sexta-feira, 16 de agosto de 2019

HÁ ESPERANÇA PARA O FERIDO

HÁ ESPERANÇA PARA O FERIDO 

Jó 14: 7-9

Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos.

Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco,
ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova.

Em minhas orações sempre tive a convicção e a certeza de que há esperança para o ferido. Ao entrar na presença de Deus em oração, principalmente quando estou orando a oração da fé,  oro e fico a refletir quão grande é o nosso Deus. Continuo orando e orando e pensando que há esperança para o ferido, para o aflito e necessitado. Medito no porque desta frase, “que há esperança para o ferido". 

Quanto mais meditarmos e  orarmos vamos perceber com certeza que “há sim esperança para o abatido, que há sim uma esperança para o caído, que há sim esperança para o rejeitado, que há sim esperança para o viciado, que há sim esperança para o alcoolizado, Jesus é a única esperança". 

Descobrimos que  através da oração, que é um instrumento poderoso criado por Deus com um propósito que é para nós aproximarmos de Deus através da intercessão, podemos falar com Deus e buscarmos a solução daquilo que está fora do nosso alcance. 

São coisas que só conseguimos diante de Deus através da fé, orando por nós mesmos ou por tantas outras pessoas que nos pedem para orarmos por eles.

Um ministério de louvor e adoração  tem uma música com o nome O cheiro das águas, e eu gostaria de começar trazendo esse cheiro das águas, para regar a nossa vida e trazer à memória o que nos dá e o que nos trás esperança, porque o louvor é uma maneira que Deus usa para preparar nosso coração, é uma maneira que Deus trabalha afinando nossos ouvidos, para que possamos ouvi-Lo e entendermos a Sua voz.

A letra de um hino sobre este assunto diz o seguinte:

Há esperança para o ferido. Como árvore, cortado, marcado pela dor. Ainda que na terra envelheça a raiz e no chão, abandonado, o seu tronco morrer, há uma viva esperança pra você.

Ao cheiro das águas, brotará; Como planta nova, florescerá; Seus ramos se renovarão. Não cessarão os seus frutos e viverá.

Você já ouviu falar na dormência das plantas? Tem plantas e ou frutas que caem todas as folhas, seus galhos ficam quebradiços e parece que estão mortas e não vão mais frutificar, mas ao começar as primeiras chuvas elas se regeneram, voltam a ter sua folhagem normalmente e dão seus frutos normalmente também até a próxima estação. 

Jó, por experiência própria, disse que há Esperança para o ferido; há esperança de um renôvo, há uma viva esperança para sua regeneração. 

“Porque há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus rebentos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu tronco, ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta nova”. (JÓ 14.7-9).

O livro de Jó é um livro histórico e excelente para exemplificar a ação de Deus na vida de uma pessoa temente a Ele . 

Nenhum crente poderia deixar de ler, por conter em suas páginas verdades imutáveis sobre esperança, perseverança e fidelidade.

É um livro que fala diretamente do relacionamento de Deus com o homem, no âmbito do mundo espiritual, dos momentos do silêncio de Deus. É considerado uma obra prime literária mundial.

Os primeiros cinco versículos do livro narram o primeiro estágio da vida de Jó. Era um homem que habitava na terra de Uz, possuía muitos bens, foi patriarca e um tipo de juiz e sacerdote, já que muitos o procuravam para resolver litígios, pedir conselhos, e a Bíblia declara que ele oferecia holocaustos por seus 10 filhos.
Jó era o homem mais rico do oriente naquele tempo, e provavelmente o mais respeitado.

Mas certo dia, Jó nunca imaginaria, que lá no céu, diante de uma reunião na sala de Justiça do Todo Poderoso, se apresentaria o nosso Adversário. (Satanás significa no hebraico adversário).

Nesta ocasião, Deus dá testemunho de Jó e observa suas qualidades: “ Homem íntegro e reto, temente à Deus e que se desvia do mal”. (Jó 1.8). 

Aqui começa uma nova etapa na vida deste homem, eestava acontecendo o que ele nunca imaginaria que aconteceria com ele. 

Geralmente os crentes fiéis a Deus nunca esperam que lhes venha e ou sobrevenha alguma situação embaraçosa em que sejam expostos às críticas dos outros, principalmente dos familiares, amigos e irmãos na fé. 

É exatamente daí que veem os piores questionamentos, tais como: ele (a) não é tão crente e tão fiel a Deus? Outros dizem: Só pode ser castigo de Deus; e pior ainda, dizem: está em pecado, é cobrança de Deus. 

De Jó, Deus diz: Por causa deste testemunho, o Adversário faz uma acusação:
“Ele só te teme porque tu deste a ele tudo, cercaste-o de bem, prosperidade, se tu tirares isso dele, verás que te negará”. (leia Jó 1.9-11).

Neste momento, Deus permite que o Adversário, Satanás, toque em tudo quanto Jó possuía. Este homem dorme abençoado, feliz e certo de que tudo estava em ordem. 

Ao acordar, sai ao pátio de sua casa, observa a bondade de Deus e o louva. 

Neste momento um servo seu entra desesperado anunciando-lhe uma terrível desgraça: os Sabeus levaram todo teu gado e mataram teus servos, só eu fiquei. 

Jó ouve atônito, e nem ainda digeriu esta terrível notícia, quando entra outro empregado seu e lhe anuncia que uma chuva de fogo, que caíra do céu, matara suas ovelhas. 

Outro adentra à casa anunciando que os caldeus levaram todos os seus camelos. 

Mas a pior de todas as notícias ainda estava por vir.

Enquanto estes homens ainda falavam sobre estes acontecimentos, surge um, que carrega consigo uma notícia devastadora. 

Este último anuncia-lhe que seus filhos, amados filhos, estavam reunidos em casa do irmão mais velho quando um forte vento, destruiu a casa e matou a todos.

Jó sai cambaleante, olha para o céu, tenta compreender o que está acontecendo, segundos que pareciam séculos, sua vida passa como um filme em sua mente, de repente este homem toma uma atitude.

Não como eu ou talvez você, não apontando o dedo para o céu e tomando prestação de contas com Deus, não anunciando que Deus era injusto, não, não, não.

A bíblia declara que este homem se levantou, rasgou seu manto, suas vestes,  dirigiu-se até seu quarto, lá pediu à sua esposa, que já estava em prantos que lhe ajudasse a raspar a cabeça, saiu novamente à vista de todos e se prostra em terra adorando ao Senhor.

Qual seria sua reação? O que você diria pra Deus?

O inimigo, Satanás,  fica furioso com a atitude de Jó.

Volta à presença de Deus e declara que se Deus lhe tocasse na saúde ele blasfemaria.

