MODERNIDADE
ALÉM DO NORMAL NO MEIO EVANGÉLICO
Existia
uma grande diferença comportamental entre duas igrejas das sete nominadas por
Jesus ao enviar cartas para cada Anjo, (Pastor), de cada igreja.
Vejamos
a diferença entre duas igrejas das sete igrejas do Apocalipse. O paradoxo entre
as igrejas de Esmirna e Laodicéia.
Esmirna,
Apocalipse 2.8-10.
Esmirna
era uma igreja: Fervorosa e espiritual (v.9). Pobre materialmente. (v.9). Totalmente dependente de Deus. (v. 10.)
O
Senhor Jesus disse para o Anjo da igreja de Esmirna:
"Nada
temas das coisas que hás de padecer"; “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a
coroa da vida”. (v. 10).
Ou
seja, o anjo da igreja tinha a garantia de que entre todas as situações de confronto
de sua fé plena no Senhor Jesus, ele creu na verdade e recebeu a garantia da
coroa da vida.
Laodicéia,
Apocalipse 3.14-22.
Laodiceia
era uma igreja: Morna. (v. 16). Rica materialmente. (v. l7). E se achava autossuficiente.
(v. 17).
O
Senhor Jesus disse ao Anjo (Pastor) da igreja de Laodiceia:
“Assim,
porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca";
“aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças,
e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e
que unjas os olhos com colírio, para que vejas”. (vv. 16,18.
Diante
do retrato destas duas igrejas da Ásia mostradas pelo Senhor Jesus, vemos que
literalmente as igrejas de hoje também trilham o mesmo caminho, as mesmas
virtudes e os mesmos defeitos.
A
idolatria e a modernidade, acompanhadas de imoralidades até ao extremo, agora adentraram
sutilmente e definitivamente nos templos evangélicos e estão fazendo a farra na
vida dos crentes, que garantem uma santidade aparente, mas são inconversos.
Esse negócio de que uma vez salvo, salvo para sempre e de que Jesus só quer o
coração, tem levado as pessoas a viverem com um pé no mundo e o outro também. Deus
quer ver em nós uma verdadeira conversão, uma verdadeira mudança de vida pois
estamos vivendo no mundo, mas, agora convertidos, não somos mais do mundo. Jo.3.16.
As igrejas de hoje estão, com as exceções devidas, brigando no bom sentido, para ver quem parece mais com Sodoma e Gomorra.
São
igrejas de preto, igrejas de todas as cores, igrejas tradicionais, igrejas
renovadas, igrejas liberais, igrejas pentecostais, igrejas neopentecostais,
igrejas filiadas, igrejas autônomas, igrejas com porteiras abertas, igrejas com
porteiras fechadas, igrejas com nome, igrejas sem nome, todas as igrejas conhecidas
e reconhecidas no meio evangélico não eram tidas como igrejas que adotavam a
idolatria, porém está anormalidade, além de outras igualmente desviadas do
verdadeiro evangelho, chegarem sutilmente e adentraram até aos púlpitos das
igrejas e ficaram suas bases de confusão teológica.
Então vamos analisar o que está acontecendo no meio evangélico.
Você
já ouviu falar da adoração da “santa cruz pelos evangélicos? Os católicos fazem
este tipo de adoração normalmente porque é o costume e a Tradição da mesma
cultuar porém a “santa cruz” que é
idolatria. Agora estamos vendo diversos segmentos evangélicos adotarem esta
postura pecaminosa.
Os valores
morais estão sendo invertidos para justificar erros de diversos segmentos
religiosos com um único objetivo, gerar lucros, rendas financeiras,
enriquecimento ilícito e exagerado dos seus líderes, implantaram igrejas com cultos
e reuniões para classes sociais diferentes; igrejas muito elitizadas; igrejas
com líderes esquerdista; igrejas com líderes socialistas; Abominação e rejeição
de crianças nos cultos dos adultos e muito mais; as crianças não têm dinheiro e
nem bens; além disso quando você vai no culto em determinadas igrejas você não
sabe se lá é igreja mesmo ou se é um clube de danças da umbanda ou da macumbaria
ou se é um local de baile funk, se é uma danceteria de carnaval regada a muitas
bebidas, inclusive as alcoólicas, se é uma casa de terror com tudo escuro e
fumaças exóticas, se é uma pista moderna de modas com poucas roupas, com roupas
que não cobrem nada ou quase nada do corpo, com visual totalmente fora da
realidade do padrão conservador e do temor a Deus, cada uma com muitas
tatuagens satânicas, pircens, brincos, pinturas que lembram o inferno e dizeres
esotéricos para, segundo essas pessoas, dar um help na vida. Trocaram a liberdade com que Cristo nos libertou por libertinagem. Trocaram a liturgia sacra por ações que alegram e adoram a carne e desprezaram a necessária unção do Espírito Santo para um culto racional diante de Deus. Romanos 12.1-2.
Adotam
um texto, qualquer um, não usam o contexto e acabam criando um pretexto para
novas heresias e outras inovações e invocações de “espíritos, anjos, inclusive
o Anjo Rafael da Bíblia Católica”, que não tem nada a ver com o Espírito Santo.
Onde os crentes deveriam ser exemplo dos
fiéis em tudo, para viver uma nova vida em Cristo, eles estão dando péssimos
exemplos para os neoconversos e para a sociedade que clama por libertação das
correntes malignas e das garras de Satanás.
Então
vamos à questão principal do relato de um ex-crente com suas próprias palavras.
Ele estava desgostoso com a vida de crente, não deveria estar porque temos que
olhar somente pra Jesus Cristo que é Autor e consumador da nossa fé.
