segunda-feira, 1 de março de 2021

ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS

ENCHEI-VOS DO ESPÍRITO SANTO DE DEUS

 

Não vos embriagueis com Vinho, mas enchei-vos do Espírito Santo! Efésios 5.18.

 

Efésios 5:14 a 20


“Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo;”
Esta é uma parte da carta do Apóstolo Paulo à população de Éfeso sobre a conduta cristã.

 

1) Embriagar-se com Vinho.

Qual é o motivo para uma pessoa embriagar-se seja com vinho alcoolizado ou qualquer outra bebida alcoólica? Se nós perguntarmos para qualquer pessoa, após a sua embriagues, ela irá te responder várias situações: “Para afogar as mágoas!”; “Para esquecer das dívidas!”; “Para esquecer dos problemas!”; “Para se alegrar um pouco, diante de tanta tristeza!”; e até mesmo, criar “coragem” para falar algumas coisas para alguém, ou ter “atitudes corajosas” para com alguma pessoa ou situação, ou disfarçadamente dizem que só bebem socialmente.


Quando falamos em coragem nesta situação, na realidade não se trata de tamanha “coragem” que o individuo possui, e sim, da falta dela, que nada mais é que covardia! Algo que Deus não se agrada, é daqueles que são covardes.


O que significa covardia ou ser covarde? É um vício que, convencionalmente, é visto como a corrupção da prudência, oposto a toda coragem ou bravura. É um comportamento que reflete falta de coragem; medo, timidez; fraqueza de ânimo; pulsilanimidade ou ainda ânimo traiçoeiro. É o oposto de bravura e de coragem. É algo que te força a não tentar, a não lutar por simples medo, por indecisão, por fraqueza. É deixar de fazer algo, desistir, abandonar pela metade pela falta de confiança em si próprio. É atacar sabendo que o adversário não poderá defender-se.

 

Quantas vezes nós pensamos em fugir dos nossos problemas? Ou de situações que desafiam o nosso interior de uma forma intensa?

 

Toda mudança pode nos proporcionar medo, que é um dos sentimentos de um covarde. Por este e outros motivos, o Apostolo Paulo alerta a todos os cristãos de Éfeso, que não é através do vinho que a alegria ou a coragem são geradas em nosso interior, mas sim, com uma conduta cristã cheia do Espírito Santo.

Buscamos ter felicidade e uma vida muito boa, mas, o que fazemos para alcançar isto? Ou será que os nossos corações estão voltados somente para esta felicidade? Deus não tem só algo terrestre para nós, mas algo que alimenta a nossa alma e o nosso espírito, e faz algo que é eterno.



2) Enchei-vos do Espírito Santo.

O que é termos uma vida cheia do Espírito Santo?

É esvaziar-se de si mesmo. Humilhando-se diante do Senhor para que seja exaltado ao seu tempo. Decidindo a andar debaixo de submissão total ao Senhor Jesus, para ser cheio do Espírito, foi a João Batista para ser batizado, e em seguida foi cheio do Espírito Santo.  Mt 3.13-17.


É não entristecê-lo. Ef 4.29-31.


É ter um coração perdoador. Ef 4.32.


É suportar as pressões e perseguições sem desejo de vingança. Mt 5.10-11.


É retirar do coração toda incredulidade. A ação do Espírito Santo é sobrenatural e impossível de compreender com o racional.


É crer nos atos proféticos. 2 Cr.20.20


É gerar no reino físico as vitórias já alcançadas no reino espiritual, através da palavra profética. Ef 1.3.


É desejar ardentemente ter comunhão com Ele. At 2.1-4.


É reconhecer que nenhum método, por melhor que seja, funcionará sem a Unção do Espírito Santo de Deus.


É reconhecer a eficácia dos dons espirituais e buscá-los com determinação.


É ter um coração agradecido a Ele por tudo. 1 Ts 5.18.


A igreja do Senhor precisa voltar ao princípio de tudo, precisa voltar ao primeiro amor, isto é, andar na dependência e na íntima comunhão com o Espírito Santo e a explosão de alegria e crescimento retornará, como aconteceu na igreja primitiva.

 

A atuação do Espírito Santo na vida do crente.

Em primeiro lugar a nova vida em Cristo não só tem a habitação do Espírito Santo no seu interior, como também torna-se alvo de maravilhosas operações espiri­tuais. Uma das primeiras atividades do Espírito Santo na nova vida é confirmar a salvação recebida. Há uma Palavra bíblica que confirma essa obra do Espírito: “O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”. Rm 8.16.

Esta é uma certeza e confiança que só o Espírito Santo pode conceder. Sem essa certeza, nossa salvação seria superficial. A alegria que reina no coração do crente vem do fato da absoluta certeza e convicção de que está salvo. É o Espírito dentro do crente quem fortifica essa confiança na salvação recebida. Quem salva é Jesus e quem dá a certeza da salvação é o Espírito Santo. O apóstolo Paulo escreveu aos Gálatas: “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai“, 4.6. A salvação recebida pela “nova vida” assegura o nosso direito de filiação a Deus. Não nos tornamos filhos de Deus apenas porque a Bíblia diz que os somos, mas também porque o Espírito clama dentro de nós dizendo: “Aba, Pai”.

 

Em segundo lugar, o Espírito Santo habilita o crente, isto é, prepara-o para a vitória sobre o poder do pecado. Por si mesmo, o crente não encontra meios de vencer o pecado ao seu redor. Ele precisa de poder para vencer o pecado nas suas inumeráveis investidas. Para que ele vença, é preciso “andar no Espírito”, como diz a Palavra de Deus: “Para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito“. Rm 8.4.

