segunda-feira, 18 de abril de 2022

A IDOLATRIA DA CRUZ PELOS EVANGÉLICOS

A IDOLATRIA DA CRUZ PELOS EVANGÉLICOS

 

A adoração da “Santa Cruz” por vários segmentos evangélicos já é uma realidade, por isso o nosso tema de hoje.  

É estranho o tema, porém está acontecendo aos montes.

Está acontecendo os desvios doutrinários pelos cristãos e a adoração da “santa cruz” pelos evangélicos é uma realidade hodierna. Pasmem os senhores, porque são pentecostais, neopentecostais e até conservadores, já que os tradicionais já eram acostumados a isso. Será que são evangélicos mesmo ou não?

Os desvios doutrinários do catolicismo romano de adoração da “santa cruz” e da imagem pregada na cruz que a algum tempo era visto somente nas igrejas católicas, agora está presente nas diversas igrejas evangélicas, inclusive e mais recentemente nas igrejas evangélicas conservadoras e pentecostais.

 

Será que isto está certo? Evangélicos podem adorar e ou venerar a “santa cruz”? Igrejas evangélicas conservadoras e pentecostais podem ter a cruz nos seus púlpitos e nos seus templos?

Sugiro que você mesmo faça uma pesquisa sobre “a adoração da santa cruz” para você perceber a gravidade do assunto proposto por mim nesta postagem. Pesquise nos sites das igrejas católicas romanas no Brasil inteiro sobre estas celebrações e você não terá mais nenhuma dúvida de que é gravíssima a situação de determinadas igrejas e “ministérios evangélicos” (?), que chegaram a este ponto de declínio espiritual.  

Você sabia que na sexta-feira chamada santa tem um momento exclusivo em que cada pessoa presente em cada missa é convidada (o), a fazer a sua confissão de adoração da “santa cruz” e confessa sua fé e adoração diante da cruz nas igrejas católicas? Na chamada sexta-feira da paixão o objeto de culto é a cruz, já que o senhor, segundo a tradição católica, está morto, é a  de adoração à “santa cruz". Algumas ou quase todas as igrejas católicas colocam um caixão com a imagem do senhor morto e fazem a adoração da “santa cruz”. A cerimônia é rápida e todos são convidados a beijar uma cruz presente na reunião e declarar sua adoração e sua fé na “santa cruz".

Você seria capaz de adorar o objeto que foi utilizado para matar seu filho, seu parente ou seus amigos? Você já percebeu quantas pessoas inocentes foram executadas na cadeira elétrica ou numa forca e nunca ninguém fez daqueles objetos motivos de adoração?

Seja qualquer objeto ou imagem de escultura, seja de ouro, de prata, de cobre, de pedras preciosas ou de madeira, a adoração e ou veneração da “santa cruz” é uma idolatria abominável diante de Deus. É uma coisa que afronta a santidade de Deus. Deus nunca aprovaria que o instrumento que foi usado para matar seu Filho amado Jesus Cristo, fosse usado como objeto de adoração, mesmo porque devemos adorar somente a Deus em espírito e em verdade.

Porém temos visto frequentemente o uso de crucifixos e imagens da cruz  no meio cristão evangélico. Algo que dantes era rejeitado, atualmente tem se fortalecido sem motivos no meio evangélico, embora continue ser pecado.

Mas me responda você mesmo: um cristão, chamado, convertido e que congrega em uma igreja evangélica e que adora somente o Senhor Jesus, poderia caminhar com alguma imagem ou com um colar ou com um pingente de alguma arma ou algum objeto relacionado à tortura de seu filho até à morte? Vou explicar melhor: poderia um filho de Deus andar com uma réplica de um revolver ou de uma faca ou de outros objetos usados para matar ou executar qualquer pessoa inclusive os inocentes, andar pelas ruas ou onde quer que vá e tenha uma réplica daqueles objetos do mal e os tenha como objetos de adoração?

