segunda-feira, 8 de agosto de 2022

À PROCURA DE UMA IGREJA PERFEITA

À PROCURA DE UMA IGREJA PERFEITA

 

Quero mudar de igreja, será que vou achar uma igreja perfeita?

Disse um certo crente que queria mudar de igreja que iria procurar uma outra igreja, então lhe aconselharam para buscar orientações na Bíblia. Vejam o que aconteceu com ele ao ler a Bíblia.     

Estou procurando uma igreja para congregar, então resolvi ligar o telefone espiritual e pedir conselho ao Apóstolo Paulo para saber a qual igreja eu devo escolher. Alô! É o Apostolo Paulo? Sim é ele mesmo. A paz do Senhor Jesus. Amém irmão. Desculpe o incômodo, mas estou precisando da sua ajuda, é que eu ando decepcionado com a igreja a qual pertenço e estou a procurando outra para congregar.

Estou pensando em congregar em Corinto, o que o senhor me diz? Olha, a Igreja de Corinto é boa, mas tem grupinhos (1Co 1.12), tem inveja, contendas (1Co 3.3), brigas que vão parar nos tribunais de justiça (1Co 6.-11), tem até alguns fornicadores. (1Co 5.1).

E a Igreja de Éfeso? É uma Igreja alicerçada na Palavra (At 20.27), mas, ultimamente, tem muita gente sem amor por lá. (Ap 2.4).

E a igreja de Tessalônica? É muito boa também, mas tem alguns desordenados que não gostam de trabalhar. (2Ts 3.11).

E se eu for para Filipos? Filipos até que é uma igreja boa, mas a irmã Evódia e a irmã Síntique se desentenderam e estão sem conversar, mas cantam juntas em todos os cultos no coral do círculo de oração. (Fp 4.2).

Então, acho que vou mudar para Colosso. Olha, em Colossos tem um grupo que está tão equivocado e estão até cultuando a anjos quando deveriam cultuar somente a Deus. (Cl 2.18).

Que coisa hein? Tá difícil mesmo escolher uma igreja. E se eu for para a igreja dos Gálatas? Bem, lá tem alguns cristãos que  querem devorar uns aos outros. (Gl 5.15).

Puxa vida, eu não sabia que era tão difícil achar uma igreja perfeita. Mas vamos continuar nossa procura.

Entrei em contato com o Apóstolo João para saber se a igreja de Tiatira seria ideal, ele me disse que os irmãos lá têm tolerado uma mulher que se diz profetisa e que tem apoiado a prostituição e a idolatria dentro da igreja. (Ap 2.20).

Pensei na possibilidade de ir para Laodicéia, mas João me disse que seus membros são orgulhosos, materialistas e tão frios e mornos espiritualmente que estão sem discernimento algum para serem salvos. Acham que a igreja é uma extensão dos clubes de danças dos tempos modernos. Se não se converterem de verdade, não serão salvos. (Ap 3.16).

Perguntei sobre a igreja de Pérgamo, e João me disse que lá tem alguns que seguem as doutrinas dos nicolaítas e de Balaão que só causam confusão.  (Ap 2.14-15).

Sabe, irmão Paulo, já pensei em ir para a Igreja Central em Jerusalém, mas ouvi dizer que tem muita gente preconceituosa lá, (Gl 2.12,13), além de murmuradores (At 6.1) e alguns mentem ao ministério buscando destaque na comunidade. Mas como a mentira é do diabo ,vocês já sabem o que aconteceu com Ananias e Safira sua mulher, (At 5.1-11). E agora, o que faço? Você precisa entender que há joio no meio do trigo em todo lugar, muitos cristãos  são genuínos, mas estão em processo de aperfeiçoamento, alguns mais maduros e outros ainda imaturos.

Um dia haverá uma igreja perfeita, (Hb 12.23), mas nem eu e nem você poderemos entrar lá nesse corpo corruptível.

Portanto, meu conselho é que você coloque-se à disposição de Deus para se tornar um membro saudável na edificação do Corpo de Cristo para a salvação de muitos e para a glória de Deus. (Ef 4.1-16).

Quando for à igreja, não vá atrás de um culto que te agrade, mas ofereça o seu melhor, um culto que agrade a Deus; se você fizer isso, o seu culto será perfeito, mesmo em uma igreja imperfeita. Quando a igreja busca o batismo com o Espírito Santo e zela pelos dons espirituais sempre acontecerá algo extraordinário nos cultos. Exemplo disso são os capítulos 1,2,3 de Atos dos apóstolos que recomendo sua leitura. Todos lá eram imperfeitos, mas deram lugar àquele que é Perfeito, o Espírito Santo de Deus. Milhares de pessoas se converteram e os milagres aconteceram.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 1 de agosto de 2022

UM VISITANTE INDESEJADO NA IGREJA

UM VISITANTE INDESEJADO  NA IGREJA

 

O diabo é bem-vindo na sua igreja ou ele não entra lá de jeito nenhum?

 

Observe o seguinte: quando as pessoas possessas ou aquelas que ainda não são libertas da escravidão do pecado, chegam na igreja, elas precisam ser acompanhadas de um grupo de crentes e obreiros para serem orientadas e para serem libertas das amarras de satanás.

Porém o que estamos tratando aqui nesta postagem é de um “péssimo" exemplo de igrejas e seus líderes brincando de serem crentes e aceitando o diabo ser frequentador assíduo em seus “cultos" que deveriam ser de adoração a Deus, mas são para apenas a “sabedoria do engano” e enganar os que vão ao templo para adorar ao Senhor Deus.  

 

O templo é um local público e aberto para todos que quiserem adentrar e participar das reuniões e dos cultos.

No Salmo 122.1 temos uma demonstração de como nós crentes devemos proceder ao ir ao templo para adorar ao Senhor.  “Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor!”.

 

No Salmo 100 somos convidados a adorar ao Senhor com disposição e alegria.

 

Salmo 100:1-5.

1.    Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os moradores da terra.

2. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com canto.

3. Sabei que o Senhor é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto.

4. Entrai pelas portas dele com louvor e em seus átrios, com hinos; louvai-o e bendizei o seu nome.

5. Porque o Senhor é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração.


O diabo foi ao culto numa igreja, lembrando que não é qualquer igreja que ele entra, mas como ele é “entrão” ele foi lá para ver se não era notado e aí é que ele se deu mal. Alguém naquela igreja estava cheio do Espírito Santo e ele não toca nessas pessoas.  

O que será que ele foi fazer lá? Será que ele ficou lá e debochou do culto e do pastor daquela igreja? Por quanto tempo ele ficou lá? Alguém, cheio do Espírito Santo, percebeu o que estava acontecendo e expulsou o diabo de lá para não atrapalhar o culto ao Senhor Deus?

Sempre que algo estranho está acontecendo na igreja na hora do culto a Deus, pode ter certeza que ele está lá para tirar a atenção das pessoas.

Num Domingo desses o Diabo foi no culto, ele tinha ouvido falar que as portas do inferno não podem prevalecer contra a igreja, e preocupado, decidiu ver como era essa tal igreja, e que poder ela tinha. Chegou cedo, primeiro que todos e sentou-se nas últimas cadeiras, afim de poder observar tudo.

