segunda-feira, 4 de setembro de 2023

DE SAULO DE TARSO A PAULO O APÓSTOLO DOS GENTIOS

DE SAULO DE TARSO A PAULO O APÓSTOLO DOS GENTIOS.

 

Mais conhecido em sua época como Saulo de Tarso, o apóstolo Paulo, sem dúvida é um dos personagens bíblicos mais conhecidos por todos os cristãos desde o nascimento da Igreja de Jesus. Ele é considerado como sendo o maior líder do cristianismo depois de Jesus Cristo e é também chamado de apóstolo dos gentios. Neste texto, nós conheceremos mais sobre a história de Paulo, autor de treze epístolas presentes na Bíblia.

Pequena biografia do apóstolo Paulo.

Paulo, nome romano de Saulo, nasceu em Tarso na Cilícia (Atos 16:37; 21:39; 22:25). Tarso não era um lugar insignificante (Atos 21:39), ao contrário, era um centro de cultura grega. Tarso era uma cidade universitária que ficava próxima da costa nordeste do Mar Mediterrâneo. Embora tenha nascido um cidadão romano, Paulo era um judeu da Dispersão, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, e membro zeloso do partido dos Fariseus. (Romanos 11:1; Filipenses 3:5; Atos 23:6).

A cidade de Tarso onde Saulo nasceu, está localizada na Cilícia na Ásia Menor, banhada pelo rio Cidno e distante cerca de dezesseis quilômetros do Mar Mediterrâneo, em aproximadamente 26 metros acima do nível do mar. Essa região faz parte da atual região sul da Turquia.

Estima-se que nos tempos do Império Romano, Tarso abrigou uma população de pelo menos quinhentas mil pessoas. Ao norte da cidade, existia uma estrada principal que conduzia até os Portões da Cilícia, onde se encontrava a única boa rota de comércio que ligava a Síria e a Ásia Menor. A posição privilegiada de Tarso nessa rota favoreceu o desenvolvimento financeiro da cidade. Cerca de nove quilômetros ao sul de Tarso, foi construído um porto onde muitos navios ancoravam, embora algumas embarcações menores navegavam até a metade de Tarso subindo pelo curso do rio Cidno.

A infância e adolescência do apóstolo Paulo tem sido tema de grande debate entre os estudiosos. Alguns defendem que o apóstolo Paulo passou toda sua infância em Tarso, indo apenas durante sua adolescência para Jerusalém. Outros defendem que Paulo foi para Jerusalém ainda bem pequeno. Nesse caso, ele teria passado sua infância longe de Tarso. Na verdade, desde seu nascimento até seu aparecimento em Jerusalém como perseguidor dos cristãos, conforme os relatos do livro de Atos dos Apóstolos, há pouca informação sobre a vida do apóstolo Paulo.

Embora não se saiba ao certo com quantos anos Paulo saiu de Tarso, sabe-se com certeza que ele foi educado em Jerusalém, sob o ensino do renomado doutor da lei, Gamaliel, neto de Hillel. Paulo conhecia profundamente a cultura grega. Ele também falava o aramaico, era herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador da Lei e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos. (Gálatas 1:14; Filipenses 3:5,6). Considerando todos estes aspectos, pode-se afirmar que sua família possuía alguns recursos e desfrutava de posição proeminentemente privilegiada no meio daquela sociedade.

O apóstolo Paulo possuía cidadania romana. Sobre isso, ele próprio afirma ser cidadão romano de nascimento, (Atos 22:28). Provavelmente essa declaração indica que sua cidadania foi herdada de seu pai. Estima-se que naquele tempo pelo menos dois terços da população do Império Romano não possuía cidadania romana. Não se sabe ao certo como o pai do apóstolo conseguiu tal cidadania. Algumas pessoas importantes e abastadas conseguiam comprar a cidadania Romana. (Atos 22:28).

Como vimos acima, o Apóstolo Paulo, apesar de ser judeu, nasceu em Tarso, como relembramos abaixo:

Paulo, natural da cidade de Tarso de pais judeus, da tribo de Benjamim (At 23,6). Ele foi criado dentro das exigências da lei e das tradições paternas, (Gl 1,14). Era judeu praticante, preocupado com a observância da Lei. Desde o nascimento foi cidadão romano, a cidadania Romana era comprada por pessoas bem sucedidas da sociedade e muito abastadas, (At 22,25-29), mas Paulo sempre se orgulhou de ser judeu e fariseu.

A localização privilegiada da cidade de Tarso favorecia seu vertiginoso crescimento.

A cidade de Tarso está localizada hoje na Cilícia na Ásia Menor, banhada pelo rio Cidno e distante cerca de dezesseis quilômetros do Mar Mediterrâneo, em aproximadamente 26 metros acima do nível do mar. Essa região faz parte da atual região sul da Turquia.

Estima-se que nos tempos do Império Romano, Tarso abrigou uma população de pelo menos quinhentas mil pessoas. Ao norte da cidade, existia uma estrada principal que conduzia até os Portões da Cilícia, onde se encontrava a única boa rota de comércio que ligava a Síria e a Ásia Menor. A posição privilegiada de Tarso nessa rota favoreceu o desenvolvimento financeiro da cidade. Cerca de nove quilômetros ao sul de Tarso, foi construído um porto onde muitos navios ancoravam, embora algumas embarcações menores navegavam até a metade de Tarso subindo pelo curso do rio Cidno.

Paulo ao ser espancado e seria condenado à morte no dia seguinte, utilizou-se do seu trunfo ainda desconhecido pelos seus executores, disse que era cidadão Romano, e todos atemorizados lhe dispersaram, temerosos de que eles seriam castigados em lugar de Paulo. Paulo tendo cidadania romana não poderia ser preso e nem espancado e muito menos condenado. Sua primeira aparição na Bíblia foi relatada em Atos dos apóstolos, capítulo 7, durante o apedrejamento de Estêvão, no qual ele se fez presente apoiando tamanha façanha maligna contra um dos Cristãos.

Foi batizado a pedido de sua família como “Saulo”, possivelmente em homenagem ao rei Saul, que era da Tribo de Benjamim como ele.

Paulo e sua família não viviam como os gentios, pelo contrário ele se classificava como “hebreu de hebreus”, criado em Jerusalém e instruído “aos pés de Gamaliel”, o mais ilustre rabino de sua época. Na juventude, mudou-se para Jerusalém, muito provavelmente, com sua irmã.

Parentes próximos do Apóstolo Paulo que estão registrados na Bíblia.  

Dentre outros que Paulo menciona como seus parentes, mencionamos apenas alguns aqui. Paulo escreve exatamente o seguinte sobre eles: “Saúdem Andrônico e Júnias, meus parentes e meus companheiros na prisão, os quais se distinguiram entre os apóstolos e que foram antes de mim em Cristo”. (Romanos 16:7).

Um sobrinho de Paulo é um dos sem nome na Bíblia, porém sua coragem salvou a vida do Apóstolo Paulo de uma emboscada.

