segunda-feira, 22 de junho de 2020

O DEUS DESCONHECIDO DOS ATENIENSES

O DEUS DESCONHECIDO DOS ATENIENSES 


Porque passando...encontrei também um altar no qual está escrito:

AO DEUS DESCONHECIDO (Atos 17.22,23).

O apóstolo Paulo acabara de chegar em Atenas, a capital intelectual do mundo. 

Ao percorrer a cidade, ficou revoltado com a idolatria reinante ali. Atenas tinha mais de trinta mil estátuas dedicadas aos deuses. 

Como esses deuses eram vingativos, na concepção dos atenienses, ergueram, também, um altar ao Deus desconhecido, com medo de que alguma divindade tivesse sido esquecida.

Paulo utiliza essa conexão para anunciar aos atenienses o Deus Verdadeiro que eles não conheciam.

O Deus Verdadeiro é o Deus que enviou seu Unigênito filho que se fez carne, viveu entre nós, morreu por nós e ressuscitou para a nossa justificação e para nos salvar.

O Deus Verdadeiro é o Deus da providência, pois Ele é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais, uma vez que nEle vivemos, nos movemos e existimos.

O Deus Verdadeiro é o Senhor dos céus e da terra.

O Deus Verdadeiro não pode ser representado por um ídolo nem por imagens de escultura.

O Deus Verdadeiro é o Deus que exige arrependimento do pecador para que possa alcançar a salvação gratuitamente.

Ele julgará o mundo com justiça.

Paulo estava em sua segunda viagem missionária. Ele e alguns irmãos haviam deixado Tessalônica, passando por  Beréia e vindo até Atenas, fugindo de uma grande perseguição.

Em Atenas, eles deveriam esperar aqueles que haviam ficado para trás, no caso aqui Silas e Timóteo, seus companheiros de viagem.

“E os que acompanhavam Paulo o levaram até Atenas, e, recebendo ordem para que Silas e Timóteo fossem ter com ele o mais depressa possível, partiram”. Atos 17:15.

Enquanto Paulo esperava a vinda de seus companheiros em Atenas, teve em seu espírito uma grande comoção, por ser a cidade tão entregue a idolatria.

“E enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue a idolatria”. Atos 17:16.

Diante disso começou a discutir com os judeus, alguns religiosos, filósofos epicureus e estoicos que achavam um tanto estranho a mensagem e o conduziram a um lugar apropriado chamado Areópago.

“De sorte que disputava na sinagoga com os judeus e religiosos, e todos os dias na praça com os que se apresentavam. E alguns dos filósofos Epicureus e estoicos contendiam com ele; e uns diziam: Que quer dizer este paroleiro? E outros: Parece que é pregador de deuses estranhos; porque lhe anunciava a Jesus e a ressureição. E tomando –o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos nós saber que nova doutrina é essa que falas?”. Atos 17: 17- 19.

O nosso estudo tem como base a mensagem de Paulo aos atenienses no Areópago, por isso é importante saber igual Paulo, as regras altamente eficaz para uma excelente interpretação bíblica.

“E estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos, porque passando eu vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: ao deus desconhecido. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo é o que eu vos anuncio”. Atos 17:22-23.

Paulo observou seus altares, notou um altar ao Deus desconhecido, com certeza teve a revelação do Santo Espírito e a partir deste altar apregoou a palavra de Deus. Pregar a Bíblia é um dever de todos, por isso desenvolva um esboço sobre o assunto e peça a unção e a sabedoria do Espírito Santo para pregar o evangelho e ganhar almas para o Senhor Jesus. 

Vamos meditar nesta postagem sobre os predicados desse Deus maravilhoso, mas antes vamos voltar um pouquinho e nos aprofundarmos na história para que possamos compreender o tamanho da obra realizada pelo nosso Senhor Jesus que é Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Fatos históricos de Atenas e a história do “Deus desconhecido”.

Conta-se que no ano de 600 a.C. uma praga letal caiu sobre Atenas. Corpos insepultos estavam por todo lado. O povo estava enlutado e atônito. Os sacrifícios expiatórios dedicados a muitos deuses gregos eram inúteis.

Os principais sábios atenienses que buscavam explicações para a realidade do mundo estavam confusos. Apenas diziam que algum deus ficou enfurecido com o crime praticado pelo rei Megacles e decidiu puni-los com a praga.

O rei obtivera a rendição dos seguidores de Cilon.

(Cilón era um ambicioso nobre Ateniense, genro do tirano de Mégara, Teágenes, que veio a ser nomeado arconte e pensou que poderia aplicar o mesmo sistema político em sua cidade Atenas).

Com uma promessa de anistia, depois violou sua própria palavra e os matou.

Esta era então a resposta mais apropriada para justificar a mortandade que acometeu a lendária cidade dos deuses.

Sem mais opção mandaram um navio a Cnossos, na ilha de Creta, para buscar um homem chamado Epimênides. Alguns acreditavam que ele conhecia a divindade ofendida, saberia como apaziguá-la e, portanto, poderia livrar Atenas do caos da morte.

Então comissionaram um grupo para ir à procura do profeta de Creta. O possível salvador não recusou o apelo dos gregos. E logo partiu, quando aquele homem chegou a cidade, admirou-se com o vasto número de deuses.

Alguém lhe disse que em Atenas era mais fácil encontrar um deus do que um homem.

Entre tantos destacavam-se Zeus, Poseidon, Deméter, Héstia, e tantos outros. Tantos deuses e todos totalmente impotentes diante de tamanho problema que devastava a cidade.

Epimênides, após acercar-se dos fatos, no momento e local determinado, exigiu um rebanho de ovelhas saudáveis, um grupo de pedreiros e matérias necessários para edificar um altar. As ovelhas precisavam ficar em jejum para que na manhã do sacrifício estivessem totalmente famintas.

Seu Deus escolheria os animais para o sacrifício. Esse seria o sinal de sua escolha e aprovação: as ovelhas seriam soltas no pasto verdejante e aquelas que, mesmo famintas, se deitassem sobre a grama em vez de comerem-na, teriam a preferência para o holocausto.

Dito e feito. O Deus do referido profeta fez a escolha deixando os expectadores atônitos, perplexos.

Quando os altares foram edificados, um ancião perguntou qual seria o nome da divindade que ficaria neles gravado. Afinal, a população de Atenas ficara famosa por sua diversidade de deuses; era uma colecionadora de deuses.

Mas no passado nomear um deus equivalia de certo modo atrai-lo ou a possui-lo.

Epimênides, profeta monoteísta, explicou que não conhecia o nome do Deus a quem servia, Isto é curioso: o profeta servia apenas um único Deus e sequer sabia o nome dele.

Mas de uma coisa tinha certeza: aquele Deus não é um ser qualquer nem estava representado por qualquer ídolo de Atenas.

E ainda acrescentou que o ser divino que decidiu auxilia-los, mesmo não tendo no momento e naquele lugar um nome pelo qual pudesse ser chamado, entendia a ignorância da população e que, por não o conhecer, seria incapaz de lhe dar um nome condizente.

Decidiram anotar a palavra “agnosto Theo”, a um deus desconhecido, em cada altar. O “Deus desconhecido” que fossem gravadas tais palavras, pois após o holocausto a praga cessou.

Bastaram apenas poucos dias para que ficasse evidente o milagre.

Os doentes sararam, não haviam mais contaminações, e Atenas, como nunca dantes encheu-se de louvor e gratidão ao Deus desconhecido.

Colocaram flores nos altares, declararam sua manifestação de agradecimento, mas o milagre pode empolgar pessoas durante algum tempo, todavia não produz devoção duradoura. 

Bartimeu foi diferente, ele provou do milagre de Jesus e ainda foi salvo.

Atenas se esqueceu da benção do Deus desconhecido, deixou que vândalos irreverentes demolissem os altares usados para o sacrifício. Restou apenas uma estátua esculpida de Epimênides que foi colocada diante de seus vários templos.

