segunda-feira, 10 de junho de 2019

QUEM SÃO OS FILHOS DA PERDIÇÃO SEGUNDA PARTE

A Bíblia cita nominalmente quem são os principais filhos da perdição. SEGUNDA PARTE. 

A Bíblia cita pelo  menos dois nominalmente quem são os principais filhos da perdição nascido de mulher na terra. 

“Filho da perdição” é uma expressão que aparece explicitamente duas vezes na Bíblia para designar dois personagens: Judas Iscariotes e o Anticristo escatológico. As duas passagens em questão estão localizadas no Novo Testamento, em João 17:12 e 2 Tessalonicenses 2:1-10.

O significado da expressão “filho da perdição”.

A sentença “filho da perdição” é uma condição da cultura Judaico Cristã no mundo inteiro. uma expressão comum entre Cristãos e Judeus, principalmente os ortodoxos, que transmitem o sentido de expressar o destino, a característica ou qualidade de alguém. 

Na Bíblia encontramos outras expressões semelhantes a essa, como por exemplo, “filhos da desobediência”, “filhos do inferno”, “filhos de Belial“, e, em contraste, “filhos da luz”, etc, para os filhos da obediência.  (cf. 1 Samuel 2:12; Mateus 9:15; 23:15; Lucas 10:6; 1 Tessalonicenses 5:5).

Como foi dito, duas pessoas diferentes aparecem na narrativa bíblica sendo designado com essa expressão de filhos da perdição associadas à eles. 

O primeiro é Judas Iscariotes, o discípulo que traiu o Senhor Jesus. Ele recebe esse título na oração em que Jesus faz ao Pai, onde Ele se refere ao fato de que havia guardado aqueles que eram seus, de modo que nenhum havia se perdido, com exceção do “filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura”. (João 17:12).

É importante entender que nessa frase Jesus não estava dizendo que todos foram preservados, exceto Judas, como se nesse caso Ele próprio houvesse falhado na missão que o Pai havia lhe conferido. Ao contrário disso, Jesus está dizendo que todos foram preservados, mas o filho da perdição de fato se perdeu, conforme havia sido profetizado nas Escrituras, isto é, conforme o decreto eterno de Deus.

Entendemos melhor essa questão na oração dos apóstolos registrada no livro de Atos, quando o lugar deixado por Judas foi ocupado pelo apóstolo Matias, onde lemos: “Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mostra qual destes dois tens escolhido, para que tome parte neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou, para ir para o seu próprio lugar”. (Atos 1:25).

Essa mesma expressão também é utilizada pelo apóstolo Paulo para se referir ao Anticristo em 2 Tessalonicenses 2:3. Além disso, o apóstolo ainda acrescenta que esse homem é “o homem da iniquidade” e “aquele que se opõe”. Todas essas expressões indicam que ele será uma personificação do mal, uma personificação da rebelião contra o próprio Deus, vindo “segundo a eficácia de Satanás”. (2 Tessalonicenses 2:9).

Algumas pessoas identificam Judas Iscariotes com esse homem que aparecerá nas vésperas do retorno de Cristo, no sentido de que ele seria o próprio Judas redivivo, mas essa interpretação, é claro, não encontra qualquer fundamentação bíblica.

O que os dois têm em comum, e por isso cabe-lhes bem a designação “filhos da perdição”, é o fato de que ambos são opositores de Cristo e são levados à ruína e condenação eterna por isso. Assim, sem dúvida Judas Iscariotes foi um tipo de anticristo, mas haverá o “Judas final”, isto é, o Anticristo escatológico, que tal como o traidor do Senhor Jesus, encontrará seu lugar de perdição eterna no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte. (cf. Atos 1:25; Apocalipse 17:8,11).

Portanto, a expressão “filho da perdição” significa alguém absolutamente perdido, que, por sua completa oposição e rebelião ao Senhor, está designado para a perdição eterna. Sob esse aspecto, esse título também é apropriado a todos aqueles que não creem no Filho de Deus e que deliberadamente e conscientemente O rejeitam. (João 3:18).