Atos 23.16.

16. E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.

Ali, ligou-se às tradições judaicas, vendo no cristianismo uma grande ameaça. Por isso, tornou-se um dos maiores perseguidores da Igreja.

Seu processo de conversão começou, quando Cristo, através de uma luz, revelou-se a ele, durante sua viagem rumo a Damasco.

A experiência transformadora de Saulo de Tarso para Paulo de Tarso é relatada no texto bíblico abaixo:

Atos 9.3 a 20: “Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Quem és tu, Senhor? E a resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém fazer.

Os seus companheiros de viagem pararam emudecidos, ouvindo a voz, não vendo, contudo, ninguém. Então, se levantou Saulo da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver. E, guiando-o pela mão, levaram-no para Damasco. Esteve três dias sem ver, durante os quais nada comeu, nem bebeu. Ora, havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. Disse-lhe o Senhor numa visão: Ananias! Ao que respondeu: Eis-me aqui, Senhor! (Obs. Não confundir este Ananias com o Ananias, casado com Safira de Atos capítulo 5. Eles mentiram para os Apóstolos e morreram imediatamente, um após o outro).

Então, o Senhor lhe ordenou: Dispõe-te, e vai à rua que se chama Direita, e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois ele está orando e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos, para que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e para aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.

Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel; pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome. Então, Ananias foi e, entrando na casa, impôs sobre ele as mãos, dizendo: Saulo, irmão, o Senhor me enviou, a saber, o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde vinhas, para que recuperes a vista e fiques cheio do Espírito Santo. Imediatamente, lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e tornou a ver. A seguir, levantou-se e foi batizado. E, depois de ter-se alimentado, sentiu-se fortalecido. Então, permaneceu em Damasco alguns dias com os discípulos. E logo pregava, nas sinagogas, a Jesus, afirmando que este é o Filho de Deus”.

Após ser batizado, passou a trabalhar exaustivamente, evangelizando os gentios, fundando e fundamentando igrejas.

Foi o apóstolo que mais formou discípulos e cooperadores do evangelho, tais como: Timóteo, Tito, Onésimo, Lucas, Áquila e Priscila. Escreveu quase metade do Novo Testamento, incluindo 13 cartas.

Ao final de sua terceira viagem, foi preso em Jerusalém e deportado para Roma, onde ficou preso por dois anos.

Tudo indica que Paulo foi solto e empreendeu uma quarta viagem missionária, sendo preso pela segunda vez e levado a Roma para ser martirizado.

Embora os romanos se considerassem os melhores soldados, foi Paulo que, combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé, cumprindo fielmente seu ministério até o fim. 2 Timóteo 4.7,8.

A lição de amor de Paulo para seus companheiros na obra de Deus.

A missão dos apóstolos de Jesus foi a divulgação do evangelho, a boa-nova sobre a vida, morte e ressurreição do Filho de Deus e a graça presa ao mundo. Um dos mais influentes desses embaixadores de Cristo foi Paulo, autor de 13 dos 27 livros do Novo Testamento e apóstolo aos gentios, as nações que não receberam os privilégios especiais dados aos descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, no Antigo Testamento.

A segunda metade do livro de Atos registra quatro viagens realizadas por Paulo: três comumente conhecidas como suas viagens missionárias, e mais uma viagem, de Jerusalém a Roma via Cesareia, na qual Paulo foi levado como prisioneiro para uma série de julgamentos.

Na história da primeira viagem (Atos 13 e 14), encontramos João Marcos (ou apenas Marcos), um jovem, parente de Barnabé (Colossenses 4:10). Marcos acompanhou Paulo e Barnabé quando partiram de Antioquia da Síria e passaram pela ilha de Chipre, no Mediterrâneo. Ele continua com esses evangelistas experimentando na viagem de Chipre à Ásia Menor. Quando a viagem ficou mais difícil e perigosa, porém, Marcos abandonou os outros dois e voltou para Jerusalém.

Paulo e Barnabé perseveraram, apesar de várias perseguições que levaram ao apedrejamento do apóstolo em Listra. Completaram esta fase do seu trabalho, deixando na região vários novos convertidos organizados em igrejas locais. Voltaram para Antioquia da Síria e, depois, viajaram para Jerusalém para ajudarem a corrigir um mal-entendido doutrinário. (Atos 15).

Quando Paulo e Barnabé se preparavam para uma segunda viagem, Paulo estava levando Marcos. Ele não sentiu confiança no jovem, e escolheu um outro irmão, Silas, como ajudante. (Atos 15:36-41). Naquele momento, Marcos foi inútil para Paulo.

Barnabé deu uma segunda chance para João Marcos, levando-o na sua viagem para Chipre. Ele achou melhor trabalhar mais com esse jovem, esperando que fosse útil para o Senhor. Como o relato de Atos segue a viagem de Paulo, e não a de Barnabé, não temos detalhes do trabalho feito por Barnabé e Marcos. Temos apenas algumas saudades dos resultados da paciência de Barnabé no seu trabalho com esse jovem.

João Marcos escreveu um dos relatos da vida de Jesus, o evangelho segundo Marcos, aceito pela igreja primitiva como uma versão divinamente inspirada dessa mensagem fundamental das Escrituras.

Anos mais tarde, o próprio apóstolo Paulo escreveu: “Toma contigo (João) Marcos e traze-o, pois me é útil para o ministério”, (2 Timóteo 4:11). O mesmo apóstolo que não confiava no jovem (João) Marcos depois do problema do seu procedimento na primeira viagem chegou a pedir a sua ajuda no final da sua vida.

João Marcos amadureceu e cresceu espiritualmente. Aprendeu a ser responsável e ganhou a confiança do mesmo  que mostrou sua decepção em outra época.

Todos nós precisamos de exemplos como o de João Marcos. Falhamos, sim, mas devemos corrigir nossos próprios erros. 

Decepcionamos os outros? Sim. Nem sempre agimos como devemos e nem como as pessoas mais fortes espiritualmente esperam de nós. Mas João Marcos serve para nos lembrar da segunda chance que ele teve. Ele vislumbrou a possibilidade de superar as suas falhas e assim o fez. O servo inútil se tornou útil.

Prisões e morte do apóstolo Paulo.

Existe muita discussão em relação ao número de prisões que o apóstolo Paulo sofreu. Essa discussão se dá, principalmente pelo fato de o livro de Atos que foi escrito por Lucas, não descrever toda a história do apóstolo Paulo. Além disso, provavelmente o apóstolo Paulo foi preso algumas vezes por um período muito curto de tempo, como por exemplo, em Filipos. (Atos 16:23).

Ao falar sobre suas próprias prisões, o apóstolo Paulo escreve o seguinte:

São ministros de Cristo? (falo como fora de mim) eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. (2 Coríntios 11:23).