O povo ingrato voltou a cultuar seus deuses que, na tragédia, que não fizeram nada para ajuda-los.

A história do Deus desconhecido não desapareceu por completo porque dois anciãos piedosos contrataram pedreiros para restaurar e polir um dos altares que continham a antiga inscrição: “agnosto Theo”.

Na esperança de que um dia o Deus desconhecido se manifestaria novamente, deixaram um registro autêntico do milagre que possivelmente salvou a “religiosa” Atenas do extermínio.

Conhecendo o Deus desconhecido

Podemos fazer em princípio uma observação, que Deus usou de Epimênides (que não era judeu) para fazer a libertação nos enfermos atenienses (que também não eram judeus) provando que os seus dons e a salvação se estende a todo ser humano pela misericórdia de Deus.

Outra prova disso foi o apreço que Deus tinha por Jó, que viveu na terra de Uz que veio a ser território de Edom, localizado ao norte da Arábia, assim sendo Jó era mais árabe do que judeu.

Será como anda a situação dos Cristãos na atualidade? 

Será que todo o crente conhece o proceder, a vontade, e o senso de justiça de Deus ou apenas estão crendo em um Deus desconhecido como foi em Atenas?

Conhecer a Deus está intimamente ligado a guardar os mandamentos. O conhecer a Deus deve vir por meio de revelação pessoal direta de Deus quando um pecador se arrepende e aceita a Jesus como Senhor e Salvador. 

Porém, muitos preferem o caminho largo e a porta larga, mas, não compreendem que isso só leva para a morte eterna.

O Senhor Jesus disse que os poderes do inferno não poderiam prevalecer contra a palavra de Deus, contra a igreja, que é a comunicação entre Ele e cada um de Seus filhos. Aqueles que verdadeiramente desejam conhece-lo, serão abençoados pelo Espírito Santo. Assim estarão mais próximos do Deus vivo e de seu filho Jesus Cristo.

Podemos conhecer Deus o Pai Eterno somente e através de Jesus Cristo, aceitando-o como seu único e suficiente Salvador. 

Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. (João 14:6).

Para que possamos conhecê-Lo, devemos receber conhecimento através dos meios estabelecidos pela palavra de Deus e através de Jesus Cristo, que é o Mediador entre Deus e os homens. O Espírito Santo foi enviado para estar com a igreja até que o Senhor Jesus volte para arrebatar a sua noiva, a igreja. 

1 João 2:3-6 Diz que: “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou”. (1 João 2:3-6).

Alguns atributos de Deus que fazem a diferença entre Ele e os outros que são apresentados à humanidade como deuses.

Deus é imutável: A imutabilidade de divina é atributo exclusivo do Deus verdadeiro; esse atributo nos assegura que não há mudança em Deus, Ele é  imutável. 
(Salmos 102:26,27).

Deus é perfeito: Deus é infinito em perfeição. Só Deus tem a perfeição total em si mesmo. (Mateus 5 :48).

Deus é eterno: Deus não teve começo e não teve e nem terá fim. (Isaías 40:28).

Deus é onipresente: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo e dá toda assistência à sua criação. (Mateus 6 :25,29).

Deus é onipotente: Todo poder pertence s Deus. Deus é todo poderoso. (Gênesis 17:1).

Deus é onisciente: Deus tem todo conhecimento. Todos nós somos descobertos e patentes a seus olhos. (Hebreus 4:13).


Devemos buscar a face do senhor, sempre que podemos em oração, jejum e estudo da Sua palavra para que cada dia possamos conhece-lo e sermos servos instruídos no proceder e no agir de Deus.


Continuando nossa jornada em Atenas com o apóstolo Paulo, ele disse para o povo e seus maiorais:   

Vos Apresento o Deus Desconhecido.


Nas narrativas do apóstolo Paulo encontramos o que é uma das mais lindas histórias desse grande apóstolo dos gentios. 

Não foi a primeira vez que Paulo estava na famosa Acrópole Ateniense, lugar esse, que mais reuniu gênios pensadores por metro quadrado no planeta Terra. foi ali, que os nomes de Sócrates, Platão e Aristóteles, de Péricles e de Demóstenes e tantos outros grandes pensadores surgiram.

Foi ali também, que criou-se a democracia, conceitos de expressões, e acima de tudo a essência da filosofia humana. 

Dessa importante cidade grega chamada Atenas,  havia saído generais, estadistas, historiadores, oradores, poetas e filósofos.

Há de se convir, que não era um lugar muito fácil de se anunciar uma nova religião ou uma nova divindade, já que nessa “Universidade do Mundo”, adorava-se também a muitos deuses, e além disso, disputava-se espaço com muitos outros discursantes, como por exemplo os epicureus e os estoicos, entre tantos outros.

Os estoicos, defendiam que o mal deveria ser vencido pelo controle do próprio corpo, transformado em orgulho, desespero e panteísmo. Os epicureus eram ateus, egoístas, frívolos, e sua crença era baseada no amor e no prazer. 

E essa gente toda, munida de suas teorias e discursos, gostavam muito quando chegavam visitantes novos no areópago, para assim ter novos ouvintes e quem sabe novos adeptos para suas vans filosofias.


Imaginemos a loucura que era toda aquela gente falando, grupos aqui, outros acolá e nesse cenário nosso apóstolo chegando em silêncio, olhando cada pessoa ali presente, os altares arrumados, e uma diversidade de deuses que causavam espanto a quem conhecia a história de um Judeu chamado Jesus que fora morto e ressuscitou três dias depois, dono de toda verdade e autoridade entre os homens.

Foi nesse ambiente que Paulo usando de autoridade espiritual e escolhendo um lugar que lhe dava um boa projeção, começou a anunciar para aqueles homens que ele conhecia uma novidade de vida que poderia mudar o que imaginava-se imutável, erguer o caído, dar esperança as desgraças humanas e vida abundante a toda aquela gente.

Paulo era um Embaixador de Cristo naquele lugar, e com autoridade, mostrou a todos aqueles sábios atenienses que não se tratava de mais um “paroleiro” berrando nas ruas de Atenas, Ele conhecia a necessidade dos corações daqueles homens, e por certo, caminhando pela Acrópole antes de começar a pregar, ele percebeu um detalhe que fez toda a diferença naquele dia:

Um altar com a descrição “Ao deus desconhecido”. Daí surgiu o grande discurso de Paulo: Senhores atenienses, esse Deus que pra vocês é desconhecido, é o Deus que eu vos anuncio.

Vos anuncio o Deus desconhecido? Quem poderia dizer isso ao povo e em especial aos sábios atenienses? E ainda dizia: logo vocês que tanto conhecem, que tanto explicam, que tanto entendem, não sabem quem é este Deus desconhecido? Vocês vivem numa pluralidade de deuses e acabaram desconhecendo o Verdadeiro e Único Deus?  adoraram a tantos pedaços de madeira e gesso, de pedra, de barro  de ouro, de prata e de pedras preciosas e esqueceram-se de render louvores ao Eterno e único Deus? 

Hoje estamos envolvidos a tantos discursos, tantos “paroleiros” nos púlpitos das igrejas evangélicas que causam estranheza. São “grandes" pregadores, são “grandes” cantores, são grandes “igrejas”, são grandes “autoridades” políticas, eclesiásticas, são grandes “doutores na palavra”, que não sobra lugar para o Espírito Santo operar com a simplicidade do Evangelho de Jesus Cristo que é boas novas de alegria para o sedento pecador. Mateus 11.38-30.


Será que realmente você conhece o Deus verdadeiro?  talvez você estranhe minha pergunta, mas insisto:

Qual Deus que você tem pregado e ouvido pregar por esses dias?

Por acaso é aquele que causa reteté como dizem por aí? É aquele que o dono do microfone aponta pra igreja e diz; Hei você ai!! de camisa vermelha, deus manda te dizer que você tem que dar tudo o que você tem para a igreja e depois Deus vai te dar o dobro e etc, e blá... blá... blá... 