Um ex-crente
cansou de ser crente por tantos péssimos exemplos dos crentes, inclusive de
muitos pastores e líderes. Mas não deveria olhar para os defeitos dos outros
para moldar sua fé e seu caráter Cristão. Jesus é e sempre será o nosso exemplo
e não os outros. Temos que olhar firmemente para o autor da nossa fé.
Vamos
à história do ex-crente publicada nas redes sociais por ele mesmo. Vamos publicar
aqui somente os fatos sem os nomes das pessoas.
Ele,
o ex-crente, começa com a seguinte pergunta: Quem que é católico nunca foi
confrontado com a seguinte frase: “vocês católicos, são idólatras. Vocês fazem
ídolos e imagens de escultura para adorar, muito embora vocês sabem que ter
imagens é idolatria e a bíblia condena a idolatria”.
Alertamos
que agora já não são mais só os católicos, diversos segmentos de evangélicos
também adotaram imagens da “santa cruz” e outros desvios doutrinários recheados
de heresias, para modernizar seus cultos religiosos e abrilhantar suas reuniões
a partir dos seus púlpitos com a presença de um exemplar da “santa cruz”, que é
um dos objetivos de idolatria dos mais adorados no mundo inteiro.
É
claro que Deus abomina idolatria, então porque a cruz adentrou nos templos
evangélicos e nos seus púlpitos e ficam bem visíveis para que todos façam o
sinal da cruz Mas tem uma coisa: o Espírito Santo se retirou de lá.
Vamos
adentrar na questão analisando a ótica do que é o catolicismo em si por um
analista ex-crente, ou seja, ele era católico e passou a ser crente, depois
arrependido, deixou de ser crente e foi ser católico de novo. Por isso eu o
chamo de ex-crente.
Diz
ele que é comum que esse questionamento sempre seja o ponto de partida de uma
discussão teológica e ainda que o tema comentado não seja esse, no fim, o
debatedor sempre procurará retornar a falar sobre as questões dos ídolos e
imagens do catolicismo romano, ele sempre afirma que a garantia dele está na Tradição
da igreja católica romana, que para os católicos é mais importante do que a
Bíblia.
A
grande problemática é que todos os sofismas lançados contra a fé católica, diz
o ex-crente, sempre estão carregados de mentiras e de um cenário ainda pior: a
falta de conhecimento. Falar sobre aquilo que não se vive, ou sobre aquilo que
nunca viveu, sempre é a tarefa apropriada dos propagadores de discursos alheios
à verdade.
Disse
também o ex-crente: lembro-me de que enquanto era protestante (presbiteriano,
que é muito liberal e a maioria dessas igrejas presbiterianas seguem a linha
teológica Calvinista), tinha um sério problema com as questões da arte sacra (
ou seja: a idolatria), porém, ao perceber a profundidade espiritual que cada ídolo
e imagem possuíam e como esses objetos sagrados me elevavam em um momento de
intimidade com o “senhor”, disse ele, aprendi a entender aquilo que a igreja
católica sempre ensinou desde os tempos primitivos e por fim, passei a observar
o quanto importante elas (imagens) eram para os judeus no período vetero-testamentários.
Disse
o ex-crente que ao contrário do que cremos e pensamos, a ideologia protestante
está longe de entender qual o real significado do uso de imagens e ídolos e é
nesse sentido que nasce mais um artigo de refutação do ex-crente contra os
textos dos apologistas evangélicos. Vejam a gravidade da coisa.
Agora
o ex-crente faz uma “refutação bíblica católica” contra os ensinamentos bíblicos
dos evangélicos.
Segundo
o ex-crente, ele encontrou mais um desses infelizes comentários feitos por
“apologistas” (segundo o ex-crente são apologistas evangélicos) e diz: deparei-me
com um texto intitulado de: “desmascarando a idolatria católica romana”, e daí
em diante ele passa a fazer veementemente a defesa da fé católica romana em
toda a sua essência inclusive com a inclusão de adoração e veneração de imagens
de escultura e ídolos, dentre outros desvios bíblicos da igreja católica
romana.
Diz
o ex-crente: pretendemos aqui, refutar mais uma vez os cansativos e repetitivos
argumentos contra o uso das representações sacras do catolicismo romano com as
seguintes argumentações:
1 –
O segundo Mandamento contém promessa, mas, por outro lado, maldição até aos
descendentes de quem o transgride. Se é vedada a fabricação desse tipo de
imagens, incabível o argumento de que poderiam ser usadas como retratos. Ao
esculpi-las (“Não farás…”) o artífice já é um transgressor da Lei de Deus. E
quem as compra se transforma em cúmplice dele.
Um
ídolo pode ser uma imagem, entretanto, nem todos os santos, pinturas e imagem
podem ser caracterizados como ídolos.
Quando
falamos sobre idolatria, é necessário entender que essa ação só ocorre a partir
do momento em que alguém deposita sua confiança em qualquer coisa, acreditando
que aquilo é um deus. Quando Paulo escreve aos Colossenses ele alerta:
“Mortificai (…) a cobiça que é uma idolatria”. (Cl 3,5).
Especificamente
neste verso, o apóstolo não está afirmando que um altar estava sendo erguido,
junto de uma imagem para assim dizer que a “cobiça” era cultuada e sim, que a
vontade imoderada de se possuir riquezas era um ato de profunda idolatria, já
que o sentimento poderia sobressair ao amor de Deus.
É
muito claro que as escrituras no velho testamento, possuem dois pontos
distintos sobre o uso de ídolos e imagens de escultura.
