A IGREJA NÃO É MAIS A MESMA, O QUÊ ACONTECEU?
2
Timóteo 3
1 Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
2 Porque
haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos,
blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,
3 Sem
afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor
para com os bons,
4 Traidores,
obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
5 Tendo
aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
6 Porque
deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres
néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;
7 Que
aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.
8 E,
como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à
verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.
9 Não
irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também
o foi o daqueles.
10 Tu,
porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé,
longanimidade, amor, paciência,
11 Perseguições
e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra;
quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;
12 E
também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão
perseguições.
13 Mas
os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo
enganados.
14 Tu,
porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de
quem o tens aprendido,
15 E
que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio
para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 Toda
a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir,
para corrigir, para instruir em justiça;
17 Para
que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa
obra.
Depois do ocorrido em 11 de Setembro de 2001
nos Estados Unidos o mundo mudou.
Houve grandes transformações sociais,
políticas, religiosas e bélicas no mundo inteiro, com todos os países dizendo
que trabalha pela paz, mas armando até os dentes para viver em paz com seus
vizinhos. É o mundo dos poderosos. Quem manda mais é quem se arma mais. Cada
dia uns entram em conflitos diplomáticos e ou bélicos com os outros “que
aparentemente são amigos”, que é o caso da Rússia com a Ucrânia, mas o valor
das bombas atômicas e da energia nuclear vale mais do que qualquer coisa pra
eles. O ser humano tornou-se simplesmente massa de manobras e buchas de canhão.
O quê realmente aconteceu no dia 11 de
Setembro de 2001?
Os ataques ou atentados
terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas
como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra
os Estados Unidos.
Foram coordenados pela organização
extremista e fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro
de 2001.
Na manhã daquele dia 11 de Setembro,
dezenove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de
passageiros.
Os sequestradores, suicidas, colidiram
intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do complexo
empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando
todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios.
Ambos os prédios desmoronaram duas horas após
os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos.
O terceiro avião de passageiros colidiu
contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores
de Washington, D.C.
O quarto avião caiu em um campo aberto
próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus
passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos
sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital
norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.
Depois de muitos questionamentos sobre o
assunto e depois de muitos debates e interpretações através da imprensa, das
mídias sociais e dos grandes grupos de reportagens e de informações no mundo
inteiro, finalmente a verdade foi dita na TV Americana.
A filha de Billy Graham estava sendo
entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: "Como é que
Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de
setembro?" Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia: "Eu creio
que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por
muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do
nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio
que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua
benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais
conosco?" À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos
terroristas, tiroteio nas escolas e outras coisas. Eu creio que tudo começou
desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era
impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia
tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.
Depois disso, alguém disse que seria melhor
também não ler mais a Bíblia nas escolas. A Bíblia que nos ensina que não
devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós
concordamos com esse alguém. Logo depois outros interessados no assunto disseram
que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal,
porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos
prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: "Um
perito nesse assunto deve saber o que está falando". E então concordamos
com ele. Depois alguém disse que os Professores e Diretores das Escolas não
deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi
decidido que nenhum Professor poderia disciplinar os alunos. (há diferença
entre disciplinar e tocar). Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas
filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos
questionar. Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas
camisinhas, quantas eles quisessem para que pudessem se divertir à vontade. E
nós dissemos: "Está bem!" Então alguém sugeriu que imprimíssemos
revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa
sadia e uma apreciação natural do corpo feminino. E nós dissemos: "Esta
bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e
fazer isso". Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e
publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à
disposição da internet, (ficando expostas aos estupradores, etc).
Agora nós estamos nos perguntando por que
nossos filhos não têm consciência e por que não sabem distinguir entre o bem e
o mal, o que é certo e o que é errado;
por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de
classe ou a si próprios.
Provavelmente, se nós analisarmos seriamente,
iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que semeamos, só aquilo
que plantamos.
Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus:
"Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?" A resposta
dEle: "querida criança, não Me deixam entrar nas Escolas!" É triste
como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está
indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os
Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, do que O Deus que nós falamos
que seguimos, ensina.
É triste como alguém diz: "eu creio em
Deus". Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal, também
"crê" em Deus. É impressionante como somos rápidos para julgar mas
não queremos ser julgados! Como podemos enviar centenas de piadas pelo
whatsApp, pelo facebook, pelo e-mail, por todas as redes sociais, elas se
espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar uma mensagem falando de Deus,
por algum desses veículos, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a
outros!
É triste ver como o material imoral, obsceno
e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de
Deus é suprimida rapidamente na Escola e no trabalho.