É o Espírito Santo quem habilita o crente a ser vitorioso, baseado no poder da obra expiatória de Cristo. Quando o Espírito Santo está em nós, nosso espírito é fortalecido e a carne é subjugada nos seus desejos. A Bíblia confirma este fato quando diz: “Andai em Espírito e não cumprireis a concupis­cência da carne“. Gl 5.16.

 

Em terceiro lugar, o Espírito Santo guia o crente através da Palavra de Deus. Notemos o que Jesus falou acerca do Espírito Santo: “Mas quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir“. Jo 16.13. A partir do momento em que uma pessoa torna-se “nova criatura” em Cristo, o Espírito Santo que nela habita guiará essa pessoa conforme os ditames da Palavra de Deus. A regra de fé e conduta do crente está inserida na Palavra de Deus.

Todas as respostas, todas as diretrizes para a vida cristã estão na Bí­blia, e o Espírito Santo as tornará vivas e poderosas. Ser guiado através da Palavra de Deus pelo Espírito é viver segundo o Espírito “mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus”. 1 Co 2.12.

 

Em quarto lugar, o Espírito Santo faz o crente produzir “o fruto do Espírito”. Vejamos o que está escrito a esse respeito: “Mas o fruto do Espírito é caridade (amor), gozo (alegria), paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansi­dão, temperança (ou domínio próprio). Contra estas coisas não há lei“. Gl 5.22-23.

Notemos que é um fruto contendo nove partes distintas. Não são nove frutos, mas um só fruto completo. Isto indica um “todo” indispensável e inseparável na vida cristã. É trabalho do Espírito habilitar o crente para produzir esse fruto. Ele em nós capacita-nos a ter as qualidades desse fruto maravilhoso. É o Espírito quem nos capacita a ser vitoriosos e producentes em tudo. Esse fruto independe de sermos batizados no Espírito Santo. Ele pode ser produzido a partir do momento em que uma pessoa se torna “nova criatura em Cristo”. As três primeiras partes do fruto relacionam-se com Deus e à comunhão com Ele. As três outras partes do fruto relacionam-se com o próximo: “longani­midade, benignidade e bondade”. As três últimas partes do fruto relacio­nam-se com a vida cristã do crente: “fé, mansidão e temperança”.

 

Em quinto lugar, o corpo do crente torna-se templo do Espírito Santo. Diz a Bíblia: “Ou não sabeis que o nosso (vosso) corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em nós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos”? 1 Co 6.19.

Não devemos querer separar ou isolar as partes material e espiritual, o corpo e o espírito. Deus tem interesse em que corpo, alma e espírito sejam cheios da sua plenitude. Nosso espírito é o lugar da habitação, o centro e o trono do Espírito, mas nosso corpo é o seu templo.

Todo o ser do crente deve ser santificado para o Senhor e dominado por Ele. A Palavra de Deus confirma esse fato: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo vosso espírito, alma e corpo, sejam plena­mente conservados irrepreensíveis para a Vinda de nosso Senhor Jesus Cristo“. 1 Ts 5.23.

A palavra santificar significa separar; somos separados para uso do Senhor com todo o nosso ser. Se somos templo do Senhor para que Ele se manifeste em nós, devemos cuidar, não só da alma e do espírito, mas também do corpo para que o mesmo esteja sempre em condições para a manifestação do Espírito Santo de Deus em nossas vidas. Os vícios e pecados contra o corpo devem ser repe­lidos. Todo o pecado contra o corpo afeta o Espírito Santo que habita nele e tem seu trono no nosso espírito (em se tratando do espírito do ser humano, se escreve espirito com letra “e” minúscula).

 

Em sexto lugar, o Espírito Santo ajuda o crente no ministério da oração. É o trabalho mais árduo para o crente, a oração. Por isso, sem a ajuda do Espírito dentro de nós, não teríamos condições de orar. Toda vez que o crente predispõe-se a orar, tem de lutar contra forças imperiosas de fora e de dentro de nós que querem impedir-nos de orar. É a luta entre a carne e o espírito.

Circunstâncias exteriores surgem tão logo nos dispomos a orar, mas temos que persistir e pedir ajuda do Espírito para irmos até o fim. A Palavra de Deus confirma essa ajuda: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis“. Rm 8.26.

 

Em sétimo lugar, o Espírito Santo reveste o crente com poder para que este faça a vontade de Deus para fazer a sua obra. O que podemos fazer sem o “poder do Espírito Santo em nossas vidas”? Nada! Precisamos do poder de encorajamento, de renúncia, de amor, para fazermos a obra de Deus. Os discípulos de Jesus, enquanto não foram revestidos do poder, estavam medrosos, assustados, com medo de morrer e acovardados.

No Dia de Pentecostes todos foram “cheios do Espírito Santo ” e suas vidas se tornaram poderosas, corajosas e atuantes. Receberam uma dinâmica espiritual capaz de vencer todos os obstáculos. Fazer o serviço de Deus sem estarmos preparados para fazê-lo é correr risco de não fazermos nada. Jesus disse aos seus discípulos, andes de subir aos Céus: “Ficai em Jerusa­lém, até que do alto sejais revestidos de poder“. Lc 24.49.

Esse poder capacita o crente a fazer bem a obra de Deus. Dá-lhe condições de vencer os obstáculos morais, físicos, materiais e espirituais.

