segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

JESUS CRISTO FOI PREGADO NA CRUZ

JESUS CRISTO FOI PREGADO NA CRUZ

Quando Jesus carregou a cruz até o Gólgota para ser crucificado, ninguém estava pensando na cruz como ato simbólico de um fardo qualquer que qualquer um podia e deveria carregar. Para uma pessoa no primeiro século, a cruz significava uma coisa única: alguém ia morrer pregado naquela cruz. A morte de cruz era um dos meios mais dolorosos e humilhantes que os seres humanos poderiam imaginar.

Mais de dois mil anos depois, os cristãos teimam em ver a cruz como um símbolo de expiação, perdão, graça e amor, porém, quem nos expiou dos nossos pecados foi e é Jesus, quem nos deu e nos dá o perdão todo dia é Jesus, quem é cheio de misericórdia, graça e amor para conosco é Jesus. No entanto, nos dias de Jesus, tanto antes como depois, a cruz representava e representa nada mais que uma morte horrenda, com muita tortura e sufocante. Os romanos obrigavam os criminosos condenados a levar suas próprias cruzes ao lugar da crucificação, carregar uma cruz significava transportar o seu próprio instrumento de execução enquanto enfrentava zombaria ao longo do caminho até a morte.

Portanto o próprio Senhor Jesus disse: "tome a sua cruz e siga-me"; isso significa estar disposto a morrer para seguir Jesus. Isso é chamado de "morrer para si mesmo". É um apelo à rendição voluntária e absoluta ao Senhor Jesus. Depois que Jesus ordenou tomar a cruz, Ele disse: "Pois quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; quem perder a vida por minha causa, esse a salvará. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?", o que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? (Lucas 9:24-25; Mateus 16:26; Marcos 8:35-36). Embora a chamada seja difícil, a recompensa é incomparável e inenarrável.

A cruz nunca fez nada de bom pra ninguém, ela foi criada para fazer o mal, ela sempre foi utilizada para executar a maior maldade de todos os tempos para todos os que foram crucificados nela, inclusive os inocentes. O maior de todos os crimes da cruz foi o sacrifício de Jesus Cristo o Filho de Deus. Jesus Cristo o Filho do Deus vivo foi executado na cruz do calvário, a mando dos seus executores que eram os maiorais das religiões daquele tempo, sem ter cometido nenhum pecado e nenhum crime, Ele era inocente.

O símbolo da cruz é usado de tantas formas que às vezes engana as pessoas, por exemplo, a gente vê cruz no cemitério, cruz no hospital, cruz em tatuagens, cruz em igrejas, vemos cruz em filmes de terror e até em grandes acontecimentos da história, vemos cruz no pescoço, vemos cruz numa correntinha, vemos cruz em objetos de missas e cultos de diversas crenças.  Mas será que a cruz deveria ser adorada ou venerada como se ela fosse de fato algo tão importante assim no cristianismo já que tantas entidades religiosas endossam estas atitudes?

Alguns exorcistas, em nome de uma religião ou de uma santidade superior aos outros seres humanos que julgam ter, chegam até ao extremo de dizer que se apontar a cruz para uma pessoa possuída por legiões de demônios, que eles batem em retirada. Ledo engano, só através do nome de Jesus que os demônios são expulsos.

Mas qual o significado de uma cruz feita de dois pedaços de troncos de árvores? Já passou pela sua cabeça que, com tanta repetição, o significado deste símbolo da idolatria não seja tão óbvio a ponto de ser adorada e venerada quanto parece merecer e até por aqueles que já se converteram a Jesus e foram lavados pelo sangue de Jesus Cristo derramado no sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário para nos libertar da escravidão do pecado e da idolatria?

Talvez muitas pessoas já viram este símbolo várias vezes e até o usaram antes de sua conversão a Cristo, mas nunca foi dito a elas o significado bíblico da cruz de uma forma mais consistente de acordo com a Bíblia. E quando pensamos em nós hoje, depois de tantas coisas que aconteceram ao longo da história e diferentes opiniões escritas e faladas, não é esquisito que cada pessoa, quando olha para um símbolo do cristianismo como o da cruz de Cristo, tenha uma ideia diferente? Sim, a cruz de Cristo e seu sacrifício podem ser usadas de várias formas e possui, sim, vários significados, por isso é importante pensarmos nesse assunto e vermos que no decorrer da história a cruz foi considerada o maior instrumento de maldição de todos os tempos, pois sua finalidade era a de torturar e punir com extrema maldade até à morte as pessoas que fossem condenadas pelas autoridades da igreja daquela época até derramar a última gota de sangue e de dar o último suspiro.

Primeiro ponto: Pense que o significado da cruz, lá na época que Jesus morreu, era um instrumento de punição e execução, formado por duas toras de madeira para castigar os piores criminosos, assaltantes, ladrões, homicidas ou escravos rebeldes daquela época, mas principalmente os que desobedeciam as leis e as ordens dos sacerdotes. As pessoas da sociedade consideravam a pior e mais vergonhosa forma de execução a morte de cruz, aquilo era uma maldição, segundo as tradições milenares desde o Velho Testamento.

Segundo ponto: A cruz nem era usada como um símbolo para os cristãos do primeiro século, afinal, era sinônimo de tortura, de dor e de sofrimento. Anos mais tarde os cristãos começaram a usar esse símbolo que não é sagrado coisíssima nenhuma, como se fosse sagrado, por influência das lideranças religiosas que muito gananciosas viram ali uma oportunidade de ganhos fáceis e uma maneira fácil de manipular os fiéis da igreja.

“Em 13 de setembro de 335, foram consagradas, em Jerusalém, duas igrejas: a da Ressurreição e a do Martyrium. No dia seguinte, com uma cerimônia solene, houve a ostensão da Cruz, que a Imperatriz Helena havia encontrado, em 14 de setembro de 320.

Em 614, Cosroes II, rei dos Persas, travou uma guerra contra os Romanos e, depois de derrotar Jerusalém, levou consigo, entre os diversos tesouros, também a Cruz de Jesus. Heráclio, imperador romano de Bizâncio, propôs um pacto de paz com Cosroes, que não aceitou. Diante da sua negação, entrou em guerra com ele e venceu, perto de Nínive, e pediu a restituição da Cruz, que a levou de volta a Jerusalém”.

A seguir vejam um trecho da celebração da adoração da “santa cruz" pelos católicos no dia da sexta-feira da paixão, também chamada de sexta-feira Santa.

