O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O DIVÓRCIO.
Leia até o final para não tirar conclusões
precipitadas.
Hoje chegam pessoas, casados ou não e de todos os tipos de vida, nas igrejas. Tem crentes casados. Tem crentes divorciados. Tem crentes que se juntaram antes de se converter, tem crentes que têm filhos do ventre e outros que têm filhos do coração. Tem crentes que estão na igreja e já passaram por dois ou três casamentos, ou ajuntamentos antes de se converterem, tem crentes que têm filhos de outros casamentos, tem crentes com filhos pequenos e outros que têm filhos já grandes ou até casados também. E agora? Como deve ser a posição da igreja e das lideranças das mesmas?
Cada caso é um caso diferente, então a igreja
e suas lideranças devem estudar cada caso separadamente. O pastor da igreja deve
se reunir com cada casal e estudar a história de vida de cada casal para dar sua
posição bíblica e segura com amor sem rejeição de nenhuma pessoa ou casal. Estes
e outros casos eu mesmo já enfrentei com a necessária prudência e na direção do
Espírito Santo para dar uma palavra de conselhos bíblicos e para não perder ninguém
que desejar estar na comunhão dos santos. Têm desejo de se batizar nas águas, têm
desejos de ser obreiros na igreja, e por aí vai. Todos os dias temos casos novos
para aconselhamento. E digo para vocês que não é fácil esta tarefa, tem que ser
realizada pelo próprio pastor da igreja. Outras lideranças podem e devem ajudar,
como psicólogos, sociólogos e até psiquiatras, mas tudo com o conhecimento do pastor
da igreja, que nunca deve se reunir sozinho com qualquer pessoa e se possível quando
for ouvir e aconselhar casais deve ser também acompanhado de sua esposa. Resultado:
nunca perdi na igreja nenhum casal com estes e ou outros tipos de problemas, sempre
os acompanho de perto.
Qual é o ingrediente principal nesta tarefa? Primeiro é buscar a direção e a unção do Espírito Santo de Deus para esta tarefa, segundo é o exemplo, terceiro é o exemplo, quarto é o exemplo. O nosso exemplo é um dos principais ingredientes para que os casais permaneçam casados e vivam bem todos os dias em nome de Jesus.
“Para Deus o casamento é um ato vitalício, é
até que a morte os separe". Pr.waldirpsouza.
Será
que em 1Coríntios 7:11 o apóstolo Paulo autorizou o divórcio?
Jesus disse: "Quem repudiar sua
mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher
repudiada pelo marido também comete adultério", (Lucas 16:18). Também
disse: "Quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais
ilícitas, e casar com outra comete adultério", (Mateus 19:9). A
palavra do Senhor sobre o tema é rígida, especialmente quando vista da
perspectiva de uma sociedade que valoriza o prazer e os sentimentos acima de
compromissos e deveres com Deus.
Algumas pessoas que até confirmam a firmeza
de Deus quanto ao assunto acreditam que Paulo abriu uma certa brecha em 1
Coríntios 7:10-11, que diz: “Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor,
que a mulher não se separe do seu marido (se, porém, ela vier a separar-se, que
não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte
de sua mulher”. Será que o versículo 11 anula a ordem do versículo
10? Deus proíbe o texto em um versículo e o autoriza no seguinte? Vamos
analisar.
Além da dificuldade óbvia de uma contradição
imediata, uma análise do texto nos mostra que o versículo 11 não se trata de
permissão para divorciar e sim, instrui sobre como agir uma vez que alguém já
pecou.
Uma construção gramatical paralela em 1 João
2:1 esclarece o sentido. Naquele versículo, João
disse: "Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus
Cristo, o Justo". Aqui, como em 1 Coríntios 7:10-11, a parte comunica
a vontade de Deus, (Não se separar/Não pecar) e a segunda parte explica o que
uma pessoa desobediente deve fazer depois de pecar, (Não casar-se ou
reconciliar- se/Procurar o Advogado).