Não estaria esse cristão refletindo equivocadamente o que Deus significa para ele? Poderia Deus associar-se com alguma forma de idolatria? Claro que não. Então, por que os cristãos evangélicos utilizam-se de crucifixos, imagens e fotos de cruz em suas roupas, camisas e até colocam banners, colocam uma cruz nos altares e em locais bem visíveis das igrejas? Além disso utilizam réplicas desses objetos em tamanho menor para carregá-los junto de si.

Sabe-se bem que a cruz é uma forma de tortura e é maldita, é amaldiçoada e era para amaldiçoar alguém que nela fosse crucificado.  (Gl 3:13,14). Ela, a morte de cruz, era apenas utilizada pelos povos antigos e a época de Cristo era feita pelo povo romano a todos os considerados maus e dignos de morte, segundo eles. Aquelas pessoas que eram o pior da sociedade, que eram rejeitadas por toda a sociedade, eram crucificados fora da cidade e tinham, depois de espancados, carregar a sua própria cruz para ser crucificado fora da cidade no monte caveira. Por isso num domingo antes de matarem a Jesus diziam “bendito o que vem em nome do Senhor” e naquela mesma semana instigados pelos líderes das religiões, diziam “crucifica-o, crucifica-o”.

 

Sobre a cruz e a adoração de um elemento de maldição.

A cruz em si mesma não tem efeito nenhum e sua definição física é apenas duas vigas de madeira perpendicular uma à outra. Logo, por que carregá-la? Se você não concorda em carregar imagens de armas por ser uma ‘apologia’ à violência, minimamente falando, por que carregaria algo que gera morte no peito, prego nos pés, pregos nas mãos?  Reflita que a pena de morte que vigora em alguns regimes ditatoriais nos dias de hoje, pode até ter sido alterada, mas o sentido é o mesmo.

Por que carregar na consciência uma forma tão cruenta de tortura como essa? Se a própria cruz é maldita e até Deus não olhou para Cristo quando estava naquela situação por estar carregando os pecados da humanidade, nós deveríamos levar essa tortura conosco? Isaías 53 nos dá uma visão antecipada do que aconteceria com Jesus.

Algo que tem sido confundido por muitos no meio cristão é o que a crucificação representa e outra o que é uma cruz. Para o pecador ser perdoado de seus pecados deve levar seu pesado fardo de pecados aos pés de Jesus e não aos pés da cruz.

Considere isto: Jesus não nos fala para levarmos um símbolo da cruz conosco, mas sim Seu ato de crucificação e mais ainda da ressurreição Sua ressurreição e o que isso representa e significa em nossas vidas.

Através da ressurreição o Pai de Jesus transformou-Se em Nosso Pai. (Jo 20:17), e somos considerados como filhos adotivos pelo Pai de Jesus Cristo que é o próprio Deus.

Recorde-se de que Cristo não está mais pendurado no madeiro da cruz e nada mais tem com ela, porque Ele ressuscitou. Carregar uma cruz, adorar uma cruz, cultuar uma cruz, seja como for, é idolatria e transfigurar a imagem do Deus incorruptível e invisível em objetos de madeira para adoração idólatra.  

Os cristãos obedientes à Palavra de Deus conhecem que devem ser iconoclastas, ou seja, não admitem nenhum tipo de adoração à imagens de escultura, quanto mais para motivos religiosos.

Compartilho a seguir algumas passagens bíblicas para reflexão e discernimento espiritual referente ao assunto: Salmo 115, Isaías 44 e Romanos 1:20-32.

É lamentável que alguns cristãos e teólogos liberais entendam que os dogmas, símbolos e imagens de escultura do catolicismo romano possam ser teologicamente aceitáveis no meio evangélico. Em 783 dC, foi instituído o culto e adoração das imagens e relíquias da Igreja católica de acordo com suas Tradições, já que a “Tradição da igreja” tem para eles mais força do que a Bíblia que é a palavra de Deus.  