“Obrigado, Maria, por teres também Tu carrega­do a cruz. Obrigado pelo Teu chamamento a permane­cermos junto à cruz e nos consagrarmos a ela:

Diz o texto de exaltação e adoração à cruz: 

"Queridos filhos! Nestes dias de novena em preparação à festa da Exaltação da Santa Cruz, quero convidá-los a colocarem a cruz no centro de su­as vidas. Rezem especialmente diante da cruz, da qual derivam grandes graças. Nestes dias, façam em suas casas uma consagração especial à cruz. Prometam não ofender a Jesus nem à cruz, e não blasfemem.

Obrigada por terem respondido à minha chamada". (12/09/1985).

E continua a missa de adoração à Santa Cruz do dia de sexta-feira da paixão em todos os anos e em todos os lugares onde tem o domínio do catolicismo, com os seguintes dizeres:

“No início desta adoração, ó Maria, atendendo ao Teu convite, me consagro à Cruz. Fica ao meu lado neste momento e faze que a minha consagração seja total!

Ó Cruz,  me consagro a ti.  Renuncio aos meus pecados e a todos os pecados que se cometem no mundo. Renuncio a todas as ofensas praticadas por mim e pelos outros. Envergonho-me, Jesus, de ter pecado, de ter ofendido a Ti e ao sinal da minha salvação. De hoje em diante, porém, que­ro pertencer só à Tua Cruz. Que ela seja para mim o sinal único de esperança e salvação”.

Aos poucos foi se firmando na história o valor da cruz como um objeto de idolatria assim como todos os outros objetos de idolatria adotados no catolicismo a ser venerado e adorado pelos fiéis católicos e isso passou a lhes dar posição de destaque além de lhes render muito dinheiro.

Terceiro ponto: Durante este período da história, a cruz foi usada em práticas denominadas “cristãs”, mas que em nada tem relação com a mensagem bíblica do Cristianismo. Por exemplo: a cruz foi o símbolo das cruzadas no século XI, e também vemos a cruz nas velas das caravelas europeias em busca de novas terras para colonizar. Sabemos que, no geral, esses eventos causaram mortes, destruição, guerras e muito derramamento de sangue, na maioria dos casos de inocentes.

O mais importante é entender que, embora seja o mesmo símbolo e foi associado à fé cristã, a cruz de Jesus não tem ligação com essas atitudes de associação com a idolatria. A cruz se tornou um objeto de idolatria tirando totalmente o foco do que ela sempre significou que é o da maldição e da morte horrenda que nela está configurada.

O erro humano, de interpretações erradas, não pode apagar o verdadeiro sentido da mensagem que Deus enviou ao mundo ao permitir que Seu filho Jesus morresse daquela forma. Portanto Jesus morreu crucificado para nos salvar porque somos pecadores e merecedores de tal castigo. Jesus morreu ali em nosso lugar, porém  no terceiro dia ressureição trazendo consigo a certeza da salvação para todo aquele que nEle crer. Não podemos dar mais valor na cruz do calvário do que na ressurreição de Jesus no terceiro dia. Jesus está vivo, seu túmulo está vazio, Jesus ressuscitou e está à direita do trono de Deus na glória celestial.

A cruz de Jesus é o símbolo do cumprimento das profecias da bíblia, anunciadas pelos profetas da antiguidade, e principalmente, o cumprimento da promessa feita por Deus lá no jardim do Éden, (Gênesis 3:15), de que a serpente lhe feriria o calcanhar porém Jesus o Filho de Deus esmagaria a cabeça da serpente e que viria como um redentor para derrotar a morte, através do seu sacrifício puro e vicário na cruz do calvário. Ele é Jesus, Ele é que deve ser adorado e não a cruz.

Então, quando você for compartilhar a mensagem da cruz com seus amigos não se esqueça, que os erros históricos não têm ligação com o que foi determinado por Deus para a nossa salvação. Além disso lembre-se que a cruz carregada por Jesus até o calvário é símbolo de morte e vazia, quando tiraram o corpo de Jesus de lá, ela continuou sendo  é símbolo de morte do mesmo jeito. Dalí por diante temos que comemorar é a ressurreição de Jesus, porque Jesus ressuscitou ao terceiro dia para nos trazer perdão, salvação e vida com abundância, inclusive a vida eterna na glória celestial.

Isso significa que nós antes de aceitarmos a Jesus como nosso Único e suficiente Salvador de nossas almas, estávamos mortos em nossos delitos e pecados, inclusive do pecado original de Adão e Eva, mas ao aceitarmos a Jesus ressuscitamos nas águas do Batismo com Jesus, para a vida eterna e por isso não precisamos morrer nesta cruz ou de adorarmos à cruz. O Cristão neoconverso ao descer às águas do batismo significa que sua velha natureza do pecado está sendo sepultada ali e que você nasce dali, ao sair das águas do batismo, com uma nova natureza, a natureza de Cristo, ou seja, significa que a morte do pecado original, da vaidade, do egoísmo e de todo tipo de pecado da sua velha natureza ficaram sepultadas ali. Dali em diante você é uma nova criatura em Cristo e poderá profetizar a seu respeito que as coisas velhas ja passaram e eis que tudo se fez novo em sua vida. Agora você é uma nova criatura em Cristo.

Vamos juntos combater o egoísmo, o egocentrismo e todo medo de anunciar a mensagem de salvação, onde Jesus Cristo é o centro de todas as atenções e não dois pedaços de madeira. A promessa foi cumprida, e o inimigo, a morte, foi derrotado, não precisamos florear ou exagerar esta mensagem, apenas proclamá-la. Ela é loucura sim, mas para os que se perdem, porém para os que foram chamados ela é poder e sabedoria de Deus. (1 Coríntios 1:24). Deus usou um fato de maldição para nos mostrar seu grande amor e nos libertar da escravidão do pecado.

Porquê dar ênfase à cruz se ela era e continua sendo uma mensagem de maldição e não de libertação?

Ele, Jesus, deixou toda a Sua glória e veio ao mundo trazendo salvação aos homens. Jesus assumiu a responsabilidade de morrer em nosso lugar naquela cruz horrenda.  

Algo de suprema importância e significância aconteceu, Jesus se fez homem para pagar por nossos erros e pecados. Realmente Deus cumpriu a promessa de Gênesis 3.15 e se importou tanto em cumprir a Sua palavra que amou incondicionalmente a raça humana.

