A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DOS FILHOS
A importância da disciplina e da correção dos
filhos.
15. A vara e a repreensão dão sabedoria, mas
o rapaz entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.
17. Castiga o teu filho, e te fará descansar e dará delícias à tua alma.
Para muitas pessoas hoje, contudo, disciplina é uma palavra feia. Elas veem toda a ideia a partir de uma luz negativa e restritiva que é associada a pensamentos de punição, dor, sofrimento e privação. Embora essas realidades possam estar envolvidas de certa maneira, toda verdadeira disciplina nunca é um fim em si mesma. Sempre é um meio para um fim desejável. Como Hebreus 12.11 explica: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça”.
Disciplina é uma atividade que acontece no
“momento” mas sempre tendo em vista o “depois”. É precisamente por causa dos
resultados positivos que Deus não retém a disciplina do povo que Ele ama. Essa
é uma verdade vitalmente importante de ser lembrada pelos cristãos quando
passam por provações e dificuldades. O autor da carta aos Hebreus enfatiza esse
ponto citando Provérbios 3.11-12 para encorajar seus leitores que não se
fatiguem ou desmaiem em meio ao sofrimento. Ele pede a eles (e a nós) que nos
lembremos de que Deus nos trata como filhos nessa passagem quando ele diz:
“Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando
por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho
a quem recebe”. (A quem ama). (Hb 12.5-6).
Da mesma maneira, Deus chama os pais a serem
como Ele é, amando os próprios filhos o suficiente a ponto de discipliná-los
apropriadamente. Ele faz isso expondo os benefícios positivos que derivam da
disciplina das crianças. “Corrige o teu filho, e te dará descanso, dará
delícias à tua alma”. (Pv 29.17).
Não apenas os pais se beneficiam, mas a criança
também se beneficiará. “A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a
vara da disciplina a afastará dela”. (Pv 22.15). Uma criança bem disciplinada
terá a sua insensatez exposta e corrigida de forma tão regular e
consistentemente que a beleza e a bondade da sabedoria se tornarão cada vez
mais atrativas a ela.
A Escritura deposita a responsabilidade de disciplinar as crianças diretamente sobre os ombros do pai e da mãe, especialmente do pai. A mais clara e sucinta declaração a respeito disso é feita por Paulo em Efésios 6.4: Pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor”. Esse versículo cobre toda uma gama de deveres paternais.
Como melhorar a disciplina dos filhos?
Como melhor disciplinar os filhos pode ser
uma tarefa difícil de aprender, mas é de importância crucial. Alguns afirmam
que a disciplina física (castigo corporal) como a palmada seja o único método
que a Bíblia apoie. Outros insistem que "castigos" e outras punições
que não envolvam a disciplina física são muito mais eficazes. O que diz a
Bíblia? A Bíblia ensina que a disciplina física é adequada, benéfica e
necessária, porém, sem violência.
Não entendam mal, não estamos de modo algum defendendo o abuso infantil, o
espancamento ou a violência. Uma criança nunca deve ser disciplinada
fisicamente a ponto de causar-lhe dano físico. De acordo com a Bíblia,
entretanto, a disciplina física, de forma apropriada e controlada, é algo bom e
contribui para o bem-estar e correto treinamento da criança.
Na verdade, muitos versículos e passagens bíblicas nos ensinam como promover a
disciplina física. “Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares
com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua
alma do inferno” (Provérbios 23:13,14; ver também 13:24; 22:15; 20:30). Há
também outros versículos que apoiam a correção física (Provérbios 13:24, 22:15,
20:30). A Bíblia fortemente enfatiza a importância da disciplina; é algo de que
todos precisamos para que sejamos pessoas produtivas, e é muito mais fácil se
aprendido quando somos mais jovens. Crianças que não recebem disciplina muitas
vezes crescem rebeldes, não têm respeito à autoridade e como resultado não
estão dispostas a prontamente obedecer e seguir a Deus. O próprio Deus usa a
disciplina para nos corrigir e conduzir ao caminho certo e para encorajar o
arrependimento por nossos atos errados (Salmos 94:12; Provérbios 1:7, 6:23,
12:1, 13:1, 15:5; Isaías 38:16; Hebreus 12:9).
A fim de aplicar a disciplina de forma correta e de acordo com os princípios
bíblicos, os pais devem estar familiarizados com o que a Bíblia diz sobre a
disciplina. O livro de Provérbios contém sabedoria abundante em relação à
educação dos filhos, tais como: "A vara e a repreensão dão sabedoria, mas
a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe" (Provérbios 29:15).