O ensinamento de Paulo, como o de Jesus, é
claro. Não devemos divorciar-nos. A pessoa que pensa em se divorciar,
dizendo que não pretende casar com outra pessoa depois, ainda estaria
desobedecendo a palavra do Senhor. Estaria fazendo exatamente o que Deus
proíbe, assim transgredindo a lei divina. João disse: “...o pecado é a
transgressão da lei”, (1 João 3:4).
Ao mesmo tempo, esta decisão de divórcio cria
uma situação difícil para uma pessoa repudiada. Jesus
avisou: "Qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações
sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera e aquele que casar com a
repudiada também comete adultério". (Mateus 5:32).
Vamos evitar a maldade, a crueldade, o
adultério e outras coisas que são consequências do divórcio e vamos seguir as
instruções de Deus sobre a constituição da família. Vamos ser fiéis ao
compromisso absoluto do casamento e amar o nosso cônjuge até que a morte nos
separe, conforme nos recomenda a palavra de Deus.
Orientações sobre o que é o casamento e o que é o divórcio.
O casamento foi instituído por Deus, o
divórcio não; o casamento é ordenança divina, o divórcio não; o divórcio não é
permitido por Deus, ordenado também não; Então o divórcio é fruto da dureza do
coração dos seres humanos; o casamento orientado por Deus é o resultado do
amor.
Deus aprova o casamento e odeia o divórcio.
Em toda a Bíblia só há duas cláusulas de exceção para o divórcio: infidelidade
conjugal, (Mt 19.9) e abandono do lar, (1Co 7.15). Hoje, fala-se muito sobre
divórcio e pouco sobre casamento. Se entendêssemos melhor o que é casamento,
teríamos menos divórcio. O divórcio cresce, porque os compromissos do casamento
diminuem. Se investirmos mais no casamento, teremos menos divórcio. O casamento
exige o exercício do amor de 1 Coríntios 13, porém, o divórcio é a apostasia do
amor.
O que é o amor segundo a Bíblia.
O amor é uma força muito poderosa que liga
pessoas. É mais que uma emoção ou um sentimento. Pode crescer de uma
afeição natural por alguém ou de uma decisão de amar outra pessoa. O amor
é uma característica dada e criada por Deus para o ser humano. Lembre-se que
Deus é amor e por isso Ele pode nos instruir sobre o que é o amor.
O amor é diferente de paixão. A paixão é um
sentimento que passa, mas o amor é duradouro. O amor é a base para um casamento
dar certo, sobre o qual todos os nossos relacionamentos conjugais devem ser
construídos. O amor une pessoas de maneira especial. O seu cônjuge deixa de ser
um objeto para usar e se torna em uma pessoa importante que merece todo o
carinho. Quem ama quer o bem da pessoa amada, se preocupa com ela, quer passar
tempo com ela.
O amor de Deus é infinito.
A Bíblia diz que Deus é amor. O amor de
Deus é perfeito e incondicional. Deus ama toda a gente em todo o tempo. Deus
nunca para de nos amar, não importa o que fazemos. Deus mostrou Seu amor por
nós quando enviou Jesus para morrer em nosso lugar e restaurar nosso
relacionamento com Ele. João 3:16.
O verdadeiro amor vem de Deus. Quem ama
a Deus também ama outras pessoas, 1 João 4:19-21. Esse amor não vem de uma
afeição natural pelas pessoas que amamos, mas é resultado do amor de Deus em
nós. Podemos decidir amar as pessoas, só porque são pessoas, tal como Deus faz.
A Bíblia nos dá instruções sobre o que é o
amor.
Ao ser perguntado sobre os mandamentos da lei
de Deus, Jesus disse quais são os mandamentos imutáveis de Deus para o ser
humano: “Respondeu Jesus: "O mais importante é este: 'Ouça, ó Israel, o
Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus, de
todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas
as suas forças'. O segundo é este: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'. Não
existe mandamento maior do que estes". Marcos 12:29-31.