Deus permite, pele por pele. Deus permitiu que Satanás tocasse em sua carne, em seu corpo com enfermidades mortais; somente em sua alma não poderia tocar. 

Jó dormiu mais uma noite, seu corpo físico cansado e abatido com tantas derrotas seguidas. 

Providenciara o velório de seus dez filhos, sua mente confusa, sua cabeça doía e latejava. 
Seu corpo frágil rolava na cama, sua alma estava inquieta. Nada lhe restou.

Mas uma vez, sem ter o conhecimento daquilo que ocorria, quando este homem acorda, percebe que existem algumas feridas purulentas nascendo em seu corpo. 

Passadas algumas horas, vem a febre. O que é isto?

Muitos especulam sobre qual enfermidade atacou o corpo de Jó, mas ninguém pode afirmar qual era. 

No entanto, alguns médicos e entendidos do assunto listam as reações desta enfermidade no corpo de Jó: coceira contínua, degeneração da pele, perda de apetite, medo e depressão, feridas purulentas, vermes que surgiam nas feridas, dificuldade de respirar, olheiras, mau hálito, febre alta, diarréia, dentre outras. Meu Deus Quanta dor.

Gostaria de falar que, diante de tudo o que aconteceu com Jó, e do estado de seu corpo, uma chaga mortal se lhe crescia: a ferida moral, que era a maior de todas.

Como poderia viver ainda um homem, que um dia tornou-se conhecido por que em seus lábios havia sempre uma palavra sábia, um conselho, suas mãos agora purulentas um dia foram procuradas para saciar a fome e a necessidade de outros seres humanos menos favorecidos ou para levantar-se em adoração quando eram oferecidos holocaustos. 

O que restara para Jó? Nada. Provavelmente sua desgraça lhe deu mais fama do que sua glória. A notícia percorria todo o oriente médio. Todos ficaram sabendo, que vergonha. Tem um ditado popular que diz o seguinte: “A notícia boa corre, à notícia ruim voa“.

Diante disso, Jó toma uma decisão: vai se isolar juntamente com os desterrados, os rejeitados da sociedade e lá, próximo ao lixão da cidade, sentado na cinza, seu consolo é um caco de tijolo ou de telha que o alivia de suas coceiras.

Maldito o dia em que nasci. Maldição seja eu ter nascido vivo. Porque não morri dentro da madre de minha mãe? Desejo morrer. Este era o desejo que ardia agora na alma deste mendigo. 

Não havia mais sentido na vida. Jó não queria mais viver. 

Pra completar a cena, alguns de seus amigos, sabendo de sua desgraça decidem visitá-lo. 

A cena é chocante, vejam: Jó 2.8-13.

8. E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza.

9. Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa este teu Deus e morre.

10. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.

11. Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram, cada um do seu lugar: Elifaz, o temanita, e Bildade, o suíta, e Zofar, o naamatita; e concertaram juntamente virem condoer-se dele e consolá-lo. 

12. E, levantando de longe os olhos e não o conhecendo, levantaram a voz e choraram; e rasgando cada um o seu manto, sobre a cabeça lançaram pó ao ar. 

13. E se assentaram juntamente com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande.

É mesmo Jó que está ali? O espanto é tão grande que por sete dias estes homem não conseguem pronunciar uma só palavra.

Somente sentam e ficam ali observando as reações de seu amigo.

Chegam à uma conclusão, (errada conclusão e por sinal uma conclusão acusatório contra Jó): Jó está em pecado. Não há outra explicação lógica. 

Caso contrário Deus é injusto e não seria nada bom se acreditarmos nisso. Ou ainda, as coisas boas ou ruins acontecem pra cada um independente do que fazem. Este era um pensamento muito perturbador. Então a melhor opção foi acusá-lo.

Inicia-se um ciclo de debates, até que, no capítulo 14, Jó declara que não acredita em uma solução para o homem em sua situação, mas de uma maneira profética, seus olhos se abrem para uma possibilidade: 

Ainda “Há esperança para a árvore”. 

Ainda que esteja morta, cortada, seca, sem vida, se ela receber algumas gotas de orvalho, a umidade vinda de um rio ou mesmo uma chuvinha fraca, é capaz de voltar a viver e dar ramos como se fosse uma planta nova. Mas para o homem não há esperança.

Jó viu a solução. Ele percebeu que Deus poderia restaurar a vida àquilo que estava morto. O que ele esqueceu é que somos comparados à árvores, pelo próprio Deus. 

Somos árvore plantada junto à ribeiros de água. (Sl 1.3); Somos carvalhos de justiça e plantação do próprio Deus. (Is. 61.3). Somos jardim fechado e regado pelo próprio Deus. (Ct. 4.12).

Jó não compreendia que como árvore de Deus, só estava passando por um inverno. A primavera chegaria de novo trazendo com ela a vida. 
Há esperança para o desesperado e desesperançado, é só confiar pela fé, plenamente em Deus que tudo pode. 

Ele se tornaria uma forte e frutífera árvore novamente, estenderia seus galhos ainda mais adiante.

Alimentaria ainda mais pessoas pois seu último estado foi melhor que o primeiro conforme a promessa de Deus. (Jó 42.10-17).

Deus não só lhe restituiu tudo, pois sua fidelidade foi inquestionável, Deus ainda o abençoou  duplicadamente. 

Foi o resultado de sua fidelidade. Jó nunca deixou de crer em Deus, ainda que a vida terrena não estava lhe sendo favorável, Deus continuava a ser seu Deus e merecedor de toda glória. 

Se Deus fizer alguma coisa, Ele é Deus. Se Deus nada fizer, Ele continua sendo Deus. 

Esta é a atitude que Deus quer de nós. 

Mesmo diante do silêncio, mesmo diante de situações que não compreendemos, mesmo diante de toda a afronta e acusação, sejamos fiéis.

A árvore que o inimigo derrubou ou tentou destruir,  florescerá novamente, acredite.

Deus dará o renôvo e fará está árvore moribunda se levantar, florescer e dar muitos frutos novamente. Essa árvore pode ser eu ou pode ser você.  

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 





quarta-feira, 14 de agosto de 2019

A FALSA DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS

A FALSA DOUTRINA DOS NICOLAÍTAS 


Infelizmente a doutrina dos Nicolaítas mencionada no livro de Apocalipse 2, é o que está vigente em quase todas as igrejas evangélicas do mundo moderno, com raras exceções. 

Hoje nada mais é pecado. Tudo gira em torno do dinheiro fácil que os fiéis trazem, uns poucos o trazem por fidelidade, a maioria o trazem por promessas de enriquecimento rápido, aumento do patrimônio e em nada são importunados quanto ao seu verdadeiro estado de pecados escondidos que precisam ser confessados. 