Este versículo descreve as consequências de não disciplinar uma criança - os
pais passam vergonha. Naturalmente, a disciplina deve ter como objetivo o bem
da criança e nunca deve ser usado para justificar o abuso e maus-tratos
infantis. Nunca deve ser usado para descarregar raiva ou frustração.
A disciplina é usada para corrigir e treinar as pessoas a seguir no caminho
certo. "E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de
gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos
exercitados por ela". (Hebreus 12:11). A disciplina de Deus é amorosa,
assim como deve ser entre o pai e seu filho. A disciplina física nunca deve ser
usada para causar danos ou dores físicas permanentes. A punição física deve ser
sempre seguida imediatamente por confortar a criança com a garantia de que
ele/ela é amada. Esses momentos são perfeitos para ensiná-la que Deus nos
disciplina porque nos ama e que, como pais, fazemos o mesmo pelos nossos
filhos.
Podem outras formas de disciplina, tais como castigos ou “tempo sentado”, ser
usadas no lugar da disciplina física? Alguns pais acham que seus filhos não
respondem bem à disciplina física. Alguns pais acham que castigos ou tomar algo
das crianças é mais eficaz em estimular a mudança de comportamento. Se esse for
realmente o caso, com certeza os pais devem empregar os métodos que melhor
produzem a mudança necessária de comportamento. Embora a Bíblia inegavelmente
defenda a disciplina física, a Bíblia está mais preocupada com o objetivo de
construir um caráter que agrade e Deus do que no método preciso utilizado para
produzir esse objetivo.
Para dificultar essa questão ainda mais é o fato de que os governos estão
começando a classificar todo o tipo de disciplina física como abuso infantil.
Muitos pais não dão palmadas em seus filhos por medo de serem denunciados ao
governo e correrem o risco de perderem os seus filhos. O que os pais devem
fazer se um governo tornou ilegal a disciplina física de crianças? De acordo
com Romanos 13:1-7, os pais devem se submeter ao governo. Um governo não deve
nunca contradizer a Palavra de Deus e a disciplina física é, biblicamente
falando, para o bem das crianças. No entanto, manter as crianças em famílias em
que pelo menos receberão um pouco de disciplina é muito melhor do que perder
crianças aos "cuidados" do governo.
Em Efésios 6:4, os pais são orientados a não provocarem os seus filhos à ira.
Em vez disso, devem criá-los nos caminhos de Deus. Educar uma criança na
"doutrina e admoestação do Senhor" inclui disciplina física
controlada, corretiva e amorosa.
A Psicologia aponta alguns motivos pelos quais os pais são os culpados dos filhos virarem delinquentes:
1) Pai que dá ao filho tudo que ele pede:
A criança crescerá pensando que tem direito a
tudo que desejar.
2) Pai que ri quando o filho fala palavrões:
A criança crescerá pensando que o desrespeito
é normal e engraçado.
3) Pai que não repreende por mal
comportamento:
A criança crescerá pensando que não existem
regras na sociedade.
4) Pai que limpa a bagunça do filho:
A criança crescerá pensando que os outros
podem assumir suas responsabilidades.
5) Pais que deixam de assistir TV porque o
filho grita quando tira do desenho: Crescerá pensando que não há diferenças
entre adulto e criança e que para conseguir o que quer, basta dar piti.
6) Pais que deixam que os filhos ouçam
músicas que vulgarizam a mulher, estimulem o sexo sem compromisso e a violência
com o diferente:
Não precisa nem dizer o que vai resultar, né?
7) Pais que dão aos filhos dinheiro a hora
que querem:
Crescerão pensando que dinheiro é fácil e não
hesitarão em pegar quando não conseguirem.
Pais
que se colocam sempre a favor do filho, independente de estar certo ou errado:
Crescerá acreditando que os outros o perseguem quando for contrariado.
“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”. Em Eclesiástico 30,1 diz: “Aquele que ama seu filho, castiga-o com frequência, para que se alegre com isso mais tarde, e não tenha de bater à porta dos vizinhos”.
Orientações importantes para a disciplina e a correção dos filhos.
Erros que pais e mães cometem ao disciplinar os filhos.
A lista de erros não
deve ser motivo de remorso ou culpa, mas sim de reflexão para que, a partir disso,
os pais mudem o que precisa ser mudado e aprendam a disciplinar os filhos de
uma maneira mais efetiva e saudável.
