito de engano. O hipócrita sempre será hipócrita a não ser que aceite Jesus Cristo de verdade e mude suas atitudes, seus comportamentos, nasça de novo e viva em novidade de vida. Rm. 12.1-2. 
Tome cuidado para você nunca ser um hipócrita e nem ser confundido como um eles. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

O DOM DA VIDA SÓ É DADO POR DEUS

O DOM DA VIDA SÓ É DADO POR DEUS. 

Na Bíblia, o fôlego de vida significa que Deus deu a capacidade de respirar aos seres humanos, tornando-os seres vivos, alma vivente. A passagem bíblica que menciona o fôlego de vida está em Gênesis 2:7, que diz: "E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente". O espírito humano é a parte imaterial do homem. A Bíblia diz que o espírito humano é o próprio sopro do Deus Todo-Poderoso que foi soprado no homem no início da criação de Deus: "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente", (Gênesis 2:7). É o espírito humano que nos dá a consciência de nós mesmos e de outras, embora limitadas, qualidades que se "espelham em Deus". O espírito humano inclui o nosso intelecto, emoções, medos, paixões e criatividade. É esse espírito que nos dá a capacidade única de compreender e entender, (Jó 32:8, 18). As palavras espírito e sopro são traduções da palavra hebraica “neshamah” e da palavra grega “pneuma”. As palavras significam "forte rajada de vento ou inspiração". Neshamah é a fonte da vida que vitaliza a humanidade, (Jó 33:4). É o intangível, invisível espírito humano que governa a existência mental e emocional do homem. O apóstolo Paulo disse: "Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem que nele está? assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o Espírito de Deus", (1 Coríntios 2:11). Com a morte, o "espírito volta a Deus que o deu", (Eclesiastes 12:7; ver também Jó 34:14-15 e Salmo 104:29-30). A explicação aqui é bem clara, o espírito referido nestes versículos é o espírito do homem, escrito com “e" minúsculo. Todo ser humano tem um espírito que é distinto do "espírito", ou vida, de animais. Os animais têm uma “nephesh” (Gênesis 1:20), mas os seres humanos têm uma “neshamah”. Deus fez o homem diferente dos animais por ter nos criado "à imagem e semelhança de Deus", (Gênesis 1:26-27). Portanto, o homem é capaz de pensar, sentir, amar, projetar, criar e desfrutar de música, humor e arte. E é por causa do espírito humano que temos um "livre-arbítrio" que nenhuma outra criatura na terra tem. 1Tessalonicenses 5:23 nos diz: O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo. O espírito humano foi danificado na queda. Quando Adão pecou, a sua capacidade de comunhão com Deus foi quebrada; ele não morreu fisicamente naquele dia, mas morreu espiritualmente. Desde então, o espírito humano tem sofrido os efeitos da queda. Antes da salvação, uma pessoa é caracterizada como espiritualmente "morta", (Efésios 2:1-5; Colossenses 2:13). O relacionamento com Cristo revitaliza os nossos espíritos e nos renova a cada dia, (2 Coríntios 4:16). Curiosamente, assim como o espírito humano foi divinamente inspirado no primeiro homem, assim também o Espírito Santo foi soprado aos primeiros discípulos em João 20:22: "E havendo dito isso, assoprou sobre eles, e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo", (João 20:22, Atos 2:38). Adão foi feito vivo pelo sopro de Deus e nós, como "novas criaturas" em Cristo, somos feitos espiritualmente vivos pelo "sopro de Deus", o Espírito Santo, (2 Coríntios 5:17, João 3:3, Romanos 6:4). Após a aceitação de Jesus Cristo, o Espírito Santo de Deus se une com o nosso próprio espírito de maneiras que não podemos compreender. O apóstolo João disse: "Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele em nós: por ele nos ter dado do seu Espírito", (1 João 4:13). Quando permitimos que o Espírito de Deus lidere as nossas vidas, o "Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus", (Romanos 8:16). Como filhos de Deus, não somos mais liderados por nosso próprio espírito, mas pelo Espírito Santo de Deus, o qual nos conduz à vida eterna. Sobre o dom da Vida, Marcos 8:37-38 nós diz: “Ou que daria o homem pelo resgate da sua alma? Porquanto, qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos”. Atos 11:18 nos diz: “E, ouvindo estas coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”. Romanos 6:8-11 nos diz: “Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos; Sabemos que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado, mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus nosso Senhor”. A vida é um presente de Deus. É Ele quem dá sentido para os seres humanos, os animais e as plantas, todos seres vivos. Em tudo que se olha, existe um pouco de Deus. Na beleza da flora, no encanto dos animaizinhos e dos grandes animais que a natureza presenteou, nas alegrias da pessoa humana, Deus está presente. Estar vivo é estar presente no amor de um Deus que é todo poderoso. É um Deus que transcende pedras, papéis, coisas. Deus é espírito. Deus é luz. Deus é alma. Deus é um ser de encantos. Sem Deus, nada existe. Ele, de fato, e de direito, dá sentido ao existir desta realidade temporal. Mesmo os seres vivos sem saber, sem a inteligência, toda a natureza sente a presença de Deus. A pessoa humana sente Deus no sorriso de um pequenino outro ser humano, nas boas ações, nos bons sentimentos, em tudo que traz vida está Deus. Não existem limites para desenhar e pintar o quadro de Deus. Nos trabalhos realizados por um grupo de formigas e outro grupo de abelhas, na luta diária por sobrevivência no meio ambiente, está a mão poderosa de Deus. Ele está em todos os cantos da existência. Ele transcende o olhar da carne, o entendimento das mentes e os gostos dos paladares. Sentir Deus nesta vida, é viver bem. É difícil entender como tantos seres humanos cultuam as misérias daquilo que levam pessoas a dar mais sentido das mortes do que o dom da vida a nós concedido gratuitamente por Deus. Viver é um bem precioso que merece ser acolhido com todo zelo. Não matar, não cometer suicídio, deveriam ser duas regras básicas de convivências em sociedade. Entretanto, o que se sente é que a vida está sendo assassinada pela ignorância humana que não respeita os seus limites e o que eles representam para todo um mundo conturbado pelo pecado. É necessário que toda a natureza agradeça ao bom Deus por fazer parte deste grande espaço de convivências que é esta realidade temporal aqui da terra. É certo que os seres vivos sem inteligência agradecem sempre com os seus gestos, atos, atitudes e serviços para com este ouro eterno que é o dom da vida. Se a vida é um presente de Deus para esta realidade do ser humano, o planeta terra precisa aprender a agradecer a Deus e a viver bem enquanto aqui estiver. Não pode tão especial presente ser ignorado pelo ser humano. Guerras, fomes, mentiras, rumores de guerras e tantas outras misérias humanas, não podem ser aceitas na realidade desta geração. Toda forma de morte, que diverge da vida, precisa ser, duramente combatida. Não pode ser acolhida. Preservar todo o sentido da vida e cuidar da saúde humana, assim como tantos outros atos em defesa da vida precisam, com força, de respostas imediatas. Ser contrário a toda e qualquer forma de mortes, é uma bandeira que esta humanidade, nos quatro cantos do planeta terra precisa defender e valorizar. A pessoa humana, único ser com inteligência, precisa ser exemplo para a própria natureza. Tudo o que dá sentido a vida, tudo o que traz vida, tudo o que é bom, tudo o que faz bem a alma, ao espírito, ao coração, a mente humana e aos sentimentos do bem, são regras que obrigatoriamente precisam ser cumpridas em sua totalidade sem mais ou menos e sem divergências. Algo precisa unir toda esta vida e todos devemos defender o sentido da vida. Os evangelhos são um exemplo de quanto o Senhor Jesus defendeu a vida e realizou tantos milagres, até a ressurreição de mortos, para nós demonstrar o sentido da vida. Para os que vivem pela fé, Deus é vida. Para os que não acreditam na fé, a vida é uma necessidade e a morte é a conclusão de uma vida. Enfim, é a vida quem une, ou ao menos deveria unir, todo o planeta terra numa arca em cujo comando está o Espírito Santo, mas só fica nesta embarcação quem quiser servir a Deus com gratidão. Quem não defende a vida, com toda a sua plenitude, cultua a morte. A pessoa poderá ver o sentido da vida na crença, na fé, na religião por meio dos ensinamentos bíblicos. O Cristianismo e tantas outras religiões são demonstrações de que o ser humano precisa acreditar em um Deus além da vida, ou seja precisa acreditar na eternidade. Na eternidade só existem dois caminhos, um que leva a vida eterna com Deus e o outro que leva para a perdição eterna sem Deus. O que importa para a pessoa humana é que cada uma viva bem, intensamente, sem se prejudicar ou sem prejudicar o próximo. A vida de cada ser humano é um momento único para cada um. Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”, (João 11.25). Essa esperança não apenas vai tocar a eternidade, mas você já pode desfrutar o melhor dela hoje e agora. Deus nos criou para o louvor da glória dEle, para termos intimidade com Ele, mas essa comunhão foi quebrada e destruída quando o homem pecou. O pecado é fruto da queda do homem, e o que Jesus veio fazer na terra não foi exatamente arrancar esse fruto, mas mudar a natureza do ser humano para que cada um tenha a oportunidade de ser salvo em nome de Jesus, aceitando-o como seu único e suficiente Senhor e salvador de sua vida. É como um limoeiro: não adianta arrancar os frutos, porque a árvore continuará produzindo limões, mas, se você cortar a raiz dela e enxertar um ramo de laranja, passará a produzir laranjas bem docinhas. Jesus veio para trazer mudança. A fé cristã não é a mudança de uma placa religiosa de qualquer igreja pois não é a religião que liga o homem a Deus, e, sim, a obra de Jesus na cruz é que conduz o homem aos seus pés. Quando contemplamos essa verdade, a mudança certa chega na vida de cada um. A Bíblia diz em Romanos 6.23: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. O salário é a recompensa do trabalhador, que após um mês de trabalho, o trabalhador recebe sua recompensa. Assim também é o pecado. Ele cobra um salário, que é a morte. Mas o que Jesus fez? Pagou o salário do pecado para todos nós. A morte de Jesus na cruz foi exatamente para pagar toda a dívida da humanidade. Não tínhamos nenhuma condição de pagar, mas Jesus assumiu o castigo que era destinado a nós. Por isso, o homem pode ser perdoado, pode ser salvo e reconciliado com Deus. Quando uma pessoa aceita essa verdade, entende que Jesus é quem salvou a humanidade. Ela passa a desfrutar a paz em seus dias na terra e adquire uma certeza chamada “vida eterna”. Então, creia: o salário do pecado é a morte, mas Jesus assumiu em nosso lugar para que pudéssemos ter vida, perdão e escrever o nosso nome no livro da eternidade, o livro da vida. Que você possa vivenciar esta promessa e desfrutar das maravilhosas bênçãos de Deus em sua vida. 
Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