"Pagou a indulgência, comprou os amuletos e ou outras mercadorias oferecidas pelas igrejas e seus lideres,  estão salvos. 

O nome de Jesus sempre é desprezado em detrimento da religião e títulos das ditas religiões e ou seus líderes".

Quem eram os Nicolaítas?

No livro do apocalipse encontramos estas duas referências sobre quem são os Nicolaitas, Ap. 2.6 e 15.

O termo nikh significa vitória no sentido de dominar, de crescimento vertiginoso às custas dos outros. 

 O termo laos significa: o povo peculiar (de Israel ou Cristãos); gente, multidão; do Século IV em diante, às vezes se refere ao leigo (conforme o grego moderno "laikos"= leigo, no sentido de povo comum).

Portanto, o nome Nikolaitwn (nicolaítas) composto destas duas palavras tem o sentido de "vitória sobre o povo" ou "os que dominam sobre o povo".

A origem literal deste termo Nicolaítas. 

Esta era uma heresia que se formava já no fim da era apostólica, com os falsos mestres deturpando a pureza da doutrina de Cristo e seus Apóstolos. 

A doutrina Nicolaita concebeu a idéia de uma casta especial e superior na Igreja daquela época ou seja, o chamado Clero. Indo além, formou-se a idéia de uma hierarquia eclesiástica dentro deste mesmo clero. 

Há uma grande probabilidade, lógica e historicamente nostálgica de que estes Nicolaítas, dos quais muito pouco se sabe, sejam os formadores do pensamento Católico Romano e, portanto, seus antecessores. 

Eles estavam, no final do séc. I, infiltrados nas igrejas de Cristo como podemos ver no texto base de Apocalipse Capítulo 2. 

Evidentemente, este desejo de exercer poder sobre o povo disseminou entre muitos homens de liderança nas igrejas, movidos pelo instinto carnal de domínio das multidões, pela soberba e pela torpe ganância de posições e riquezas que seriam geradas por essas atitudes não convencionais. 

Especialmente entre os pastores das grandes igrejas, nos grandes centros, com congregações numerosas, tornavam-se uma tentação estabelecer uma ostentação de poder sobre o rebanho e outros pastores de rebanhos menores. 

Eis o “porque” de estabelecer-se o "centro da igreja" e o "trono do Papa", como o maioral e chefe máximo do Catolicismo em Roma, que tornou-se uma tipificação do Nicolaismo medieval.

Sendo Roma a capital e maior centro urbano de sua época, permitia a que seus pastores, bispos e outros líderes religiosos de maior monta nutrissem uma imagem de mais poderosos e importantes que os demais. 

É claro que, com o apoio de Constantino (no começo do séc. IV) definitivamente o Bispo de Roma conquistou esta supremacia. Não fora o Nicolaísmo, não existiria o erro de uma Igreja de domínio universal como a romana com sede em algum lugar. Nem mesmo a primeira Igreja, formada por Jesus pessoalmente, em Jerusalém, tinha autoridade sobre as demais. 

Veja em Atos 15, a postura da Igreja de Jerusalém com relação a Antioquia, como mãe que exorta a seu filho independentemente, num momento de necessidade, mas não considera justo lhe impor nada. Observe-se, ainda, o próprio falar dos Apóstolos Pedro e Tiago (que estavam em Jerusalém e não em Roma), como não exercem eles domínio sobre a Igreja, mas servem como conselheiros junto a Ela e com o Espírito Santo sendo o centro das decisões. (vv.23,25 e 28).

O problema das religiões de hoje permanece entre Nicolaismo x Cristianismo

Nicolaitas, não são portanto, como muitos pensaram, seguidores de um "tal Nicolau", nem do papai Noel (São Nicolau), mas os partidários da idéia de uma hierarquia dominante dentro da Igreja. 

Esta heresia tem influenciado o pensamento de muitos religiosos que pensam galgar degraus na escada da fama, da fortuna e da força. Por isto, alguns pobres infelizes "querem ser pastores", sem a chamada Divina; pastores buscam popularidade e posição em organizações; trocam de igreja em busca simplesmente de uma igreja maior ou que pague mais, sem convicção da vontade de Deus; pastores que disputam posições e até brigam por isto. 

Mas não deve ser assim nas Igrejas do Senhor Jesus Cristo! Em Marcos 10.42-44 podemos ver claramente o Seu ensino de que o que quer ser grande é o que serve e não o que manda como dominador, domador, de uma arena de animais irracionais.

Erros como o de se pensar que só os Pastores podem realizar Batismos ou ministrar a Santa Ceia, efetivamente não tem base bíblica e provém do pensamento Nicolaíta de que estes são uma categoria com poderes especiais. 

Se uma Igreja tem Pastor local, é evidente que, sendo este seu líder espiritual deverá exercer tais funções mas, caso a Igreja não o tenha, deve entender que a autoridade para estes serviços foi dada à Igreja e Ela pode escolher um irmão local que tenha boas condições espirituais e esteja assim apto a liderar a Igreja em tão solenes atos assim também como o batismo nas águas. É claro que ,se assim entender, a Igreja poderá também convidar o Pastor de uma Igreja irmã para lhe prestar estes serviços e compartilhar dos mesmos com outras igrejas coirmãs, embora não o seja absolutamente necessário. Jesus concedeu à Igreja esta autoridade e não ao pastor. Ele o faz, como servo (que é o verdadeiro significado da palavra ministro) da Igreja.

Cristo estabeleceu irmãos com condições diferenciadas na Igreja sim, mas isto foi feito apenas visando o melhor desenvolvimento dos crentes e organização eclesiástica da Igreja e não para estabelecer uma hierarquia dominante. (Efésios 4.11-12 e 1 Corintios 12.12-31). 

Assim, era necessário que houvesse Apóstolos, pastores, mestres, pregadores e evangelistas, mas isto não é uma corrente hierárquica onde um manda no outro. 

Cada um deles tem autoridade, mas só aquela concedida, não pelo título que ostenta, mas pela igreja, de acordo com o que o Espírito Santo lhe concede pela Palavra para o ministério a que fora chamado. 

Todo ministro de Deus deve ser respeitado por causa da sua função como líder e condutor espiritual da Igreja e como um irmão que seja um bom exemplo ao rebanho. (Hebreus 13.7 e 17). Mas isto não o faz "dono da igreja" e todo pastor tem que tomar o cuidado de ser zeloso sem, no entanto, exercer domínio por força ou por violência sobre o rebanho. (1 Pedro 5.1-4). 

Na Bíblia Vida Nova encontramos um bom estudo a respeito, no item 2.085, "Características dos verdadeiros ministros" do que destacaríamos a seguinte informação: Humildade, abnegação, gentileza, dedicação e afeto para com o rebanho. 

