JUDAS ISCARIOTES O TRAIDOR
Judas Iscariotes, o maior traidor de todos os
tempos na face da terra. Traiu a Jesus Cristo o Filho de Deus.
Quem foi Judas Iscariotes?
Judas Iscariotes foi o discípulo que traiu
Jesus. Ele foi escolhido para ser um dos 12 apóstolos mas decidiu entregar
Jesus nas mãos de quem queria tirar sua vida. A ganância de Judas deu
lugar ao diabo e ele ficou conhecido na Bíblia como um traidor.
Durante seu ministério, Jesus escolheu alguns
de seus discípulos para serem apóstolos, pessoas que receberiam ensinamento
mais pessoal, com o propósito de se tornarem os futuros líderes da Igreja.
(Lucas 6:13-16).
Um dos 12 escolhidos foi Judas Iscariotes.
Ele ficou encarregado do dinheiro do grupo mas tinha por hábito roubar da bolsa
comum.
Judas Iscariotes foi o discípulo que traiu
Jesus. Ele pertenceu ao grupo dos doze discípulos que Jesus chamou para
acompanhá-lo, e seu nome sempre aparece em último lugar nas listas que trazem
os nomes dos apóstolos.
Ele também é frequentemente mencionado na
narrativa bíblica dos Evangelhos, às vezes apenas como “Judas”, mas geralmente
seu nome é acompanhado com alguma descrição que o distingue dos demais. Por
exemplo: ele é chamado de “Judas, que o traiu”, “Judas Iscariotes, filho de
Simão”, Judas filho de Simão Iscariotes, ou apenas “o traidor”, (Mateus
26:14,25,47; 27:3; Marcos 14:10,43; Lucas 22:3,47,48; João 6:71; 12:4;
13:2,26-29; 18:2-5).
A história de Judas Iscariotes.
Judas Iscariotes era filho de um homem
chamado Simão, (João 6:71; 13:2,26). Seu local de origem passa pela discussão
acerca do significado da palavra “Iscariotes”.
Provavelmente essa palavra seja derivada do
termo hebraico ‘ish Queriyot, que significa “homem de Quiriote”, visto que
em certos manuscritos do Evangelho de João aparecem as palavras apo
Karyotou.
Se o significado de Iscariotes for realmente
este, o que é muito possível, então encontramos a informação sobre o local de
origem de Judas. O Antigo Testamento menciona dois locais com o nome de
Quiriote. O primeiro era localizado em Moabe, (Jeremias 48:24,41; Amós 2:2). Já
o segundo, Quriote-Hezrom, ficava localizado aproximadamente ao sul de Hebrom.
(Josué 15:25).
Há também quem defenda que Iscariotes não
seja uma indicação de seu lugar de origem, mas um tipo de designação infame
para identificá-lo. Para isso, alguns estudiosos sugerem que essa palavra tenha
origem num termo que significa “um assassino”, e, portanto, a interpretam no
sentido de “o homem da adaga”.
Contudo, essa última interpretação é bem pouco
provável. Normalmente é aceito que a designação “Judas Iscariotes” signifique
simplesmente “Judas, o homem de Quiriote”.
Não se sabe muito sobre a vida de Judas
Iscariotes.
Ele era judeu, filho de um homem chamado
Simão. Judas é a forma grega do nome hebraico Judá e não se sabe ao certo qual
é a origem do nome Iscariotes. É possível que seja uma referência a um lugar
chamado Queriote, mas isso nunca foi confirmado.
Judas acompanhou Jesus ao longo de todo o seu
ministério, junto com os outros apóstolos. Ele viu os milagres, aprendeu de
Jesus e participou da pregação das boas novas. Jesus sabia desde o início
que Judas iria traí-lo mas não o excluiu nem deixou de lhe mostrar seu
amor. (João 6:70-71).
Depois desse acontecimento, Judas
procurou os líderes religiosos judaicos e se ofereceu para lhes entregar Jesus,
em troca de 30 moedas de prata, (Lucas 22:3-6). A ocasião perfeita se
apresentou durante a festa da Páscoa, na noite da Última Ceia. Jesus iria
passar algum tempo a sós em um jardim com os discípulos depois do jantar. Com
poucas pessoas por perto, essa era a oportunidade que seus inimigos precisavam
para o prender sem muitos discípulos para lutar do seu lado.