A NECESSÁRIA OBEDIÊNCIA AO SENHOR

A NECESSÁRIA OBEDIÊNCIA AO SENHOR 


Jesus nos chama para uma vida de obediência como Ele mesmo foi obediente ao Pai, (Filipenses 2:8). Obediência é abrir mão da nossa vontade pessoal para fazer a vontade do Pai em nossa vida. Para que isso aconteça é necessário conhecer ao Senhor e confiar que o que Ele faz é sempre o melhor para nós.

Exemplos da importância da obediência a Deus.

A obediência é um dos assuntos mais importantes na Bíblia. Obedecer a Deus implica colocar nossa fé totalmente nEle. Jesus nos chama para uma vida de obediência como Ele mesmo foi obediente ao Pai, (Filipenses 2:8).

Obediência é abrir mão da nossa vontade pessoal para fazer a vontade soberana e sobrenatural do Pai em nossa vida. Para que isso aconteça é necessário conhecer ao Senhor e confiar que o que Ele faz é sempre o melhor para nós. Isso é chave para o nosso crescimento e amadurecimento espiritual, (Salmos 37:5).

Benefícios da obediência a Deus.

Em primeiro lugar, a base para obediência deve ser o amor ao Senhor. Considerando o que Ele fez por nós, pois nos amou primeiro, sendo ainda nós pecadores, (1 João 4:19; Romanos 5:8). 

No entanto, a obediência traz consequências práticas para aqueles que obedecem. Vida longa, ser bem-sucedido são algumas delas.

Situações em que as pessoas colocaram sua obediência só Senhor em ação.

A obediência a Deus nos deixa prudentes e fortes, (Mateus 7:24).

A obediência a Deus deixa legado, (Romanos 16:19).

A obediência a Deus nos torna diferentes no agir e ser, (Filipenses 2:12-15).

Somos abençoados por causa da obediência de Abraão, (Gênesis 22:18).

Tem uma promessa para quem obedece a Deus, (Isaías 1:19).

A obediência traz bênçãos para nossa vida, (Deuteronômio 11:13-14).

Consequências da desobediência a Deus.

Temos a história de Adão e Eva que nos mostra sobre a desobediência a Deus, (Gênesis 3:1-3). Percebemos que desobedecer não agrada a Deus e é algo muito sério. Eles ouviram a voz da serpente que os enganou, (Gênesis 3:5). Aqui vemos a primeira consequência da desobediência a Deus: perda da intimidade com Deus, vergonha, medo.

Maus e péssimos exemplos de desobediência a Deus.

Deus rejeitou a Saul depois de Saul desobedecê-lo, (1 Samuel 16:14).

Recomendação de Paulo quanto aos que não obedecem a Deus, (2 Tessalonicenses 3:14).

Haverá castigo por não obedecer ao evangelho do Senhor Jesus, (2 Tessalonicenses 1:8).

O profeta que não obedeceu a Deus foi ferido (e morto) por um leão, (1 Reis 20:36).

A falta de obediência a Deus trouxe muita destruição a Israel, (Deuteronômio 8:20).

O preço da desobediência de um profeta de Deus, (Jonas 1:3-4).

Também temos bons exemplos bíblicos de obediência e sua recompensa.

Noé: “Noé fez tudo exatamente como Deus lhe tinha ordenado”. (Gênesis 6:22).

Abraão: “esteja certo de que o abençoarei e farei seus descendentes tão numerosos como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar. Sua descendência conquistará as cidades dos que lhe forem inimigos e, por meio dela, todos povos da terra serão abençoados, porque você me obedeceu”. (Gênesis 22:17-18).

Sadraque, Mesaque e Abede-Nego: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: "Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei”. (Daniel 3:16-17).

Pedro: “Pedro e os outros apóstolos responderam: É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens”. (Atos dos Apóstolos 5:29).

Ezequias: “Ele se apegou ao Senhor e não deixou de segui-lo; obedeceu aos mandamentos que o Senhor tinha dado a Moisés”. (2 Reis 18:6). Obedeceu a Deus e foi curado, Isaías 38.

Paulo: "Assim, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial”. (Atos dos Apóstolos 26:19).

Josué: “Somente não sejam rebeldes contra o Senhor. E não tenham medo do povo da terra, porque nós os devoraremos como se fossem pão. A proteção deles se foi, mas o Senhor está conosco. Não tenham medo deles”. (Números 14:9).

Davi: “Pois Davi fizera o que o Senhor aprova e não deixara de obedecer a nenhum dos mandamentos do Senhor durante todos os dias da sua vida, exceto no caso de Urias, o hitita”. (1 Reis 15:5).

Maria: “Respondeu Maria: "Sou serva do Senhor; que aconteça comigo conforme a tua palavra”. (Lucas 1:38).

Jesus: “E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz”. (Filipenses 2:8).

Você deseja que o impossível e o sobrenatural de Deus aconteça na sua vida?

Isto só é possível para aqueles que são obedientes aos propósitos de Deus.

Na Bíblia, há vários versículos que mencionam que Deus realiza o que é possível e o impossível para os que lhe são obedientes, como por exemplo: 

Mateus 19:26: "Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis".

Lucas 1:37: "Sim, porque para Deus nada é impossível".

Lucas 18:27-28: "As coisas que são impossíveis aos homens são possíveis a Deus".

Jó 23:13: "Deus faz o que quer; quando ele decide fazer alguma coisa, ninguém pode impedir”.

O que realmente agrada ao Senhor é nossa obediência. Obedecer  Sua Palavra, obedecer Sua voz. Tudo isso nos faz ter um relacionamento íntimo com Ele. Deus valoriza a nossa obediência e a nossa fidelidade para com Ele.

Obedecer é a maior prova de amor que podemos dar ao Senhor: “Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele” (João 14:21).

Obedecer a Deus é amá-lo e amá-lo é obedecer de corpo, alma e espírito.

Quem obedece a Deus tem prazer em fazer a Sua vontade. Quem obedece a demonstra o seu amor a Deus com seus atos. Quem ama e obedece a Deus tem um crescimento diferenciado diante de Deus por sua intimidade com o Espírito Santo de Deus.

Uma das coisas que atrapalham o nosso avanço e a continuidade do nosso crescimento diante de Deus é achar que já estamos fazendo o suficiente para demonstrar nossa plena dependência de Deus. 

O nosso alvo é ser elevado a intensidade que Jesus tinha. Quem determina a intensidade somos nós, afinal, estamos em um processo de libertação constante. O ritmo do nosso crescimento espiritual está conosco. A nossa intensidade determina o nosso aumento e crescimento.