 

O Senhor Jesus disse que as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja.

A igreja precisa urgentemente se despertar para sair em direção às almas, anunciando Jesus Cristo como único e suficiente Salvador de suas almas. As pessoas estão aprisionadas no pecado, na ignorância e, sobretudo, na religiosidade daqueles que dão mais valor nos luxuosos prédios do que nas vidas que estão aprisionadas por satanás e precisam de alguém para lhes estender a mão e lhes socorrer tirando-as do lamaçal de pecados e das garras de satanás.

Em Mateus 11:28-30 o Senhor Jesus convida à todos os pecadores para serem salvos e aceita-lo de coração.

28. Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.

29. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para a vossa alma.

30. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve.


“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre Esta pedra (Jesus) edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. (Mateus 16:18).

Apesar do jogo de palavras, pois Pedro significa pedra, não é a pessoa de Pedro que é a pedra fundamental da Igreja, e sim Jesus Cristo, verdade esta confirmada pelo próprio Pedro em (1 Pedro 2:4-8 ; Mateus 21:42-44). Contudo, todos os apóstolos, inclusive nós cristãos, nos tempos de hoje, somos fundamentais no processo de edificação da Igreja porque somos servos de Cristo e por isso, somos reconhecidos por Deus como “pedras vivas”, e como porta-vozes e testemunhas do evangelho de Cristo, garantimos a sua veracidade. O mundo não lê a Bíblia que é a palavra de Deus, o mundo lê a nossa vida e o nosso testemunho de verdadeiros Cristãos.

Somos suas testemunhas. Em Lucas 24.48 o Senhor Jesus disse: “E dessas coisas sois vós testemunhas”.

Em Isaías 43:10-11 está escrito: “Vós sois as minhas testemunhas, diz o SENHOR, o meu servo a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais, e entendais que sou eu mesmo, e que antes de mim deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá. Eu, eu sou o SENHOR, e fora de mim não há salvador”.

A Igreja é constituída não apenas sobre a pessoa de Cristo, mas também na Sua obra que O fez morrer, entrar no Hades, e vencer a morte e o inferno e depois da ressurreição, determinando que seus discípulos e  apóstolos dessem continuidade em Sua obra, (1 Pedro 3:18), obra esta que hoje realizamos.

A “edificação da igreja” depende, portanto, da revelação de Cristo por parte de Deus (João 16:13). De Cristo ser o fundamento. (1 Coríntios 3:11). De Cristo exercer o Seu poder soberano. (Mateus 18:18-20). Dos discípulos confessarem a Jesus. (Atos 1:8 ; 8:4), e de, também sermos luz no meio das trevas e irmos resgatar os perdidos até nas portas do Hades “Portas do Inferno”. Gr Hades “lugar dos mortos”. (Atos 5:29). Enquanto um ser humano estiver respirando é sinal de que ainda há tempo para ser salvo.

Isso significa que somos nós que devemos nos mover, espiritualmente falando, através de orações e jejuns e, sobretudo, através da nossa adoração, que será sempre o nosso maior instrumento de batalha espiritual, e não apenas ficarmos na defensiva aguardando as investidas do inferno. Temos que ir aos becos, vielas e valados em busca dos necessitados, em busca dos desviados, em busca dos doentes, em busca dos oprimidos, enfim, em busca dos perdidos pecadores enquanto é tempo.



A bíblia declara que as portas do inferno não prevalecerão contra uma igreja que é ativa, e não omissa. Por isso, entendemos que devemos nos mover em direção a esses lugares e exercermos sobre elas o poder soberano de Cristo para salvação de todo o que crer. Jo.3.16.

Uma Igreja omissa é aquela que pensa que porque Deus fez promessas, terá obrigação em cumpri-las independentemente de suas omissões.

É verdade o que está escrito em Números 23:19 acerca da fidelidade de Deus, todavia, não podemos nos esquecer, também, do que está escrito em Hebreus 10:36, sobre a condição exigida para alcançarmos as Suas ricas promessas.

“Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa. Porventura tendo Ele dito não O fará, ou tendo falado, não O realizará?” (Números 23:19).
“Necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa”. (Hebreus 10:36).

Quando ministramos versículos separados da Bíblia, sem nos preocuparmos em trazer a verdadeira mensagem proposta por Deus, às vezes distorcemos o conteúdo do evangelho. Quando afirmamos que as promessas de Deus se cumprirão incondicionalmente, ou seja, independentemente de minhas ações ou omissões, Deus ignora o livre-arbítrio do homem e nos capacita para trazermos um Evangelho que não seja fácil só para satisfazer a maioria das pessoas, pois muitos não querem um verdadeiro compromisso com Deus, querem a bênção, mas não aceitam o dono da bênção.

Devemos falar sempre a verdade e de forma completa, lembrando às pessoas que apesar do desejo de Deus em abençoar a todos, somente viverão as Suas promessas, aqueles que se tornarem merecedores delas.

Temos que obedecer o ‘ide’ de Jesus e sairmos em direção as vidas que estão aprisionadas pelas correntes malignas, passemos por elas e preguemos o evangelho de Jesus Cristo as pessoas que estão aprisionadas no pecado, na ignorância e, sobretudo, na religiosidade.

Em João 3.16 está escrito: “Ide por todo mundo, pregai o evangelho do Senhor Jesus para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna”.

Há poder sobre a Igreja para isto, no entanto, estaremos desabilitados de tamanha autoridade, se continuarmos parados, inertes e alheios a nossa responsabilidade.
Não caiamos em contos ou fábulas que pregam a predestinação de forma distorcida dizendo que “uma vez salvo, salvo para sempre”. Deus nos deu o livre arbítrio para vivermos o melhor desta terra, mas com compromisso e fazendo o melhor de nós para Deus e Sua obra e, fazendo assim, alcançaremos a vida eterna com Ele  na glória dos céus. Mas, lembre-se, quem aceita e segue a Jesus de coração, será galardoado e você não pode ficar de fora dessas bênçãos. A sua “Obediência” é o passaporte garantidor, para que este fim proposto por Deus, se cumpra em sua vida.

Mas o que aconteceu naquele culto?

Alguns minutos depois de começado o culto os irmãos começaram a chegar, uns com cara de desânimo, com roupas inadequadas para ir a uma igreja pois desrespeitando o local estavam com tão pouca roupa e muitas até extravagantes que pareciam que estavam num motel de beira de estrada indo para a praia, outros muito sérios, vários chegaram atrasados arrastando seus filhos como se fossem sacos de pedras,  porque não dão valor nos filhos como “herança do Senhor”.

O Pastor começou o culto em meio a um burburinho de vozes e muitas pessoas ainda estavam olhando para os lados e conferindo seus telefones celulares. O Diabo concentrou sua atenção nesses irmãos. Ele queria descobrir quem ali era poderoso para ameaçar o inferno.

No momento dos louvores ele até ficou assustado. Afinal, pareciam estar realmente adorando a Deus, mas depois, na hora da pregação da palavra, alguns foram para a rua, outros para o sanitário, outros pegaram os celulares para navegar nas redes sociais e não para ler a palavra de Deus,  sem nenhum sentimento de respeito para com as coisas de Deus e ainda outros grupos de pessoas não demonstravam nenhuma empolgação, queriam só diversão e distração.

