segunda-feira, 30 de novembro de 2020

INTEGRIDADE NÃO SE COMPRA, NÃO SE VENDE, SE VIVE

INTEGRIDADE NÃO SE COMPRA, NÃO SE VENDE, SE VIVE.


Provérbios 10.9 afirma: “Quem anda com integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será descoberto".

Definimos integridade com as seguintes palavras:

“Integridade é tudo o que você faz continuamente de forma correta quando você é visto mas principalmente quando ninguém está vendo”. By. Waldirpsouza.

A integridade e o caráter andam juntos, por isso o apóstolo Paulo nos adverte em Gálatas 6.7,”De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear isso também ceifará“.

Integridade é viver de uma forma séria e coerente, consciente  da presença de Deus, convicto de que Ele não só está presente, mas que Ele vê todas as coisas. O Salmos 139.1-3 diz: “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso”.


Não nos enganemos. Sempre que não andamos em integridade com Deus, de alguma forma não estaremos também sendo íntegros com alguém. Nenhum de nós é perfeito e Deus não espera isso de nós. O que Ele espera é um coração íntegro e sincero, que coloca diante dEle todas as fraquezas, que Ele já conhece, e que pede Sua graça e poder todos os dias. O coração que “joga limpo” e que confessa o seu pecado diante de Deus, terá dEle o perdão.

Assim, ser íntegro significa que você está pronto e disposto a viver consciente da presença de Deus e que buscará viver a vida particular da mesma forma que você vive a vida pública.

Sua segurança depende de uma vida íntegra. Por isso, faça da integridade um valor em sua vida.

Encontramos na Bíblia vários exemplos de um caráter ilibado e de uma integridade à toda prova. Vamos ver apenas o exemplo do profeta Daniel sobre este assunto.

A firmeza do caráter moral do profeta Daniel. Dn.1.1-8;17,20.

Viver uma vida irrepreensível diante da sociedade e principalmente diante de Deus é algo que não é tão fácil diante da sociedade contemporânea. Veremos nesta lição que é possível ser moralmente e espiritualmente firme e íntegro diante de Deus baseados na vida do Profeta Daniel. Estudaremos algumas características de seu caráter e analisaremos também algumas de suas qualidades como um bom servo do Senhor.

I – Definição de integridade e caráter.

Pode-se definir integridade como “solidez de caráter”. Pode, também, significar o estado de “ser integro”, “ser completo”. Deriva-se do verbo “integrar”, que significa “tornar unido para formar um todo completo ou perfeito” “retidão, perfeição”. Qualidade de alguém de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, pureza ou castidade, o que é justo. Já a palavra caráter significa o aspecto dinâmico da nossa personalidade. É aquilo que nos faz diferentes dos outros, conjunto dos traços particulares de uma pessoa.

II – Características específicas do profeta Daniel. Dn.1.3.

2.1 “E disse o rei a Aspenáz chefe dos seus eunucos…”.  (Dn 1.3-a). Eunuco do hebraico “sarís”, era um macho castrado. Por motivos óbvios, os eunucos eram frequentemente encarregados dos haréns reais. Às vezes a palavra, por metáfora, era usada simplesmente com referência a um oficial. Há quem defenda que exista uma grande possibilidade de que Daniel e seus amigos tenham sido desvirilizados (castrados) baseados na profecia de 2 Rs 20.18 e Is 39.7. No entanto, essa informação não significa a literalidade da palavra, não há nada absolutamente que prove que Daniel e seus três amigos foram castrados, mais sim, que tenham apenas se afastado do contato com mulheres e preservado o seu estado de castidade por uma livre escolha e devoção “Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus…”. (Mt 19.12).