A atitude de poder sobre a Igreja é diabólica e maligna e, portanto, precisa ser totalmente rechaçada. 

Os cuidados necessários dos ministros de Deus.

Sendo assim, nosso papel como Ministros de Deus, seja Missionário, Evangelista, Professor (mestre), Pregador, Diácono  Presbítero ou Pastor, é o de servir e não permitir que a síndrome de Lúcifer se aposse de nós, fazendo com que presumamos de nós mesmos que somos mais do que realmente aparentamos ser.

Liderança é necessária para que haja organização, ordem, decência e, principalmente edificação, seja na Igreja ou em encontros de várias igrejas, convenções, encontros de jovens, congressos e mesmo de encontros espiritual de líderes, pastores e obreiros. 

Mas nunca deve haver o pensamento de buscar o primado ou a superioridade entre os demais. ( Lucas 22.26). Isto estraga a comunhão, prejudica o aprendizado e a edificação dos participantes. Não sejamos como Diótrefes, um exemplo bíblico de Nicolaíta que, buscando o primado, tantos males causou. (3 João 9-10).

Que em tudo tenha Cristo a primazia (Colossenses 1.18) e nós tenhamos nossos irmãos em consideração como superiores a nós mesmos. (Filipenses 2.3).


A doutrina libertária dos Nicolaitas.

Os nicolaítas eram agentes propagadores da imoralidade e da idolatria entre os primeiros cristãos.

Esse povo é mencionado na primeira carta de Cristo direcionada à igreja de Éfeso, para a qual o Senhor declara: “Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. (Ap 2.6). 

Como podemos entender, diante da contundência destas palavras, é importante saber quem eram os nicolaítas e quais eram as suas obras. 

Vejamos quem realmente eles eram dentro da igreja. 

Alguns estudiosos entendem que se tratavam dos discípulos de Nicolau de Antioquia. Nicolau pregava a libertinagem cristã e ignorava o corpo físico como o templo do Espírito Santo, promovendo, assim, a prática da imoralidade sexual entre os cristãos. 

Ainda podemos acrescentar que tal ensino está correlacionado com a mesma imoralidade sexual pregada por Balaão, que encorajou as mulheres moabitas a seduzir os homens de Israel, conforme verificamos em Apocalipse 2.14,15, na terceira carta direcionada à igreja de Pérgamo: “Mas algumas poucas coisas tenho contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem. Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio, abomino”. 

Desta forma, vemos claramente a associação dos nicolaítas com a devassidão sexual, o que é confirmado em consenso pelos estudiosos que acreditam que os nicolaítas eram, muito provavelmente, agentes propagadores da imoralidade e da idolatria entre os primeiros cristãos, práticas expressamente reprovadas pela Bíblia: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” . (1Co 6.9,10). 

A moda nos dias de hoje é permitir tudo dentro e fora da igreja. É venha como estás e continue fazendo o que quiser de sua vida. Não renuncie nada que seja indecente porque o que interessa profissionalmente é o quanto você ganha e o quanto você vai contribuir para a  ordem religiosa. E, ainda dizem: Deus é amor e vai te perdoar, é só você contribuir para a igreja que tudo vai dar certo. 

Como identificar Nicolaismo e Nicolaítas dentro da igreja. 

Nicolaísmo uma das palavras encontradas nas cartas às 7 igrejas do Apocalipse. Muitas pessoas não sabem o que isso significa. Jesus Cristo elogia a Igreja de Éfeso por resistir e aborrecer as obras dos nicolaítas, porém em outra carta os nicolaítas prevalecem com suas doutrinas e Jesus reprova aquela igreja por aceitar os nicolaítas.

Afinal o que é nicolaísmo ou doutrina dos nicolaítas?

A palavra nicolaísmo vem da junção das palavras gregas Nikos + Laos que significa dominar e subjugar o povo de Deus. Um bom dicionário de Grego confirmará este significado.

O Apostolo Pedro ensinou que o Presbítero deve ser um bom exemplo para a igreja e que não deve buscar ter domínio sobre o povo de Deus e nem impor encargos pesados sobre eles.

1 Pedro 5:3  diz o seguinte: ...nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho.

Jesus Cristo repreendeu severamente seus discípulos quando no meio deles surgiu uma disputa para ver quem era o maior, sendo isto um motivo de briga entre eles.

Mateus 20:25-28
25 Jesus, pois, chamou-os para junto de si e lhes disse: Sabeis que os governadores dos gentios os dominam, e os seus grandes exercem autoridades sobre eles.
26 Não será assim entre vós; antes, qualquer que entre vós quiser tornar-se grande, será esse o que vos sirva;
27 e qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, será vosso servo;
28 assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir, e para dar a sua vida em resgate de muitos.

Então o nicolaísmo é a busca de cargo e poder dentro da igreja, tentando subjugar povo de Deus; são pessoas mal intencionadas que querem dominar e ter proveitos deste cargo sobre os servos de Deus.

Como comporta-se uma pessoa que tem, que é dominado pelo espírito de engano dos Nicolaítas?

A obra do Nicolaíta é semelhante a de muitos políticos de Brasília e do resto do Brasil,  eles buscam para si cargos e mais cargos e um maior poder sobre os demais. 

Os Nicolaítas atuais querem ser os porta vozes do povo diante de Deus e governar as igrejas de Deus, como um manda chuva, como chefão, como dono de um curral fechado de gado  e tudo tem que passar pelo seu crivo e sua aprovação, se isso não acontece eles ficam muito aborrecidos e utilizam aqueles que por medo estão submetidos à sua autoridade para fazer guerra aos que ameaçam sua liderança, sua autoridade. 

Nicolaítas invocam muito sua autoridade para fazerem negócios escusos, com propinas, com lucros próprios em negociatas que só prejudicam a igreja, mas sentem-se contrariado de qualquer forma se alguém tocar no assunto  e sempre dizem que os contradizentes, mesmo que sejam profetas de Deus como Elias e Elizeu, estão desrespeitando o seu ministério, desonrando o seu ministério e sua liderança.

Você reconheceria algum Nicolaíta nos dias de hoje dentro da sua igreja?

Como identificar se uma pessoa é ou não é Nicolaíta?

Algumas características dos Nicolaítas.

Eles querem se perpetuar em seus cargos, e criam cargos novos para no futuro se colocarem neles, eles sempre arrumam um jeitinho para ficar no topo da hierarquia antibiblica criada dentro da igreja de Deus; se for preciso criam até a familiocracia para fazer jus às suas lideranças. 

Nada contra de um familiar que tenha o chamado de Deus, ter um cargo na igreja sem segundas intenções. 

Adoram serem bajulados, armam até uma cauda de pavão para isso se for preciso. Querem e agem como os “soberanos" das dinastias das antiguidades. 