Precisamos nos julgar se é realmente o caminho de Deus que estamos trilhando em nossa vida. Não seja tolo, procure entender a vontade do Senhor. Precisamos entender a vontade de Deus para que venhamos a responder. É possível se inclinar para carne e para o espírito, e quem decide isso é você.

Quando uma pessoa deixa de obedecer o plano e o propósito que Deus tem para a sua vida, ela está se inclinando para a carne.

Muitos de nós não estamos terminando os dias completos, porque não estamos nos inclinando para o Espírito Santo de Deus em todo momento. A inclinação para a carne coloca você no ambiente em que as coisas não funcionam, em que não há luz. Mas a inclinação para o Espírito Santo coloca você no ambiente de paz.

João 4.34. Disse-lhes Jesus: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e completar a sua obra.

Quando Jesus fala sobre comida, Jesus estava falando sobre uma satisfação, um apetite.

Onde está o nosso nível de satisfação em fazer a vontade de Deus? Quando não fazemos por obrigação.

Procure alcançar a fome que Jesus tinha como um alvo. Que aquilo que Deus quer, queiramos também.  O inclinar é a tua escolha com ação. Inclinar para as coisas de Deus é escolher com ações correspondentes. E qualquer crente é forte para resolver tomar essa decisão, porque o pecado já não nos domina ,mais.

A inclinação do espírito dá para a vida e paz, é como se fosse uma coroação para uma escolha correta.

Sabemos que um abismo chama outro abismo. Se você inclina para a carne, você vai para outro nível. Mas se você inclina para a glória, você vai para outro nível também. Quando participamos das coisas de Deus, coisas vão saindo de nós. Uma glória chama outra glória.

Santidade é o forte e intenso desejo de fazer o que Deus disse que sim. 

Concupiscência é o forte e intenso desejo de fazer o que Deus disse que não.

No momento em que você alinhar a tua consagração com os teus pés, aí sim a sua inclinação será completa.

Deus não escraviza ninguém, mas se Ele tiver a sua consagração, Ele vai ter domínio sobre você. Ele vai exercer uma força sobre você tanto no querer como no realizar. Lembre-se: Uma glória chama outra glória. Comece do ponto onde você está.

Nunca diga não a uma oportunidade. Dê de graça o que de graça você recebeu. Se você não faz nada com o que Deus falou, aquilo pára.

Não deixe permanecer o que não prestou em sua vida. Mesmo você fazendo o certo com as motivações erradas, pessoas vão ser abençoadas. Mas você corre um grande risco de não ser abençoado.

“Verdade é que alguns pregam a Cristo até por inveja e contenda, mas outros o fazem de boa mente; estes por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho; mas aqueles por contenda anunciam a Cristo, não sinceramente, julgando suscitar aflição às minhas prisões. Mas que importa? contanto que, de toda maneira, ou por pretexto ou de verdade, Cristo seja anunciado, nisto me regozijo, sim, e me regozijarei;” (Filipenses 15-18).

É possível pregar o evangelho com a motivação errada?

Deus não tem prazer nos que retrocedem. Já que vai fazer, faça com o sentimento certo.

É possível ficar com vangloria com aquilo que a gente faz. Nunca consinta com esse sentimento. Faça, mas não deixe a vangloria se instalar. Cada um é bom no que Deus chamou.

“Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros”. (Romanos, 12.4-5).

É provável que você seja muito bom no que você faz, mas o seu irmão é muito bom também naquilo que ele faz. Não pense de você mesmo além do que convém. Devemos honrar uns aos outros.

Você não agrada a Deus sendo um juiz. Cada um deve entender o dom que tem, e se esmerar nisso.

Quando alguém coloca todo o coração, toda a força, todo o entendimento em algo que faz para Deus, Ele se agrada.

Não se prejudique julgando os outros. Cada um tem seu próprio dom, e cada um age no grau da fé que possui.

Hebreus 4:12-13.

12. Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.

13. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza. 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