Considerando apenas as principais prisões do apóstolo Paulo, sabe-se que ele foi preso em Jerusalém (Atos 21), e para impedir que fosse linchado, ele foi transferido para Cesaréia. Nessa cidade Felix, o governador romano, deixou o apóstolo Paulo na prisão por dois anos. (Atos 23-26). Festo, sucessor de Felix, sinalizou que poderia entregar Paulo aos Judeus, para que por eles ele fosse julgado.

Como Paulo sabia que o resultado do julgamento seria totalmente desfavorável a sua pessoa, então na qualidade de cidadão romano, ele apelou para César em Roma. Depois de um discurso perante o rei Agripa e Berenice, o apóstolo Paulo foi enviado sob escolta para Roma. Após uma terrível tempestade, o navio que ele estava naufragou, e Paulo passou o inverno na ilha de Malta. Deus usou poderosamente o Apóstolo Paulo em Malta. O chefe maior da ilha estava muito enfermo e à beira da morte. Paulo ao chegar aquela ilha foi se aquecer perto de uma fogueira onde ribeirinhos do mar, pescadores, estavam se aquecendo porque o tempo estava muito frio, porém Paulo ao colocar suas para aquecer veio uma terrível cobra e picou sua mão, todos diziam que ele era amaldiçoado porque ao escapar do afogamento no mar quando o navio que ele viajava naufragou; esperavam que ele cairia morto, porém Deus o livrou da morte. Daí os bravos as ilha o consideravam como um Deus. Logo contaram para Paulo sobre a doença mortal que acontecia com o principal da ilha. Levaram o Apóstolo Paulo até aquele homem e Paulo orou e Jesus curou aquele homem e todos ficaram maravilhados.

Após passar um bom tempo ali na ilha de Malta, chegou um outro navio que os levaria para Roma.

Finalmente o apóstolo Paulo chegou a Roma na primavera. Na capital do Império ele passou dois anos em prisão domiciliar. Apesar disso ele tinha total liberdade para ensinar sobre o Evangelho. (Atos 28:31). É exatamente nesse ponto que termina a história descrita no livro de Atos dos Apóstolos.

O restante da vida de Paulo precisa ser contado utilizando-se os registros de outras fontes.

Por isso, as únicas informações adicionais que encontramos no Novo Testamento sobre a biografia do apóstolo Paulo, parte das Epístolas Pastorais. Essas epístolas parecem sugerir que o apóstolo Paulo foi solto depois dessa primeira prisão em Roma relatada em Atos por volta de 63 d.C. (2 Timóteo 4:16,17). Após ser solto, ele teria visitado a área do Mar Egeu e viajado até a Espanha.

O martírio de Paulo em Roma.

Depois, novamente Paulo foi aprisionado em Roma. Dessa última vez ele acabou sendo executado pelas mãos de Nero por volta de 67 e 68 d.C. (2 Timóteo 4:6-18). Tudo isso indica que as Epístolas Pastorais documentam situações não historiadas em Atos. A historicidade extra bíblica indicam situações vividas pelo Apóstolo Paulo, como a Epístola de Clemente (cerca de 95 d.C.) e o cânon Muratoriano (cerca de 170 d.C.) que testificam sobre uma viagem do apóstolo Paulo a Espanha.

A tradição cristã conta que a morte do apóstolo Paulo ocorreu junto da estrada de Óstia, fora da cidade de Roma. Ele teria sido decapitado. Talvez o texto que mais defina a biografia do apóstolo Paulo seja exatamente este: “Combati o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé” foram as palavras do apóstolo Paulo a Timóteo enquanto estava preso em Roma próximo ao seu martírio iminente. Este versículo está registrado em 2 Timóteo 4:7, e certamente transmite um ensino valiosíssimo para todo cristão verdadeiro. Ele insiste que os Apóstolos guardassem e vivessem os seus ensinamentos doutrinários em 2 Timóteo 4.16 dizendo “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina, porque fazendo isto salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes”.

O apóstolo Paulo escreveu as seguintes epístolas pastorais: Romanos, 1Coríntios, 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1Tessalonicenses, 2Tessalonicenses, 1Timóteo, 2Timóteo, Tito, Filemom.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

SUNÉM, O PROFETA ELIZEU E A SUNAMITA

SUNÉM, O PROFETA ELIZEU E A SUNAMITA

 

E ela disse ao seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus”. (2 Rs 4.9).

 

Texto Bíblico de 2 Reis 4.8-37, nos traz um relato completo da história da mulher Sunamita.

8. Sucedeu também um dia que, indo Eliseu a Suném, havia ali uma mulher rica, a qual o reteve a comer pão; e sucedeu que todas as vezes que passava, ali se dirigia a comer pão. 9. E ela disse a seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus.

10. Façamos-lhe, pois, um pequeno quarto junto ao muro e ali lhe ponhamos uma cama, e uma mesa, e uma cadeira, e um candeeiro; e há de ser que, vindo ele a nós, para ali se retirará.

11. E sucedeu um dia que veio ali, e retirou-se àquele quarto, e se deitou ali.

12. Então, disse ao seu moço Geazi: Chama esta Sunamita. E chamando-a ele, ela se pôs diante dele.

13. Porque lhe dissera: Dize-lhe: Eis que tu nos tens tratado com todo o desvelo; que se há de fazer por ti? Haverá alguma coisa de que se fale por ti ao rei ou ao chefe do exército? E dissera ela: Eu habito no meio do meu povo.

14. Então, disse ele: Que se há de fazer, pois, por ela? E Geazi disse: Ora, ela não tem filho, e seu marido é velho.

15. Pelo que disse ele: Chama-a. E, chamando-a ele, ela se pôs à porta.

16. E ele disse: A este tempo determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho. E disse ela: Não, meu senhor, homem de Deus, não mintas à tua serva.

17. E concebeu a mulher e deu à luz um filho, no tal tempo determinado, segundo o tempo da vida que Eliseu lhe dissera.

18. E, crescendo o filho, sucedeu que, um dia, saiu para seu pai, que estava com os segadores.

19. E disse a seu pai: Ai! A minha cabeça! Ai! A minha cabeça! Então, disse a um moço: Leva-o a sua mãe.

20. E ele o tomou e o levou a sua mãe; e esteve sobre os seus joelhos até ao meio-dia e morreu.

21. E subiu ela e o deitou sobre a cama do homem de Deus; e fechou sobre ele a porta e saiu.

22. E chamou a seu marido e disse: Manda-me já um dos moços e uma das jumentas, para que eu corra ao homem de Deus e volte.

23. E disse ele: Por que vais a ele hoje? Não é lua nova nem sábado. E ela disse: Tudo vai bem.

24. Então, albardou a jumenta e disse ao seu moço: Guia, e anda, e não te detenhas no caminhar, senão quando eu to disser.

25. Partiu ela, pois, e veio ao homem de Deus, ao monte Carmelo; e sucedeu que, vendo-a o homem de Deus de longe, disse a Geazi, seu moço: Eis aí a Sunamita.

26. Agora, pois, corre-lhe ao encontro e dize-lhe: Vai bem contigo? Vai bem com teu marido? Vai bem com teu filho? E ela disse: Vai bem.

27. Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o Senhor mo encobriu e não mo manifestou.

28. E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?

29. E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, e toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém, não o saúdes; e, se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.

30. Porém disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então, ele se levantou e a seguiu.

31. E Geazi passou adiante deles e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem sentido; e voltou a encontrar-se com ele e lhe trouxe aviso, dizendo: Não despertou o menino.

32. E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.

33. Então, entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.

34. E subiu, e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino aqueceu.

35. Depois, voltou, e passeou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre ele; então, o menino espirrou sete vezes e o menino abriu os olhos.

36. Então, chamou a Geazi e disse: Chama essa Sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu filho.

37. E veio ela, e se prostrou a seus pés, e se inclinou à terra; e tomou o seu filho e saiu.

Suném era uma cidade que ficava entre Samaria e Monte Carmelo, onde morava o profeta Eliseu. Ali vivia a personagem desta história, uma mulher sábia, generosa, inteligente, que amava a Deus e ao próximo, e que no decorrer dos séculos se transformou numa referência para milhares de mulheres no mundo inteiro: a Sunamita.

Quem era a mulher Sunamita.

A Bíblia não diz o seu nome. Fala simplesmente que era uma dona rica da cidade de Suném, isto é, uma Sunamita, como era também aquela jovem que tomou conta do rei Davi. (1Reis 1.3).

A Sunamita foi protagonista de uma série de milagres do profeta Eliseu, como contado em 2Reis 4.8: primeiro fez com que tivesse um filho, mesmo sendo, aparentemente, de idade avançada, e depois, o “homem de Deus” fez voltar à vida o filho que nascera milagrosamente.

O epílogo da história da Sunamita aparece em 2Reis 8,1-6, quando a ela é restituída a propriedade que perdera, tendo ido morar em território filisteu por 7 anos, conforme lhe pedira Eliseu, para evitar a carestia.

O exemplo da Sunamita está na confiança em Eliseu, o “homem de Deus”. Sabe que, através do profeta, pode pedir tudo, pois Deus é infinitamente bom.

A história da mulher Sunamita e o profeta Elizeu é relatada em 2Reis 4.8-37.

"Uma mulher que em meio a mais terrível dor (morte do filho) demonstra tranquilidade e fé". A Bíblia sequer menciona o seu nome, apenas chama-a de "Sunamita", uma referência a cidade de Suném, onde morava. Suném quer dizer: "lugar de repouso". Localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel é herança da tribo de Isaacar.
O profeta Eliseu exercia seu ministério por lá quando foi notado pela Sunamita: "Eis que este é um santo homem de Deus". Uma mulher, de discernimento. Eliseu torna-se hóspede dela. Como forma de retribuição, o profeta quis falar com o rei, a fim de lhe conceder favores. A Sunamita, repondeu: "Eu habito no meio de meu povo", (2Reis 4:13), ou seja, "sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo". Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho.

Deus, em resposta a oração de Eliseu, realiza o desejo do coração da bondosa mulher. Seu filho já crescido, morre de uma dor de cabeça muito forte. Alguns teólogos, dizem que foi acometido de insolação já que passara muito tempo no campo, segando com o seu pai. (2Rs 4: 18-20).

O que fez a mulher Sunamita?

Chorou desesperadamente?, lamentou?, se revoltou contra Deus?. Não. Ela deitou o menino no quarto do profeta Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo ao encontro do profeta. Seu marido estranhou: "Por que vais a ele hoje"? Ele nem imaginou onde chegaria a fé da Sunamita.

Sua resposta beira os limites do incompreensível: "Tudo vai bem" Como? com o filho morto? "Tudo vai bem" Suas atitudes demonstram auto controle possível apenas em estado de total equilíbrio emocional, ou seja, ela não ficou desesperada.

Tribulações em Suném: Você, já passou por algo parecido? Recebeu uma promessa de Deus, e viu essa promessa morrer? A Sunamita, nos aponta um caminho: "Tudo vai bem", quando cremos em um Deus, que do pó, cria e recria a vida. Por mais difícil que pareça, é preciso repousarmos em "Suném".

Acreditarmos que Deus quer o melhor para aqueles que O obedecem e acreditam nEle. Nos momentos mais tenebrosos, de escuridão, que não conseguimos enxergar o futuro, Deus se faz presente para nos ajudar. Como se diante de nós houvesse um grande abismo sem ligação com a esperança e com a felicidade, daí é preciso repousar nos braços do Senhor com confiança sabendo que Deus agirá para nos atender e nos abençoar. Quando agimos com fé e de forma surpreendente sempre em obediência ao Senhor, então Deus entra com providências para não sermos derrotados. Mas não com a nossa frágil e pequena força e sim com a força vinda do alto, disponível, acessível somente para os que buscam a vitória no Senhor com todo o coração.

"Quando andar em trevas, e não tiver luz nenhuma, confie no Nome do Senhor, e firme-se sobre O seu Deus". Is.50:10.
"Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais, então me invocareis, e ireis e orareis a mim, e eu vos ouvirei. E buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração". Jr. 29:11-14.
Encontrar o Senhor é a maior dádiva de Deus para nós. Ouvir do céu uma resposta que nem sempre recebemos o que pedimos, porém, Deus é sábio, para nos conduzir ao melhor lugar e nos dar a vitória e a resposta das nossas orações no tempo certo. Aos que conhecem a Deus sabe que temos o conforto de saber que Ele sempre, sempre quer o melhor para seus filhos. O justo Jó, sofreu os mais terríveis males. Perdeu todos os filhos. No final, a restituição. Deus, zela, ama, e restitui. O diabo, rouba, mina e destrói. Deus vem e vivifica, faz transbordar, esta é a esperança e a herança preparada para os filhos do Reino. O diabo veio para roubar, matar e destruir.

Que possamos nos espelhar neste grande exemplo de fé da Sunamita. Deus nos abençoe em todos os momentos de nossas vidas e que todas as nossas decisões sejam do agrado de Deus.

A Sunamita era uma mulher de fé e mesmo vendo o seu filho morto, ela confiou em Deus e foi atrás do homem de Deus em busca da vitória. (2Reis 4:8-37).

Nesta história temos lições que podem sair dela e renderia vários estudos, porém me detenho ao fator fé da Sunamita. A fé da Sunamita era muitíssimo grande, quem sabe era do tamanho de um grão de mostarda como disse Jesus.

O que significa ter fé do tamanho de um grão de mostarda?

Ter fé do tamanho de um grão de mostarda significa confiar permanentemente no Senhor, estando em constante crescimento, independentemente das circunstâncias. Jesus afirmou que para aquele que tiver fé como um grão de mostarda, nada lhe será impossível; podendo fazer com que montanhas e árvores se transportem de lugar.

Quando Jesus falou sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda?