Detestam reconhecer em público suas barberagens ou serem contraditados quando praticam seus atos indecentes, quando são pegos em contradição e ou quando não gostam de alguém e dizem, usando alguns chavões como: Não é bem assim; veja bem; é o seguinte; 

Normalmente pela sua prática conseguem fazer aqueles que tem razão ficarem por culpados e os errados se tornarem certos. Praticam uma verdadeira inversão de valores e exigem que todos lhes aplaudem pelas “decisões tomadas” segundo eles mesmos “acertadamente“.

São mestres na frase de duplo sentido ou duplo efeito, eles fazem duplo sentido ou para aqueles que lhes representam ameaça às suas pretensões ou em suas frases ou palavras, ou ministrações  e quando elas são contraditórias arrumam outro significado que melhor lhes agrade.

Mestres em distorcer as coisas, na verdade é desta forma que ele blinda sua autoridade sobre o povo, sempre acabam passando por bom aos olhos de seus dominados.

São extremamente ardilosos, fazem reuniões secretas, costuram políticas de cargos, preferência ou salários para conseguir adeptos e tentam conquistar simpatizantes. Não se importam com a honestidade, são vulneráveis à corrupção e à propinas e aceitam qualquer negociata em nome de Deus desde que isso venha a encher seus bolsos de polpudos valores frutos das suas más intenções. 

Criam sistemas dentro da igreja em que eles tenham controle de tudo e de todos.

Nicolaítas minam a confiança dos irmãos de um sobre os outros e criam disputas internas dentro da  própria igreja pelo poder, de modo que ele consiga identificar quais são os seus dominados. 

Ele, o Nicolaíta, cresceu assim dentro da igreja, disputando e pisando sobre aqueles que lhe ameaçam. Um Nicolaíta consegue transformar um anjo em demônio e vice versa em poucas horas sobre seus dominados.

São manipuladores da verdade e mentem com a maior facilidade e tranquilidade se isso for necessário, e se desculpam com a frase em suas mentes: Os meios são justificados pela finalidade. Tipo assim eu sou um herói do povo eles precisam de mim, melhor eu aqui do que outro.

Agora vamos entrar no campo direto dos púlpitos das igrejas. Identificando um líder Nicolaíta no púlpito da igreja  

Pastores e líderes Nicolaítas permanecem as vezes por anos e as vezes décadas como único líder e presidente na igreja local, ele não ordena outros para não dividir sua autoridade ou compartilhar de sua autoridade. Quando faz isso tem que ser algum parente bem próximo para ele manter o sistema em família. 

Quando há uma abertura para preencher algum cargo máximo que ele faz é ter pessoas para lhe servir, isso se dá somente para criar um ar de que está compartilhando do poder sem colocar em risco sua hegemonia. A Bíblia ensina que uma igreja local deve ter vários obreiros se for necessário.
(Atos 13:1-3). 

A Biblia ensina as mesmas exigências de um presbítero para um diácono, para um evangelista, para um pastor, para um líder dentro da igreja.  Portanto um diácono é tão autoridade espiritual quanto um presbítero, evangelista e ou pastor, cada um respeitando o seu chamado e o cargo para o qual foi ungido.

Um obreiro Nicolaíta ainda que em sua igreja tenha outros obreiros ele vai dar um jeito de ter uma hierarquia ou cargo acima deles para manter o controle sob suas mãos ou então ele vai buscar um outro meio de criar seu troninho  sua turma, sua “panelinha”.

Obreiros Nicolaítas colocam medo no povo subjugado para garantir-se ou ver seu domínio sobre eles e impedem que as pessoas que lhe ameaçam este domínio sejam recebidas ou que seus adeptos os ouçam. Um exemplo típico é o de Diótrefes que expulsava da igreja os que recebiam os enviados dos Apóstolos. 
(3 João 7-12).

Obreiros Nicolaítas usam recursos de lavagem cerebral sob seus subjugados, ele tem que dominar tudo e até a mente dos seus dominados. Os dominados neste caso são capazes de fazerem qualquer coisa a favor dos seus Nicolaítas, eles perdem a noção do certo e do errado. Tipo assim: O certo é errado e o errado fica sendo certo, se o seu líder ou obreiro disser que é  

Obreiros Nicolaítas adoram receber dízimos e ofertas  mesmo que sejam ordenanças de Deus, porém não conseguem disfarçar seu interesse pessoal somente pelo poder e pelo dinheiro dos fiéis dentro da igreja, para ele uma igreja abençoada é medida pela arrecadação e pela quantidade independente da qualidade ou espiritualidade dos membros das igrejas. Para estes um lote, um tijolo de construção de um novo templo vale mais do que o valor de uma alma. 

Obreiros Nicolaítas gostam de fazer fama em cima dos trabalhos alheios, eles tentam roubar os louros dos outros. Pregam amor, mas não vivem o amor de Deus. Amor para estes é só no cartaz das festas anunciadas para gerar mais dinheiro para seu reino particular. 

Finalmente os obreiros Nicolaítas tornam-se dominadores do povo de Deus e prejudicam a vida espiritual  e o verdadeiro crescimento do Reino de Deus, dividindo ou mantendo a igreja dividida desde que se mantenham em suas cadeiras e cargos. Ouvi certa feita numa reunião de pastores a seguinte frase: “divisão trás progresso”. Questionei: isso é uma afronta aos princípios bíblicos. Não adiantou. O prejudicado e o rejeitado ficou sendo eu. Pensei: não adianta remar contra a correnteza. Mas quando Deus está no controle de tudo em nossas vidas, Ele transforma derrota em vitórias. 

Às pessoas sinceras que apreciarem este artigo tenho certeza que rapidamente vão buscar vigiar mais para ver se não estão sendo vítimas destes nicolaítas, falsos pastores, falsos profetas, falsos teólogos,  falsos doutores da religião, etc. 

Tomem muito cuidado porque os nicolaítas vão se morder de raiva e buscarão de alguma forma camuflar mais seu modo operante para não ser identificado e querer te enganar e enganar multidões. É o espírito de engano do anticristo já operando como disse Jesus em Mateus 24.

Nos dias Apostólicos da igreja que nascia em Jerusalém e região, os Nicolaítas eram publicamente reprovados e combatidos, porém agora na era da Laodicéia moderna, da igreja moderna, infelizmente as igrejas estão infestadas deles. Oremos a Deus para ter força para aborrecer e combater as obras dos nicolaítas dentro da igreja de Deus.

Se você gostou deste artigo de coração, você provavelmente não é um Nicolaíta, mas isso não significa que você não seja vítima do domínio de um deles e esteja subjugado por algum deles.

