DISSE JESUS PARA A FIGUEIRA: "NUNCA MAIS NASÇA FRUTO EM TI".
A figueira que secou imediatamente.
A
figueira secou, e agora? Porque será que a figueira secou?
Marcos
11.19-26.
19.
E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade.
20.
E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as
raízes.
21.
E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira que tu
amaldiçoaste se secou.
22.
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus,
23.
porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e
lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que
diz, tudo o que disser lhe será feito.
24.
Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e
tê-lo-eis.
25.
E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém,
para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.
26.
Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não
perdoará as vossas ofensas.
“Ora,
de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; e, avistando uma figueira à beira
do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e
disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou
imediatamente. Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados:
Como é que imediatamente secou a figueira?” (Mateus 21.18-20)
Isto é um milagre e uma parábola. É um milagre singular, e é uma parábola impressionante. É uma parábola viva, em que o nosso Senhor nos dá uma lição objetiva. Ele coloca a verdade diante dos olhos dos homens nesta passagem, para que a lição possa dar uma impressão profunda na mente e no coração. Eu insistirei muito sobre a observação de que esta é uma parábola viva, pois, se você não olhar para ela sob esta luz, você pode interpretá-la mal. Jesus tinha um objetivo a alcançar quando mandou que a figueira secasse tão rapidamente. Os seus discípulos precisavam ser despertados para a realidade do que poderia acontecer com eles se por acaso não dessem frutos regularmente.
Nosso
Senhor quis ensinar aos seus discípulos sobre a destruição de Jerusalém. A
recepção dada a ele em Jerusalém estava cheia de promessas, mas das quais nada
viria. Seus altos “hosanas” iriam mudar para: “Crucifica-o!”
Quando
Jerusalém seria destruída por Nabucodonosor, no tempo oportuno, os profetas não
só tinham falado, mas eles tinham usado sinais instrutivos. Mais uma vez, os
juízos de Deus estavam às portas da cidade culpada. As Palavras de Jesus tinham
sido desperdiçadas, e até mesmo as lágrimas do Salvador tinham sido derramadas
em vão, então havia chegado a hora de ser dado um sinal do juízo que estava às
portas.
O
Senhor Jesus viu uma figueira, que por um capricho da natureza, estava coberta
com folhas em um momento em que, no curso normal das coisas, não deveria estar
assim; pois as figueiras somente se cobrem de folhas quando já têm dado os seus
frutos. O Senhor Jesus viu nisso uma oportunidade para uma lição muito boa para
os seus discípulos.
Quando
ele viu que não havia qualquer figo naquela figueira, Ele ordenou que ela
ficasse infrutífera para sempre, e imediatamente começou a secar.
A
figueira arruinada era um símile singularmente parecido com a situação Estado
judeu. A nação havia prometido grandes coisas para Deus, mas não havia realizado
nada, pelo contrário fizeram tudo o que não era para fazer com o Mestre.
Quando
todas as outras nações eram como árvores sem folhas, sem fazer profissão de
fidelidade ao verdadeiro Deus, a nação judaica estava coberta com a folhagem da
profissão religiosa abundante, mas sem qualquer fruto. Nosso Senhor tinha
olhado para o interior do templo, e tinha encontrado a casa de oração senão
como um covil de ladrões. Ele condenou portanto, a igreja judaica a permanecer
como uma coisa inútil sem vida, e assim foi. A sinagoga permaneceu aberta, mas
seu ensino tornou-se uma forma morta. Israel não tinha nenhuma influência sobre
as nações. A raça judaica tornou-se, durante séculos, uma árvore seca: não
tinha nada, senão profissão externa, exibindo uma pomposa folhagem, mas sem
frutos, quando Cristo veio, e essa profissão se mostrou impotente para salvar,
mesmo a cidade santa. Cristo não destruiu a organização religiosa dos judeus
que ele a deixou permanecer, mas esta se secou a partir da raiz, até que vieram
os romanos, e com suas legiões arrancaram o tronco infrutífero.
Temos
aqui uma grande lição para as nações.
Elas
podem fazer uma profissão religiosa, e ainda podem deixar de expor a justiça
que exalta uma nação. Nações podem ser adornadas com toda a folhagem da
civilização e da arte, e do progresso, e da religião, mas se não há vida
interior de piedade, e nenhum fruto de justiça, elas permanecerão por um tempo,
e depois desaparecerão.