 Quando você diz: hoje Deus falou comigo, tenha certeza que Ele quando fala é para te levantar, para te abençoar e não para te explorar. Deus tem prazer em ver em você uma atitude de amor e liberalidade nas dádivas para a obra do Senhor, mas com o coração aberto e sem pressões externas. 

Quem sabe, você está adorando ao deus que estão anunciando e dizem que ele te ama assim como você está e que ele te aceita desse jeitinho, sem precisar mudar teus hábitos que a igreja tanto condena.

Eu tenho pena dessas pessoas que se dizem mal tratadas pelos homens ou pela igreja e continuam como escravos daquela religiosidade. Teem discursos bonitos e até convincentes, porém vivem fora dos planos de Deus. 

“Tentaram mudar o que está intrínseco na natureza do ser humano e até na sexualidade que faz parte do comportamento humano desde quando uma pessoa nasce. É uma questão da criação desde o nascimento quando se percebe que há uma identificação do sexo para que se faça o registro de nascimento da criança que nasceu. Deus não está interessado em fazer mudanças nas áreas que a pessoa já nasceu. Nascemos com a natureza do pecado e precisamos ser libertos e perdoados, essa natureza do pecado, sim, precisa ser tratada para wue venhamos a ser novas criaturas em Cristo Jesus. 

A fase atual que a igreja do Senhor Jesus vive na terra, chama-se época da apostasia. E com esse pecado chamado apostasia, com adoração de tudo o que é material e carnal criou-se muitas facetas no evangelho e até milagres e prodígios do engano.

Existem doutrinas pra todo tipo de gente, se você não gosta da pregação do fulano, você escuta a do ciclano, se você não concorda com a igreja “A”, você frequenta a igreja “B”, e assim por diante.

São muitas diversidades teológicas de doutrinas e conceitos. E isso tudo além de criar confusão, criou-se também muitos deuses.

Existe deus que tem como adepto o gay, mas não serve para o hetero, um deus que serve para o sabatista, mas não serve para o pentecostal, um deus que serve para o reformista, mas não serve para o tradicional, um deus que os famosos seguem, mas o lugar que se frequenta para servi-lo, pobre não vai. Existe a igreja elitizada e a igreja que não presta pra nada porque a pobreza e a miséria imperam naquelas pessoas que normalmente são super necessitadas e segundo os adeptos da teologia da prosperidade, na grande maioria, a pessoa pobre não é abençoada por Deus e sim amaldiçoada.

É deus para todos os tipos de gente e gosto, tal qual a Acrópole Ateniense nos dias de Paulo. São vozes e cores diferentes por toda parte, paroleiros tentam de tudo com todos, afim de reunir o maior volume de seguidores com um único objetivo, o de explora-las.

Não quero que me tenham como um crente ou um pastor rancoroso, que é contra tudo e contra todos, não sou isso. Apenas lembro do que aprendi nas escrituras, Deus escolhe homens que o amam acima de qualquer coisa, e isso é de uma profundeza muito grande,  Amar a Deus é ser o menor entre todos, é abrir mão de vaidades que o poder oferece ao homem, amar a Deus, é estar interessado absolutamente na obra dEle, sem carreira pessoal ou projeções financeiras, construindo fortunas em cima do que é santo, no caso, a Igreja de cristo.

Busque em seu íntimo um contato com esse Deus verdadeiro. Não se conforme com os padrões da moda, não diga sim para as novidades do modernismo teológico gospel. Deus nunca disse que esse evangelho iria perder a consistência e que precisaríamos inventar formas com o passar do tempo para ajudá-lo. Deus não precisa da ajuda de ninguém. 

O Deus verdadeiro que Paulo anunciou aos atenienses não sentiu medo de pseudoconcorrência divina, Ele é Deus e ponto final  Ele quer se mostrar a você como um Deus Santo, puro, verdadeiro e exige que você faça o mesmo, não tente mudar o imutável, ele quer mudança de Espirito, Alma e Corpo. Ele quer te libertar da escravidão do pecado. Diga não a essa vertente diabólica que quer mudar a imagem e a palavra desse Deus santo, que foi revelado a nós desde os tempos antigos.

Ou nos entregamos à verdade do Deus verdadeiro, ou aceitamos as mazelas de deuses anões que são anunciados por paroleiros e enganadores. Salmos 115.


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 15 de junho de 2020

PODEMOS ADORAR A CRUZ OU NÃO

PODEMOS ADORAR A CRUZ OU NÃO?

É PECADO ADORAR A CRUZ OU NÃO?


1 Coríntios, 10.14. 
14. Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 


João 4.23
Os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. 

É de praxe e um costume dos evangélicos Cristãos conservadores não usarem nenhum dos símbolos ou ídolos da igreja católica. Adorar, venerar ou carregar literalmente a cruz é pecado de idolatria. 

Mas os evangélicos "liberais e ultramodernos" com suas teologias avançadas acham que devem adotar estas práticas para tentar ganhar almas para Cristo; concordam com a cruz dentro de seus templos, carregam a cruz no pescoço numa corrente de ouro, fazem festas juninas ao melhor estilo dos católicos,  transformam seus templos em danceterias pintadas de preto por dentro com canhões de luzes de todas as cores e adoram seus lideres "espirituais" como se fossem deuses na terra, vão a boates, cinemas, em carnavais são os primeiros a chegar, seus púlpitos são mais para apresentar shows para enaltecer cantores e pregadores que lhes acariciam o ego da carnalidade, permissividade e da vasão à imoralidade. Para qual céu eles pretendem ir? O Reino de Deus é santo e exige dos verdadeiros Cristãos, santidade ao Senhor e respeito à tudo o que a Bíblia considera como tal. Nós fomos comprados com o sangue de Cristo, esse foi o nosso preço e precisamos declarar para o mundo inteiro o verdadeiro evangelho que liberta, porque para a liberdade foi que Cristo nos libertou e não para a libertinagem. Jo.3.16. Jo.8 32. 


Os seguidores de Jesus usavam a cruz?

O que a Bíblia diz. 

Nenhuma parte da Bíblia fala que os primeiros cristãos usavam a cruz para adorar a Deus ou que ela era um símbolo do cristianismo. Na verdade, eram os romanos que usavam o desenho da cruz para representar os deuses deles. Uns 300 anos depois da morte de Jesus, o imperador romano Constantino começou a usar a cruz como símbolo de seus exércitos. Pouco depois, a cruz passou a representar também a religião “cristã”.

Já que a cruz era usada para adorar deuses falsos, será que os seguidores de Jesus usariam o mesmo símbolo para adorar o Deus verdadeiro? É claro que não! Deus não aprovava usar nenhum tipo de símbolo para adorar a Ele. Os Cristãos do início da era Cristã sabiam disso. Sabiam também que tinham que ‘fugir da idolatria’. Deuteronômio 4:15-19;1 Coríntios 10.14.

A Bíblia diz que “Deus é Espírito”. Isso significa que nós não podemos vê-lo. Por isso, os primeiros cristãos não usavam coisas visíveis e símbolos para se aproximar de Deus. Eles adoravam a Deus “como Espírito”, ou seja, eles deixavam que o Espírito Santo de Deus os orientasse. Eles também adoravam como a verdade absoluta, obedecendo criteriosamente a vontade de Deus registrada da Bíblia. João 4:24.

Diz um ditado popular que o diabo corre da cruz e muitos acham que mostrando a cruz para o diabo ele vai correr pra bem longe.  

Mas Satanás não tem medo de cruz nenhuma e nem de qualquer objeto feito pelas mãos dos homens, ele só é expulso no nome de Jesus e não pelo sacerdote ou qualquer religioso que se utiliza desse expediente achando que tem poder para expulsá-lo. 

Vemos constantemente pessoas religiosas querendo exorcizar e expulsar os demônios apontando a cruz na direção de outras possuídas por legiões de demônios. 

Muitos religiosos tentam expulsar os demônios com a cruz apontando-a na direção das pessoas endemoniadas para tal fim. Porém um simples objeto de madeira não vai causar nenhum efeito e as pessoas continuam da mesma maneira ou piores ainda.