Se você odiou este artigo, ou não conseguiu ler inteiro, e esta remoendo dentro de si de raiva, é bem provável que você seja um Nicolaíta ou discípulo de um deles. A Solução é arrepender-se, abdicar das suas pretenções inglórias e aprender de Jesus Cristo que veio para ser servo e não para ser servido.

Como Combater o Nicolaísmo e nicolaítas dentro da Igreja.

Pregando a palavra pura de Jesus Cristo e destruindo a hierarquia e a elitização dentro dos ministérios. Falando contra os abusos e desmandos, denunciando sem medo, pois aquilo que eles combinam no oculto e no secreto devemos pregar e falar de cima dos telhados.
 (Mateus 10:26-28).

Jesus também combate contra os Nicolaítas dando aos seus servos fiéis a aguda espada de dois fios que é a verdade da sua palavra.

Apocalipse 2:15,16
15 Diz assim: tens também alguns que de igual modo seguem a doutrina dos nicolaítas.
16 Arrepende-te, pois; ou se não, virei a ti em breve, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia,  Pastor e Escritor





segunda-feira, 12 de agosto de 2019

ROBOÃO, O FILHO DE SALOMÃO QUE DECEPCIONOU SUA POSTERIDADE

ROBOÃO, O FILHO DE SALOMÃO QUE DECEPCIONOU SUA POSTERIDADE. 

Roboão nadou de braçadas em ouro e muitas riquezas da família de Salomão seu pai e de Davi seu avô. Teve fartura de tudo o que desejou ter, achou que as riquezas e as propriedades do seu reino nunca acabariam.

Roboão foi o filho desastrado do rei mais sábio de todos os tempos na face da terra.   

Ele colocou a perder o grande patrimônio e as grandes riquezas que seu avô o rei Davi e seu pai o rei Salomão deixaram em ouro, prata e riquezas materiais em grande quantidade bem como acabou com o respeito e a honra da sua família por toda a sua posteridade deixando um legado de incontáveis e incalculáveis prejuízos e coisas negativas para sua família real dalí para frente.

Chegou ao ponto de aquela família ser quase totalmente destruída por Atália que foi regente do trono usurpado de seu filho Acazias de Judá, quando ela mandou matar todos os descendentes da família de Davi, ficando vivo apenas Joás, bisneto da rainha Jezabel, uma criança de um ano de idade escondido no templo pelo sacerdote Joiada.

Roboão o filho desastrado do rei mais sábio de todos os tempos na face da terra. 

Roboão desonrou o nome de seu pai Salomão, o homem mais sábio entre todos os reis e desonrou o nome de seu avô o rei Davi, um homem segundo o coração de Deus. 

 Roboão foi um rei distanciado dos propósitos de Deus, tornou-se um idólatra inveterado e além de ser muito autoritário era prepotente e despreparado para o cargo de maior mandatário da nação de Israel.

Quem foi Roboão, rei de Israel:

Roboão ou Reoboão, filho do Rei Salomão tinha 41 anos ao subir ao trono. Logo após a morte de seu pai, Salomão, ocorreu um cisma e o Reino de Israel foi dividido em dois reinos. Roboão tornou-se Rei do Israel Meridional, passando a ser chamado Reino de Judá.

Nascimento: 972 a.C., Jerusalém, Israel
Falecimento: 915 a.C., Jerusalém, Israel
Cônjuge: Maacah (a 915 a.C.)
Sucessor: Abias de Judá
Filhos: Abias de Judá, Zaham
Pais: Salomão, Naamah

Em I Reis 14. 22-28 está escrito:
“E fez Judá o que era mau aos olhos do Senhor; e com os seus pecados que cometeram, provocaram-No a zelos, mais do que todos os seus pais fizeram. 

Porque também eles edificaram altos, e estátuas, e imagens de Aserá sobre todo o alto outeiro e debaixo de toda a árvore verde. Havia também sodomitas na terra; fizeram conforme a todas as abominações dos povos que o Senhor tinha expulsado de diante dos filhos de Israel. 

Ora, sucedeu que, no quinto ano do rei Roboão, Sisaque, rei do Egito, subiu contra Jerusalém. E tomou os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa do rei; e levou tudo. 

Também tomou todos os escudos de ouro que Salomão tinha feito. E em lugar deles fez o rei Roboão escudos de bronze, e os entregou nas mãos dos chefes da guarda que guardavam a porta da casa do rei. E todas as vezes que o rei entrava na casa do Senhor, os da guarda os levavam, e depois os tornavam à câmara da guarda.”

Uma vez mais nos deparamos com um trágico fato ocorrido na história dos Reis de Israel.

Salomão havia morrido e quem o substitui é seu filho Roboão (Signif. Heb. “Aquele que faz o povo aumentar”). 

O governo de  Roboão foi marcado por opressão ao povo bem como a instituição de uma insuportável cobrança de impostos.

Quando a nação se reuniu em Siquém para fazê-lo rei, aproveitaram para lhe pedir abrandamento nas taxas e no tratamento com o povo, pois fazendo assim ganharia o coração de todos os governados, porém ele não ouviu os sábios conselhos do anciãos que eram conselheiros de seu pai. 

Roboão resolveu aumentar significativamente a carga de impostos, cobrando pesadíssimos tributos do seu povo e de seus aliados e subjugados. 
  
Infelizmente Roboão rejeitou o sábio conselho dos mais velhos e preferiu colocar adiante as demandas de seus amigos de infância, ou seja, superar a opressão de seu pai e esfolar ao máximo o já sofrido povo de Judá. 

Esta escolha lhe custou a divisão de toda a Nação de Israel em dois reinos. Jeroboão arregimentou dez tribos e estabeleceu-se ao norte de Jerusalém, em Samaria, quanto a Roboão, lhe coube duas tribos restantes, Judá e Benjamim com sede em Jerusalém.

Seu governo ficou marcado por licenciosidade, abominação, perversão moral e ética, idolatria e tudo o mais que se pode imaginar de desvio consciente da vontade do Senhor e de Sua santa Lei.

Estabeleceu postes ídolos nos lugares altos onde se era oferecido sacrifícios ao Senhor Deus, o Deus de Israel. 

Estes monumentos que Roboão permitiu que se levantassem para sacrifícios aos deuses e ídolos abomináveis a Deus, tinham a forma fálica (forma de um pênis) e era administrado por prostitutos cultuais que, supostamente em transe, mantinham relações sexuais com os ofertantes. 

Até que chega o basta de Deus e então envia a disciplina através de  Sisaque, o Faraó do Egito, que invade o reino do sul e destrói uma grande parte da cidade de Jerusalém, rouba toda a riqueza da casa do Senhor e também leva os escudos de ouro que Salomão havia feito.

Duzentos escudos grandes pesando 3,6Kg de ouro puro e trezentos escudos pequenos pesando 1,8 Kg de ouro  puro cada um, um valor aproximado hoje em dólares de 181.440.000,00 (próximo a cento e oitenta e dois milhões de dólares ).

