É NOSSO DEVER ANUNCIAR O EVANGELHO
O que é anunciar o evangelho?
Mateus 28:16-20.
16. E os onze discípulos partiram para a
Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.
17. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns
duvidaram.
18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes,
dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
19. Portanto, ide, ensinai todas as nações,
batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;
20. ensinando-as a guardar todas as coisas
que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à
consumação dos séculos. Amém!
A missão principal da igreja é de anunciar o evangelho do Senhor Jesus à toda
criatura até que Jesus volte para arrebatar a sua igreja.
Porque, diz o Apóstolo Paulo, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! Esse versículo contido na carta de 1 Coríntios 9:16 é um mandamento para que todos cumpram essa missão porque quem não prega o evangelho não é discípulo de Jesus. Um mandamento foi deixado para todos os discípulos de Jesus, que está escrito na Bíblia, em Marcos 16:15. “E disse-lhe Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
Quem não prega vive em desobediência e não ama a Deus. Mas o que é pregar o
evangelho? A pregação não é somente através de palavras ou discursos, é muito
mais do que isso. Acontece através da proclamação, do testemunho de vida e das
boas obras. É falar, viver e fazer; é anunciar, ser e compartilhar. É dizer,
mostrar, amar, refletir e servir. Em todas as áreas, por todos os lugares, para
todos os homens.
Pregar o evangelho deve ser motivo de alegria, grande privilégio e prazer. Saiba como é bom fazer parte do propósito de Deus e ser usado por Ele. Evangelizar sintetiza o verdadeiro amor de Deus.
Todos somos chamados para pregar o evangelho, sejam crianças, jovens, pessoas
da meia idade e até os idosos, todos são chamados a pregar o evangelho. O “IDE”
é para todos os Cristãos. Ao longo de nossas vidas encontramos pessoas que não
conhecem Jesus e precisam ouvir o evangelho. Por isso é fundamental que
estejamos pregando a Palavra de Deus.
Algumas pessoas têm o dom de pregação. Essas
pessoas ajudam a edificar a igreja, ensinando mais sobre a palavra de Deus.
Devemos respeitar os pregadores, porque têm uma grande responsabilidade diante
de Deus e seu trabalho não é fácil. Também devemos analisar tudo que é dito,
para confirmar que está de acordo com a Bíblia.
Veja em Romanos 10:14 a 15. “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E
como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?
E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: Quão formoso os pés
dos que anunciam o evangelho da paz; dos que trazem alegres novas de boas
coisas”.
O que é Pregar o Evangelho?
“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi
à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto
tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram
ter com ele.
E muitos dos samaritanos daquela cidade
creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho
feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com
eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua
palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós
mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o
Salvador do mundo”. João 4:28-30; 39-42.
“Falar do amor Jesus”, “testemunhar a respeito de Jesus” e “ensinar o evangelho de Jesus”. Três assuntos essenciais para o crescimento do Reino de Deus aqui na terra.
Antes de falar da diferença, quero esclarecer
algo muito importante sobre evangelizar.
A Bíblia diz que o Evangelho é a boa notícia,
boas novas de grande alegria, Isaías 9.6 fala sobre a vinda do Messias, ou
seja, Jesus.
O Evangelho, resumidamente, é falar da
condição humana diante de um Deus santo que vai julgar o homem segundo seu alto
padrão de santidade e que é impossível esse homem salvar-se por suas próprias
obras, porque elas são más. Contudo, o amor de Deus pelo homem é tamanho que
Ele resolveu justificar o homem de seu pecado através da morte do seu único
filho. Dessa forma, a única maneira do homem escapar da condenação eterna é
crer, pela fé, que Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo e
a ressurreição de Jesus significa que o sacrifício na cruz foi aceito. Então,
todo aquele que crê nisso e vive conforme a vontade de Deus, buscando a
santidade todos os dias, será ressuscitado por Deus para uma vida eterna com
Cristo.
Baseado nisso, se uma “pregação”, por mais
bonita e envolvente que seja, não levar o ser humano a entender e confrontar-se
com a sua condição de pecador, não está pregando o Evangelho. O Evangelho é o
motivo pelo qual Jesus veio a este mundo, como homem, e o que Ele realizou na
cruz. O Evangelho é Jesus porque Ele é a boa notícia.
É impossível discorrer sobre os
milagres, características, atributos, forma de falar de Cristo e não falar do
Evangelho. Temos que evangelizar com um evangelismo Cristocêntrico.
Uma pregação pentecostal que não fala de
arrependimento, abandono de pecado, busca pela santidade, renúncia, vida com
Deus e para Deus, não está falando do Evangelho de Jesus. A Palavra de Deus
precisa confrontar o homem para que haja mudança de dentro para fora operada
pelo Espírito Santo no coração.
Então, definitivamente, fale de Jesus, não se
esquecendo de falar do Evangelho que é boas novas de grande alegria.
Quanto a pregar o Evangelho existem duas
formas: testemunhar e ensinar.
O testemunho do Evangelho está relacionado à mudança
pessoal e atitudes advindas dessa mudança. Lembra a ordem de Jesus ao
endemoniado Gadareno? “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes
quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você”. Marcos
5:1-20. Esse homem acabara de
ter sua vida transformada e com seu testemunho converteu toda Decápolis, (10
cidades).
Qualquer pessoa é uma potencial pregadora do
Evangelho. Ainda que não saiba explicar teologicamente, ela pode falar sobre
sua experiência de vida com Deus e o resultado positivo dessa relação com o
altíssimo. Fora isso, tem os frutos que se manifestarão através de um coração
transformado pelo evangelho. Esses frutos manifestam Jesus agindo na vida do
cristão. Como diz Efésios 4:28 “O que furtava não furte mais; antes
trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com
quem estiver em necessidade”.