A encarnação ou o nascimento do Senhor da Glória, Jesus, entre os homens revela amor absoluto de Deus para conosco e intenso desejo em nos salvar. Na cruz, tudo fez Jesus por nós, Ele foi levado ao matadouro, porém como ovelha muda, não abriu a Sua boca.

Havia uma justiça que o próprio Deus requeria para Si. Hebreus 9:22, “Sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”. Jesus, na cruz, cumpriu com toda a justiça de Deus. A cruz ou melhor dizendo, o sacrifício de Jesus na cruz do calvário é o pleno cumprimento da justiça de Deus em nosso favor.

2Coríntios 5:21, “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que, nEle, fôssemos feitos justiça de Deus”. Só existe uma maneira de sermos feitos justiça de Deus, é através do sacrifício vicário, (substitutivo) de Jesus na cruz. Quem deveria estar lá naquela dura cruz éramos nós e não Jesus.

Foi preciso Jesus deixar Sua glória e assumir a forma de servo como um ser humano, Filipenses 2:6-8, “pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens, e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz”. Jesus deixou a Sua glória e se fez carne. João 1:14, “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai”. O Senhor se importou e veio até nós. Não nos deixou à mercê do pecado e do inimigo. Pagou o preço do resgate de nossas vidas com a sua própria vida. Que amor é esse? Porventura alguém nos amou tanto assim? João 15:13, “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos”. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crêr não pereça mas tenha a vida eterna”. João 3.16.

Como posso brincar de ser crente diante de tão grande amor? Como não amar alguém que me ama tanto? O amor de Jesus para conosco é um amor incondicional.

O amor dEle por nós consistiu não só na Sua encarnação num corpo humano como também em Sua morte na cruz.

Só alguém que ama tanto assim poderia ter dado sua vida por nós na cruz. Suas Palavras, Suas ações e Sua vida, é puro amor. Seu nascimento, vida e morte foi de um simples e humilde servo.

Marcos 10:45 “Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”.

Ele veio do céu cheio de graça e verdade. O apóstolo João teve o privilégio de ver Sua glória, (João 1:14). No monte da transfiguração, Pedro, Tiago e João viram a glória de Jesus. Mateus 17:2. “E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz”. Diante de tão excelente glória, os discípulos caíram de bruços. (v.6). Quem poderia ver a face de Deus e permanecer vivo? Ninguém! Quando Moisés viu a glória de Deus pelas costas, a glória era tão grande que o seu rosto refletia de um modo sobrenatural. (Êxodo 34:29-30). Moisés conheceu a glória ou presença de Deus. Para ele, bênção era ter a presença de Deus, a glória de Deus, a Luz de Deus, o rosto de Deus. Veja a bênção que ele proferiu em Números 6:23-26. “Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Assim abençoareis os filhos de Israel e dir-lhes-ei: O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”. Bênção é ter a presença gloriosa de Deus; é andar em Sua luz, é estar diante do Seu rosto que reluz.

O Senhor Jesus veio não só para nos salvar como também para nos abençoar. Pois Ele veio para nos resgatar do império das trevas. (Colossenses 1:13). Veja também Lucas 1:77-79 “para dar ao seu povo conhecimento da salvação, no redimi-lo dos seus pecados, graças à entranhável misericórdia de nosso Deus, pela qual nos visitará o sol nascente nas alturas, para alumiar os que jazem nas trevas e na sombra da morte, e dirigir os nossos pés pelo caminho da paz”. Bênção é ter Jesus, nossa Luz. É ser filho a luz; andar na luz. Maldição é viver nas trevas, sem a luz, que é Jesus. A maldição esteve presente na cruz do Calvário. Toda a maldição foi lançada sobre Jesus ali no calvário. As Escrituras dizem que, do meio dia até às três horas da tarde houve trevas sobre a terra. Mateus 27:45 “Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas sobre toda a terra”. Trevas é maldição! Maldição é não ter a presença gloriosa de Deus. Na cruz houve trevas. Foi como se Deus retirasse Sua glória daquele lugar, mais especificamente, sobre Jesus, seu amado Filho. Naquele momento, por volta da hora nona, Jesus não suportando mais a ausência de Deus, gritou: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? (v.46). Na cruz o Senhor se fez pecado por nós, se fez maldição em nosso lugar.

A prova disso foram as trevas, o afastar-se da glória do Pai. Houve maldição na cruz, a cruz era para os malditos (Deuteronômio 21:23); Jesus se fez maldito em nosso lugar. Gálatas 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado em madeiro)”.

Jesus sentiu toda a maldição da cruz e acabou com toda a maldição que nos esperava, porque nós é que éramos dignos de morte de cruz.

Na cruz, Ele levou nossa maldição. Na cruz, em meio às trevas, Jesus experimentou o inferno por nós. Lugar este, onde não há a luz e a presença gloriosa de Deus. O inferno é terrível por que nele não há a presença de Deus. Em contrapartida, o céu é e sempre será maravilhoso devido a presença de Deus e porque é cheio da glória de Deus. Apocalipse 22:5 “Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos”. No céu haverá só luz, só bênção.

A maldição não entrará no céu porque Jesus tirou, através da tortura que sofreu em uma cruz, onde, ao expirar, pagou o preço da nossa redenção e ao ressuscitar eliminou toda a maldição que estava sobre nós.

Apocalipse 22:3-4 “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela, estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos o servirão, contemplarão a sua face, e na sua fronte está o nome dele”. Jesus acabou com a maldição da morte de cruz, pois por ela, a Luz veio morar em nós. Após a ressurreição, Jesus Cristo se tornou a nossa luz que nos ilumina no meio das trevas e nos fez luzeiros no meio das trevas, a maldição se foi e Jesus Cristo é anunciado como o Salvador único e suficiente de nossas almas. Jesus levou sobre si a maldição do pecado original na cruz do Calvário para que pudesse ver pelos olhos da fé como a bênção de Deus chegou para cada um de nós.

Jesus é nossa bendita e eterna bênção de salvação. Apenas quem O segue terá a bênção da Sua luz e da Sua glória eterna nos ares celestiais (João 8:12). A maldição dos nossos pecados foi levada na cruz por Aquele que se fez maldito em nosso lugar para nos salvar, o nome dEle é Jesus Cristo o Filho de Deus, aceite-O de coração, Ele hoje quer te salvar.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

MODERNIDADE EXTREMA NO MEIO EVANGÉLICO

MODERNIDADE EXTREMA NO MEIO EVANGÉLICO

 

Modernos líderes religiosos e seus falsos profetas.  