Em duas ocasiões de seu ministério Jesus Cristo falou sobre a fé do tamanho de um grão de mostarda. Ao advertir seus discípulos sobre o perigo do escândalo e a necessidade em perdoar aquele que lhe ofende, os apóstolos disseram a Jesus: “Aumenta-nos a fé”. (Lucas 17:5).

Diante deste pedido, o Senhor lhes deu a seguinte resposta: “Se tiverem fé como o tamanho de um grão de mostarda, dirão a esta amoreira: Seja arrancada daqui, e planta-te no mar; e ela lhes obedeceria”. (Lucas 17:6).

Qual era o nome da Sunamita que era uma mulher cheia de fé e confiança em Deus?

A Bíblia nem mesmo menciona o seu nome, apenas chama-a de Sunamita, uma referência a cidade de Suném, onde morava. Suném quer dizer: Lugar de repouso, é localizada a sudeste do mar da Galiléia, entre os montes Gilboa e Tabor, na planície de Jezreel, é herança da tribo de Isaacar.

O profeta Eliseu exercia seu ministério por lá, quando foi notado pela Sunamita e disse: "Eis que este é um santo homem de Deus", seu relacionamento com Deus dera-lhe discernimento de quem era o profeta Elizeu. A partir dai, Eliseu tornara-se amigo daquela família e hóspede dela, nada lhe faltava.

Como forma de retribuição Eliseu pensou em falar com o rei para, quem sabe, lhe retribuir os favores, sua resposta foi: "Eu habito no meio de meu povo", ou seja, "sou feliz neste lugar, não necessito de mais riquezas, me agrada o convívio com o povo". Eliseu, então, pede a Deus que lhe dê um filho.

Aquela mãe da cidade de Suném era um exemplo para todas as mulheres.

Disse um certo pregador que por todos os anos a nomearia a mulher do ano. Nunca, em nenhum outro lugar do mundo, se ouviu falar em um exemplo igual ou pelo menos parecido com esse.

Seu filho que nasceu por um milagre da oração de Elizeu e já crescido, morre de uma dor de cabeça muito forte. Alguns teólogos, dizem que ele foi acometido de uma insolação já que passara muito tempo no campo segando, colhendo a plantação com o seu pai.

O que fez a Sunamita? É costume universal chorar e enterrar o filho porém ela deitou o menino no quarto de Eliseu, reuniu os empregados, preparou jumentas e foi até o Monte Carmelo ao encontro do profeta. Seu marido estranhou: "Por que vais a ele hoje"? Ele nem imaginou até onde chegara a fé da Sunamita. Sua resposta beira os limites do incompreensível: ela disse “tudo vai bem”, mas como poderia estar tudo bem numa situação daquelas. Ela estava com seu filho morto e ao ser perguntada responde que tudo vai bem.

Suas atitudes demonstraram um auto controle possível apenas em estado de total equilíbrio emocional, ou seja, ela não ficou desesperada. Ficou abalada, porém não ficou desesperada.

Ela foi em busca do homem de Deus e Eliseu orou a Deus; o resultado da oração foi a ressurreição do filho dessa grande mulher que creu no que parecia impossível. Nada é impossível para Deus e tudo é possível ao que crê que Deus realiza milagres.

Qualidades especiais da mulher Sunamita.

1Rs 4.8, a mulher Sunamita era uma mulher bondosa.

1Rs 4.10, a mulher Sunamita era uma mulher hospitaleira

1Rs 4.13, a mulher Sunamita era uma mulher grata a Deus pelo que possuía.  

1Rs 4.21, a mulher Sunamita era uma mulher de atitude nas horas difíceis. 

1Rs 4.26, a mulher Sunamita era uma mulher de fé.

1Rs 4.36,37, a mulher Sunamita foi recompensada por sua fé.  

A mulher Sunamita nos mostra que a bondade e a generosidade são importantes aos olhos de Deus, e que tais atos têm sua recompensa. 

Por isso devemos procurar conhecer a respeito da mulher que vivia em Suném; 

Devemos mostrar  os milagres e as adversidades enfrentados pela mulher Sunamita; 

Devemos refletir  a respeito da ação de Deus na vida da mulher Sunamita. 

As principais chaves da vitória na vida da mulher Sunamita são:

1 – Deus abençoou essa mulher fiel dando-lhe um filho  (2Rs 4.8-17). 

2 – Deus a submeteu a uma prova severa quando viu que esse filho lhe fora tirado. (2Rs 4.18-21. 

3 – Deus restaurou a vida do filho da mulher Sunamita quando ela se manteve firme na promessa que lhe fizera.  (2Rs 4.22-37)

A mulher Sunamita nos mostra que podemos usar nossos recursos para fazer a diferença na vida de outras pessoas. Nos fala também que há momentos em que Deus nos permite passar por situações adversas, mas que Ele sempre terá uma solução, e por fim, mostra que nossas ações em benefício de outras pessoas, de forma sincera, são aprovadas por Deus, e que Ele nos retribui no devido tempo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr  Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 21 de agosto de 2023

NA CIDADE DE NAIM ESTAVA UMA MULHER CHORANDO

NA CIDADE DE NAIM ESTAVA UMA MULHER CHORANDO.

Aquela mulher estava chorando porque seu filho único havia morrido. Ela já tinha perdido seu marido e estava desesperada pela morte do seu filho que era a única esperança de sobrevivência dela.

Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim.

Lucas 7:11-17.

11. E aconteceu, pouco depois, ir ele à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão.

12. E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.

13. E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela e disse-lhe: Não chores.
14. E, chegando-se, tocou o esquife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te.

15. E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe.

16. E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo.

17. E correu dele esta fama por toda a Judeia e por toda a terra circunvizinha.

Quantos milagres de ressurreição Jesus realizou? Nos Evangelhos de Lucas e João encontramos registro de três milagres de ressurreição de mortos que Jesus realizou.

Ressurreição que Jesus realizou.   

A viúva do filho de Naim (Lucas 7:11–17). Esta é a primeira das ressurreições que Jesus realizou. Quando o Senhor se aproximou da cidade de Naim, Ele encontrou um cortejo fúnebre saindo da cidade.

Ressurreição que Jesus realizou.

A filha de Jairo (Lucas 8:40–56). Jesus também mostrou o Seu poder sobre a morte ao ressuscitar a jovem filha de Jairo, um líder da sinagoga. 

Ressurreição que Jesus realizou.

Lázaro de Betânia (João 11). A terceira pessoa que Jesus ressuscitou dos mortos foi Seu amigo Lázaro. 

Portanto encontramos três milagres de mortos sendo ressuscitados pelo Senhor Jesus de forma visível diante da multidão que o seguia e a Bíblia diz que milhares também ressuscitaram no dia e na hora que Jesus expirou, quando ali na cruz Ele, em agonia, disse: “Pai tudo está consumado, nas Tuas mãos entrego o meu espírito”.

Mateus 27.45-53.

45. E, desde a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até à hora nona.

46. E, perto da hora nona, exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni, isto é, Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?