O diabo manteve seus olhos fixos em cada um, e com cuidado, examinava aqueles "crentes".

Satanás, é um guerreiro milenar, e conhece muito bem o ser humano. Dizem que ele não pode ouvir os pensamentos, mas é bastante astuto e capaz de compreender as intenções do homem apenas olhando as expressões do seu rosto.

Ele começou sua astúcia e sagacidade por um rapaz na primeiro fila, percebeu que o rapaz olhava fixo para a roupa do pastor. O diabo quase pôde ouvir seu pensamento: Nossa, o Pastor de novo com a mesma roupa?

Ao seu lado, uma senhora encobria discretamente o ouvido direito enquanto franzia a testa e reclamava: Este som está muito alto. Uma jovem bonita, sentada duas fileiras atrás, estava vidrada no rapaz que tocava teclado, seu olhar revelava segundas intenções. Tanto, que ela nem percebeu o rapaz ao seu lado olhando profundamente para o seu decote, que estava um pouco exagerado mesmo e suas roupas íntimas aparecendo porque as que deveriam “tampar” suas partes debaixo eram tão curtas e transparentes que não cobriam quase nada também.

Haviam algumas senhoras mais compenetradas na palavra, enquanto outras pareciam estar pensando no capítulo da novela. Alguns olhavam para o relógio com frequência, pareciam preocupados se daria tempo de chegar em casa e ver os gols da rodada.

E as crianças falavam muito e riam alto. Somente uns dois ou três se comportavam realmente como crentes com o devido respeito e temor de Deus no templo.

Preciso me preocupar com estes, pensou o diabo. Pouco mais de uma hora se passou, e o pastor pediu para que todos se colocassem de pé.

Levantaram-se desanimados, as irmãs puxando a saia para baixo e a blusa para cima, os homens encolhendo a barriga e colocando a camisa de volta para dentro da calça. Algumas jovens arrumando o cabelo. E alguns, nem se levantaram, estavam tão desapercebidos e disconcentrados que nem perceberam que o culto tinha terminado.

O diabo aproveitando o movimento se levantou para ir embora. Saiu tranquilo pensando que certamente esta igreja não poderia oferecer nenhum risco para ele.

Antes de sair ainda pôde ouvir o pastor dizendo: "se você gostou, volte na semana que vem”.

Mas ele não iria voltar, afinal estava bem satisfeito com aquela igreja, e ficou convencido de que nem precisava voltar ali para atrapalhar.

A palavra de Deus nos adverte: “Vigiai e Orai”. É hora de acordar a igreja. Não brinque de ser crente, pois o diabo não brinca de ser diabo.

Jesus está voltando e a recomendação do Mestre é: "Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. Apocalipse 3.11.

O Espírito Santo é o que governa a Igreja, mas Ele é educado e só permanece numa igreja quando alguém O respeita como o respeito que Ele merece.

Se a igreja é governada pelo Espírito Santo, satanás não vai achar brecha para subir ao púlpito e nem dominar a vida de nenhum membro da igreja.

Jesus Cristo é o cabeça da Igreja. Ele é o Rei da glória diz no Salmo 24. Cristo, porém, está nos céus e é através do Seu Espírito Santo que Ele governa a Igreja.

Quando os profetas e mestres de Antioquia ministraram e jejuaram ao Senhor, “o Espírito Santo disse: Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado”, (At 13.2). Dirigindo-se aos presbíteros de Éfeso, Paulo disse: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus”. (At 20.28).

O Espírito Santo também está guiando ativamente o desenvolvimento da obra de Deus. Paulo numa certa altura “tendo sido impedido pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito Santo não o permitiu”, mostrando para eles uma visão que dizia “passa a Macedônia e vem nos ajudar”. Há pessoas que estão sedentas da palavra de Deus e clamam por ajuda.  (At 16.6-7).

Foi da vontade do Espírito Santo que o Evangelho fosse pregado na Europa. O Espírito Santo governava e guiava a Igreja naqueles dias de maneira sobrenatural, assim como nos nossos dias. Hoje em dia Ele trabalha da mesma forma e através da Bíblia dá providências e instrui os pensamentos e as necessidades do seu povo ao orarem pedindo direção. O Espírito Santo também é ativo no exercício da disciplina da Igreja. “O que ligardes na terra será ligado nos céus, pois onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”. (Mt 18.19-20). Nós, que procuramos servir a Deus em espírito e em verdade, procuramos esta presença em primeiro lugar ao culto, mas a sua primeira referência é à disciplina. O Espírito Santo de Deus tem que ser quem dirige e capacita os seus ministros do altar para não deixar que satanás venha a perturbar o culto tirando a atenção de todos daquilo que é sagrado. Por isso Deus quer que seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 25 de julho de 2022

O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS

O CONTROLE DE NOSSAS LÍNGUAS


“O estrago que uma língua maldosa pode causar é muito grande em relação ao bem que ela pode trazer”.

By. Waldirpsouza.

 

Na carta de Thiago 3.5-12, encontramos ensinamentos e lições importantes sobre o assunto.

5. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

6. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

7. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

8. mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.

9. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:

10. de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.

11. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?

12. Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.

 

O que é a língua?

A língua quando não é usada com vigilância é um perigoso instrumento destruidor de reputações, a fofoca pode nascer no seio familiar, atingir amigos, inimigos e até estranhos, porque ela traz no seu bojo muita inveja. A palavra fofoca, coisa que a língua mais gosta de fazer, não está na Bíblia, mas existem nela outras palavras que têm o mesmo sentido. Fofoca é sinônimo de mexerico, bisbilhotice e outras parecidas. (Pv 12.18; Sl 140.3; Tg 3.8).

Fofoqueiro não aparece na Bíblia, mas seu sinônimo mexeriqueiro já era usado nos tempos antigos; está registrado em Levítico 19.16 e Provérbios 11.13. Mexericar é o ato de usar de maledicência, repetindo histórias e ou estórias sobre as pessoas. Diz o dicionário que: “mexericar é narrar em segredo e astuciosamente, com o fim de maldizer, intrigar ou enredar as pessoas”. “Mexerico é  ato de mexericar, enredar, intrigar, bisbilhotar e causar chocarrices contra seus semelhantes”.

O mexerico seria então alguém contar a alguém o que um terceiro alguém lhe disse, com o intuito ou pelo menos uma previsão de provocar contenda entre eles. Encontramos na Bíblia: “Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não te porás contra o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor”. (Lv 19.16).

A Bíblia compara as palavras do mexeriqueiro aos lábios do tolo: “Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites. A boca do tolo é sua própria destruição, e seus lábios um laço para sua alma” (Pv 18.6-7). E a Bíblia diz mais: “Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo maldizente, cessará a contenda”. (Pv 26.20).

A pessoa que ouve mexericos e maledicências contra outrem peca por essa atitude. Todos devemos evitar comentários desairosos sobre terceiros, e a revelação de pecados e defeitos ocultos do próximo. Sem dúvida que se peca ouvindo mexericos e difamações, e também encorajando e favorecendo oportunidades para a pessoa que tem essa prática continue assim procedendo. Infelizmente, em todas as épocas sempre houve crentes que se tornam culpados do pecado do mexerico. (Sl 55.21; Pv 26.24-26).