Temos
aqui uma grande lição para as igrejas.
Há igrejas que têm tido destaque em número de
pessoas e de grande influência na sociedade, mas a fé, o amor, e a santidade
não foram mantidos, e o Espírito Santo deixou-os para a exibição vã de uma fé
infrutífera; e há igrejas, com o tronco da organização, e os ramos amplamente
estendidos, mas estão mortos, e todos os anos eles se tornam cada vez mais
deteriorados.
Será
que podemos ter um grande número de pessoas que vêm para ouvir a Palavra, e um
considerável corpo de homens e mulheres que professam ser convertidos, mas a
menos que a piedade vital esteja no interior deles, jamais serão igrejas e
congregações verdadeiramente. Então o que são ou o que serão estes crentes,
estas congregações e igrejas? A resposta é simples: serão árvores secas e sem
frutos.
Podemos
ter um ministério valorizado, mas o que seria este ministério sem o Espírito
Santo de Deus?
Podemos
ter grandes serviços na obra de Deus, mas o que são eles sem o espírito de
oração, o espírito de fé, o espírito de graça, de consagração e de gratidão?
Ora,
sem a unção do Espírito Santo não somos nada. Muita oração, muito poder. Pouca
oração, pouco poder, nenhuma oração, nenhum poder.
Há
pessoas que parecem desafiar as estações do ano. Ainda não era o momento de
figos, mas eles são como esta figueira coberta com aquelas folhas que
geralmente indicavam figos maduros. Quando uma figueira está cheia de folhas,
você espera encontrar figos nela, e se você não os encontrar é porque ela não
vai ter qualquer figo naquela temporada. Aquela árvore da referência bíblica
era uma aberração da natureza e não um resultado saudável de verdadeiro
crescimento. Tais aberrações da natureza ocorrem nas florestas e nas vinhas, e
podem ser encontradas também no mundo moral e espiritual. Conheço árvores que têm
a natureza de cair todas as folhas e ficam em estado de dormência por um
período. Todos acham que ela morreu, mas na verdade ela não morreu está em
estado de dormência por um período e depois ela volta a frutificar, ter folhas e
frutos.
Alguns
homens e mulheres parecem, acham que são muito superiores do que seus amigos,
mas antes, aqueles ao redor deles nos surpreendem por suas virtudes especiais
internas e externas.
Eles são melhores do que o melhor, mais
somente na aparência. Elas são pessoas muito superiores, cobertas com virtudes,
como esta figueira que ao invés de ter frutos, que era o normal, só tinham galhos com folhas.
Observe-se,
que eles saltam por cima da regra normal de crescimento. Como já lhe disse, a
regra é, em primeiro lugar o figo, e depois as folhas da figueira, mas temos
visto pessoas que fazem uma profissão de fé antes de terem produzido o menor
fruto para justificá-la, que poderia ser a demonstração de uma grande
intimidade com Deus e se humilhar debaixo da potente mão de Deus.
Essas
pessoas participam de um encontro de avivamento, e se declaram salvas, embora
não tenham sido renovadas no coração, e não possuem nem arrependimento nem fé.
Sem
arrependimento verdadeiro não há conversão. Sem conversão não há o brilho do
Espírito Santo nas pessoas. Elas vêm para a frente para confessar simplesmente uma
mera emoção. Eles não têm nada melhor do que uma resolução. Agora, eu não me
oponho à rapidez da conversão, pelo contrário, a admiro, se é verdadeira, mas
eu não posso julgar até que eu veja o fruto e as evidências na vida. Conversão
é mudança de vida. Conversão é nascer de novo. Conversão é se humilhar debaixo
da potente mão de Deus e demonstrar que realmente quer servir ao Senhor Jesus de
corpo, alma e espírito.
Se a mudança de conduta é distinta e verdadeira, eu não me importo o quão rápido o trabalho é feito, mas temos de ver a mudança.
Onde aqueles que são proeminentes vêm a ser tudo o que eles professam ser, eles são uma grande bênção. Teria sido bom se naquela manhã houvesse figos naquela figueira. Teria sido um grande refrigério para o Salvador se tivesse sido alimentado pelo seu fruto.
O
primeiro Adão veio à figueira para procurar folhas, mas o segundo Adão procura
figos.
