segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

SÓ TEM UMA ÚNICA SAÍDA DE SALVAÇÃO PARA O PECADOR

SÓ TEM UMA ÚNICA SAÍDA DE SALVAÇÃO PARA O PECADOR

 

Deus odeia o pecado mas ama o pecador.

 

Há versículos na Bíblia que declara que Deus nos ama a todos indistintamente. Jo.3.16.

Há versículos na Bíblia que afirmam que Deus odeia os nossos pecados, o que ninguém tem dúvida disso. E por que isso não é dito num mesmo versículo sobre este assunto? Justamente porque Deus quer nos ensinar em toda a Bíblia que Ele nos ama a todos. A Bíblia existe, assim como existe o Salvador e o plano da salvação, para os pecadores, por amor aos pecadores. E Deus sempre soube que haveria os que isolam versículos e os que buscariam a resposta em todo o contexto. Então a Bíblia toda contém referências sobre a salvação para os que querem ser salvos e sobre a perdição para aqueles que infelizmente nada fazem para serem salvos.   

E assim tem tema que se faz necessário para uma visão global sobre estes assuntos para identificar quem examina a Bíblia e quem não liga sobre o que estes temas revelam, apenas repetem a sua desilusão sobre o futuro de suas almas e são cada vez mais repetitivos em seus feitos errôneos sem se importarem qual destino lhes reserva o final do caminho que estão trilhando.

Estes temas são partes de quase todos os sermões e ou pregações que são  feitos por pessoas, na maioria das vezes bem intencionadas, mas enlevadas pela prática do foco daquilo que se encontre num mesmo trecho ou texto bíblico sem a devida avaliação do contexto, o que não é questionável; às vezes os pregadores são mais agradáveis e discorrem mais facilmente sobre alguns temas do que aqueles carregados de versículos bíblicos que o pecador não entende nada. Por isso a pregação do evangelho deve ser a mais simples e descomplicada possível.

Já que sempre houve equívocos e acertos, desde sempre Deus os usa para que muitos dos Seus filhos possam ver estas duas vertentes e assim refletirem e aprenderem de forma mais profunda a partir do debate, oportunidade que de forma recíproca recai também sobre quem desenvolve ou dissemina um equívoco teológico. Não apenas o tema deste texto é entendido pela lógica teológica dos ensinamentos de Cristo, mas é também algo declarado sim literalmente em muitos pontos da Bíblia.

Então vamos ao ponto principal desta postagem.

Antes de tudo é bom ficar claro que todo ser humano é pecador.

“pois todos pecaram e carecem (ou estão destituídos) da glória de Deus”. (Romanos 3:23).

Há muitos pontos na Bíblia em que Deus se refere a justos, mas também há na Bíblia a afirmação de não haver nenhum justo, nenhum justo sequer. Não há contradição. O que Deus está ensinando é que mesmo havendo pessoas dedicadas a serem santificados, buscando a perfeição, sendo minimamente justos, mesmo assim não há um sequer que consiga ser plenamente justo na terra, ao ponto de não ter pecado e não precisar de Sua infinita graça. Somos de fato todos pecadores.

Deus odeia o pecado: “Mas as suas maldades separaram vocês do seu Deus; os seus pecados esconderam de vocês o rosto dEle, e por isso Ele não os ouvirá”. (Isaías 59:2).

Dizer que Deus odeia o pecado, é claro que é o mesmo que dizer que Ele odeia a atitude pecaminosa. Por exemplo, quando é dito que Deus odeia o ímpio, significa que ele odeia enfaticamente no pecador toda atitude impiedosa, toda violência, todo ato injustamente implacável do pecador. “O Senhor prova o justo, mas o ímpio e a quem ama a injustiça, a sua alma odeia”. (Salmos 11:5).

Ímpio é aquele que comete atitude de impiedade, crueldade, violência. É um pecador perverso. Salmo 1:1 fala de pecador, de ímpio e de escarnecedor que é aquele que zomba de Deus e zomba do sofrimento dos outros. Deus odeia todos os pecados, e enfatiza a violência, o ato impiedoso, porque além de Deus ser amor, justiça, santidade, Ele também é paz. Jesus é chamado pelo profeta Isaías de Príncipe da paz.

Deus odeia o pecado mas ama o pecador. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16).