Mentiroso
é aquele que tenta justificar o não uso de imagens sacras, alegando que para o
povo hebreu, todas as representações seriam apenas símbolos. Tudo aquilo que é
encontrado no tabernáculo ou no templo, possui profundo significado, assim como
na Igreja Católica que continua a perseverar a guarda desse costume tão antigo.
De
fato, o segundo mandamento proíbe a fabricação de ídolos, porém, não proíbe a
fabricação de imagens, a não ser que elas sejam tratadas como uma entidade
divina com poderes superiores ao único Deus, (e por acaso existe alguma a
ou algo superior ao Senhor Deus que é o criador de tudo e de todos).
Segundo
o ex-crente o mesmo “artífice” que produz um ídolo pode ser o mesmo artífice
que constrói obras direcionadas a Deus; ele cita versículos sem o devido
contexto para embasar suas afirmações e acaba criando um pretexto para heresias
e idolatria.
Ex:
26,1 – “Farás o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido de
púrpura escarlate e de carmesim, sobre as quais alguns querubins serão
artisticamente bordados“.
Diz
o ex-crente que o segundo mandamento proíbe, por exemplo, a fabricação de
semelhanças de animais, porém toda a ritualística judaica continha animais
esculpidos dentro de seus locais de cultos.
No
templo construído por Salomão, encontramos doze imagens de touros (1 Rs
7,23; 2 Cr 4,3; 2 Cr 4,4) e até mesmo, imagens de anjos com faces
humanas, (Ez 41,18-19) que poderiam ter certa herança com a antiga
tradição da mesopotâmia.
Isto
é, se constatamos que através das escrituras que a presença iconográfica, (a iconografia
é uma forma de linguagem visual que usa imagens para representar algum tema), era
muito presente para o povo judeu, por que ainda há aqueles que continuam
exigindo que as imagens sejam tratadas como objetos de cunho idolátrico? A
Igreja Católica, apoiada pela tradição e pela própria bíblia, segundo o
ex-crente, entende que o uso de objetos sacros, não só ajudam no florescer da
espiritualidade como, ensina-nos a relembrar-nos os heróis da fé que por amor a
nosso Senhor Jesus Cristo, morreram ou viveram vidas de perfeita santidade.
Diferente
até mesmo dos hebreus que possuíam imagens fundidas com características
animalescas, nós católicos, diz o ex-crente, representamos homens e mulheres
que são exemplos de conduta para todo cristão que deseja caminhar na estrada da
cruz.
Ele
cita ainda: Hb 13,7 – “Lembrai-vos de vossos guias que vos pregaram a
palavra de Deus. Considerai como souberam encerrar a carreira
e imitai-lhes a fé”.
E o
ex-crente conclui essa primeira parte de sua defesa da fé católica romana dizendo
que existe respaldo bíblico para o uso de imagens de escultura, e isso é o mesmo
que rasgar as varias passagens que comparavam a presença desses objetos na
liturgia do povo israelita. Um pouco de sinceridade com os textos sagrados,
permitirão encontrar as seguintes provas, diz o ex-crente:
No Tabernáculo
construído por Moisés.
Pinturas
nas cortinas e véus do templo com imagens de querubins. (Ex
26,1 e 26,31);
Confecção
de duas imagens de querubins fundidos com ouro para serem colocados na
extremidade do propiciatório. (Ex 25,18);
Imagens
de chifres no tabernáculo. (Ex 27,2);
Velas
acesas perante as tábuas da Lei. (Ex 27,20-21);
Incenso
queimado no altar. (Ex 30,1);
Objetos
sagrados, onde as pessoas que os tocavam, eram “santificadas”. (Ex 30,29).
No Templo
construído por Salomão.
Duas
imagens de querubins no oráculo. (1 Rs 6,23);
As
paredes, internas e externas, eram entalhadas de anjos e palmas. (1 Rs 6,29);
As
portas eram entalhadas e cobertas de ouro com querubins, palmas e flores. (1 Rs
6,32);
Doze
touros no templo. (1 Rs 7,23);
Almofadas
e Juntas havia imagens de leões, bois e querubins. (1 Rs 7,29);
Nas
placas do templo, esculpidos, haviam, querubins, leões e palmas. (1 Rs 7,36);
Objetos
sagrados. (1 Rs 8,4 e 1 Cr 22,29).
Havia
figuras de bois e duas fileiras do mesmo animal, em imagens fundidas. (2 Cr
4,3);
Havia
outros 12 bois: três que olhavam para o norte, três que olhavam para o
ocidente, três que olhavam para o sul, e três que olhavam para o oriente. (2
Cr 4,4);
Querubins
esculpidos nas paredes. (2 Cr 3,7);
Querubins
bordados nas cortinas. (2 Cr 3,14).
Acima
da porta, no interior do templo e por toda a parede, dentro e fora, estava
coberto por figuras. (Ez 41,17);
Haviam
dois querubins, sendo que os mesmos estavam esculpidos da seguinte forma: Um
lado da face era humano e o outro lado era de um leão. (Ez 41,18-19);
Na
parede do templo, do piso até a porta, mais representações de querubins. (Ez
41,20);
Algumas
portas do templo também tinham figuras de querubins. (Ez 41,25).
Toda
essa arte sacramental não se tratava somente de símbolos e sim, de um retrato
fiel de um povo que acreditava que o local de culto deveria ser uma
cópia fiel do paraíso divino. As imagens e ídolos possuem essa função:
transformar um local de culto, ainda que impróprio e pobre por conta da mão do
homem, em algo que eleve o espírito humano na intenção de contemplar as
realidades celestes. O escritor da epístola aos Hebreus, entendeu isso ao dizer
que Moisés, procurou estreitar essas duas realidades:
Quero
só lembrar ao leitor que estamos
analisando um texto que foi escrito por um ex-crente, na ótica e na visão dele.