O hábito de fofocar, que parecia ser de exclusividade das mulheres, agora já pertence também aos homens, que dele se utilizam, na maioria das vezes, por interesses pessoais, despeito e inveja. Sempre se soube que as mulheres fofocavam (1 Tm 5.13) mais que os homens, por uma razão muito simples: grande parte das mulheres, por permanecerem muito tempo sem fazer nada, têm a cabeça fértil para pensar em maldades, muitas delas destruidoras.

Jesus fez sérias advertências contra julgar as pessoas pela aparência, dizendo “não julgueis, para que não sejais julgados”, (Mt 7.1). Satanás é chamada nas Escrituras “o acusador de nossos irmãos", o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”, (Ap 12.10). Quando fofocamos, julgamos, acusamos ou condenamos os outros estamos fazendo a obra de Satanás, (Mt 7.3-5; Rm 14.4) e o apóstolo Paulo nos adverte: “Assim, que não nos julguemos mais uns aos outros; antes, seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão”. (Rm 14.13) e Pedro nos aconselha a seguir o exemplo de Cristo, (1 Pe 2.23). Geralmente as pessoas que julgam os outros não deixam de também serem culpadas. (Lc 6.37; Rm 2.1).

Se existisse uma pessoa que não tropeça na língua, seria uma pessoa perfeita. (Sl 15.1-3; Tg 1.26 e Tg 3.2). Devemos pedir o que está no Salmo 141.3: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; guarda a porta dos meus lábios”. Davi fez um voto com relação à sua língua: “Eu disse: guardarei os meus caminhos para não delinquir com a minha língua; refrearei a minha boca, (a minha língua) enquanto o ímpio estiver diante de mim”. (Sl 39.1). Paulo admoesta-nos: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”. (Ef 4.29).

Existem três critérios, conhecidos como as três peneiras para sabermos se uma determinada história ou fato deve ser divulgado:

A primeira é  verdade. Devemos ter absoluta certeza que o relato é verdadeiro.

A segunda é a utilidade. Tem alguma utilidade nobre, traz algum benefício, ou é necessário dizer tal coisa?

A terceira é a bondade (ou gentileza). É uma atitude bondosa ou gentil transmitir tal informação?

Somente depois de peneirar essas três vezes, aquilo que vamos dizer, poderemos abrir nossa boca sem temor. (Sl 34.13; Cl 3.9; 1Pe 3.10).

 

O controle de nossas línguas também está descrito em 1 Pedro 3.10.

10. Porque quem quer amar a vida e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano.

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar e de tudo que sai de nossas bocas através da língua. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23).

 

O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua.

Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a abençoar. Por isso, amaldiçoam. Salomão afirmou: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de senso, morrem os tolos”. (Provérbios 10.20-21).

Poderia citar inúmeros textos bíblicos que nos revelam a necessidade de abrirmos a boca para abençoar e não amaldiçoar. Mas quero resumir em apenas um que traduz, de maneira sublime, a força que há nas palavras que proferimos: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. (Provérbios 18.21). Consegue imaginar a extensão e a gravidade disso? Com ela, você pode vivificar ou matar. Consegue dimensionar o poder que há nesse tão pequeno órgão de seu corpo? Peça ao Espírito Santo que lhe conceda sabedoria ao falar.

Não é conveniente que você abençoe e também amaldiçoe. Quando Paulo escreveu aos Romanos, ele disse: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis”. (Romanos 12.14).

Há pessoas que já entenderam a importância de se policiar, de vigiar ao falar e procuram não cometer o pecado da mentira. Porém, acabam pecando justamente porque não abrem a boca para abençoar. A nossa fé é um relacionamento com o Senhor, e este relacionamento nos faz com que nos tornemos abençoadores. Há pessoas que aprenderam isto muito bem. Quando elas chegam, parece que a luz chega; quando abrem a boca, algo começa a fluir. Pessoas assim transmitem o amor de Cristo, fazem a diferença aonde quer que estejam e perto de quem quer que seja.

Infelizmente, porém, há quem faça totalmente o oposto: apenas reclamam, murmuram, maldizem os outros, levam uma vida independente da Palavra. A Bíblia nos ensina a darmos graças em tudo. (1 Tessalonicenses 5.18). O que significa que, pela fé, podemos ministrar a bênção, crendo que as circunstâncias serão mudadas, transformadas, pela graça do Senhor.

Há um poder tremendo em nossas palavras. Em Provérbios 18.21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençoo, em nome de Jesus; eu abençoo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.

A Palavra nos revela de uma forma bem clara: abençoar, abençoar e abençoar é o segredo de você ser abençoado. Comece abençoando a sua vida e de sua família. “Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).

O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então te abençoe e que você seja sempre uma bênção, porque a mesma língua que edifica também pode matar. Se tiver alguma outra coisa pra fazer, deixa na vontade de Deus porque Ele disse a Abraão: “Eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem".

Assim foi o chamado de Abraão: “Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa De teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra”. (Gênesis 12:1-3).

 

Quer ser sábio e prudente? Então vigie a sua língua.

Provérbios 11.12 afirma: “Quem fala mal do seu próximo não tem juízo; o homem prudente se cala”. Salomão nos adverte neste texto bíblico contra fofocas, calúnias ou insultos ao próximo. A sabedoria bíblica ensina que ninguém deveria jamais desprezar orgulhosamente os outros, seja em seus corações ou com palavras.

Pessoas sábias conterão suas palavras, falarão na hora certa e abandonarão as palavras depreciativas. A fala é sempre uma das evidências mais seguras de sabedoria ou a falta dela. A quantidade de palavras pode provar sabedoria ou loucura. Eclesiastes 5.3 afirma: “Porque das muitas preocupações vêm os sonhos, e do muito falar, palavras tolas.

Contar qualquer coisa sobre outra pessoa, mesmo que seja verdade, mas que não seja necessária nem útil para sua reputação, não só é uma insensatez pelo desgoverno da língua, mas é um pecado muito comum.

O Senhor Jesus foi vítima de abuso verbal, mas Ele não insultou nem ameaçou de volta. 1 Pedro 2.23: “Pois Ele, quando insultado, não revidava com insultos; quando maltratado, não fazia ameaças, mas se entregava àquele que julga retamente”.

Seguir a Jesus significa seguir Seus passos em tudo, dentre eles ser nobre, governando a língua, mesmo quando estiver sofrendo injustamente nas mãos de outros.

Assim, como você fala dos outros? É preciso governar a língua, pois é sempre muito fácil pecar com as palavras. Naturalmente você pode fofocar, debochar, desprezar, julgar e criticar aqueles que estão ao seu redor. Na verdade o que você fala revela a você e a outros o seu caráter e coração. Jesus afirmou em Lucas 6.45: “…porque a boca fala do que está cheio o coração”.

A regra de ouro para você ser bem sucedido (a) na vida.

Governe bem a sua língua. Uma regra simples para fazê-lo é cortar suas palavras pela metade. Fale menos, mesmo que doa muito em você mesmo e mesmo que você tenha que engolir seco.

 

Há um poder tremendo em nossas palavras.

