ANÁLISE SIMPLIFICADA DAS EPÍSTOLAS PAULINAS.
As Epístolas Paulinas, chamadas também de Epístolas do Apóstolo
Paulo ou Cartas de Paulo, são os 13 (treze) livros do Novo
Testamento da Bíblia que têm o nome Paulo como a primeira
palavra. Muitos atribuem também a autoria do livro aos Hebreus ao apóstolo
Paulo.
Portanto, as mesmas que reivindicam a autoria do apóstolo Paulo
teem seu nome citado logo no início. Entre estas cartas, estão alguns dos
mais antigos documentos cristãos existentes.
Eles fornecem uma visão das crenças de parte do Cânon do Novo
Testamento e são textos fundamentais para a Teologia Cristã e para a ética, a
moral e os ensinamentos das doutrinas do Senhor Jesus Cristo para todos os
Cristãos de todos os tempos e de todas as épocas.
A Epístola aos Hebreus, embora não tenha o nome de Paulo como seu
escritor, foi tradicionalmente considerada paulina por mil anos. Mas, a partir
do século XVI, a opinião se moveu constantemente contra a autoria paulina e
poucos estudiosos agora atribuem a autoria dessa carta a Paulo, principalmente
porque a mesma não é lida como qualquer uma das outras epístolas atribuídas a
ele em estilo e conteúdo. A maioria dos estudiosos também concordam que Paulo
realmente escreveu sete das Epístolas Paulinas, mas consideram que quatro das
epístolas em nome de Paulo parecem não ser da autoria dele. Além disso outros estudiosos
ainda estão divididos sobre a autenticidade de duas das epístolas.
As Epístolas Paulinas são, geralmente, colocadas entre o livro de Atos
dos Apóstolos e as Epístolas Gerais ou Universais nas edições
modernas. A maioria dos manuscritos gregos, no entanto, colocam as Epístolas
Gerais primeiro e alguns manuscritos colocam as Epístolas Paulinas no final do
Novo Testamento.
Paulo escreveu as epístolas para as comunidades que visitara,
pregando e ensinando as doutrinas e ensinamentos da fé cristã. As cartas relacionadas a seguir,
conhecidas como Corpus Paulinum, são aquelas que tradicionalmente são
atribuídas a Paulo:
Romanos; 1 Coríntios; 2 Coríntios; Gálatas; Efésios; Filipenses; Colossenses;
1 Tessalonicenses; 2 Tessalonicenses; 1 Timóteo; 2 Timóteo; Tito; Filemom; Hebreus (de
autor desconhecido, porém às vezes é atribuída a sua autoria a Paulo).
As epístolas paulinas ainda podem ser divididas em:
1) Epístolas de cunho eclesiástico: Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas,
Efésios, Filipenses, Colos-senses, 1 e 2 Tessalonenses.
2) Epístolas de cunho Pastoral: 1 e 2 Timóteo, e Tito.
3) Epístola de cunho pessoal: Filemom.
Muitos estudiosos classificam também as cartas de Paulo em quatro
categorias com base no conteúdo das cartas ou na ocasião quem foram escritas.
São elas:
Cartas escatológicas: 1 e 2 Tessalonicenses.
Cartas soteriológicas: Romanos, 1 e 2 Coríntios e Gálatas.
Cartas da prisão: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom.
Cartas pastorais: 1 e 2 Timóteo e Tito, (embora a carta de 2
Timóteo também tenha sido escrita enquanto Paulo estava preso).
As cartas de Paulo falam sobre questões centrais da Fé Cristã.
Divinamente inspiradas pelo Espírito Santo, essas cartas trazem instruções
teológicas indispensáveis à doutrina cristã.
Elas instruem os cristãos quanto a natureza de Deus, o significado do
ministério e obra de Cristo, o ministério do Espírito Santo na Igreja, a
doutrina da salvação, a doutrina dos acontecimentos que se darão no final dos
tempos, o caráter cristão e a aplicação da vontade de Deus na vida
prática dos crentes, além de ensinar sobre a ordem no culto e o governo da
Igreja.
Quem foi o apóstolo Paulo?
Paulo de Tarso, chamado de apóstolo Paulo depois da sua conversão, sem
dúvida é um dos personagens bíblicos mais conhecidos por todos os cristãos. Ele
foi considerado como sendo o maior líder do cristianismo naquela época. Neste
texto, nós conheceremos mais um pouco sobre a história de Paulo, autor de
treze epístolas presentes na Bíblia, no novo testamento.