Estes escudos eram colocados em um Palácio do Bosque no Líbano conforme nos informa I Reis 10.16,17: “Também o rei Salomão fez duzentos paveses de ouro batido; seiscentos siclos de ouro destinou para cada pavês; Fez também trezentos escudos de ouro batido; três arráteis de ouro destinou para cada escudo; e o rei os pôs na casa do bosque do Líbano.”

Eles eram empunhados por soldados do reino de Salomão na entrada do palácio e ficavam perfilados em duas colunas. O sol refletia no corpo polido do escudo e criava uma visão fenomenal. O rei, então passava no meio dos escudos brilhantes.

Como Sisaque roubara os escudos de ouro, Roboão queria dar continuidade ao cerimonial, resolveu então que se fizessem escudos no mesmo formato, só que de um material extremamente inferior, o bronze.

Quando lemos esta história o Espírito Santo de Deus nos leva à compreensão de algumas verdades.

Tudo o que temos recebido do Pai, nossa salvação, nossos talentos, nosso ministério, etc; tudo chega até nós como “Ouro Puro”. 

Seja qual for a dimensão ou projeção Ministerial que temos é ouro puro. Só que para a nossa infelicidade o inimigo de nossas almas quer transformar a preciosidade de nosso ouro em mero bronze barato.

Um sintoma de quem se transformou em bronze é quando não sente mais a mesma paixão em fazer a Obra do Senhor; quando só coloca em prática os talentos de bronze e não os de ouro puro. 

Muitos só aplicam na obra de Deus os talentos de ouro puro quando lhes interessa para gerar mais riquezas materiais.  

Quando sabem que esta ação reverterá em mais “ajudas”  financeiras. 

Outros ainda fazem pior quando  poderiam fazer o melhor para a obra de Deus, ofertar o melhor, cooperar com mais dedicação, mas só dedica o bronze. 

Até porque só oferecem a Deus um sacrifício abominável aos olhos do Senhor, como o sacrifício de Caim. 

Devemos entender que temos que ter uma vida mais santificada, mais separada do pecado, todavia muitos continuam com um pé na igreja e outro no mundo de devassidão.

Roboão sabia que o ouro precioso já não existia, entretanto dia após dia repetia a cerimônia do auto engano com escudos baratos que constantemente precisavam ser polidos.

O bronze tem a particularidade de criar uma crosta esverdeada chamada “zinabre”, que é uma oxidação natural do material. 

Este “zinabre” se for ingerido pode matar, pois é venenoso. Assim também é todo aquele que se tornou um crente de bronze, um líder de bronze, um crente de bronze, passa a ser envenenado. Seus pensamentos são venenosos, seus olhos são venenosos, seus pés, suas mãos, sua mente, enfim, tudo naquela pessoa está “enzinabrado”. 

Precisa ser oferecido em sacrifício puro novamente diante de Deus, precisa voltar a ser ouro puro, precisa de um reencontro com Deus, precisa se reconciliar com Deus. 
Romanos 12.1. 

O que é azinhavre ou Zinabre?

O verdete ou cor esverdeada do cobre chama-se azinhavre, azebre ou zinabre. 

Veja que um tacho de cobre para ser usado é preciso que ele seja bem limpo com limão e depois higienizado normalmente com detergente ou sabão até que ele fique brilhoso ou brilhando.

Azinhavre é então a camada de cor verde que se forma na superfície dos objetos de cobre ou latão, resultante da corrosão destes quando expostos ao ar úmido; azebre, cardenilho, verdete, zinabre, ou desbaste do tempo por falta de uso. 

O crente, até mesmo líderes evangélicos que não vigiar, vão estar expostos à todos os tipos de heresias que poderão lhes tirar a alegria da salvação. 

Meu amado irmão, o Senhor nos tem chamado para um ministério de Ouro Puro refinado no fogo do seu Espírito Santo, sem contaminação das coisas deste mundo.

Sejamos vigilantes para não sermos coparticipantes de uma vida de engano e frustração como Roboão;

 Os crentes “desviados”, os afastados dos caminhos do Senhor, que estão “enferrujados, enzinabrados”, são também “de ferro", “de bronze” ou de outros materiais perecíveis, não herdarão a vida eterna. 

Não importa qual seja o tamanho de seu escudo de ouro, o que interessa é que nele seja refletida a magnífica glória do Senhor Jesus. 

Que você e assim também eu, possamos zelar de nossas vidas espirituais para brilhar no meio das trevas como luzeiros de Deus neste mundo tenebroso. 

Disse Jesus: “Vós sois a luz do mundo...”.

Mateus 5.13-16


13. Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens.

14. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; 

15. nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá luz a todos que estão na casa. 

16. Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.


Que o Senhor abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.



sábado, 10 de agosto de 2019

A FILHA ESQUECIDA DE ACABE E JEZABEL

A FILHA ESQUECIDA DE ACABE E JEZABEL 

A filha esquecida (?) (Rejeitada?) de Acabe e Jezabel. O quê vocês acham: ela puxou a mãe, Jezabel ou não? Ela "aprontou" bastante. 

Tudo o que sua mãe fez em Samaria, ela tentou fazer em Jerusalém (reino de Judá) e até pior. Ela mandou matar todos os descendentes do rei Davi. 

Não era para ficar nenhum vivo. Se não fosse o sacerdote Joiada esconder Joás que tinha apenas 1 (um) ano de idade até que se formasse uma nova estratégia para depor do reino a Atália, não teria ficado ninguém da genealogia de Davi para chegar até o nascimento do Messias. Deus interveio na história para que continuasse a descendência de Davi. 

Fazemos aqui um parêntese para explicar que uma filha de Acabe e Jezabel que ficou quase esquecida na história dos Reis de Judá e Israel, teve grande influência no reinado de Judá pelo seu parentesco e procedência que era a Dinastia de Onri, seu avô e Acabe, seu pai e também Jezabel sua mãe, pela influência deles no mundo político militar da época.

A dinastia do rei Acabe com Jezabel. 

Atália era filha de Jezabel com Acabe. 


Os registros históricos de Atália são confirmados no "Promptuarii Iconum Insigniorum" da seguinte forma. 

Reinado: 842 a.C.— 837 a. C.

Consorte: Jeorão de Judá.

Antecessor(a): Acazias.

Sucessor(a): Joás.

Dinastia: Casa de Acabe.

Nome completo: Atália.

Data de Nascimento: Indefinido. 

 Local de nascimento: Samaria, Reino de Israel.

Sobre sua Morte: Foi em Jerusalém,  Reino de Judá.

Enterro: Pátio dos Cavalos

Filho(s): Acazias.

