ABRAÃO O PAI DE MUITAS NAÇÕES
A HISTÓRIA DO PATRIARCA ABRAÃO
Quantos anos viveu Abraão.
O primeiro dos patriarcas de Israel, nascido
em Ur, chefe de um clã arameu, na Caldéia, que emigrou para Canaã. Um dos
personagens mais importantes das religiões judaica, islâmica e cristã, pois
representa para todas elas a transição da idolatria para a crença em um só Deus
verdadeiro, e que segundo a Bíblia, no Gênesis, viveu cerca de 175 anos e foi o
pai de Isaac.
Quantos anos viveu Sara.
Segundo a Bíblia, Sara morreu em
Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire de
Efrom, em Canaã, a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é
considerada a primeira aquisição de uma propriedade do patriarca que
sempre viveu como um peregrino em busca de melhores pastagens para o
seu rebanho.
A história deste casal é emocionante.
A história de Abraão é uma das mais
importantes descritas na Bíblia. Saber quem foi Abraão é fundamental para
entender a origem do povo hebreu. Porém, a história de Abraão também está
diretamente ligada à Igreja de Cristo, não se resumindo apenas aos judeus.
Nesta postagem , conheceremos um pouco mais
sobre quem foi Abraão e entenderemos a importância de sua história na
compreensão de toda a narrativa bíblica sobre sua vida.
Quem foi Abraão?
Abraão foi filho de Terá, e sua família era
natural da cidade de Ur dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia. Após a morte de
Harã, irmão de Abraão, a família saiu de Ur em direção à terra de Canaã. Eles
foram até a cidade de Harã ( cujo nome foi dado por Terá em homenagem ao seu
filho com o mesmo nome), e habitaram ali. (Gênesis 11:31). Tanto Ur quanto
Harã, eram cidades pagãs e centros de adoração ao deus da lua.
É muito difícil de afirmar com exatidão o
período do nascimento de Abraão, mas a maioria dos estudiosos estabelece o
início do segundo milênio antes de Cristo como data aproximada para seu
nascimento. Isso está de acordo com uma possível cronologia utilizando
os personagens bíblicos, além das descobertas arqueológicas que atestam um
paralelo impressionante com o relato bíblico.
No capítulo 12 do livro de Gênesis, a
Bíblia nos mostra Deus convocando a Abraão para que ele saísse do meio daquele
cenário de paganismo. Ele deveria deixar sua parentela e partir para uma terra
prometida pelo próprio Deus. Com setenta e cinco anos, ele partiu em
direção à terra de Canaã levando consigo sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló,
todos os seus servos e bens que havia adquirido.
Após chegar à Palestina, Abraão ficou nas
proximidades de Betel, Hebrom e Berseba. Mas devido à fome que castigava a
terra, Abraão desceu até o Egito. Temendo por sua vida, ele não apresentou
Sarai como sua esposa, o que gerou alguns problemas para ele no Egito. (Gênesis
12:13).
Saindo do Egito, Abraão subiu para o lado do
sul, e retornou para as proximidades de Betel. Tanto Abraão quanto Ló eram
muito ricos. Por isso houve até mesmo contenda entre seus servos, porque a
terra ali não comportava os dois habitando juntos. Ló e Abraão então se
separaram. Ló preferiu residir nas planícies verdes do Jordão, onde as cidades
de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Já Abraão viajou para uma planície nas
montanhas, chamada Manre. (Hebrom) ao sul.
A história de Abraão é marcada pelas
promessas de Deus.
Abrão e Ló.
Gênesis 13: 1 a 18 “Saiu, pois, Abrão do
Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele. Era
Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. Fez as suas jornadas do
Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel
e Ai, até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou
o nome do Senhor. Ló, que ia com Abrão, também tinha rebanhos, gado e tendas.
E a terra não podia sustentá-los, para que
habitassem juntos, porque eram muitos os seus bens; de sorte que não podiam
habitar um na companhia do outro. Houve contenda entre os pastores do gado de
Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os Ferezeus
habitavam essa terra. Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti
e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados.
Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se
fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para
a esquerda.
Levantou Ló os olhos e viu toda a campina do
Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e
Gomorra), como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, como quem vai para
Zoar. Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o
Oriente; separaram-se um do outro. Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas
cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma. Ora, os homens de
Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor.
Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se
separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul,
para o oriente e para o ocidente; porque toda essa terra que vês, eu tá darei,
a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da
terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará
também a tua descendência. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e
na sua largura; porque eu ta darei. E Abrão, mudando as suas tendas, foi
habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um
altar ao Senhor.
A nossa vida é feita de escolhas. Por causa
de uma escolha errada que fazemos hoje, podemos comprometer todo o nosso futuro
como aconteceu com Ló. O maior erro de Ló foi a ambição.
Abraão cuidou de Ló, seu sobrinho, como se
fosse um filho. Ló cresceu e começou a prosperar. Com o passar do tempo, houve
uma série de conflitos.
Abraão, mesmo contra sua própria vontade,
decidiu que cada um teria que seguir seu próprio caminho, e deixou o sobrinho
escolher para qual direção iria.
Ló escolheu o lugar mais bonito, foi guiado
pelas aparências. Mas Abraão decidiu ir para onde Deus o conduzisse, em vez de
deixar que a tristeza invadisse seu coração.
Com base nesta história podemos ver alguns
conselhos para tirarmos algumas boas lições.
Em primeiro lugar, não deixe que uma
separação, que uma perda ou que uma situação contraria à sua vontade roube sua
promessa. Abraão poderia ter ficado em depressão, mas ele fez a opção certa:
ser guiado por Deus.
Em segundo lugar, continue caminhando. Não
pare de caminhar. Siga em frente, porque o Senhor é contigo assim como foi com
Abraão.
Em terceiro lugar, construa um altar de
conquistas como fez Abraão. Perto de Hebrom, Abraão construiu um altar, um
memorial. Aquele altar representava o ponto de partida para um tempo de
vitórias.
Encima daquela situação de dor e perda, ele
construiu um altar de conquistas. Tudo aquilo que você perdeu será o alicerce
do altar que você vai construir a partir dali.
As escolhas de Abraão e Ló.
Ló escolheu o lugar bonito aos olhos porém
era um lugar de destruição. Abraão escolheu continuar conquistando.
Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que
significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17 o nome do então Abrão,
é mudado para Abraão, dando maior ênfase à ideia de exaltação, significando
“pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos
quando teve seu nome mudado por Deus.
Não foi apenas o nome de Abraão que foi
mudado naquela ocasião, mas o nome de sua esposa também. De Sarai, ela passou a
se chamar Sara, porque também seria mãe de uma grande nação.
Tais mudanças nos nomes tem a ver com a
promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda em Gênesis 12. Depois, já no
capítulo 15 de Gênesis, Deus promete a Abraão que ele ainda seria pai, e que
seu servo Eliézer não seria o herdeiro de sua casa. Sua descendência seria
incontável como as estrelas do céu.
Novamente no capítulo 17 de Gênesis, mesmo
após o nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele
seria pai de muitas nações e que Sara, na ocasião com noventa anos, ainda seria
mãe. Deus então fez um pacto com Abraão, selado pelo sinal da circuncisão e,
por fim, com o nascimento de Isaque, o filho da promessa.
Abraão entrega o dízimo de tudo a
Melquisedeque rei de Salém.
Ló, sua família e seus bens, foram tomados
após uma guerra na região em que ele morava. Uma pessoa que escapou conseguiu
avisar Abrão do que havia acontecido. Então Abraão, juntamente com trezentos e
dezoito criados, recuperou Ló e sua família das mãos dos mesopotâmios.
Após esse episódio, Abraão foi abençoado
por Melquisedeque, rei de Salém.
Melquisedeque também era sacerdote de El
Elyon, o Deus Altíssimo, possuidor dos céus e da terra, e Abraão lhe deu o
dízimo de tudo.
