sexta-feira, 29 de junho de 2018

SALMO DA ORAÇÃO DA FÉ

SALMO DA ORAÇÃO DA FÉ 

Davi faz um clamor insistente diante de Deus, na certeza de que Deus lhe daria a resposta. 
Este Salmo é uma oração da fé feita por Davi como um clamor para alcançar as bênçãos de Deus e para que Deus desse o livramento à ele dos seus inimigos. 

Até quando, SENHOR? Esquecer-te-ás de mim para sempre? Até quando ocultarás de mim o rosto? Até quando estarei eu relutando dentro de minha alma, com tristeza no coração cada dia?

Até quando se erguerá contra mim o meu inimigo? Atenta para mim, responde-me, SENHOR, Deus meu! Ilumina-me os olhos, para que eu não durma o sono da morte; para que não diga o meu inimigo: Prevaleci contra ele; e não se regozijem os meus adversários, vindo eu a vacilar. No tocante a mim, confio na tua graça; regozije-se o meu coração na tua salvação.

Cantarei ao SENHOR, porquanto me tem feito muito bem. Salmos 13: 1-6. 

Jamais desista de lutar e de defender a fé em Deus em toda sua plenitude.

O Apóstolo Paulo fez uma afirmação de sua perseverança nos propósitos de Deus para com ele diante das dificuldades e lutas a serem enfrentadas pela fé. Já no fim dos seus dias de vida na face da terra ele declarou enfaticamente o porque de estar se despedindo deste mundo com a certeza do dever cumprido. 

Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. II Timóteo 4: 7.

No Salmo 13:1-6 – Davi se mostra cansado de tanto esperar pelas respostas e providências de Deus, mas ele não desistiu de adorar a Deus. 

Neste salmo podemos notar um coração que está aflito, que tem clamado de dia e de noite e a resposta esperada parece não ter vindo ainda, mas continua a aguardar e a orar. O final é surpreendente, pois iria se esperar uma queixa ou algo assim, mas o que vemos é um ato de adoração a Deus.

Muitas vezes temos um problemão que insiste em permanecer em nós ou em nossa casa, às vezes na nossa própria vida, às vezes nas vidas daqueles que são muito próximos a nós, por anos a fio. Parece até que nunca terá solução e quanto mais mexemos no problema, mais parece o mesmo se agravar.

São geralmente problemas longos os relacionados à saúde, às finanças, aos vícios. Aqui Davi está cansado da perseguição. Havia uma promessa na sua vida, mas esta demorava-se a se cumprir.

Vejam o que nos diz as primeiras linhas de um comentário bíblico sobre este lindo salmo de Davi:

O assunto deste salmo é quase o mesmo que o anterior. Davi, afligido, não só com o sofrimento mais profundo, mas também sentindo-se, por assim dizer, dominado por uma longa sucessão de calamidades e aflições multiplicadas, implora a ajuda e o socorro de Deus, o único remédio que lhe restava. Por fim, tendo coragem, ele entretém a esperança segura da vida a partir da promessa de Deus, mesmo em meio aos terrores e temores da morte iminente. 

Para o principal músico, uma música de Davi sobre o assunto que lhe afligia. 

“Até quando?” 
você também já orou assim?

Sl 13:1 Até quando, SENHOR?
Esquecer-te-ás de mim para sempre?

Até quando
ocultarás de mim o rosto?

Sl13:2 Até quando
estarei eu relutando dentro de minha alma,
com tristeza no coração cada dia?

Até quando
se erguerá contra mim o meu inimigo?

Sl 13:3 Atenta para mim,
responde-me, SENHOR, Deus meu!
Ilumina-me os olhos,
para que eu não durma o sono da morte;

 Sl 13:4 para que não diga o meu inimigo:
Prevaleci contra ele;
e não se regozijem os meus adversários,
vindo eu a vacilar.

Sl 13:5 No tocante a mim,
confio na tua graça;
regozije-se o meu coração
na tua salvação.

Sl 13:6 Cantarei ao SENHOR,
porquanto me tem feito muito bem.

Davi encerra o salmo em que ele vai construindo seu desespero com uma palavra final de salvação e de esperança e fazendo a declaração daquilo que mais ele gostava de fazer: adorar e cantar ao Senhor.

 Davi conhecia o Senhor e por isso poderia orar dessa forma, tão próxima. Aqui, Davi nos ensina a orar com toda a nossa alma e de todo nosso coração. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




terça-feira, 19 de junho de 2018

DEUS FEZ O HOMEM PARA SER A GLÓRIA DE TODA A CRIAÇÃO

DEUS FEZ O HOMEM PARA SER A GLÓRIA DE TODA A CRIAÇÃO 


"Que é o homem, para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco abaixo de Deus o fizeste; de glória e de honra o coroaste. Deste-lhe domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo, as aves do céu, e os peixes do mar, tudo o que passa pelas veredas dos mares." Sl 8:4-8.

Deus quando criou o homem tinha uma grande expectativa. Deus tinha um projeto determinado para o ser humano. O homem é a obra prima da criação. Ele é diferente de tudo que existe. Nenhuma criatura de Deus foi feita a sua imagem e semelhança, só o homem.

“Então disse Deus: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais de toda a terra e sobre todos os pequenos animais que se movem rente ao chão”.” Gn ‭1:26‬‬‬‬.

Deus deu ao homem a posição mais destacada de toda a criação, Ele constituiu o homem rei e governante deste planeta e deu autoridade sobre toda a criação. Ele estabeleceu que só o homem poderia reinar na terra. E tudo seria feito através do homem.

“Os mais altos céus pertencem ao Senhor, mas a terra, ele a confiou ao homem.” Sl‬ ‭115:16‬‬‬‬‬.

Portanto, ninguém pode governar a terra a não ser o homem. Ele recebeu a mordomia de Deus para cuidar da terra. Deus é o proprietário e o homem aquele que tem a posse. Veja que o homem na sua condição natural era um pouco menor do que Deus. Ele estava com sua capacidade plena, tanto é assim que nomeou todos os animais da terra.

“Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse.”‭‭ Gn ‭2:20‬‬‬‬‬‬‬.