O modernismo teológico adentrou nas igrejas e “possuiu” uma grande quantidade de lideranças causando transtornos irreparáveis e irreversíveis aos bons usos e costumes, e principalmente à doutrina sadia e conservadora da Bíblia Sagrada. Atualmente esses “super ministros de Deus” como se autodenominam, abandonaram a Apologética Bíblica tão necessária para a edificação e defesa da fé e adotaram um sistema de apologia, adoração e exaltação pessoal em lugar da exaltação única e exclusiva a Deus. A advertência do Apóstolo Paulo aqui é necessária ser aplicada. Leiam Gálatas 6.7 “De Deus não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também colherá”.

Os modernos e falsos profetas ou os profetas, pastores, líderes evangélicos do engano estão atuando intensamente neste tempo do fim e são tão extremamente enganadores que até “inspiram uma certa confiança”. Coitado dos que não conseguem identificá-los.

O profeta Ezequiel enfoca, no capítulo 34, quatro pontos importantes sobre a figura do pastor, a saber: Os pastores infiéis, (Ez 34.1-10), Deus, na pessoa de Jesus, como o futuro bom pastor, (Ez 34.11-16), O julgamento entre as próprias ovelhas, (Ez.34.17-22) e O Messias como o pastor de Deus para apascentar as suas ovelhas. (Ez 34.23-31).

O profeta Ezequiel nos trás uma mensagem de Deus, firme e segura sobre os pastores infiéis e o bom Pastor.

Ezequiel 34.2-4 diz:

2. Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?

3. Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.

4. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

Também o profeta Jeremias profetizou acerca dos maus pastores.

Jeremias 23.1-4 diz:

1. Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz o Senhor.
3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e se multiplicarão.
4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão, nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.

Jesus falou sobre os mercenários e o estrago que eles fazem na obra de Deus.  Jesus falou que os mercenários da fé no mundo moderno não têm limites para enganar o povo.  

Durante um de seus ensinos, Jesus afirmou aos seus discípulos que Ele era a “porta das ovelhas”. Jo 10.7. Além disso, arrogou a si o título de “bom pastor”. Jo 10.11. Todavia, alertou aos discípulos sobre a existência de mercenários.

O que vem a ser um mercenário? De acordo com o dicionário da Bíblia do Obreiro, mercenário significa “aquele que trabalha apenas pelo salário”, trabalha somente para proveito próprio. Nesta definição, notemos a palavra “apenas”. Isto quer dizer que um mercenário trabalha exclusivamente para satisfazer os seus desejos avarentos, o seu egocentrismo, o seu egolatrismo, deixando de lado outros aspectos relacionados com o que esteja empenhado a fazer no trabalho oficial de ministro de Cristo e na ministração oficial no templo. Para o mercenário, o compromisso maior é com ele mesmo. O negócio deles é trabalhar pelo seu negócio e fazê-lo render dinheiro, muito dinheiro.

Sabendo disso, Jesus traçou um paralelo entre Ele e o mercenário. Ao fazer isso, o nosso Mestre apontou algumas características importantes que identificam um interesseiro dos bens alheios.

A primeira característica de um mercenário já foi explicada pelo seu próprio conceito, isto é, pessoa que investe tempo, trabalho e recursos em prol dos seus próprios interesses. Será que você não conhece algum líder que se encaixa direitinho nessa concepção? Alguns pregadores “até avivalistas" servem-nos de exemplo, com raras exceções. Basta pesquisarmos nas redes sociais e assistirmos durante alguns minutos, a arte de conseguir dinheiro facilmente é bem explícita e está no DNA dessas pessoas. Eles e ou elas agem com muitas mentiras e espírito de engano.  

A segunda característica ou marca identificadora de um mercenário é que ele “não é pastor”, não se comporta como tal, mas finge e declara com muita ênfase que é pastor, são sempre adeptos da libertinagem e do exagero, são extremistas, uma hora se apresentam como muito crentes, outras horas são desviados. Não têm perseverança. Jo 10.12, utilizam o nome de pastor e outros títulos chegando a considerarem-se que são um “vice Deus” aqui na terra e no céu. Se ele não é pastor e verdadeiramente sequer é um verdadeiro discípulo de Cristo, porque está exercendo uma função sem ser chamado e sem ser separado pelo Senhor Jesus: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Ef. 4.11. Por isso, quantos não estão em pecado? Fazem vistas grossas para o pecado deles e do povo.

A terceira característica ou marca que identifica um mercenário. O Senhor Jesus pontuou também a terceira característica de um venal: “de quem não são as ovelhas”. Jo 10.12. Se o mercenário não é pastor, logo não tem autoridade delegada por Deus para cuidar de uma igreja. Eis a explicação de muitas igrejas acabarem indo a bancarrota, pelo simples fato de terem como líder um mercenário.

A quarta característica do mercenário é que geralmente ele é covarde e mentiroso. A covardia também assinala a identidade desse interesseiro. Ele “vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge”. Jo 10.12. A ação do covarde deixa as ovelhas à mercê do lobo, que pode ser considerado outro tipo de líder que não vamos falar sobre ele aqui. Isso significa que as ovelhas, a igreja que está sendo “pastoreada” ficam vulneráveis a falsos ensinos, a modismos litúrgicos e a uma vida descompromissada com o Evangelho de Cristo. Os novos conversos não amadurecem na fé; tampouco os mais antigos na fé conseguem progredir espiritualmente. Hb. 5.12.

A quinta característica de um mercenário é que geralmente ele é um falsário. Por fim, Jesus resume quem é, de fato, esse falsário: “Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas”. Jo 10.13. Por isso, podemos inferir que, na cabeça do mercenário, sempre soa a seguinte pergunta: “Para que cuidar das ovelhas se o que realmente importa é viver do que elas podem me oferecer?”.

Portanto, amados, refutemos com a Bíblia os ensinos e as práticas desses avarentos, bem como oremos para que o Senhor Jesus os repreenda e os tire da frente do rebanho, da frente da igreja que é lavada e remida pelo sangue de Jesus.

Os falsos profetas, falsos pastores e os falsos líderes evangélicos geralmente são também muito profanos e permissivos; não se importam com a vida espiritual do povo e geralmente deixam o povo à vontade para fazer o que quiser desde que contribuam financeiramente. O pecado, pra eles, é quem cometeu tal pecado e não que o pecado seja pecado para qualquer pessoa que o cometa.

"E farão negócio de vós". Muitos falsos profetas dos tempos modernos estão seguindo à risca os falsos profetas do passado, apenas modernizaram os métodos do espirito do engano.