Vejamos aqui um pouco da Biografia do Apóstolo Paulo.
Paulo, nome romano de Saulo, nasceu
em Tarso na Cilícia, (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não
era um lugar insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de
cultura grega. Tarso era uma cidade universitária que ficava próxima da costa
nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano, Paulo era
um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, e membro
zeloso do partido dos Fariseus. (Romanos 11:1; Filipenses 3:5; Atos
23:6).
A infância e adolescência do apóstolo Paulo tem sido tema de grande
debate entre os estudiosos. Alguns defendem que o apóstolo Paulo passou toda
sua infância em Tarso, indo apenas durante sua adolescência para Jerusalém.
Outros defendem que Paulo foi para Jerusalém ainda bem pequeno. Nesse caso, ele
teria passado sua infância longe de Tarso. Na verdade, desde seu nascimento até
seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, conforme os
relatos do livro de Atos dos Apóstolos, há pouca informação sobre a vida
do apóstolo Paulo.
Embora não se saiba ao certo com quantos anos Paulo saiu de Tarso,
sabe-se com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado
doutor da lei, Gamaliel, neto de Hillel. Paulo conhecia profundamente a
cultura grega. Ele também falava o aramaico, era herdeiro da tradição do
farisaísmo, estrito observador da Lei e mais avançado no judaísmo do que seus
contemporâneos. (Gálatas 1:14; Filipenses 3:5,6).
Considerando todos estes aspectos, pode-se afirmar que sua família
possuía alguns recursos e desfrutava de posição proeminente na sociedade.
O apóstolo Paulo possuía cidadania romana. Sobre isso, ele próprio
afirma ser cidadão romano de nascimento, (Atos 22:28). Provavelmente essa
declaração indica que sua cidadania foi herdada de seu pai. Estima-se que
naquele tempo pelo menos dois terços da população do Império Romano não possuía
cidadania romana. Não se sabe ao certo como o pai do apóstolo conseguiu tal
cidadania. Algumas pessoas importantes e abastadas conseguiam comprar a
cidadania (Atos 22:28). Outras, conseguiam tal cidadania ao prestar algum
serviço relevante ao governo romano. A cidadania romana concedia alguns
privilégios, dentre os quais podemos citar três pontos principais:
1)Paulo tinha a garantia do julgamento perante César, nos casos de
acusação, porque era Cidadão Romano.
2)Paulo tinha a imunidade legal dos açoites antes da condenação.
3)Paulo não poderia ser submetido à crucificação, a pior forma de pena
de morte da época.
Saulo de Tarso, o perseguidor implacável dos cristãos.
O livro de Atos dos Apóstolos informa que quando Estêvão foi apedrejado,
suas vestes foram depositadas aos pés de Saulo de Tarso (Atos 7:58). Após esse
episódio da morte de Estêvão, Saulo de Tarso assumiu uma posição importante na
perseguição aos cristãos. Ele recebeu autoridade oficial para liderar as
perseguições. Além disso, na qualidade de membro do concílio do Sinédrio em
Jerusalém, ele dava o seu voto a favor da morte dos cristãos. (Atos 26:10).
O próprio Saulo de Tarso afirmou que “respirava ameaça e morte
contra os discípulos do Senhor Jesus”. (Atos 9:1). Além de deflagrar a
perseguição em Jerusalém, ele ainda solicitou cartas ao sumo sacerdote para as
sinagogas em Damasco. Seu objetivo era levar preso para Jerusalém qualquer um
que fosse seguidor de Cristo, tanto homem como mulher. (Atos 9:2).
Saulo perseguia e assolava a Igreja de Deus (Gálatas 1:13). Ele fazia
isso acreditando que estava servindo a Deus e preservando a pureza da Lei.
A conversão de Saulo de Tarso ( que se chamou Paulo de Tarso depois da
sua conversão).
As narrativas no livro de Atos, e as notas do próprio apóstolo Paulo em
suas epístolas, sugerem uma súbita conversão. Entretanto, alguns intérpretes
defendem que algumas experiências ao longo de sua vida devem tê-lo
preparado previamente para aquele momento. A experiência do martírio de Estêvão
e sua campanha de casa em casa para perseguir os cristãos podem ser exemplos
disto. (Atos 8:1-3; 9:1,2; 22:4; 26:10,11).
O que se sabe realmente é que Saulo de Tarso partiu furiosamente em
direção a Damasco com o intuito de destruir a comunidade cristã daquela cidade.
De repente, algo inesperado aconteceu, algo que causou uma mudança radical, não
só na vida de Saulo de Tarso, mas no curso da História. Atos 9.3-6.