2.2 “….que trouxesse alguns dos filhos de Israel..”. (Dn 1.3-b). Esses eram originalmente descendentes de Jacó ou Israel. Tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro Deus. Quaisquer que tivessem sido as limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhes deram nomes que serviam de testemunho ao Deus que serviam. Daniel significava: “Deus é meu juiz”; Hananias significava: “O Senhor tem sido gracioso ou bondoso”; Misael significava: “Quem é como é Deus?” e Azarias declarava: “O Senhor é meu Ajudador”.

2.3 “…e da linhagem real e dos nobres ou príncipes”. (Dn 1.3-c).

A palavra nobres no hebraico “partemím” é um termo aparentemente usado com referência a pessoas importantes. Entre esses cativos da primeira leva estava os melhores da nação judaica, inclusive membros da casa real, provavelmente descendentes do rei Ezequias, conforme a profecia de Isaías 39.6,7. Também refere-se a ilustres famílias, e não somente à casa real de Davi. O sentido dos três termos, “Israel, linhagem real e nobres”, indica que a seleção tinha de ser feita entre os hebreus, tanto da família real como de outras famílias da nobreza.


III – Qualificações do profeta Daniel.

Poucas personagens no AT são tão conhecidas quanto Daniel, desarraigado da sua terra natal, educado numa sociedade estrangeira, que manteve a firmeza do caráter moral e espiritual e uma lealdade inabalável ao Deus do seu povo. As suas habilidades e a integridade inspirada pela sua fé o conduziu a altos escalões de governo. Vejamos algumas de suas qualificações:

3.1 Cuidados físicos e qualidades físicas do profeta Daniel.

“Jovens sem nenhum defeito…”. (Dn 1.4-a). Esta é a primeira de uma série de qualificações estipuladas para a seleção de homens a serem treinados na corte da Babilônia. Jovens no hebraico “yeladím”, entre quatorze ou quinze anos de idade ou um pouco mais é o que parece certo. Ausência de defeito “…formoso e de boa aparência…” (Dn 1.4-b). A mesma combinação de palavras se usou em relação à beleza de Raquel (Gn 24.16; 26.7), Bate-Seba (IISm 11.3), da Rainha Vasti (Et 1.11) e de Ester (Et 2.2; 3,7). Daniel e seus amigos nobres (ou reais) eram fisicamente “perfeitos”.

3.2 Qualidades intelectuais do profeta Daniel.

“Instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, e versados no conhecimento” (Dn 1.4-c). Essas três expressões cumulativas “sabedoria, ciência e conhecimento” enfatizam a capacidade natural. A redundância da expressão hebraica é para dar ênfase e não para estabelecer distinções. Referia-se mais ao que os jovens já eram e não ao que iriam se tornar. “O programa educacional que estes jovens iriam se submeter provavelmente incluiu o estudo da agricultura, da arquitetura, da engenharia, da astrologia, da astronomia, das leis civis, da matemática e da difícil língua acádica”.

3.3 Qualidades morais e emocionais do profeta Daniel.

“Que fossem competentes para assistirem no palácio do rei”. (Dn 1.4-d). Talentos naturais e adquiridos que capacitassem esses homens a servirem um rei esplêndido em um edifício magnífico é o que se quis dizer. Os rapazes deviam ser humildes mas não tímidos. “E lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus” (Dn 1.4-e). A frase “competentes para assistirem no palácio”, indica claramente que deveriam ter conhecimentos em diversas áreas mais também ser moralmente justos.


3.4  Qualidades espirituais do profeta Daniel.

Daniel foi levado cativo para a Babilônia aos 16 anos. Ele decidiu trocar as iguarias do palácio por uma dieta de legumes, que foi benéfica à sua saúde e dos companheiros, mas principalmente dedicou-se à oração. O profeta Daniel era um homem quebrantado e de muita intimidade com Deus.

“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar”. (Dn 1:8).

Daniel serviu no Palácio real da Babilônia durante 69 anos e não se corrompeu. 

A palavra babilônia vem de babel, que na transcrição do grego e hebraico para o português significa confusão, desordem. Na língua babilônica, entretanto, acredita-se que o significado era "porta de Deus".