No mundo espiritual existe outra classe de seres que foram destinados à perdição eterna. São os anjos maus, também chamados na Bíblia  de anjos caídos. 

De onde vêm os anjos maus? Eram anjos bons que decidiram rebelar-se contra Deus. 

A Bíblia diz em Apocalipse 12:9: “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, que se chama o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; foi precipitado na terra, e os seus anjos foram precipitados com ele.

Que influência têm esses anjos maus sobre os seres humanos? Eles lutam contra os justos. A Bíblia diz em Efésios 6:12: “Pois não é contra carne e sangue que temos que lutar, mas sim contra os principados, contra as potestades, conta os príncipes do mundo destas trevas, contra as hostes espirituais da iniquidade nas regiões celestiais”.

Qual será o destino final de Satanás e os seus anjos maus? A Bíblia diz em Mateus 25:41: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai- vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”.

 Onde habitam os anjos caídos ou anjos maus?

Parte deles habitam no inferno: “Porque se Deus não poupou a anjos quando pecaram, mas lançou-os no inferno, e os entregou aos abismos da escuridão, reservando-os para o juízo”. (2Pe 2.4).

“aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, ele os tem reservado em prisões eternas na escuridão para o juízo do grande dia”. (Jd.Vrs.6).

A palavra inferno na Bíblia tem significados que variam de acordo com o texto em que é citada.

Vamos analisar apenas quatro formas:

Sheol: É o mundo dos mortos. (Dt 32.22; Sl 9.17).

Hades: É a forma grega para o hebraico Sheol, e significa lugar das almas que partiram deste mundo. (Mt 11.23; Lc 10.15; Lc 16.23).

Gehenna: É um termo usado para designar um lugar de suplício eterno. (Mt 5.22; Mc 9.43).

Tartaroo: O mais profundo do abismo e significa encarcerar no suplício eterno. (2Pe 2.4).

Os textos de Pedro e Judas não querem dizer que todos os anjos maus estejam presos no inferno, pois a Bíblia mostra no seu contexto geral que a maioria deles está solta e vive atormentando a humanidade. (Ef 6.12). 

Em breve todos serão julgados e condenados para sempre. (Mt 25.41; Ap 20.10-14; Rm 16.20). Serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

Então quem foi Judas Iscariotes, chamado na Bíblia de o filho da perdição?

Judas Iscariotes foi o discípulo que traiu Jesus. Ele foi escolhido para ser um dos 12 apóstolos mas decidiu entregar Jesus nas mãos de quem queria tirar sua vida. A ganância de Judas deu lugar ao diabo e ele ficou conhecido na Bíblia como um traidor.

Durante seu ministério, Jesus escolheu alguns de seus discípulos para serem apóstolos, pessoas que receberiam ensinamento mais pessoal, com o propósito de se tornarem os futuros líderes da Igreja (Lucas 6:13-16). Um dos 12 escolhidos foi Judas Iscariotes. 

Ele ficou encarregado do dinheiro do grupo mas tinha por hábito roubar da bolsa comum.
Não se sabe muito sobre a vida de Judas. Ele era judeu, filho de um homem chamado Simão. Judas é a forma grega do nome hebraico Judá e não se sabe ao certo qual é a origem do nome Iscariotes. É possível que seja uma referência a um lugar chamado Queriote, mas isso nunca foi confirmado.

Judas acompanhou Jesus ao longo de todo o seu ministério, junto com os outros apóstolos. Ele viu os milagres, aprendeu de Jesus e participou da pregação das boas novas. Jesus sabia desde o início que Judas iria traí-lo mas não o excluiu e nem deixou de lhe mostrar seu amor. (João 6:70-71).