Notemos que por amar o mundo Ele nos enviou Seu Filho. O mundo somos todos nós os pecadores. A Bíblia não está dizendo somente este ou aquele e sim o mundo, para que todos tenhamos a chance de crer e ter a vida eterna, mesmo que muitos destes amados não obedeçam e não sejam salvos. E os que não forem salvos, que serão destruídos, não é porque Deus deixará de amá-los e sim porque Deus é justo. Ele é amor mas também é justiça. Notemos que o atributo de ser justo não se contrapõe ao ato dEle ser amor, pois Deus não deixa de ser um para ser outro. A escolha é pessoal, cada um escolha por livre arbítrio e por vontade própria o seu destino final. Existem dois caminhos, o caminho estreito que nos leva à salvação eterna e o caminho largo que leva à perdição eterna.

Deus nos ama a todos e por isso Sua misericórdia, Sua bondade e Seu infinito amor atinge a todas as suas criaturas, não a esta ou aquela criatura e sim a todas.   

“O Senhor é bom para todos; as suas ternas misericórdias (permeiam) são sobre todas as tuas obras”. (Salmos 145:9).

Não existe nenhuma pessoa justa o suficiente para ser salva por si mesmo sem a Graça e o amor de Deus. Romanos 3:10 nos ensina: “Como está escrito: Não há nenhum justo, nem um sequer”. Então fica claro que todos, sem exceção, somos pecadores.  

Portanto, quando alguém diz que Deus além de odiar o pecado odeia também o pecador é o mesmo que dizer que Deus odeia a todos.

Deus ama a todos nós, portanto Ele ama a todos os pecadores. Toda a Bíblia tem a essência do propósito no fato de que Deus ama os pecadores indistintamente e infinitamente, a ponto de ter nos enviado Seu Filho Unigênito para nos salvar.

Deus não enviou seu Filho por amar um “grupo seleto de pessoas no mundo”, e sim “o mundo”, todos: "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nEle crer não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16).

Nós sim é que escolhemos se aceitamos ou não receber este grande amor de Deus, está graça, para termos a vida eterna 

A Graça de Deus por definição não se conquista e sim, é recebida gratuitamente pela fé.

Infelizmente há quem queira minimizar o amor de Deus, por arrogância ou por falta de empenho em conhecer o significado da palavra de Deus e não apenas juntar palavras e decorar versículos bíblicos ou sermões. Deus não disse para apenas ler, e sim para examinar, estudar, a Bíblia (João 5:39), deixando claro a necessidade de usar nossa reflexão, nossa inteligência (dada por Ele) à luz do Espírito Santo. Por isso Isaías 1:18 também nos ensina:  "Venham, vamos refletir juntos", diz o Senhor...”.

Muitos tem divulgado a afirmação de um famoso pregador que diz que Deus odeia o pecado e também o pecador. Mas eu vos afirmo com toda segurança que Deus odeia o mal porque Ele não criou o mal, mas não odeia o pecador porque ele criou o ser humano para adora-lo e para ser salvo.

O pecado é o mal que separa o ser humano de Deus e por isso Deus o odeia. Deus criou o ser humano e ama a sua criação mesmo sendo criaturas pecadoras. O que Ele odeia é o mal desenvolvido por suas criaturas desobedientes, mas ama todas as suas criaturas.

A bondade e a compaixão de Deus por nós não expressam exceção, pois é característica de um amor que alcança a todos. Eu disse todos. “O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas" (Salmos 145:9).

Os não salvos não perderão ou não vão perder a salvação porque Deus deixou de amá-los e sim porque Deus é justo e salva a todos que o amam e o adoram em espírito e em verdade. Quem não quer ser salvo, não será salvo. Quem quer usar seu livre arbítrio de escolha deve escolher ser salvo e lutar pela sua salvação.

Há Quem chegue ao ponto de questionar isso. Este questionamento ocorre porque é difícil para muitos seres humanos se colocarem também como pecadores cujo pecado Deus também odeie, então teem em si a ideia de que os pecados dos outros são sempre  terríveis e imperdoáveis, e os seus são apenas “pecadinhos”. Mas, o fato é que, conforme já mencionamos, Deus ama tanto os pecadores que deu seu Filho Unigênito para morrer pelos pecados de todos. Isso mesmo, todos. Não há ninguém que por si só seja justificado.

A prova do grande amor de Deus por todos é ter trocado o Justo (Jesus Cristo Seu Filho) pelos injustos, que somos todos nós. 

“Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas vivificado pelo Espírito”. (1 Pedro 3:18).