Jesus sabia do plano de Judas e avisou que o
traidor iria sofrer consequências muito sérias, (Marcos 14:20-21). Depois do
jantar, ele deixou Judas sair para fazer o que tinha planeado. A traição
de Judas já estava contemplada no plano de Deus para salvar a humanidade.
Judas se reuniu com os inimigos de Jesus, que
juntaram um grupo para prender Jesus. Ele lhes mostrou o caminho para o jardim
do Getsêmani e combinou dar um beijo em Jesus, para saberem quem iriam prender.
Judas se aproximou de Jesus, chamou-O de mestre e lhe deu um beijo, como se
fosse seu amigo. (Lucas 22:47-48). Então o grupo avançou e prendeu Jesus. Judas
recebeu seu pagamento e Jesus foi crucificado.
Judas Iscariotes era um dos doze apóstolos.
Judas Iscariotes servia como tesoureiro no
grupo apostólico, (João 13:29), nem por isso devemos desmerecer os valorosos irmãos
e obreiros que tanto ajudam nas igrejas, nesta posição de destaque. Mas no exercício dessa atividade, Judas é
chamado de “ladrão” porque era ladrão mesmo, só faltava ele ser revelado ou
desmascarado como vemos no Evangelho de João. O texto bíblico diz que Judas
Iscariotes furtava a arrecadação que ficava guardada na bolsa que ele era o
responsável por guardar. (João 12:6).
Durante o ato de profunda adoração de
Maria de Betânia, a irmã de Lázaro, a qual ungiu o Senhor Jesus quebrando
um vaso de alabastro que continha um precioso unguento, Judas fez duras
críticas a tal atitude. Inclusive, ele conseguiu influenciar os demais
discípulos em sua crítica. (Mateus 26:6-13; Marcos 14:3-9; João 12:1-8).
Apesar de Judas Iscariotes inicialmente
argumentar que aquele unguento poderia ser vendido e o valor arrecado ser
distribuído aos pobres, na verdade ele não estava preocupado com isto. Na
verdade, além de ele não reconhecer a significativa ação daquela mulher que,
inclusive, foi elogiada por Jesus, Judas Iscariotes ficou frustrado por não ter
conseguido enriquecer seu próprio bolso com a venda do nardo puro que estava
ali naquele vaso de alabastro. (João 12:5,6).
Curiosamente os evangelistas posicionaram logo
após esse episódio em Betânia, revelando a narrativa sobre quando Judas
Iscariotes se dirigiu aos principais sacerdotes para acertar um
acordo com relação à traição de Jesus. (Mateus 26:14-16; Lucas 22:3-6; Marcos
14:10).
Judas Iscariotes traiu Jesus.
Mateus, escritor do Primeiro Evangelho, foi
quem mais forneceu detalhes acerca do acordo entre Judas Iscariotes e os
principais sacerdotes a fim de trair Jesus. (Mateus 26:14-16).
Judas Iscariotes recebeu como pagamento para
trair seu Mestre a soma de trinta moedas de prata. É interessante saber que
esse valor recebido por Judas com as tinta moedas de prata talvez tenha sido
dez vezes menor do que o valor de avaliação que ele próprio fez do unguento que
Maria de Betânia utilizou para ungir Jesus.
A narrativa bíblica também nos informa que
Judas Iscariotes esperou o momento mais oportuno para poder trair o Senhor
Jesus, (Lucas 22:6). Isto acabou acontecendo na noite em que Jesus
celebrou a Páscoa com seus discípulos no cenáculo, e instituiu
o sacramento da Santa Ceia do Senhor. Aqui nos recordamos das
conhecidas palavras do apóstolo Paulo: “Na noite em que foi traído”. (1
Coríntios 11:23).
Judas estava na mesa juntamente com Jesus e
os outros discípulos. Depois de Jesus ter dado a ele o bocado molhado, a Bíblia
diz que “entrou nele Satanás”, e Jesus lhe disse: “O que fazes,
faze-o depressa”. (João 13:27).
Saindo dali, Judas Iscariotes pôs em prática
o plano da traição. Já no jardim do Getsêmani, enquanto o Senhor Jesus
orava, Judas Iscariotes consumou seu ato beijando Jesus, e assim os soldados o
prenderam (Marcos 14:43-46). Profecias do Antigo Testamento apontavam
justamente para esse momento. (Salmos 41:9; 55:12-14; Zacarias 11:12).
Como foi a morte de Judas Iscariotes, o
traidor de Jesus.