Os servos de Deus que são verdadeiros, exemplos de fé e de perseverança, expulsam os demônios em nome de Jesus. Não tem nenhum segredo, é no nome de Jesus Cristo que são expulsos os espíritos malignos. Não tem mágica nenhuma, não tem nada a ver com a cruz e nem com outros objetos feitos pelos homens, mas, repito, os demônios só são expulsos única e exclusivamente em nome de Jesus.  

Cito aqui uma publicação interessante do catolicismo romano  chamado de O Mistério da Cruz confirmando que a cruz é um objeto de adoração e que a Sexta-feira Santa é o dia do silêncio e da adoração da cruz, segundo os dogmas e tradições da igreja católica.   

Esta  matéria foi publicada na sexta-feira dia 10 de Abril de 2020 às 10h e 16m, num órgão (jornal) de grande circulação entre os católicos, demonstrando que a Cruz deve ser adorada e que a sexta-feira (chamada santa) é o dia oficial dos católicos adorarem a cruz.

Leiam toda esta postagem para compreender que a cruz não deve ser carregada como objeto de adoração, nem colocada no pescoço como os crucifixos por exemplo, nem estar nos púlpitos das igrejas evangélicas, nem nos templos evangélicos, nem nas publicações evangélicas e nem em sombra alguma de qualquer publicação evangélica, pelo simples fato dela representar, como de fato era e  é até hoje, o instrumento da maior vergonha e crueldade para com quem era condenado a morrer pregado nela, como fizeram com o Senhor Jesus. 

Também deve-se considerar que há uma determinação católica de adoração à cruz e o dia determinado para que essa adoração seja feita é a chamada sexta-feira santa ou sexta-feira da paixão.  

Portanto trago um alerta para os evangélicos com relação à idolatria da cruz. Quem tem a cruz nos seus púlpitos, nos seus templos, nos seus materiais religiosos e concordam que seus fiéis usem roupas ou objetos de uso pessoal bem como objetos e materiais religiosos que fazem menção à cruz, está concordando e fazendo uso deste tipo de idolatria. 

Lembre-se que toda idolatria é abominável e é pecado contra Deus.  

(Esta matéria abaixo é de publicação católica para incentivar os seus fiéis a adorar a cruz).

Sexta-feira Santa é o dia no qual se medita com a Via-Sacra a Paixão de Cristo e se repercorre com Jesus o caminho da dor que leva à sua morte.

Depois disso Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que se cumprisse a Escritura, disse: “Tenho sede”. Havia ali uma jarra cheia de vinagre. Amarraram num ramo de hissopo uma esponja embebida de vinagre e a levaram à sua boca. Ele tomou o vinagre e disse: “Está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. (Jo 18, 28-30).

Hoje as igrejas estão silenciosas. Na liturgia não há canto, não há música e não se celebra a Eucaristia, porque todo espaço é dedicado à Paixão e à morte de Jesus. Ajoelhamo-nos, para simbolizar a humilhação do homem terreno e a coparticipação ao sofrimento do Senhor. Porém, não é um dia de luto, mas um dia de contemplação do amor de Deus que chega para sacrificar o próprio Filho, verdadeiro Cordeiro pascal, para a salvação da humanidade.

A adoração da Cruz

A Cruz está presente na vida de todos os cristãos desde a purificação do pecado no Batismo, absolvição do Sacramento da Reconciliação, até o último momento da vida terrena com a Unção dos enfermos. 

Na Sexta-feira Santa (diz o texto do jornal católico mencionado acima) somos convidados a adorar a Cruz para o dom da salvação que conseguimos através da sua vinda.

Depois da ascese quaresmal o cristão está preparado para não fugir do sofrimento. Nesta ano durante a liturgia os fiéis não tocarão a Cruz, não a beijarão, não estarão presentes nas igrejas por causa da pandemia do coronavírus, mas como pediu Francisco vamos abrir o coração na oração: “Não se esqueçam: Crucifixo e Evangelho. A liturgia doméstica será essa”. “Nos fará bem olhar o crucifixo em silêncio e ver quem é o nosso Senhor: é Aquele que não aponta o dedo contra ninguém, mas abre os braços para todos”, disse na catequese de quarta-feira (Santa).

No caminho da dor com Jesus

Teremos também hoje no Vaticano a encenação da Via-Sacra, de modo diferente, sem os fiéis, neste ano na Praça São Pedro ao invés do Coliseu. Francisco guiará a Via-Sacra do adro da Basílica vaticana, seguindo as meditações feitas pelos detentos da prisão de Pádua. Cada igreja no mundo irá fazer à sua maneira.

A Via-Sacra é uma prática extra litúrgica que muitas vezes é celebrada exatamente na Sexta-feira Santa para evocar e repercorrer juntos o caminho de Jesus para o Gólgota, o lugar da crucificação e portanto meditar sobre a Paixão.

A Paixão de Cristo foi introduzida na Europa pelo dominicano beato Álvaro De Zamora da Córdoba em 1402 e mais tarde pelos Frades Menores e compreende 14 momentos ou “estações” nas quais nos detemos para refletir e rezar. São uma sequências de crescentes imagens dramáticas que culminam com a morte de Cristo, em cada uma delas Jesus é atacado pelo mal, para evidenciar, por contraste, a vitória d’Ele sobre a morte e sobre o pecado que será celebrada daqui a dois dias com o Domingo da Páscoa da Ressurreição.)

Refutação bíblica. 

A verdade bíblica é que devemos adorar somente a Deus. 


1 Coríntios 10:14 “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1Co 10.14).

Deus deu mandamentos que proíbem a idolatria, a adoração de ídolos, imagem de deuses pagãos e ou de qualquer objeto ou imagens de culto idólatra. 

Estamos refutando biblicamente a adoção e adoração da cruz pelos evangélicos, dentro ou fora das igrejas, como já e costumes de muitos Cristãos e líderes evangélicos que permitem isso. A adoção e adoração da cruz como objeto de culto é pecado. A cruz, repito, foi o instrumento da maior maldição e sofrimento imposto ao Senhor Jesus e portanto deve ser banida de dentro das igrejas e da vida das pessoas. Quem merece, única e exclusivamente, ser adorado é o Senhor Jesus que morreu pregado na cruz do calvário para nos salvar. 

Lv. 19.4 diz que: Deus proíbe a fabricação de ídolos e deuses de fundição.

Dt. 4.12 diz que: A adoração a Deus deve ser sem imagens e sem figuras.

Mt. 4.10 diz que: Somente Deus deve ser adorado e a Ele devemos servir.

Jo. 4.24 diz que: Deus é Espírito e deve ser adorado em espírito e em verdade.

At. 17.24,25 diz que: Deus não habita em templo feito por mãos humanas.

1Jo. 5.21 diz que: O combate à idolatria é mantido pelo apóstolo João.

Êxodo. 20:4-6 diz que: Não farás para ti imagens de esculturas. 

Deuteronômio. 4:15-19 diz que: Não vos corrompais e não façais alguma imagem de esculturas. 


Êxodo 20.4-6.

4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque Eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem

6 - e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos.

Deuteronômio 4.15-19.

15 - Guardai, pois, com diligência a vossa alma, pois semelhança nenhuma vistes no dia em que o Senhor vosso Deus, em Horebe, falou convosco, do meio do fogo;
16 - para que não vos corrompais e vos façais alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou de fêmea;

17 - figura de algum animal que haja na terra, figura de alguma ave alígera que voa pelos céus;

18 - figura de algum animal que anda de rastos sobre a terra, figura de algum peixe que esteja nas águas debaixo da terra;

19 - e não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o SENHOR, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.

O primeiro dos dez mandamentos nos diz que devemos adorar somente a Deus.

O primeiro mandamento estabelece a adoração somente a Deus e a mais ninguém. 

A ordem do primeiro mandamento é para adorar a Deus sobre todas as coisas, diretamente, sem mediação de qualquer objeto. A idolatria é o primeiro dos três pecados capitais na tradição judaica, “a idolatria, a impureza e o derramamento de sangue”. Os cristãos devem se abster da contaminação dos ídolos. (At 15.20).