“Criar uma criança é fácil, basta
satisfazer-lhe todas as suas vontades”.
Educar e ensinar é que dá trabalho. Você educa
e a escola ensina. Tudo no seu tempo determinado e com interatividade constante
e vigiada dos pais e ou responsáveis pelas crianças.
A frase do falecido médico e escritor
brasileiro Içami Tiba, autor de dezenas de livros sobre educação, lembra que
aprender a educar e a disciplinar os filhos é realmente um dos maiores desafios
dos pais. E como todo desafio, exige dedicação e esforço.
Só que na prática, por mais que se esforcem, os pais também cometem alguns
equívocos. No entanto, esses erros não devem ser motivo de remorso, culpa ou
lamentação, mas sim de reflexão para que, a partir disso, mudem o que precisa
ser mudado e, consequentemente, aprendam a disciplinar os filhos de uma maneira
mais efetiva e saudável.
Baseado no livro Cuore di papà (“Coração de pai”) do psicólogo e
psicoterapeuta italiano Osvaldo Poli, o site espanhol Hacer Familia
publicou uma lista com dez erros que os pais costumam cometer na hora de
disciplinar os pequenos. Se você tem filhos, aproveite a leitura dos itens para
fazer uma autoavaliação e lembre-se que sempre é tempo de buscar ser um pai e
uma mãe melhor.
O erro da incoerência entre o dizer e o agir.
Sem dúvida, esse é o erro mais comum da
maioria dos pais. O hábito de estipular consequências que nunca são aplicadas
ou então prometer algo da boca para fora, por exemplo, demonstra que os pais
têm uma autoridade fraca. E não pense que as crianças não percebem isso. Então,
quando decidir que um mal comportamento do seu filho terá uma determinada
consequência, aplique-a todas as vezes que esse mal comportamento acontecer. O
mesmo princípio deve ser adotado para as promessas que você faz ao seu pequeno.
O erro de usar o medo como uma ameaça.
Se você é daqueles que, para evitar um mal
comportamento do seu filho, faz ameaças como “cuidado que o bicho papão vai vir
te buscar à noite”, é melhorar refletir sobre as consequências que isso pode
trazer ao seu filho. O medo nunca é boa ferramenta para fazer uma criança
aprender o que deve ou não fazer. Esse tipo de ameaça pode até fazer com seu
filho te obedeça em um primeiro momento, mas além de não ser efetivo a longo
prazo, o medo usado como uma forma de intimidação pode favorecer o
desenvolvimento de outros medos irracionais ao longo da vida de seu filho.
O erro de impor punições irreais.
Às vezes, no calor do momento, os pais impõem
punições exageradas e desproporcionais ao comportamento da criança, como por
exemplo: “Se você fizer isso, nunca mais vai no parquinho” ou então “nunca mais
vai comer doce”. É claro que você vai levar seu filho ao parquinho novamente. E
é claro que ele vai comer doce de novo. Essas punições irreais não ajudam a
criança a desenvolver a virtude da obediência porque jamais serão cumpridas.
O erro da falta de argumentos.
Um outro grande erro de muitos pais é
estabelecer uma consequência para um determinado comportamento, mas não dar
nenhuma explicação sobre porque a punição escolhida foi aquela. Por exemplo, se
seu filho bateu em um amiguinho e você decidiu deixá-lo longe de seu brinquedo
preferido por uma semana sem dar nenhuma explicação, isso não vai fazer sentido
algum para ele. O ideal é que você converse, explique porque aquele
comportamento terá uma punição e, de preferência, escolha uma consequência que
seja diretamente relacionada ao mal comportamento.
O erro dos gritos ( e até berros) constantes com os filhos.
Quando você grita com seu filho, ele
automaticamente para de ouvir o que você está “dizendo” e, mesmo que pare de
fazer o que estava fazendo de errado, faz isso por medo e não porque entendeu
que aquilo era errado. Além disso, se o grito é usado com frequência na hora de
tentar corrigir a criança, com o tempo, ela passará a não reagir mais a eles.
O erro da autoridade dividida.
Sabe aquela história de “por mim, eu não
deixo, mas pergunta para sua mãe”, ou vice-versa. Incoerências e desencontros
no exercício da autoridade dos pais transmitem aos filhos uma mensagem de insegurança
familiar, de desunião na família e isso deixa a criança confusa em relação ao
que ela deve ou não fazer. A falta de um critério comum entre o pai e a mãe
definitivamente dificulta muito o trabalho educativo. Para evitar isso, é
fundamental que os pais conversem muito sobre a educação dos filhos e jamais
tirem a autoridade um do outro na frente das crianças, permitindo o que o outro
já negou, por exemplo.