Em Provérbios 18. 21 está escrito que: “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto”. Quando você diz: “Eu o abençôo, em nome de Jesus; eu abençôo o seu dia, o trabalho das suas mãos”, você está passando vida. É uma proclamação. A palavra fica, a bênção é a palavra. Você não tem a palavra final, mas você tem a palavra de bênção. Quantas pessoas amaldiçoam tudo, amaldiçoam o trabalho, o casamento, a sogra, os filhos, enfim, tudo.

A Palavra de Deus nos revela de uma forma bem clara que devemos: abençoar, abençoar, abençoar e não amaldiçoar.

Comece abençoando a sua vida. “Eis que será abençoado o homem que teme ao Senhor”. (Sl 128.4).

O que Deus mais deseja é que sejamos bênçãos e abençoadores. Assim sendo, que Deus então o abençoe. E mais: Sê tu uma bênção, cumpra o que Deus nos ensina em Deuteronômio 28.1-14 e tudo te irá bem no decorrer de sua trajetória na face da terra.

 

Enfim:

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar. “O que guarda a boca e a língua guarda a sua alma das angústias”. (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua. Vigiemos.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 18 de julho de 2022

COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO

COMO RECEBER O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO.


1 Tessalonicenses 5.19 nos orienta quanto à nossa relação com o Espírito Santo dizendo: “19. Não extingais o Espírito”.

Aos de Éfeso o apóstolo Paulo recomendou:   “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito”. (Ef. 5.18).

Podemos observar nos textos acima que Paulo não pede aos crentes de Tessalônica e de  Éfeso que sejam cheios do Espírito Santo. Ele também não expressa um desejo, como quem deseja algo extraordinário. O verbo enchei-vos está no imperativo, portanto ele está ordenando aos crentes de todas as partes do mundo,  que sejam cheios do Espírita Santo. Portanto, repito, não é um pedido, nem um desejo, mas uma ordem.

Muitos de nós, crentes, achamos que por sermos batizados nas águas e batizados com o Espírito Santo, basta, já estamos cheios do Espírito Santo para o resto de nossas vidas.

 

Esse enchimento deve ser constante e não temporário.

Podemos observar nas Escrituras os apóstolos, em épocas diferentes, recebendo o Espírito Santo ou sendo cheios do Espírito Santo. Em João 20.22, temos: “E havendo dito isto, assoprou (Jesus) sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Depois, no dia de pentecostes, os apóstolos foram cheios do Espírito Santo em Atos 2.1-4: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; “de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem". (Atos 2.1-4).

Mais tarde em Atos 4.31, os apóstolos são novamente cheios do Espírito Santo: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus". (Atos 4.31).

 

No Evangelho de João Jesus faz uma oração em favor dos seus discípulos porque estava próximo dEle ser preso e condenado.

17:1 Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti,

17:2 assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste.

17:3 E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.

 

Em Atos dos Apóstolos, depois de Jesus ter sido morto e ressuscitado dentre os mortos, Ele, Jesus, manda seus discípulos ficarem em Jerusalém até que do alto eles recebessem o Consolador amado e fossem cheios do Espírito Santo. Já fazia quarenta dias que Jesus tinha ressuscitado e mais dez dias que eles estavam reunidos no templo, portanto já faziam cinquenta dias que eles estavam aguardando a vinda do  Consolador amado, o Espírito Santo. Daí em diante aquele momento foi chamado de dia do Pentecostes.

2:1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;

2:2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.

2:3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como que de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.

2:4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

2:5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.

2:6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.

2:7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?

2:8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?

2:9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia,

2:10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,

2:11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?

2:12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?

2:13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!

2:14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.

2:15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.

2:16 Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel:

2:17 E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos;

2:18 até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.

2:19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e vapor de fumaça.

2:20 O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.

2:21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.

 

O Que é o Batismo com o Espírito Santo? Qual é o seu significado?

O batismo com o Espírito Santo é uma expressão bíblica encontrada no Novo Testamento para denominar o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos como cumprimento das promessas registradas nas Escrituras em conexão com o ministério do Senhor Jesus. As pessoas também usam de forma similar as expressões “batismo no Espírito Santo” ou “batismo do Espírito Santo” ou “batismo com o Espírito Santo”.

A frase “batizar com o Espírito Santo” aparece quatro vezes nos Evangelhos e duas vezes no livro de Atos dos Apóstolos (Mateus 3:11; Marcos 1:8; João 1:33; Lucas 3:16; Atos 1:5; 11:16). A promessa sobre o batismo com o Espírito Santo encontrou seu cumprimento após a ascensão de Cristo ao céu. Conforme havia sido prometido, o Espírito Santo foi derramado sobre o povo de Deus no dia do Pentecostes. (Atos 2).

 Nesta postagem veremos o que a bíblia diz acerca do batismo com o Espírito Santo. Entenderemos também como as diferentes tradições cristãs interpretam essa doutrina, a Paracletologia.

 

O que é Paracletologia?

É uma palavra formada por duas palavras gregas: paracletos (que significa Ajudador, Consolador, advogado) e Logia (que significa estudo, doutrina).

Exemplo de uso da palavra Paracletologia:

A Paracletologia estuda de uma forma sistemática tudo o que se refere ao Espírito Santo (chamado por Jesus Cristo de o Consolador). A Paracletologia é conhecida também como Pneumatologia.

 

Definição do que é pneumatologia.

Na Teologia Cristã Pneumatologia se refere ao estudo do Espírito Santo. Na doutrina Cristã popular, o Espírito Santo é a terceira pessoa de Deus na Trindade. Algumas formas de Cristianismo, por falta de intimidade com Deus, negam que o Espírito Santo seja pessoal, embora assegurando que pode, em algumas ocasiões, influenciar as pessoas.

 

O batismo com o Espírito Santo na Bíblia.

O derramamento do Espírito Santo sobre todo o povo de Deus foi profetizado ainda no Antigo Testamento Joel 2.28.

Naquela época o Espírito Santo já atuava no povo de Deus. Ele capacitava de uma maneira especial para um determinado ministério apenas algumas pessoas específicas.

Foi assim, por exemplo, com Moisés, com os juízes de Israel, com alguns reis e com os profetas (Êxodo 35:30-34; Números 11:16,17; Juízes 3:10; 6:34; 1 Samuel 16:13,14; 2 Samuel 23:2; Neemias 9:30).

No tempo  do Pentateuco, que são os cinco primeiros livros da Bíblia e foram escritos por Moisés, o próprio Moisés já aparece fazendo um apelo que remete ao batismo com o Espírito Santo. Ele fala sobre quão bom seria se o Senhor derramasse seu Espírito sobre todo seu povo (Números 11:29). Mais tarde, através do ministério do profeta Joel, Deus faz a seguinte promessa: “E acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne”. (Joel 2:28).

Existem várias outras profecias sobre o batismo no Espírito Santo. O profeta Isaías também profetizou sobre o derramamento do Espírito. Ele fala acerca do dia em que o Espírito Santo seria derramado sobre todo o povo de Deus provendo uma grande restauração (Isaías 32:15). Depois, Deus usou o mesmo profeta para apontar para essa promessa. (Isaías 44:3).