I. A proibição da idolatria. 

Ídolo e imagem. O termo hebraico empregado aqui para “imagem de escultura” (Êx 20.4; Dt 5.8) é péssel, usado no Antigo Testamento para designar os deuses (Is 42.17), como Aserá, a divindade dos cananeus (2Rs 21.7). Esses ídolos eram esculpidos em pedra, madeira ou metal (Lv 26.1; Is 45.20; Na 1.14). A Septuaginta traduz péssel pela palavra grega eidolon, “ídolo”, a mesma usada no Novo Testamento (1Co 10.14; 1Jo 5.21). O ídolo é um objeto de culto visto pelos idólatras que são seus seguidores como tendo poderes sobrenaturais e a sua imagem é a representação do ídolo reconhecida por seus adoradores. 

Idolatria. O termo “idolatria” vem de eidolon, “ídolo”, e latreia, “serviço sagrado, culto, adoração”. Idolatria é a forma pagã de adoração a ídolos, de adorar e servir a outros deuses ou a qualquer coisa que não seja o Deus verdadeiro. É prática incompatível com a fé judaico-cristã, pois nega o senhorio e a soberania de Deus. Moisés e os profetas viam na idolatria a destruição de toda a base religiosa e ética dos israelitas, além de negar a revelação de Deus à eles.  (Dt 4.23-25).

Semelhança ou figura. A frase “Nem semelhança alguma do que há em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra” (Êx 20.4b; Dt 5.8b), à luz de Deuteronômio 4.12,15, proíbe-se adorar o próprio Deus verdadeiro por intermédio de qualquer objeto. A palavra hebraica para “semelhança” é temunah, “aparência, representação, manifestação, figura”. Sua ideia básica é de aparência externa, ou seja, uma imagem vista numa visão. (Nm 12.8; Dt 4.12,16-18; Jó 4.16; Sl 17.15). 

Essa proibição inclui a representação de coisas materiais como homens e mulheres, pássaros, animais terrestres, peixes e corpos celestes. (Dt 4.16-19).

II. Deus faz ameaças e promessas.

O Deus zeloso. O adjetivo hebraico qanna, “zeloso”, aparece apenas cinco vezes no Antigo Testamento (Êx 20.5; 34.14; Dt 4.24; 5.9; 6.15) e está associado ao nome divino el, “Deus”. O zelo de Jeová consiste no fato de ser Ele o único para Israel, e este não deveria partilhar o amor e a adoração com nenhuma divindade das nações. Esse direito de exclusividade era algo inusitado na época e único na história das religiões, pois os cultos pagãos antigos eram tolerantes em relação a outros deuses.

As ameaças. A expressão “terceira e quarta geração” (Êx 20.5; Dt 5.9) indica qualquer número ou plenitude e não se refere necessariamente à numeração matemática, pois se trata de máxima comum na literatura semítica. (Am. 1.3,6,11,13; 2.1,4,6; Pv 30.15,18,21,29). O objetivo aqui é contrastar o castigo para “terceira e quarta geração” com o propósito de Deus de abençoar a milhares de gerações.

As promessas. Salta à vista de qualquer leitor a diferença entre castigo e misericórdia. A ira divina vai até a quarta geração, no entanto, a misericórdia de Deus chega a mil gerações sobre os que guardam os mandamentos divinos. (Êx 20.6; Dt 5.10). Muito cedo na história, o nosso Deus revela que seu amor ultrapassa infinitamente o juízo.

III. Quanto ao culto verdadeiro à Deus.


Adoração. O segundo mandamento proíbe fazer imagem de escultura e também de se prostrar diante dela para adorá-la: “não te encurvarás a elas, nem as servirás” (Êx 20.5; Dt 5.9). Adoração é serviço sagrado, culto ou reverência a Deus por suas obras. É somente a Deus que se deve adorar (Mt 4.10; Ap 19.10; 22.8,9).

Deus é espírito. O Catecismo Maior de Westminster (1648) declara que “Deus é Espírito, em si e por si infinito em seu ser” (Jo 4.24; Êx 3.14; Jó 11.7-9). O espírito é substância imaterial e invisível, diferentemente da matéria. É também indestrutível, pois o “espírito não tem carne nem ossos” (Lc 24.39). Além de a Bíblia afirmar que Deus é espírito, declara também de maneira direta que Ele é invisível (Cl 1.15; 1Tm 1.17). Assim, a espiritualidade que tem Deus como alvo é incompatível com as imagens dos ídolos.

Deus é imanente e transcendente. A imanência é a forma de relacionamento de Deus com o mundo criado e principalmente com os seres humanos e sua história. O Salmo 139 é um exemplo clássico. A transcendência significa que Deus é um ser que não pertence à criação, não faz parte dela, transcende a toda matéria e a tudo o que foi criado (Jo 17.5,24; Cl 1.17; 1Tm 6.16). O exclusivismo da sua adoração é natural porque Deus é incomparável; ninguém há como Ele no universo. (Rm 11.33-36).

IV. As imagens e o catolicismo romano.

O que dizem os teólogos católicos romanos sobre este assunto? 

A edição brasileira do Catecismo da Igreja Católica, publicado em 1993, no período do pontificado do papa João Paulo II, afirma que o culto de imagens não contradiz o mandamento que proíbe os ídolos. Os teólogos católicos romanos ensinam que a confecção da arca da aliança com os querubins e a serpente de metal no deserto (Êx 25.10-22; 1Rs 6.23-28; 7.23-26; Nm 21.8) permitem o culto às imagens.

Uma interpretação forçada. O argumento da igreja católica é falacioso porque os antigos hebreus não cultuavam os querubins nem a arca, menos ainda a serpente de metal. O povo não dirigia orações a esses objetos. A arca e os querubins do propiciatório sequer eram vistos pelo povo, pois ficavam no lugar santíssimo (Êx 26.33; Lv 16.2; Hb 9.3-5). 

Quando o povo começou a cultuar a serpente que foi construída no deserto, o rei Ezequias mandou destruí-la. (2Rs 18.4). As peças religiosas a que os teólogos católicos romanos se referem serviam como figuras da redenção em Cristo. (Hb 9.5-9; Jo 3.14,15).

Quanto ao uso de figuras como símbolo de adoração. A adoração ao Deus verdadeiro por meio de figura, símbolo ou imagem é idolatria. Isso os israelitas fizeram no deserto (Êx 32.4-6). Mica e Jeroboão I, filho de Nebate, procederam da mesma maneira (Jz 17.2-5; 18.31; 1Rs 12.28-33). Os ídolos que a Bíblia condena não se restringem a animais, corpos celestes ou forças da natureza, pois inclui também figuras humanas (Sl 115.4-8).

Mariolatria. É o culto de Maria, mãe de Jesus. 

Seus adeptos dirigem oração a ela, prostram-se diante de sua imagem e acreditam que sua escultura é milagrosa. Isso é idolatria! Os devotos, propagandeados pela mídia, atribuem a Maria uma posição que a Bíblia não lhe confere. Nós reconhecemos o papel honroso da mãe de nosso Senhor Jesus Cristo, mas ela mesma jamais aceitaria ser cultuada (Lc 1.46,47; 11.27, 28; 1Tm 2.5).

Portanto devemos ter discernimento para distinguir ídolos de objetos meramente decorativos. Tudo aquilo que a pessoa ama mais do que a Deus torna-se idolatria; tudo aquilo que é adorado, venerado dentro ou fora da igreja, que é o caso da adoração da cruz, é pecado. (Ef 5.5; Cl 3.5). A Bíblia não proíbe as artes, nem a escultura em si mesma e nem a pintura. Deus mesmo inspirou artistas entre os israelitas no deserto (Êx 35.30-35). O rei Salomão mandou esculpir querubins na parede e touros e leões para decorar o templo (1Rs 6.29; 7.29) e o palácio real (1Rs 10.19,20), mas nunca com objetivo de que tais objetos fossem adorados.