O erro do excesso de negatividade.
É o tal de “tudo não pode”. As palavras mais usadas para traumatizar uma criança são: “Não grite”, “não corra”, “não pule”, “não pegue”, dentre outras. Assim como os gritos frequentes perdem o efeito desejado com o tempo, a palavra “não” usada de forma excessiva também passa a ter o efeito oposto na criança. Ela passa a não reagir mais aos “nãos” que ouve. Isso não significa que, a partir de agora, você deve ser permissivo. Explicar cada proibição e não somente responder com um “porque não” já é um bom hábito a se adotar. Claro, no caso de pais neuróticos demais, a sugestão é relaxar e deixar os filhos mais livres.
O erro de não conhecer bem o seu filho (a).
O que funciona para um filho pode não
funcionar para o outro. Cada criança é única e quando você não se esforça para
conhecer bem o seu filho, seu temperamento, suas limitações, seus pontos fortes
e fracos, pode cometer o erro de aplicar técnicas de disciplina que não irão
funcionar bem com ele. E pior, depois ainda acreditar que seu filho é que é uma
“criança difícil”. Converse com seu pequeno e mergulhe na pessoa que ele é e no
coração que ele tem. Conhecendo-o verdadeiramente será mais fácil tomar
decisões mais assertivas em sua educação.
O erro da equivocada liberdade total para as crianças.
Educar em liberdade não significa que você
deve permitir que as crianças façam o que querem, quando querem e onde querem.
Isso não é respeitar sua liberdade individual. Se assim fosse, qual seria o
problema em deixar a criança colocar o dedo na tomada, por exemplo? Ela está
sendo livre, não está? Uma criança experimenta uma liberdade saudável quando
pode tomar suas decisões com base nas diferentes possibilidades que lhes são
apresentadas e sempre entendendo as consequências que essas decisões terão em
sua vida. Promover e apresentar essas possibilidades é papel dos pais.
O erro da permissão exagerada das novas tecnologias à disposição das crianças.
As crianças neste mundo moderno está tão ou mais conectadas do que os adultos.
Nada ao excesso faz bem, ainda mais no período
da infância quando o assunto é tecnologia, o uso de celulares, tablets, entre
outros aparelhos eletrônicos. É muito comum nos dias de hoje, ver crianças de
todas as idades, até mesmo antes de completar 1 ano, tendo amplo acesso a esse
mundo online.
Essa ideia de mundo conectado, que cresce
cada vez mais entre as gerações, colabora muito para o uso de eletrônicos de
maneira tão precoce, e contínua durante a vida das crianças, desde cedo elas já
vão criando o hábito de passar horas e horas em frentes às telas. Mas
dentre as famílias, grande parte dos pais utilizam as atividades online em
busca de alcançar minutos de sossego, como um modo de entreter e distrair os
pequenos.
Entretanto, as consequências desses minutinhos
de tranquilidade são inúmeras, principalmente ligadas ao desenvolvimento das
crianças, em diversos pontos. O que justifica o uso limitado de aparelhos
eletrônicos, ou até mesmo o não uso, de acordo com a faixa etária de cada um.
Atualmente, é normal ver crianças que, enquanto comem com suas famílias, estão usando seus smartphones para assistir vídeos, interagir nas redes sociais ou enviar mensagens.
Permitir que isso se torne um hábito sem
qualquer penalidade pode contribuir para o desaparecimento da comunicação em
família e, consequentemente, da união entre pais e filhos. Além disso, o uso
excessivo de telas prejudica o desenvolvimento das crianças.
Enfim, disciplinar os filhos significa
ensinar-lhes um comportamento responsável e de autocontrole. Com disciplina
adequada e consistente, as crianças e adolescentes conseguem aprender sobre as
consequências das suas próprias ações e a gerir da melhor forma os seus
sentimentos.
Em Efésios 6:4, os pais são orientados a não provocarem
os seus filhos à ira. Em vez disso, devem criá-los nos caminhos do Senhor Jesus.
Educar uma criança na "doutrina e admoestação do Senhor" inclui
disciplina física controlada, corretiva e, principalmente, amorosa.
Deus abençoe você e sua família.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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