 

3) As manifestações distintas do Espírito Santo.

Existem várias maneiras pelas quais o Espírito Santo se manifesta na vida do crente. Trataremos fundamentalmente de duas principais mani­festações, as quais têm sido alvo de polêmica por grupos antipentecostais.

 

À primeira manifestação do Espírito Santo chamaremos de “efusão do Espírito“.

À segunda manifestação do Espírito Santo chamaremos “batismo no Espírito Santo“.

O que é efusão? É o derramamento interior, caracterizado pela entrada do Espírito Santo para dentro do nosso espírito. A expressão mais simples para denotar a efusão espiritual é a que conhecemos por “ser cheio do Espírito“. Paulo exortou a Igreja em Éfeso com estas palavras: “enchei-vos do Espírito Santo“. Ef 5.18.

Quando o Espírito Santo penetra na parte mais recôndita do nosso ser, enche o nosso interior de alegria da salvação, do gozo, da paz e da glória de Deus, que excede a todo o entendimento.

A diferença entre “ser cheio do Espírito Santo” e “ser batizado no Espírito Santo” é facilmente percebida pelo testemunho que a própria Bíblia dá quanto às duas experiências.

Um crente pode ser “cheio do Espírito” sem ser “batizado no Espírito Santo”. Estar cheio do Espírito significa estar pleno da nova vida em Cristo. Toda pessoa quando aceita a Cristo recebe a imediata habitação do Espírito Santo no seu interior. Todas as bênçãos da salvação, como convicção do perdão dos pecados; a cura das doenças; o desejo de servir a Deus; a paz interior são produzidas pelo Espírito no interior do crente. A disposição para servir e louvar a Deus; o ímpeto para evangelizar resultam de uma vida “cheia do Espírito”.

 

4)  O que é ser batizado com (ou no) Espírito Santo?

Ser batizado no ( ou com o) Espírito é uma experiência distinta que equivale a ser mergulhado na fonte do Espírito. Ser cheio do Espírito equivale a receber um derramamento por cima e para dentro. É como tomar água da fonte e derramar dentro de uma vasilha até enchê-la, sem imergi-la na dita fonte. Entretanto “ser batizado” significa ser mergulhado dentro da fonte. É imergir a vasilha na fonte.

Observe que a primeira experiência normativa no dia de Pentecostes foi uma efusão. O texto de Atos 2.4, confirma este fato quando diz: “E todos foram cheios do Espírito Santo“.

A segunda experiência normativa naquele dia indica uma sequência e consequência da primeira experiência, que foi o batismo no Espírito San­to, conforme está declarado com as palavras: “E começaram a falar nou­tras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem“, At 2.4.

Que o Espírito nos capacite a viver de acordo com as diretrizes espi­rituais que a Palavra de Deus tem para os que “vivem segundo o espírito, e não segundo a carne“.

 

5)   Vivendo no controle do Espírito Santo.

Que o Espírito de Deus, que nos deu a vida, controle também a nossa vida! (Gálatas 5: 25).
A Palavra de Deus nos revela que o Espírito Santo é a terceira pessoa da trindade, sendo Deus eterno e todo poderoso. (João 16:13).


O Espírito Santo é o responsável não somente por revelar o amor do Pai e do Filho em nossos corações, como também em nos guiar e sustentar na nossa caminhada cristã para a vida eterna, (Tito 3: 4-8, Romanos 8: 15-16). A realização dessa obra demonstra o amor dEle por nós e sua total ligação com a perfeita vontade do Pai e do Filho.

 

Na carta do apóstolo Paulo aos Gálatas nos é informado que Espírito Santo de Deus nos dá vida. Ou seja, todos nós temos a oportunidade de viver uma vida abundante no Espírito Santo.


Essa vida a que se refere o texto é a promessa do Senhor Jesus Cristo: “eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (João 10:10). A vida no Espírito é a presença gloriosa de Jesus Cristo em nós. Assim sendo, a forma de saber se estamos desfrutando da salvação e bênçãos conquistadas por Jesus Cristo na cruz do calvário é descobrir se recebemos a vida do Espírito de Deus em nós.


O Senhor Jesus disse: “Eu afirmo ao senhor que isto é verdade: ninguém pode entrar no Reino de Deus se não nascer da água e do Espírito”. (João 3:5). Dessa forma, sem o Espírito Santo, não há que se falar em nova vida e salvação para a vida eterna. (Mateus 25: 1-13).

A vida dada pelo Espírito Santo tem que estar conosco todo o tempo da nossa caminhada cristã. Por isso, o apostolo Paulo completou o ensino dizendo que nós os crentes não só deveríamos receber a vida do Espírito, mas também viver diariamente controlados por Ele.


Mas, o que significa sermos controlados pelo Espírito Santo?

É apresentar os frutos do Espírito Santo em nossa caminhada cristã e deixarmos o Espírito Santo prevalecer sobre a vontade da nossa carne. (Gálatas 5: 16-26). Para tanto temos que ter intimidade com o Espírito Santo. Temos que viver em comunhão com Ele para termos liberdade de falar com Ele.

Em suma, o Espírito Santo de Deus produz o amor, a alegria, a paz, a paciência, a delicadeza, a bondade, a fidelidade, a humildade e o domínio próprio em nós. Contra essas coisas não existe lei. As pessoas que pertencem a Cristo Jesus também crucificaram com Cristo Jesus  a natureza humana delas junto com todas as paixões e desejos dessa natureza na cruz do calvário. (Gálatas 5:22-25).