“O amor é paciente, o amor é bondoso. Não
inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus
próprios interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se
alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta. O amor nunca perece”. 1 Coríntios 13:4-8.
“Sobretudo, amem-se sinceramente uns aos outros,
porque o amor perdoa uma multidão de pecados”. 1 Pedro 4:8.
“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor
procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Quem não
ama não conhece a Deus, porque Deus é amor. Foi assim que Deus manifestou o seu
amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos
viver por meio dEle. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a
Deus, mas em que Ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos
pecados”. 1 João 4:7-10.
“Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre
nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança, porque neste mundo somos como
ele. No amor não há medo; ao contrário o perfeito amor expulsa o medo, porque o
medo supõe castigo”. 1 João 4:16-18.
Como saber o que é paixão e cair no fracasso
matrimonial dos “apaixonados” que nunca se amam de verdade.
Significado bíblico de Paixão: o que a Bíblia
diz sobre gostar de alguém.
A paixão na Bíblia é vista principalmente
como uma coisa negativa, quando não é controlada. É um sentimento muito forte,
que facilmente pode dominar uma pessoa e pode induzir ao pecado. Não deve ser
confundida com o amor.
1Tessalonicenses 4:4-5 avisa que a
paixão pode dominar a gente, se não tomarmos cuidado. A paixão está muito ligada
aos instintos carnais do corpo humano que temos de aprender a controlar. A
paixão não controlada escraviza e leva ao pecado, mas quem tem Jesus pode ser
liberto, Romanos 7:5-6.
A Bíblia conta alguns casos de pessoas que se
deixaram dominar pela paixão. Em Gênesis 34:1-8, Diná, filha de Jacó, foi
violentada por um príncipe chamado Siquém, porque ficou terrivelmente
apaixonado por ela. Ele depois pediu sua mão em casamento, mas acabou sendo
enganado e morto pelos irmãos de Diná. A sua paixão não o deixou ver que estava
agindo errado e que os irmãos dela estavam muito zangados, porque haviam
desprezado os valores precípuos das orientações bíblicas quanto ao casamento.
Siquém havia tomado Diná para si sem o consentimento dela e sem o conhecimento
dos seus familiares. Siquém não era Hebreu, Hebreu só se casava com Hebreu.
Outro caso é o de Amnom, filho do rei Davi,
que se apaixonou pela sua irmã Tamar, a ponto de fingir de ficar “doente” de
desejo carnal por ela. Ele a violentou, ele a estuprou, ele a possuiu sem o
consentimento dela e fora do padrão bíblico de casamento. Mas depois de cometer
aquele ato horrendo e criminoso, a
paixão acabou e ele ficou com nojo dela,
2 Samuel 13:15. Seu irmão Absalão ficou com tanto ódio dele que o matou sem dó.
Nos dois casos acima, a falta de controlo sobre a paixão levou as pessoas a
cometer aquele pecado e com graves consequências criminosas, sem se preocupar
com quem estavam machucando. Também causou a sua ruína, tanto num como no outro
caso.
O que a Bíblia diz sobre controlar a paixão.
A paixão “doentia” pode ser controlada?
A melhor maneira de controlar a paixão é
praticando o amor. Quem ama não é egoísta e não vai colocar os outros em
primeiro lugar, no lugar de Deus; quem nos controla é o Espírito Santo de Deus
e não a paixão por alguém. Amar é a única forma de ter relacionamentos
saudáveis e duradouros e vem de Deus. 1 João 4:7.
Outra forma de controlar a paixão é casando
dentro dos planos de Deus, 1Coríntios 7:9. Dentro de um casamento sério,
firmado no amor de Deus e do marido, ou da esposa, ou de ambos, a paixão pode
ser dominada de uma forma saudável.
Ainda outra forma é fugindo da atração
doentia da imoralidade sexual, 1 Coríntios 6:18. Se você se sente tentado a pecar, afaste-se
daquilo que te tenta e repreenda essa tentação. Recuse o pecado, diga que não
vai ceder, Romanos 12:2 e peça forças a Deus, ore, busque a Deus de coração e
Deus te abençoará.