Por que Jesus escolheu Judas?
A traição de Judas

Perto do fim de seu ministério, os líderes religiosos judaicos estavam procurando uma forma de prender e matar Jesus, mas sem provocar a multidão. Foi Judas quem lhes deu a oportunidade.

Certo dia, quando a Páscoa judaica estava se aproximando, uma mulher veio para Jesus e derramou um frasco de perfume muito caro sobre sua cabeça, em um ato de devoção.

Judas achou aquilo um desperdício e disse que o perfume deveria ter sido vendido e o dinheiro dado aos pobres (mas estava pensando mais no seu próprio lucro). Como encarregado da bolsa, também era seu trabalho distribuir dinheiro aos pobres e facilmente podia guardar algum para si sem ninguém notar. (João 12:4-6). 

Jesus mostrou que Judas estava errado, porque a mulher estava preparando Jesus profeticamente para seu sepultamento.

Mas porque Jesus escolheu Judas?

Jesus escolheu Judas porque sabia que fazia parte do plano de Deus. Ninguém obrigou Judas a trair Jesus mas quando ele fez essa escolha ele cumpriu as profecias.

Jesus não cometeu nenhum erro quanto a escolha de Judas Iscariotes para compor o quadro dos seus apóstolos. Antes de escolher os 12 apóstolos, ele orou durante uma noite inteira! (Lucas 6:12-13).

Jesus escolheu cada apóstolo pessoalmente, para fazer parte de um grupo íntimo de futuros líderes da igreja. Judas recebeu uma grande oportunidade para fazer a diferença no mundo.

Jesus sabia que um amigo O iria trair. Isso já tinha sido profetizado. (João 6:70-71; João 13:18). 

Ele sabia o que se passava no coração de cada pessoa. Mas Jesus também sabia que precisava morrer e ressuscitar por nossos pecados. Essa era sua missão. Ele sabia que o diabo ia usar Judas Iscariotes para tentar destruir seu ministério mas que Deus iria inverter a situação. A traição de Judas Iscariotes já estava contemplada no plano.

Judas teve escolha? Sim, Judas teve escolha. Poderia sim escolher não trair Jesus. 

Jesus viu a maldade crescer no coração de Judas mas ele lhe deu todas as oportunidades para mudar seu destino. 

Antes de decidir trair Jesus, Judas Iscariotes aprendeu com ele sobre o amor e o perdão de Deus, viu grandes milagres e até pregou o evangelho, junto com os outros apóstolos! (Mateus 10:5-7).

Jesus tratou Judas como amigo e lhe mostrou o caminho da verdade. Ele até avisou Judas do perigo de sua traição. (Mateus 26:23-24). 

Judas sabia que podia resistir ao diabo, tal como Jesus tinha feito no deserto. Mas quando satanás tentou Judas, ele escolheu ceder à tentação. Por amor ao dinheiro e influência do diabo, Judas traiu Jesus.

Ninguém forçou Judas nem lhe tirou a capacidade de entender. 

O nome do traidor não estava escrito nas profecias. Jesus só disse abertamente que Judas era o traidor na última ceia, quando ele já tinha decidido trair Jesus e seus atos desabonadores eram visíveis e perceptíveis por qualquer pessoa. 

A decisão foi de Judas de trair e entregar Jesus aos seus executores, mas Deus já tinha visto que isso iria acontecer e mudou a situação, usando a morte e ressurreição de Jesus para salvar o mundo.

Vejamos agora sobre o Anticristo Escatológico, outro chamado na Bíblia de filho da perdição, como e quando será a atuação dele na terra?

O Anticristo surgirá dessa política, suja, sem ética, imoral, turbulenta e globalizada do mundo conectado à tudo e à todos. Ele surgirá no meio do caos, do meio das águas (clamor das multidões para ter um líder mundial) que agitam as nações e será adorado. Ele incorporará todo o poder e crueldade dos grandes impérios do passado.