2 Tessalonicenses 2.2-12 diz:

2. que não vos movais facilmente do vosso entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto.

 3. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

 4. o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.

 5. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?

 6. E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.

7. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;

8. e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;

9. a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,

10. e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.

11. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira,

12. para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.

É de causar inveja e de estremecer os túmulos dos falsos profetas dos tempos de Jeremias quando profetizava que os tempos de escravidão estava chegando para o povo hebreus, os reis e sacerdotes desviados dos propósitos de Deus contratavam outros profetas para profetizar somente aquilo que agradava o rei e castigavam o profeta Jeremias dizendo que ele não profetizava do Senhor,  mas sim era um perseguidor do rei.

"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita". 2 Pedro 2:1-3.

Falsos profetas nunca vão dizer que são falsos profetas. Vão sempre focalizar no que poderão fazer para que as pessoas sejam impactadas com suas posições "teológicas avançadas" nos momentos de crise emocional das pessoas em diversas áreas da vida e do cotidiano.

Há também de se considerar que falsos doutores só são descobertos depois de causar muitos traumas e frustrações e estragos emocionais para as pessoas que acreditaram neles, e ainda acrescentamos que esses falsos profetas, falsos doutores, sempre agem com palavras fortes no que diz respeito ao dinheiro, prometendo soluções rápidas na vida financeira, na vida sentimental, enfim na saúde e em outras áreas.

Prometem muito sucesso, prometem bom emprego, prometem muitas propriedades, desde que dêem tudo que têm para suas "obras". São verdadeiros mercenários da fé. São empresários dos milagres; se os seus seguidores têm dinheiro,  alcançam o milagre mais rapidamente. Quanto mais dinheiro investem nos seus líderes,  mais milagres têm. É o tempo do "vale quanto tem".
Os incautos infelizmente são enganados, são levados pela correnteza do espirito de engano. Serão negociados como se mercadoria fossem.  Serão vendidos e até prometidos como garantia de "altos negócios" ou de "negócios lucrativos". A única coisa que não prometem e nem fazem é pregar a Jesus Cristo como único e suficiente salvador porque isso não gera mais lucros, rendimentos e dividendos em suas contas bancárias. Pregar a Salvação? Nem pensar. Não dá dinheiro e não dá lucro.

A igreja de Jesus Cristo nestes tempos modernos precisa voltar os olhares para a era dos reformadores, para a época da igreja primitiva; a igreja precisa voltar ao início de tudo e ser exemplo dos fiéis. A igreja precisa voltar ao primeiro amor antes que seja tarde demais.
Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. 2 Timóteo 4: 3-4.
A descrição de Jesus sobre os falsos profetas, sobre os falsos pastores, sobre os falsos líderes evangélicos, sobre os falsos crentes é uma lista muito grande em Mateus 23.

Mateus 23 diz:

Algo do conteúdo deste discurso foi usado também pelo Senhor Jesus anteriormente em Luc. 11:39ss, mas agora Ele faz a sua acusação no Templo em Jerusalém, na fortaleza dos seus inimigos.

23:1-12 Advertência contra os fariseus. Esta porção foi dirigida diretamente para os discípulos, embora na presença da multidão.

23:2 Na cadeira de Moisés se assentam, isto é, eles ocupam a posição de Moisés entre vocês, como expositores da Lei.

23:3, 4 Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem. Até onde o ensinamento deles apresentava o que Moisés ensinou, o povo devia obedecer. Porém, não os imiteis nas suas obras. Suas obras incluíam suas interpretações e perversões forçadas da Lei, que os capacitavam a zombar da importância espiritual do Velho Testamento. Suas múltiplas adições à Lei, aqui chamadas de fardos pesados e difíceis de carregar, faziam parte das suas obras. Nem com o dedo querem movê-los. Embora a casuística dos rabinos sem dúvida encontraria meios de escapar ao que era desagradável, esta declaração provavelmente significa que eles nunca moviam um dedo para remover qualquer desses fardos. (movê-los está em paralelo oposto, a atam).

23:5 O que são os Filactérios. São pequenos estojos contendo tiras de pergaminho sobre as quais estavam escritas as palavras de Êx. 13:2-10, 11-17; Dt. 6:4-9 e 11:13-22. Os estojos eram amarrados com fitas à testa e no braço esquerdo. A prática surgiu depois do cativeiro e depois de uma interpretação extremamente literal de Êx. 13:16. 

Os fariseus usavam-nas por ostentação. Alongam as suas franjas, bordas usadas nos quatro cantos da capa, de acordo com Núm. 15:38 e Dt. 22:12. Jesus usava essas bordas (Mt. 9:20; 14:36), mas os fariseus alargavam-nas por exibição.

23:6, 7 Lugar de honra nos banquetes e nas sinagogas eram objetos da ambição dos fariseus, além das efusivas saudações nas praças públicas, as quais chamavam a atenção para sua destacada posição. Mestre. Um título equivalente a professor ou doutor, que os judeus aplicavam aos seus instrutores espirituais.
23:8-12 As próximas palavras foram dirigidas especificamente aos discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é uma proibição absoluta de hierarquia ou uso apropriado de títulos, pois o próprio Paulo se intitulou “pai” dos coríntios e chama Timóteo de “filho” (1 Co. 4:15, 17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas um espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.

23:13-36 – Os sete “ais” de Jesus contra os fariseus. Aqui a atenção foi desviada dos discípulos para os fariseus, que faziam parte da multidão.
23:13 Hipócritas! Um epíteto destacando o fingimento dos fariseus e seus escribas. Fechais o reino dos céus. Na qualidade de líderes religiosos e reconhecidos intérpretes das Escrituras, deveriam ter sido os primeiros a atender a Jesus, influenciando os outros a segui-los. Quanto aos que estão entrando, não o permitiam por causa de sua, aparente, falsa liderança. O versículo 14 é uma interpolação de Mc. 12:40 e Lc. 20:47.
23:15 Rodeais o mar e a terra. Uma busca zelosa. Prosélito. Não o gentio temente a Deus que não era circuncidado (isto é, prosélito do portão), mas o gentio que fora persuadido a adotar o judaísmo in teta incluindo todas as tradições ensinadas por esses fariseus. Filho do inferno duas vezes mais do que vós. Os prosélitos feitos por esses fariseus que não eram espirituais (e sem dúvida que foram acrescentados a sua seita) apenas acrescentariam tradições rabínicas às suas noções pagãs.

