segunda-feira, 11 de março de 2019

QUEM MANDOU MATAR JESUS

QUEM ?

FOI UM SOBERBO E ASTUTO RELIGIOSO QUE CONDENOU JESUS À MORTE.

A astúcia dos falsos religiosos e políticos da época para condenar Jesus à morte de cruz, o que fizeram o mais rapidamente possível, passando por cima de todas as leis judaicas daquela época. 

Tudo foi liderado por um religioso soberbo, líder do Sinédrio, com muita influência no meio dos grupos religiosos e no meio político também; um homem insensato, insensível e tomado por momentos de insanidade, beirando à loucura, possuído por satanás e vivendo nas trevas; assim era o jeito religioso de Caifás dominar a religião judaica, auxiliado por ninguém menos do que Anás, seu sogro, que também era conivente com tudo que via. 

Quem lutou mais para condenar Jesus, e quem mais perseguiu a Jesus para crucificá-lo foi Caifás. Caifás era o principal sumo sacerdote e presidente do Sinédrio, o tribunal religioso que poderia condenar ou absolver Jesus. 

Ele era astuto, corrupto inveterado, mentiroso, dominador, autoritário, ditador, inescrupuloso, fazia suas próprias leis, era envolvido com prostitutas e prostituições, fazia qualquer negócio por dinheiro em nome da religião,  maldoso, manipulador e sagaz. 

Essas são algumas das “qualidades” que poderiam ser aplicadas a  Caifás, o sumo sacerdote que presidiu dois dos principais julgamentos de Jesus, os quais foram por ele mesmo convocados.
  
Ainda que não fosse pelos relatos bíblicos, só o fato dos romanos o deixarem permanecer no cargo por tanto tempo (18 anos) já mostra que ele era um manipulador astucioso.

Ele fez tudo o que poderia ser feito para condenar Jesus à morte de cruz que era a mais terrível das condenações, mesmo sem Jesus merecer e mesmo sem Jesus ter cometido quaisquer ofensas às leis judaicas. 

Nas Escrituras vemos a habilidade de Caifás  para se manter no poder político/religioso e chefe, presidente, do Sinédrio, o tribunal religioso que poderia ser convocado por ele para condenar Jesus. 

Após a ressurreição de Lázaro, ele tramou friamente a morte de Jesus.

Ele tentou tranquilizar a consciência de qualquer membro do Sinédrio que talvez não tivesse coragem de acusar a Jesus. Ele fez isso atribuindo motivos elevados a este ato perverso dando a sugestão ao Sinédrio:

"Convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação". (João 11:50).

Quando ele, com a ajuda de Judas que era um apóstolo traidor e tesoureiro de Jesus, conseguiu prender o Salvador, o propósito de cada passo seu foi para ver Jesus morto o mais rapidamente possível, sem nenhuma consideração para com a justiça ou a lei das quais ele era o representante maior. 

Depois de Jesus se apresentar diante de Anás, sogro de Caifás e considerado por alguns judeus o verdadeiro sumo sacerdote, Caifás e o Sinédrio expuseram Jesus a dois julgamentos falsos.

No julgamento, Caifás cinicamente presidiu uma demonstração pública de perjúrios. 

Quando Jesus permaneceu calado sem se rebaixar ao nível de seus acusadores, Caifás impacientemente demandou uma resposta direta à pergunta de ser Ele ou não o Filho de Deus. 

Ouvindo uma resposta afirmativa, de modo hipócrita rasgou suas vestes, fingindo estar chocado, e declarou:

"Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia!" (Mateus 26:65). Ele então assistiu, sem interferir, a uma multidão profana que cuspia em Jesus e o ridicularizava.

O ódio de Caifás pelo caminho de Deus não terminou com a morte de Jesus. 

Ele continuou ativo, perseguindo a Pedro e a João (Atos 4:6) e provavelmente era o sumo sacerdote mencionado em Atos 5:17-21, 27; 7:1 e em 9:1, o qual perseguia os cristãos com todo o vigor.

Para Caifás, a vida nada mais era que lucrar e preservar o seu bocado de poder insignificante. Mesmo com toda a sua manobra e trama, ele era uma personalidade absolutamente insignificante na História, a não ser por tratar infamemente Jesus e os cristãos. 

Sua obsessão por conservar-se no poder o tornava frio, indiferente e incapaz de ver que o Filho de Deus estava ali no seu meio.

A Atitude de Jesus para com Caifás.