Ainda sobre o texto de:
Hb
8,5 – “O culto que estes celebram é, aliás, apenas a imagem, sombra das
realidades celestiais, como foi revelado a Moisés quando estava para construir
o tabernáculo: Olha, foi-lhe dito, faze todas as coisas conforme o modelo que
te foi mostrado no monte. Ex. 25,40”.
É um
argumento pobre e vazio afirmar que a “fabricação de imagens e ídolos”
contraria o segundo mandamento.
“Esquece
o ex-crente que fica claro que o povo judeu pecou em diversos momentos ao
fabricar ídolos colocando-os acima de Deus: isso é idolatria”.
Possuir
imagens e ídolos que nos recordam dos mais de dois mil anos de história, nada
mais é que garantir a própria tradição hebraica, e também a tradição católica
romana, que mantinham seus locais de culto “semelhantes ao céu”. (Hb
8,5). Basta ver que nas catacumbas de Roma, já existia o costume primitivo
de pintar as paredes e transformar a igreja em um local de profunda
espiritualidade.
Assim
como a escritura fala aos ouvidos o amor de Deus, as imagens e esculturas
retratam através das cores, o evangelho puro de Jesus Cristo, Rei de todo o
universo, afirma o ex-crente.
Veneração
de imagens.
Sobre
a veneração de imagens também informamos, mesmo que o ex-crente queira defender
que não é pecado e nem idolatria, é pecado do mesmo jeito como é pecado adorar
imagens de escultura, mas o ex-crente vai adiante em sua tentativa de defender
o indefensável. Senão vejamos:
2 –
Venerá-las é mais sério do que muitos pensam e é igualmente idolatria a
veneração de qualquer imagens de escultura.
Ainda
que alguns segmentos insistam em dizer que venerar não é o mesmo que adorar,
insisto que o ex-crente ainda afirma que não é pecado adoração de imagens e nem
a veneração das mesmas. As vezes o ex-crente peca mais em afirmar que há sim
diferenças claras entre as duas palavras e que a condição de suas ações é que
determinará se você está ou não adorando algo.
O
ex-crente diz ainda: enganam-se aqueles que pensam que nós veneramos apenas as
imagens, ao contrário, veneramos aquilo que é sagrado e consagrado a Deus como:
ídolos, imagens de escultura, o altar, os locais sagrados de culto e por fim a
escritura sagrada. Aqui o ex-crente se esqueceu de colocar a Tradição da igreja
católica como principal e primeiro motivo de adoração.
Tudo
aquilo que é oferecido ao Senhor, deve ser venerado diz ele. É um sinal de
respeito e amor as coisas santas.
Ao
verificar as escrituras, percebemos que a veneração está muito presente na vida
dos antigos patriarcas, dos profetas e posteriormente na vida de cada cristão.
Vemos
por exemplo que Jeremias compôs uma lamentação fúnebre para Josias, (2 Cr
35,25-26) e que essa “veneração” ao rei já morto, tornou-se um costume em toda
a Israel. Paulo diz que “louva” os cristãos de Corinto por lembrar-se dele (1
Cor 11,2), assim como reivindica esse louvor para si (2 Cor 12,11), se esqueceu
de lembrar que Josias estava morto e o apóstolo Paulo estava vivo, isso gerou
rejeição veemente por parte do apóstolo Paulo.
Em
sua desilusão o ex-crente ainda aponta fatos desconexos da realidade bíblica para
querer justificar sua sanha de ataques à palavra de Deus. Diz ele que Jacó prostrou-se perante seu
irmão Esaú por sete vezes (Gn 33,3), Josué e os anciãos ajoelharam-se perante a
arca da aliança que possuía duas imagens de anjos. (Js 7,6). Débora é exultada
como a “mãe de Israel”. (Jz 5,7), o profeta Natã prostra-se perante Davi. (1 Rs
1,23).
Ainda
assegura que todas essas atitudes venerativas não são perigosas, uma vez que
ninguém, está trocando a glória de Deus e creditando a homens ou objetos e sim,
estão honrando aquilo que é sagrado ou que teve um caminho santo. Lêdo engano.
Respeito à qualquer autoridade é lícito e bem diferente de veneração. Aliás,
qualquer dicionário diz que venerar e igual a adorar.
Mas
o ex-crente diz ainda que ao venerar uma imagem, um ídolo ou a própria escultura,
manifestamos através desses objetos externos, todo o nosso amor.
Quando
beijo a bíblia, não estou beijando as páginas, ou a tinta do papel e sim, estou
venerando todo o amor ali escrito e todas as palavras de salvação que
encontram-se nesse livro sagrado. Isto serve para toda a arte sacramental da
Igreja que nos remete, unicamente ao amor salvador de Jesus Cristo.
As
imagens além de uma representação do evangelho em cores, relembra-nos de todos
os santos e santas de Deus que morreram pela construção do Reino de Deus.
Mas,
digo eu: E por acaso Deus precisou ou precisa de alguém para construir o Reino
d’Ele?
Para
o ex-crente tudo aponta para o Cristo e a Igreja (católica) sempre entendeu
isso, tanto que, como já falado, o uso da arte sacra é primitivo. O catolicismo
diz que Deus não condena imagens como as católicas, mas ídolos, no sentido,
como vimos, de objetos aos quais o povo atribui vivência. Todavia as
encontradas na Igreja Romana são ídolos e imagens de escultura que da mesma
forma são idolatradas. Ainda que não o fossem, a reprovação bíblica
atinge todos os ídolos e imagens de escultura. (Êx 32; 2 Rs 21.11; Sl 115.3-9; 135.15-18; Is
2.18; At 15.20; 21.25; 2 Cor 6.16) e imagens (Êx 20.1-6; Nm 33.52; Dt 27.15; Is
41.29; Ez 8.9-12).