Existe uma grande diferença entre paixão e
amor. O amor nunca acaba, a paixão sempre terá motivos para dizer que acabou “o
amor”.
Paixão é um sentimento muito forte
de atração. Tal como qualquer outro sentimento, não dura para sempre, é
temporário. Mas como é muito forte, especialmente na juventude, pode ser
difícil de controlar, levando a gente às vezes a fazer coisas erradas sem
pensar. Uma pessoa pode sentir-se atraída ou pode ser seduzida por alguém sem
amá-la.
Amor é mais profundo que um sentimento
qualquer de paixão. Muitas vezes é uma decisão que a gente toma.
1 Coríntios 13:4-8 diz que: “O amor é
paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não
maltrata, não procura seus próprios interesses, não se ira facilmente, não
guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a
verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor nunca acaba”.
Uma pessoa pode amar alguém sem se sentir
atraída por aquele alguém?
Deus criou o casamento porque Deus é amor. O
diabo, que quer roubar, matar e destruir, criou o divórcio porque ele é o pai
da mentira e quer que todos os casamentos sejam destruídos não importando como
e quando, ele não quer a sua felicidade, satanás quer infernizar a sua vida até
destruir todos os pilares da bondade e do amor de Deus em sua vida, em seu
casamento e em sua família.
Porém quando isso acontece, de alguém ter que
divorciar, Deus que é misericordioso, dá uma saída sábia para quem tem temor a
Deus, para que as sequelas sejam as mais brandas possíveis, principalmente
quando um casal já tem filhos.
Nosso conselho é objetivo, lute e faça de tudo
para não se separar, não se divorciar, mas se isso for necessário que seja
dentro da legalidade e sem confrontos instigados pelo inimigo. Dê um tempo antes
de buscar qualquer outro relacionamento; se conseguir ficar sem se casar de
novo é saudável, mas se não for possível, traga o assunto para o seus pastores
e líderes, ouça os conselhos deles a respeito do assunto, porém a última
palavra vem de Deus, fale com Deus e peça a Ele as orientações neste assunto.
Se for possível reatar seu relacionamento matrimonial, lute por isso que você e
sua família vão agradar e agradecer ao Senhor Deus.
Deus tem feito uma obra maravilhosa em nosso
país, mais de 814 mil
casamentos foram registrados no Brasil em 2022. O número de casamentos civis segue em
crescimento no Brasil. Dados extraídos da 4ª edição do relatório anual Cartório
em Números mostram que, somente em 2022, 814.576 novos casamentos foram
registrados.
E também trás os resultados dos divórcios
realizados neste período. Entre os meses de janeiro e novembro de 2022, foram
registrados 68,7 mil divórcios no território brasileiro, menor número coletado no
país desde 2018, segundo o Colégio Notarial do Brasil (CNB). Tal cenário representa
uma queda de 10% em relação a 2021.
Façam o possível para fazer parte das
estatísticas dos casados e não dos divorciados.
“Se
for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”. Romanos
12.18.
O
quanto é que depende de nós para termos um casamento íntegro e fiel à Deus e ao
cônjuge?
Se
eu tivesse de colocar isso em termos percentuais, eu diria que algo entre cerca
de noventa por cento das vezes depende exclusivamente de nós termos a paz com
as outras pessoas, e em apenas dez por cento das ocasiões isso não está
totalmente em nosso controle. O grande problema é que os mundanos e uma boa
quantidade de pessoas dentro das famílias cristãs ainda não estão conscientes
dessa verdade e sempre deixam que as situações ou os outros decidam se terão
interações pacíficas ou turbulentas em quaisquer questões simples ou mais
complexas dentro do ambiente familiar.