segunda-feira, 28 de outubro de 2024

FUGINDO DAS IMORALIDADES SEXUAIS

FUGINDO DAS IMORALIDADES SEXUAIS 

Por que Deus odeia a imoralidade sexual? Porque de alguma forma o pecado sexual é mais grave do que outras formas de rebelião. Em 1 Coríntios 6.18, lemos essas palavras surpreendentes: “Qualquer outro pecado que uma pessoa cometer é fora do corpo; mas aquele que pratica a imoralidade peca contra o próprio corpo.” Os estudiosos da Bíblia debatem o significado das palavras, mas isso é muito claro: o pecado sexual debocha da união física e espiritual presente no relacionamento sexual. Como a Bíblia aponta, “no ensino de Paulo, a união física envolvida na imoralidade sexual tem consequências especiais porque interfere na nossa identidade cristã como pessoas que foram unidas a Cristo através do Espírito Santo”. Aqueles que estão unidos a Cristo não podem estar unidos a uma prostituta ou qualquer outra pessoa com a qual não estejam casados. O pecado sexual degrada e abusa do corpo que Deus utiliza como seu templo. “Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo.” (1 Coríntios 6.19-20). É importante ressaltar a linguagem similar que Paulo usa para descrever a idolatria e a imoralidade sexual. Ambos são sinais de profunda rebelião contra Deus. Julgamento de Deus sobre os devassos, perversos e imorais. Deus é perfeitamente claro em seu julgamento sobre a imoralidade sexual. Grande parte do primeiro capítulo de Romanos 1 é dedicado a provar que o julgamento de Deus cai sobre aqueles que cometem o pecado sexual e que, ao longo do tempo, caem mais e mais nesse erro. “Conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem.” (Romanos 1.32). Na verdade, Paulo chega a afirmar que o aumento do pecado sexual é a própria forma de julgamento através da qual Deus deixa as pessoas mais perdidas em seus pecados. 1 Coríntios 6.9 insiste que nem os devassos, nem os homossexuais verão o céu, o que se repete em Gálatas 5.19-21, Efésios 5.5 e Apocalipse 22.15. O autor da carta aos Hebreus demanda, “Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.” (Hebreus 13.4). Aqueles que cometem imoralidade sexual enfrentarão o julgamento justo e eterno de Deus. Existe esperança para os imorais sexuais? No entanto, há esperança, mesmo para os devassos. Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo discute o propósito da lei de Deus e diz que a lei foi dada para “impuros, sodomitas, raptores de homens”, (1.10). Deus provê libertação para todos os pecadores que se arrependerem dando graciosamente o perdão para os que confessarem seus pecados, seus desejos pelo pecado, e sua incapacidade de parar de pecar. Mas, é claro, a lei não era suficiente, então Paulo muda imediatamente da completude da lei para a bondade do evangelho, para o que ele se refere como “o evangelho da glória do Deus bendito”. O evangelho insiste que nenhum de nós está além da redenção, nenhum de nós está além da salvação, se nos voltarmos para Cristo e seu perdão. “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal”, (1.15). Não há pecador inalcançável à sua graça. “Fugi da impureza”, diz Paulo (1 Coríntios 6.18). Devemos fugir desse pecado e, por meio do evangelho, nós podemos. Qualquer que quiser ser amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus. Tiago 4:4-7. 4. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. 5. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes? 6. Antes, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos, dá, porém, graça aos humildes. 7. Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Fuja do mal e da sua aparência. O mal existe desde que o pecado entrou no mundo. Ele foi introduzido pelo Diabo e até hoje subsiste, sob muitas formas e, lamentavelmente os homens nem percebem a sua extensão e profundidade. A Bíblia aconselha não só contra o envolvimento com o mal, mas a fuga da sua aparência, pois o homem não foi criado para o mal e sim, para o bem. Infelizmente a natureza humana é muito inclinada para o mal e, quando não se quer obedecer a Deus, o mal encontra oportunidade para atuar na vida de qualquer um ser humano desprovido da presença de Deus. Tenho dito reiteradas vezes que o homem sem Deus é capaz de praticar qualquer mal sem que ele perceba a sua gravidade. Há na Bíblia muitos exemplos de homens e mulheres que se autodestruíram por não fugirem do mal, ou seja, deliberadamente se deram, se entregaram ao pecado. Ora, Paulo com muita convicção afirma veementemente que o salário do pecado é a morte, (Rm 6.23). Então, entendemos perfeitamente que o mal destrói grandemente a vida, prejudica ou rouba fatalmente a felicidade. A Bíblia aconselha a fugir da aparência do pecado: “Fugi de toda a aparência do mal”. (1 ts.5.22). Interessante, a recomendação não é só para fugir do mal, mas de toda a aparência do mal. Tomando o mal como o próprio diabo, a recomendação bíblica é que devemos resisti-lo firme na fé e ele fugirá de vós. (Tg 4.7). O mundo de hoje parece que virou de cabeça para baixo, tudo o que era certo agora é considerado errado e tudo o que era considerado errado agora é considerado certo. Mas o cristão de verdade, que conhece a Verdade, respeita e aceita os ensinamentos conservadores da Bíblia que é a palavra de Deus. Em todas as áreas da vida vamos encontrar coisas comportamentais com limitações e outras sem limites, mas os nossos limites como Cristãos e servos do Senhor Jesus, devemos atentar para os princípios e valores Cristãos que norteiam a nossa fé. Quem faz assim sempre será vencedor em nome de Jesus. Vamos aos assuntos principais do tema da postagem de hoje. Existem muitas formas de imoralidades sexuais. Sendo uma prática sexual fora do padrão estabelecido por Deus, a imoralidade sexual é pecado. Vejamos algumas formas de imoralidades sexuais descritas na Bíblia: Adultério: Relação sexual fora do casamento ou com alguém casado. Levíticos 18:20; Provérbios 6:32; Romanos 2:22. Fornicação: Relação sexual antes do casamento. Êxodo 22:16; 1 Tessalonicenses 4:3. Prostituição: Relação sexual em troca de benefício pessoal ou valor financeiro. Levíticos 19:29; 1 Coríntios 6:15; Hebreus 13:4. Estupro: Relação sexual forçada sem o consentimento da outra pessoa. Deuteronômio 22:25-29. Homossexualidade: Relação sexual com uma pessoa do mesmo sexo, aí está incluso também o lesbianismo. Levíticos 18:22; Levíticos 20:13; Romanos 1:27; 16:9. Incesto: Relação sexual com familiares próximos: Levíticos 18:6-17; Levítico 20:19. Bestialidade: É uma forma de pecados e relação sexual com animais. Êxodo 22:19; Levíticos 18:23; Levítico 20:16; Deuteronômio 27:21. Pornografia: Tome cuidado com a pornografia, Satanás tem usado essa "ferramenta maligna" em nossos dias, para escravizar as pessoas e conduzi-las a uma vida de imoralidades sem precedentes. A recomendação bíblica é a vigilância. A Bíblia tem passagens que abordam a vigilância dos olhos e a importância de ter clareza para discernir o que alimenta a vida: Mateus 6:22-23 "Quando os teus olhos forem bons, igualmente o teu corpo estará cheio de luz. Porém, quando forem maus, o teu corpo estará em trevas". Provérbios 4:23-27 "Vigia acima de tudo o teu pensamento, porque dele depende a tua vida. Evita dizer falsidades; afasta-te da mentira. Olha sempre em frente, sem desviar os olhos do teu caminho". Salmos 77:4 "Sustentaste os meus olhos vigilantes; estou tão perturbado, que não posso falar". Mateus 26.41 "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca". Salmos 17:8 "Guarda-me como à menina do olho, esconde-me debaixo da sombra das tuas asas". Veja como deve ser o namoro cristão segundo