O plano da salvação foi feito para os injustos pecadores e não para os justos, simplesmente porque, como já dissemos não há ninguém justo o suficiente e por isso somos salvos pela graça  e só Cristo foi perfeito e deu sua vida por nós, os injustos. Então, somos justificados pela fé no Salvador Jesus Cristo, aceitando-O como nosso único e perfeito Senhor para a salvação pela bondade e a infinita graça de Deus.

Claro que jamais devemos usar a própria Bíblia para amenizar o que o pecado faz nas vidas das pessoas. Temos que ter convicção para reconhecermos e reprovarmos o pecado, não só os dos outros mas também e principalmente os nossos. Temos que ter em mente que geralmente os pecados dos outros apenas são diferentes dos nossos, mas somos também pecadores igualmente aos outros.

Se alguém acredita que tem boas obras o suficiente para ser classificado como justo e salvo, está enganado. E dentre os que acham isso estará aqueles que não conseguem entender que Deus ama a todos.

Quando fazemos a obra de Deus não deve ser para sentirmos melhores do que os outros e fazermos disso moeda de troca com Deus por nossa salvação. Devemos fazer o bem porque isso passa a ser algo irresistível em nós, nos deixando felizes nessas realizações, conscientes também que estamos  agradando a Deus, mas cientes de que isso não é motivo para troca com o próprio Deus. Isso e simplesmente por termos o caráter de Deus agindo em nós e um caráter Cristão de quem tem uma fé verdadeira de quem ama a Deus.

Obras  não salvam ninguém e sim a fé que nos coloca no caminho para a graça da salvação concedida por Deus, mas não há fé verdadeira sem a alegria de fazer a obra do bem.

Deus ama e espera sempre que todos se convertam, não apenas a conversão de quem aceita a Cristo como salvador, mas também a conversão diária de todos os nossos desígnios e propósitos para os quais fomos chamados. Incluímos aqui os novos convertidos e também aqueles que já o tenham aceitado a mais tempo. Após aceitarmos a Jesus percebemos que Jesus fez a obra redentora e salvadora por nós e  temos que entender e  permitir que Ele faça a obra de libertação em nós dia após dia até o dia de Sua volta. A conversão é um processo diário, pois todos os dias temos que renovar nossa comunhão, pois “Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia”. (1 Coríntios 10:12).

Para fortalecermos o nosso conceito de verdadeiros Cristãos temos que aceitar o perfeito plano de Deus para salvar a todos.

Podemos também citar a Parábola do fariseu e do publicano: enquanto oravam no templo, o primeiro se julgava justo e o segundo pecador; Jesus termina a parábola dizendo que o pecador foi para a sua casa justificado, (Lucas 18,9-14).

Do mesmo modo lembramos da atitude de Jesus em relação à mulher Samaritana (João 4). Não podemos também esquecer de Lucas 15, com suas 3 parábolas sobre a misericórdia divina: a ovelha perdida (4-7), a dracma perdida (8-10) e o filho pródigo (11-32).

Então podemos definir o conceito de pecado imperdoável não como um pecado em si, mas como a persistência nele ao ponto de não mais se arrepender e de conscientemente afastar o Espirito Santo de Deus de você por blasfêmia contra Ele. No entanto só Deus sabe e pode julgar, em seu juízo, quando alguém está nesta condição.  

A própria Bíblia nos ensina que o único pecado imperdoável é o pecado contra o Espírito Santo.

“Em verdade vos digo: Que aos homens serão perdoados todos os pecados, e as blasfêmias que proferirem; mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, pelo contrário é réu de um pecado eterno”. (Marcos 3:28-30).

Jamais um mortal pode dizer que sabe que alguém tá  perdido porque a Bíblia diz que tal pecado é abominável e por isso aquela criatura já está condenada ao lago de fogo.

A Bíblia nos faz conhecer o Caminho da bênção e também nos faz reconhecer o que é pecado, inclusive os abomináveis, e quais as consequências para quem vive no pecado, mas só Deus sabe determinar quando este pecado em alguém chegou no nível imperdoável ou condenável.

Jesus em sua infinita sabedoria e no seu imutável amor nos providenciou a salvação gratuitamente.

 

Mateus 11.28-30

28. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

29. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.

30. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.

As pessoas estão separadas de Deus pelo pecado. (Isaías 59:1-2). Paulo mostra claramente que todos pecaram e portanto merecem a consequência da morte, que é o estado de eterna separação de Deus (Romanos 3:23; 6:23).