Vejamos os pormenores da hipocrisia e da apostasia dos líderes políticos e religiosos dos nossos tempos.
Faremos
aqui apenas um pequeno resumo sobre o tema, lembrando que a educação das
crianças é dada em casa pelos pais ou responsáveis e o ensino das matérias
seculares, incluindo a alfabetização das crianças é na escola com um
acompanhamento severo dos pais.
Passamos a mostrar a relação entre as
transformações das organizações religiosas e a vivência de prazer e “sofrimento”
de seus líderes. Por sua expressividade no contexto religioso brasileiro e
ainda pelas diferenças na estrutura, na hierarquização, na dogmática, nas
estratégias de crescimento, estudaram-se duas organizações religiosas
protestantes: uma neopentecostal e outra tradicional.
Devemos lembrar que nossa intenção não é
generalizar ninguém e nem as igrejas, seus líderes e suas religiões.
Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas
individuais com 10 líderes de cada uma das organizações religiosas citadas. Os
resultados apontam em ambas organizações que o prazer está associado a
sentimentos de identificação, orgulho, realização e reconhecimento pelo
trabalho realizado. Já que tudo tem um preço, o sagrado, segundo eles, também
tem um preço. O “sofrimento” está vinculado ao desgaste físico no exercício ministerial,
emocional, sentimentos de desvalorização, angústia e culpa, podendo ser
atribuído à diversidade de atividades, pressão por produtividade, excessiva
carga de trabalho, exigência moral, grandes expectativas e lida constante com
os problemas psicossociais da comunidade. De maneira geral, observa-se uma
vivência de prazer-sofrimento semelhante a outras profissões, inclusive as
formas de enfrentar o sofrimento, com exceção da espiritualização dos
problemas.
Será que há prazer (e sofrimento, segundo eles) no trabalho dos líderes religiosos numa organização protestante neopentecostal e noutra tradicional? É claro que tudo isso recheado com muitos políticos e muita política ao seu redor, com muita corrupção, muita enganação e muitas falsas promessas de não faltar dinheiro e riquezas à quem lhes apoiar em seus projetos políticos.
Fica bem claro o que está acontecendo no
mundo religioso. Muitos líderes vendem até a alma pro diabo em nome de ter
muitas riquezas, muitas propriedades, muitas mulheres, muita fama, etc, e
vendem os votos dos fiéis como um curral fechado que obedecem suas ordens sem
questionamentos. Objetiva-se aqui mostrar a relação entre as transformações das
organizações religiosas e a vivência de prazer e sofrimento(?) de seus líderes.
Por sua expressividade no contexto religioso brasileiro e ainda pelas
diferenças na estrutura, na hierarquização, na dogmática, nas estratégias de
crescimento.
Os interessados no assunto estudaram duas organizações religiosas
protestantes:
Uma neopentecostal e outra tradicional. Será que,
sem considerar a liturgia habitual de cada segmento religioso, encontraram
diferenças relevantes em seus comportamentos diante da sociedade em virtude da grande
avareza que ronda os seus púlpitos?
Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas
individuais com 10 líderes de cada uma das organizações.
Os resultados apontam em ambas organizações
que o prazer está associado a sentimentos de identificação, orgulho, realização
e reconhecimento no trabalho. O aparente sofrimento está vinculado ao desgaste
físico, emocional, sentimentos de desvalorização, angústia e culpa, podendo ser
atribuído à diversidade de atividades, pressão por produtividade, excessiva
carga de trabalho, exigência moral, grandes expectativas e lida constante com
os problemas psicossociais da comunidade.
De maneira geral, observa-se uma vivência de
prazer-sofrimento semelhante a outras profissões, inclusive as formas de
enfrentar o aparente sofrimento, com exceção da espiritualização dos problemas.
Existem claro evidências de mudanças de paradigmas.
As igrejas evangélicas e as religiões pioraram a sua comunhão com Deus depois do 11 de setembro.
As organizações religiosas protestantes têm passado por diversas transformações ao longo dos anos, trazendo como consequências, mudanças de paradigmas históricos, influências na sua estrutura e definição dos modos de atuação profissional dos seus líderes, dos quais se exige atualmente uma formação acadêmica para o exercício da profissão (de fé). Tudo o que se fazia anteriormente, era feito por um chamado de Deus para as pessoas exercerem um ministério por vocação e não como por profissão como nos dias atuais. Muitos pastores e líderes evangélicos exigem um tratamento especial já que eles mesmos são os gestores dos recursos dignos e indignos que entram no setor financeiro de tais empresas de exploração da fé.