a Bíblia. O namoro cristão deve ser um relacionamento de respeito e amizade, pensando na possibilidade de casamento. É o tempo para o casal se conhecer melhor e descobrir se quer passar a vida toda junta. O namoro cristão não é o mesmo que um casamento. A Bíblia tem alguns princípios que ajudam a guiar o namoro cristão: Pensar no futuro: o namoro ajuda a decidir se quer casar; não é uma brincadeira sem objetivos; se o casal acha que não vai casar, então não deve namorar e muito menos “ficar". Ter uma amizade sincera: um relacionamento não sobrevive só de paixão, aliás a paixão é muito duvidosa para o casamento; o namoro cristão é com amor que é a altura para aprofundar a amizade e se conhecer melhor para um futuro casamento abençoado por Deus. Provérbios 17:17. Muito respeito: você está namorando uma pessoa criada à imagem de Deus, não um objeto para satisfazer seus prazeres; um relacionamento sem respeito e dignidade não é de Deus Honestidade em tudo: não é bom enganar ninguém, muito menos a pessoa de quem você gosta; um relacionamento precisa de honestidade para funcionar. Colossenses 3:9-10. Sacrifício: a Bíblia nos ensina a cuidar uns dos outros; o namoro é o tempo para aprender a não ser egoísta, para o casamento funcionar no futuro. Filipenses 2:3-4. Fugir da imoralidade: o casal precisa aprender a estabelecer seus limites, para não cair na imoralidade sexual; se entregar antes do casamento só vai causar problemas e poderá até estragar o relacionamento. 1 Coríntios 6:18. Deus em primeiro lugar: é muito bom ter alguém especial, mas nada consegue tomar o lugar de Deus em sua vida; só Deus é perfeito e lhe vai completar, nunca espere isso de uma pessoa que não é temente a Deus. Lembre-se de buscar a orientação de Deus para sua felicidade em todos os seus relacionamentos, principalmente para o namoro cristão. Orar e ler a Bíblia juntos é importante. Também é bom que o casal procure orientação dos pais, de um pastor ou líder de confiança para a caminhada no seu relacionamento, tanto no namoro quanto no casamento. Deus odeia a imoralidade sexual. Abandone o adultério, abandone a fornicação, abandone a pornografia, abandone o furto, abandone a mentira, abandone a falsidade, abandone a lascívia, abandone as roupas indecentes, abandone as más companhias, abandone os vícios (vício em drogas, álcool e cigarro, dentre outros), abandone as músicas profanas, abandone as festas pagãs (shows mundanos, carnaval, discotecas, boates, raves, bailes funks, etc.), abandone os programas profanos de televisão, abandone as conversas imorais, abandone os palavrões, abandone tudo aquilo que os espíritos malignos tem te oferecido dia e noite para te levar rumo ao inferno. Características do que é imoral: ser imoral é quem não respeita a moral vigente, ausência de moralidade; despudor, indecência. Maneira de agir da pessoa que não respeita regras morais (a virtude, a moral, os bons costumes, a honestidade etc); cinismo. Comportamento devasso ou libertino; devassidão, libertinagem. Tudo isso leva a pessoa ao fracasso e à derrota. O que a Bíblia diz sobre imoralidade está descrito em 1 Coríntios 6:18-20 que diz: 18. Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo. 19. Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? 20. Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. Nenhum outro pecado afeta tanto o ser humano em todo o seu corpo como esse pecado, pois a imoralidade sexual é um pecado contra o próprio corpo. Vocês não sabem que seu corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vocês e lhes foi dado por Deus? Vocês não pertencem a si mesmos, pois foram comprados por alto preço. Os pecados originários da área sexual são considerados como idolatria. A idolatria sexual é algo que atinge milhares e milhões de pessoas. Na luta contra o pecado sexual muitos têm buscado consertar seus hábitos pecaminosos simplesmente por abandoná-los, porém, isso não é suficiente, ou seja, o pecado revelado através de atitudes ou comportamentos só mostra o coração corrompido na busca de satisfazer a idolatria sexual. Vencer a idolatria sexual requer abandoar tudo que envolve sexo fora dos padrões bíblicos, por exemplo, masturbação, fornicação, adultério, exibicionismo, voyeurismo, zoofilia, pedofilia e etc. Toda busca por satisfação sexual fora do padrão estabelecido por Deus nas Escrituras para o casamento, é pecaminosa. E, algumas destas práticas sexuais, além de serem pecaminosas são tratadas como criminosas pela sociedade e pela lei. Assim, se o abandonar tais atitudes não resolve o meu/seu pecado, fica o questionamento: O que posso fazer? O que devo fazer? E como fazer o que posso e o que devo? Para responder essas três perguntas iremos buscar ajuda nas Escrituras Sagradas e nas orientações bíblicas. Além de aprofundar-se sobre o tema da idolatria sexual, a palavra de Deus nos traz princípios bíblicos relevantes que podem ser aplicados em diversas áreas da vida. De acordo com a Bíblia, a idolatria sexual pode ser combatida através da avaliação dos pensamentos e atitudes de cada pessoa. Temos que reavaliar nossos pensamentos e nossas atitudes diariamente. A Bíblia afirma que "Pois é da vontade de Deus; a vossa santificação, que vos abstenhas da prostituição". (1Ts 4.3-4). Imoralidade sexual na Bíblia e toda prática sexual fora do casamento é considerada pecado. Ou seja, Deus criou o sexo para a união entre um homem e uma mulher, que devem se tratar com amor e respeito. (Gênesis 2:24). Logo, qualquer ato que sai desse padrão é imoralidade sexual. O sexo e a imoralidade sexual. O sexo é uma ação muito íntima feita pelo casal dentro dos padrões bíblicos do casamento e quando feito sem compromisso pode ter consequências negativas para o ser humano. Para que o homem e a mulher sejam abençoados, eles devem fugir de toda imoralidade sexual e da aparência delas para o mal. Estas são outras formas de pecado sexual mais frequentes: adultério; prostituição; cobiça; violência contra o seu cônjuge; sexo fora do casamento; homossexualidade em todas as suas formas; incesto; bestialidade; pornografia; pedofilia. Quem comete esses tipos de pecados pode sofrer transtornos mentais e emocionais, perder a confiança das pessoas, ser infectado por doenças sexuais transmissíveis, gravidez indesejada, vícios, sentimentos de culpa e falta de comunhão com Deus. O perdão de Deus para a imoralidade sexual. Deus perdoa quem comete imoralidade sexual e também é poderoso para te livrar dos vícios sexuais e restaurar toda sua vida, basta você crer e buscar em Deus a sua libertação. Mas o que devo fazer? Em primeiro lugar é preciso reconhecer o seu estado de pecado, se arrepender e então pedir perdão para Deus. Qualquer cristão pode cometer o pecado da imoralidade sexual se não estiver vigilante na sua vida espiritual. Porém, caso isso aconteça Deus está sempre disposto a te perdoar, pois ele conhece as falhas humanas. Todavia, isso não significa que você deve continuar no pecado. Como evitar a imoralidade sexual? Se você tem dificuldades nessa área precisa fugir das tentações. Isso mesmo, a Bíblia recomenda que devemos correr dessa situação, é uma forma de evitarmos a tentação. (1 Coríntios 6:18). Mas não para por aí, você também deve resistir a qualquer tentação, focar em Deus e pedir ajuda, pois Ele vai te dar forças para você continuar no caminho certo. Jesus disse: “Eu sou o Caminho e a Verdade e a Vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim”. João 8.32. Ore mais e leia mais a Bíblia e você será um vencedor em nome de Jesus. 
Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