O homem não podia morrer, era completo: espírito, alma e corpo e toda a criação estava vinculada à ele, tanto os animais quanto as plantas. O homem era tão importante para Deus que toda a tarde o Senhor passeava com ele.
“Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus, que andava pelo jardim quando soprava a brisa do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim.” ‭‭Gn‬ ‭3:8‬‬‬‬‬‬‬.

Deus planejava não só visitar o homem todos os dias, mas muito além disso, Deus desejou uma posição de mais intimidade para o homem de poder visitá-lo quando quisesse. Para isso Deus preparou uma porta, um portal por onde o homem podia ter acesso ao céu.

“Esta é a porta do Senhor, pela qual entram os justos.” Sl‬ 118:20‬‬.

Porém, o homem se deixou tentar pelo diabo, caiu na tentação e traiu a confiança de Deus, desobedecendo a sua Palavra. Esta atitude causou a separação do homem do seu Criador.

E a porta do céu ficou fechada, por milhares e milhares de anos, lacrada porque o homem não pôde mais adentrá-la. O pecado contaminou o homem e impediu que o desejo de Deus de permitir o seu acesso ao céu se concretizasse.

“Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas (eternas), para que o Rei da glória entre. Quem é o Rei da glória? O Senhor forte e valente, o Senhor valente nas guerras. Abram-se, ó portais; abram-se, ó portas antigas (eternas), para que o Rei da glória entre. Quem é esse Rei da glória? O Senhor dos Exércitos; ele é o Rei da glória!” ‭Sl‬ ‭24:7-10‬‬‬‬‬.

Porém, os planos de Deus não podem ser frustrados. Não existe poder no universo que frustre a concretização dos planos de Deus.
Então, milênios depois, o “homem” Jesus entrou por essa porta, inaugurando uma nova etapa no relacionamento de Deus com os homens. Jesus foi o primeiro homem a entrar por aqueles portais e não será o último. Quando Jesus chamar a sua igreja no dia do arrebatamento todos os homens salvos vão entrar por aquele portão para se encontrarem com o seu Deus, como Ele tinha planejado. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




segunda-feira, 11 de junho de 2018

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM MUNDO MODERNO

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM MUNDO MODERNO 


O relacionamento entre o crente e o mundo tem sido questionado nestes tempos de modernidade em que o “ter" tem tido mais valor do que o “ser".

O Apóstolo Paulo nos ensina como deve ser nosso relacionamento com o mundo, não importando em qual tempo estamos vivendo: se no passado, no presente ou no futuro, a palavra e a orientação continua sendo a mesma. Ele assevera: “não vos conformeis com este mundo”. 

Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século (mundo), mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12: 1-2. 

É difícil para você entender essa ordem de “não amar o mundo” e “não se conformar com este mundo”?

Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 1 João 2:15.

É difícil para você entender essa ordem de “não amar o mundo”? O apóstolo João nos exorta a não amarmos o mundo nem o que nele há, pois se amamos o mundo nos afastamos do amor de Deus. Mas, para entender bem isso, precisamos primeiro entender o que significa esse ‘mundo’ ao qual João está se referindo.

Nós vivemos no mundo, mas não pertencemos a ele; nós convivemos com o mundo, mas não concordamos com ele; por mais que estejamos neste mundo, não podemos jamais esquecer que nosso lar é outro, que somos apenas peregrinos e que estamos aqui designados para uma missão em favor do Reino celestial.

Quando o apóstolo nos exorta a não amar o mundo, nos ensina que não devemos ser condizentes ou coniventes com as coisas deste mundo, não podemos ser influenciados pelas pessoas deste mundo e pelas coisas deste mundo; ao contrário, nós é que devemos influenciar as pessoas que ainda não aceitaram a Jesus como seu Salvador.

O mundo retratado aqui não é o globo terrestre, conhecido como planeta terra. Estamos falando do mundo como um sistema, com seus costumes pagãos e libertinos, suas atrocidades, a propensão para o mal e a negação da cruz de Cristo.

Não devemos “andar de braços dados” com este mundo (sistema), mas isso não significa que devemos ignorar as pessoas do mundo. Até porque, se estamos em um mundo estrangeiro com a missão de resgatar as pessoas perdidas, precisamos nos aproximar delas para apresentar -lhes o nosso mundo, o Reino eterno, o nosso modo de viver com Cristo e para Cristo.

Relacionar-se com as pessoas é bem diferente de fazer ou viver as mesmas coisas que as pessoas do mundo fazem; relacionar-se com as pessoas do mundo é ser, como o próprio Mestre querido ensinou no Sermão da Montanha, “sal” e “luz”:

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte”, Mateus 5.13-14.

O mundo é só trevas, por isso precisamos ser luz: luz para iluminar o caminho dos perdidos, luz na vida das pessoas necessitadas de amor e paz, luz para guiar os cansados e oprimidos, luz para as nações que vivem em guerra, luz na escuridão que o pecado causa na alma das pessoas. 

O mundo também está podre por causa da maldade e do pecado, por isso somos o sal, para dar sabor e conservar.

Antigamente, em tempos remotos em que não existia o conforto da geladeira e do freezer, o sal era usado para conservar os alimentos para que não apodrecessem. Sabe por que esse mundo ainda resiste, mesmo diante de tanta podridão? Porque ainda existem os remanescentes, aqueles que fazem a diferença e dão sabor e tempero a este mundo: nós, a Igreja de Cristo, lavada e remida no sangue do Cordeiro. Estamos nesta Terra unicamente para fazer a diferença nela, para influenciar as pessoas com nosso comportamento e pregação, levando-as para o Reino eterno, por meio do Espírito Santo que é capaz de convencê-las de seus pecados, e por meio de Cristo e seu sacrifício na cruz, salvando a todos quantos crerem em Seu nome santo.

É por isso que o cristão não deve viver neste mundo para “acompanhar a moda”, mas, sim, para mudar e transformar o viver das pessoas. É para isso que fomos chamados: para fazer a diferença enquanto aqui vivermos. E é por isso também que, na maioria das vezes, seremos desprezados.