Em
todas essas situações, assim como em tantas outras mais graves, os cristãos
simplesmente exercitam sua mansidão para permanecer internamente em
paz e, por consequência, impedir que aquela situação se degrade, agrave e saia
do controle, pois sabem que isso não beneficiará ninguém além do espírito do
mundo que é maligno e que jaz no maligno, que é justamente o semeador e
causador destes atritos sociais cotidianos entre as pessoas entre os
cônjuges para roubar a paz entre os homens e produzir raiva, ira, ódio,
rancor, vingança, e até tragédias grandes tragédias.
O
apóstolo Paulo escreveu em Romanos 12.18, e nos ensina que quando estiver em
nosso controle devemos evitar morder as iscas destes atritos que o casal ou
amigos e mesmo alguns membros da família lançam sobre nós, mesmo que
estejamos com a razão, pois simplesmente não compensa entrarmos nesse jogo sujo
do maligno e nos deixarmos "estourar" e agir impensadamente com
aqueles que estão tentando roubar a nossa paz e a nossa felicidade no lar. Não
compensa para nós e não compensa para eles, porém eles não sabem disso e em
todas as coisas agem segundo as influências que recebem do espírito do mundo,
do espírito maligno, que não deseja nada além de perturbar a quem lhes der
ouvidos e fazer com que eles perturbem os outros ao redor.
Princípios
Bíblicos para promover a paz no lar.
Afastem-se
do mal e façam o bem; busquem a paz com perseverança. (Salmo 34:14)
Quando
lemos a Bíblia, aprendemos que os problemas familiares não são nada de novo,
isto já começou no Jardim do Éden, quando Adão culpou Eva por dar-lhe o fruto
proibido para comer. (Gênesis 3:12).
Em
seguida, vemos a rivalidade entre Caim e Abel, e um pouco mais tarde entre Jacó
e Esaú, e logo mais os problemas que José teve com seus irmãos que lutaram de
todas as maneiras para matá-lo por inveja.
Eli
e Samuel lidaram com filhos rebeldes e Jônatas quase foi assassinado por seu
pai, o rei Saul. Davi estava muito triste pela rebeldia do seu filho Absalão e
o profeta Oséias teve dificuldades conjugais. Em cada um destes casos, as
relações foram danificadas pelo pecado.
A
Bíblia tem muito a dizer sobre relacionamentos, já que foi a primeira
instituição que Deus estabeleceu para a interação humana na face da terra. (Gênesis
2:22-24). Ele criou uma esposa para Adão e os uniu para sempre. Citando este
evento, Jesus disse mais tarde: “Portanto, que nenhum homem separe o que
foi unido por Deus”. (Mateus 19:6).
“O
que Deus uniu não o separe o homem”.
A
palavra de Deus diz: “o que Deus
ajuntou não o separe o homem” e refere-se ao casamento e ao divórcio. É do
ensinamento de Jesus sobre o casamento e divórcio em Marcos 10:1–12 e Mateus
19:1–12. Em uma ocasião, os fariseus perguntaram a Jesus se era legítimo que um
homem se divorciasse de sua esposa. Jesus responde que não: “Não tendes
lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por
esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os
dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne.
Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mateus 19:4–6; cf. Gênesis
1:27; 2:24).
Mas, satanás que é muito sagaz, invento o
divórcio para dar vazão aos desejos de alguém que quer se separar. Porém Deus
na sua infinita misericórdia decide não por sua vontade diretiva, mas por sua
vontade permissiva, que os separados e divorciados voltem ao convívio
familiar já que a maioria absoluta dos
casais separados não eram ou não são servos de Deus e precisam estar numa
condição de comunhão com Deus quando chegam na igreja e se convertem ao Senhor
Jesus, entregando suas vidas a Ele.
O
plano de Deus foi para um homem e uma mulher permanecerem casados até que um
deles morresse, “ até que a morte os separe”. Ele deseja abençoar essa união
com crianças que devem ser criadas “segundo a instrução e o conselho do
Senhor”. (Efésios 6:4).