O PECADO DA EXALTAÇÃO E DA ADORAÇÃO DA CRUZ

O PECADO DA EXALTAÇÃO E DA ADORAÇÃO DA CRUZ 

Os verdadeiros cristãos obedientes à Palavra Deus reconhecem que devem ser iconoclastas, ou seja, não admitem nenhum tipo de adoração à imagens, quanto mais religiosas, eles adoram somente e unicamente a Deus. A seguir algumas passagens bíblicas para reflexão e discernimento espiritual referente ao assunto: Salmo 115, Isaías 44 e Romanos 1:20-32. “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade”. João 4:23-24. Davi é o maior exemplo de um adorador na Bíblia. É apresentado como o homem segundo o coração de Deus, também, por sua disposição em adorar. É talvez o homem que mais se assemelha a nós, por manifestações de sua humanidade, que buscava constantemente o Deus que amava; compondo-lhe Salmos, poesias, chorando diante dEle, alegrando e dançando para Ele, humilhando-se, e sofrendo por Ele. Davi teve um coração de adorador. Vamos aprender com Davi a adorar a Deus. 
1. Para Davi a adoração era uma necessidade. Seu primeiro ato como rei foi buscar a arca da aliança que representava a adoração a Deus. 2 Sm 6.1-2; Sl 63. 
2. Para Davi a adoração era um ato de zelo. Preocupou-se em construir uma casa para a arca. 2 Sm 7.1-2. 
3. Para Davi a adoração era pessoal. Sua adoração era sempre na primeira pessoa do singular: Sl.88,89 e 84. 
4. Para Davi a adoração não era metódica e nem melancólica. Ele adorava cantando, chorando, expressando adoração, humilhando-se, com palmas. Sl 47, com a vida e com alegria em quaisquer situações. 
5.  Para Davi a adoração era incondicional. Davi não existiria sem a adoração, nada pode calar um adorador. Sl 42; Sl 51.10. Não é difícil entender o grande sucesso de Davi, ele aprendeu muito cedo que fomos criados para adorar a Deus. Assim como respirar é um privilégio dos vivos, adorar é, para os filhos de Deus, a razão de viver. Se fomos criados para adorar a Deus, porque as pessoas insistem tanto em adorar ou venerar, imagens, pedaços de madeira, objetos feitos de ouro, prata ou cobre, ou de gesso, de ferro ou de barro? Satanás sempre insiste em convencer o ser humano a “desconfiar” de Deus. Foi assim com Eva no Jardim do Édem ,Gênesis capítulo 3, e continua até os nossos dias. Jesus Cristo veio para salvar o pecador da escravidão do pecado e liberta-lo para ser salvo. João 3.16. Vejamos alguns comentários de autoridades eclesiásticas do catolicismo romano sobre a adoração da cruz. Nada justifica a adoração da cruz, mas insistem em adorar ou venerar a cruz, em detrimento da adoração plena de Jesus que ressuscitou dentre os mortos e vive e reina para sempre e eternamente. 
6. “Se não tivéssemos cruz, seria motivo para nos surpreendermos. Uma cruz grande e pesada é um privilégio especial, porque assemelha de modo singular a Cristo crucificado”. (Pe. José Kentenich). 7. Ir. Lucia Maria Menzel disse: Uma vida sem cruz não existe. A festa de hoje quer nos ensinar a “carregar nossas cruzes”, enfrentar as dificuldades, os sofrimentos, os desafios com o olhar glorioso da ressurreição. 
8. Origem da adoração da cruz segundo o catolicismo romano. Diz a tradição da igreja católica: Talvez muitos de nós, católicos, não nos lembremos da existência desta festa. Passa, para muitos, desapercebida. A origem da festa (de adoção da cruz) baseia-se na tradição de que Santa Helena de Constantinopla, mãe do Imperador Constantino, encontrou restos da cruz de Jesus durante uma peregrinação. No local da descoberta foi construída a Igreja do Santo Sepulcro. Em 13 de setembro de 335, a igreja foi dedicada para a adoração da cruz e no dia 14 de setembro a cruz foi posta em exposição para que os fiéis pudessem venerá-la, enfim, adorá-la. Enquanto a Liturgia da Sexta-feira Santa colocava a atenção na paixão e morte de Jesus, na festa de hoje, da adoração da cruz, olhando para a cruz de Jesus, contemplamos a cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo da vitória de Jesus sobre a morte e o pecado. 
9. O Pe. José Kentenich dizia em 1941: “Escolhemos a cruz, o sinal de graças (referindo-se ao sinal da cruz) para a fonte de graças, para a força e o fruto da graça. Indicam-se aqui os Sacramentos que brotaram do coração de Jesus. Mas a cruz é também um sinal de campo, de luta, da luta do amor. Jesus não se deixou pregar na cruz somente para fazer expiação, mas também para demonstrar seu infinito amor. Enfim, a cruz quer ser também o grande sinal de vitória. Eis o que ela ( a cruz) é para nós! Nossa vitória começa onde começamos a lutar”. E assim nos exorta: “Devemos cuidar para que por todas as parte a cruz receba as honras devidas”. O Pe. Kentenich queria que as verdades teológicas penetrassem em nossa vida. Assim, estimulou os jovens para, ao levantarem-se, ajoelhar e fazer o sinal da cruz. Com o sinal da cruz mentalizar: fui batizado (a), sou filho, filha de Deus, Deus me ama, Deus cuida de mim, Jesus venceu a morte. Com este sentimento de vida, começar o dia e enfrentar todas as situações. Podemos cuidar que haja em nossa casa, além do Santuário Lar, também uma cruz em nossos quartos. Assim aprendemos, olhando para a cruz, confiar na força da fé em Jesus Cristo, concluiu o padre. 
10. A Igreja do Santo Sepulcro (ou Igreja da Ressurreição) é uma igreja e santuário em Jerusalém que supostamente foi construído em torno do túmulo vazio de Jesus. É possível que esta igreja tenha sido construída no local original do túmulo, mas também é possível que o local do túmulo tenha sido perdido para nós e que este santuário tenha sido desenvolvido da maneira que tantas outras relíquias da igreja foram acumuladas, ou seja, fantasiosamente, se não fraudulentamente. Existem outras tradições que identificam outro local como o túmulo vazio de Jesus. 6. Publicação no Jornal Vaticano News em 14.09.2024. Exaltação da Santa Cruz: sinal de vida, redenção e esperança. A festa em honra à Santa Cruz é celebrada neste sábado (14/09/2024) para meditar sobre o símbolo da nossa fé. O bispo diocesano de Juína - MT, dom Neri José Tondello, assina artigo com reflexão sobre a esperança que nasce da cruz de Jesus: o sinal feito pela manhã pede proteção pelo novo dia; à noite, é de gratidão pela jornada. "Ao fazer o Sinal da Santa Cruz, o cristão sente-se protegido por uma bênção traçada sobre seu corpo em forma orante: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém.” Dom Neri José Tondello. Segue a matéria da publicação: A Igreja exalta a Santa Cruz, como "sinal do mais terrível entre os suplícios, é para o cristão a árvore da vida, o tálamo, o trono, o altar na nova aliança. De Cristo, novo Adão adormecido na cruz, jorrou o admirável sacramento de toda a Igreja. A cruz é o sinal do senhorio de Cristo sobre os que, no Batismo, são configurados a ele na morte e na glória (cf. Rm 6,5). Na tradição dos Padres, a cruz é o sinal do Filho do Homem que comparecerá no fim dos tempos (cf. Mt 24,30). A festa da Exaltação da Cruz, que no Oriente é comparada Àquela da Páscoa, relaciona-se com a dedicação das basílicas constantinianas construídas no Gólgota e sobre o sepulcro de Cristo", (Missal Romano, Festa da Exaltação da Santa Cruz). Na vida cristã, automaticamente ao levantarmos pela manhã, o nosso dia começa com o Sinal da Santa Cruz, dizem e ensinam os católicos. Assim, pedimos que a Cruz de Jesus nos proteja durante todo o novo dia e em todas as nossas atividades. Ao dormir, da mesma forma, o cristão católico conclui a jornada de vida e labor com a bênção do Sinal da Cruz como sinal de gratidão a Deus e à Trindade. Ao fazer o Sinal da Santa Cruz, o cristão sente-se protegido por uma bênção traçada sobre seu corpo em forma orante: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, Amém. Se, a cruz é libertadora e redentora, também a cruz representa os tantos crucificados que, como Jesus, esperam que os tiremos da cruz do abandono, da indiferença, do descaso e da morte certa. "É preciso tirar os crucificados da cruz", diz também John Sobrino. O ensino no periódico católico continua: Crucificados pelo pecado do mundo, pecado da injustiça, falta de educação de qualidade para todos. Muitos não têm acesso à saúde. Muitos morrem antes de chegar ao primeiro socorro. Muita cruz, também pesa sobre os ameaçados pela ação de despejo da terra. A cruz sobre aqueles que sofrem por não saberem onde vão dormir amanhã. "Onde vão dormir os pobres" crucificados sem casa e sem trabalho? A Cruz de Jesus não pode esquecer as vítimas do racismo e as vítimas da violência doméstica. Tamanha é a cruz dos dependentes químicos. Mas, a cruz dos sem fé e sem religião pode ser ainda maior. A cruz dos sem Cruz. A cruz pesada que carrega o Pantanal e a Amazônia pelas chamas criminosas da destruição. A Casa de todos, Casa Comum, está queimando. Os rios estão morrendo. A cruz do planeta todo sofre o pecado do descaso. A natureza perdeu o caráter sagrado. A Tecnologia a domesticou e a tem subordinado à mão humana a ação violenta contra a natureza, tirando a sua espiritualidade para esgotar todo poder econômico possível. Aquilo que era, no princípio, um Jardim para todos, está ladeira abaixo aumentando as temperaturas, ameaçando cidades, desequilibrando a biodiversidade, pondo em risco todo o tecido da vida no planeta. Contudo, e apesar de tudo, a esperança, nasce da Cruz de Jesus, porque morreu nela para que fosse Cruz salvadora, não mais a Cruz do sinal opróbrio da morte. Isto é, morreu nela, para dar-nos toda a vida em nova árvore verdejante, oxigênio imprescindível, porque, "somos filhos das folhas". Os povos originários ainda conservam em muito a espiritualidade na sua relação de amizade e cuidado com a natureza. Sabem-se e sentem-se natureza. Por outra parte, o divórcio de profanação da natureza permitiu uma união adúltera sem escrúpulo. O Sinal da Santa Cruz, por si e em si, é semáforo dos limites que se deve impor às forças ocultas e visíveis do mal, do ódio e da raiva, contra Deus, contra o mundo e contra a pessoa humana. 
11. Toda vez que avistamos uma cruz, damo-nos conta de que o mal e a morte foram vencidos por Jesus, que diz: "Eu venci o mundo", que quer dizer: vencer as forças malignas da destruição violenta e todas as causas e formas que levam à morte, ou seja, impõe limites ao mal. "Pusestes, no lenho da cruz, a salvação do gênero humano para que, onde a morte teve origem, aí a vida ressurgisse; e o que venceu na árvore do paraíso, na árvore da cruz fosse vencido, por Cristo, Senhor nosso" (Prefácio à Vitória da Cruz Gloriosa).Bispo Diocesano de Juína - MT. 