Levar a bandeira de Cristo e recusar os prazeres carnais nos fazem “anormais” perante a sociedade, e assim somos humilhados, rejeitados, desmoralizados, mas sabemos que a verdade é uma só: Cristo está conosco e tudo sofremos por amor a Ele e à Sua obra, aguardando a recompensa da vida eterna.

“Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia”, João 15.19. 

E que possamos nos lembrar dessas coisas:
Devemos abominar o pecado, sim, sempre; mas jamais abandonar o pecador; recusar os banquetes mundanos, sim, mas, sempre que necessário, ajudar o necessitado e estender a mão ao caído.

A atualidade da Mensagem da Bíblia.

A Bíblia é um grande livro, aliás, a Bíblia é uma biblioteca, pois comporta tantos outros livros. Bíblia vem do grego biblos por causa de uma cidade fenícia de mesmo nome, considerada um grande centro produtor de papiros e pergaminhos na produção de livros, biblos passou a significar livro, que no plural se tornou Bíblia, ou seja, o livro dos livros. Embora seja considerada por muitos como um livro retrógrado, ela atravessou séculos e séculos e sobrevive até hoje, mais viva e atual do que nunca. Quanto mais o tempo passa, mais suas verdades se evidenciam e cada vez mais ela vem sendo comprovada.

Interessante que os críticos literários dizem que para toda criação literária e artística existe uma fonte, ninguém escreve nada do nada, até mesmo na literatura, no cinema e nas artes em geral, e que existem dois grandes Cânones (referencia) da escrita mundial: um é a Ilíada e a Odisseia (narrativas mitológicas Greco-romanas) e a outra, a Bíblia. Glória a Deus por isso, toda criação na área literária bebe das fontes do livro sagrado.

A Bíblia possui 66 livros ao todo, divididos entre Velho e Novo testamento, dos mais diversos assuntos, ela nos apresenta livros históricos, proféticos, poéticos, leis, ensinos, biografia (no caso de Cristo), trata de assuntos que envolvem muitas vezes a ciência, geografia, faz uso de parábolas, metáforas e tantas outras figuras de linguagem para atingir uma classe de pessoas, como também possui livros repletos de ciência e sabedoria, a Bíblia é riquíssima e tremenda em todos os aspectos.

Ela nos fala, ensina e encanta com todos os temas possíveis da vida, é extraordinária em suas mensagens, pois parecem que foram escritas exatamente para o momento de quem a está lendo. Por exemplo, quando lemos um salmo de Davi em que ele descreve suas aflições e temores diante de seus inimigos nas guerras que enfrentava, quando Davi escreveu, estava ali expressando e clamando a Deus que o livrasse daqueles terríveis momentos, e hoje, quando lemos um salmo como este, ele nada foge de nossa realidade, das lutas e temores diários que enfrentamos. Assim é a Bíblia em toda sua essência e estrutura, sempre atual e contextualizada.

E o autor desse grande livro é o Senhor Deus, o Ser supremo, criador de todas as coisas, inclusive de quem veio toda e qualquer inspiração que pudesse produzir a Bíblia, inspirou seus servos a traduzir perfeitamente seus ensinamentos, conselhos e exortações.

E ao longo dos anos, principalmente com a ajuda da arqueologia, ciência que pesquisa e estuda as culturas e os modos de vida do passado a partir da análise de vestígios materiais, muito do que lemos na Bíblia, que sabemos mediante nossa fé que é a verdade, tem sido comprovado, provado, embora nem sempre aceito pela ciência e pela arqueologia moderna. 

Mas nós sabemos que a Bíblia e as profecias contidas nela, dia a dia vem se cumprindo.

Sua mensagem não muda nunca, pois a Palavra de Deus não falha, não retrocede, não se perde, pelo contrário, se renova a cada dia. Devemos amar este livro, defendê-lo, respeitar seus ensinamentos e exortações, levá-lo a quem ainda não a conhece, pois é a verdade da vida.

A Bíblia deve ser nosso escudo, nossa bússola, nosso alimento diário, deve estar presente em nosso dia a dia por toda nossa vida. O salmo 119 pode ser chamado de “o ABC” da Palavra de Deus; lendo ele, a Bíblia como um todo se torna ainda mais apaixonante, pois vemos e sentimos o quanto a palavra de Deus é preciosa, viva, eficaz e completamente atual.

Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia. Salmos 119:97.

Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho. Salmos 119.105.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



sexta-feira, 8 de junho de 2018

A COBIÇA E AVAREZA DO REI ACABE E JEZABEL

A COBIÇA E AVAREZA DO REI ACABE E JEZABEL

A cobiça e a avareza são irmãs gêmeas. Onde está uma, a outra também está.

Posso até afirmar que são siamesas. Uma não sobrevive sem a outra. 

São tão malignas em seus intentos que se divertem com os males causados à revelia do saber de quem vai ser prejudicado pelos seus intentos e alcançar seus objetivos. 

A Vinha de Nabote
1 Reis 21.1-7

Sucedeu, depois disto, o seguinte: Nabote, o jezreelita, possuía uma vinha ao lado do palácio que Acabe, rei de Samaria, tinha em Jezreel.

Disse Acabe a Nabote: Dá-me a tua vinha, para que me sirva de horta, pois está perto, ao lado da minha casa. Dar-te-ei por ela outra, melhor; ou, se for do teu agrado, dar-te-ei em dinheiro o que ela vale. Porém Nabote disse a Acabe: Guarde-me o SENHOR de que eu dê a herança de meus pais. Então, Acabe veio desgostoso e indignado para sua casa, por causa da palavra que Nabote, o jezreelita, lhe falara, quando disse: 

Não te darei a herança de meus pais. E deitou-se na sua cama, voltou o rosto e não comeu pão. Porém, vindo Jezabel, sua mulher, ter com ele, lhe disse: Que é isso que tens assim desgostoso o teu espírito e não comes pão? Ele lhe respondeu: Porque falei a Nabote, o jezreelita, e lhe disse: Dá-me a tua vinha por dinheiro; ou, se te apraz, dar-te-ei outra em seu lugar. Porém ele disse: Não te darei a minha vinha. Então, Jezabel, sua mulher, lhe disse: Governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita. (1 Rs 21.1-7).