Ao escrever Atos dos Apóstolos, Lucas interpreta a conversão de Saulo de
Tarso como um ato miraculoso, um momento em que um inimigo declarado de Cristo
transformou-se em apóstolo seu. Os homens que estavam com Saulo ouviram a voz,
mas não compreenderam as palavras. Eles ficaram espantados, mas não puderam ver
a Pessoa de Cristo.
Por outro lado, aquele que seria transformado apóstolo dos gentios,
Paulo viu o Cristo ressurreto e ouviu suas palavras. Esse encontro foi tão
importante para Paulo que a base de sua afirmação sobre a legalidade de seu
apostolado está fundamentada nessa experiência. (1 Coríntios 9:1; 15:8-15;
Gálatas 1:15-17).
Considerando que Paulo de Tarso não havia sido um dos doze
discípulos de Jesus, além de ter perseguido seus seguidores, a necessidade e
importância da revelação pessoal de Cristo para Paulo fica evidente. Essa
experiência transformou Paulo de Tarso profundamente como é possível notar:
Ele respondeu ao chamado de Cristo.
O primeiro aspecto da mudança na vida do apóstolo Paulo pode ser
percebido quando, imediatamente, ele responde à voz de Cristo: “Senhor,
que queres que eu faça?”, (Atos 9:6). Essa pergunta marcou o começo de seu
novo relacionamento com Cristo. (Gálatas 2:20).
De perseguidor a perseguido e pregador do Evangelho:
A mudança radical que atingiu a vida do apóstolo Paulo fica evidente na
mensagem que ele começou a pregar na própria cidade de Damasco. Isso é
realmente impressionante. Ele começou a pregar o Evangelho no mesmo lugar
em que pretendia prender os seguidores de Cristo. (Atos 9:1,2).
Mudança total de vida:
Antes da conversão, Saulo de Tarso não aceitava a divindade de Jesus.
Ele até acreditava que ao perseguir seus seguidores como um animal selvagem,
tentando força-los a blasfemar contra Jesus, estaria fazendo a vontade de Deus,
(Atos 26:9-11; 1 Coríntios 12:3). É certo dizer que ele via Jesus como um
impostor. Após sua conversão, sua pregação não era outra senão anunciar que
Jesus é o Filho de Deus, o seu Salvador. (Atos 9:20). O Paulo de coração duro,
rigoroso, rancoroso, ameaçador e violento de outrora, depois de convertido
passou a demonstrar ternura, sensibilidade e amor. Essas características ficam
evidentes em suas obras.
O início do ministério do apóstolo Paulo.
Após o encontro que teve com Cristo, o apóstolo Paulo chegou em Damasco
e recebeu a visita de Ananias. Foi Ananias quem o batizou, (Atos 9:17,18).
Também foi ali, naquela mesma cidade, que Paulo começou sua obra evangelística.
Não há informações detalhadas sobre os primeiros anos de seu
ministério. O que se sabe é que o apóstolo Paulo pregou rapidamente em
Damasco e depois foi passar um tempo na Arábia. (Atos 9:20-22; Gl 1:17). A
Bíblia não esclarece o que ele fez ali, nem mesmo qual o lugar específico da
Arábia em que ele ficou. Depois, o apóstolo Paulo retornou a Damasco, onde sua
pregação provocou uma oposição tão grande que ele precisou fugir para salvar
sua própria vida. (2 Coríntios 11:32,33).
Naquela ocasião ele fugiu para Jerusalém, (Gálatas 1:18). Nesse tempo
havia completado cerca de três anos de sua conversão. Paulo tentou juntar-se
aos discípulos, porém estavam todos receosos com ele. Foi então
que Barnabé se dispôs a apresentá-lo aos líderes dos cristãos.
Entretanto, seu período em Jerusalém foi muito rápido, pois novamente os judeus
procuravam assassiná-lo.
Por conta disso, os cristãos decidiram despedir Paulo, uma decisão
confirmada pelo Senhor numa visão. Segundo o que ele próprio afirma em Gálatas
1:18, ele ficou somente quinze dias com Pedro. Essa informação se
harmoniza com o relato de Atos 22:17-21. Paulo acabou deixando Jerusalém antes
que pudesse se encontrar com os demais apóstolos, e também antes de se tornar
conhecido pessoalmente pelas igrejas da Judéia. Porém, os crentes de toda
aquela região já ouviam as boas-novas sobre Paulo. Gálatas 1. 22,23.