O ser humano sempre será controlado por alguma força: ou seremos controlados pela carne ou nos deixaremos ser dominados pelo  Espírito Santo de Deus. A “carne” e o “mundo” querem nos dominar, nos enganar e nos destruir, mas podemos resistí-los pelo Espírito Santo. Renda-se a Ele e deixe-O controlar a sua vida para sempre. Seja dominado pelo Espírito Santo em toda sua vida e você caminhará por caminhos de vida, paz e alegria no Senhor Jesus.


Se estivermos em Jesus Cristo, somos nascido do Espírito Santo e filhos (as) de Deus e herdeiros (as) de suas promessas (Gálatas 3: 29; 4: 6-7). E, já que são filhos, Deus lhes dará tudo o que ele tem para dar aos seus filhos. (v.7).

Não sei em que situação você se encontra, mas sei que o desejo do Espírito Santo é te revelar o amor de Jesus Cristo e te transformar em uma nova criatura, feliz e satisfeita em Deus. Se renda a Ele e receba pela fé o seu sublime poder.


Deixe Ele te controlar, porque Ele nos levará sempre a nos satisfazer na vontade perfeita de Jesus Cristo.

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

TEORIAS SOBRE OS FILHOS DE DEUS E AS FILHAS DOS HOMENS

TEORIAS SOBRE OS FILHOS DE DEUS E AS FILHAS DOS HOMENS

 

Vamos analisar algumas teorias sobre o que significa os termos “filhos de Deus” e “filhas dos homens” em Gênesis capítulo 6.

 

Quem eram os filhos de Deus em Gn 6?

 

Estas teorias não são a solução e nem a  verdade sobre o assunto.

 

Os filhos de Deus, em Gênesis 6, eram anjos que se casaram com mulheres?

 

“… pois na ressurreição nem se casam nem se dão em casamento; mas serão como os anjos no céu”. (Mt 22.30).



Quem são os filhos de Deus e as filhas dos homens? ‘Filhos de Deus’ seriam, naturalmente, aqueles em quem se via refletida a santidade de Deus em suas vidas, ao passo que ‘filhas dos homens’ seriam aquelas consideradas corruptas, impuras e que vendiam seus corpos para orgias sexuais das mais diversas. Naquela época havia duas raças (gerações) distintas: os descendentes de Sete (Gn 5.4), e os descendentes de Caim (Gn 4.17). Com lógica, baseado no que foi dito pelo Senhor Jesus em Mt 22.30, os filhos de Deus seriam os descendentes de Sete, e as filhas dos homens, seriam descendentes de Caim, lembrando que Caim e sua descendência foram amaldiçoados por Deus.

 

Afinal de contas, o propósito mais amplo da narrativa é traçar os desenvolvimentos da piedosa linhagem de Sete e dos ímpios descendentes da humanidade através da linhagem de Caim. Portanto, os filhos de Deus são homens justos na imitação do caráter do seu Pai Celestial, e as filhas dos homens são as mulheres ímpias que eles desposaram.

Além do que, nossa interpretação evita problemas sérios. Pois, se os anjos se casassem com seres humanos, os filhos deles seriam meio humanos, meio anjos. Mas os anjos não podem ser redimidos. Hb 2.14; 2 Pe. 2.4, Jd 6.

 

E ainda:

a) nossa interpretação se coaduna com o texto imediato;

b) evita todo o problema decorrente da interpretação de que eram anjos;

c) está de acordo com o fato de que os seres humanos também são mencionados no A.T. como filhos de Deus. (cf. Is 43.6; Dt 14.1);

d) condiz com a interpretação do próprio Senhor Jesus que entendia que tais seres eram assexuados; ou seja, não poderiam casar e muito menos procriar.

e) a expressão “tomaram para si mulheres” é usada no V.T. somente com referência ao casamento legítimo; nunca às relações sexuais ilícitas.

 

Existem várias outras teorias relativas à identidade dos Filhos de Deus contrastando com as "filhas dos homens” identificadas no livro de Gênesis.

 

Gênesis 6.1-3.

 

1. E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,
2. viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.
3. Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.

 

Quando os homens começaram a aumentar em número na terra e filhas nasceram para eles, os filhos de Deus viram que as filhas dos homens eram bonitas, e eles casaram alguns deles com aquelas que escolheram.

 

Teorias não são verdades absolutas e nem meias verdades, são apenas teorias. Quando se fala em teorias na bíblia ainda é mais sério o assunto, isso porque não são confiáveis a sua origem e muito menos a sua interpretação.

 

Então vamos às teorias sobre o assunto em epígrafe.

 

1.   Uma teoria é que os filhos de Deus são os descendentes de Sete, a descendência abençoada de Adão.

As filhas de homens, em seguida, são vistas como os descendentes de Caim. Esta é a opinião dada por um escritor que trata do Conflito de Adão e Eva com Satanás desde o Jardim do Édem. Gn.3.15.

 

2.   Uma segunda teoria é que os filhos de Deus são anjos, que vieram à terra e tiveram filhos com as filhas dos homens. Esta opinião é corroborada pela epístola de Judas, segundo os especuladores.

E os anjos que não mantiveram as suas posições de autoridade mas abandonaram a sua própria casa. Ele tem esses mantidos no escuro, vinculados com eternas cadeias de julgamento sobre o grande dia. (Judas 1:6). Este ponto de vista é também baseado no Livro apócrifo de Enoque.