Jesus demonstrou que ele e Caifás eram de dois reinos completamente diferentes e que seria impossível tratar alguma coisa com Caifás em seu próprio domínio mundano e político. Pelo contrário das acusações de Caifás,  Jesus não tentou organizar um protesto, incentivar um boicote ou usar algum tipo de poder político religioso para criar problemas para Caifás. A missão de Jesus era convencer quem tivesse o coração aberto para ouvir suas palavras de vida e amor e não exercer pressão política nos que tivessem o coração empedernido. 

Assim, quando Jesus teve de tratar com Caifás, vemos apenas um silêncio cheio de dignidade em face da injustiça indizível e, por fim, uma resposta simples Ele proferiu: "Tu o disseste", à pergunta direta quanto a ser ou não o Filho de Deus. Qualquer outra abordagem de um homem mundano, superficial e de mente fechada teria sido inútil e degradante.

A influência dominadora de líderes religiosos de Nossos Dias.

Nos dias hodiernos, os seguidores de Cristo têm, às vezes, de lidar com pessoas que acham que o objetivo de vida deles deve ser o conseguir e preservar a influência dominadora sobre algum "reino religioso", que pode ser tão pequeno quanto uma congregação ou tão grande quanto uma nação inteira.

Os Caifases na política e na religião se multiplicaram no mundo moderno. 

O mundo cada vez mais se acha sob o controle e domínio de políticos e religiosos ou vice-versa que, à semelhança de Caifás, têm poucos princípios e são de caráter duvidoso, cujo único objetivo é usurpar e conservar a qualquer custo o poder que conquistaram. Para alguns, o meio de conservar o poder político religioso é defender (ou, pelo menos, não combater práticas ímpias que são valorizadas por pessoas mundanas e inseridas na liturgia devocional dos seus fiéis. 

Introduzindo essas coisas nas igrejas e nas religiões mais conservadoras, com a garantia de que isso não é contaminação da fé das pessoas, oficializando a prática de pecados como se pecados não fossem mais e incentivando o povo a contribuir financeiramente com aquela obra, que garantem que é de Deus,  fazem apelos financeiros em demasia, sem sentido, mas convencedores  por causa da necessidade do povo em ser abençoado financeiramente, que é o seu principal objetivo a ser alcançado. 

Como o cristão deve reagir diante desses políticos e religiosos sem princípios éticos e morais? 

Muitos põem a sua confiança em boicotes, abaixo-assinados e chantagem político/religiosas. 

Para os inveterados incentivadores do erro, essas táticas nem sempre são erradas; será que são realmente as táticas de Jesus, que Jesus usou ou usaria para pregar o evangelho e para a conversão dos pecadores? 

Claro que não.

Lembremos que a missão de Jesus Cristo é transformar o coração dos que se abrem para a verdade do Evangelho que transforma o mais vil pecador; não devemos forçar os duros corações a fazer o que não querem. Não devemos nós, como cristãos, seguir o exemplo de Cristo quanto a isso?

Ele nunca forçou ninguém a segui -lo. 

Os Caifases nas igrejas existem e sempre existiram. Infelizmente, o impulso do espírito de Caifás para ampliar e manter os "campos de influência" não é desconhecido entre o povo de Deus. 

Às vezes parece que alguns irmãos,  políticos e ou religiosos descartam todo senso de "jogo limpo", de dignidade e de amor, na tentativa de ganhar batalhas fazem qualquer negócio em nome de Deus para adquirir influência. Alguns, como Caifás, tentam atribuir motivos nobres a suas manobras astuciosas.

De que modo devemos lidar com esses Caifases modernos? 

Podemos ser tentados a nos rebaixar ao nível deles e "jogar com o mesmo trunfo" ou "mostrar a eles o que eles merecem". No entanto, quando está claro que alguns ficaram completamente insensíveis aos conceitos de justiça e de retidão que Deus exige dos líderes religiosos no trato da obra de Deus aqui na terra, a melhor forma de lidar com eles muitas vezes será da mesma forma que o Senhor Jesus lidou com Caifás,  com silêncio porém mantendo a dignidade e a verdade. 

Eles pertencem a outro mundo, um mundo em que a grandeza é determinada não pela humildade e por servir, como Jesus ensinou, mas pela aquisição de um tipo quase político de influenciar as outras pessoas. Revidar indignadamente contra seus abusos pode ser tanto degradante, como inútil.