Sobre a cobiça, em Êxodo 20.17 o mandamento do Senhor é claro:

Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

Observemos este mandamento de forma mais detalhada:

Não cobiçarás a casa do teu próximo: Na primeira frase do versículo a expressão “casa” fala da totalidade daquilo que pertence ao próximo no contexto doméstico, do seu patrimônio familiar, dos seus bens, de suas posses. 

Não cobiçarás a mulher do teu próximo: O casamento é uma instituição divina. Quando alguém cobiça a mulher de seu próximo assume uma postura de destruir o que Deus uniu. Todas as vezes que a Lei de Deus é quebrada, haverá uma consequência para a vida daquele que a quebrou. 

As mulheres casadas devem ser tratadas com respeito, e devem também manter o respeito. Elas não devem ser cobiçadas, nem provocar ou alimentar a cobiça de quem quer que seja. Grandes sofrimentos e destruições em vidas, casamentos e famílias podem ser provocados com a quebra deste mandamento.

Nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento: Na época,  servo, serva, boi e jumento faziam parte da propriedade de um indivíduo. A mensagem aqui é que os bens do nosso próximo não devem ser objeto de nossa cobiça. A casa ou apartamento, os móveis, o carro, as roupas, etc. Infelizmente, há muitos que nunca estão satisfeitos com o que possuem, querendo sempre mais, ou achando que o melhor é sempre o que o outro possui.

Nem coisa alguma do teu próximo: A carreira e o sucesso profissional, as conquistas acadêmicas, a posição ou cargo eclesiástico, os dons e talentos, o progresso ministerial, as realizações, nem coisas alguma que pertence ao nosso próximo deve ser objeto de nossa cobiça.

A gravidade da cobiça do Rei Acabe

Em sua conturbada trajetória na condição de rei de Israel, mais um episódio seria acrescentado na maculada biografia de Acabe. Tudo começou quando Acabe desejou adquirir a vinha de Nabote, para transformá-la em sua horta particular (1 Rs 21.2).

A  proposta que Acabe fez a Nabote parecia justa, generosa e irrecusável, pois oferecia em troca uma outra vinha melhor, ou se desejasse, lhe daria em dinheiro o que ela valia. 

Acontece que o valor da vinha para Nabote ia para além das questões mercantilistas, era o valor sentimental e o valor da obediência às determinações do Senhor. Ele considerava aquela propriedade uma herança inegociável, e cuja venda implicaria em transgressão ao mandamento do Senhor. (Lv 25.13-28 e Nm 36.7).

Diante da resposta e posicionamento de Nabote, a reação de Acabe foi de desgosto e indignação, pois o seu capricho não fora alcançado, o que desencadeou no rei uma crise emocional. (1 Rs 21.4). 

Fico pensando na multidão de líderes e irmãos caprichosos, que não se contentam com aquilo que possuem, e que acham que seus desejos precisam ser atendidos e satisfeitos por todos a qualquer custo; querem mais e mais dinheiro e bens dos seus liderados não importando de onde vai sair. Estão dominados pela cobiça.

Ao observar o estado em que se encontrava Acabe, Jezabel, sua mulher, procurou tomar conhecimento do que havia acontecido, o que lhe foi relatado pelo rei. (1 Rs 21.5-6).

Diante do que ouviu, Jezabel, que já havia em outros episódios demonstrado a sua influência e força no reino, na mesa de quem quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e quatrocentos e cinquenta profetas de Aserá comiam, que tomava decisões sem pedir a aprovação do seu manipulável e omisso marido (1 Rs 19.1), possuidora de um temperamento difícil e cruel em suas deliberações (1 Rs 19.2), toma para si as dores de Acabe e declara: Governas tu, com efeito, sobre Israel? Levanta-te, come, e alegre-se o teu coração; eu te darei a vinha de Nabote, o jezreelita. (1 Rs 21.7).

Jezabel se coloca aqui como aquela que satisfará a cobiça de Acabe. Uma esposa sábia não adota tal postura, antes, aconselha o seu marido sobre os princípios do contentamento.

Sem escrúpulos, sem temor a Deus, sem piedade e sem misericórdia, Jezabel articula um plano onde Nabote seria vitimado por uma terrível calúnia. Usando o nome e o sinete de seu marido, ela escreveu cartas aos anciãos e aos nobres da cidade e que habitavam com Nabote, onde dizia o seguinte:

Apregoai um jejum e trazei Nabote para a frente do povo. Fazei sentar defronte dele dois homens malignos, que testemunhem contra ele, dizendo: Blasfemaste contra Deus e contra o rei. Depois, levai-o para fora e apedrejai-o, para que morra.

Os homens da sua cidade, os anciãos e os nobres que nela habitavam fizeram como Jezabel lhes ordenara, segundo estava escrito nas cartas que lhes havia mandado. Apregoaram um jejum e trouxeram Nabote para a frente do povo. Então, vieram dois homens malignos, sentaram-se defronte dele e testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade e o apedrejaram, e morreu.

Então, mandaram dizer a Jezabel: Nabote foi apedrejado e morreu. Tendo Jezabel ouvido que Nabote fora apedrejado e morrera, disse a Acabe: 

Levanta-te e toma posse da vinha que Nabote, o jezreelita, recusou dar-te por dinheiro; pois Nabote já não vive, mas é morto. Tendo Acabe ouvido que Nabote era morto, levantou-se para descer para a vinha de Nabote, o jezreelita, para tomar posse dela. (1 Rs 21.9-16).

É interessante observar que o maligno plano de Jezabel se reveste de um caráter espiritual, com direito a proclamação de um jejum e com o argumento de que Nabote teria blasfemado contra Deus (e contra o rei).

É possível “espiritualizar” até a cobiça. Em nome de Deus, e com a máscara da falsa espiritualidade, muitas barbáries e injustiças são realizadas sob a influência do “espírito de Jezabel”, muitas cobiças são alimentadas à custa da destruição de vidas, casamento e famílias.

Assim como Nabote, os que são vitimados por causa de sua obediência a Deus, e diante da cobiça alheia, são por Ele devidamente justificados e vingados. O cobiçoso Acabe e a cruel Jezabel receberiam o prêmio da injustiça (1 Rs 21.17-29).