 

3.   Uma terceira teoria gira em torno do fato de que " Elohim " literalmente significa "poder" e é, por vezes, utilizado na Bíblia para se referir a governantes humanos.

 

4.   Uma quarta teoria diz respeito a "filhos de Deus" para os 70 filhos de El e Atirate na tradição Cananéia do Ugarite, a partir de cujo casamento com as titânides (as filhas dos homens), as 70 nações da terra nasceram.

 

Cada cidade ou pessoas tiveram, portanto, a sua própria divindade, com quem tinha um pacto especial (isto é Baal Berite = o senhor do pacto). Este casamento da divindade com as cidades que parece ter paralelos bíblicos também com as histórias da ligação entre Melcarte e Tiro, Javé e Jerusalém; 

Chemoche e Moabe, Tanit e Baal com Cartago, e pode ter sido celebrada anualmente após o ano novo com um “hieros gamos” ou “Sagrado Casamento”, em que um Qadeshtu (Santíssimo?) assumiu o papel de consorte do deus deles, representando aquela cidade.

 

Vimos acima que as teorias são muitas e às vezes exageradas.

Muito se discute na área teológica sobre quem eram os filhos de Deus e as filhas dos homens de Gênesis 6. Os estudiosos da Bíblia realmente não conseguem entrar num acordo sobre este tema.

 

Existem outras várias opiniões sobre o assunto, porém três interpretações aparecem como principais. 


Vejamos quais são essas teorias sobre “os filhos de Deus”.

Primeira: Que os filhos de Deus eram anjos caídos.

 

Segunda: Que os filhos de Deus eram descendentes de Sete que se casaram com descendentes de Caim.

 

Terceira: Que os filhos de Deus eram homens poderosos (governantes e nobres).

 

Abaixo veremos os detalhes de cada uma das três interpretações disponíveis.

 

Sobre a afirmação de que os filhos de Deus de Gênesis 6 eram anjos caídos?

A ideia de que os filhos de Deus de Gênesis 6 eram anjos caídos e que tiveram relações sexuais com mulheres é a interpretação mais antiga e conhecida sobre o assunto.

A principal defesa para essa interpretação é o fato de que no Antigo Testamento a expressão “filhos de Deus” pode se referir a anjos. (Jó 1:6; 2:1; 38:7).

 

Outro ponto que reforça essa teoria é que antigos estudiosos hebreus, como Flávio Josefo, também apresentam essa mesma interpretação, (o que é lamentável ele defender uma teoria que não condiz com a realidade do contexto bíblico). O livro apócrifo pseudoepígrafo de Enoque igualmente defende tal interpretação.

No Novo Testamento, os textos mais utilizados para tentar defender essa opinião estão em 2 Pedro 2:4 e Judas 1:6.

 

De acordo com esta perspectiva teórica, o resultado da união entre as mulheres (filhas dos homens) e os seres angelicais (filhos de Deus) resultou no nascimento de gigantes (no sentido literal). Esses gigantes teriam sido homens notórios e valentes de guerra da antiguidade.

 

Outro texto muito utilizado nessa defesa é Gênesis 19:5. Nele lemos sobre como os homens homossexuais de Sodoma e Gomorra queriam ter relações com os anjos que vieram destruir a cidade.

 

Com base nesta interpretação, estudiosos apresentam o tamanho da desobediência em relação aos mandamentos de Deus.

Eles apontam para a possibilidade de ter existido uma raça mista, ou seja, que não era cem por cento humana, porém meio Anjo e meio humana. Isto teria levado ao Dilúvio mundial como forma de dizimar toda a humanidade, com exceção de Noé e sua família.

 

Refutação bíblica dessas aberrações teóricas.

Para refutar esta interpretação, o texto mais utilizado é Mateus 22:30, onde Jesus diz que “os anjos de Deus não se casam e nem são dados em casamento”.

 

Essa crítica é rebatida pelos simpatizantes desta teoria de que os filhos de Deus de Gênesis 6 são anjos caídos, com o seguinte argumento. Eles dizem que Jesus se referiu aos anjos do céu e não aos anjos rebeldes. Eles também alegam que o texto diz que os anjos não se casam, mas não diz nada sobre a impossibilidade de, em forma corpórea de homem, eles anjos poderem manter relações com mulheres.

Outra critica contra esta interpretação é a questão de que os textos do Novo Testamento de Pedro e Judas utilizados como defesa desta teoria, em momento algum tratam de casamentos angelicais. Além disso, esses textos em nenhum momento se propõem a explicar o evento antediluviano.

Também vale ressaltar que Gênesis 6 diz claramente que a atitude partiu dos “filhos de Deus” e não das “filhas dos homens”. Se essa mistura resultou no Dilúvio, deveria existir então alguma referência mais explicita no próprio livro de Gênesis sobre a punição a esses anjos que iniciaram tal perversidade.

 

Sobre a afirmação de que os filhos de Deus eram os descendentes de Sete?

Segundo esta interpretação, a descendência justa de Sete se misturou com a descendência ímpia de Caim. Em outras palavras, os homens da linhagem de Sete se casaram com as mulheres pagãs da linhagem de Caim.

Nesta interpretação os nephilins (gigantes) resultaram dessa mistura religiosa. Esses homens não eram literalmente gigantes, mas homens ímpios e tiranos que alcançaram fama na antiguidade.