As
consequências são alarmantes, todos os que estão escandalizados com o
comportamento de suas lideranças, se desviam da fé e abandonam suas igrejas às
quais passam a criticar.
Tais consequências são o foco de análise
desse artigo, particularmente, as relações entre o modo como o trabalho se
insere nessas organizações, empresas, protestantes e as vivências de prazer e
de aparente sofrimento de seus lideres.
As transformações por que passam as
organizações religiosas hodiernas podem ser comparadas àquelas observadas no
cotidiano secular, cujos objetivos poderiam residir na igual busca do tripé:
qualidade, produtividade e eficiência.
A busca desse tripé pode ser atribuída a duas
grandes razões.
A primeira delas é as transformações do mundo
do trabalho, resultantes de uma política de mercado que igualmente atingem as
organizações religiosas e que exigem do trabalhador dedicação, competência e
eficiência em todas as suas atividades.
A segunda razão é a perda de sua importância
perante a sociedade, implicando ações mais agressivas das organizações
religiosas na busca por um número maior de fiéis.
Na situação pluralista de opções religiosas,
essas instituições se tornam agências de mercado da fé e as tradições
religiosas tornam-se comodities de consumo. Resulta daí uma individualização
da atividade religiosa, regulada por uma economia de mercado em que as
instituições se assemelhariam àquelas não-religiosas em que se estabelece uma
relação de troca.
Cada pessoa escolhe a igreja e a religião que
mais lhes convém e não mais aquelas mais espirituais, que mais oram e mais buscam a Deus, com exposição simples e direta da graça salvadora de Jesus Cristo pelo Espírito Santo, e sem segundas intenções.
Essa situação de competição entre as
organizações religiosas, própria de uma economia de mercado, inflaciona a
importância dos resultados a obter. Num cenário em que há uma diversidade de
instituições que também dão sentido à vida, as organizações religiosas competem
entre si para conquistar uma maior população de fiéis consumidores do milagre financeiro e patrimonial imediato.
Além disso, mais clara está a aproximação a outras organizações não-religiosas quando se percebe que há também nessas organizações uma produção de bens e serviços de consumo para a sociedade. Uma variedade de crenças, programas e itens de serviços são combinados com as necessidades dos "clientes-membros", buscando-se vender produtos que igualmente tenham qualidade, eficiência e produtividade, como em outras organizações não-religiosas. A fé por si só não basta. É preciso satisfazer o cliente e ainda estar antenado às demandas e transformações do mercado (religioso). Além disso há uma grande quantidade de áreas de diversão e entretenimento, inclusive jogos, para adultos e crianças. Sempre é considerada nestas áreas de consumo a venda até de bebidas alcoólicas.
Tal qual no mundo do mercado de trabalho
atual, como indica uma pesquisa, tem-se exigido do líder uma maior
flexibilidade na produção do seu trabalho com metas a serem alcançadas. Se não
atingirem essa meta os lideres os destituem de suas funções e colocam outros
que possam alcançar aquelas metas, geralmente financeira.
Há uma grande viabilidade de competências e
atividades, jornadas de trabalho cada vez maiores, decisões cada vez mais
dinâmicas e rápidas para enfrentar a demanda dos clientes e, por fim, uma maior
produtividade. Não basta ser apenas líder da igreja, tem que ser ambicioso, tem
que ser ganancioso, é preciso ser também advogado, psicólogo, político,
assistente social e ou Psiquiatra.
Não
basta ter apenas um culto no domingo, é preciso ter um culto para os jovens,
outro para os empresários, outro para os solteiros, outro para crianças com
determinadas faixas etárias e é claro tem cultos de hora em hora ou de duas em
duas horas principalmente nos finais de semana.
Nesse contexto do mercado religioso de
cobranças de produtividade, há uma busca cada vez maior por qualidade e
eficiência que se ancora e se ampara o presente estudo.
Partindo-se da concepção de que tal contexto
também influenciaria a vivência de prazer-sofrimento do líder religioso é que a
psicodinâmica do trabalho se mostra um aporte teórico pertinente. Afinal, sob
esse contexto haveria mais prazer ou mais sofrimento? E além disso, como esses
líderes lidam com o aparente sofrimento que
porventura possa ter lhe acometido e vivido?
Para a consecução desta análise, foram
selecionadas duas organizações religiosas: neopentecostais e tradicionais. A
viabilidade de estudá-las como organizações firma-se na definição apontada desde
2002 em que a organização se caracterizaria com base em uma comunidade de sentido
e de objetivos a serem atingidos por um determinado grupo e ainda que há aqui
uma produção de bens e serviços, que neste caso assume um caráter simbólico.