23:16-22 O terceiro “ai” chama os fariseus de guias cegos e insensatos por terem pervertido a verdade do juramento. Já é bastante mau não se poder confiar na palavra de um homem sem o juramento. Mas os fariseus ensinavam que havia diferença na obrigatoriedade do cumprimento dos diversos votos. Os juramentos que usavam referências gerais ao templo ou ao altar não obrigava a pessoa a cumpri-los, mas se mencionasse mais especificamente o ouro do santuário ou a oferta do altar ficava obrigada a cumpri-los. Jesus mostrou o absurdo de tal raciocínio destacando que o maior (santuário, altar, Deus) inclui o menor (ouro, oferta, céu). À vista de tal perversidade, Cristo ensinou “De maneira nenhuma jureis” (Mt. 5:33-37).

23:23, 24 O quarto “ai” descreve o cuidado escrupuloso dos fariseus nas questões menos importantes e a sua negligência nos deveres mais importantes. O dízimo das diversas ervas baseava-se em Lv. 27:30.

Hortelã, endro, e cominho eram plantas de hortaliças e eram usadas para temperar alimentos. Justiça, misericórdia e fé. Essas obrigações éticas e espirituais (Mq. 6:8) são o mais importante da lei e são portanto de importância primária, embora aquelas (o dízimo) também são próprias do povo de Deus. Através de tal prática os fariseus tinham escrupulosamente coado o mosquito (inseto leviticamente imundo que poderia cair no copo), mas engoliam um camelo (o maior dos animais da Palestina; Lv. 11:4).
23:25, 26 O quinto “ai” descreve a deslocada ênfase dos fariseus sobre as coisas externas. Limpais o exterior do copo. A figura aponta para a preocupação dos fariseus com a purificação ritualística (rabínica, não de Moisés) e a negligência com o conteúdo do copo. Mas estes por dentro estão cheios de rapina e intemperança. Os fariseus sustentavam seu modo de vida pressionando os outros. Obediência ao ritual rabínico não poderia alterar esta corrupção interior.
23:27, 28 O sexto “ai” descreve a influência secreta dos fariseus. Sepulcros caiados. Na primavera, após a estação das chuvas, as sepulturas eram caiadas para que uma pessoa desavisada não se contaminasse cerimonialmente tocando-as por descuido. (Nm. 19:16; conf. Ez. 39:15). Esse costume há pouco cumprido forneceu uma ilustração oportuno da aparência atraente dos fariseus mas corrupção interna. Lucas 11:44 usa sepulturas em uma ilustração um pouco diferente.
23:29-31 O sétimo “ai” descreve os ouvintes do Senhor como participantes da mesma natureza de seus perversos antepassados. Construindo e embelezando sepulturas de profetas assassinados, supunham que estivessem desautorizando esses homicídios. Mas Jesus declarou que seus atos provavam exatamente o oposto. Pois, construindo sepulturas, eles apenas completavam o que seus pais (espirituais, como também raciais) tinham começado. Sua própria conspiração de matar Jesus, (21:46; 22:15; Jo. 11:47-53) provou serem filhos dos que mataram os profetas.
23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Compare ordem semelhante a Judas, Jo. 13:27.

23:33 Raça de víboras. A acusação de João Batista é confirmada no mesmo livro por João, o Apóstolo. Vejam as referências bíblicas: Jo.3:7, Jo.3.34-36.

23:34 Eis que eu vos envio profetas. Uma declaração semelhante em Lc. 11:49 atribui esse enviar “sabedoria de Deus” para todo aquele que nEle crer. Assim Jesus, como a própria personificação da sabedoria de Deus, declara-se Senhor desse título, (1 Co. 1:24). Profetas sábios e escribas. Termos particularmente próprios para o seu auditório. Os termos poderiam incluir também as testemunhas da Igreja Primitiva, tais como Pedro, Tiago, Estêvão e Paulo. Essas perseguições que aqui foram preditas fariam transbordar a medida da culpa dos judeus, de modo que a destruição divina viria sobre essa geração da nação. Desde Abel até Zacarias inclui todos os homicídios praticados no V.T, desde o primeiro livro (Gn. 4:8) até o último do cânon hebreu (2 Cr. 24:20-22). O fracasso desses fariseus de aprenderem as lições da história e de se arrependerem de sua perversidade, também característica de seus pais, significava que aos olhos de Deus eles tinham parte na culpa. Perseguições ulteriores tornariam isso indiscutivelmente claro. Zacarias, filho de Baraquias. Em 2 Cr. 24:20 ele é chamado “filho do sacerdote Joiada”, talvez segundo um ilustre avô que morrera, há pouco, com a idade de cento e trinta anos (2 Cr. 24:15). Mateus deveria ter documentos que davam o nome do seu pai.

Mateus 23:37-39. As lamentações de Jesus  sobre Jerusalém. 

Jesus já expressou sentimentos semelhantes anteriormente. (Lc. 13:34, 35; 19:41-44).
23:37 Lamentou sobre os que mataram os profetas de Deus. Este elo com o versículo 34 fornece fácil transição para a pública lamentação de Cristo sobre a cidade rebelde.

Quantas vezes quis Eu “ajuntar vocês” mas vocês me rejeitaram. Um testemunho involuntário da autenticidade do Evangelho de João, o único que registra as numerosas visitas de Jesus a Jerusalém e mesmo assim, Jesus foi rejeitado, principalmente pelas lideranças que cuidavam do templo, das Sagradas Escrituras, das leis Mateus 23:38.

Eis que a vossa casa ficará deserta. 1Reis 9:7; Jr. 22:5;12:7 confirma sobre a casa de oração ficar deserta.

Casa tem sido diversamente interpretada como nação cidade e o Templo. Visto que Jesus proferiu essas palavras ao deixar o Templo pela Última vez, (24:1), a interpretação do Templo é muito atraente. Um templo abandonado pelo Messias transforma-se em vossa casa, não de Deus.

Mateus 23:39. Não me vereis mais. O ministério público do Senhor Jesus terminava ali, dali em diante foi terminar a obra redentora no calvário. Após a Ressurreição, Jesus apareceu apenas a testemunhas escolhidas (Atos 10:41). Até que venhais a dizer. Na segunda vinda de Cristo os judeus reconhecerão, como nação, o seu Messias rejeitado, e lhe darão boas vindas. (Rm. 11; Zc. 12:10).

O  dia do juízo de Deus chegará, não tardará.  Amós 8.11-12. 11.

Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor.v12. E irão errantes de um mar até outro mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a acharão.