Esta histórica cidade foi a antiga capital da Suméria, na Mesopotâmia, que hoje corresponde ao território do Iraque. Muitos historiadores acreditam que o Império Babilônico teve grande importância para a origem da civilização devido ao Código de Hamurabi. Constituído pelo rei de mesmo nome que atuava na época, dizem que este é o conjunto de leis mais antigo do mundo.

Daniel serviu a 4 imperadores:

Nabucodonosor - babilônico. Cap. 1:1;

Belsazar - babilônico. Cap. 7:1;

Dario - Medo. Cap. 9:1;

Ciro - Persa. Cap. 10:1. Ler caps. 1:21 e 6:28.

Foi profeta do cativeiro, teve um ministério de grande política, porém a principal atividade do Profeta Daniel era a oração.

Ele foi um dos homens mais usados por Deus, um homem de oração, fiel, bem visto pelas autoridades, mas alvo de muita inveja. Mostrou o poder de Deus através da sua pessoa, revelando visões das coisas ocultas. Ele o fez quando revelou ao rei Nabucodonosor. (Dn 2:1-13) o significado do seu sonho.

Nabucodonosor já estava cansado dos seus “conselheiros” que sempre vinham revelando coisas erradas a seu respeito e não confiava mais em ninguém com suas “premonições”. Daniel recebeu o desafio. Ele e seus companheiros judeus oraram a Deus, pedindo a revelação do sonho. O Senhor os atendeu.

Quando Daniel entrou na presença de Nabucodonosor, foi humilde e lhe explicou que a resposta não veio dele, mas do único Deus capaz de lhe revelar o futuro. Quando lhe foi revelado, Daniel recebeu todas as honras do rei.

Isso lhe atraiu inveja e seus amigos foram fortemente perseguidos. Por inveja, Daniel foi posto, muitas vezes, em prova, mas nunca omitiu quem era o seu Deus, o Senhor de sua vida. Todas as vezes, em oração, esse homem esperava em Deus, buscava e clamava aos céus. Deus sempre o atendia!

“Naqueles dias eu Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável comi, nem carne nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas completas”. (Dn 10,2-3).

Nessa passagem vemos a dedicação de Daniel quando o mesmo se abdicou para se cumprir um propósito, mesmo em meio às atividades cotidianas. O jejum de Daniel é um dos mais copiados na atualidade, pela forma como que o homem se portou, “matando” sua vontade carnal e fazendo tudo em espírito. Daniel se absteve dos manjares do rei.

O jejum é uma prática que deve ser colocada como aliança, como comunhão. Uma verdadeira forma de alcançar aquilo que parece travado no mundo espiritual.

"Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto, janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer". ( Dn 6:10).

Quando falamos em oração lembramos de muitos servos que tanto no Velho como no Novo testamento, usaram este grande ensinamento do Senhor Jesus, para serem vitoriosos.

Em especial podemos citar Daniel e seus companheiros ,Ananias, Mizael e Azarias, que resolveram no seu coração não se contaminar com as iguarias do rei da Babilônia, e mesmo no seu cativeiro, ele, Daniel,  orava três vezes por dia, na janela do seu quarto voltado para Jerusalém. Com suas orações, Deus concedeu a vida de Daniel e seus amigos, grandes experiências com o Senhor.

Fecharam bocas de leão, foram salvos da fornalha de fogo ardente, desvendaram mistérios que só uma pessoa com muita intimidade de oração com Deus pode ter essas experiências. Hoje a igreja que ora é vitoriosa. A oração é um dos fundamentos para que o servo do Senhor consiga vencer todas as suas batalhas.

Mesmo recebendo nomes babilônicos aqueles jovens, sob a liderança de Daniel, permaneceram firmes na fé. Daniel recebeu o nome de Beltessazar. Os outros de Sadraque, Mesaque e Abednego.

As lições de vida do profeta Daniel  que são perfeitamente aplicáveis as nossas vidas.

1) “Daniel quando soube...”

Daniel tinha ciência do que acontecia ao seu redor. Quando soube do edito real assinado e que colocaria sua vida em perigo ele procurou a Deus em oração. Ele sabia que "se Deus não guardar a casa ou a cidade, em vão vigia a sentinela". (Sl 127:1).

Temos até ciência do que nos cerca, mas invariavelmente não temos a mesma atitude de Daniel quando tomamos conhecimento de algo que se levanta contra nós. Ao invés de buscarmos ao Senhor em oração, nos desesperamos, buscamos ajuda em quem de fato não pode nos ajudar. Simplesmente fracassamos!

2) Daniel entrou em sua casa, em cujo quarto havia janelas abertas para o lado de Jerusalém... e fez o que era acostumado a fazer: foi orar a Deus.

Entrar em casa diz respeito a nos recolher para buscar somente ao Senhor. Diz respeito a buscar o Senhor em secreto e o Pai que nos vê em secreto nos recompensará! (Mt 6:6).

Interessante que buscamos a Deus em secreto, mas a recompensa virá publicamente, não foi isto que ocorreu, por exemplo  com Daniel?

Para que lado as janelas de nossa alma estão abertas? Para Jerusalém ou Babilônia? Jerusalém aponta para cima (celestial), enquanto que Babilônia aponta para baixo (terreno).

Assim, Daniel se encontrava fisicamente na Babilônia, mas espiritualmente ele se encontrava em Jerusalém! Mesmo que haja até mesmo um edito escrito e assinado contra nós, nunca poderá haver janela fechada para Deus em nossas vidas. Jamais nos esqueçamos que as "janelas abertas" dizem respeito a nossa comunhão com Deus, cujo canal principal é a oração!

3) Daniel três vezes ao dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus.

Quem era o Deus de Daniel? Era o grande "Eu Sou".

Quem é seu Deus? Quem é o nosso Deus?

É o mesmo Deus de Daniel? Então, mesmo que sejamos um estadista (como Daniel se tornara em Babilônia) será necessário buscar a Deus em oração. Não temos desculpas, somos indesculpáveis porque somos relaxados, indisciplinados, principalmente com relação às coisas de Deus.

Não gostamos quando somos confrontados com palavras que nos exortam e nos acusam de um tempo demasiado em frente à TV ou do computador, ou do Android, etc e depois falamos que não temos tempo para orar, ou que estamos cansados demais para tal. A carne não aprecia este tipo de palavra, mas, a exortação é para nosso próprio bem.

Estamos sendo dilacerados na alma por essa palavra, mas é necessário que a palavra de Deus nos confronte todo dia


4)   “Como Daniel também antes costumava fazer...”.

Daniel não nasceu no cativeiro, portanto, ele cultivava uma vida de oração mesmo antes de ser desterrado para Babilônia, entretanto, tudo isso, todas as implicações que sobrevieram sobre sua vida cativa não foi suficiente para forçá-lo abandonar sua fé. Entendemos porque um anjo lhe disse: "Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado" (Dn 10.11).

Por que Daniel foi chamado de “um homem muito amado”?


As respostas podem ser muitas, mas todas elas passarão pela "oração"

Daniel desconhecia que quando estava orando estava sendo travada uma guerra espiritual, ficou sabendo após o anjo lhe comunicar que havia sido impedido, de lhe trazer a resposta de Deus, pois estava em guerra com as potestades e principados da maldade nos ares celestiais.

Quando Daniel orava Deus precisou mostrar a ele o que estava acontecendo, dizendo que não ficasse triste. E se tem uma coisa que entristece o povo de Deus é orar e não receber a resposta. Ele se sente um fracassado, uma pessoa desprezível, como se não fosse importante para Deus, pois está orando e Deus não está respondendo.

Aí vêm as dúvidas em seu coração, colocadas por satanás: Será que Deus não me ama? será que para Deus não valho nada?

Será que Deus me desprezou? Será que você está sentindo assim? Mas na verdade mesmo é que o povo não entende a guerra espiritual que é travada nas regiões celestiais, portanto é necessário que você saiba e que nós todos saibamos como reconhecer e enfrentar o ferrenho inimigo.

Precisamos começar a praticar esta verdade, para descobrir as ciladas do diabo, e impedi-lo de agir, para que nossas vidas sejam abertas e possamos receber as respostas que Deus tem para cada um de nós. Não desanime, não deixe de orar, não deixe de buscar a Deus em sua vida, mesmo que pareça que Deus não esteja te ouvindo. Saiba que Deus não te desamparará, pois você é fruto do sonho de Deus.

Não se esqueça, satanás vai fazer tudo para que suas orações sejam impedidas, pois ele não quer a sua vitória, ele não quer a sua libertação, ele quer que você continue desanimado, triste, sem forças para lutar, pois ele sabe que se você der ouvido à Palavra de Deus você será um vencedor, uma nova criatura, ao qual o Senhor lhe chamará de filho amado.

Saiba que neste momento está sendo travada uma guerra espiritual, ou seja, uma batalha espiritual para que você seja impedido de receber estas fiéis palavras de Deus em seu coração, mas pelo poder da Fé que há no Senhor Jesus, eu creio que você lutará em oração para que todos estes principados e potestades do mal sejam derrotados em nome do Senhor Jesus.

Assim eu creio que desta forma s bênçãos de Deus chegarão sobre a sua vida. E os demônios que estão lutando para impedir, serão derrotados em nome de Jesus. Pois “o Senhor dará ordem aos seus anjos para guerrear por ti”.

Chegou a hora de despertarmos para esta visão. Uma coisa que satanás tem feito é dizer que a visão de batalha espiritual é uma heresia e, com isso, está impedindo que muitas pessoas compreendam a realidade do que acontece nas regiões celestiais.

Em Ef 6.12 diz: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.

O apóstolo Paulo nos alerta de uma luta espiritual que envolve principados, potestades e demônios. Ele está falando de uma guerra espiritual que acontece a todo o momento no mundo espiritual, portanto esteja na presença de Deus, e aceite Jesus em seu coração, e verá que Deus colocará um exército de anjos para pelejar por ti, a partir deste momento. Determine sua vitória, determine sua bênção, creia de todo seu coração que Deus tem prazer em responder as nossas orações.

Foi através da oração que Daniel mantinha sua comunhão com o Senhor, matinha sua fé, através dela ele recebeu proteção em variados níveis de sua vida e instruções claras e objetivas acerca de como devia proceder.

Em resumo, vivemos numa Babilônia moderna. E tragicamente os cristãos modernistas adotaram o estilo cheio de pecado da sociedade, trouxeram o mundanismo para dentro das igrejas. Deus deseja intensamente abençoar o Seu povo, contudo se nossas mentes estão poluídas pelo espírito deste mundo, não estaremos em condições de recebermos Suas bênçãos.

Daniel fez uma declaração forte: "todo aquele mal nos sobreveio: apesar disso, não suplicamos à face do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades, e para nos aplicarmos à tua verdade. Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós". (Dn 9.13-14). O mal da Covid19 do Coronavírus está aí causando mortes pelo mundo afora, matando milhares e milhões de pessoas; assim também outras doenças e males que têm atacado por todos os lados. A igreja do Senhor Jesus precisa voltar ao primeiro amor e se dedicar mais à oração.

Daniel estava dizendo: "estamos vendo a degradação da nossa terra. Estamos vendo  nossos pastores buscando seus próprios interesses; estamos vendo toda a sociedade correndo no caminho largo para a sua iminente destruição. Mesmo assim, não nos voltamos para a oração. Se pelo menos orássemos, Deus nos teria tirado do pecado. Ele, Deus, inclusive fica aguardando nossa reação, fazendo promessas gloriosas para nos libertar, mas a igreja do Senhor Jesus através dos seus pastores e líderes, estão desligados da realidade espiritual de tal forma que vendem até suas próprias almas para Satanás. O povo que orava incessantemente não têm mais tempo para a obra de Deus, muitos líderes se tornaram mercenários da fé.  Outros se desviaram cada vez mais da presença de Deus saciando-se nos pecados da sociedade ímpia, carnal e imoral, praticando até culto idolatrias e aos mortos.  No tempo  do Profeta Daniel ele disse ao povo: É por isso que Seu julgamento caiu sobre nós”.

Qualquer oração que sacode o inferno? A oração que Deus responde é aquela que vem do servo fiel e aplicado, que vê seu país e sua igreja caindo cada vez mais no pecado e torna-se um intercessor, suplicando as misericórdias de Deus para sua igreja, para sua família e para o seu país. O crente fiel se dobra sobre os joelhos, e chorando diz: "Senhor, não quero ser parte do que está acontecendo. Permita que eu seja um exemplo do Teu poder salvador no meio deste século corrupto. Não importa se ninguém mais ora. Eu vou orar”.

Daniel conclui dizendo: "estando eu ainda falando na oração, o varão Gabriel me instruiu, e me disse: Daniel, agora vim para fazer-te entender o sentido... és muito amado". (Dn 9:21-23).

Onde está o povo de oração na casa de Deus hoje? Onde estão os pastores fiéis que buscam o Senhor dia e noite? São esses que receberão a instrução e o entendimento, porque são muito amados do Senhor Jesus.

Tal como Daniel, esses servos se identificam com os pecados da nação e da igreja, e o confessam. E clamam, em humildade: Ó Senhor, mostre onde me desviei, onde sou achado em falta. E me ajude a enfrentar e a tratar disso. Custe o que custar, Deus, faça com que eu continue ajoelhado. Desejo ardentemente ver o Espírito Santo restaurando a igreja enquanto é tempo porque breve Jesus virá.

IV – A integridade do jovem Daniel serve como um modelo para a juventude do nossos dias.

A decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de conveniência ou saúde (Dn 1.8). A palavra traduzida por contaminar-se “gaal”, pode significar contaminação física (Is 63.3), “mancha”, contaminação moral (Sf 3.1), ou, mais frequentemente, contaminação cerimonial, mas para o jovem Daniel significava contaminação espiritual que o faria desviar-se da comunhão com Deus e dos propósitos de Deus para com ele naquele país estranho e distante. (Ed 2.62; Ne 7.64).

Vejamos algumas lições da fidelidade do profeta Daniel para com Deus. Dn. 4.1-3

4.1 Daniel foi um modelo de excelência e de intimidade com Deus. Mesmo tendo sido levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel conhecia a Deus e não o trocaria por iguaria alguma que lhe fosse oferecida. É um modelo para os jovens (Ec 12.1), como também foram outros jovens na história bíblica como Samuel (1Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1Sm 16.12),Timóteo (2Tm 3.15). Durante toda a sua vida, Daniel foi um exemplo de fidelidade, integridade e de oração, pois orava três vezes ao dia, continuamente (Dn 6.10).

4.2 Daniel foi um modelo de integridade numa sociedade corrupta. (Dn 1.6,7). Apesar de todo o esforço de seus exatores que os trouxeram para uma terra estranha e pagã, com costumes e hábitos, dedicados a outros deuses, Daniel soube, durante toda a sua vida, manter-se íntegro moral, espiritual e fisicamente através da oração. A mudança de nome não os fez esquecerem de sua fé e seu Deus Vivo e Poderoso (Dn 1.6,7).