47. E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam: Este chama por Elias.

48. E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, dava-lhe de beber.

49. Os outros, porém, diziam: Deixa, vejamos se Elias vem livrá-lo.

50. E Jesus, clamando outra vez com grande voz, entregou o espírito.

51. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras.

52. E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados;

53. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na Cidade Santa e apareceram a muitos.

Discorrendo sobre os milagres.

1).  Jesus ressuscita a filha de Jairo, o chefe da sinagoga: A menina ainda estava na casa de seu pai, estava muito doente, à beira da morte quando seu pai decidiu ir atrás de Jesus; A ressurreição da filha de Jairo é um dos milagres que apontam para o poder de Jesus sobre a vida e a morte. Conforme relatado no Novo Testamento, durante seu ministério terreno o Senhor Jesus ressuscitou três mortos: o filho da viúva de Naim; a filha de Jairo; e Lázaro.

O milagre da ressurreição da filha de Jairo está registrado nos três Evangelhos Sinóticos (Mateus 9:18-26; Marcos 5:21-43; Lucas 8:40-56). Mateus é quem fornece o registro mais simplificado do milagre, enquanto Marcos e Lucas aprofundam os detalhes desse evento.

Também é interessante notar que a narrativa bíblica sobre esse episódio fala de um milagre duplo. Na verdade no contexto em que envolveu a ressurreição da filha de Jairo, o Senhor Jesus também curou a mulher que tinha um fluxo de sangue.

Vejamos como aconteceu a ressurreição da filha de Jairo. Quando foi a ressurreição da filha de Jairo?

A ressurreição da filha de Jairo ocorreu quando Jesus desembarcou na cidade de Cafarnaum. Ele havia acabado de atravessar o mar da Galileia, vindo da região de Decápolis onde havia libertado um homem endemoninhado. (Marcos 5:1-20).

Parece que logo que Jesus chegou à cidade de Cafarnaum, os discípulos de João Batista vieram fazer-lhe algumas perguntas sobre o jejum. Foi enquanto eles conversavam, que Jairo se aproximou de Jesus pedindo que Ele curasse sua única filha. Jairo era um chefe da sinagoga. Ele era um homem importante, responsável por organizar e conduzir a liturgia da sinagoga.

Aqui vale lembrar que a cidade de Cafarnaum serviu como uma espécie de base para o ministério terreno de Jesus. Talvez isso possa explicar o grande número de pessoas que cercavam nosso Senhor.

Então o milagre sobre a filha de Jairo foi temporariamente interrompido por um segundo milagre. Na multidão que dificultava a caminhada de Jesus estava uma mulher que sofria com um tipo de hemorragia. É interessante notar um detalhe curioso que conecta ainda mais os dois milagres. A filha de Jairo tinha apenas doze anos de idade, e a mulher vinha sofrendo com sua hemorragia por longos doze anos.

2). Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim.  Sobre o filho da viúva de Naim temos que notar que o rapaz já fazia um certo tempo que tinha morrido porque já estava sendo levado para o sepultamento. O filho da viúva não estava mais na casa da mãe, mas também ainda não estava no túmulo e neste trajeto Jesus encontrou com a multidão que chorava junto com a mãe daquele rapaz, então a esperança chegou, Jesus chegou e lhe deu vida novamente.

3). Jesus ressuscita Lázaro que havia morrido e sepultura já a quatro dias.  A história da ressurreição de Lázaro é também emocionante porque Jesus sempre que passava por Betânia se hospedava na casa de Lázaro. Lázaro tinha duas irmãs,  elas chamavam-se Marta e Maria e essa família era muito amiga do Senhor Jesus.  

A história da ressurreição de Lázaro que já estava sepultado e que já havia morrido e sepultado a quatro dias, está registrado com detalhes no evangelho de João capítulo 11. Um dos pontos mais emocionantes registrados na Bíblia está em João 11.35 e registra que “Jesus chorou” e seus discípulos disseram “vejam como Jesus o amava”, se referindo à grande amizade de Lázaro e sua família com Jesus.

4). A ressurreição de Jesus.  Quanto a Jesus, a Bíblia registra que Ele ressuscitou ao terceiro dia como havia dito. Esta ressurreição foi diferente porque nunca houve na história da humanidade alguém que ressuscitasse a si mesmo como aconteceu com Jesus.

Quantas pessoas Jesus ressuscitou dos mortos?

De acordo com a Bíblia, Jesus ressuscitou três pessoas durante seu ministério terreno:

O filho da viúva de Naim, a filha de Jairo e Lázaro.

A Bíblia também diz que Jesus ressuscitou a si próprio depois de morto e realizou muitos milagres no Seu ministério terreno.

Jesus não é a única pessoa que a Bíblia afirma ter ressuscitado pessoas dentre os mortos. Os profetas Elias e Eliseu no Antigo Testamento e os apóstolos Pedro e Paulo no Novo Testamento também são mencionados por terem ressuscitado pessoas dentre os mortos, porém o fizeram em nome de Jesus.

Milagre de ressurreição realizado pelo profeta Elias.

O milagre de ressurreição de um morto realizado pelo profeta Elias está registrado em 1 Reis capítulo 17.9ss.

Depois de presenciar o azeite e a farinha serem multiplicados milagrosamente, tudo parecia transcorrer bem, afinal, aquela viúva de Sarepta (descrita na Bíblia em 1 Reis 17.9) agora tinha mantimento em sua casa, mesmo em meio à seca.

Porém, algo aconteceu e, sem que ela imaginasse, levaria a recente fé dela no Deus de Israel a outro nível.

O seu filho adoeceu e, com o passar dos dias, a doença se agravou a tal ponto que ele morreu (1 Reis 17.17).

Naquele momento em que viu seu filho morto, a mulher perguntou ao profeta Elias se ele tinha algo contra ela, e por isso matou o seu filho.

“Porque vieste até mim para trazeres a memória a minha iniquidade”?  1 Reis 17.18

Sarepta era uma cidade pagã e seus moradores adoravam a Baal. Talvez por isso, a preocupação imediata da viúva foi associar a morte do seu filho como punição pela vida que levava.

Elias, então, tomou o menino morto dos braços da mãe e clamou ao Senhor que lhe devolvesse a vida. O Senhor atendeu à oração do profeta e ao entregar o menino, agora vivo, diante de tamanho milagre, ela declarou:

“Nisto conheço agora que tu és homem de Deus, e que a palavra do Senhor na tua boca é verdade.” 1 Reis 17.24.

Milagre de ressurreição (realizado), atribuído ao profeta Elizeu que já estava morto.

Diz-se também na Bíblia que um homem voltou à vida depois de ser jogado na tumba de Eliseu e tocar a tíbia do profeta. 2 Reis 13.20-21.

20. Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiam a terra, à entrada do ano.

21. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés.

Milagres de ressurreição no Novo Testamento, realizados por Pedro e o outro por Paulo. Os Apóstolos também Ressuscitaram Mortos.