As transformações organizacionais e
dogmáticas da igreja, inseridas numa guerra da fé e dos milagres ($$$) (não
declarada) do mercado religioso em que as instituições religiosas se tornam
agências de mercado e das tradições, discursos e práticas religiosas com bens
para o consumo do agrado dos incautos consumidores, com a observância daquilo
que as necessidades da demanda dos frequentadores que exigem cada vez mais do
líder, seja para se manter no mercado, seja para obter melhores resultados, que
eu chamo de lucro. Dessa forma, ser apenas um pregador dominical não basta, tem
que ser empresário da fé, aliás, as tradicionais EBD, Escolas Bíblicas Dominicais, caíram no descrédito dos Líderes, com raras exceções, em virtude de exigir um grande investimento e geralmente não dá lucro financeira.
Teem que ser também um bom vendedor de sua marca, seu QRCode, seu número do pix, seus bens simbólicos ou reais, como venda de qualquer objetos ou amuletos, que a Bíblia os chama de baalins.
As
transformações não atingem apenas os aspectos observáveis das organizações, mas
outros tantos invisíveis à própria sociedade gerando esforço concentrado no
trabalho, principalmente nas redes sociais 24 horas por dia. São as chamadas
igrejas virtuais.
Pertencer a uma organização religiosa e ainda viver praticamente 24 horas diárias um preceito religioso, que, em princípio, serviria como fonte de prazer e de renda, não exime esses líderes de vivenciarem igualmente o investimento físico necessário para manter tudo funcionando. Segundo eles, o que geraria prazer, também tem gerado sofrimento, e que sofrimento (é difícil gerar lucros?) hein gente.
A igreja do Senhor Jesus não prevê lucros financeiros, mas sim salvação dos perdidos pecadores.
Os resultados apontaram que, de maneira geral, o prazer no trabalho desses líderes está vinculado a sentimentos de identificação, realização e reconhecimento da sociedade pelo seu incansável trabalho.
Já que este “sofrimento” está vinculado ao desgaste físico, desgaste
emocional, sentimento de desvalorização/valorização, angústia e culpas, cujas razões poderiam ser:
a diversidade de atividades, excessiva carga de trabalho, exigência de uma moral
ilibada, grandes expectativas da comunidade e lida constante da problemática
psíquica e social da comunidade, tudo isso foi declarado com enfase de sofrimento pelos consultados nesta pesquisa.
E para lidar com esse aparente sofrimento,
são utilizadas estratégias diferentes entre os grupos, mas todas de cunho
individualizado, diminuindo a possibilidade da socialização, repito, desse “aparente sofrimento” de modo a auxiliar na sua mediação e na sua transformação
do contexto que os faz sofrer.
Quem, na verdade, passa sofrimentos, mas não
reclama de nada porque têm prazer no seu chamado ministerial, são os que
anunciam o evangelho do Senhor Jesus à toda criatura, em qualquer lugar, em
qualquer país e em tempo e fora de tempo, são os vivem verdadeiramente pela fé, tendo apenas o cuidado de manter
o suficiente para sua manutenção e de sua família, enfim, são os verdadeiros adoradores
que adoram a Deus em espírito e em verdade.
As principais limitações do presente estudo
apontam para duas direções.
A primeira delas é o pequeno número de
participantes e tipo de organizações, que ora pode ser minimizado pela
característica que o estudo assume: um estudo exploratório. Numa indicação de
continuidade do estudo, outras organizações religiosas poderiam ser comparadas,
enriquecendo a análise do trabalho de seus líderes.
A segunda limitação é a fluidez entre
religião e o trabalho dos líderes religiosos. Religião e trabalho se mostraram
como conceitos muito fluidos em que não se sabia o que era realmente trabalho e
o que era parte da religião. Contudo, pautou-se por uma análise que se referia
à religião como parte do trabalho e a sua influência sobre o contexto de
produção.
Pretendeu-se, mesmo que minimamente,
colaborar com uma discussão sobre o impacto das transformações do mundo do
trabalho na atividade dos líderes das atuais organizações religiosas. A busca
(frenética) de crescimento organizacional, ora com um caráter mais qualitativo, ora mais
quantitativo, distancia os grupos analisados quanto a sua estrutura e até mesmo
da forma como enfrentar as influências e pressões do mercado religioso, mas ao
mesmo tempo as aproxima de outras várias organizações não-religiosas,
principalmente no que tange à busca do tripé: qualidade, produtividade e
eficiência. Isso pode ser verificado pela análise do prazer e sofrimento que
apontou grandes semelhanças de suas percepções a outros estudos de líderes não
religiosos, como feirantes, gerentes, bancários, engenheiros que ora também
sofrem pressões por resultados, desgaste e para isso utilizam-se das mesmas
formas de lidar com o sofrimento. Afinal, a religião parece não sustentar por
completo o sofrimento advindo do trabalho. É preciso mais que isso.