Abraão e Abimeleque.
Da mesma forma como aconteceu no Egito, ao
peregrinar em Gerar, Abraão escondeu que Sara era sua esposa temendo por sua
vida. Então Abimeleque, rei de Gerar, veio e tomou a Sara. Porém Deus impediu
que Abimeleque tocasse em Sara e, em sonhos, o Senhor o advertiu que Sara tinha
marido.
Vale lembrar que tanto no Egito quando
em Gerar, Abraão não mentiu em relação a Sara, mas falou uma meia verdade.
Isso porque Sara era sua irmã por parte de Pai (Gênesis 20:12). Abimeleque
devolveu Sara para Abraão, e Abraão orou sobre a casa de Abimeleque. Então a
mulher e as servas do rei foram curadas, pois Deus havia fechado totalmente as
madres da casa de Abimeleque.
Mais tarde Abraão e Abimeleque também fizeram
uma aliança, e o lugar ficou conhecido como Berseba, “poço do juramento”,
pois Abraão havia cavado um poço e os servos de Abimeleque haviam tomado à
força. (Gênesis 21:25).
Abraão e Ismael.
Deus anunciou que Abraão teria uma grande
descendência ainda no capítulo 15 de Gênesis. Mas Sara, vendo que não era capaz
de conceber um filho de Abraão, ofereceu sua serva Agar a Abraão. Então de
Abraão Agar concebeu a Ismael. Esse costume de uma serva conceber um filho do
seu senhor era uma prática comum da época. Abraão tinha oitenta e seis anos
quando Ismael nasceu.
Mais tarde, após o nascimento de
Isaque, Agar e seu filho, Ismael, foram despedidos por Abraão. Eles
saíram pelo deserto de Berseba. Em Gênesis 21:13, Deus avisa que também faria
de Ismael uma grande nação, porque também era descendente de Abraão. É através
de Ismael que os árabes estabelecem sua origem até Abraão.
Abraão, Isaque e o sacrifício.
Isaque foi o filho da promessa que
nasceu quando Abraão já tinha cem anos. O nome Isaque significa “rir” ou
“riso”. Isaque se tornou o centro de toda esperança de Abraão em relação às promessas
que Deus havia feito, porém Deus pediu Isaque em sacrifício a Abraão.
O maior dilema que Abraão poderia ter
enfrentado era que, além do amor que sentia por seu filho, o fato de que a
promessa de Deus poderia não se cumprir. Mas não foi isso que aconteceu, ao
contrário, a Bíblia diz que Abrão confiou totalmente na fidelidade de Deus, e
considerou que Deus poderia fazer com que Isaque ressuscitasse dos mortos para
que a promessa fosse cumprida.
Por fim, a fidelidade de Abraão foi
demonstrada, e Deus preparou um cordeiro para substituir Isaque naquele
sacrifício.
Os outros filhos de Abraão e sua morte.
Abraão tomou outra mulher para si chamada
Quetura, talvez após a morte de Sara. Os estudiosos discutem se Quetura
realmente foi uma segunda esposa ou apenas uma segunda concubina. O que podemos
afirmar é que com Quetura ele teve mais seis filhos: Zinrã, Jocsã, Medã,
Midiã, Jisbaque e Suá (Gênesis 25:2). Através dos filhos que teve com Quetura,
Abraão se tornou também o pai de outros povos, como os midianitas.
A Bíblia diz que Abraão viveu 175 anos, e foi
sepultado por Isaque e Ismael no campo de Efrom. A Bíblia também afirma que
tudo o que ele tinha deu a Isaque. Para os demais filhos, a Bíblia diz que
Abraão deu presentes.
A história de Abraão no Novo Testamento
Existem 74 referências a Abraão
nos livros do Novo Testamento, ficando apenas atrás de Moisés que possuí
79.