Não
é o catolicismo que diz que “Deus não condena imagens” e sim, a própria
escritura bíblica católica, assegura com veemência o ex-crente.
Usando
as próprias palavras do autor da afirmação, o ex-crente, podemos declarar, sem
sombra de dúvidas, que o velho testamento, possui inúmeras provas de imagens e
objetos que eram atribuídos como objetos de adoração pelo povo hebreu com total
vivência. No item anterior, colocamos mais de 20 (vinte) passagens bíblicas diz
ele, que comprovam a utilização de imagens e ídolos por parte do povo judeu,
sem que esses objetos, fossem caracterizados como idolátricos.
O
ex-crente continua em sua argumentação dizendo há outro exemplo que pode ser
citado sobre a ordenança do próprio Senhor, na confecção de imagens. Está no
livro dos números:
Nm 21,8-9 –
“E Deus respondeu para Moisés”: Faze uma serpente abrasadora e coloca-a em uma
haste. Todo aquele que for mordido e a contemplar viverá. Moisés, portanto, fez
uma serpente de bronze e colocou em uma haste; se alguém era mordido por uma
serpente, contemplava a serpente de bronze e vivia”.
O
relato do ex-crente sobre a serpente arrasadora. Vamos entender a situação: Segundo
ele próprio Deus, aquele que outrora havia condenado a confecção de imagens dá
uma ordem a Moisés: “Faça uma imagem de uma serpente”. Na atual situação, os
israelitas já haviam sido condenados pela fabricação do bezerro de ouro (Ex 32)
e fazer uma imagem, não seria uma solução agradável. Para uma nação que tinha
propensões idolátricas, seria fatal fundir uma imagem de um animal.
Será
que o Altíssimo não tinha conhecimento de que essa cobra, poderia causar uma
tragédia? Sim, entretanto, a cobra foi feita, mostrando mais uma vez que o
problema não se está em “ter” uma imagem e sim, no tratamento e na intenção que
você dá ao objeto. Enquanto o povo venerava a cobra com piedade para
afastar as doenças, não houve quaisquer problemas, entretanto, ao transformá-la
em um deus (Neustã) e ao cultuarem como uma divindade, a imagem foi destruída
pelo rei Ezequias. (2 Rs 18,4).
O que era Neustã? Neustã, no original
hebraico “de cobre”, foi o um nome de desprezo dado à serpente que Moisés
fizera no deserto (Números 21:8), e que Ezequias destruiu porque os filhos de
Israel começaram a considerá-la como um ídolo e “lhe queimar incenso”.
O passar de dezenas anos haviam conferido
à “serpente de bronze” uma misteriosa santidade; e para libertar o
povo de seu engano, e impressioná-lo com a noção de sua inutilidade, Ezequias a
chamou, em desprezo, “Neustã”, um simples pedaço de bronze. (2Reis 18:4).
É
interessante afirmar que esse acontecimento, destruição da cobra, foi
aproximadamente no ano 716 a.C, após Moisés ter elevado-a em uma haste. Ainda
que a serpente tenha sido destruída posteriormente, a imagem da cobra que o
novo testamento diz que simboliza o Cristo na cruz (Jo 3,14), foi venerada e
sua simbologia utilizada de maneira correta por quase 4 (quatro) séculos.
Sendo
assim, não é difícil entender o porquê do próprio Deus permitir a utilização de
imagens por parte do povo: enquanto cada um dos símbolos encontrava-se em seu
devido lugar, facilitando a ordem cultual dos hebreus e transformando o templo
em um verdadeiro “céu na terra”, as imagens e ídolos de adoração eram
permitidos e essa tradição estendeu-se para a Igreja primitiva que continuou a
embelezar os locais onde eram celebradas as primeiras missas.
A
Igreja não ensina que uma imagem ou deuses devem ser adorado, ao contrário, o
ensino correto da fé católica está em manifestar que através de toda a arte
sacramental, nós possamos lembrar-nos dos heróis da fé e com eles, adorar o
único e verdadeiro Deus. Assim como as escrituras ensinam o evangelho, as
imagens refletem um evangelho visual. Como é magnífico rezar na presença das
imagens e saber que cada pessoa ali representada no altar, entregou sua vida ao
Senhor, seja pelo martírio ou na busca constante pela santidade, afirma o
ex-crente.
E o
ex-crente continua sua aventura teológica lembrando da galeria dos heróis da fé
de Hebreus capítulo 11. “Ó feliz lembrança que ajuda-nos a recordar dos heróis
da fé de Hebreus capítulo 11”.
Que
sejamos dignos de venerarmos com toda piedade os santos e as imagens da Igreja
da igreja católica romana. Ela que caminha nas estradas rumo ao céu, antecipa
através de toda a sua arte sacra, mesmo que de forma imperfeita, um pouco da
realidade do paraíso celeste.
Vocês
perceberam o grau de “adoração” desse ex-crente aos ídolos, imagens, santos e a
tradição da igreja católica romana? Se é isso que ele acredita, paciência. O
livre arbítrio que Deus concedeu à todos os seres humanos, lhe capacita a fazer
as escolhas que bem entender.
Mas
vamos à defesa pura e simples da nossa fé Cristã, utilizando a Apologética
correta, sem as idolatrias e sem veneração à qualquer coisa animada ou
inanimada.