 

Já no Novo Testamento João Batista também fala sobre a promessa do batismo com o Espírito Santo. Ele relaciona tal promessa com a vinda do Messias. Ele liga a promessa sobre o Batismo com o Espírito Santo com o juízo de Deus, assim como fez Joel (Mateus 3:11; cf. Joel 2:30-32). Mais tarde, o próprio Senhor Jesus também falou aos seus discípulos sobre a promessa de que eles seriam batizados com o Espírito Santo. (Lucas 24:49; Atos 1:4,5).

O derramamento do Espírito Santo no dia do Pentecostes foi o cumprimento de todas essas profecias. De forma bastante explicita, o apóstolo Pedro utiliza exatamente a profecia de Joel para apontar que ali se cumpria as Escrituras e que o tempo da Nova Aliança havia chegado (Atos 2:16:21). Pedro não teve dúvida de que já estava vivendo os últimos dias profetizados por Joel. Para Pedro aquele tempo parecia que que já era os fins dos tempos, o fim dos dias. Mas a promessa da efusão ou derramamento do Espírito Santo de uma maneira sobrenatural estava ainda para acontecer em Atos 1.8.

 

Quem batiza com o Espírito Santo?

Jesus é quem batiza com o Espírito Santo. Não é raro encontrar indivíduos que afirmam possuir um “dom especial” de batizar pessoas com o Espírito Santo e ainda tentam ensinar as palavras que devem proferir. Ledo engano. Entretanto, a Bíblia é suficientemente clara ao afirmar que apenas Jesus Cristo tem poder para batizar com o Espírito Santo e com a evidência de falar em novas línguas.

João Batista foi o último e mais importante dos profetas Veterotestamentários. Lucas 7:24-28; 16:16. Ainda assim, quando ele falou sobre o batismo com o Espírito Santo, ele apontou para o Messias como sendo o único capaz de batizar com o Espírito Santo. (Mateus 3:11).

Essa interpretação de João Batista está completamente de acordo com as Escrituras. O profeta Isaías profetizou sobre o Messias como sendo Aquele que possui o Espírito do Senhor Deus para anunciar a restauração. Isso significa que de acordo com Isaías, apenas quando o Messias viesse, o Espírito Santo seria derramado a todas as gentes, povos, tribos e nações. (Isaías 61).

Durante seu ministério, o próprio Senhor Jesus se identificou como sendo Aquele sobre o qual Isaías profetizou. (Lucas 4:18-21). Então somente Jesus é capaz de batizar com o Espírito Santo. O Espírito Santo não é uma coisa que as pessoas podem manipular. Ele é Deus, a Terceira Pessoa da Trindade, o Consolador enviado do Pai e do Filho. (João 15:26).

 

Existem diferentes interpretações sobre o batismo com o Espírito Santo.

Existe um grande debate entre os cristãos sobre o que é e como acontece o batismo com o Espírito Santo.

Esse debate surgiu especialmente a partir do século 20 com a ascensão do movimento carismático, e discute a natureza do batismo com o Espírito Santo, quando e como ele ocorre e qual o seu verdadeiro significado. Toda essa discussão se resume em duas posições predominantes acerca do que é o batismo com o Espírito Santo.

1) A primeira interpretação defende que o batismo com o Espírito Santo está diretamente ligado à regeneração e a conversão do pecador. Sob esse aspecto, todos aqueles que verdadeiramente nasceram de novo necessariamente são batizados com o Espírito Santo. Esta é a posição tradicional e predominante no Cristianismo histórico e é também defendida ainda hoje principalmente pelas igrejas reformadas, principalmente dos Calvinistas, Wesleyanas, Luteranas, dentre outras.

2) A segunda interpretação entende que o batismo com o Espírito Santo é uma experiência distinta da salvação, da regeneração e posterior a ela. Seria um tipo de “unção especial para determinados propósitos de Deus na vida de quem recebe o Batismo com o Espírito Santo”,  que eleva os cristãos a um nível superior de vida espiritual e de intimidade com o Espírito Santo de Deus.

Quando a pessoa se converte, ela abre a porta do coração e Jesus encontra nele morada. Nesse caso é o que frequentemente acontece, nem todos os cristãos são batizados com o Espírito Santo, eles têm a direção do Espírito Santo em suas vidas, mas não são batizados com o Espírito Santo, este batismo exige mais das pessoas para recebê-lo.

Assim como no batismo nas águas é exigido das pessoas uma preparação, exige-se também uma busca maior de preparo e de santificação das pessoas para receber o batismo com o Espírito Santo. Esta é a interpretação característica dentro das igrejas evangélicas pentecostais.

 

Vamos entender melhor cada uma dessas interpretações acerca do batismo com o Espírito Santo. Vale dizer que aqui não entraremos no campo das experiências pessoais apenas apontaremos a forma com que cada linha Teológica entende  e adota suas posições sobre o assunto.

 

O que é o batismo com o Espírito Santo na doutrina Pentecostal?

Dentro do movimento Pentecostal o batismo com o Espírito Santo é visto como sendo uma bênção diferente da regeneração na conversão das pessoas.

Os pentecostais entendem que todo aquele que nasceu de novo já possui o Espírito Santo, o que é correto. (Colossenses 3:2; Efésios 1:13). Exatamente porque as pessoas aceitaram Jesus Cristo como único e suficiente salvador de suas vidas conforme João 3.16. Então, fica claro que isto não implica no batismo com o Espírito Santo especificamente.

Então segundo a visão Pentecostal, após a conversão, o cristão ainda deve buscar o batismo com o Espírito Santo e com diligência e santificação poderá recebê-lo ou não. Isso porque não somos nós que poderemos decidir se vamos receber ou não, isso quem decide é o próprio Espírito Santo. Quem quer receber vai buscar até receber ou não.

Conheci um irmão muito dedicado na igreja e na obra de Deus que tinha tanto desejo de receber e buscava constantemente, quando ele já tinha mais de trinta anos de conversão ele me falou que não adiantava mais buscar o batismo com o Espírito Santo. Ele queria ser pastor e queria ser batizado com o Espírito Santo para ter mais discernimento e mais unção para transmitir a palavra de Deus. Então eu o aconselhei e lhe dei algumas instruções sobre como receber o batismo com o Espírito Santo. Ele assim procedeu e recebeu. Logo a seguir o levei a consagração de evangelista e a pastor e o coloquei para pastorear uma congregação o qual foi muito bem sucedido.

 

O propósito do batismo com o Espírito Santo também pode ser visto sob dois aspectos diferentes dentro da visão Pentecostal.

No pentecostalismo clássico o batismo com o Espírito Santo estava diretamente ligado ao conceito de grau de santificação. Inclusive, em alguns círculos pentecostais o batismo com o Espírito Santo estava relacionado à ideia de perfeccionismo cristão.

Com o tempo, o entendimento dentro do pentecostalismo sobre o propósito do batismo com o Espírito Santo mudou.

A posição predominante passou a relacionar o batismo com Espírito Santo à capacitação de crentes com os dons para o ministério. Então sob este aspecto, o batismo com o Espírito Santo é uma obra especial operada pelo próprio Espírito de Deus no crente, concedendo-lhe poder para sua vida e seu ministério cristão. Ninguém é mais privilegiado do que o outro diante de Deus e do Espírito Santo para receber o batismo com o Espírito Santo, todos os crentes fiéis estão capacitado para tal, não importando qual a posição social, o grau de conhecimento, o cargo na igreja e nem quanta riqueza tenha ou não, Deus vê o coração das pessoas.