No Novo Testamento, Deus é chamado de “o Deus
de Abraão”. (Mateus 22:32; Atos 7:32). Na genealogia de Jesus no Evangelho
de Mateus 1:1 ele aparece como antecessor do Messias e, além de pai
dos israelitas segundo a carne, também é o pai espiritual de todos aqueles que
compartilham a fé em Cristo (Mateus 3:9; João 8:33; Atos 13:26; Romanos 4:11;
Gálatas 3:29).
A fé de Abraão é o modelo de fé que devemos
ter (Romanos 4:3-11). Por tamanha fé ele esta presente na galeria dos
Heróis da Fé na Epístola aos Hebreus. (Hebreus 11:8-19).
A história de Abraão é um grande exemplo de
fé, por isso ele é mencionado na galeria dos heróis da fé no Novo Testamento.
Hebreus 11.11-18. Abraão o pai da fé, na
galeria dos heróis da fé.
1. Ora,
a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se
não veem.
2. Porque, por ela, os antigos alcançaram
testemunho.
3. Pela fé, entendemos que os mundos, pela
palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito
do que é aparente.
4. Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior
sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando
Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
5. Pela fé, Enoque foi trasladado para não
ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da
sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.
6. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe,
porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e
que é galardoador dos que o buscam.
7. Pela fé, Noé, divinamente avisado das
coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou
a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é
segundo a fé.
8. Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu,
indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para
onde ia.
9. Pela fé, habitou na terra da promessa,
como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele
da mesma promessa.
10. Porque esperava a cidade que tem
fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.
11. Pela fé, também a mesma Sara recebeu a
virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel
aquele que lho tinha prometido.
12. Pelo que também de um, e esse já
amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a
areia inumerável que está na praia do mar.
13. Todos estes morreram na fé, sem terem
recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as,
confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.
14. Porque os que isso dizem claramente
mostram que buscam uma pátria.
15. E se, na verdade, se lembrassem daquela
de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.
16. Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a
celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus,
porque já lhes preparou uma cidade.
17. Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando
foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.
18. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a
tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o
ressuscitar.
Sobre a historicidade da vida de Abraão.
Embora não exista nenhum relato extrabíblico
sobre a história de Abraão (apenas algumas prováveis evidencias em escritos
babilônicos), tudo o que a arqueologia já descobriu sobre a civilização da
época de Abraão faz com que muitos estudiosos classifiquem os relatos bíblicos
como uma descrição perfeita do período que é apresentado.
A guerra entre os quatro reis do Egito contra
os reis locais no capítulo 14 de Gênesis, por exemplo, é considerado por
arqueólogos um dos relatos mais detalhados sobre o assunto, com uma precisão
geográfica significativa e muito impressionante.
Características de Abraão. Abraão é o pai do
povo hebreu.
Abraão é considerado o pai da fé porque o
Novo Testamento ensina que todos que têm fé em Jesus são descendentes
espirituais de Abraão.
A Bíblia não esclarece praticamente nada da
vida de Abraão antes dos 75 anos de idade.
Abraão foi pai de Isaque com 100 anos de
idade.
Abraão era quase um nômade, porém era um
homem muito poderoso e rico.
Ele era um homem de paz, mas utilizava seus
servos como um exército em conflitos ocasionais. (Gênesis 14).
Abraão teve encontros pessoais com Deus
(Teofanias), e em um deles Deus, em forma humana, visitou Abraão acompanhado
por dois anjos. (Gênesis 12:7-9; 18:1-33).
Abraão também recebeu a palavra de Deus em
sonhos. (Gênesis 15:12-17).
Foi chamado pelo próprio Deus de profeta.
(Gênesis 20:7).
Por duas vezes escondeu que Sara era sua
esposa. (Gênesis 12:11-13; 20:5).
Abraão é chamado de “amigo de Deus”. (2
Crônicas 20:7; Tiago 2:23).
Depois de Moisés, é o personagem do Antigo
Testamento mais citado no Novo Testamento.
Abraão teve duas esposas e de uma serva de
Sara teve um filho chamado Ismael.
Quem era ou quem foi esposa oficial de Abraão?