A idolatria é um grande perigo. Ela nos leva a adorar outras coisas que não são Deus. Apenas Deus merece nossa adoração. Nada é mais importante que amar a Deus sobre todas as coisas.
Idolatria não é apenas adorar outros deuses ou imagens sem vida. Idolatria é colocar qualquer coisa acima de Deus em nossa vida. Podemos idolatrar uma pessoa, um emprego, um partido político, dinheiro... Para evitarmos a idolatria, devemos sempre pôr Deus em primeiro lugar, em tudo que fazemos.

Salmo 115.1-8,17

1.          Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade. 

2. Por que dirão as nações: Onde está o seu Deus? 

3. Mas o nosso Deus está nos céus e faz tudo o que lhe apraz.

4. Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.

5. Têm boca, mas não falam; têm olhos, mas não veem;

6. têm ouvidos, mas não ouvem; nariz têm, mas não cheiram. 

7. Têm mãos, mas não apalpam; têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta. 

8. Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam.

17. Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio. 


Conclusão 

Eu não tenho nenhuma cruz na parede de minha casa ou pendurada em alguma corrente, pois a cruz, em si mesma (os pedaços de madeira) foi o instrumento de suplício de meu Salvador. Eu não iria querer pendurar um laço de corda na parede de meu quarto se alguém que eu amo tivesse morrido enforcado nele. Portanto a cruz, como objeto de madeira, foi o instrumento de suplício onde Jesus morreu pregado nele.


Porém, as Escrituras, conforme as passagens acima, mostram que a palavra "cruz" significa a obra de Cristo em sua totalidade; 

Seu sacrifício levando nossos pecados.

Então, quando ouvimos que devemos nos lembrar da cruz, não quer isto dizer que devemos nos lembrar do instrumento de madeira, mas do sacrifício vicário do Senhor Jesus que foi pregado naquela cruz para salvar humanidade da condenação eterna. 

Da mesma maneira, na cruz Ele foi rejeitado pelos homens e pelo próprio Deus. (Salmo 22). Portanto, podemos pensar na cruz não no instrumento de madeira, mas como uma posição de rejeição pelo fato da condenação cruel que ela causava, principalmente no fato de ter sido pregado nela um inocente. Dizer que devemos levar a cruz de Cristo significa dizer que devemos tomar o lugar de rejeição e afronta que Ele ocupou aqui neste mundo.


A "cruz de Cristo", no sentido de sacrifício de Cristo é o único meio de salvação para o homem pecador. Porém a cruz, o instrumento de madeira, nada pode fazer pelo pecador, por ser apenas um instrumento de suplício e maldição, assim como é uma forca, uma guilhotina ou uma cadeira elétrica. Ao ser levado ao madeiro, Cristo foi feito maldito; ali ele foi considerado pelos homens como um horrível criminoso que merece a morte por seus crimes. Quando lemos a notícia de alguém que foi, por exemplo, executado numa cadeira elétrica nos países onde há pena de morte, a notícia sempre vem acompanhada dos horríveis crimes que tal pessoa cometeu. Assim, um viajante que passasse por Jerusalém naquele dia e visse Cristo na cruz logo o consideraria como algum criminoso de alta periculosidade e amaldiçoado pelo mal que teria feito aos outros. 


Porém, o pior ainda estava por vir, quando Cristo foi considerado maldito não apenas por homens, mas pelo próprio Deus. Na cruz Cristo foi feito pecado por nós (2 Co 5.21), portanto, tornou Se em algo com que o próprio Deus não podia ter comunhão. Ele foi feito culpado para que pudéssemos ter nossa dívida paga e sermos salvos por Ele.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



segunda-feira, 8 de junho de 2020

JESUS QUER TE CURAR

ESTÁ ALGUÉM ENTRE VÓS DOENTE? JESUS QUER TE CURAR. 


A cura só é alcançada pela fé conforme o que diz em Hebreus 11.1. "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem". O capítulo 11 de Hebreus nos tráz um grande galeria dos heróis da fé que venceram situações adversas somente pela fé. 

Quem nunca ficou doente? Quanto tempo tem que você não tem uma dor de cabeça ou uma dor de dente ou qualquer outro tipo de dor?

Thiago 5.13-20

13. Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.

14. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite (com óleo) em nome do Senhor;

15. e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

16. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

17. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.

18. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.

19. Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

20. saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

Está alguém entre vós doente?

Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. (Tg 5:14).


Este texto de Tiago foi escrito para ajudar irmãos da igreja primitiva a reconhecerem a soberania divina, a orarem e louvarem a Deus pelos momentos de alegrias ou de aflições. Os tempos mudaram, mas nossa geração pós-moderna também precisa destes ensinos para não ser enredada ou se perder dentro de um labirinto de opiniões e teologias inconsistentes, uma vez que, hoje, em nome do evangelho, afirma-se que o crente é dono de todas as coisas, que é filho do rei e que não pode passar por aflições, sob pena de ser submetido a sessões de confissão para se consertar com Deus, porque segundo essas pessoas, se alguém está doente, em aflições e em dificuldades financeiras é porque está em pecado. Nesse processo, a unção com óleo é usada de forma indiscriminada com venda de indulgências, com a venda de supostos milagres que serão operados através do “óleo ungido”. 


Então, encontramos cristãos descontrolados, orando por razões de infelicidade e de aflição, ou seja, com muitas lutas e com muitas provações.


Há quem põe tudo a perder, quando passa por momentos de alegria, e, desconhecendo as maneiras cristãs de expressar isto, erra ao extravasar, passa do limite, perde o controle, acende fogo estranho no altar. De igual modo, há quem se desespere quando surpreendido pelos dias difíceis, entrega-se ao desatino, desvia-se do foco principal que é olhar para Jesus que é o autor da nossa fé.

A inspirada proposta de Tiago desafia os cristãos de todos os tempos a orarem incessantemente, mesmo diante dos problemas, da enfermidade, da infelicidade, da necessidade de confissão de pecados.


Entendendo a mensagem de cura da carta universal de Tiago.

No início de sua epístola, Tiago incentivou seus leitores a orarem (Tg 1:5). Agora, no final, volta a pedir-lhes que orem (Tg 5:13-18). Ao retomar esse tema, ele trata de três situações na vida dos cristãos: o sofrimento, a alegria e a doença. Além dos demais problemas já tratados, fica evidente que havia sérios equívocos, quanto à prática da oração, especialmente, quando relacionada a enfermidades e à prática da unção com óleo aos enfermos. É a esses irmãos que Tiago se dirige com as seguintes palavras: Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.

E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tg 5:13-15).


Para cada problema, Tiago apresenta uma solução prática: quem está sofrendo, deve orar; quem está alegre, deve cantar, isto é, louvar em forma de ações ou literalmente louvar ao Senhor, e quem está doente, deve pedir oração aos presbíteros (cf. Fp 4:6).

Ele afirma que não existem fórmulas mágicas, nem ações humanas espetaculares para a solução das questões que estavam tirando o sossego de seus leitores. Para o escritor sagrado, a oração é o caminho da solução para as pessoas vitimadas pelas aflições da vida. Veja como Tiago não inventa fórmulas espirituais mirabolantes: Está alguém entre vós aflito? Ore. Estas aflições são os embates do dia-a-dia, pelos quais todos passamos, ou, nos dizeres de um famoso teólogo “essa palavra visa descrever aqueles que sofrem por qualquer tribulação, aperto, necessidade, privação ou enfermidade”.


O cristão precisa reconhecer suas limitações frente aos infortúnios da vida, apresentar isto a Deus em oração, pedindo a Ele que o ajude a suportar estes momentos e aguardar, com resignação, a resposta divina.

Ao contrário das “palavras de ordem” e das “decretações” meramente emotivas e humanas realizadas por obreiros e líderes de igrejas com fins de tirar proveito financeiro, a atitude de levar os problemas a Deus com humildade, precede a vitória (I Pe 5:6-7).