Ele examina a nossa personalidade por completo, para ver se há alguma fé verdadeira, qualquer amor verdadeiro, qualquer esperança viva, qualquer alegria que é fruto do Espírito, qualquer paciência, qualquer auto-negação, qualquer fervor na oração, qualquer caminhada com Deus, qualquer habitação do Espírito Santo, e se ele não vê essas coisas, ele não fica satisfeito; o caso de ir à igreja, reuniões de oração, comunhões, sermões, leituras da Bíblia, tudo isso pode não ser mais do que folhagem. Se o Senhor não vê o fruto do Espírito em nós, Ele não fica satisfeito conosco, e sua inspeção levará a medidas severas. Observe que o que Jesus procura não é suas palavras, suas resoluções, suas confissões, mas sua sinceridade, sua fé interior, o que está sendo de fato produzido pelo Espírito de Deus para trazer o fruto do Espírito Santo em nós.
Vivemos na era do cristão que dá mais importância ao que sente, do que ao que crê. Aliás, quem somente crê atualmente não está com nada, é “um ser sem fé”, pois a onda agora é sentir no coração a alegria do Senhor Jesus em suas vidas.
Sentir
no coração que deve fazer a vontade de Deus. Sentir de Deus que não deve fazer aquilo que O
desagrada. Sentir um arrepio enorme quando alguém chega perto da gente cheio do
Espírito Santo. Sentir o poder o poder de Deus. Sentir a alegria do Espírito
Santo intensamente. Sentir que assim possamos dar o devido valor do viver pela
fé, e passamos desde então, a viver pelo mover do Senhor Jesus em nossas vidas.
Será que Jesus nos motiva a fazer isso? A viver dessa forma?
“Para
que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nEle não
é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do
unigênito Filho de Deus. João 3:15-16;18”.
“A
este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nEle crêem receberão
o perdão dos pecados pelo seu nome”. Atos 10:43.
“Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido”. Romanos
10:11.
Experiência sobrenatural não deve ser motivação de um cristão a buscar intimidade com o Pai, pelo menos, é o que o penso, é o que vejo nas Escrituras! O Senhor Jesus não nos chamou a só sentir e sim a crer, ter fé, como está escrito em Romanos 1:17: “Porque Nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé”.
É
bom quando somos privilegiados com os sentidos, quando temos experiências
extraordinárias com o Senhor Jesus, mas isso não deve ser o nosso alvo. Tomé ao
saber que Jesus tinha ressuscitado não acreditou, ele preferiu ver, preferiu
sentir o buraco nas mãos do nosso Mestre para poder crer! Nesse sentido, já
somos bem-aventurados por crer, mesmo sem ter visto.
Jesus
nos convida a todo momento a viver pela fé, a ser bem-aventurado, a crer mesmo
sem ver, a crer mesmo sem sentir, a crer mesmo que as circunstâncias digam ao
contrário. O cristão deve viver pela fé, e fé não é sentido é convicção:
“Ora,
a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. Hebreus
11:1.
Somos
convidados através do Espírito Santo de Deus a prestar-Lhe um culto racional
conforme nos ensina o Apóstolo Paulo em Romanos 12.1, e fazendo isso
diariamente, constantemente, incessantemente, em humidade, oferecendo a Cristo, o nosso corpo, como
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este sim é o nosso culto racional, esse
que não depende de hora, lugar, ritos, nem pessoas, mas simplesmente, de andar
com Deus.
Somos
mais íntimos de Deus, do nosso Criador, quando a todo instante em nossas vidas,
somos gratos a Ele pelo seu amor, pela sua bondade, pela sua graça e
misericórdia.
Gratidão
essa que deve ter como consequência amor ao próximo, perdão ao próximo,
disponibilidade ao próximo, não acusação ao próximo.
Ser
íntimo de Deus, ter intimidade com o Espírito Santo de Deus é ter consciência
de que o Espírito Santo habita em nós, respeitando assim o nosso corpo, e
deixando que o amor de Deus flua de nosso interior para tocar a vida daqueles
que estão próximos de nós.
Não
se perturbe por não ter experiências sobrenaturais com Deus, pois, o que
realmente importa é a permanência na fé pela qual será salvo: fé no Filho de
Deus! A maior experiência que alguém pode ter, é ter a mente renovada pelo
Espírito Santo, passando daí em diante, a confessar que Jesus é o Senhor.
Disse
Jesus: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim, na
casa de meu Pai há muitas moradas”. João 14:1
Deus
abençoe você e sua família.
Pr. Waldir
Pedro de Souza
Bacharel
em Teologia, Pastor e Escritor.