Idolatria
é a adoração a ídolos que implica em tudo aquilo que se coloca no lugar da
adoração a Deus. Quando estudamos o que é idolatria, percebemos que sua
pratica é um pecado claramente repreendido e punido por Deus em toda a Bíblia.
O
que significa idolatria?
A
palavra idolatria significa “culto a ídolos”. Essa palavra é uma
transliteração do termo grego eidololatria, que é formado por duas
palavras: eidolon e latreia.
A
primeira palavra, eidolon, significa “imagem” ou “corpo”, no sentido de
representação da forma de algo ou alguém, seja imaginário ou real. Essa palavra
deriva do grego eido, que significa “ver”, “perceber com os olhos”,
“conhecer” ou “saber a respeito”, sobretudo transmitindo a ideia de “olhar para
algo” e “saber por ver”.
A
segunda palavra é latreia, e significa “serviço sagrado” no sentido de
“prestar culto” ou “adorar”. Quando unimos esses conceitos, podemos
entender o significado da palavra idolatria.
Assim, a
idolatria implica no culto ou adoração a algo ou alguém, tanto material como
imaterial, real ou imaginário, que caracteriza a atribuição de honra a falsos
deuses, sobretudo pela materialização de tais objetos de adoração em produtos
fabricados pelo próprio homem.
O
que é um ídolo? É apenas uma imagem de escultura?
Apesar
da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a
idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens. ´
Qualquer
coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo,
um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro,
filosofias humanas (como o naturalismo, o humanismo e o racionalismo), práticas
ocultas e espiritualistas, etc.
Assim,
devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém a lealdade e a honra
que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).
Falando
especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é
uma simples obra humana, uma mera imitação formada a partir de matéria sem
vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover (Sl 115; Am 5:26; Os
13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.
A
adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos
que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião
contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano, e não
podem livrar tais pessoas do juízo divino.
No
Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e
eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática
não foi aprovada pelo Senhor. (cf. 1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os
10:5-8).
O
apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por
traz da adoração ao ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).
O
homem como um ser idólatra.
Depois
da Queda do homem, a idolatria passou a ser um pecado constante na humanidade
decaída. Desde muito cedo o homem busca por manifestações materiais da presença
divina.
Por
sua natureza deprava e corrompida, o homem começou procurar substituir a
adoração ao verdadeiro Deus pela adoração a um deus falso, fabricado para
satisfazer sua própria concupiscência pecaminosa.
Assim,
ao longo do tempo a humanidade já adorou uma enorme quantidade e variedade de
falsos deuses, como por exemplo:
O
culto à elementos naturais: pedras, montanhas, rios, árvores, fontes, etc. Aqui
também vale menção à adoração às forças da natureza, como as tempestades, água,
fogo, ar e a própria terra.
O
culto aos animais: cobras, touros, águias, bezerros, etc. Às vezes também
combinava-se figuras de animais com formas humanas, o que é conhecido como
teriomorfismo.
O
culto à elementos astrais: sol, lua e estrelas.
O
culto a homens do passado: antepassados que foram heróis locais para um
determinado povo.
O
culto à conceitos abstratos: a sabedoria, justiça, etc.
O
culto à pessoas poderosas: reis e imperadores eram adorados por seus súditos
como um tipo de divindade. No primeiro século, por exemplo, o culto ao
imperador romano foi instituído, e tal prática representou grande perseguição
para a Igreja. O livro do Apocalipse revela muito desse fundo
histórico.
A
idolatria na Bíblia.
Do
Antigo ao Novo Testamento vemos como as pessoas sempre se envolveram com a
idolatria. Na história do povo de Israel, vemos que as práticas idólatras
foram adotadas pelos israelitas principalmente por influência de nações
vizinhas, como os egípcios, cananeus e os povos assírio-babilônicos.
De
forma geral, essas nações eram politeístas e adoravam os mais
diversos deuses, enquanto o povo hebreu deveria ser
inegociavelmente monoteísta. Vemos esse princípio logo na convocação
de Abraão, quando Deus lhe ordenou que saísse do meio da idolatria tipicamente
politeísta que havia em Ur dos Caldeus.
Mais
tarde, enquanto o povo hebreu esteve no Egito, houve um grande interesse pelos
ídolos egípcios (Js 24:14; Ez 20:7,8). As próprias pragas enviadas pelo Senhor
também representavam juízos contra os deuses egípcios. (Nm 33:4).
A
idolatria após Israel sair do Egito.
Os
dois primeiros mandamentos proíbem expressamente a prática da
idolatria (Êx 20:1-5; Dt 5:7,8; Lv 19:4), onde inclusive a confecção de
qualquer tipo de imagem de escultura é explicitamente reprovada pelo Senhor.
Existem
vários exemplos de práticas idólatras entre o povo hebreu que desagradou ao
Senhor, como por exemplo, o bezerro de ouro, um ídolo criado por Arão a pedido
do povo como um tipo de representação de Jeová enquanto Moisés estava na
montanha do Sinai. (Êx 32).
Obviamente
a figura do bezerro estava fundamentada na ideia de divindade que eles tinham
adquirido durante os anos no Egito, onde touros sagrados eram comumente
honrados.
Na
verdade, essa passagem expressa muito bem o real propósito e significado
da idolatria, que consiste em desviar a honra e adoração do verdadeiro
Deus a um ídolo qualquer, atribuindo até mesmo as obras de Deus a esse ídolo.
Perceba
que o povo pediu para que Arão fizesse “um deus que nos conduza”. (Êx
32:1), e depois do ídolo já estar pronto, os israelitas começaram prestar-lhe
culto alegando ter sido ele que os tirou da terra do Egito. (Êx 32:4,8).