Sabemos que a vocação carnal é mesmo para o pecado (Pv 16:1; Lm 3:39), de modo que, não raras vezes, nossos planos resultam em prejuízos e motivos para preocupações intermináveis, ou somos frustrados pela excessiva confiança em “autoridades espirituais” que nos prometem muito além do que podem ou estão dispostas a executar; na realidade essas “autoridades espirituais” querem determinar para que Deus realize aquilo que eles estão mandando que Deus faça. Dá a impressão de que eles são maiores do que Deus e estão prensando Deus na parede.


Os leitores de Tiago não deveriam reagir às aflições com murmurações e muito menos com bravatas, tão comuns entre os descrentes, uma vez que estas atitudes erradas não fazem outra coisa senão afastar os Cristãos de Deus. Mas, ao contrário, a oração sincera e reconhecedora do poder divino, feita com a convicção de que Deus pode até mesmo responder diferentemente do que pedimos, irá trazer-nos a paz almejada e estranha ao mundo, conforme Paulo nos assegura. (Fp 4:6-7). Assim, o autor sagrado garante que, se o aflito orar, receberá conforto divino, sentir-se-á feliz e passará a louvar a Deus, reconhecendo que ele é digno de louvor. É por isso que Tiago diz: Está alguém alegre? Cante louvores. Embora a sugestão seja feita a pessoas contentes, não significa que decorra de um estado de coisas perfeitas, mas da qualidade do conhecimento de Deus que a pessoa passa a desfrutar, depois de ter orado e vencido algumas aflições.


Outro aspecto enfatizado pelo apóstolo é a unção de pessoas enfermas com óleo, ministrada pelos presbíteros da igreja. (Tg 5:14-15). O que se pode inferir desta passagem é, novamente, a relevância da oração, não mais é feita pelo doente físico, mas pelos presbíteros da igreja em seu favor. Mas, por que orar e ungir com óleo? Os judeus e muitos povos antigos usavam o óleo como um produto medicinal, mas não o aplicavam em todas as doenças, porque havia outros tipos de medicamentos. O óleo era usado principalmente para curar ferimentos. (Is 1:6; Ez 16:9; Lc 10:34).

O Antigo Testamento nunca atribuiu ao óleo poderes sobrenaturais para curar enfermidades. Portanto, Tiago bem sabia que o óleo não possui poder algum para conduzir a benção da cura divina sobre o doente; e, certamente, não usou a expressão ungindo-o com óleo apostando na capacidade medicinal atribuída ao óleo pelo povo. Se assim fosse, qualquer irmão poderia ministrar a unção ao enfermo; Tiago, porém, restringe esse ato aos presbíteros. Por quê?


A explicação que mais se alinha com o Antigo Testamento, a Bíblia que Tiago usava, é a que entende o óleo como um “símbolo” da ação divina na vida do doente. Na antiga aliança, objetos eram ungidos com óleo como símbolo de consagração para uso exclusivo no serviço de Deus; sacerdotes eram ungidos como representantes de Deus para cuidarem da vida do povo (Lv 4:5, 6:20, 16:32); após as intervenções espirituais destes ungidos (Lv 9:8-22), os israelitas viam e desfrutavam da gloriosa presença de Deus e tinham a fé fortalecida. (Lv 9:23-24).


O público alvo original de Tiago era composto de judeus convertidos à Cristo. (Tg 1:1). Acostumados com as ministrações espirituais sacerdotais, Tiago os faz entender que, na nova aliança, não existe mais a unção de objetos e nem de pessoas para liderarem espiritualmente o povo, uma vez que os salvos já são ungidos pela presença plena do Espírito Santo. (Lc 4:18; At 10:38; II Co 1:21), chamado, em Hebreus 1:9, de óleo de alegria. É nesse contexto que Tiago garante àqueles irmãos que seus novos líderes espirituais, os presbíteros, podiam ungir apenas a pessoa doente “a fim de simbolizar que ela estava sendo ‘separada’ para receber atenção e cuidado especiais de Deus”.

Alguns renomados historiadores e estudiosos da Bíblia concordavam e concordam ao declarar que o óleo da unção,  como por exemplo o bálsamo de Gileade era e é  usado como um símbolo, como um sinal visível e tangível do poder de Deus para a cura; os primitivos cristãos, assim como a maioria absoluta dos crentes pentecostais de hoje, criam e crêem que o Senhor curaria, e na verdade Ele cura o enfermo, quando assim fizessem ou quando assim o fazem hoje em dia porque com tal ação confirmavam e confirmam sua fé em Deus.


Vista como prática confirmadora da fé ou como símbolo do poder de Deus, não se pode alegar que a unção deva ser ministrada no local da enfermidade ou da dor. Já sabemos que tanto Tiago quanto os presbíteros da igreja primitiva sabiam que o óleo aplicado como unção não tinha poder curador. Através da unção, o enfermo apenas confirmava sua fé em Deus e, por isto, passava a esperar do Senhor a cura.

Percebemos que a unção não era algo banalizado ou praticado de forma indiscriminada.


Outra prova de que a unção com óleo é apenas um símbolo do poder curador de Deus é que, se ela não for aplicada em nome do Senhor, de nada valerá, pois Cristo é quem tem todo o poder no céu e na terra para operar milagres. (Mt 28:18; Mc 6:13; Lc 9:1). E em nome dele que as pessoas são curadas. (Mc 16:17; Jo 14:13-14, 15:16, 16:23). Era dessa forma que os seguidores de Jesus agiam (Mc 6:12-14; At 3:6,16, 4:7,10). Nesta mesma linha de interpretação é que temos de entender o que Tiago afirma no versículo quinze: E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Não é o óleo que cura; é o Senhor Jesus através da oração da fé. Não é o presbítero quem cura, é o Senhor quem o levanta o doente de seu leito.


Por outro lado, não é crível que este texto sagrado tenha sido proferido com o propósito de dar à unção com óleo o poder perdoador que só Cristo tem ou de revesti-la de função purificadora que só o sangue de Jesus Cristo tem. A igreja romana, com base Tiago 5:14-15, desenvolveu o sacramento da “extrema unção” (Concílio de Trento XIV), de forma totalmente errada. Ele explica que, para os católicos, “Este sacramento tem o propósito de remover qualquer vestígio de pecado e fortalecer a alma da pessoa que está morrendo (a cura é considerada apenas uma possibilidade)”.

Ao contrário disso, o texto sagrado é claro em mostrar que a unção deve ser feita mediante oração, em nome de Jesus, que tem poder para curar quem, quando e onde ele quiser. Logo, a unção não é para a morte, mas para a vida. Isto, porém, não quer dizer que Deus tem a obrigação de curar todas as pessoas que são ungidas; quando Deus quer, ele cura; quando não quer, não cura. Muitos fiéis foram curados; outros, entretanto, morreram. Nosso Deus é soberano.


Quanto à sentença e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados, Tiago a expressa na condicional: se. Sabedor de que há enfermidades resultantes de pecados (Dt 28:15-28; Sl 28; Is 38:17; Mc 22:5; Jo 5:14; I Co 11:30), Tiago ordena: Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tg 5:16). Em outras palavras, o que o apóstolo está dizendo é isto: “Se for o caso de a enfermidade ter raízes em pecados, confesse-os a pessoas maduras e responsáveis e ore a Deus; ele o perdoará, levantará e curará”. Insistindo na necessidade da oração, a despeito da situação, o texto nos ensina a manter o corpo de Cristo unido, buscando a reconciliação, quando necessário. Em Mateus 18:15-17, é-nos dito que o ofendido deve tomar providências para ver sanado o problema de relacionamento instalado no corpo de Cristo.


Contudo, duas advertências são cabíveis.

A primeira consiste em que esse texto sagrado não deve ser interpretado no sentido de que os fiéis devem submeter-se a sessões de confessionário e de que um ser humano, seja ele quem for, arrogue-se do poder de perdoar pecados.