Seu pai era Acabe e sua mãe era Jezabel.

Atália, era filha de Acabe, Rei de Israel e de Jezabel sua esposa. Casou-se com Jeorão, Rei de Judá ou Reino do Sul, cuja capital era Jerusalém; Jeorão era filho de Josafá. Com este casamento, procurou-se pôr fim aos conflitos e conseguir uma União Dinástica entre os reinos de Israel Setentrional e de Judá. Ela tornou-se regente do Reino de Judá durante seis anos, sucedendo após a morte de seu filho, Acazias. Segundo algumas cronologias, Atália teria governado entre anos 842 e 837 a.C.

Na realidade, Atália não foi uma rainha do Reino de Judá, mas sim uma Regente do Reino. Usurpou o trono de seu filho que era o sucessor natural depois da morte de seu marido que era o rei.

O texto bíblico deixa bem claro que ela não foi contada como uma rainha. Promovia o culto em Jerusalém de adoração plena a Baal, da mesma forma que Jezabel, sua mãe, havia feito anteriormente no Reino de Israel Setentrional ou Reino do Norte, cuja capital era a cidade de Samaria. Esta atitude fez com que Atália fosse odiada pelo povo e pelos sacerdotes. Por alguns anos antes, os profetas Elias e Eliseu já anunciavam o fim da Casa Real de Acabe.

Num ato de vingança contra a execução de toda a Casa Real de Acabe, Atália mandou assassinar todos os membros da Casa Real de Davi e assumiu o trono de Judá. Mas, Jeoseba, filha de Jeorão de Judá, falecido marido de Atália, escondeu o herdeiro do trono Jeoás, filho de Acazias, que tinha um ano de idade. Ele foi criado em segredo no templo de Jerusalém pelo  sumo sacerdote Joiada e por sua mulher. 

Quando Joás tinha sete anos, Joiada elaborou um plano para coroá-lo como rei no Templo de Jerusalém, com a proteção dos guardas reais.

Quando Atália percebeu o acontecido, foi ao templo na tentativa de impedir a rebelião, mas acabou sendo executada no portão ou pátio dos cavalos junto ao Palácio Real, por ordem do Sumo Sacerdote Joiadá. Depois disso, é destruído o templo de Baal e seu altar. Atália foi a última representante da Dinastia de Onri, pai de Acabe. (II Reis 11:1-20; II Crônicas 22:1–23:21).

Como foi o reinado ilegítimo de Atália, cuja liderança foi usurpada de seu filho Acazias que havia morrido. Quem deveria reinar era Joás que tinha um ano de idade?

Deus tem Seus próprios caminhos para cumprir Seus desígnios e planos e a mente humana é incapaz de entender os caminhos do Senhor. Nem sempre, ou quase nunca, os planos de Deus seguem o script do homem, mas todos os planos de Deus têm por objetivo promover a paz e dar aos Seus amados o fim que desejam.

O rei Acazias de Judá estava morto e a sucessão do trono cabia a seu filho mais velho, porém Atalia, sua mãe, quando soube da morte de seu filho, resolveu tomar o trono de Judá para si e para tanto, começou a matar toda a descendência real. Para você ver que nem toda mãe merece este nome.

Ninguém escaparia da crueldade de Atália, mas Jeoseba, filha do rei Jorão e de Atália e irmã de Acazias, furtou o menino Joás, filho de Acazias e um dos herdeiros naturais do trono, do meio de seus irmãos que estavam sendo assassinados, e colocou o menino e sua ama escondidos na Casa do Senhor, assim Joás escapou da morte certa. Por seis anos Jeoseba escondeu seu sobrinho da fúria de Atalia, que começou a reinar em Judá.

Deus permitiu que Atália praticasse todo o mal que bem entendesse, mas nada passou batido por Ele e no sétimo ano do cruel reinado de Atália, Deus levantou o sacerdote Joiada para por em ordem a história de Judá e restituir o trono a Joás, um menino rei sem coroa. Joiada tomou providências, organizou os exércitos, mostrou para eles o filho do rei Acazias, fez com eles uma aliança diante do Senhor e distribuiu os soldados para organizar uma retomada do trono de Judá.

Joiada armou os soldados e deu ordens para que eles rodeassem o jovem rei e se alguém saísse em direção a ele, deveria ser morto. A ordem é que a guarda real não se afastasse em nenhum momento de Joás, entrando e saindo com ele. O sacerdote deu aos capitães do exército de Judá as lanças e escudos que tinham sido do exército de Davi e que estavam guardados na Casa do Senhor.

O sacerdote reuniu todo o povo na Casa do Senhor e lhes apresentou Joás e pôs sobre sua cabeça a coroa e todo o povo aclamou o rei Joás, que foi ungido pelo sacerdote aos sete anos de idade. O povo estava muito alegre, bateram palmas e gritaram: Viva o rei! O som das trombetas e o alarido do povo chamou a atenção de Atália, que foi à Casa do Senhor ver o que estava acontecendo e ela viu o rei junto à coluna, como era o costume, os príncipes e os trombeteiros ao lado do rei e o povo todo se regozijando com o novo rei.

Aquela cena significava o fim do reinado ilegítimo de Atália e ela não aguentou, rasgou suas vestes e gritou: “Traição! Traição!” (2 Reis 11:14c). O sacerdote Joiada deu ordem aos centuriões que comandavam as tropas para tirar Atália da Casa do Senhor para a matarem, mas não dentro do templo e se alguém a seguisse seria morto também. Bom, ninguém seguiu Atália e ela foi morta na entrada da porta dos cavalos, fora do templo.

Depois disso o sacerdote Joiada fez uma aliança entre o Senhor, o rei Joás e o povo de Judá. A multidão se dirigiu ao templo de Baal e o derrubou com tudo o que havia dentro: altares, imagens e tudo o mais e mataram Matã, sacerdote de Baal.

Quando Deus quer é assim. Joás era um bebê quando foi salvo por sua tia, escondido por seis anos das maldades de sua avó, para reinar sobre Judá as sete anos de idade. Quando Deus escolhe alguém para exaltar, visa sempre um fim proveitoso e ninguém pode impedir os planos Dele, porque está escrito: “Ainda antes que houvesse dia, eu sou; e ninguém há que possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?” (Isaías 43:13).

Jesus nasceu rei, era um menino judeu deitado numa manjedoura em Belém de Judá, mas era o Filho de Deus, o Salvador, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, e Ele cumpriu Sua espinhosa missão até o fim e entregou Sua Vida na cruz do Calvário no seu e no meu lugar, para que todos quantos Nele crerem recebam a vida eterna.
Agora é só reconhecer Jesus como Senhor e Salvador de sua vida e entrar pela porta que conduz à vida eterna. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.