A solução da problemática deste assunto causa
vergonha a qualquer um que pretende ser um servo de Deus.
Temos que voltar para à simplicidade da fé e
do evangelho de Amor, porque Deus é amor.
Vivemos a realidade de uma cidade, um Estado, um país doente, e a igreja, muitas vezes, também está doente, com deformidades, heresias que tentam penetrar o evangelho, distorcendo o verdadeiro sentido da Palavra.
Certas pregações que vemos pela TV ou por outros meios de comunicação não têm
nada a ver com a Palavra de Deus, com a simplicidade da fé. A maior ameaça da
igreja não vem de fora, mas de dentro, ou seja, não são os idólatras, não são os
que acreditam em magia, não são os gnósticos, mas são os chamados
dissimuladores. O verso 4 de Judas diz: “Pois certos indivíduos se introduziram
com dissimulação na igreja, os quais, desde muito, foram antecipadamente
pronunciados para essa condenação, homens ímpios, que transformam em
libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor,
Jesus Cristo”.
A Palavra de Deus diz que esses dissimuladores são capazes de transformar a graça em
libertinagem. A graça é um favor imerecido, mas a distorcem em libertinagem.
Para eles, o senhorio de Cristo é apenas da “boca para fora”. O senhorio de
Cristo significa que Ele é soberano, autoridade máxima, que a Ele tudo pertence.
Nós pertencemos a Jesus.
Quando Jesus e seus discípulos caminhavam, as
multidões os seguiam, e muitos diziam: “Senhor, Senhor, Senhor”, e houve um
momento que Jesus disse: “Por que vocês me chamam Senhor, Senhor, mas não fazem
o que Eu vos mando”. É muito fácil falar “Ele é o Senhor” e não fazer a vontade
dEle; a nossa fé não é uma religião, é um relacionamento com o Senhor, é a
nossa intimidade com Deus. Quando dizemos que Jesus é nosso Senhor, até a
salvação vem por meio dessa declaração. Se confessarmos a Jesus como Senhor e
em nosso coração confessarmos que Ele é o nosso Salvador, seremos salvos (1Jo
1.9). Mas a confissão com a boca não pode apenas ser um som, precisa partir de
dentro para fora. Esses dissimuladores surgem por acaso, e é um processo. As
pessoas se transformam em dissimuladores quando lhes falta fé, e, além disso,
há o abandono da santidade (Judas 5-7), eles são comparados à Sodoma e Gomorra,
cidades que abandonaram totalmente a santidade, foram conduzidas à imoralidade
e, por isso, tiveram que ser destruídas. Os anjos não respeitaram os limites em
obedecer às fronteiras da própria vida, para viverem a impureza de forma tão
intensa.
A carta de Judas vem exatamente como um alerta, para termos restituição e
enxergamos a realidade de Deus para nós. Precisamos da restituição da Bíblia,
da Palavra em nossa vida. Que você e eu possamos pautar a nossa fé pela Palavra
e sempre dizermos: “Está escrito”. Não é o que sentimos, o que pensamos, mas
aquilo que está escrito. Os dissimuladores têm uma insatisfação destrutiva. Não
entendem e difamam.
Não podemos nos conformar com o estado em que estamos. Podemos e devemos
avançar, melhorar a cada dia, podemos ser mais. Mas a insatisfação dos
dissimuladores é algo que contamina, como se fosse um veneno terrível. Nada
agrada, tudo está errado, defeituoso. São murmuradores. A murmuração infecta, é
um pecado que leva à destruição. A Palavra diz: “Em tudo, dai graças”, (1Ts
5.18). Temos tudo para agradecer a Deus. Os murmuradores estão sempre
descontentes. Às vezes, o dissimulador se aproxima de você com interesse em
alguma coisa, está sempre buscando alguma vantagem, conseguir alguma coisa
usando você.
Precisamos olhar para as pessoas de baixo para cima, isso significa que os
outros serão sempre maiores que nós. Jesus nos ensinou humildade e não
arrogância. Ele lavou os pés dos discípulos. Isso é a simplicidade da fé.
Que possamos, a exemplo de Jesus, vivermos
como cristãos santificados na fé, que oram em espírito, guardam-se no amor de
Deus e esperam a vida eterna em Jesus Cristo. Cooperadores da obra de Jesus,
ajudando sempre os mais novos e vacilantes. Maranata, ora vem Senhor Jesus.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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