Deus abençoe você e sua Família.

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 


 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A CRUZ É INSTRUMENTO DE TORTURA E EXECUÇÃO E NÃO OBJETO DE ADORAÇÃO

A CRUZ É INSTRUMENTO DE TORTURA E EXECUÇÃO E NÃO OBJETO DE ADORAÇÃO  

 

“Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida. Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.)”.

Você teria coragem de adorar, venerar e ainda beijar e ou prostrar-se de joelhos diante de um objeto indesejado e considerado como objeto de tortura se um filho seu fosse torturado até a morte naquele objeto ou instrumento de castigo, de maldição e de morte  para os piores bandidos do país? Poderia ser uma cadeira elétrica ou uma forca, mas no caso de Jesus foi a dureza da cruz.

A cruz é sinal de tortura e execução sumária até à exaustão e não de salvação. Para sermos salvos temos que olhar firmes para Jesus Cristo que é o autor e consumador da nossa fé e não para a cruz que Jesus foi crucificado nela.

Temos que deixar nossos pesados fardos de pecado nos pés de Jesus e não aos pés da cruz como muitos pregam e fazem. Quem morreu por nós foi Jesus. Quem pagou o preço da nossa salvação foi Jesus. Quem merece toda honra, toda glória e todo louvor e adoração é Jesus e não a cruz. A cruz é símbolo de maldição enquanto que Jesus não é símbolo, Jesus é a nossa saída, Jesus é o único caminho, a Verdade e a vida. João 3.16. João.14.6.

Motivos pelos quais não devemos usar a cruz ou o crucifixo, que era o símbolo máximo de tortura da época de Jesus, como objeto de adoração ou veneração.

Apesar da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens.

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo, um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro, filosofias humanas, como o naturalismo, o humanismo, o racionalismo e outras práticas ocultas e espiritualistas, adoração e ou veneração da cruz, até porque a cruz é um objeto de adoração dos católicos, determinada pela tradição papal. Você sabia que o dia chamado de sexta-feira da paixão é o dia que todos os católicos do mundo inteiro têm por obrigação ir à missa participar da cerimônia de adoração exclusiva da cruz sem a imagem do senhor morto? É isso mesmo, todos vão à igreja, nas missas, naquele dia onde é feita a adoração mundial e exclusiva da cruz. Se você quer saber mais sobre este assunto pesquise que você vai encontrar farta literatura sobre este assunto.

Assim, devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém para si a lealdade e a honra que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).

Falando especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é uma simples obra humana e a cruz é uma obra feita pelas mãos humanas para matar outros seres humanos, dentre eles ela foi usada para sacrificar Jesus. Uma mera imitação formada a partir de qualquer matéria sem vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover, é ídolo, e é pecado diante de Deus.  (Sl 115; Am 5:26; Os 13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.

A adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano Criador dos céus e da terra e não podem livrar tais pessoas do juízo divino.

No Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática não foi aprovada pelo Senhor.  (1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os 10:5-8).

O apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por trás da adoração aos ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).

Na maioria das vezes quem eram executados(as) por crucificação eram pessoas inocentes. É o caso de Jesus que não tinha nenhum pecado e nenhum crime, mas foi condenado à morte e morte de cruz por falar a verdade e viver a verdade. Ele morreu para nos salvar e nos mostrou o Caminho da verdade. 

Você já pesquisou sobre a morte dos apóstolos? Principalmente dos mais próximos de Jesus, como eles foram mortos?

Como Morreram os Apóstolos de Jesus.

ANDRÉ

Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”.

André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro, dizendo: “Achamos o Messias”. (João 1.35-42; Mateus 10.2).

O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.

BARTOLOMEU

Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47. Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.

FILIPE

Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael, João 1.43-46. Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

JOÃO

O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava”, João 13.23. Pescador, filho de Zebedeu, Mateus 4.21. Ele foi o único que permaneceu perto da cruz. João 19.26-27. O primeiro a crer na ressurreição de Cristo. João 20.1-10. A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse. Apocalipse 1.9. Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.

JUDAS TADEU

Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.

JUDAS ISCARIOTES

Filho de Simão, não o Simão Pedro, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida. (Mateus 26:14-16; 27:3-5).

MATEUS

Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum. (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13).

Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.

MATIAS

Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.

PAULO

Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70. (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).

PEDRO

Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração. (Mateus 17.1-4).

Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucificação verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero.

Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

SIMÃO, o Zelote

Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.

TIAGO, O MAIOR

Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia. (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.

TIAGO, O MENOR

Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.

TOMÉ

Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação. (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.

Muitos discípulos e apóstolos morreram crucificados ou de outra maneira tão cruel como a crucificação.

A crucificação foi inventada e usada por outros grupos de pessoas, mas foi "aperfeiçoada" pelos romanos como a execução final por tortura. O registro histórico mais antigo de crucificação data de 519 a.C., quando o rei Dario I da Pérsia crucificou 3.000 de seus inimigos políticos na Babilônia. Antes dos persas, os Assírios eram conhecidos por empalar as pessoas. (Empalar significa que enfiavam um instrumento pontiagudo na pessoa assim como se faz com um frango que é colocado para assar). Mais tarde, os gregos e os cartagineses também usaram a crucificação. Após o colapso do império de Alexandre, o Grande, o selêucida Antíoco IV Epifânio crucificou judeus que se recusavam a aceitar a helenização.

A crucificação era destinada a infligir, aplicar, a quantidade máxima de vergonha e tortura à vítima. As crucificações romanas eram realizadas em público, para que todos os que vissem o horror fossem desencorajados de ir contra o governo romano. A crucificação era algo tão horrível que foi reservada apenas aos piores criminosos.

A vítima da crucificação era primeiro açoitada ou espancada severamente, uma provação que, por si só, já ameaçava a vida. Depois, ela era forçada a carregar a grande viga de madeira, cerca de 120 quilos, ao local da crucificação. Suportar essa carga era não apenas extremamente doloroso após o espancamento, mas acrescentava uma certa vergonha, pois a vítima estava carregando o instrumento de sua própria tortura e morte. Era como cavar o próprio túmulo.

Quando a vítima chegasse ao local da crucificação, ela seria despida para envergonhá-la ainda mais. Então ela seria forçada a esticar os braços na trave, onde seriam pregados. Os pregos eram martelados nos pulsos, não nas palmas das mãos, para que não as saíssem rasgando. (Nos tempos antigos, o pulso era considerado parte da mão.) A colocação dos pregos nos pulsos também causava dor insuportável, pois esses pregos pressionavam grandes nervos que corriam para as mãos. A viga seria então içada e presa a uma peça vertical que normalmente permanecia erguida entre as crucificações.

Depois de prender a viga à trave, os executores pregavam os pés da vítima na cruz também, normalmente, um pé em cima do outro, pregado no meio e no arco de cada pé, com os joelhos levemente dobrados. O objetivo principal dos pregos era infligir mais dor na pessoa.

Uma vez que a vítima fosse presa à cruz, todo o seu peso era suportado por três grandes pregos ou grampos, o que causaria dor na parte superior do corpo e nos pés. Os braços da vítima eram esticados de forma a causar cãibras e paralisia nos músculos do peito, impossibilitando a respiração, a menos que parte do peso fosse suportada pelos pés. Para respirar, a vítima tinha que levantar a parte de cima do corpo com os pés. Além de suportar dores excruciantes causadas pelo prego nos pés, as costas feridas da vítima se esfregavam contra o feixe vertical da cruz.
Depois de respirar e a fim de aliviar um pouco a dor nos pés, a vítima começava a cair de novo. Essa ação dava mais peso aos pulsos e novamente esfregava as suas costas cruas na cruz. No entanto, a vítima não conseguia respirar nessa posição rebaixada; logo, o processo torturante recomeçaria.

Novamente para respirar e aliviar parte da dor causada pelos pregos do pulso, pela coroa de espinhos na cabeça, pelo corpo dilacerado pelos açoites com pregos pontiagudos nas pontas dos chicotes, a vítima, se quisesse e se ainda tivesse um pouco de forças, precisaria colocar mais peso no prego dos pés e se empurrar para cima. Então, para aliviar parte da dor causada pelo prego do pé, ela teria que colocar mais peso nos pregos em seus pulsos e se rebaixar. Em qualquer posição que a vítima ficasse a tortura era intensa.

A crucificação geralmente levava a uma morte lenta e dolorosa. Algumas vítimas duravam até quatro dias em uma cruz. No fim das contas, a morte era por asfixia, uma vez que a vítima perdia a força para continuar se levantando para respirar. Para acelerar a morte, as pernas da vítima podiam ser quebradas, o que a impediria de se empurrar para cima para respirar; assim, a asfixia ocorreria logo depois. No caso de Jesus, Ele ainda sofreu um lança cravada em seu lado para confirmar se ainda estava vivo. (João 19:32).

A crucificação foi finalmente proibida pelo imperador romano Constantino no século IV, mas ainda continuou por algum tempo.

Porque os Cristãos deveriam usar a cruz como objeto de veneração ou de adoração já que até no meio dos romanos foi proibida a crucificação, tamanho era a dor e a crueldade daquele tipo de tortura aos oponentes do império romano?

Seja pingente ou imagem, o uso da cruz é uma idolatria diante de Deus.

Tenho visto frequentemente o uso de crucifixos no meio cristão, inclusive nos templo,  nos púlpitos ou nas paredes internas e externas em denominações evangélicas, até então consideradas conservadoras e ou pentecostais. Algo que dantes era rejeitado, atualmente tem se fortalecido sem motivos; embora continue sendo pecado estão adotando esta prática abominável diante de Deus.

Mas, me responda você que é um cristão, chamado pelo Senhor Jesus, poderia caminhar com alguma imagem, figura de idolatria ou um colar de um cruz ou um crucifixo, ou um pingente de alguma arma, de algum ídolo, ou de algum objeto relacionado à idolatria ou relacionado à tortura? 

Vou explicar melhor: poderia um filho de Deus andar com um objeto de idolatria pelas ruas da cidade ou onde quer que vá?

Não estaria esse cristão refletindo equivocadamente sobre a palavra de Deus que diz que qualquer aparência de idolatria é pecado? Poderia Deus associar-se com alguma forma de tortura como a cruz para permitir que os Cristãos a adorassem? Claro que não. Então, por que os cristãos utilizam-se de crucifixos, imagens e fotos de cruz em pingentes, camisas e até colocam banners nos altares dentro e fora das igrejas dos templos?

Sabemos bem que a cruz é uma forma de tortura e é maldita.  (Gl 3:13,14). Ela apenas era realizada pelos povos antigos e a época de Cristo era feita pelo povo romano a todos os considerados maus e declarados por eles como dignos de morte. A cruz em si não tem efeito nenhum de proteção para ninguém e sua definição física é apenas duas vigas de madeira perpendicular uma à outra. Logo, por que carregá-la? Se você não concorda em carregar imagens de esculturas por ser uma ‘apologia’ à idolatria, minimamente falando, por que carregaria algo que gera morte espiritual? Sabedor que é você que a idolatria conduz a pessoa para a perdição eterna. Reflita que a pena de morte pode até ter sido alterada, mas o sentido é o mesmo.

Por que carregar no peito uma forma de tortura? Se a própria cruz é maldita e até Deus não olhou para Cristo quando estava naquela situação por estar carregando os pecados da humanidade, nós é que deveríamos levar essa tortura conosco?

Algo que tem sido confundido por muitos no meio Cristão é o que a crucificação representa e outra o que é uma cruz.

Jesus não nos fala para levarmos um símbolo da cruz, mas sim Seu ato de crucificação e mais ainda da Sua ressurreição que nos garantiu a salvação e a vida eterna para nossas vidas. Através da ressurreição o Pai de Jesus transformou-Se em Nosso Pai (Jo 20:17). Recorde-se de que Cristo não está mais pendurado no madeiro e nada mais tem com ela. Carregá-la, seja como for, é idolatria e transfigurar a imagem do Deus incorruptível em madeira.

Os cristãos obedientes à Palavra de Deus conhecem que devem ser iconoclastas, ou seja, não admitem nenhum tipo de adoração à imagens, sejam elas religiosas ou não.

Jesus Cristo nos libertou do império das trevas e nos transportou para o seu Reino de amor e não de tortura e de idolatria.

Compartilho a seguir algumas passagens bíblicas para reflexão e discernimento espiritual referente ao assunto, leiam o Salmo 115, Isaías 44 e Romanos 1:20-32.

O Senhor, pois, é Aquele que vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes. Dt. 31:8.

Porque Eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, Eu te ajudo. Is 41:13.

Diante do exposto você ainda quer colocar um crucifixo no peito ou no pescoço ao invés de ter Jesus Cristo no seu coração?

Não troque Jesus pelo instrumento usado para matá-lo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.