Quando lemos as histórias dos patriarcas,
temos que perguntar qual foi o propósito de Deus por trás de todos os eventos,
mesmo aqueles que podem parecer estranhos. Meu entendimento é que Deus enviou
Abraão de volta à terra de Canaã para “reiniciar” o plano original do jardim do
Éden. (Gênesis 12.1-4).
Sarai. Sara. Primeira esposa de Abraão
Através da primeira esposa de Abraão, Sara, nasceu Isaque, a quem foi dada a
semente prometida do Messias Salvador, mas também os direitos de posse da
terra. (Gênesis 18, 21).
A Morte de Sara Gênesis 23.1-2.
Sara viveu cento e vinte e sete anos e morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, em Canaã; e Abraão foi lamentar e chorar por ela.
Agar. A segunda mulher na vida de Abraão era
uma serva de Sara e que a mesma lhe deu para que Abraão tivesse um filho como
seu herdeiro. A meu ver configura apenas um caso extra casamento, já que Agar
era serva de Sara e quem seria seu herdeiro antes do nascimento de Isaque,
seria o servo fiel de Abraão e Sara, chamado Eliezer.
Através de Agar, serva de Sarai dada por ela para gerar um filho descendente de
Abraão, Ismael nasceu, foi abençoado e circuncidado na aliança da família mesmo
antes de Isaque nascer.
Através de Agar, uma conexão de família e
aliança foi feita com o povo do Egito (Mizraim) e por meio deles com todos os
filhos de Cuxe e Cam, vivendo na África. (Gênesis 10.6). Daí a origem dos
Ismaelitas, que eram Egípcios e grandes comerciantes naquelas regiões.
Quetura. Terceira mulher na vida de Abraão e
esposa de verdade pois Sara já havia falecido.
Depois que Sara morreu, Abraão casou-se com Quetura. Os filhos de Quetura foram
enviados para o norte e para o oriente, e se juntaram aos filhos de Assur.
(Assíria). Isso estabeleceu uma conexão de aliança familiar espalhando-se pela
Europa e pela Ásia. (Gênesis 25.1,3,6).
Deus prometeu que Abraão seria uma bênção
para todas as nações, tomaria posse do planeta terra, seria pai de muitas
nações e de sua descendência traria o Salvador do mundo. (Gênesis 12.22; Isaías
19.23-25; Romanos 4).
Os filhos de Ismael e os filhos de Quetura
não foram um equívoco. Eles faziam parte do plano de Deus para restaurar o
planeta terra e estender a família de Deus por meio do pacto com o pai Abraão.
Eliezer o fiel servo de Abraão.
Abraão, devido aos bons serviços prestados
por Eliezer, pensou em fazê-lo seu herdeiro universal, antes do nascimento de
Ismael e Isaque. (Gn 15.2,3).
A principal característica de Eliezer era a
obediência. Ainda que sucintamente vejamos essa qualidade deste mordomo.
A obediência de Eliezer ao seu senhor Abraão e
sua esposa Sara foi marcante em toda a sua vida, por isso eles depositaram
muita confiança em Eliezer. (Gn 24.10;
Pv 25.13; Ef 6.5):
Uma das tarefas mais difíceis que Abraão lhe
designou, marcou sua trajetória para sempre na Bíblia Sagrada. Sua obediência
para cumprir o desejo e o que Abraão lhe solicitou não o levou a questionar o
serviço que lhe estava sendo confiado, no entanto preparou dez camelos, no
sentido de apresentar-se como representante de um senhor muito rico. Os termos
traduzidos por obediência, tanto no Antigo Testamento (Shama) como em o Novo
Testamento (Hyapokoúo e eiakoúo) denotam a ação de escutar ou prestar atenção
(At. 5.36,37) ou ainda peithargéo, que significa submeter-se a autoridade. (At
5.29,32; Tt 3.1; 1 Co 14.21).
Eliezer submeteu-se inteiramente à autoridade
do seu senhor Abraão, sendo fiel até o fim.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário