O CÁLICE DA IRA E DA INDIGNAÇÃO DO SENHOR
Este
texto de Isaías mostra bem o que é a realidade de nossos dias. Quase ninguém
mais se importa com a verdade, quase ninguém se importa com a verdadeira
justiça, quase ninguém se importa com a dor e o sofrimento dos outros,
inclusive seus próprios familiares. Isto porque só é dado valor dependendo de
quem está falando, não importando se está falando a verdade, se está falando
uma aparente verdade, se está falando uma mentira ou se está enganando os seus
ouvintes. Pasmem vocês que estas coisas estão acontecendo nos púlpitos das
igrejas evangélicas por líderes religiosos famintos em tragar as posses
financeiras e patrimoniais dos seus ouvintes.
O
profeta Isaías (59.12-14 ARC) confessa a gravidade da situação degradante da
humanidade já no seu tempo.
12.
Porque as nossas transgressões se multiplicaram perante ti, e os nossos pecados
testificam contra nós; porque as nossas transgressões estão conosco, e conhecemos
as nossas iniquidades;
13.
como o prevaricar, e o mentir contra o Senhor, e o retirarmo-nos do nosso Deus,
e o falar de opressão e rebelião, e o conceber e expectorar do coração palavras
de falsidade.
14.
Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe, porque a verdade
anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar.
O
cálice da ira e da indignação do Senhor estão pestes a serem derramados.
O
que é o cálice da ira do Senhor? (Salmo 75:9-10). Vamos seguir a lógica da
sequência dos fatos sobre a pessoa de Jesus Cristo que veio ao mundo como
Sacerdote Eterno, na sua ressurreição tornou-se Rei sobre todas as gentes e no futuro será o Juiz de todos os povos,
línguas e nações, dando a cada um o merecido gozo eterno, para aqueles que O
adoraram e O aceitaram em vida como seu suficiente Senhor e Salvador, e para
aqueles que o rejeitaram, irão para a condenação eterna que é a segunda morte
de Apocalipse 21.8.
"Porque
na mão do Senhor há um cálice, cujo vinho espuma, cheio de mistura, do qual ele
dá a beber; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas
escórias”. (Salmos 75: 8).
É
deste cálice que hoje queremos falar com você. Ele dá uma visão alarmante e
despertadora do nosso Deus e Salvador, para avisar às nações o que poderá
acontecer com aqueles que rejeitaram e rejeitam a Jesus Cristo, O nosso Eterno
Salvador. Não é "Deus em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo",
mas Deus, o Juiz, Cristo, o Juiz, que estarão atuando no final dos tempos. Não
é o Rei com o cetro de ouro, convidando todos a se aproximarem; é o Rei
ressuscitado na ira, na noite do dia da graça, para "julgar todos os
ímpios da terra".
Existe
um inferno, um inferno infinito para os que lá serão lançados para sofrer
eternamente, é a chamada condenação eterna que está esperando o ímpio. O Juiz
Jesus nos adverte disto; a fim de que nenhum de nós possa ser lançado naquele tremendo
local de angústia e aflição eterna.
Alguém
pode pensar e até dizer em seu coração que Deus é tão amoroso e não faria isso.
Não digais em vossos corações: "Deus é muito amoroso e misericordioso para
condenar uma alma a tal aflição"; não pense que alguém que se distanciou
de Deus ou nunca quis aceitar a Jesus Cristo como Senhor e salvador, vai ficar
impune, Deus tem dado neste tempo da graça, todas as oportunidades possíveis
para que o povo seja salvo.
Se
continuar no pecado, saberá tarde demais que o juiz condena; não porque Ele não
seja infinitamente amoroso, mas porque o seu pecado o obriga a fazê-lo. Ouça o
que está escrito: que todo incrédulo beberá deste vinho da indignação e da ira de
Deus.
I. O
que é a taça da ira de Deus.
A idéia
geral do versículo é que há uma ira terrível contra o pecado para ser
manifestada por Deus, muito além da concepção da palavra. Deus derramará o
furor da Sua ira contra o pecado e contra aqueles que deliberadamente o
praticam. Como está escrito em Ezequiel
18.4: "A alma que pecar, essa morrerá". E, no Salmo 7:11-13,
"Deus é um juiz justo, um Deus que sente indignação todos os dias. Se o
homem não se arrepender, Deus afiará a sua espada; armado e retesado está o seu
arco; já preparou armas mortíferas, fazendo suas setas inflamadas”.
No
Salmo 11:6-7 diz "Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um
vento abrasador será a porção do seu copo. Porque o Senhor é justo; ele ama a
justiça; os retos, pois, verão o seu rosto”.
No Salmo 21:9 diz: "os fareis como forno
de fogo no tempo da vossa ira".
Em
Jó 36:18, "Cuida, pois, para que a ira não te induza a escarnecer, nem te
desvie a grandeza do resgate. Prevalecerá o teu clamor, ou todas as forças da
tua fortaleza, para que não estejas em aperto”?
Em
Romanos 2:5,6 lemos, "Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente,
entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus, que
retribuirá a cada um segundo as suas obras”.
Em Apocalipse 14:9-10, também a Palavra
continua dizendo: "Seguiu-os ainda um terceiro anjo, dizendo com grande
voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na fronte, ou
na mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem
mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos
santos anjos e diante do Cordeiro”. Podem as palavras ser mais enfáticas para
expressar a indignação de Deus em relação ao pecado do homem?
Do
cálice é dito ser uma porção medida. Salmo 11:6 e Salmo 16:5, "O Senhor é
a porção do meu cálice". É frequentemente usado para expressar um valor
total; como quando o cumprimento da maldição é chamado de "cálice de
tremor" em Isaías 51:22 e em Ezequiel 23:31-33, a ira sobre Samaria é
"o cálice de Samaria".
A
ira de Deus será dada em uma porção medida, deliberada e justamente
considerada. Não haverá nada de capricho, nada de arbitrário, no julgamento de
Deus sobre o pecado; todos devem ser razoavelmente ajustados. Aqui estão os
pecados, há o cálice de um tamanho proporcional ao pecado, e cheio. As
perfeições de Deus dirigem e ditam o preenchimento dele. É "um cálice de
vinho tinto". Ele também o chama de "O vinho da minha fúria"; e
Apocalipse 16:19, é "Vinho do furor da sua ira". No Oriente, o vinho
tinto era geralmente o mais forte; mas além disso, a natureza ardente do conteúdo
é indicada pela cor.
Este
"vinho tinto" é pressionado para fora das uvas pelos atributos
divinos. Deve ser a essência concentrada da ira; nenhuma porção fraca, mas uma
como aquela citada em Jeremias 25:16, onde eles "Beberão, e cambalearão, e
enlouquecerão, por causa da espada, que eu enviarei entre eles"; ou em
Ezequiel 23:32-34, "Assim diz o Senhor Deus: Beberás o cálice de tua irmã,
o qual é fundo e largo; servirás de riso e escárnio; o cálice leva muito. De
embriaguez e de dor te encherás, do cálice de espanto e de assolação, do cálice
de tua irmã Samaria. Bebê-lo-ás pois, e esgotá-lo-ás, e roerás os seus cacos, e
te rasgarás teus próprios peitos; pois eu o falei, diz o Senhor Deus”.
Vocês
estão entendendo que Deus avisa para os povos e nações que virá um cálice da
indignação e da ira de Deus sobre aqueles que não dão valor aos avisos dEle e
não se arrependem dos seus pecados?
Aquele
cálice da indignação e da ira de Deus é misturado: "misturado com
especiarias para se tornar o mais forte possível”. Isto significa que a
qualidade natural do vinho foi reforçada; sua força tem sido intensificada por
vários ingredientes lançados nele. Tal é o sentido do "vinho
misturado" em Isaías 5:22, e em Provérbios 9:5 que diz: "Vem ...
beber do vinho que eu tenho misturado". Devemos distinguir isso da
expressão "sem mistura", em Apocalipse 14:10, onde o escritor quer
dizer que não há infusão de água para enfraquecer a força do vinho.
No
Salmo 95, há tudo o que pode aumentar a amargura da taça; e vamos perguntar, o
que podem ser esses vários ingredientes? De todos os lados da natureza do
pecador perdido, surgirão formas de miséria. O corpo, assim como a alma, devem
estar imersos em angústia sem fim, em meio à miséria incessante do eterno
exílio e da prisão solitária. Além disso, cada atributo da Divindade lança
alguma coisa no cálice.
A
justiça está lá, de modo que o homem rico no inferno (Lucas 16) não ousa
insinuar que seu tormento é muito grande. Misericórdia e amor aguardam e lançam
sobre ele seus ingredientes, testemunhando que o pecador foi tratado com
longanimidade e salvação colocadas ao seu alcance em vida. Há o agravamento que
este pensamento vai emprestar à miséria. A onipotência contribui para ela; o
homem perdido e sem Deus é totalmente impotente, tão fraco como um verme! A
eternidade é um ingrediente, dizendo que esta ira persiste enquanto Deus vive.