A
maioria dos problemas familiares surgem quando nos rebelamos contra Deus e
vamos contra o Seu plano original. Isso inclui o adultério, o divórcio, a
poligamia que causam problemas porque eles desviam do plano original de
Deus.
A
Bíblia dá instruções claras sobre como os membros da família devem tratar uns
aos outros. O plano de Deus é para o marido amar a sua esposa e vice-versa,
assim como Cristo também amou à igreja. (Efésios 5:25, 33). A esposa deve amar
e respeitar seu marido e submeter-se à sua liderança, é claro que o inverso
também se aplica aqui, quando o marido estiver incapacitado ou se houver anuência
entre as partes. (Efésios 5:22-24, 33; 1
Pedro 3:1). Os filhos devem obedecer aos seus pais. (Efésios 6:1-4; Êxodo
20:12). Quantos problemas familiares seriam resolvidos se maridos, esposas e
filhos simplesmente seguissem essas regras básicas?
1
Timóteo 5:8 diz que as famílias devem cuidar de seus parentes e familiares, e
especialmente dos de sua própria casa.
Jesus
teve palavras fortes para aqueles que evitaram compartilhar seus ganhos e suas
finanças com a família, mesmo que poucas, arcando com responsabilidades
financeiras e ajudando aos seus pais idosos, alegando que deram ou gastaram ou
gastam todo o seu dinheiro para outras finalidades. (Mateus 15:5-6).
A
chave para a harmonia nas famílias não é aquela que naturalmente desejamos
aplicar. Efésios 5:21 diz que devemos nos “submeter uns aos outros no temor de
Cristo”.
A
submissão está em oposição direta ao desejo da nossa carne de governar e fazer
o que queremos, enquanto que quando somos submissos, somos solidários em fazer
o que nosso cônjuge deseja, mesmo não concordamos com aquilo que nos afronta.
Nós, cada um de per si, defendemos os nossos direitos, defendemos nossas
opiniões e afirmamos nossas próprias vocações sempre que seja possível, mas
quando nos subjugamo-nos reciprocamente, sempre o será para a harmonia plena do
casal e não para um confronto sem igual. O caminho e os conselhos de Deus nos
ensinam que quem ama a Deus e a família, aceita tudo o que provem de Deus para
o bem estar social dentro do casamento, mesmo que com sacrifício próprio de
nossos desejos e ambições. Até se for preciso, crucificar nossa carne, (Gálatas
5:24; Romanos 6:11), e submeter-nos às necessidades e desejos dos outros sempre
que possível. Jesus é o nosso modelo para esse tipo de submissão à vontade de
Deus. 1 Pedro 2:23 diz: “Quando o injuriavam, não injuriava e, quando
padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente”. A vitória
de um casal e de uma família está em suportar uns aos outros em amor.
Também
precisamos ouvir atentamente e com uma mente aberta para evitarmos um monte de
tensão. Isso pode ser evitado se não respondemos ao nosso cônjuge ou qualquer
membro da família em um tom contencioso. É importante ouvir sem preconceito e
respeitar o seu ponto de vista, mesmo se nós não concordamos. A maioria dos
problemas da família poderiam ser reduzidos se todos nós seguíssemos as
instruções encontradas em Filipenses 2:3-4: “Nada façam por ambição
egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si
mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos
interesses dos outros”. Quando adotamos o espírito de humildade e tratamos
os outros como Jesus os trataria, podemos resolver muitos problemas de família
e de relacionamento sem confrontos desgastantes.
Deus
nos ordena a buscar a paz, (Salmo 34:14; Mateus 5: 9). Devemos
nos “esforçar para fazer as coisas que promovem a paz”, (Romanos
14:19). Naturalmente, haverá algumas pessoas que não desejam a paz, mas nós
devemos fazer o melhor possível para estar em paz com todos, (Romanos
12:18).
Os
crentes têm a obrigação de “deixar que a paz de Cristo controle os seus
corações” e seus pensamentos vinte
quatro horas por dia diuturnamente. (Colossenses 3:15).