O silêncio em Tarso e o trabalho em Antioquia.
Logo depois o apóstolo Paulo foi enviado à sua cidade natal, Tarso. Ali
ele passou um período de silêncio de cerca de dez anos. Embora esses anos sejam
conhecidos como o sendo o período silencioso do ministério do apóstolo
Paulo, é provável que ele tenha fundado algumas igrejas naquela região.
Estudiosos sugerem que as igrejas mencionadas em Atos 15:41, tenham sido fundadas
por Paulo durante esse mesmo período.
É certo que Barnabé, ao ouvir falar da obra que Paulo estava
desempenhando, solicitou a presença do apóstolo em Antioquia na posição de um
obreiro auxiliar. O objetivo era que Paulo o ajudasse numa promissora missão
evangelística entre os gentios. Após cerca de um ano, ocorreu um período de
grande fome. Então os crentes de Antioquia providenciaram contribuições para
servir de auxilio aos cristãos da Judéia. Essas contribuições foram levadas por
Paulo e Silas. Havendo completado sua missão, Paulo e Silas regressaram para a
Antioquia.
Esse período em Antioquia foi essencial no ministério do apóstolo Paulo.
Foi ali que sua missão de levar o Evangelho aos gentios começou a ganhar força.
Foi enquanto estava em Antioquia que o Espírito Santo orientou a Igreja a
separar Barnabé e Paulo para a obra à qual Deus os chamara. Só então tiveram
início as viagens missionárias do apóstolo Paulo.
Prisões e morte do apóstolo Paulo.
Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o
apóstolo Paulo sofreu. Essa discussão se dá, principalmente pelo fato de o
livro de Atos não descrever toda a história do apóstolo Paulo. Além disso,
provavelmente o apóstolo Paulo foi preso algumas vezes por um período muito
curto de tempo, como por exemplo, em Filipos, (Atos 16:23).
Ao falar sobre suas próprias prisões, o apóstolo Paulo escreveu o
seguinte: São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em
trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em
perigo de morte, muitas vezes. (2 Coríntios 11:23).
Considerando apenas as principais prisões do apóstolo Paulo, sabe-se que
ele foi preso em Jerusalém, (Atos 21), e para impedir que fosse linchado, ele
foi transferido para Cesaréia. Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou
o apóstolo Paulo na prisão por dois anos, (Atos 23-26). Festo, sucessor de
Felix, sinalizou que poderia entregar Paulo aos judeus, para que por eles, ele
fosse julgado.
Como Paulo sabia que o resultado do julgamento seria totalmente
desfavorável a sua pessoa, então na qualidade de cidadão romano, ele apelou
para César. Depois de um discurso perante o rei Agripa e Berenice, o apóstolo
Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível tempestade, o navio
a qual ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno na ilha de Malta.
Finalmente o apóstolo Paulo chegou a Roma na primavera. Na capital do
Império Romano ele passou dois anos em prisão domiciliar. Apesar disso ele
tinha total liberdade para ensinar sobre o Evangelho, (Atos 28:31). É
exatamente nesse ponto que termina a história descrita no livro de Atos dos
Apóstolos. O restante da vida de Paulo precisa ser contado utilizando-se
os registros de outras fontes.
Por isso, as únicas informações adicionais que encontramos no Novo
Testamento sobre a biografia do apóstolo Paulo, parte das Epístolas
Pastorais. Essas epístolas parecem sugerir que o apóstolo Paulo foi solto
depois dessa primeira prisão em Roma relatada em Atos por volta de 63 d.C. (2
Timóteo 4:16,17). Após ser solto, ele teria visitado a área do Mar Egeu e
viajado até a Espanha.
Sobre o martírio do apóstolo Paulo em Roma, foi só sofrimento.
Depois, novamente Paulo foi aprisionado em Roma. Dessa última vez ele
acabou executado pelas mãos de Nero por volta de 67 e 68 d.C. (2 Timóteo
4:6-18).
Tudo isso indica que as Epístolas Pastorais documentam situações não
historiadas em Atos. Fora dos registros bíblicos a epístola de Clemente (cerca
de 95 d.C.) e o cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.) testificam sobre uma
viagem do apóstolo Paulo a Espanha.
A tradição cristã conta que a morte do apóstolo Paulo ocorreu junto da
estrada de Óstia, fora da cidade de Roma. Ele teria sido decapitado. Talvez o
texto que mais defina a biografia do apóstolo Paulo seja exatamente
este:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a
coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele
dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda”. (2
Timóteo 4:7,8).
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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