4.3 Daniel foi um modelo de superação pela fidelidade a Deus (Dn 1.20). Neste versículo a poderosa mão de Deus dirigiu todo o curso dos acontecimentos, bem como, a saúde física, o vigor intelectual e a capacidade de superar inteligências comuns. O texto diz que “Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as ciências das letras e sabedoria…” (Dn 1.17), tudo aquilo que os outros príncipes do palácio não tinham.


V – Os perigos e riscos das culturas idólatras e das culturas de egolatrismo e egocentrismo no mundo moderno.       

Daniel era radical em sua posição e não estava aberto a mudanças, se essas interferissem em sua fidelidade a Deus. Ele e seus companheiros compreenderam que a “babilonização” era uma porta aberta para a apostasia. Daniel não negociou seus valores, não se corrompeu e nem se mundanizou. Também não satanizou a cultura, dizendo que “tudo era do diabo”, mas percorreu com sabedoria os corredores da universidade e do palácio sem se corromper. Nos setenta anos de cativeiro do povo Judeu na Babilônia, os Judeus quase perderam sua identidade e sua comunhão com Deus, com exceção de Daniel que lutou pela libertação do povo Judeu daquela escravidão. 


Analisemos as posições e valores inegociáveis de Daniel. 

5.1 O perigo da mudança dos valores (Dn 1.7). Assim que chegaram na Babilônia seus nomes foram trocados. Com isso a Babilônia queria que eles esquecessem o passado e seu Deus. A Babilônia quis remover os marcos e arrancar suas raízes. Entre os hebreus, o nome era resultado de uma experiência com Deus. A universidade da Babilônia queria tirar a convicção de Deus da mente de Daniel e de seus amigos e implantar neles novas convicções, novas crenças, novos valores, por isso mudaram seus nomes. A Babilônia mudou os nomes deles, porém, não mudou seus corações. Daniel e seus amigos não permitiram que o ambiente, as circunstâncias e as pressões externas ditassem sua conduta.

5.2 O perigo das iguarias do mundo (Dn 1.8-a). Os jovens, além de ter a melhor universidade do mundo de graça, ainda teriam comida de graça, e da melhor qualidade. Os alimentos consumidos pelos pagãos continham coisas consideradas cerimonialmente imundas para os judeus. A carne da mesa do rei era sem dúvida morta de acordo com o ritual pagão e oferecida a um deus. Os judeus estavam proibidos de comer carne sacrificada a um deus pagão (Êx 34.15). Os judeus sempre enfrentaram este problema ao comer fora de sua terra (Lv 3.17; 6.26; 17.10-14; 19.26; Os 9:3, 4; Ez 4:13, 14).

5.3 O perigo das ofertas vantajosas (Dn 1.19). Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas generosas da Babilônia. Esqueceram de Sião e dos absolutos da Palavra de Deus. A Lei já não servia mais para eles. Agora estavam num “estágio mais avançado” estudando as ciências do mundo. Além do mais, a Babilônia oferecia riquezas, prazeres e delícias. A lei de Deus, pensavam, é muito rígida, tem muitos preceitos. E assim, muitos se esqueceram de Deus e de Sua Palavra (2Rs 24.14). Para eles, tudo havia se tornado relativo e ultrapassado. No entanto, Daniel era ortodoxo, ou seja, vivia em plena obediência a Palavra do Senhor (Dn 1.8).

Daniel foi um jovem fiel a Deus e, apesar de ter um passado de dor, sua vida e sua conduta integra, são um farol a ensinar-nos o caminho certo no meio da escuridão do relativismo; vivemos num mundo que tudo hoje e relativo e sem valores absolutos, principalmente na área da fé cristã. Seu testemunho rompeu a barreira do tempo e ainda encoraja homens, mulheres e jovens em todo o mundo a viver com integridade,  santidade e comunhão com Deus em nossos dias.

As firmes promessas de Deus para os que permanecerem fiéis.

Jeremias 29.11-13

11. Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.

12. Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.

13. E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.


Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

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