Que Deus nos ajude a imitar o seu Filho no trato com esses Caifases que infelizmente sempre estarão presentes ao longo da nossa viagem em direção ao céu.

Quantos julgamentos Jesus teve que enfrentar antes da Sua crucificação?

Houve um julgamento dividido em seis partes.

Houve três estágios ou três julgamentos em um tribunal religioso e três estágios ou julgamentos perante um tribunal político romano.

Jesus foi julgado uma vez diante de Anás, o mais antigo sumo sacerdote; depois foi julgado duas vezes por Caifás, o atual sumo sacerdote daquela época que era genro de Anás; o sinédrio que era dominado por Caifás foi o tribunal religioso dos Judeus para o “julgamento” de Jesus segundo as leis Judaicas. Nestes julgamentos "eclesiásticos", Ele, Jesus,  foi acusado de blasfêmia por ter alegado ser o Filho de Deus, o Messias.

Os julgamentos diante das autoridades judaicas, ou seja, os julgamentos religiosos, mostraram em que grau os líderes judeus o odiavam porque descuidadamente desconsideraram muitas de suas próprias leis. 

De acordo com a própria lei judaica, houve várias ilegalidades envolvidas nestes julgamentos: destacamos aqui pelo menos 7 (sete).

(1) Nenhum julgamento, segundo as leis judaicas, era para ser realizado durante o tempo de festa, e Jesus foi julgado durante a Páscoa.

(2) Cada membro do tribunal era para votar individualmente para condenar ou absolver, mas Jesus foi condenado por aclamação por solicitação e influência de Caifás. 

(3) Se a pena de morte fosse dada, era necessário que pelo menos uma noite se passasse antes da sentença ser executada, porém, apenas algumas horas se passaram antes de Jesus ser crucificado. A pressa de Caifás em crucificar Jesus demonstra o quanto ele odiava o filho de Deus. 

(4) Os judeus não tinham autoridade para executar ninguém, mas mesmo assim projetaram a execução de Jesus.

(5) Nenhum julgamento era para ser realizado à noite, mas este julgamento foi realizado antes do amanhecer. 

(6) O acusado era para receber conselho ou representação, mas Jesus não teve nada, foi condenado sumariamente. 

(7) Não deviam ter feito perguntas auto incriminatórias a Jesus, mas Ele foi perguntado se era o Cristo, o que respondeu: “tu o disseste”.

Após Jesus ser condenado pelos Judeus, segundo as leis judaicas e num tribunal religioso dominado por Caifás, inimigo público número um de Jesus, O entregaram para ser julgado perante as autoridades romanas.

Levaram Jesus à presença de Pilatos (João 18:23) depois de Jesus ser espancado por ordem de Caifás. 

As acusações apresentadas contra Ele eram muito diferentes das acusações dos julgamentos religiosos lá no Sinédrio.

Ele foi acusado de incitar as pessoas à revolta, proibindo o povo a pagar os seus impostos, e afirmando ser rei. Pilatos não encontrou nenhuma razão para matar Jesus, por isso o enviou a Herodes (Lucas 23:7).

Herodes permitiu a ridicularização de Jesus, mas, querendo evitar a responsabilidade política, enviou-O de volta a Pilatos. (Lucas 23:11-12). 

Este foi o último julgamento, enquanto Pilatos tentava apaziguar a animosidade dos judeus ao ter Jesus já sido flagelado, espancado. O flagelo romano é uma terrível surra, possivelmente de 39 chicotadas, chibatadas com instrumento perfuro cortante. Em um esforço final para liberar Jesus, Pilatos ofereceu que o prisioneiro Barrabás fosse crucificado e Jesus liberado, mas sem sucesso. 

As multidões incitadas por Caifás o sumo sacerdote, pediram que Barrabás fosse solto e Jesus fosse crucificado. 

Pilatos atendeu ao seu pedido e entregou Jesus à vontade do povo. (Lucas 23:25). 

Os julgamentos de Jesus representaram o escárnio supremo da justiça.

Jesus, o homem mais inocente na história do mundo e da humanidade, foi considerado culpado de crimes que não cometeu e condenado à morte por crucificação  morrendo pregado na dura cruz do calvário, sem nenhum delito, sem  nenhum crime, mas por amor, para nos salvar, como disse o profeta Isaías em seu livro. 

Isaías 53

1. Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?

2. Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. 

3. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

5. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.

6. Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. 

7. Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.

9. E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

10. Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.

11. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.

12. Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.



Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



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