Em outras palavras, essa posição diz que o batismo com o Espírito Santo implica num revestimento de poder que auxilia o crente em sua nova vida. Ele edifica o crente interiormente e lhe ajuda a ter uma conduta vitoriosa que possa testemunhar com autoridade a sua fé em Cristo. Entretanto, esse revestimento implica numa experiência singular que eleva os que o recebem a outro nível espiritual.

 

Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Pentecostal.

Para defender a ideia de que o batismo com o Espírito Santo é uma benção distinta da salvação, os pentecostais recorrem a algumas passagens do livro de Atos dos Apóstolos. Essas passagens servem de apoio aos pontos básicos de sua doutrina sobre o batismo com o Espírito Santo. Com base nesses textos eles concluem que:

1) As pessoas que receberam o batismo com o Espírito Santo já eram crentes. Isso significa que elas já tinham sido regeneradas quando receberam o dom do Espírito. Os principais exemplos utilizados são:

Os próprios apóstolos que receberam o batismo com o Espírito Santo em Atos 2.

Os samaritanos que já tinham recebido a Palavra de Deus e sido batizados em nome do Senhor Jesus. Eles receberam o Espírito Santo somente após a oração dos apóstolos (Atos 8:14-17).

O centurião Cornélio que já era temente a Deus quando foi batizado com o Espírito Santo (Atos 10:44-46).

O episódio envolvendo os discípulos de João Batista (Atos 19:1-6).

2) Como o batismo com o Espírito Santo é diferente da regeneração, isso indica que pode haver um hiato de tempo entre um e outro. Para defender esse ponto, geralmente utiliza-se o exemplo da conversão de Paulo de Tarso. Somente depois de três dias o Espírito Santo foi derramado sobre ele (Atos 9:1-18).

Os pentecostais admitem que é possível que a conversão e batismo com Espírito Santo ocorram simultaneamente. Por outro lado, eles também afirmam que pode haver a possibilidade de um crente regenerado nunca receber a benção do batismo com o Espírito Santo. Assim, embora num nível todos os cristãos possuam o Espírito Santo, em outro apenas alguns são realmente dotados do poder do Espírito.

3) A evidência externa e necessária do batismo com o Espírito Santo é o falar em línguas. Essa afirmação se baseia especialmente nos relatos do livro de Atos. Três acontecimentos são utilizados na defesa desse ponto: o que aconteceu no Pentecostes em Atos 2; o derramamento do Espírito Santo na casa de Cornélio; e o que aconteceu em Éfeso com os seguidores de João Batista (Atos 10:46; 19:6).

Divergências entre os pentecostais sobre o batismo com o Espírito Santo

Também é verdade que dentro do próprio pentecostalismo existe muita divergência de pensamentos quando o assunto é o batismo com o Espírito Santo. Alguns, por exemplo, consideram que o falar em línguas não necessariamente seja uma evidência obrigatória do batismo. Eles admitem que alguém pode ser batizado com o Espírito Santo e não falar em línguas.

Outro exemplo é a distinção com relação a nomenclatura. Para alguns, expressões como: “batismo no Espírito Santo”, “batismo com o Espírito Santo” e “batismo pelo Espírito Santo” são definições similares. Mas para outros, existem diferenças nessas expressões. Neste último caso, o “batismo pelo Espírito Santo” seria a regeneração; enquanto que o “batismo com o Espírito Santo” ou “no Espírito Santo” seria a experiência posterior à regeneração que todos devem buscar como uma bênção adicional.

 

O batismo com o Espírito Santo na doutrina Reformada.

Dentro do protestantismo histórico, basicamente o batismo com o Espírito Santo sempre foi entendido como pertencendo à própria bênção da salvação. O termo “batismo” implica na ideia de “inicialização”, isto é, um “rito de passagem”.

Dessa forma, ao ser batizado com o Espírito Santo, o cristão é iniciado na Fé Cristã. Isso significa que ele é introduzido à comunidade dos fiéis e passa a pertencer ao Corpo de Cristo, a Igreja. Assim como ocorre entre os pentecostais, dentro da visão Reformada também existem diferenças entre seus defensores.

Há vários estudiosos dessa linha, por exemplo, que defendem que é errado considerar o batismo com o Espírito Santo como algo limitado exclusivamente ao novo nascimento. Eles dizem que é necessário enfatizar a ação do Espírito Santo trabalhando no regenerado além do novo nascimento, concedendo-lhe um revestimento que pode ser percebido no aspecto experimental. Todas as vezes que Espírito Santo foi derramado no livro de Atos dos Apóstolos, os cristãos experimentaram um poder extraordinário que capacita o povo de Deus para cumprir o ministério que Cristo confiou à Igreja.

Com base nessa verdade inegável, muitos têm proposto que talvez a terminologia “batismo” não seja a mais adequada para se referir a essa questão.

Palavras como “revestimento”, “capacitação” ou “enchimento” seriam termos mais indicados para isto.

Esses termos podem tanto enfatizar a doutrina de que todos os cristãos genuínos possuem o Espírito Santo, quanto preservar a realidade de que a experiência prometida acerca do derramamento do Espírito Santo não se limita unicamente ao ato da regeneração, mas que se estende além desse ponto inicial. Desse modo, os cristãos devem buscar encher-se do Espírito Santo mais e mais durante suas vidas cristãs.

Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Reformada

De forma bem resumida, os principais pontos defendidos por quem adota a posição Reformada acerca do batismo com o Espírito Santo são:

1) O livro de Atos narra um momento único na história da Igreja: a transição entre Antiga Aliança e a Nova Aliança. Portanto, nesse momento histórico específico existiam pessoas já regeneradas e convertidas nas quais o Espírito Santo habitava, mas que ainda precisavam receber o derramamento do Espírito Santo como cumprimento das promessas e capacitação para cumprir o ministério cristão.

2) As profecias sempre falam a respeito de que o Espírito Santo seria derramado sobre todo o povo de Deus, e não apenas sobre alguns (Números 11:29; Joel 2:28). De fato existem pessoas que experimentam um revestimento maior do Espírito Santo do que outras. Isto ocorre devido à forma com que elas trabalham sua vida cristã. Elas buscam mais diligentemente a direção do Espírito Santo em suas vidas.

3) Em outras palavras, uns são mais guiados pelo Espírito do que outros. Mas isto não significa que existem duas classes de cristãos: os que recebem o batismo com o Espírito como uma segunda benção; e os que não recebem, sendo então crentes mais fracos, menos espirituais, e privados de uma experiência mais intima com Deus.

4) O apóstolo Paulo falou explicitamente que todos aqueles que fazem parte da Igreja foram “batizados em um mesmo Espírito”. Curiosamente ele diz isto exatamente num texto em que trata da experiência dos crentes com relação aos dons espirituais (1 Coríntios 12:13). Obviamente isso implica na ideia de que não é preciso que os cristãos recebam uma segunda benção que os qualifique a um novo nível espiritual. Eles apenas devem buscar com zelo os dons espirituais! Esses dons já estão disponíveis a todos aqueles que são habitados pelo Espírito Santo (1 Coríntios 12:31).