12. Segundo o historiador Eusébio, o imperador romano Adriano mandou construir um templo dedicado a Vênus no local da tumba de Jesus para obscurecer o local do sepultamento de Jesus. Após a sua conversão, o imperador Constantino começou a construir igrejas e santuários em todo o império e substituiu o templo de Vênus por uma igreja comemorativa do local. A Igreja do Santo Sepulcro tornou-se um destino de peregrinações e ainda é até hoje. Ao longo dos anos, a Igreja do Santo Sepulcro foi danificada, reconstruída e ampliada, de modo que agora a igreja também cobre o suposto local da crucificação e até contém a mesa de pedra na qual se diz que o corpo de Jesus foi ungido para o sepultamento. O controle do local é compartilhado por várias autoridades religiosas e civis, mas é a sede do Patriarca Ortodoxo Grego de Jerusalém. Embora seria interessante conhecer o local exato da crucificação e ressurreição de Jesus, tal conhecimento não é necessário para a nossa fé. O mais importante é que Jesus morreu por nossos pecados, ressuscitou para a nossa justificação (Romanos 4:25) e está presente conosco hoje através do Espírito Santo (Gálatas 4:6). Não precisamos fazer uma peregrinação a nenhum “lugar sagrado” para estar em Sua presença. De forma geral, o significado da cruz fala de morte. Durante todo período em que a cruz foi utilizada como forma de execução, ela sempre foi identificada como um símbolo de condenação pela maior culpa que deveria ser punida com a pena capital. Sob esse aspecto, o significado da cruz também deixa claro a ideia de maldição. Para os cristãos, a figura da cruz também implica nessa mesma ideia, mas seu significado não se resume apenas a uma forma antiga e cruel de execução. A cruz foi o instrumento pela qual o Filho de Deus foi sacrificado para expiar o pecado de seu povo. Na cruz, Jesus Cristo se fez maldito ao tomar sobre si a iniquidade daqueles que mereciam a morte. Ele recebeu o castigo da ira divina e morreu em lugar de pecadores. Por isto para os seguidores de Cristo o significado da cruz fala principalmente de redenção. A origem da cruz como forma mais cruel de execução. A cruz sem dúvida foi o instrumento de execução mais cruel utilizado pelo homem de forma legalizada. Estudiosos concordam que a execução por crucificação era a mais vergonhosa e terrível que alguém poderia ser submetido. O costume de utilizar cruzes em execuções é bastante antigo, e acredita-se que teve sua origem na Pérsia e foi emprestado aos gregos e romanos. Eram condenados à morte de cruz os escravos e os piores criminosos da época, principalmente aqueles que eram culpados de incitar a revolta contra o Estado. Em Roma, pelo menos oficialmente, era proibido executar cidadãos romanos através da cruz. Antes de ser crucificado, o condenado era espancado ou violentamente açoitado. No caso dos açoites, isto era feito com um chicote que geralmente possuía peças de chumbo e pedaços pontiagudos de ossos em suas pontas. Depois de ser torturada, a vítima, despida de seus trajes principais, era forçada a carregar sua própria cruz. No local da execução, o condenado era lançado ao chão e tinha seus braços esticados sobre a viga horizontal. Então os carrascos pregavam suas mãos usando pregos suficientemente grandes para atravessar o braço e a madeira. A maioria dos estudiosos acredita que esse prego era fincado na altura do pulso da pessoa, rompendo o nervo mediano. Os pés do condenado também eram pregados sobre um tipo de degrau. Talvez o enorme prego fosse colocado numa posição diagonal que transpassava do segundo metatarso até atingir o calcanhar. A morte através da cruz era muito lenta e dolorosa, podendo chegar a dias, e acontecia por asfixia. Durante a crucificação a pessoa sentia fortes dores de cabeça e uma sede intensa. No caso dos judeus, um condenado não poderia atravessar o período de um dia para outro, crucificado, (Deuteronômio 21:23). Então era solicitado que suas pernas fossem quebradas (Deuteronômio 21:23). Sem a sustentação das pernas, a asfixia ocorria mais rapidamente. Jesus não precisou passar por isto, pois ao fim do dia Ele já havia morrido. Dizem muitos teólogos que exclusivamente como um símbolo que identifica o cristianismo, não há um problema no uso da cruz. Muitas igrejas e religiões usam a cruz dentro de seus templos e sugerem o uso dela pelos seus fiéis. Mas é inegável o fato de que posteriormente foi atribuído um significado à cruz que é estranho às Escrituras e que deve ser rejeitado. Ela passou a ser vista e utilizada como um objeto sagrado de adoração como tantos outros da tradição da igreja católica romana que supostamente teria poderes místicos, e assim foi adotada como um tipo de relíquia sagrada que realiza milagres na sua cerimônia de adoração na chamada sexta-feira da paixão, quando se tira a imagem do senhor morto e deixa somente o madeiro da cruz para os fiéis beija-la e fazer suas oferendas e rezas do missal instruído pelo papa. Esse tipo de interpretação errada e supersticiosa sobre o significado da cruz, fica claro no fato de que até supostas lascas da cruz já foram vendidas a fieis. Esse tipo de coisa não apenas é um erro, como também um desvio de seu verdadeiro significado. Temos que ter discernimento do que verdadeiramente significa a adoração da cruz e o que é verdadeiramente a mensagem da cruz. Por este motivo os reformadores procuraram evitar o uso da cruz. Eles não achavam que a cruz como um símbolo de identificação tinha algo de errado, mas tinha sim e de muito errado: Como se adorar um objeto de madeira que era o mais cruel e horrendo e o que se praticava com ele que era o de executar um ser humano pregado na cruz e torturado até derramar a última gota de sangue? Ao passar a venerar, que é a mesma coisa de idolatrar, a cruz, queriam apenas suprimir qualquer tipo de idolatria que pudesse surgir da má interpretação desse símbolo? A cruz em si não tem nada de especial ou poderoso. Pessoas eram crucificadas pelos romanos frequentemente. O próprio Senhor Jesus foi crucificado no meio de outras duas pessoas que também morreram numa cruz. Isto significa que o ponto central não é exatamente a cruz, mas quem estava nela. O significado da cruz ainda remete à idéia de maldição e morte, a menos que Cristo seja reconhecido como Aquele que se fez maldito para, através da cruz, prover redenção ao seu povo. Os cristãos antigos utilizaram vários símbolos para se identificarem, incluindo o Peixe. O peixe (Ichthys) era um símbolo de reconhecimento mútuo entre os primeiros cristãos. Era uma forma secreta de dizer "Sou cristão" em momentos em que a declaração pública poderia resultar em represálias. O peixe era desenhado com duas meia-luas, uma curvada para baixo e outra para cima, formando o contorno do peixe. Encerramos esta postagem com as sábias palavras do Apóstolo Paulo em 1 Coríntios 1:18-31. 18. Porque a palavra (a mensagem) da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. 19. Porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos inteligentes. 20. Onde está o sábio? Onde está o escriba? Onde está o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? 21. Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria, aprouve a Deus salvar os crentes pela loucura da pregação, (da mensagem). 22. Porque os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria; 23. mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. 24. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, ( e não a cruz), poder de Deus e sabedoria de Deus. 25. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens. 26. Porque vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos, nem muitos os nobres que são chamados. 27. Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. 28. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são para aniquilar as que são; 29. para que nenhuma carne se glorie perante ele. 30. Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; 31. para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. 8. Fatos relevantes divulgados em um periódico católico. “Na celebração da Sexta-Feira Santa, de fato, há um momento litúrgico em que os fiéis vão “adorar” a cruz: ajoelham-se diante dela, com uma simples inclinação de cabeça, ou a beijam. Este gesto simboliza a adoração à cruz de Jesus, aquela na qual Ele foi pregado (Súmula Teológica III, 25, 4). O que veneramos (o dicionário diz que venerar é o mesmo que adorar) não é o objeto, mas a verdadeira cruz de Jesus, que o objeto representa. A cruz de Jesus forma uma unidade com Ele, ao estar impregnada do seu sangue precioso. Não podemos separar Cristo da sua cruz na redenção. É verdade que a cruz foi um instrumento de tortura, mas também é verdade que, unida ao Corpo de Cristo, ela adquire para nós uma conotação totalmente diferente. A cruz adquire um novo significado pela presença de Jesus nela. Se não podemos separar Jesus da cruz e da obra redentora, tampouco podemos separar o cristão da cruz. Jesus nos pede que carreguemos nossa cruz, e é por isso que não se pode conceber um cristão sem cruz. Quando a Igreja, (conforme a tradição católica romana) nos apresenta a cruz para veneração, o que ela nos propõe é que adoremos Jesus sofredor em sua cruz, esse mesmo Jesus no ato da sua imolação. Adorar a cruz de Jesus é um gesto inclusive de gratidão, de agradecimento ao Senhor Jesus pelo seu amor extremo, redentor e concreto, não só a favor da humanidade em termos coletivos, mas por cada pessoa, individualmente”. A imagem da cruz, ou até as relíquias da cruz de Jesus não merecem culto por si mesmas, nem enquanto estão relacionadas a Cristo e a adoração que somente Ele, Jesus, merece de maneira absoluta, mas segundo eles, erroneamente admitem que merece sim. Portanto, na concepção do periódico católico, nenhum católico adora ou idolatra objetos. A idolatria significa que um ídolo não é Deus porque, um ídolo é aquele que toma o lugar de Deus. Os católicos só adoram o próprio Deus, segundo eles. A cruz remete a Deus, e é a Deus que adoramos, não a cruz em si, dizem os teólogos católicos. Afirmamos que o católico e outras religiões que adoram ídolos sabem muito bem que a idolatria é um pecado grave, pois isso significa negar o caráter único de Deus, para atribuí-lo a pessoas ou coisas criadas. Os defensores da idolatria das imagens e das tradições do catolicismo romano asseguram que os mesmos não fazem isso. Na idolatria, a pessoa compara (dá o mesmo peso e importância) a criatura com seu Criador, e esta comparação, sob qualquer ponto de vista, é inaceitável, por isso não adianta querer justificar o injustificável. Adorar, venerar, carregar sob qualquer pretexto a cruz ou usar seus símbolos, gestos ou rezas e outros itens e adereços correlatos, é pecado. 9. Refutação bíblica: Gálatas 6.7 “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. No Velho Testamento e no Novo Testamento encontramos alguns versículos que falam sobre a condenação da idolatria. Levíticos 26.1 nos diz: 1.Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o Senhor, vosso Deus. Em Gálatas 5:20-21, 25-26: Os versículos dizem que quem pratica idolatria, feitiçaria, hostilidade, discórdias, ciúmes, excessos de raiva, ambições egoístas, dissensões, divisões, invejas, bebedeiras, festanças desregradas e outros pecados semelhantes não herdarão o reino de Deus. Em 1Coríntios 10:14-33: Os versículos dizem que se alguém disser que algo foi sacrificado aos ídolos, não se deve comer, por causa da consciência e daquele que advertiu. E recomenda: “Fugi da idolatria”. Em 1Coríntios 8:5-6: Os versículos dizem que existe um só Deus. 5. Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores), 6. todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. 
Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