A
adoração prestada a esse bezerro de ouro possuía os elementos de um culto
pagão. O povo se despiu e começou a dançar e cantar diante daquela imagem (Êx
32:6,18,19,25). O termo saheq, empregado em Êxodo 32:6 e traduzido como
“folgar”, transmite a ideia de atos e gestos sexuais. (1Co 10:7,8).
Em
Deuteronômio 17 lemos que a idolatria era uma ofensa tão abominável que deveria
ser punida com a morte do transgressor. É interessante que o texto inclui não
apenas a adoração de imagens de ídolos, mas também a adoração ao sol, à lua
ou “a todo o exército do céu”. (Dt 17:3).
A
idolatria no tempo dos juízes.
Após
a morte de Josué e da geração que com ele entrou na Terra Prometida,
surgiu uma nova geração que não conhecia o Senhor, e começou a prestar culto a
outros deuses. (Jz 2:10-13).
Por
conta disso, o Senhor permitiu que invasores castigassem aquele povo, e sempre
que os israelitas partiam para uma batalha, a mão do Senhor era contra eles.
(Jz 2:14,15).
Foi
nesse cenário que Deus levantou os juízes de Israel para libertar o povo das
mãos das nações inimigas e chamá-lo ao arrependimento. No entanto, mesmo assim
o povo não ouviu os juízes, e continuaram a se prostituir com outros deuses.
(Jz 2:16,17).
A
Bíblia diz que sempre que o Senhor levantava um juiz, Ele estava com aquele
juiz e o povo de Israel era liberto das mãos dos opressores, mas quando o juiz
morria novamente o povo voltava à idolatria de uma forma ainda mais
perversa. (Jz 2:18,19).
Por
esse motivo Deus permitiu que as nações vizinhas não fossem expulsas daquela
terra, fazendo delas um instrumento de juízo contra Israel. (Jz 2:20-23).
A
idolatria no tempo dos reis e profetas.
No
tempo dos reis de Israel houve grande idolatria. Após a morte de Davi
e Salomão, o reino de se dividiu em duas partes, o Reino do Norte (Israel) e o
Reino do Sul (Judá).
Ainda
nos dias do rei Salomão, a prática da idolatria pôde ser notada em
Israel. As fortes práticas de comércio internacional fizeram com que, pelo
contato com outros povos, a idolatria entrasse no meio do povo.
Até
mesmo o próprio rei Salomão, o homem que recebeu a incumbência de construir o
Templo do Senhor, em sua velhice começou a praticar a adoração mista,
seguindo outros deuses para satisfazer suas esposas estrangeiras. (1Rs 11:4).
Já
com o reino dividido, as práticas idólatras foram frequentes entre o povo.
Talvez o melhor exemplo que podemos usar aqui é a idolatria introduzida
por Jezabel durante o reinado de seu marido, Acabe.
O
rei Acabe reinou sobre o Reino do Norte, mas as praticas idólatras de sua
família contaminaram também o Reino do Sul, quando sua filha casou-se com o
filho do rei Josafá de Judá, e esse casamento trouxe graves consequências
que quase extinguiram a casa de Davi.
No
tempo do rei Acabe e Jezabel, a adoração a outros deuses levou a um massacre
dos profetas do Senhor, e até mesmo os altares a Jeová foram destruídos.
Tais práticas foram duramente confrontadas pelo profeta Elias.
No
entanto, a idolatria em Israel foi tão grande que até mesmo as gerações
posteriores foram influenciadas por ela.
Podemos
notar claramente a repreensão do Senhor a tais práticas pelo ministério dos
profetas, que chamavam o povo ao arrependimento e anunciavam o juízo iminente,
como fez, por exemplo, os profetas Oseias, Miqueias, Amós, Habacuque,
Isaías, Jeremias e outros.
Finalmente,
por conta de toda desobediência aos mandamentos do Senhor e da idolatria
praticada, o povo de Israel foi entregue nas mãos de outras nações. O Reino do
Norte caiu perante a Assíria, e o Reino do Sul caiu perante o Império
Babilônico do rei Nabucodonosor.
Assim,
a Bíblia claramente aponta para o fato de que o cativeiro assírio e o cativeiro
babilônico foram consequências da idolatria dos israelitas e de sua
prostituição no paganismo.
Tanto
o povo babilônico quanto o povo assírio cultuavam uma grande variedade de
deuses, tendo para praticamente tudo uma divindade representante, isso porque
para eles também não havia nenhum problema em absorver as divindades das nações
que eles próprios subjugavam, e adicioná-las à suas próprias práticas
religiosas.
Durante
todo esse período, desde a época dos juízes até os tempos de exílio, alguns dos
deuses cultuados pelo povo foram: os muitos baalins dos cananeus, Ishtar dos
babilônios e assírios, Astarote e Baal dos sidônios, a deusa cananita Aserá,
Quemos dos moabitas, Moloque dos amonitas, dentre outros.
A
idolatria no Novo Testamento.
Se
no Antigo Testamento a idolatria é fortemente censurada e reprovada, o mesmo
acontece no Novo Testamento. Com o avanço da pregação do Evangelho entre
as nações gentílicas, os cristãos precisaram discutir questões
relacionadas à idolatria. (At 15:20; 1Co 8; 10; 1Pe 4:3; Ap 2:14,20).
No
capítulo 1 da Carta aos Romanos, Paulo escreveu sobre as vãs filosofias
humanas que muda “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem
de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de repteis”. (Rm
1:23).