As advertências Bíblicas sobre a cobiça

A Bíblia nos adverte sobre os males da cobiça, e nos ensina a não alimentar tal sentimento:

mas deixaram-se levar pela cobiça no deserto, e tentaram a Deus no ermo. (Sl 106.14).

Inclina o meu coração para os teus testemunhos, e não para a cobiça. (Sl 119.36).

Tais são as veredas de todo aquele que se entrega à cobiça; ela tira a vida dos que a possuem. (Pv 1.19).

O cobiçoso cobiça todo o dia, mas o justo dá e nada retém. (Pv 21.26).

Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos, as prostituições, os furtos, os homicídios, os adultérios, (Mc 7.21).

E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui. (Lc 12.15).

Mas a prostituição, e toda sorte de impureza ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, (Ef 5.3).

Penso que Romanos 13.9-10 resume toda a questão em torno da cobiça:

Pois isto: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não cobiçarás, e, se há qualquer outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. O amor não pratica o mal contra o próximo; de sorte que o cumprimento da lei é o amor.

Há pessoas que nunca irão prosperarão na vida, pois viverão sempre na mediocridade da cobiça.

Estarão sempre descontentes, irritados, frustrados e infelizes. 

De tanto olhar e desejar a vida e as coisas do próximo,  não conquistarão nada de forma legítima para si mesmos, correndo ainda o risco de perderem o pouco que conquistarem.

Quem ama não cobiça. Quem ama busca o bem do próximo. Quem ama cumpre a Lei do Senhor.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 4 de junho de 2018

OS TALENTOS

OS TALENTOS 

A Parábola dos talentos, também conhecida como Parábola das Minas, é uma das parábolas de Jesus e aparece em dois dos evangelhos canônicos. As diferenças entre Mateus 25:14-30 e Lucas 19:12-27 são substanciais e, por isso, é impossível que as duas parábolas tenham sido derivadas de uma mesma fonte. No Evangelho de Mateus, as palavras de abertura aparecem para ligar a parábola com a parábola anterior, das Dez Virgens, uma parábola sobre a chegada do Reino dos Céus e do preparo da noiva (que é a igreja) para o arrebatamento .

Segundo Eusébio de Cesareia, uma variante da Parábola dos Talentos também era encontrada no livro apócrifo chamado Evangelho dos Hebreus, hoje perdido.

Transformando nossos talentos em abundância para nossas vidas. 

MATEUS: 25.14-30
1)   O talento era uma medida de peso igual a 34,272 kg (2Sm 12.30). Era igual a 3000 siclos ou 60 minas. Em Ap 16.21 o talento é igual a 40 quilos.

2) O talento era uma peça de ouro ou prata usada como dinheiro (2Rs 18.14) e que nos tempos do NT era equivalente a seis mil dracmas  (Mt 25.15). Calculando-se que um diarista ganhe dez dólares por dia, um talento de prata valeria 60000 dólares.

Duas perguntas estão ecoando no espaço e no tempo de nossas vidas: 

Onde estão os talentos que confiei às suas mãos? 
Por que você os enterrou?

Mateus 25.14-30, o Senhor Jesus conta uma parábola , que um senhor distribuiu talentos com os seus servos e viajou . A um deu 5 talentos a outro 2 e a outro 1.

MT 25:14 - Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens.

MT 25:15 - E a um deu cinco talentos, e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo a sua capacidade, e ausentou-se logo para longe.

MT 25:16 - E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles, e granjeou outros cinco talentos.

MT 25:17 - Da mesma sorte, o que recebera dois, granjeou também outros dois.

MT 25:18 - Mas o que recebera um, foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor.

MT 25:19 - E muito tempo depois , veio o senhor daqueles servos e fez contas com eles.

MT 25:20 - Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos, e trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles.

MT 25:21 - E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

MT 25:22 - E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei outros dois talentos.

MT 25:23 - Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

MT 25:24 - Mas, chegando também o que recebera um talento, disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste;

MT 25:25 - E, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.

MT 25:26 - Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabes que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?

MT 25:27 - Devias , então ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o meu com os juros.

MT 25:28 - Tirai-lhe, pois o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.

MT 25:29 - Porque a qualquer que tiver será dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver até o que tem ser-lhe-á tirado.

MT 25:30 - Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes.  
Saibamos uma coisa que o Senhor Jesus só coloca em nossas mãos os talentos que temos condições para multiplicá-los.

Quantos estão enterrando seus talentos, porque surgiram em suas vidas perseguições, tribulações, lutas, dificuldades, aflições e crises diversas.

Se negligenciarmos as oportunidades que Deus nos dá negando-Lhe o direito de nos abençoar com a multiplicação dos talentos que Ele nos confiou, não nos isenta da prestação de contas.

Quem não se importa com os talentos recebidos, certamente estão dizendo o seguinte:

Tive a oportunidade de pregar e não preguei. 

Poderia ter aceitado o convite para pregar a palavra de Deus e não aceitei.

Deveria ter respondido prontamente ao propósito de Deus na minha vida, tive tempo para isso, porém o tempo passou e não respondi, não aceitei.

Deveria ter estudado e me preparado para a obra de Deus e para as portas que Deus iria ou poderia me abrir, porém não estudei.

Deveria ter trabalhado, me esforçado mais, porém achei que era pesado demais para mim e que não daria conta do recado.

Não administrei meus bens que Deus me deu e agora que não posso mais trabalhar, não tenho mais nem para o meu sustento.

Não abracei, quando devia ter abraçado as oportunidades, os amigos, os familiares, a obra de Deus.

Não perdoei e não pedi perdão à quem deveria ter feito isso.

Desprezei o modo e o agir de Deus na minha vida e agora não sei mais o que fazer. Enterrei completamente o ou os talentos que Deus, com carinho, me concedeu no decorrer da vida. 

Você deve estar pensando que está abandonado (a), porém você não está só. Jesus está ao seu lado e quer te ajudar. 

Quem está ocupado com a obra do Senhor e quem tem prazer em ser um verdadeiro adorador , não tem tempo para se envolver ou dar ouvidos às coisas mesquinhas desta vida.

Exemplos: mexericos, fofocas, invejas , competições improdutivas,  etc. 