Dentro do chamado cristianismo, a Igreja Católica Romana é um dos três ramos existentes. Os dois outros são o Protestantes e a Igreja Ortodoxa. Desses três ramos, o catolicismo romano tem o maior grupo, o qual influenciou fortemente o mundo ocidental fazendo do Brasil, segundo as lideranças católicas, a nação com o maior número de católicos do mundo.  Mas e infelizmente, desde os seus primeiros séculos, se desviou muito do cristianismo bíblico e do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, o evangelho que liberta, que salva o mais perdido pecador.


É curto o espaço para discutir e argumentar sobre as doutrinas adotadas pela Igreja Católica Romana, mas destacaremos as principais distorções feitas através dos séculos.

1) Fontes de autoridade da Igreja Romana. De acordo com a sua doutrina, a tradição e a Bíblia são as fontes de autoridade doutrinária da Igreja Romana. A Tradição, segundo a Igreja católica Romana, é a palavra de Deus não escrita na Bíblia, mas transmitida oralmente de boca em boca, originada no Vaticano pela maior autoridade da igreja que é o Papa, através dos séculos e tem um valor maior, para o clero Romano e para os Católicos, do que a Bíblia. Tomam os escritos de Agostinho, Tertuliano, Cipriano, Ambrósio, Jerônimo, João Magno, Tomaz de Aquino e outros mais, além dos decretos papais, conhecidas como “bula papal”, como se fossem a Palavra de Deus.

A Tradição se torna paralela às Escrituras Sagradas, a Bíblia, e em pé de igualdade e importância para eles. É exatamente isso que tem promovido os grandes desvios doutrinários no romanismo, os quais são adições e subtrações à Palavra de Deus. (Mt 15.6; 1Co 11.2; 1Pe 1.18; Mc 7.7-9; Ap 22.18,19).

O valor da Tradição é inferior à Bíblia, porque só a Biblia é a verdadeira revelação da Soberania de Deus ao homem. (2Tm 3.16,17). O valor da Tradição é temporal e sujeita à mudanças, mas a Palavra de Deus é imutável, é eterna.


2) O culto católico: Foi a Tradição da Igreja Romana que criou e estabeleceu a missa, um culto que envolve um aparato ritual exagerado com características pagãs. Na verdade, a missa é uma tentativa de copiar o aparato ritual do culto judaico, do AT, que tem o valor simbólico e histórico, mas o culto cristão está livre desse aparato. A missa é, na verdade, a celebração do sacrifício eucarístico, onde se cultua o sacrifício de Cristo como um ato de transubstanciação, ou seja, os elementos do pão e do vinho contidos na hóstia são milagrosamente e literalmente transformados e através da consubstanciação passam a conter  o corpo e o sangue de Jesus naquele elemento chamado de hóstia são e oferecidos aos seus fiéis segundo a crença católica. Essas hóstias têm um ritual para sua confecção e para sua guarda em objetos de ouro na Sacristia.

Daí acreditarem e ensinarem a salvação através do “santíssimo sacramento” e não no sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário.

A doutrina da missa ou eucaristia é um desvio da doutrina bíblica da Santa Ceia, que é tratada nas Escrituras como um memorial para edificação espiritual dos crentes e é ministrada conforte o próprio Senhor Jesus ensinou e ministrou para os apóstolos.

Quando fazem a missa, os líderes da Igreja Romana entendem que podem repetir o sacrifício singular de Cristo no calvário, lêdo engano.

3) Adição dos Livros Apócrifos ao Cânon das Escrituras”: Quando formou-se o Cânon das Escrituras, especialmente pelos pais da Igreja, a Bíblia Hebraica não continha esses livros, os quais só apareceram, posteriormente, na Septuaginta.

A palavra apócrifos significa escondido, espúrio, impuro. Em 1546, o Concilio de Trento, resolveu oficializar a inclusão na Bíblia de sete livros e quatro acréscimos aos livros canônicos, tais como Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, e 1 e 2 Macabeus.