No
Novo Testamento, qualquer um que adora deuses pagãos ou que coloca qualquer
outra coisa numa posição mais elevada do que Senhor, depositando uma confiança
que só deve ser demonstrada a Ele, é chamado de idólatra.
Existem
várias exortações para que os cristãos não se associem com as práticas
idólatras e fujam terminante da idolatria. (1Co 10:7,14; 1Jo 5:21).
O
Senhor Jesus alertou também para o perigo da adoração às riquezas, que personifica
o dinheiro como um senhor, Mamom, e torna o homem infiel. Jesus foi claro
ao dizer que não se pode servir a Deus e as riquezas (Mt 6:24; Lc 16:13), e o
mesmo também foi ensinado pelo apóstolo Paulo que colocou a avareza e
a idolatria em conexão. (Cl 3:5; Ef 5:5).
A
idolatria é apontada por Paulo como sendo uma obra da carne, associada
também a outras concupiscências e práticas malignas, como a bruxaria e a
imoralidade sexual de todo tipo. (Gl 5:19,20; cf. Rm 16:18; Fp 3:19).
Qual
o perigo da idolatria?
Se
no Antigo Testamento podemos ler sobre as duras punições que o povo de Israel
sofreu devido a sua idolatria, no Novo Testamento lemos exortações claras
sobre o grande perigo da idolatria.
De
forma bem direta, a Palavra de Deus nos diz que quem pratica a idolatria
não herdará o reino de Deus, (1Co 6:10; Ap 22:15), bem como que a punição
para os idólatras será a condenação no lago de fogo por toda a
eternidade. (Ap 21:8).
Existe
idolatria nas igrejas evangélicas?
Infelizmente
sim. Um falso evangelho tem sido pregado e seu principal fundamento é a
idolatria. As pessoas estão procurando amuletos na tentativa de materializar o
poder de Deus, e com isso introduzem misticismos e superstições entre os
cristãos. É o caso muito frequente da introdução da cruz nos púlpitos das
igrejas evangélicas e em sua estrutura física bem visível aos olhos de todos.
É
fácil encontrar pessoas que se apegam a rosas, líquidos supostamente
consagrados como água e azeite, lugares que alegam ser sagrados, e uma
infinidade de outros produtos desenvolvidos para abastecer o poderoso mercado
gospel, que sustenta verdadeiros artistas e animadores de palco.
As
pessoas idolatram também seus próprios líderes, que reivindicam sobre si uma
espécie de unção especial de Deus para guiar tais pessoas a uma vida de
milagres.
Claro
que a Palavra de Deus esclarece que tais líderes são “doutores” levantados
pelos homens conforme suas próprias concupiscências, pois não suportam a sã
doutrina. Tais pessoas estão com os ouvidos desviados da verdade, e o evangelho
que seguem não passa de fábulas. (2Tm 4:3,4).
É
comum também encontrar alguém que, muitas vezes por falta de
ensinamento, idolatra coisas legítimas que não deveriam ser idolatradas,
como por exemplo, os próprios elementos da Ceia do Senhor.
É
possível fugir da idolatria?
Vivemos
em uma sociedade completamente contaminada por práticas pagãs e infelizmente
até as igrejas evangélicas de diversos segmentos estão adotando práticas de
idolatria, inclusive o culto à “santa cruz” que, conforme o calendário
católico, é realizado no dia da chamada sexta-feira da paixão. O modernismo
teológico tem levado as pessoas e as igrejas e ministérios evangélicos a
esfriar na fé. As pessoas elegem como deuses qualquer coisa que lhes satisfaça.
Diante disso, muita gente se pergunta se é possível se abster completamente das
práticas idólatras, num tempo em que até mesmo o próprio estilo de vida é
cultuado.
A
resposta bíblica para esse pergunta é muito clara. E possível sim não se
envolver em práticas idólatras.
Na
Palavra de Deus temos vários exemplos de homens que não sucumbiram à idolatria.
Mesmo em tempos onde a idolatria predominou sobre o povo, Deus sempre teve um
remanescente fiel que não dobrou os joelhos perante os falsos deuses. (1Rs
19:18).
Assim
como Abraão ouviu o chamado do Senhor e entendeu que só há um Deus sobre os
céus e a terra, o criador de tudo, e que somente Ele é o único digno de ser
adorado, o profeta Daniel, em plena Babilônia no centro do paganismo, nos
mostrou que é possível adorar o verdadeiro Deus sem se corromper. (Dn
1; 6).
O
mesmo também fez seus amigos Misael, Hananias e Azarias que
preferiram a fornalha de fogo a se dobrar perante a estátua levantada por
Nabucodonosor. (Dn 1; 3).
Com
isso, aprendemos que muitas vezes se opor e denunciar a
idolatria pode nos custar uma fornalha, uma cova de leões ou um período de
isolamento (cf. 1Rs 17), mas o mais importante é sempre podermos viver a
verdade presente nas palavras do salmista: “Eu te louvarei, de todo o meu
coração; na presença dos deuses a Ti cantarei louvores”. (Sl 138:1).
Advertências
apocalípticas.
Apocalipse 21.8
8.
Mas, quanto aos tímidos (ou covardes), e aos incrédulos, e aos abomináveis, e
aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos
os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a
segunda morte.
Apocalipse
22.6,14,15
6.
Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre
estes não tem poder a segunda morte, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e
reinarão com ele mil anos.
14.
E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte.
15.
E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de
fogo.
Lute
com todas as suas forças para alcançar a salvação. Só Jesus Cristo salva, cura,
batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a sua igreja.
Deus
abençoe você e sua família
Pr.
Waldir Pedro de Souza
Bacharel
em Teologia, Pastor e Escritor.
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