Um dos argumentos para sustentar esta interpretação é o contexto dos capítulos anteriores de Gênesis. Em Gênesis 4 é apresentada a geração perversa de Caim. Já em Gênesis 5 é descrita a descendência justa de Sete. Como sequencia, o capítulo 6 parece mostrar a mistura dessas duas linhagens, culminando numa civilização corrompida.

O problema com esta interpretação é que em nenhum outro lugar no Antigo Testamento os descendentes de Sete são chamados de “filhos de Deus”. Além do mais, a Bíblia não diz que todos os descendentes de Sete eram justos. Na verdade ela indica apenas alguns deles que de fato foram, como Enoque e Noé.

Outro ponto ainda mais discutível é a exigência de uma quebra de padrão de escrita no próprio capítulo 6. No versículo 1 a palavra “homens” parece se referir a humanidade de modo geral. Já no versículo 2, essa mesma palavra teria que se referir à descendência de Caim especificamente.

Por último, também é difícil de explicar por que apenas as mulheres descendentes de Caim é que se casaram com os descendentes de Sete.

Provavelmente homens descendentes de Caim também se casaram com as mulheres descendentes de Sete.

Uma variação desta interpretação defende que os filhos de Deus e as filhas dos homens de Gênesis 6 não necessariamente sejam os descendentes de Sete ou Caim, mas que pessoas piedosas, tementes a Deus, que uniram-se com pessoas pagãs, pessoas ímpias. Então rapidamente todas essas pessoas estavam unidas praticando a maldade de uma forma abominável.

 

Sobre a afirmação de que os filhos de Deus eram homens poderosos?

Esta interpretação defende que a expressão “filhos de Deus” era usada como um título atribuído aos reis, governantes, nobres e homens poderosos da antiguidade no Antigo Oriente Próximo. Esses homens não seguiam os mandamentos de Deus. Ao invés disto, eles praticavam um governo injusto. Eles faziam o que bem entendiam na busca por poder e riquezas.

A união entre esses homens (chamados de filhos de Deus) e as “filhas dos homens” não seria no sentido de realeza e plebe, ou num tipo de união mista religiosamente (homens justos e mulheres pagãs). Essa união seria no sentido de todo tipo de imoralidade que reinava com todo tipo de libertinagem e orgias sexuais inimagináveis, tais como ... (vou omitir essas informações porque são extremamente degradantes).

Eles começaram a praticar a poligamia e promoviam grandes orgias que banalizavam o sentido original e singular da relação entre um homem e uma mulher inicialmente criado por Deus. Tudo isso serviu para disseminar uma depravação moral sem precedentes por toda a humanidade. Nesta interpretação, as “filhas dos homens” não seriam apenas as descendentes de Caim, mas as mulheres em geral.

De acordo com esta posição, nephilins está associado ao termo “gibborim” da raiz “gibbor”. Esse termo significa “homem de força”, “homem de poder” ou “homem de valor e riqueza”. Isto significa que não se tratavam de gigantes em estatura, mas homens poderosos que exerciam governo na antiguidade.

Outro argumento utilizado por quem defende esta posição é o de que a palavra hebraica Elohim não é empregada apenas para se referir a Deus no Antigo Testamento. Essa mesma palavra também é usada para se referir a juízes, magistrados ou homens em posição de destaque (Êxodo 21:6; Salmos 82:1, 82:6).

 

A crítica em relação a essa interpretação é que os nobres, reis e algumas autoridades, às vezes são chamados de “deuses”, e nunca de “filhos de Deus”. 

No entanto, crítica é rebatida com base em alguns antigos targumim aramaicos, que traduzem “filhos de Deus” como “filhos de nobres”.

Outra critica é o fato de nephilins nessa interpretação não se referir a homens de grande estatura, já que em Números 13:33 o mesmo termo é utilizado para se referir às pessoas de grande estatura literalmente.

Existe também uma variação desta interpretação com relação aos gigantes, onde argumenta-se que o texto bíblico não diz que os nephilins nasceram da união entre os “filhos de Deus” e “filhas dos homens”. O escritor de Gênesis simplesmente informa que naquela época existiam gigantes na terra, apenas isso.

 

Gênesis 6 não diz diretamente quem são os filhos de Deus e nem quem são as filhas dos homens.

De fato o livro de Gênesis não se preocupa em esclarecer totalmente o assunto e revelar com exatidão quem eram os filhos de Deus e as filhas dos homens. Na verdade este nem mesmo é o foco principal do capítulo 6 de Gênesis. A mensagem principal do capítulo trata do estado deplorável que a humanidade se encontrava. O texto descreve como o homem estava explorando toda a potencialidade do pecado. A lei moral de Deus estava sendo completamente transgredida. Tudo isto resultou no juízo divino através do Dilúvio.

 

Mas em Gênesis 6 também podemos notar que o plano de Deus é eterno. Seus propósitos não mudam jamais! Aconteça o que acontecer, sua promessa sempre será mantida. Isto fica claro quando lemos Gênesis 6 à luz de seu contexto mais amplo.

 

Gênesis 3:15 registra pela primeira vez na Bíblia uma menção ao plano de salvação. Logo após a Queda do Homem, Deus revelou sua graça ao informar que da semente da mulher Satanás seria esmagado. Em Gênesis 6 vemos a descendência da mulher totalmente corrompida e deprava. Aos olhos humanos parecia que a profecia falharia, pois a humanidade deveria ser destruída. Contudo, ainda havia um justo. Noé achou graça aos olhos de Deus! Isto não aconteceu com base nos méritos pessoais de Noé, mas pela graça soberana de Deus. Em Noé Deus estava preservando o seu plano imutável.