A morte de Judas Iscariotes é registrada
apenas em Mateus 27:3-5 e Atos 1:18. Antes de morrer, Judas ainda esboçou um
tipo de arrependimento e remorso patético. Ele procurou os principais dos
sacerdotes e os anciãos a fim de devolver as trinta moedas de prata.
Judas Iscariotes escutou dos sacerdotes que
ele era o responsável pelo que havia feito. Diante disto, ele acabou atirando
as moedas no Templo antes de retirar-se para ir se enforcar, (Mateus 27:4,5).
Os sacerdotes não colocaram as moedas no cofre das ofertas, visto que eram pelo
preço de sangue. Porém, eles acabaram comprando o campo de um oleiro, para
servir de sepultura dos estrangeiros. Esse campo foi chamado “Campo de Sangue”,
assim como havia sido profetizado pelo profeta Jeremias. Na verdade,
indiretamente, foi o próprio Judas quem comprou aquele campo ao devolver as
moedas aos sacerdotes e anciãos.
Mateus apenas relata que Judas saiu para se
enforcar. Já o evangelista Lucas, no livro de Atos, fornece alguns
detalhes sobre esse momento de acordo com a descrição dada pelo apóstolo
Pedro. Ele diz que Judas Iscariotes, “precipitando-se, arebentou-se pelo
meio, e todas suas entranhas se derramaram”. (Atos 1:18). Matias foi
escolhido para ocupar o lugar deixado por Judas Iscariotes.
Pior do que a sua trágica e assombrosa morte,
é a sentença que lemos sobre o seu fim: “Judas se desviou, para ir para o
seu próprio lugar”, (Atos 1:25). Esse “lugar” é claramente indicado nas
palavras de Jesus orando ao Pai: “Tenho guardado aqueles que tu me deste,
e nenhum deles pereceu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a
Escritura”. (João 17:12).
O caráter de Judas Iscariotes, o traidor sem
caráter.
Considerando todas as referências bíblicas em
que Judas Iscariotes é mencionado, podemos perceber que ele reunia em si a
hipocrisia, o egoísmo, a soberba, a avareza, a inveja e a cobiça. Seu caráter
duvidoso pode ser muito bem resumido na designação clara e objetiva dada a ele
pelo apóstolo João: “Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que
tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali
se lançava”. (João 12:6).
João o identificou, em poucas palavras, como
sendo uma pessoa mentirosa, enganadora, gananciosa e capaz de roubar. Além
disso, Judas Iscariotes era uma pessoa dissimulada. Diante do anúncio de Jesus
de que havia entre eles um traidor, Judas Iscariotes foi tão frio a ponto de
dizer: “Porventura sou eu, Rabi?” (Mateus 26:25).
A história de Judas Iscariotes é um retrato
vívido de como o homem, em sua própria natureza, é completamente depravado e
perverso, apto a ser instrumento nas mãos do diabo, (João 6:70,71). É
impossível separar a pergunta sobre quem foi Judas Iscariotes das conhecidas
palavras de Jesus sobre ele: “Mas ai daquele por intermédio de quem o
Filho do Homem está sendo traído”. (Mateus 26:24).
Quem substituiu Judas como apóstolo?
Depois da ressurreição e ascensão de Jesus,
os apóstolos se reuniram para escolher outra pessoa para tomar o lugar de
Judas. Eles decidiram que deveria ser alguém que tinha acompanhado todo o
ministério de Jesus e que tinha sido testemunha de sua ressurreição. (Atos
1:21-22).
Usando esses critérios, os apóstolos
escolheram duas pessoas: José Barsabás e Matias. Eles oraram e lançaram sortes
e Matias foi o escolhido. (Atos 1:23-26).
Mais tarde, Paulo se tornou um apóstolo,
pregando o evangelho em muitos lugares e ajudando a estabelecer a doutrina da
Igreja, por isso ficou conhecido e chamado de o Apóstolo dos gentios.
Mas ele não foi um dos 12 originais, que
aprenderam diretamente com Jesus. Paulo se tornou o Apóstolo dos gentios por ter
tido um encontro e um chamado pessoal do próprio Senhor Jesus no caminho de
Damasco quando ia àquela cidade com cartas e autorizações dos maiorais da
religião e do governo Romano para prender os apóstolos. Em Atos dos Apóstolos
capítulos 9 e 10 encontramos detalhes da conversão do apóstolo Paulo.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.