Portanto não desista por causa das ameaças dos seus opositores e das hostes malignas, mas responda como Neemias ao ser ameaçado por Sambalate e Tobias:

Os planos de Neemias são ameaçados e se ele parasse naquele instante por causa das falsas e graves acusações,  então a história seria de alguém que enterrou os talentos, porém ele lutou com sabedoria e alcançou a vitória em nome do Senhor Deus. Vejamos esta história:

Neemias Capítulo 6 (NTLH)

Planos (dos falsos amigos) contra Neemias:

1 Sambalate, Tobias, Gesém e o resto dos nossos inimigos souberam que nós havíamos terminado de reconstruir a muralha e que não havia mais brechas nela, embora ainda não tivéssemos colocado os portões nos seus lugares. 
2 Então Sambalate e Gesém me mandaram um recado. Eles queriam que eu fosse me encontrar com eles num dos povoados do vale de Ono. Mas a intenção deles era me fazer algum mal. 
3 Aí eu mandei mensageiros a eles com o seguinte recado: Eu estou fazendo um trabalho importante e não posso descer até aí. Eu não vou deixar este trabalho só para ir falar com vocês.
4 Eles me mandaram o mesmo recado quatro vezes, e eu mandei sempre a mesma resposta.
5 Então Sambalate me mandou o quinto recado, e este veio por escrito. Era uma carta e foi trazida por um dos empregados de Sambalate. 
6 A carta, que estava aberta, dizia: “Gesém me disse que entre os povos vizinhos está correndo um boato. Dizem que você e os judeus pretendem fazer uma revolução e que é por isso que estão reconstruindo a muralha. Ele disse também que o seu plano é se tornar o rei deles 
7 e que você já arranjou alguns profetas para dizerem em Jerusalém que você é o rei de Judá. O rei Artaxerxes certamente vai saber disso, e por isso proponho que nós dois nos encontremos para conversar a respeito dessa situação.”
8 Eu mandei a seguinte resposta: Nada do que você está dizendo é verdade. Foi você quem inventou tudo isso.
9 O que eles queriam era nos meter medo para não continuarmos o trabalho.
“Agora, ó Deus, aumenta as minhas forças!”
10 Nessa época, Semaías, filho de Delaías e neto de Meetabel, estava proibido de sair de casa, e por isso fui visitá-lo. Ele me disse: Nós dois precisamos nos esconder juntos no Lugar Santo, no Templo. E vamos fechar as portas porque eles virão matar você. Sim, qualquer noite destas eles virão matá-lo.
11 A isso respondi: Eu não sou do tipo de homem que foge e se esconde. Você pensa que eu tentaria salvar a minha vida me escondendo no Templo? Eu não vou fazer isso, de jeito nenhum.
12 Quando comecei a pensar nesse assunto, compreendi que Deus não havia falado com Semaías e sim que Tobias e Sambalate haviam pago a ele para me dar aquele conselho. 
13 Eles lhe deram dinheiro para me fazer ficar com medo e assim pecar. Aí eles poderiam acabar com o meu bom nome e me humilhar.
14 “Ó meu Deus, lembra do que Tobias e Sambalate fizeram e castiga-os. Lembra também da profetisa Noadias e dos outros profetas que tentaram me fazer ficar com medo".

Termina a construção das muralhas

15 As muralhas foram terminadas no dia vinte e cinco do mês de elul, depois de cinquenta e dois dias de trabalho. 
16 Então os nossos inimigos das nações vizinhas souberam disso e ficaram desmoralizados porque todos ficaram sabendo que o trabalho havia sido feito com a ajuda do nosso Deus.
17 Durante esse tempo, as autoridades dos judeus haviam escrito muitas cartas a Tobias e haviam recebido várias cartas dele. 
18 Muita gente de Judá estava do lado de Tobias porque ele era genro de um judeu chamado Secanias, filho de Ará. Além disso, o seu filho Joanã havia casado com a filha de Mesulã, filho de Berequias. 
19 Na minha frente, falavam das boas coisas que Tobias havia feito e contavam a ele tudo o que eu dizia. E Tobias continuou a me mandar cartas para ver se conseguia me fazer ficar com medo.

Deus vai lhe renovar, erguer, restaurar , vai lhe colocar de pé, vai lhe transformar num galho verde para produzir bons frutos, que começa hoje a florescer, e o fruto já está brotando. 

Tome posse desta gloriosa promessa de Deus , a mesma que Ele fez a Moisés, está fazendo hoje a você.

Não olhe para as circunstâncias, não olhe para as nuvens negras, não olhe para este grande vendaval que tem se levantado em sua vida, não olhe para as dificuldades, o gigante Golias já está derrotado , o mar vermelho já se abriu, da rocha já jorrou água, o maná está caindo do céu.

Glorifique a Deus pela sua vitória.

Lucas 1.37
Porque para Deus nada é impossível.
Continue plantando, continue utilizando seus talentos , onde Deus é o Lavrador, Deus é o que cuida de abençoar para seus talentos se multiplicarem, não afaste de sua vida a Palavra de Deus, leia a Bíblia todos os dias.

Não desista de sua luta. Seja um crente de oração, como foi Ana, I Sm. 1.10-12, não deixe de ir ao Templo para adorar e cultuar a Deus; não deixe de fazer um esforço adicional pela fé. Seja como Daniel que orava três vezes ao dia e foi vitorioso. 

Daniel 6.10
Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.

Deus já preparou a terra, está derramando do seu orvalho sobre você, sinta este refrigério que desce do céu sobre sua vida. A sequidão já passou e este inverno já cessou.

Ct. 2.11-13
11-Porque eis que passou o inverno : a chuva cessou e se foi.
12-Aparecem as flores na terra , o tempo de cantar chegou, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.
13-A figueira já deu os seus figuinhos, e as vides em flor exalam o seu aroma. Levanta-te, amiga minha, formosa minha e vem.

Deus está trabalhando em sua vida, Ele está preparando a terra para que ela frutifique.

Sendo Ele o excelente lavrador, escolheu você como vide peculiar d’Ele.

Deus está cuidando de você. Tome posse desta poderosa palavra de Deus para sua vida.