 

Então quem seriam os filhos de Deus e as filhas dos homens em Gênesis 6?

É bem difícil afirmar qual a linha de interpretação é mais correta. Na verdade pode-se dizer que é impossível eleger qualquer uma das interpretações como a posição oficial das Escrituras. Ao longo do tempo, importantes estudiosos têm se pronunciado de forma diferente sobre este tema. As opiniões ficam divididas porque existem fraquezas em todas as interpretações.

 

Particularmente acredito que a pior de todas as interpretações (teorias) é aquela que diz que os filhos de Deus e as filhas dos homens são anjos se relacionando com mulheres (seres humanos). De fato não há qualquer embasamento bíblico para tal interpretação.

 

É verdade que Pedro e Judas falam sobre anjos rebeldes em suas epístolas. Mas em nenhum momento eles afirmam que tal rebeldia se refira ao relacionamento entre anjos e humanos. Também é verdade que os anjos, segundo a permissão de Deus, podem assumir forma humana de acordo com o evento em Sodoma. No entanto, isto nunca como precedente para relações sexuais entre anjos e mulheres. Também prefiro não acrescentar dupla interpretação às declarações de Jesus em Mateus 22:30 e Marcos 12:25.

Agora nos restam duas possibilidades. Os filhos de Deus e as filhas dos homens fazem referência aos descendentes de Sete e Caim?

Ou será que fazem referência ao relacionamento entre homens poderosos e mulheres em geral?

O Novo Testamento até identifica os seguidores de Cristo como sendo “filhos de Deus” (Mateus 5:9; Romanos 8:14; Gálatas 3:26). Mas isto serviria para estabelecermos que a expressão “filhos de Deus” em Gênesis 6 também se refere aos representantes do verdadeiro culto ao Senhor? É difícil saber, pois o Novo Testamento usa essa expressão para indicar a adoção filial dos escolhidos de Deus em Cristo Jesus (Efésios 1:5); enquanto que em Gênesis 6 essa mesma expressão deveria misturar o conceito de pessoas tementes a Deus a uma genealogia específica, a genealogia de Sete.

 

Talvez a melhor possibilidade seria tentar combinar as duas interpretações restantes.

Existe a possibilidade de que os “filhos de Deus” de Gênesis 6 tenham sido homens poderosos que acabaram promovendo um ambiente de terrível imoralidade por causa do poder e influência que desfrutavam. Essa depravação teria culminado, inclusive, numa mistura entre justos e ímpios pagãos que corrompeu a todos. Mas tudo não passa de uma especulação.

 

Esclarecendo quem são os filhos de Deus de Gênesis 6 e quem são os gigantes.

Quanto à questão dos gigantes, o texto de Números 13:33 é bastante curioso nesse sentido. O texto mostra que ser fruto de um relacionamento entre anjos e mulher não é um pré-requisito para ser considerado alguém de grande estatura no sentido literal nas referências bíblicas. Se fosse esse o caso, teríamos que admitir que o mesmo problema de Gênesis 6 havia se repetido na época registrada no livro de Números.

Além disso, há também o conhecido personagem de grande estatura chamado Golias. Obviamente o gigante Golias não era filho de um anjo com uma mulher. Também não é possível dizer que os gigantes de Números ou mesmo Golias fossem descendentes desses homens pré-diluvianos.

 

A Bíblia é clara ao afirmar que apenas Noé e sua família sobreviveram ao Dilúvio.

Também é importante dizer que mesmo os homens de grande estatura que a Bíblia se refere, não possuíam um gigantismo fantasioso. Golias, por exemplo, teria tido uma altura aproximada de 3 metros. Isto não é nada tão absurdo quanto o imaginário popular fantasia. Inclusive, já foi documentado a existência de um homem que alcançou cerca de 2,70 metros de altura em tempos modernos, algo bem próximo a estatura de Golias.

Então os gigantes que aparecem em Gênesis 6 provavelmente eram homens poderosos e de grande fama da antiguidade. Eram valentes que conseguiram tal reputação principalmente por serem impiedosos e maus.


Conclusão

Este capítulo faz um relato das condições que levaram ao dilúvio. Aqueles dias se assemelham com a época em que nós vivemos hoje.

 

O povo de Deus é a força que preserva os valores em uma sociedade. Gn. 6.1-2; Mateus 5:13.

Quando os que professam ser santos começam a perder e a comprometer seu testemunho, os tempos se tornam desesperadores. Isto é o que ocorreu antes do dilúvio. Em Gênesis 4, percebemos que os descendentes de Caim, que embora se excederam em algumas áreas da cultura, desviaram-se mais e mais de Deus, e daquilo que era correto. Em Gênesis 3:25 a 4:32, nós temos a lista dos descendentes de Sete. A maioria deles era temente a Deus. Em Gênesis 3:26 pudemos notar que nos dias de Enos eles se separaram para a adoração pública. Eles foram o sal da terra.

Em Gênesis 6:1-2, temos um triste relato da decadência espiritual deles. Isto teve início quando eles começaram a se casar somente com base na atração física. Em todas as épocas, Deus tem pedido ao seu povo que somente se casem com aqueles que da mesma maneira servem ao Deus verdadeiro. Isto é para o conforto e crescimento espiritual deles, como também para benefício de suas crianças. Deuteronômio 7:2-4; Êxodo 34:14-16; 1Coríntios 7:39; 2Coríntios 6:14.