De todos os milagres realizados pelos servos do Senhor, nenhum é mais impressionante do que a ressurreição de mortos. De modo geral, os milagres acompanhavam a nova mensagem pregada por esses servos (Marcos 1:27; Hebreus 2:3-4; 2 Coríntios 12:12). Especificamente, as curas realizadas por Jesus e seus servos ilustravam a capacidade maior de curar a doença espiritual fatal do pecado. (Marcos 2:10-12).

Do mesmo modo, os milagres de ressurreição foram representações menores e visíveis do poder de Jesus sobre a morte, como visto na sua própria ressurreição e nas suas promessas sobre a ressurreição de todos.

Como embaixadores de Cristo, os apóstolos realizaram muitos milagres aqui na terra. Encontramos nas Escrituras registros de duas ocasiões em que apóstolos foram usados como instrumentos de Deus para ressuscitar mortos.

Milagre de ressurreição realizado pelo Apóstolo Pedro.

A ressurreição de Tabita (Dorcas):

A cidade de Jope, um porto natural na Costa Mediterrânea, foi a cidade onde morava uma mulher chamada Tabita ou Dorcas (a tradução do nome do aramaico ao grego). Tabita era uma cristã amada e respeitada que se dedicava ao serviço aos outros, especialmente ao de ajudar aos pobres. Quando ela morreu, os discípulos em Jope chamaram o apóstolo Pedro, que estava na cidade vizinha de Lida.

Quando Pedro chegou, ele achou outras viúvas chorando e mostrando exemplos das boas obras feitas por Tabita. Pedro orou ao Senhor e disse para Tabita se levantar. Ela abriu os olhos e levantou. Glórias a Deus. Pedro apresentou a mulher viva às suas amigas que haviam lamentado sua morte. Além do efeito óbvio e imediato da alegria dos amigos, esse milagre levou muitas pessoas a examinarem a mensagem pregada, e muitas pessoas foram convertidas ao Senhor. A ressurreição de Tabita reforçou a mensagem sobre o Senhor e Salvador que oferece a vida eterna a todos nós.

Milagre de ressurreição realizado pelo Apóstolo Paulo.

A ressurreição de Êutico:

A segunda metade do livro de Atos dos Apóstolos registra os primeiros anos do trabalho do apóstolo Paulo.

Esse servo de Deus viajou em vários países da Ásia e Europa, pregando o evangelho de Jesus em todos os lugares que passava.

O livro de Atos dos apóstolos conta a história de três viagens extensas que Paulo fez para pregar (geralmente conhecidas como suas viagens missionárias) e de uma outra que fez como prisioneiro sendo transferido de Cesárea para Roma. No regresso da terceira viagem, Paulo estava com pressa para chegar ao seu destino, Jerusalém. Ele e vários outros homens levavam dinheiro doado pelas igrejas da Europa e Ásia para ajudar os cristãos necessitados em Jerusalém. Na volta da Europa, passaram na cidade de Trôade, onde esperavam uma semana para se reunir com os irmãos. Paulo pregou e estendeu seu discurso. Um jovem chamado Êutico, que estava sentado numa janela, dormiu e caiu do terceiro andar do local onde a igreja se reunia. Ele morreu. Quando Paulo se inclinou e abraçou Êutico, o jovem levantou vivo.

O milagre realizado naquele dia trouxe alegria para todos os irmãos em Trôade, e o relato da ressurreição de Êutico tem sido transmitido ao longo dos séculos para reforçar a fé de muitos outros. Paulo pregava o evangelho de um Salvador que foi morto, mas que vive. Esse mesmo Salvador oferece a vida às pessoas perdidas e sem esperança por causa do pecado.

O propósito das ressurreições realizadas durante o período apostólico não foi o de manter ou de prolongar a vida de todos os fiéis. De fato, muitos cristãos foram mortos por causa da sua fé, e os apóstolos não agiram para reanimar esses mártires. Estêvão, Tiago e inúmeros outros sacrificaram suas vidas por Jesus e foram enterrados.

Mesmo quando morriam, os discípulos confiavam no Senhor que prometeu uma outra ressurreição na sua vinda, no dia do arrebatamento da igreja. Aqueles, como os cristãos fiéis nos dias de hoje, esperavam com confiança a ressurreição para a vida eterna.

Paulo escreveu sobre essa confiança na promessa de Jesus: “A trombeta soará, os mortos ressuscitarão primeiro, incorruptíveis, e nós, os que estivermos vivos, seremos transformados num abrir e fechar de olhos”. (1 Coríntios 15:52).

Nesta postagem ainda vamos dar maior ênfase aos milagres de ressurreição. Lembre-se que milagres como estes não acontecem todos os dias e nem por acaso. Só acontecem por um propósito muito especial de Deus 

Começamos, neste tópico, a mostrar como foi a ressurreição de Jesus, que foi a única pessoa que ressuscitou por si mesmo e recebeu um corpo glorificado como os receberemos quando o Senhor Jesus voltar. Todos os que estivermos vivos seremos transformados num abrir e fechar de olhos e seremos arrebatados, receberemos um novo corpo de glória, incorruptível, como o que Jesus recebeu ao ser ressuscitado. 1Coríntios, capítulo 15.

1).  A ressurreição de Jesus foi o evento mais importante da história da humanidade. A ressurreição de Cristo é uma doutrina fundamental para a Fé Cristã. Sem a ressurreição de Jesus não há Evangelho, não há Cristianismo, não há Igreja, não há salvação e não há esperança de vida eterna.

Se alguém se diz cristão, mas nega que literalmente Jesus ressuscitou dos mortos, então essa pessoa pode ser qualquer coisa, menos um cristão genuíno. A história da ressurreição de Jesus está registrada nos quatro Evangelhos, (Mateus 28:1-8; Marcos 16:1-8; Lucas 24:1-10; João 20:1-8).

2). Quem era a viúva que estava chorando pelo seu filho único e que havia morrido levando consigo a esperança de sua sobrevivência?

A ressurreição do filho da viúva de Naim. A história da viúva de Naim ficou conhecida na Bíblia porque Jesus ressuscitou seu único filho. O milagre envolvendo a ressurreição do filho da viúva de Naim é um dos mais emblemáticos de todo o ministério terreno de Jesus. (Lucas 7:11-16).

Esse milagre aconteceu pouco depois de Jesus ter curado o servo de um centurião, (Lucas 7:1:10). É interessante notar a progressão na intensidade dos fatos. O servo do centurião estava à beira da morte, enquanto que o filho da viúva de Naim já havia morrido. No primeiro caso Jesus revelou seu poder sobre uma grave doença, mas no segundo ele revelou seu poder sobre a morte. Neste estudo bíblico conheceremos melhor a história da ressurreição do filho da viúva de Naim.

Quem era aquela viúva de Naim?

Nada se sabe sobre a identidade daquela mulher, ela é apenas identificada na Bíblia como a viúva de Naim. A Bíblia apenas revela que depois de chorar a morte de seu marido, ela agora estava sofrendo com a morte de seu filho. A vida de uma mulher viúva naquele tempo não era nada fácil. Por vezes as Escrituras advertem sobre a importância do amparo às viúvas. Mesmo assim não era raro que uma viúva tivesse suas aflições negligenciadas.