E a verdade está lá, declarando que tudo isso é o que Deus falou, e assim não
pode ser alterado sem derrubar Seu trono.
Embora
a vergonha, o desprezo e a consciência de ser repudiado por todo ser santo,
ferirem ferozmente a alma, há ingredientes lançados pelo próprio pecador em sua
tentativa de defesa própria, que nunca funcionaram. Sua consciência afirma e
atesta que este mal é todo merecido, e o ser humano passa a detestar a si
mesmo. A memória recorda oportunidades passadas e tempos de esperança
desprezados. O pecado continua aumentando, e as paixões se enfurecem; os
anseios roem a alma insatisfeita com fome eterna de libertação.
Pode
ser que cada pecado em particular contribua para a mistura dessa ira de Deus
gerando uma aflição para as concupiscências gratificadas; uma aflição por cada
ato de embriaguez, toda falsidade e desonestidade, uma aflição por cada convite
rejeitado, e todas as ameaças desconsideradas. Quem pode dizer o que mais pode
ser significado pelas palavras: misturado com especiarias?
Tem
"borra" nele. As escórias estão no fundo, fora da vista, mas são as
mais amargas. Será que estas significam desgraças ocultas ainda não concebidas
por qualquer um? Tal como pode ser sugerido nas palavras: "Melhor nunca
ter nascido!" Tal como as aflições de Cristo parecem falar? Estas serão o
contrário das alegrias do homem salvo, "que nunca entraram no
coração" para serem imaginadas.
Os
apóstatas parecem às vezes ter começado a provar essas borras (castigos). Os apóstatas
já provaram, mostraram um pouco do que podem ser essas borras que literalmente
são aflições e castigos aqui mesmo na terra. É uma pequena mostra da realidade nos
tempos vindouros. Pois será a ira daquele cujo fôlego faz as montanhas
fumegarem e as rochas da terra afundarem. A segurança planejada pelo homem,
ruíra sem detença como os fortes muros de Jericó caíram por terra. Toda a terra
experimentará a loucura assombrosa do desespero infinito.
Deus
"derrama do mesmo". "Os ímpios beberão isto até a sua própria
escória”. Eles não devem ser apenas mostrados; este não é um cálice cujo
conteúdo só deve ser exibido e, em seguida, retirado. Não, o ímpio deve
"beber" e não pode recusar. Quando um sábio ateniense foi julgado
para beber o cálice de veneno, ele foi capaz de protestar em favor da sua
inocência, e assim diminuir a amargura do projeto, embora ele tomou como
adjudicado pelas leis de seu país. Aqui, no entanto, não haverá nada como
protesto para não se beber, nada provocará o tal alívio do terrível cálice que
o pecador deve beber! "Deus derrama", e a alma culpada "beberá
até sua própria escória”, infelizmente.
Jó
27:22, diz: "Eles fugirão com alegria da sua mão", mas não podem,
porque está escrito: "Deus se lançará sobre eles, e não poupará". Em
Jeremias 25:15-16, temos o Senhor com o mandamento peremptório: "Pois
assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este cálice do
vinho de furor, e faze que dele bebam todas as nações, às quais eu te enviar.
Beberão, e cambalearão, e enlouquecerão, por causa da espada, que eu enviarei
entre eles”. E, mais adiante, Ele insiste, no versículo 28, "Se recusarem
tomar o copo da tua mão para beber, então lhes dirás: Assim diz o Senhor dos
exércitos: Certamente bebereis, “Eles beberão da ira do Todo-Poderoso".
(Jó 21:20).
E o
que significam as palavras já citadas em Apocalipse 14:10? "Também o tal
beberá do vinho da ira de Deus, que se acha preparado sem mistura, no cálice da
sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante
do Cordeiro”?
Não
será, por parte de Deus que acontecerá um mero e silencioso sentimento de
indignação pelo pecado; deve haver aflição de maldição. Não há nenhum trovão
enquanto a eletricidade dorme na nuvem. Os sete selos não mostraram liberação
para a terra, enquanto intactos; as sete trombetas não convocaram vingadores,
até que soaram; as sete taças não trouxeram juízo algum, mas somente nas mãos
dos anjos. Assim, a pena deve ser exigida, e exigirá a eternidade para exprimir
tudo o que ela significa para o pecador inconverso e ímpios que rejeitou a
salvação na pessoa de Jesus Cristo o Unigênito filho de Deus.