A segunda consiste em que é inaceitável a manipulação que, muitas vezes, se faz dos irmãos, nos cultos: alguns são submetidos a sessões de confissão pública; outros contam suas mazelas; outros, ainda, são obrigados a repetir palavras de confissão proferidas pelo ministrante, que, com requintes de abuso, faz o ofensor abraçar e declarar amor ao ofendido. É evidente que Tiago, tão cioso pela ordem e pela organização do corpo de Cristo, não pretendeu esta degeneração.


É ainda importante refletirmos que, à luz da palavra de Deus, não existe sustentação para o argumento favorável à unção de pessoas endemoninhadas, no intuito de libertá-las do demônio. Se a unção com óleo, para expulsar demônios, fosse uma prática sadia, o próprio Senhor Jesus teria usado esse expediente e ensinado a seus discípulos; mas não o fez. A cura a que se refere o texto se limita a doenças físicas apenas, uma vez que as espirituais são curadas mediante a oração feita em nome do Senhor Jesus (às vezes, com necessidade de jejum), podendo ser realizada por qualquer irmão.


Tiago termina seus argumentos sobre a oração citando um exemplo do que afirmara no final do versículo 16: Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Dentre os muitos justos da Bíblia, ele escolhe Elias, que era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tg 5:17-18).


Elias não era perfeito. Com a exceção de Jesus, ninguém é. Mas o profeta era justo; por isso, orava e Deus alterava as estações do tempo, as realidades, as pessoas. Tiago garante que somos como Elias: cheios de defeitos; mas, se vivermos de forma justa, oraremos, e, da fraqueza, tiraremos força, porque o Senhor nos ouvirá e agirá poderosamente.


Aplicando o conhecimento em nossa vida.

Na hora da aflição, eu preciso confiar em Deus?

O apóstolo Tiago afirma que todos os servos de Deus são passíveis de sofrer profundas aflições. Num gesto realista, ele pergunta: Está alguém entre vós sofrendo? Sim! No mundo, passais por aflições. (Jo 16:33). Porém, a solução é extremamente simples: Faça oração. É pena que muitos cristãos deixam de confiar nesta Palavra; acham as propostas do Evangelho simples demais para seus complicados problemas pós-modernos. Surgem, então, os especialistas em libertação, com fórmulas e ritos espirituais exóticos, para um público consumista, ávido por novos produtos; gente que exige nova espiritualidade, nova ministração, nova liturgia, nova pregação, nova unção, nova igreja, novo evangelho, novo Deus. Cai por terra a confiança na simplicidade; cumpre-se o que Paulo temia: Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. (II Co 11:3).

A vitória contra as aflições da vida não está nas modernas concepções de espiritualidade e métodos de libertação, mas na simplicidade de nossa fé em Cristo, na sinceridade e na humildade do evangelho, que é boas novas de grande alegria. Sem ele, a vida é nada (Jo 15:5), pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos (At 17:28). Está você aflito com a situação do casamento, dos filhos, do trabalho, do futuro? Ore a Deus! Confie nesta proposta simples, mas divina. Você não pode resolver seus problemas sozinho, tampouco suas preocupações podem contribuir para a solução das mazelas da vida, mas você tem um Deus que o ama, zela por você e o escolheu. Não temas! (Sl 121; 125:1).


Na hora da doença, eu preciso da ajuda dos servos de Deus. Todos nós precisamos de intercessores, de alguém que ore a Deus por nós.

O apóstolo Tiago afirma, também, que todos os servos de Deus são passíveis de sofrer enfermidades físicas. Está alguém entre vós doente? Evidentemente que sim! Só no céu é que a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Ap 21:4).

Então, o que fazer? Chame os presbíteros da igreja! Na aflição e na alegria, o cristão é orientado a orar individualmente, mas, quando doente fisicamente, deve procurar a ajuda dos ungidos de Deus, que poderão orar e ungir o doente com óleo, mas é a oração da fé que salvará o enfermo.


Essa prática ordeira é vista no ministério dos discípulos de Cristo. Eles curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo (Mc 6:13). No Novo Testamento, somente Tiago e Marcos registram essa prática; em ambos, a unção é aplicada apenas em pessoas com enfermidades físicas.


Em nossos dias, porém, a unção com óleo está sendo amplamente banalizada; praticada com um despudor de dar vergonha à Igreja de Cristo. Alguns irmãos ungem automóveis, casas, roupas íntimas, enfim, coisas; outros, vão além: ungem pessoas em cerimônia de noivado, de casamento. Há, ainda, a unção sobre endemoninhados, a unção coletiva e outras que virão. São pessoas que causam grandes contendas espirituais na Igreja de Cristo. Não querem entender que o sistema de unção do Antigo Testamento foi cravado na cruz, por ser apenas sombra das coisas que haviam de vir (Cl 2:17). Agem como as pessoas as quais Tiago se dirigia, vindas do judaísmo, acostumadas com objetos ungidos e com sacerdotes ungidos. Foram corrigidas pelo apóstolo, que lhes garantiu que, na Igreja de Cristo, a unção é feita exclusivamente pelos presbíteros e é restrita às pessoas fisicamente enfermas.


Isso nos alerta, portanto, a não banalizarmos o símbolo da graça de Deus para os enfermos, a usarmos a fé corretamente. Se assim fizermos, quando enfermos, pediremos o auxílio dos presbíteros (obreiros ordenados e credenciados pelo ministério local) e, por eles, Deus nos levantará.


Na hora da alegria, eu preciso ser grato a Deus.

O apóstolo Tiago garante, porém, que a vida do cristão não é só de aflição e de doenças. Está alguém alegre? Claro! Quem tem a Cristo, vive com alegria indizível e cheia de glória. (I Pe 1:8). Logo, Cante louvores! Não se exige voz bonita, afinada, treinada, e nem a presença de um grande público; na sua individualidade, quem está alegre pelas vitórias alcançadas, deve orar cantando, louvando, agradecendo a Deus.

Infelizmente, muitos cristãos, sempre insatisfeitos, sempre querendo mais de Deus, sempre acumulando bênçãos, demonstram uma gratidão que se reduz à exibição de sua alegria, quando, numa igreja cheia de gente, testemunham sua prosperidade. A Bíblia não é contra o testemunho público, mas, em Tiago, ela desestimula o testemunho despido de piedade e manipulador da fé. Para o escritor sagrado, os momentos de alegria são oportunidades para orarmos com discrição, agradecendo a Deus.


Quantas vezes vemos cristãos que se julgam quase deuses: dizem que podem tudo, que têm tudo, que recebem tudo que pedem. Cheios de bênçãos, parecem não respeitar o Senhor; acham que podem instruí-lo, pois, em suas orações, além de exigirem as bênçãos, detalham-nas e dizem como Deus deve fazer. Pessoas que assim agiram acabaram ganhando uma grave depressão; outras caíram da fé. Na hora das alegrias, precisamos ter humildade para que a atitude de gratidão não enverede para o exibicionismo.


Portanto, irmão, quando Deus o livrar das aflições e das doenças e a alegria invadir seu coração, siga estas verdades: ore, cante louvores e alegre-se no Senhor diz: Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade. (III Jo 1:4).


A fé é o nosso firme fundamento para a cura divina.

A Bíblia é clara em definir a fé como o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hb 11:1).

Já ouvi muitas tentativas de explicação da fé, mas ela é alto explicável na medida em que conhecemos a razão de nossa fé, que é Cristo e seu reino. Como foi dito no inicio desta postagem, o cristão não pode ser enredado e nem ser objeto de manipulação de pessoas desajustadas. Por isso, quando você estiver aflito ou doente e a resposta não vier na medida de seu pedido, não pense que Deus não está ouvindo ou que não o ama, pois ele não é déspota. A Paulo, após, pelo menos, três orações, Deus respondeu com sua graça inefável dizendo: “a minha graça te basta”, quem sabe, seja esta a resposta de Deus a você também. Se for, e Deus o sabe, reaja com alegria e firmeza, para que o poder de Cristo repouse sobre você também (II Co 12:9).

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.