Foram feitos vários acréscimos ao livro de Ester, ao livro de Daniel, dentre outros.

Portanto, o que os Pais da Igreja, incialmente, rejeitaram dos escritos apócrifos, a Igreja Romana se achou no direito de acrescentar à Bíblia e ainda considerar esses escritos, não inspirados, como Palavra de Deus.


4) Mais acréscimos de idolatria. Não tem limites o que fizeram. Os desvios doutrinários chegaram ao cúmulo de discutirem e implantarem a “infalibilidade papal" nos dogmas da igreja católica romana, como se um ser humano fosse infalível, impecável em toda sua trajetória de vida desde o nascimento até sua morte e todos os papas são sepultados em “ricos e bonitos” mausoléus no Vaticano na basílica de São Pedro. Bem diferente dos verdadeiros Cristãos que deram suas vidas mas não negaram a Cristo e a eficácia da palavra de Deus.  


5) Sobre o Papado: A idéia partiu de uma interpretação equivocada do papel do apóstolo Pedro na Igreja Primitiva.

Instituíram que Pedro foi o primeiro Papa da igreja, a autoridade espiritual máxima da igreja romana, o que nunca aconteceu. Os sucessores de Pedro são chamados de Sumo Pontífice ou Papa, porque entendem que o sucessor de Pedro na terra é o vigário de Jesus Cristo na terra e o chefe visível da Igreja. Na verdade, o Papa toma o lugar do Espírito Santo na vida da Igreja. Do ponto de vista da Bíblia, o supremo pastor da igreja é Jesus Cristo. (1Pe 5.4). Ele é a ponte ou o caminho entre Deus e os homens. (Jo 14.6; 1Tm 2.5).

O representante de Jesus Cristo na terra é o Espírito Santo e não o Papa. (Jo 14.16-18).

O chefe  Supremo da Igreja é unicamente Jesus Cristo, e não o Papa. (Mt 24.23,24; Ef 1.20-23). A infalibilidade do Papa é outro absurdo da doutrina da igreja romana, pois todo homem é falível. (Rm 3.3,4; Mt 23.9-11).


6) Sobre a idolatria a Maria e outros “santos”: Maria, a mãe do Cristo que se fez carne e habitou entre nós, foi mulher bem-aventurada, porque deixou-se ser instrumento de Deus para manifestar o braço de Deus ao mundo. Entretanto, Maria, a despeito do valor da sua vida, nunca esperou qualquer culto para si, mas sempre cultuou ao Filho, que entendeu ser o Filho de Deus.

As honrarias e títulos dados a Maria tiram o seu privilegio de ser, tão somente, a mãe do Salvador nada mais. Quando a intitulam como "mãe de Deus", contrariam a doutrina acerca da divindade. Dão a ela atributos de divindade que só pertencem à Trindade do Pai, Filho e Espírito Santo.

Dão a Maria poderes de salvar, perdoar, expiar a culpa  de pecados. Dão a ela papel de mediadora, quando há um só Mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo o Senhor. (1Tm 2.5).

Atribuem a ela virgindade mesmo depois de ter gerados filhos. (Mt 1.25; Mr 6.3-4; 4.31-35). Ao longo da história, a idolatria a Maria e aos nomes de outros personagens históricos do cristianismo tornou-se parte do desvio das orações feitas a esses chamados pela igreja católica de santos.

Equivocam-se os católicos quando entendem que os santos são todos aqueles que praticaram boas obras e já estão mortos. A Bíblia identifica como santos todos aqueles que professam o Senhor Jesus Cristo e vivem de acordo com a sua Palavra. Os vivos em Cristo, isto é, os regenerados pelo Espírito Santo, são os santos que vivem posicionalmente como santos e, progressivamente, se aperfeiçoam na santidade através de uma busca constante de santificação diante de Deus. (Jo 1.12; 1Co 1.1,2; Jo 3.3).

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 


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