Quanto ao ensinar, está relacionado com a
ordem de Jesus para fazermos discípulos. Aqui já envolve um papel mais de
liderança, onde através da dedicação ao estudo da Palavra e oração, Deus
capacita o homem a ensinar o Evangelho na profundidade dos seus fundamentos. Em
todo caso, da mesma forma, vai gerar frutos na vida daqueles que ouvem.
De todos os apóstolos, Paulo foi quem deixou o
maior legado doutrinário para a igreja. Suas cartas são base para condução e
tratamento desse corpo formado por pessoas. Quando olhamos para a vida de
Paulo, vemos um homem altamente instruído nas escrituras, que se preparou por
14 anos para ensinar e testemunhar do Evangelho em suas viagens missionárias.
Infelizmente, o Evangelho tem passado longe
de muitas igrejas com suas “pregações” centradas no homem e nos milagres de
Deus. Essas “pregações” vazias da essência do Evangelho só geram cristãos
superficiais que não se submetem a vontade de Deus, não conseguem suportar o
dia mal e a disciplina que Deus traz sobre todos que tem como filhos.
O que é viver o evangelho?
Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. (Gl 1.6-7a).
O Evangelho não é o que eu acho, mas o que
Jesus viveu e ensinou. Não é o que eu desejo, mas é o que eu preciso. Não se
conforma muito com as minhas vontades, mas confronta por vezes minhas
preferências. Não ignora minha inteligência, mas revela-me o sublime caminho da
obediência. Não se preocupa em considerar minhas razões e lógicas, mas a
desenvolver minha fé e esperança. Evangelho é o oposto do que penso; é loucura
frente à minha ciência. É em muitos casos, totalmente sem explicação aos meus
direitos; é dar a face ao agressor mesmo quando estou certo. Parece
inconsequente ao ensinar-me a estar contente e grato apenas com o que tenho
hoje.
O evangelho de Jesus nos encarrega uma grande
missão, o que infelizmente tem-se notado como grande omissão. Essas novas de
salvação para todo o povo não tem no homem o centro de sua glória – pois essa
pertence exclusivamente ao Cristo Redentor.
Pois a mensagem da cruz é loucura para os que
estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. (1
Co 1.18).
Viver o evangelho é às vezes como compor uma
poesia; é como soltar gargalhadas de extenuante alegria; é como levar água ao
sedento e em terras áridas regar os rebentos. Entender o evangelho é viver em
Cristo e na essência de seu amor. Mas, cumpri-lo é também passar por
sofrimentos, é carregar uma cruz, é perdoar algozes, é passar por reveses, é
enfrentar cães ferozes e estar no meio de condenados infelizes. Na verdade, o
evangelho de Jesus Cristo não me oferece quase nada desta terra. Não
me impõe a ser rico de posses, a ser famoso pelo sucesso e a ser importante
pelo dinheiro. Não é uma poção poderosa para gerar super-crentes ou
determinismo aos que tentam colocar Deus contra a parede (como se isso fosse
possível). Antes, oferece-me o servir como curso intensivo de seu discipulado e
propõe-me a renúncia como disciplina rígida de sua “teologia” prática.
Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas
esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando,
assim, dos meus direitos ao pregá-lo (1 Co 9.18).
O evangelho de Jesus não tem nada de
política, não discute moda e nem defende teologismos; não argumenta em favor do
“desigrejismo” ou menos ainda apoia o “denominalismo”, antes descortina-nos a
gloriosa revelação do que é ser igreja, corpo de Cristo na prática diária. Não
é extremista em fundamentalismos, nem é liberal em conveniências.
Trapaças, interesses, armações e esquemas não
fazem parte do perfil de seus reais representantes. No campo da experiência com
Deus, do novo nascimento e da autêntica vida cristã, não é o “gospel” que
conhecemos atualmente, é aquele sentido e postura do amor de antigamente;
daquele primeiro amor, lembra-se? Para os perdidos o evangelho são boas novas, mas
para os que se acham santos traz problemas e rechaça em reprimendas. Este
evangelho não faz rodeios; não ameniza situações; não se expressa em emoções e
nem apoia todas as nossas criações.
É um enunciado nada ativista e totalmente
pacifista; é uma mensagem carregada de amor, promotora do livre arbítrio e
prenunciadora das consequências de nossas escolhas.
Ele punirá os que não conhecem a Deus e os
que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. (2 Ts 1.8).
Ser seguidor dos exemplos e dos ensinos de
Jesus, não é uma questão de cabeça, mas de corpo, alma e espírito. Seus
mandamentos não são complexos ao entendimento, mas claros à assimilação e
objetivos à prática.
Você não precisa compreendê-lo racionalmente,
mas pode experimentá-lo radicalmente, pois é o poder de Deus para todo aquele
que crê. Este evangelho (o de Jesus) deve ser levado a todos, mas não é para
todos, este evangelho é apenas para os creem. Sua pregação não condena o homem,
mas o deixará inescusável diante de Deus.
Não é um entre muitos caminhos para a
iluminação, pois apresenta somente dois caminhos (estreito e largo), duas
expressões (verdade e mentira), dois grupos (salvos e perdidos), dois senhores
(Deus e Mamom), dois reinos (o de Deus e o de Satanás), dois contrastes (luz e
trevas), duas posições (direita e esquerda), dois destinos (céu e inferno) e um
único e suficiente salvador: Jesus Cristo!
Aceite-O hoje mesmo e Ele te perdoará e te
dará uma nova vida, fazendo de você uma nova criatura em Cristo.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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