5) É estranho que em nenhum lugar nas epístolas do Novo Testamento haja uma ordem para que os cristãos busquem um batismo com o Espírito Santo com a evidência inicial de falar em línguas estranhas. Por outro lado, há várias referências que aconselham os cristãos a viverem sob o controle do Espírito Santo; se submetendo a sua vontade; sendo revestidos do seu poder e capacitados mais e mais para testemunhar Cristo ao mundo.

6) Se por “batismo com o Espírito Santo” entende-se “capacitação”, “revestimento” ou “enchimento” do Espírito Santo; não como uma segunda bênção que separa os super crentes, mas como algo que todo cristão experimenta ao ser “imerso” no Espírito Santo; então este é um conceito bíblico. No entanto, os cristãos são aconselhados a buscar esse “enchimento” do Espírito Santo repetidas vezes durante suas vidas, e não apenas numa única experiência que tem o valor de uma “bênção complementar” e posterior a obra da salvação. (Efésios 5:18).

7) Há apenas três relatos no Novo Testamento de cristãos que após o Espírito Santo ter sido derramado falaram outras línguas (Atos 2; 10; 19). Isso aconteceu porque o falar em línguas constituía um sinal que atestava que aquelas pessoas verdadeiramente foram inseridas na Igreja. O propósito especial dessa comprovação era afirmar que não havia mais distinção entre judeus e gentios. O Evangelho deveria ser pregado a todos os povos, línguas e nações! Pessoas de todos os lugares do mundo poderiam ser batizadas com o Espírito Santo passando a pertencer ao corpo de Cristo. Em todas as outras conversões, apesar do “dom do Espírito” ter sido derramado sobre os convertidos, não há qualquer informação de que estes imediatamente falaram em línguas (Atos 2:41; 8:38,29; 9:18; 16:15).

8) Em nenhum lugar os escritores bíblicos falam que as línguas servem de evidencia do batismo com o Espírito Santo. Ao contrário disto, o apóstolo Paulo coloca as línguas como mais um dom ao lado de outros. Esses dons são distribuídos pelo Espírito Santo soberanamente a quem Ele quiser. Nunca na Bíblia o falar em outras línguas é visto como um tipo de suprassumo dos dons. Na verdade as línguas são vistas em posição de importância inferior a outros dons.

Vejam bem, os 8 pontos acima foram analisados de acordo con a doutrina reformada.

 

Qual o principal significado do batismo com o Espírito Santo.

Vimos diferentes interpretações que os cristãos sustentam acerca do que é o batismo com o Espírito Santo. Apesar das diferenças, é correto dizer que todos os cristãos verdadeiros, pentecostais ou tradicionais e reformados, têm em comum o mesmo desejo. Todos querem servir ao Senhor com diligência. O desejo de cada cristão genuíno é ser capacitado com o poder de Deus através da plenitude do Espírito Santo para exercer o ministério do Evangelho. Todo cristão verdadeiro deseja ter uma vida de vitória sobre o pecado e que reflete o caráter de Cristo numa conduta pautada pela palavra de Deus. Somente assim o fruto do Espírito será visível em suas vida.

De maneira geral, as diferentes igrejas concordam que o significado do batismo do Espírito Santo é para capacitar o povo de Deus para cumprir o ministério que Cristo confiou à sua Igreja”. Ele também afirma que todos os redimidos recebem o Espírito Santo, não somente através da regeneração e da própria habitação do Espírito em si mesmo, mas também na dádiva de poder participar no ministério de Cristo como parte de seu corpo.

Portanto, não é uma discussão sobre o que é o batismo com o Espírito Santo que deverá servir de motivo para dividir a Igreja do Senhor. Quem se deixa levar por um tipo de rivalidade nesse sentido, jamais compreendeu o verdadeiro significado do batismo com o Espírito Santo. O batismo com o Espirito Santo tem como propósito principal unir em um só corpo todos aqueles que foram redimidos pelo Senhor Jesus, a fim de que tenham uma vida de santidade. É preciso lembrar que a ordenança bíblica é a mesma para todos: “Enchei-vos do Espírito”. (Efésios 5:18).

Pontos principais sobre o batismo com o Espírito Santo na visão Pentecostal

Para defender a ideia de que o batismo com o Espírito Santo é uma benção distinta da salvação, os pentecostais recorrem a algumas passagens do livro de Atos dos Apóstolos. Essas passagens servem de apoio aos pontos básicos de sua doutrina sobre o batismo com o Espírito Santo. Com base nesses textos eles concluem que:

1) As pessoas que receberam o batismo com o Espírito Santo já eram crentes. Isso significa que elas já tinham sido regeneradas quando receberam o dom do Espírito. Os principais exemplos utilizados são:

Os próprios apóstolos que receberam o batismo com o Espírito Santo em Atos 2.

Os samaritanos que já tinham recebido a Palavra de Deus e sido batizados em nome do Senhor Jesus. Eles receberam o Espírito Santo somente após a oração dos apóstolos (Atos 8:14-17).

O centurião Cornélio que já era temente a Deus quando foi batizado com o Espírito Santo (Atos 10:44-46).

O episódio envolvendo os discípulos de João Batista (Atos 19:1-6).

2) Como o batismo com o Espírito Santo é diferente da regeneração, isso indica que pode haver um hiato de tempo entre um e outro. Para defender esse ponto, geralmente utiliza-se o exemplo da conversão de Paulo de Tarso. Somente depois de três dias o Espírito Santo foi derramado sobre ele (Atos 9:1-18).

Os pentecostais admitem que é possível que a conversão e batismo com Espírito Santo ocorram simultaneamente. Por outro lado, eles também afirmam que pode haver a possibilidade de um crente regenerado nunca receber a benção do batismo com o Espírito Santo. Assim, embora num nível todos os cristãos possuam o Espírito Santo, em outro apenas alguns são realmente dotados do poder do Espírito.

3) A evidência externa e necessária do batismo com o Espírito Santo é o falar em línguas. Essa afirmação se baseia especialmente nos relatos do livro de Atos. Três acontecimentos são utilizados na defesa desse ponto: o que aconteceu no Pentecostes em Atos 2; o derramamento do Espírito Santo na casa de Cornélio; e o que aconteceu em Éfeso com os seguidores de João Batista (Atos 10:46; 19:6).

Divergências entre os pentecostais sobre o batismo com o Espírito Santo

Também é verdade que dentro do próprio pentecostalismo existe muita divergência de pensamentos quando o assunto é o batismo com o Espírito Santo. Alguns, por exemplo, consideram que o falar em línguas não necessariamente seja uma evidência obrigatória do batismo. Eles admitem que alguém pode ser batizado com o Espírito Santo e não falar em línguas.

Outro exemplo é a distinção com relação a nomenclatura. Para alguns, expressões como: “batismo no Espírito Santo”, “batismo com o Espírito Santo” e “batismo pelo Espírito Santo” são definições similares. Mas para outros, existem diferenças nessas expressões. Neste último caso, o “batismo pelo Espírito Santo” seria a regeneração; enquanto que o “batismo com o Espírito Santo” ou “no Espírito Santo” seria a experiência posterior à regeneração que todos devem buscar como uma bênção adicional.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.