Notemos que a besta que sobe do mar (Apocalipse 13) possuí várias cabeças, e representa o poder perseguidor de Satanás incorporado em todos os governos e impérios ao longo da história. No final, o que parecia estar morto resurge com vida, e a terra toda fica maravilhada. Essa besta toma diferentes formas, e, no fim, ela se manifestará na pessoa do homem da iniquidade que Paulo descreveu, o Anticristo escatológico.

Também devemos estar cientes que essa visão de João tinha uma aplicação prática na época em que o Apocalipse foi escrito. 

O Império Romano e seus perversos imperadores estavam representados, principalmente Domiciano, um imperador terrivelmente opressor ao cristianismo, e que tinha fama de ser o Nero ressuscitado. Ele exigia ser reconhecido como um deus, e era obrigatório o culto ao imperador, com a pena para quem descumprisse a ordem de prisão, confisco de bens e até a morte. Os sacerdotes do paganismo romano usavam técnicas ilusórias, e até mesmo ventríloquos para causar admiração nas pessoas, a fim de que a adoração fosse direcionada ao imperador. Esse contexto histórico se adequa perfeitamente ao texto, e pré-figura o período final da história, onde a falsa religião em todo seu potencial humanista direcionará as atenções para o Anticristo, causando a admiração e adoração de muitos. 

O Anticristo juntamente com o falso profeta estabelecerão um religião única, mundial, quando toda a humanidade terá que prestar culto à eles.  

Quais são as principais características do Anticristo?

De forma resumida, as características principais do Anticristo no Apocalipse 13 são:

Ele surgirá em um período de turbulência dentre as nações (vers. 1);

Ele será a incorporação do próprio mau (vers. 2);

Ele realizará grandes milagres (vers. 3).

Ele agirá e governará pelo poder de Satanás (vers. 2-4);

Ele será temido e reconhecido pelo mundo como alguém invencível (vers. 4);

Ele será adorado (vers. 3-12);

Ele perseguirá a todos que se recusarem adorá-lo e fará oposição direta a Deus e à Igreja de Cristo. Esse será o período final de terrível tribulação descrito por Jesus (vers. 6-15);

Ele será apoiado pela segunda besta, a besta que sobe da terra, o falso profeta (vers. 11-18).

Ele tem um número, e seu número é 666. Muitos estudiosos debatem o significado desse número. Certamente também houve uma aplicação prática para os irmãos das Sete Igrejas da Ásia Menor, porém, de forma geral, se biblicamente o 7 é o número da perfeição, aplicado como o número de Deus, o 6 é o número imperfeito, ou seja, o número do homem, o número do fracasso. 

Por mais que você repita o número 6 ele nunca será um 7. Portanto, o número da besta é fracasso mais fracasso, sobre fracasso. Ele será a personificação da imperfeição, o oposto da perfeição de Cristo.

Ele terá um poder limitado, um tempo determinado o qual foi lhe permitido agir.

Quando seu tempo acabar, ele será destruído por Cristo e condenado eternamente ao lago de fogo. (vers. 5; Ap 19:20).

Apocalipse 13 nos dá um panorama mais preciso sobre a força e a liderança, bem como, sobre as ações malignas que serão realizadas pelo Anticristo.

1.  E eu pus-me sobre a areia do mar e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, um nome de blasfêmia.

2. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés, como os de urso, e a sua boca, como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio.

3. E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.

4. E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?

5. E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. 

6. E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu.

7. E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda tribo, e língua, e nação.

8. E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

9. Se alguém tem ouvidos, ouça.

10. Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.

11. E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.

12. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.

13. E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens. 

14. E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.

15. E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.

16. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa,

17. para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. 

18. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, porque é número de homem; e o seu número é seiscentos e sessenta e seis.

Só há um caminho para a salvação. 

Jesus disse: Eu sou o Caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao pai se não for por mim. João 14.6.

E conhecereis a verdade e verdade vos libertará. João 8.32.

Deus abençoe você. Deus abençoe sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




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