Isso
significa que temos uma escolha, de confiar nas promessas de Deus ou confiar em
nós mesmos e rejeitar a paz que Ele oferece para nós e nossos lares. Jesus deu
aos discípulos a paz baseada na verdade que Ele venceu o mundo, (João 14:27;
16:33). A paz é um fruto do Espírito, por isso, se nós estamos permitindo que o
Espírito de Deus governe nossas vidas, vamos experimentar a Sua paz, como
Romanos 8:6 diz: “O pensamento controlado por aquela parte de nós que é
humana e pecadora traz a morte espiritual. Mas o pensamento controlado pelo
Espírito Santo traz vida e paz”.
Precisamos
lembrar nossos filhos e familiares “que se sujeitem aos seus pais e às
autoridades (no Senhor) e sejam obedientes, estejam sempre prontos a fazer tudo
o que é bom. Não caluniem ninguém, sejam pacíficos, amáveis e mostrem sempre
verdadeira mansidão para com todos os homens”. (Tito 3:1-2).
A
paciência também é uma virtude que precisamos cultivar, porque haverá
conflitos, mas o resultado depende do espírito que mostramos. A Escritura nos
diz “sejam completamente humildes e dóceis, e sejam pacientes, suportando
uns aos outros com amor”. (Efésios 4:2).
Nunca
devemos usar o abuso verbal ou físico, mas “abandonem todas estas coisas:
ira, indignação, maldade, maledicência e linguagem indecente no falar”. (Colossenses
3:8).
Devemos
promover a paz por estar ansioso para perdoar e para resolver as nossas
diferenças rapidamente. “Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem
uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa. Assim como
o Senhor perdoou vocês, perdoem uns aos outros”. (Colossenses 3:13). Um
bom matrimônio ou qualquer relacionamento é impossível sem o perdão.
Precisamos
fazer uma prática de dar e de partilhar sem ser egoístas. “Dêem, e lhes
será dado: uma boa medida, calcada, sacudida e transbordante será dada a vocês.
Pois a medida que usarem também será usada para medir vocês”. (Lucas 6:38).
Nunca
desista de promover a paz na sua casa, porque “o engano está no coração
dos que maquinam o mal, mas a alegria está entre os que promovem a paz”. (Provérbios
12:20).
Aqui
estão alguns pensamentos adicionais que podem ajudar os cônjuges em seu
casamento.
Orem
juntos e com frequência. Peçam a Deus para trazer a paz em sua casa. Levantem as
necessidades do dia a dia e peçam a Deus por sabedoria para fazer suas
obrigações diárias em casa com amor.
Falem
gentilmente um com o outro; é incrível como um pouco de bondade define o tom da
convivência no lar.
Reúnam-se
regularmente, para orar, para as refeições ou simplesmente para fazer algo
juntos. Aproveite a companhia um do outro.
Ajudem
uns aos outros com prazer e com amor. “Façam tudo sem queixas nem
discussões”. (Filipenses 2:14).
Abracem
seus queridos; envolva seus braços em volta de seu cônjuge. Dê as suas crianças
um abraço. Seus filhos mais velhos provavelmente gostariam de um também.
O
mundo vai continuar a ter guerras e conflitos interpessoais até que Jesus venha
estabelecer a verdade e a paz duradoura (Isaías 11:1-10), mas Deus vai dar a
Sua paz aos que confiam nEle.
Uma
vez que Sua paz reina em nossos corações, somos capazes de compartilhar essa
paz com os outros (Isaías 52:7) e sermos ministros da reconciliação? (2
Coríntios 5:18).
Você
pode viver em paz, com muito amor, ter muitas vitórias e alegrias constantes na
sua vida e no seu casamento e na sua família, tendo o Espírito Santo na direção
de suas decisões e nunca decidindo antes de ter a certeza da aprovação de Deus
para suas ações que beneficiem você e sua família.
Deus
abençoe você e sua família.
Pr.
Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
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