A viúva de Naim tinha um único filho, e esse filho havia morrido. Isso significa que ela tinha ficado completamente desamparada. Por mais que ela tivesse amigos e parentes, o que restava de sua família próxima havia se perdido. A morte de seu único filho significava sua plena desesperança. O filho era sua única fonte de sustento na velhice e proteção, e sua única chance de dar continuidade à linhagem de sua família. A condição daquela viúva era trágica.

Como era a cidade Naim? A Bíblia diz que aquela viúva vivia em Naim. Naim estava mais para uma pequena aldeia do que para uma cidade. Em nenhuma outra parte da Bíblia Sagrada essa cidade é mencionada. Naim ficava localizada próxima à margem sul da Galileia, a certa distância de Samaria.

Acredita-se que a aldeia estivesse a cerca de dez quilômetros a sudeste de Nazaré e a quarenta quilômetros de Cafarnaum. Essa localização coloca Naim entre o Monte Tabor, ao norte, e o Monte Gilboa, a sudeste.

Quando Jesus seguiu para Naim ele não estava sozinho. O grupo de seus discípulos o acompanhava, e Ele ainda era seguido por uma multidão. O texto bíblico coloca Jesus próximo do portão da cidade quando se deparou com o cortejo fúnebre do filho da viúva de Naim. Aquele cortejo saía pelo portão da cidade porque os mortos não podiam ser sepultados dentro de uma cidade judaica.

Jesus intervém na história de uma mulher desamparada, sem esperanças e ressuscita o filho da viúva de Naim. Foi justamente quando o cortejo fúnebre estava saindo da cidade que Jesus se aproximou de Naim. Mas em vez de se posicionar entre as pessoas do cortejo para honrar o costume de acompanhar o sepultamento do morto, Jesus se dirigiu diretamente à viúva de Naim.

A Bíblia diz que o coração de Jesus se condoeu por aquela mulher. Isso significa que ele ficou profundamente comovido pela situação que a viúva estava enfrentando. Ele entendia sua dor e teve compaixão dela.

Então Jesus disse à viúva: “Não chores mais”. (Lucas 7:15).

Aos olhos humanos essas palavras não faziam qualquer sentido. Era inconcebível que uma mãe viúva que acabara de perder seu único filho parasse de chorar. A única forma de isto acontecer é se a razão de suas lagrimas fosse eliminada. Nesse caso, a razão era a morte, então a morte teria que ser revertida em vida. Mas quem seria capaz disso? É possível que todas aquelas pessoas tenham olhado para Jesus Cristo com uma só pergunta: Quem é este que ousou interromper um funeral e ainda foi capaz dizer palavras tão absurdas? A resposta não demorou a vir.

Tão logo Jesus tocou na maca onde o cadáver estava e disse ao filho da viúva de Naim: “Jovem, Eu te digo: Levanta-te”. (Lucas 7:14). Imediatamente o filho da viúva se assentou e começou a falar, e foi recebido por sua mãe.

A reação das pessoas diante do milagre que Jesus realizou em Naim. A ressurreição do filho da viúva de Naim causou grande temor em todos que estavam ali. Antes disso as pessoas já tinham visto Jesus realizar milagres, como por exemplo, curar doentes e deficientes. Mas esse milagre foi o primeiro envolvendo a ressurreição de uma pessoa no ministério de Jesus. Só depois a filha de Jairo e Lázaro também foram ressuscitados.

Então as pessoas começaram a glorificar a Deus e a dizer que um grande Profeta havia sido enviado entre elas. Essas pessoas acertaram em glorificar a Deus diante de um milagre tão extraordinário, pois somente Ele é quem pode levantar alguém dos mortos. Também acertaram em identificar que Jesus havia sido enviado como o grande Profeta de Deus ao seu povo. (Deuteronômio 18:15; Lucas 24:12; Atos 3:22,23; 7:37).

Mas por outro lado, a maioria daquelas pessoas errou em reconhecer seu verdadeiro caráter. (Mateus 16:13; Marcos 8:28; Lucas 9:18,19; 19:28-44). Ele era muito mais do que um grande profeta de Deus. Entre aquele povo estava o próprio Filho de Deus, o Verbo que se fez carne, o Emanuel. Aquelas pessoas não conseguiram enxergar que diante de seus olhos o Unigênito Filho de Deus havia ressuscitado o único filho da viúva de Naim.

Mesmo sem as pessoas prestarem a Jesus toda a honra que Ele merecia e merece, a notícia do milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim se espalhou por toda parte. É incrível saber que mesmo num tempo em que não havia qualquer recurso de comunicação essa notícia foi tão longe. Ela foi tão longe a ponto de ainda hoje estar circulando pelo mundo. Depois de mais de dois mil anos nós nos maravilhamos diante da notícia de que nosso Senhor demonstrou tamanho poder e compaixão e ressuscitou o filho da viúva de Naim.

O que aprendemos com a história da viúva de Naim?

O milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim foi realmente muito significativo. Além de ter sido o primeiro milagre dessa natureza durante o ministério de Jesus, ele nos convida a admirar a extraordinária majestade de nosso Senhor e a forma com que Ele trabalha.

A história do filho da viúva de Naim nos ensina que nada não foge do controle do nosso Deus. Por mais que não entendamos algumas situações e circunstâncias, Deus tem um propósito para todas as coisas. Jesus estava entrando em Naim justamente no momento em que o cortejo fúnebre do filho da viúva estava saindo. Isto não foi mera coincidência! Tudo ocorre de acordo com o plano eterno, soberano e imutável de Deus.

Aquela situação, inicialmente desesperadora, serviu como a primeira grande amostra no ministério de Jesus de que Ele é o Senhor da vida e da morte, (Apocalipse 1:18).

A Bíblia Sagrada fala sobre outras ressurreições anteriores à ressurreição do filho da viúva de Naim. Essas ressurreições ocorreram durante os ministérios dos profetas Elias e Eliseu. (1 Reis 17:20-22; 2 Reis 4:32-35).

Mas a ressurreição do filho da viúva de Naim em certo aspecto foi muito diferente das ressurreições anteriores. Embora também tenha sido o poder de Deus quem ressuscitou aquelas pessoas no Antigo Testamento, os profetas do Senhor se viram envolvidos num processo longo, tenso e desgastante.

Mas na história do filho da viúva de Naim foi diferente. Jesus simplesmente deu uma única ordem e o jovem ressuscitou. Isso significa que Jesus não é apenas o maior de todos os profetas, mas é o próprio Filho de Deus. Sim, Jesus é Deus. Ele é o único Rei que triunfa sobre a morte. Mas mesmo com toda Sua grandeza e majestade, Ele se compadece de nós e nos socorre em todos os momentos mais traumáticos em nossas vidas.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.