Tentamos
aqui dizer alguma coisa dessa condenação; mas quais são as palavras do homem
sem temor de Deus? Você viu um vaso poroso, no qual estava o licor fino
aromático. Do lado de fora, você sentiu a umidade e teve uma ideia do que
estava dentro. Assim são nossas palavras hoje. E lembre-se que cada novo pecado
seu vai jogar mais ingredientes na mistura. É o próprio Deus misericordioso que
fala em Ezequiel 22:14: "Poderão as vossas mãos se fortalecerem nos dias
em que eu me ocupar de vós? Eu, o Senhor, falei e farei". É terrível ler e
ouvir esta proclamação da ira; mas tudo é dado para nos “obrigar” a fugir dela,
já que temos o poder de escolher, pelo livre arbítrio, se vamos obedecer a Deus
ou não.
II.
A história daquele que bebeu este cálice até a escória.
Nós
não o deixaríamos meramente contemplando os terrores daquela ira. Continuamos,
em conexão com isso, para falar de alguém cuja história tem uma influência
estranha no nosso caso.
Houve
somente um que "bebeu este cálice até sua própria escória”.
Caim
tem bebido por mais de 5.000 anos e encontra seu castigo maior do que ele pode
suportar, mas não chegou à escória.
Judas
Iscariotes está bebendo por cerca de
2.000 anos, muitas vezes gritando com um gemido que sacode o Inferno, "Oh,
que eu nunca tivesse nascido! Oh, que eu nunca tivesse visto ou ouvido falar do
Senhor Jesus Cristo!" Mas ele não alcançou ainda a escória.
Os
anjos caídos não chegaram perto da escória, pois não chegaram ao julgamento do
Grande Dia.
O
Único que provou, tomou, bebeu e espremeu o mais amargo da escória amarga, foi o próprio Juiz, que ali era o servo, o
Senhor Jesus.
Você
sabe quantas vezes, quando na terra, Ele falou sobre isso? "Você é capaz
de beber o cálice de que eu vou beber”? (Mateus 20:22). "O cálice que meu
Pai me deu, não o beberei”? (João 18:11). O universo o viu com ele em seus
lábios. Era a nossa taça de tremor; o cálice em que a ira devida à "multidão
que nenhum homem pode numerar" foi misturada. Que ira, que aflição.
Algumas gotas o fizeram clamar: "Agora está minha alma profundamente
perturbada". No jardim, a visão dEle retorcia as entranhas e fez soar as
misteriosas palavras: "Minha alma está muito triste, até a morte".
Embora Deus-Homem, Ele cambaleou pelo que viu, e continuou tremendo.
No
dia seguinte, no Calvário, Ele bebia tudo em nosso lugar. Suponho que as três
horas de escuridão podem ter sido o tempo em que Ele "estava bebendo as escórias";
pois então se levantou de Seu coração quebrado o gemido que assim apelou para o
coração do Pai: "Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste"? Quando
Ele terminou a última gota, e gritou: "Está consumado".
Podemos
acreditar que os anjos sentiram um alívio inconcebível e até mesmo o próprio
Pai que virou-lhe as costas para não ver tamanho sofrimento para salvar os que
se haviam perdido. Tão tremenda foi a ira e a maldição, a ira e a maldição
devidas pelos nossos pecados.
Em
tudo isso, não havia nada demais. O amor protestaria contra uma gota demais; e
nunca aches que Deus excede. Ele não se apressou em ficar com a mão de Abraão,
quando já havia sido feito o suficiente em Moriá? E naquele mesmo lugar
novamente, o dia de Davi, quando a Justiça havia declarado suficientemente a
nitidez de sua espada de dois gumes, não se apressou novamente a livrar,
gritando: "Basta!" Quanto mais então, quando era Seu amado Filho!
Ele
buscou dEle, tudo o que era necessário para a justiça. E assim encontramos nesta
transação, o que pode muito bem ser uma boa notícia para nós. Pois Jesus bebeu
aquele cálice como substituto da "grande multidão", o Seu povo
inumerável, dado a Ele pelo Pai e assim os libertou de nunca provarem nem mesmo
uma gota daquela feroz ira, aquele "cálice de vinho tinto, misturado com
especiarias", com suas escórias, seus terrores desconhecidos.