Nestas condições, os homens devem procurar se reconciliar com Deus. Usando exemplos de pessoas que foram punidas nesta vida Jesus disse que outros também seriam destruídos afirmando a seguinte condição: “se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis". (Lucas 13:3,5).

Ele não poderia mais claramente ter-nos informado que o arrependimento é essencial para a salvação. Jesus sempre tratou claramente com todas as pessoas afirmando que Ele é o Caminho, a Verdade e a vida.

Com uma definição simples, dizemos então que o arrependimento é uma mudança de vida. Na linguagem do Novo Testamento, a palavra se refere a alguém que muda de atitude, desiste do pecado e se volta para Deus. Arrependimento é, em suma, a atitude de alguém que desiste de pecar.

Enquanto o arrependimento em si mesmo é uma mudança de atitude, de vida, ele também exige uma mudança na conduta da pessoa. João Batista instruiu as pessoas com as seguintes afirmações: "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento". (Mateus 3:8). Uma pessoa que realmente mudou de atitude com respeito ao pecado manifestará essa mudança em suas ações. Jesus falou das diferenças entre as boas e as más pessoas, e disse: “pelos seus frutos os conhecereis". (Mateus 7:20).

Uma pessoa que realmente se arrependeu do pecado não vai continuar a andar de acordo com a carne. As obras da carne serão substituídas pelo fruto do Espírito na pessoa que saiu do pecado para servir a Deus, (Gálatas 5:19-26).

Arrependimento é uma parte essencial do que Deus exige para nossa salvação. Sem arrependimento ninguém será salvo do pecado e suas terríveis consequências. Entretanto, como é verdade para todos os outros itens do plano, o arrependimento por si só não salva. Se uma pessoa se desviou e retrocedeu para a prática de todo tipo de pecado sem realmente crer em Jesus Cristo, ela não O obedeceu completamente e não será salvo.  Alguém que se desviou mas não é batizado é a mesma condição do que é batizado. Se desviou tem que se reconciliar e voltar para a igreja. Para o perdão dos pecados cometidos antes ou depois da conversão é a mesma condição, tem que se arrepender e confessar seus pecados ao Senhor Jesus para obter o perdão.

Quem também negligenciou uma parte vital do plano de Deus para a sua salvação pessoal (repare na relação do arrependimento e batismo declarado em Atos 2:38). Enquanto alguém acha que não pode ser salvo somente pelo arrependimento, o que é verdade, ninguém pode ter as riquezas espirituais sem o arrependimento que precede a conversão. Sem arrependimento não há conversão e sem conversão não há possibilidade de salvação.

 

Só Jesus Cristo é o Único Senhor e Salvador. Aceite-O hoje mesmo para você ser salvo. 

 

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus”. Efésios 2:8.

Existem vários tipos de exemplos que podemos citar em relação à fé como em Hebreus 11, que é chamado de o capítulo da fé. Mas a que quero tratar nesse momento é sobre a fé salvífica, a que pode mudar todo o meu relacionamento com Deus e o meu pensamento quanto a vida eterna.

Jesus diz em João 1:12 “Mas todos os que O receberam, deu-lhe o poder de serem feitos filhos de Deus”. Assim como nós recebemos um convidado em nossa casa, João fala de recebermos a Cristo.

João 3:16 promete que todos aqueles que nele crêr não perecem mas teem a vida eterna, João não diz “todo aquele que crer naquilo que ele diz”, a frase que se aproxima do grego poderia ser traduzida como confiança na pessoa de Cristo. Poderia ficar assim ” todo aquele que nele confia tem a vida eterna”. Confiança é a palavra que representa bem a ideia bíblica sobre fé salvífica. A palavra confiança é mais fácil de entender do que fé e crer.

Em Thiago 2:19 diz: “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem”.
Mas esse conhecimento dos demônios não quer dizer que eles serão salvos.

Você pode crer em várias coisas, mas não significa que isso tenha alguma importância pra você em relação a sua salvação. As palavras fé e crer, são usadas de várias formas em situações que não tem muita importância de vida para muitas pessoas.

Então a fé salvífica é confiança plena em Jesus Cristo como uma pessoa viva, visando perdão e vida eterna em Deus. Eu confio em Cristo Jesus como o meu salvador, o único que pode dar sentido e direção a minha vida, que muda minha história hoje e sempre. Creio em Jesus Cristo como único e suficiente Salvador da minha vida eternamente, amém.

 

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

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