As nossas vitórias dependem da nossa obediência a Deus e da nossa capacidade de cuidar bem dos talentos que Deus colocou em nossas mãos.

Jeremias 23.23-24 -23. 
Sou eu apenas Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe?

Creia meu querido (a) leitor (a),  Deus está no controle de sua vida, Ele não vai deixar ultrapassar esta onda além de suas forças, reconheçamos, que grandes teem sido as tempestades que teem se levantado para causar derrotas e para que você desista; mas declare como o Salmista e tenha fé: 

ele diz e prontamente profetiza para si mesmo que:

“Hoje minha plantação (meus talentos,  seus talentos) vão florescer, vão multiplicar, porque está escrito o que Deus é capaz de fazer para ajudar àqueles que lutam pela fe".

Salmo 107.35 
Converte o deserto em lagos e a terra seca, em nascentes.  
Neste deserto seco da vida, Deus vai jorrar água em abundância e vai fazer florescer a sua plantação.

Você não se escolheu a si mesmo (a), mas Jesus o (a) escolheu no ventre de sua mãe, antes que você nascesse Ele já te conhecia. O Senhor Jesus olhou para você e te disse:

João 15.16
Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda.

Você foi chamado (a) por Jesus para frutificar, para dar frutos na Obra do Senhor. Você  é chamado para ser próspero (a), abençoado (a), vitorioso (a).

Ainda que não lhe deem valor, não importa, você é precioso (a) para Deus.

Receba esta mensagem de ânimo, tomando posse do que está escrito em:

Jó. 11.18 
E terás confiança, porque haverá esperança; olharás em volta e repousarás seguro.

Vamos trabalhar na obra do Senhor, vamos trabalhar com amor em tudo que Deus colocar em nossas mãos, com alegria, com gozo, para que nossos talentos estejam sempre multiplicando.

Vamos multiplicar o talento que a nós foi confiado, para que quando o Senhor nos pedir contas, possamos apresentar nossas mãos cheias de obras realizadas aqui na terra.

Mesmo que você se ache frágil, com pouca força, pequenino (a), leia o que está escrito em:

Apocalipse 3.8 
Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.

O segredo é desfrutar da fonte da água viva. Comer a palavra de Deus. Alimentar-se deste maná.

Talvez você esteja dizendo: Mas o que adianta?

Quem eu queria que me desse valor, que observasse que tenho talentos não está se preocupando, se tenho ou não algum talento, mas saiba que existe um nome, que é sobre todos os nomes, que move céus e terra por amor a você e que está não só observando você, mas está com as mãos estendidas para te ajudar a trabalhar com seus talentos. Este nome você já conhece, chama-se: Jesus Cristo.

E se você perseverar na obediência, humilhando-se diante do Todo Poderoso, observe o que a Bíblia fala:

Tem uma passagem na Bíblia que diz assim:

I Pedro 5.6-7 
6-Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que, a seu tempo, vos exalte.
7-Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.

Declare para Satanás: Você está derrotado em minha vida, porque o Deus que eu sirvo encheu o meu coração de alegria.

Você foi chamado (a) escolhido (a) para dar fruto e trabalhar com os talentos que Deus te deu e crescer no conhecimento de Deus, e não para retroceder e viver como uma vara seca ou enterrar seus talentos.

Col. 1.10 - Para que possais andar dignamente diante do SENHOR, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus.

Existe um segredo para que venhamos a dar fruto e o nosso fruto permaneça ou seja para que nossos talentos sejam duplicados ou até multiplicados, mas depende unicamente da nossa vontade, e para isto é necessário ter prazer na lei do Senhor, não podemos vir a Igreja, somente por  vir como se fosse um encontro meramente social. O rei Davi declarou:

Salmo 122.1
Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor.

Salmo 1.2-3 
2-Antes, tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.

3-Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.

Deus continua confirmando sua promessa através do profeta Joel:

Joel 3.18 
E há de ser que, naquele dia, os montes destilarão mosto (vinho novo), e dos outeiros manará leite, e todos os rios de Judá estarão cheios de águas; e sairá uma fonte da Casa do SENHOR e regará o vale de Sitim. 

O Vale de Sitim, é um vale árido (seco) do Jordão.
E aqui o profeta está dizendo que vai sair uma fonte da Casa do Senhor, e, Deus vai regar o vale de Sitim. E o vale vai florescer, e se encherá de muita água.

Meus amados leitores este vale pelo qual você está passando, ainda que esteja seco, árido ,declare pela fé: já floresceu, Deus já derramou sobre a minha vida uma fonte de água que jorra do Seu trono e esse vale está transbordando de leite e de mosto. Minha vara está cheia de fruto, fui enxertado (a) na videira verdadeira que é o Senhor Jesus. 

Deus te abençoe ricamente em nome de Jesus.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.



quinta-feira, 31 de maio de 2018

CORPUS CRISTI

CORPUS CRISTI


Qual a origem desta festa da tradição católica Romana?

“A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XIII. ...A festa de Corpus Christi foi oficialmente instituída por Urbano IV com a publicação da bula Transiturus em 8 de setembro de 1264, para ser celebrada na quinta-feira depois da oitava de Pentecostes”.

O governo brasileiro extinguiu a proibição do trabalho em grande parte dos dias considerados santos pelos católicos. 

Entretanto, um dos feriados religiosos que ainda permanecem de pé é o dia em que se comemora a festa de Corpus Christi (expressão latina que significa “Corpo de Cristo”).

A festa é celebrada anualmente, mas não tem um dia fixo, ou seja, sua data é móvel e deve sempre ocorrer numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. 

Neste ano está sendo comemorada no Brasil na data de hoje dia 31.05.2018.

Na realidade, a observação da festa deveria ocorrer na quinta-feira da semana santa, o dia da última Ceia, mas foi transferida para outra data para que não fosse prejudicada por causa das celebrações em torno da cruz e da morte de Jesus Cristo, na sexta-feira santa, também chamada pelos católicos de sexta-feira da paixão. 


As origens das comemorações de Corpus Cristis.