ARREPENDEI-VOS E CONVERTEI-VOS

ARREPENDEI-VOS E CONVERTEI-VOS 

“Arrependei-vos e Convertei-vos: Atos 3:19”. Atos 3:19 nos convida ao arrependimento e à conversão, prometendo o perdão dos pecados. Este versículo poderoso recorda-nos a importância de nos voltarmos para Deus e mudarmos os nossos caminhos. Aprofunde a sua compreensão desta mensagem transformadora. Ao se deparar com a passagem bíblica de Atos 3:19, muitas pessoas podem se questionar sobre seu verdadeiro significado. Neste artigo, vamos explorar essa passagem e desvendar as mensagens que ela carrega. Atos 3:19 diz: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para que sejam apagados os vossos pecados, de sorte que venham os tempos de refrigério da presença do Senhor.” Para compreender plenamente esse versículo, é essencial mergulhar na sua essência. A palavra-chave aqui é “arrependimento”. O arrependimento não é apenas reconhecer os erros, mas também mudar de direção, abandonando o caminho do pecado e voltando-se para Deus. Portanto, Atos 3:19 nos chama a refletir sobre nossas ações, a reconhecer nossas falhas e a buscar a transformação através do arrependimento sincero. Este versículo nos lembra que, ao nos arrependermos e nos convertermos, nossos pecados serão perdoados e encontraremos paz na presença do Senhor. A Importância do Arrependimento e da Conversão. No contexto bíblico, o arrependimento e a conversão são aspectos fundamentais da fé cristã. O arrependimento não é apenas um ato de contrição, mas uma mudança genuína de coração e mente. Converter-se significa abandonar as práticas pecaminosas e seguir o caminho de Deus. É crucial entender que o arrependimento não é um sinal de fraqueza, mas sim de força e coragem para reconhecer nossos erros e buscar a reconciliação com Deus. Ao nos arrependermos e nos convertermos, experimentamos a graça e o perdão divinos, encontrando renovação e paz interior. O Salmo 32 é um Salmo de arrependimento e pedido de perdão. 1 Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto. 2 Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano. 3 Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. O Salmo 51 é uma forte oração de arrependimento. Davi pôde orar da forma que orou, (Sl 51.1-2): 1Tem misericórdia de mim, ó Deus, por causa do teu amor, (o Filho de Deus, enviado pelo Pai, Jo 3.16). Por causa da tua grande compaixão, apaga as manchas de minha rebeldia, (transgressões). 2Lava-me de toda a minha culpa, (iniquidade), purifica-me do meu pecado. A respeito da apropriação diária do perdão para o pecado, por causa da obra expiatória de Jesus em nosso favor, nos identificamos nos primeiros versos deste salmo. Permitam-me, primeiro, apenas duas palavras muito práticas de aplicação, baseando-nos no pecado de Davi com Bate-Seba: Se, conforme Tiago disse, (Tg 1.14-15), a tentação vem de nossos próprios desejos, que nos seduzem e nos arrastam; e se estes desejos dão à luz o pecado, devemos: 1. não dar ocasião para o pecado, e 2. combater as promessas ilusórias do pecado com as promessas de Deus; venceremos o poder do pecado sobre os nossos desejos fugindo dele com fé nas promessas e na graça futura de Deus; Quando pecar, não cubra o pecado com outro pecado; corra logo para os braços de Jesus com arrependimento e com fé na graça de Deus em Jesus Cristo; lembre-se: “se confessarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar nossos pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1Jo 1.9). “O arrependimento e a fé são as duas faces inseparáveis da mesma moeda. Não se pode ter um sem o outro”. Dessa forma, o ensino do arrependimento se torna uma ferramenta poderosa no processo da nossa conversão, conduzindo as pessoas para mais perto de Cristo e para uma maior compreensão da vida cristã. O conceito de “arrependei-vos” é um elemento essencial no âmago da fé cristã. É um chamado para uma transformação genuína, uma mudança de direção que afeta tanto o coração quanto as ações. Para fazermos a exploração do tema arrependei-vos, podemos começar lendo e refletindo estas passagens bíblicas relevantes. Atos 3:19 é um ponto de partida natural para o arrependimento, mas outros versículos também podem ser úteis para nos dar uma visão mais ampla. Por exemplo, Lucas 13:3 diz: “Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”. Este versículo reforça a necessidade do arrependimento. O que o arrependimento significa para você? Ou como você tem experimentado o arrependimento em sua vida? O verdadeiro arrependimento é algo que produz mudança de vida e crescimento. Os cristãos podem apoiar uns aos outros neste processo de arrependimento, incentivando a honestidade, a reflexão e o compromisso com a transformação que a salvação e a graça de Jesus realiza na vida do novo convertido. É importante enfatizar que Deus está sempre pronto para perdoar quando nos arrependemos. Como diz em 1 João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Arrepender-se não é apenas uma maneira de nos sentirmos melhor conosco mesmos, mas também é uma parte crucial de nossa relação com Deus. Ensinar o arrependimento às crianças, aos adolescentes e aos jovens é um desafio, mas também uma oportunidade maravilhosa para moldar seu caráter e seu relacionamento com Deus. Com paciência, criatividade e amor, podemos ajudá-las a entender esse conceito vital do Cristianismo. Arrependei-vos é uma palavra que ressoa não apenas em nossos corações individuais, mas também dentro do cerne de nossas famílias. A família é, afinal, um microcosmo da Igreja, o primeiro lugar onde aprendemos o amor, a graça e, é claro, o arrependimento. A família é a célula máter da sociedade. A aplicação do arrependimento na vida familiar é crucial para mantermos relacionamentos saudáveis e para o crescimento espiritual de cada membro da família e da igreja. No entanto, como podemos introduzir efetivamente o conceito de arrependimento em nossas casas? Como podemos praticar o arrependei-vos de Atos 3:19 em nossas interações diárias com cônjuges, pais e filhos, etc? É essencial entender o que falamos em aplicação pessoal para nossa identidade em Cristo, de que o arrependimento não é meramente uma ação isolada, mas um estilo de vida. A palavra grega para arrependimento, “metanoia”, implica uma mudança de mente, uma transformação do coração. Dessa forma, o arrependimento, quando aplicado no contexto familiar, implica em uma atitude contínua de humildade, disposição para mudar e reconciliação. O arrependimento se manifesta na nossa capacidade de admitir nossos erros, pedir perdão e fazer as mudanças necessárias. Em Efésios 4:32, Paulo nos exorta: “Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo”. O arrependei-vos, neste contexto, significa abraçar a graça que recebemos de Deus e estendê-la aos que estão ao nosso alcance. O arrependimento é uma lição vital que deve ser ensinada e exemplificada. Os pais devem demonstrar o arrependimento em suas ações erradas, mostrando aos filhos que todos nós erramos e precisamos da graça e do perdão de Deus. Em Provérbios 22:6, somos lembrados sobre a necessidade de ensinar os filhos: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. Ensinar o valor do “arrependei-vos” é uma parte essencial deste “Caminho”, Jesus Cristo é o Caminho, a Verdade e a Vida. Portanto, aqui estão algumas práticas familiares que podem enfatizar o arrependimento: Oração em família: Dedique um tempo para confessar pecados em oração e pedir a Deus um coração arrependido. Estudar a Bíblia: Estude passagens bíblicas sobre o arrependimento. Aprofundar-se em versículos como Lucas 13:3 “Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” podem reforçar o significado e a necessidade do arrependimento. Comunicação aberta: Encoraje uma atmosfera de honestidade e perdão na família, onde os membros se sintam seguros para admitir erros e buscar reconciliação. A aplicação do arrependimento na vida familiar pode ser desafiadora, mas é extremamente gratificante. Precisamos nos arrepender de maneira eficiente como às vezes nos colocamos em julgamento e questionamentos sobre a salutar doçura do Espírito Santo em nos dirigir e nos perdoar. Devemos aprender a sentar humildemente sob o jugo da paz de Cristo em nossas vidas. Se viermos à fonte do perdão, as Escrituras Sagradas entrarão em ação na nossa mente e nos capacitarão a sermos perdoados. Isso nos dará consolo pois estaremos esperando dela apenas um eco de nossos próprios pensamentos e nunca o trovão de Deus, então de fato ele não falará conosco e seremos apenas confirmados em nossos próprios preconceitos. Devemos permitir que a Palavra de Deus nos confronte, perturbe nossa segurança, mine nossa auto complacência e derrube nossos padrões de pensamento e comportamento, para lembrarmos que só Deus tem poder para nos garantir a vitória no nosso dia a dia. Portanto, que o tema “arrependei-vos” seja um lema para todas as famílias cristãs, para todas as vidas de nossas famílias, conduzindo-as à verdadeira mudança de coração e transformação no amor de Cristo. Aplicação para evangelizar descrentes. O evangelismo é uma das partes mais vitais da fé cristã. É através dele que transmitimos a mensagem de arrependei-vos e, ao fazer isso, ajudamos a transformar vidas. Mas como podemos apresentar o conceito de arrependimento a descrentes de maneira eficaz? Primeiro, é crucial entender que a mensagem de arrependimento não é apenas sobre a condenação dos pecados. Muitas vezes, as pessoas associam o arrependimento à culpa, ao medo e à rejeição. No entanto, o verdadeiro arrependimento, como transmitido em Atos 3:19, é um convite para a transformação e para um novo começo. Ao evangelizar, lembre-se de que o arrependimento é um passo necessário para a libertação. Como disse o apóstolo Paulo em Romanos 6:23: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. O Chamado à Transformação do nosso Interior. Atos 3:19 nos convida a olhar para dentro de nós mesmos, a examinar nossas motivações e ações, e a buscar a transformação interior. O arrependimento e a conversão não são apenas rituais externos, mas uma jornada espiritual de renovação e crescimento. Portanto, ao meditar sobre Atos 3:19, somos desafiados a refletir sobre nossa vida espiritual, a avaliar nossas escolhas e a buscar a reconciliação com Deus. Que este versículo nos inspire a viver uma vida de integridade, humildade e amor, seguindo o caminho que Ele traçou para nós. Em resumo, Atos 3:19 nos lembra da importância do arrependimento e da conversão como elementos essenciais da nossa jornada de fé. Que possamos acolher esse chamado à transformação interior e caminhar na luz da graça e do perdão de Deus em nossas vidas. 
Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza. 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.