 

 

O estado do homem antes do dilúvio, Gn. 6.3-5.

 

1. Antes do dilúvio o homem resistiu ao trabalha e ao esforço de Deus em preservar-lhes a vida. Isto envolveu a recusa deles em ouvir os pregadores da verdade (Enoque, Noé) e a luta de Deus em suas próprias consciências. Ainda hoje, as restrições ao pecado são gradualmente eliminadas. Jesus bate na porta do coração, mas como Ele é educado, só entrará na vida do ser humano se o homem, mulher, abrir a porta pra Jesus entrar e fazer nele morada.

2. O homem se recusou a tirar proveito da maravilhosa misericórdia de Deus. Deus deu ao homem um espaço de tempo de 120 anos para se arrepender. Tempo que Noé gastou para construir a Arca, mesmo sob forte perseguição e críticas de todos os lados.

3. No versículo 4, vemos que os homens brutos e maus eram os líderes e heróis daquele tempo, assim como em nosso tempo. Os filhos destes casamentos, ajuntamentos, mistos se tornaram famosos na sociedade, mas não diante de Deus.

4. O versículo 5 revela que a mente dos homens se tornou um esgoto do pecado. Só precisamos ligar os meios de comunicação para termos exemplos modernos disto. Linguagem baixa e impureza sexual são o tema constante. Ninguém pode sair em público sem que ouça e ou veja conversas profanas e sujas, bem assim como atos abomináveis nas ruas, praças, calçadas e avenidas, nas cidades ou na zona rural, portanto em qualquer lugar.


Os dias de Noé foram de uma abominação terrível contra Deus assim como é hoje. Lucas 17:26.

Nosso Senhor Jesus Cristo apontou que as características da vida antes do dilúvio reapareceriam antes da Sua segunda vinda. Tendo em vista as condições atuais, como isto nos instiga a olharmos para a vinda de Cristo que está tão próxima.

 

Notemos as características mencionadas daquele tempo com relação ao nosso tempo atualmente.

1. Uma forte preocupação com o prazer físico. É o chamado vale tudo em nome da felicidade. Lucas 17:27.

2. Explosão do conhecimento. Há uma busca constante de se modernizar e se reciclar em nome de uma sociedade sofisticada e com conhecimento de assuntos gerais em favor do isolamento da religião e de tudo a ela relacionada. Gênesis 4:22.

3. Atitudes materialistas, absolutistas, agnóstica e socialista.  Lucas 17:28.

4. Rejeição à Palavra de Deus em nome de um relacionamento maior com o que é comum. (Comunismo). 1 Pedro 3:19.

5. Aumento controlado da população, mesmo que tenham que apoiar o aborto. Gênesis 6:1 e 11.

6. Aumento exagerado da propagação e valorização da violência através dos esquecidos da sociedade.   Gênesis 6:11-13.

7. Atividades sexuais ilícitas sem precedentes. Gênesis 4:19.

8. Disseminação desenfreada da blasfêmia contra Deus e contra tudo o que é sagrado. Judas 15.

 

Deus se arrependeu de haver criado o homem (ser humano). Gn. 6.6-7.

O versículo 6 nos diz que Deus se arrependeu ou mudou sua vontade a respeito da criação do homem. É claro que isto é linguagem de retórica. Deus está falando como se Ele fosse homem. Estritamente falando, Deus nunca muda Sua vontade, pois Seus planos são eternos e imutáveis. 1 Samuel 15:29; Romanos 11:29.

Esta forma de linguagem é usada para nos ajudar a entender a mudança que ocorreu no homem desde a criação, bem como a ira de Deus sobre a sua criação que deixou de adora-lo e passou a adotar o pecado como regra de vida. Mesmo Deus tendo criado o homem, Ele deve julgá-lo pelos seus pecados.

 

Mesmo vendo que o homem lhe deixou por completo, Deus lhe proporcionou uma saída, através de Noé, para continuidade da raça humana. Gn.6-8.

Aqui temos o primeiro ato de Deus para demonstrar a sua infinita misericórdia na Bíblia em favor da humanidade. Ela ocorre durante a época da maior depravação do homem. A graça de Deus pode parecer muito restrita aqui, mas vamos lembrar que através deste único homem, a raça humana foi preservada.

Muitos, quando lêem o versículo 8, vêem somente a justiça de Deus em não destruir um homem justo juntamente com o ímpio. Entretanto, isto está longe do significado da graça. Na verdade, Noé era um homem justo, vers. 6, mas lembre-se de que foi a graça de Deus que o fez assim. 1 Coríntios 15:10.

 

A nova família que povoou a terra. Gn. 6.9-10 nos fala da família de Noé.

Estas Escrituras nos dão mais informações a respeito de Noé. Ela nos fala de sua vida justa e de seu caminhar com Deus. O versículo 10 menciona seus três filhos. Através deles a terra foi repovoada.


A determinação de Deus para Noé. Gn. 6.12-13.

Quando o pecado se espalha velozmente, o julgamento está próximo. Deus criou o homem santo e o colocou no jardim do Édem para viver eternamente em santidade e em plena comunhão com Deus. Através do pecado o mundo tornou-se uma “selva de pedras, cheia de maldade e violência”. O julgamento acompanha o pecado mesmo que alguém queira se esconder detrás de uma aparente santidade.

 

Em Apocalipse 21.6-8 temos as seguintes advertências:

6. E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.

7. Quem vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

8. Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.