Tudo começou com a religiosa Juliana de Cornellon, nascida na Bélgica, em 1193. Segundo alegou, teve insistentes visões da Virgem Maria ordenando-lhe a realização de uma grandiosa festa. Juliana (mais tarde Santa Juliana) afirmava que a festa seria instituída para honrar a presença real de Jesus na hóstia, ou seja, o corpo místico de Jesus na Santíssima Eucaristia.

Ainda quando era bispo, o papa Urbano IV teve conhecimento dessas visões e resolveu estendê-la à Igreja Universalmente para os fiéis católicos, o que então já era uma verdadeira festa. Pela bula “Transiturus do Mundo”, publicada em 11 de agosto de 1264, Urbano IV a consagrou em todo o mundo, com uma finalidade tríplice:

Primeiro ponto: Prestar as mais excelsas honras a Jesus Cristo.

Segundo ponto: Pedir perdão a Jesus Cristo pelos ultrajes cometidos pelos ateus.

Terceiro ponto: Protestar contra as heresias dos que negavam a presença de Deus na hóstia consagrada.


Como chegou esta festa católica no Brasil.


No Brasil, a festa de Corpus Christi chegou com os colonizadores portugueses e espanhóis. Na época colonial, a festa tinha uma conotação político-religiosa. É que dias antes das procissões, as câmaras municipais exigiam que as casas de moradia e de comércio fossem enfeitadas com folhas e flores.

Na época, quando o Brasil ainda era uma colônia, participavam da procissão membros de todas as classes, incluindo os escravos, os leigos das ordens terceiras e os militares.

Durante muitos anos, o entrosamento do povo com o governo, e vice-versa, foi praticamente completo. Um exemplo que comprova esse fato ocorreu em 16 de junho de 1808, quando D. João VI acompanhou a primeira procissão de Corpus Christi, realizada no Rio de Janeiro.

O que mais caracteriza esta festa católica são as procissões.

O que marca a festa de Corpus Christi são as procissões, quando ocorrem as ornamentações das ruas com tapetes feitos de vários tipos de materiais, como papel, papelão, latinhas de bebidas, serragem colorida, isopor, etc. 

Desenhos são elaborados nessa ornamentação com as figuras de Jesus, do cálice da Ceia e da Virgem Maria. Utilizam-se toneladas de materiais para formar os tapetes vistosos e admirados pelos que acompanham as procissões.


O que é mais importante e mais marcante que caracteriza esta festa.


O momento mais solene da festividade de Corpus Christi é quando o hostiário, onde estão depositadas as hóstias ainda não consagradas, é conduzido nas procissões por um líder da alta hierarquia da igreja católica.

No momento em que o hostiário passa, um silêncio profundo é observado por todos os presentes e, de uma extremidade a outra, toca-se a sineta que anuncia a passagem do cortejo. 

As reações das pessoas são as mais variadas.

Algumas se comovem ao extremo e choram, outras se ajoelham diante do hostiário. De ponto em ponto, há uma parada, quando, então, se entoam cânticos tradicionais da liturgia católica. Segundo a liderança romana, as ornamentações são feitas para que o Corpo de Cristo possa passar por um local digno, para ser visto por todas as pessoas. Representa uma manifestação pública da fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.

O que é  a Eucaristia?

Ensinando sobre a Eucaristia, diz a Igreja Católica: “A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual”.

Ensina, ainda, que na Eucaristia está o mesmo Jesus Cristo que se encontra no céu. Esclarece também que essa mudança, conhecida como transubstanciação, “ocorre no ato em que o sacerdote, na santa missa, pronuncia as palavras de consagração: ‘Isto é o meu Corpo; este é o meu sangue’”. Daí por diante a hóstia passa pelo processo de “consubstanciação”, ou seja, a partir desse (daquele) momento a hóstia passa a ser o corpo vivo de Cristo. Por esse motivo a hóstia é depositada no sacrário, porque segundo essa crença católica “o corpo vivo de Cristo fica guardado ali até a próxima missa".

O catecismo católico traz uma pergunta com relação ao Sacramento da Eucaristia nos seguintes termos: “Deve-se adorar a Eucaristia?”. E responde: “A Eucaristia deve ser adorada por todos, porque ela contém verdadeira, real e substancialmente o mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor”.

O que diz a Bíblia sobre este assunto?

Os católicos procuram justificar a festa de Corpus Christi com a Bíblia citando partes dela que supostamente dão base para o dogma da Eucaristia. Os textos mais frequentemente são os de Mateus 26.26-29; Lucas 22.14-20 e João 6.53-56.

Essa doutrina católico romana é contrária ao bom senso e ao testemunho dos sentidos: o bom senso não pode admitir que o pão e o vinho oferecidos pelo Senhor aos seus discípulos na Ceia fossem a sua própria carne e o seu próprio sangue, ao mesmo tempo em que permanecia em pé diante deles vivo, em carne e osso. 

É manifesto que Jesus, segundo seu costume, empregou uma linguagem simbólica, que queria dizer: “Este pão que parto representa “simbolicamente” o meu corpo que vai ser partido por vossos pecados; o vinho neste cálice representa “simbolicamente” o meu sangue, que vai ser derramado para apagar os vossos pecados”.

 Não há ninguém, de mediano bom senso, que compreenda no sentido literal estas expressões simbólicas do Salvador. A razão humana não pode admitir tampouco o pensamento de que o corpo de Jesus, tal qual se encontra no céu (Lc 24.39-43; Fp 3.20-21), esteja presencialmente nos elementos da Ceia.

Biblicamente, a Ceia do Senhor é uma ordenança e não uma Eucaristia; era empregado o pão e não a hóstia; é um memorial, como se lê em 1Coríntios 11.25,26, e sua simbologia está em conformidade com o método de ensinamento do Senhor Jesus, que usou muitas palavras de forma figurada: “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8.12); “Eu sou a porta” (Jo 10.9); “Eu sou a videira verdadeira” (Jo 15.1). Quando Jesus mencionou na última Ceia os elementos “pão” e “vinho”, não deu qualquer motivo para se crer na transubstanciação.

Não se engane, adorar a Eucaristia também é um ato de idolatria. 

“De Deus não se zomba,  tudo que o homem semear isso também ceifará”. Gl.6.7. Idolatria é zombaria contra os verdadeiros propósitos de Deus para com a humanidade.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.