Agora,
este único, que Ele sozinho tanto bebeu, até o fim, apresenta aos pecadores de
nosso mundo, a taça vazia. Sua própria taça esvaziada! Ele a envia pelo mundo,
chamando a humanidade, os pecadores a tomá-la e oferecê-la ao Pai como
satisfação pelos seus pecados. Vem, companheiro, pega-o e guarda-o diante de
Deus! Exclame, e você é absolvido!
Sim,
se você está ansioso para ser salvo e abençoado, tome este cálice esvaziado.
Por mais frio que esteja o seu coração, por mais aborrecido que seja o seu
sentimento, por mais leve que seja a sua tristeza pelo pecado, tome este cálice
esvaziado. Seu apelo a este cálice esvaziado detém o julgamento imediatamente.
Não pense que você precisa suportar alguma
angústia de alma, alguma grande tristeza, tomar alguns goles do vinho tinto,
muito menos provar sua escória, antes que você possa ser aceito. Que presunção
irrefletida, imitando Cristo em Sua obra expiatória! Se Uzias, o rei,
apresentando incenso quando deveria ter deixado que o sacerdote o fizesse por
ele, foi ferido por sua presunção - tome cuidado para não ser empurrado para
fora, se você presume trazer o incenso imaginário da sua tristeza e lágrimas
amargas. É a taça vazia que nos é oferecida, não o cálice molhado com nossas
lágrimas, ou sua pureza obscurecida pelo sopro de nossas orações. Nossos
sentimentos, nossas graças, nada podem fazer nada senão lançar um véu sobre os
méritos perfeitos de Cristo!
Filhos
de Deus que usaram este cálice, continuem suplicando-o sempre. Faça-o sempre o
fundamento de sua garantia de aceitação. Examine-a com frequência e veja bem
como Deus foi glorificado aqui, e quão abundantemente ilustra e honra as
reivindicações da justiça de Deus. O pagamento integral de todas as
reivindicações avançadas pela Justiça está aqui! O que então permanece, senão
que você agradeça e tome esta salvação, muitas vezes cantando:
“Uma
vez foi meu, aquele cálice de ira, e Jesus bebeu tudo”.
O
que deve impedir sua alegria triunfante? Esteja cheio de gratidão; e deixe esta
gratidão aparecer em seu testemunho para outros saberem que o que Ele fez por
você, pode fazer para eles.
Porque
de novo lhes dizemos, pecadores, se não o aceitarem, em breve não terão
oportunidade de escolha. Que eu nunca veja uma das minhas pessoas amadas
bebendo esse cálice terrível! Que eu nunca
possa vê-lo posto em suas mãos! O gemido de uma alma, morrendo em pecado,
às vezes é ouvido deste lado do céu, e é a mais triste e mais assustadora de
todas as cenas solenes e terríveis. Mas o que é isso, em comparação com o
consumo real da taça, e sorvendo a suas
escórias!
Nunca
satanás pode ter o poder de acusá-lo por ter tido uma vez a oferta de salvação,
uma oferta nunca feita a ele! Parece-me que todos os domingos, especialmente, o
Senhor, leva os ouvintes do evangelho para um canto recôndito e tranquilo, e
coloca diante deles a "taça de vinho tinto, misturada com
especiarias", e depois a taça vazia de Jesus. Mais sinceramente, com mais
compaixão, pressiona-os a decidirem e serem abençoados. Homens e irmãos, nunca
descansem até que o Espírito Santo tenha exposto aos seus olhos a Cristo
glorificado que bebeu o cálice, para que você veja nele a sua salvação e a
glória de Deus garantida além da controvérsia, além do poder de satanás para
questionar ou atacar.
Encerro
esta postagem com a mesma referência bíblica do profeta Isaías no início, agora
com a Nova Tradução na Linguagem de Hoje.
A
justiça é posta de lado, e o direito é afastado. A verdade anda tropeçando no
tribunal, e a honestidade não consegue chegar até lá. A verdade desapareceu, e os que procuram ser
honestos são perseguidos. O Senhor se desgostou ao ver que não havia
justiça. Ele ficou espantado quando viu
que não havia ninguém que socorresse o seu povo. Então com a sua própria força
ele venceu e, por ser o Deus justo, conseguiu a vitória. Isaías 59:14-16
NTLH.
Deus
abençoe você e sua família.
Pr.
Waldir Pedro de Souza.
Bacharel
em Teologia, Pastor e Escritor.
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