segunda-feira, 8 de junho de 2020

JESUS QUER TE CURAR

ESTÁ ALGUÉM ENTRE VÓS DOENTE? JESUS QUER TE CURAR. 


A cura só é alcançada pela fé conforme o que diz em Hebreus 11.1. "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem". O capítulo 11 de Hebreus nos tráz um grande galeria dos heróis da fé que venceram situações adversas somente pela fé. 

Quem nunca ficou doente? Quanto tempo tem que você não tem uma dor de cabeça ou uma dor de dente ou qualquer outro tipo de dor?

Thiago 5.13-20

13. Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.

14. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite (com óleo) em nome do Senhor;

15. e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

16. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

17. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.

18. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.

19. Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

20. saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

Está alguém entre vós doente?

Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. (Tg 5:14).


Este texto de Tiago foi escrito para ajudar irmãos da igreja primitiva a reconhecerem a soberania divina, a orarem e louvarem a Deus pelos momentos de alegrias ou de aflições. Os tempos mudaram, mas nossa geração pós-moderna também precisa destes ensinos para não ser enredada ou se perder dentro de um labirinto de opiniões e teologias inconsistentes, uma vez que, hoje, em nome do evangelho, afirma-se que o crente é dono de todas as coisas, que é filho do rei e que não pode passar por aflições, sob pena de ser submetido a sessões de confissão para se consertar com Deus, porque segundo essas pessoas, se alguém está doente, em aflições e em dificuldades financeiras é porque está em pecado. Nesse processo, a unção com óleo é usada de forma indiscriminada com venda de indulgências, com a venda de supostos milagres que serão operados através do “óleo ungido”. 


Então, encontramos cristãos descontrolados, orando por razões de infelicidade e de aflição, ou seja, com muitas lutas e com muitas provações.


Há quem põe tudo a perder, quando passa por momentos de alegria, e, desconhecendo as maneiras cristãs de expressar isto, erra ao extravasar, passa do limite, perde o controle, acende fogo estranho no altar. De igual modo, há quem se desespere quando surpreendido pelos dias difíceis, entrega-se ao desatino, desvia-se do foco principal que é olhar para Jesus que é o autor da nossa fé.

A inspirada proposta de Tiago desafia os cristãos de todos os tempos a orarem incessantemente, mesmo diante dos problemas, da enfermidade, da infelicidade, da necessidade de confissão de pecados.


Entendendo a mensagem de cura da carta universal de Tiago.

No início de sua epístola, Tiago incentivou seus leitores a orarem (Tg 1:5). Agora, no final, volta a pedir-lhes que orem (Tg 5:13-18). Ao retomar esse tema, ele trata de três situações na vida dos cristãos: o sofrimento, a alegria e a doença. Além dos demais problemas já tratados, fica evidente que havia sérios equívocos, quanto à prática da oração, especialmente, quando relacionada a enfermidades e à prática da unção com óleo aos enfermos. É a esses irmãos que Tiago se dirige com as seguintes palavras: Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.

E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tg 5:13-15).


Para cada problema, Tiago apresenta uma solução prática: quem está sofrendo, deve orar; quem está alegre, deve cantar, isto é, louvar em forma de ações ou literalmente louvar ao Senhor, e quem está doente, deve pedir oração aos presbíteros (cf. Fp 4:6).

Ele afirma que não existem fórmulas mágicas, nem ações humanas espetaculares para a solução das questões que estavam tirando o sossego de seus leitores. Para o escritor sagrado, a oração é o caminho da solução para as pessoas vitimadas pelas aflições da vida. Veja como Tiago não inventa fórmulas espirituais mirabolantes: Está alguém entre vós aflito? Ore. Estas aflições são os embates do dia-a-dia, pelos quais todos passamos, ou, nos dizeres de um famoso teólogo “essa palavra visa descrever aqueles que sofrem por qualquer tribulação, aperto, necessidade, privação ou enfermidade”.


O cristão precisa reconhecer suas limitações frente aos infortúnios da vida, apresentar isto a Deus em oração, pedindo a Ele que o ajude a suportar estes momentos e aguardar, com resignação, a resposta divina.

Ao contrário das “palavras de ordem” e das “decretações” meramente emotivas e humanas realizadas por obreiros e líderes de igrejas com fins de tirar proveito financeiro, a atitude de levar os problemas a Deus com humildade, precede a vitória (I Pe 5:6-7).

Sabemos que a vocação carnal é mesmo para o pecado (Pv 16:1; Lm 3:39), de modo que, não raras vezes, nossos planos resultam em prejuízos e motivos para preocupações intermináveis, ou somos frustrados pela excessiva confiança em “autoridades espirituais” que nos prometem muito além do que podem ou estão dispostas a executar; na realidade essas “autoridades espirituais” querem determinar para que Deus realize aquilo que eles estão mandando que Deus faça. Dá a impressão de que eles são maiores do que Deus e estão prensando Deus na parede.


Os leitores de Tiago não deveriam reagir às aflições com murmurações e muito menos com bravatas, tão comuns entre os descrentes, uma vez que estas atitudes erradas não fazem outra coisa senão afastar os Cristãos de Deus. Mas, ao contrário, a oração sincera e reconhecedora do poder divino, feita com a convicção de que Deus pode até mesmo responder diferentemente do que pedimos, irá trazer-nos a paz almejada e estranha ao mundo, conforme Paulo nos assegura. (Fp 4:6-7). Assim, o autor sagrado garante que, se o aflito orar, receberá conforto divino, sentir-se-á feliz e passará a louvar a Deus, reconhecendo que ele é digno de louvor. É por isso que Tiago diz: Está alguém alegre? Cante louvores. Embora a sugestão seja feita a pessoas contentes, não significa que decorra de um estado de coisas perfeitas, mas da qualidade do conhecimento de Deus que a pessoa passa a desfrutar, depois de ter orado e vencido algumas aflições.


Outro aspecto enfatizado pelo apóstolo é a unção de pessoas enfermas com óleo, ministrada pelos presbíteros da igreja. (Tg 5:14-15). O que se pode inferir desta passagem é, novamente, a relevância da oração, não mais é feita pelo doente físico, mas pelos presbíteros da igreja em seu favor. Mas, por que orar e ungir com óleo? Os judeus e muitos povos antigos usavam o óleo como um produto medicinal, mas não o aplicavam em todas as doenças, porque havia outros tipos de medicamentos. O óleo era usado principalmente para curar ferimentos. (Is 1:6; Ez 16:9; Lc 10:34).

O Antigo Testamento nunca atribuiu ao óleo poderes sobrenaturais para curar enfermidades. Portanto, Tiago bem sabia que o óleo não possui poder algum para conduzir a benção da cura divina sobre o doente; e, certamente, não usou a expressão ungindo-o com óleo apostando na capacidade medicinal atribuída ao óleo pelo povo. Se assim fosse, qualquer irmão poderia ministrar a unção ao enfermo; Tiago, porém, restringe esse ato aos presbíteros. Por quê?


A explicação que mais se alinha com o Antigo Testamento, a Bíblia que Tiago usava, é a que entende o óleo como um “símbolo” da ação divina na vida do doente. Na antiga aliança, objetos eram ungidos com óleo como símbolo de consagração para uso exclusivo no serviço de Deus; sacerdotes eram ungidos como representantes de Deus para cuidarem da vida do povo (Lv 4:5, 6:20, 16:32); após as intervenções espirituais destes ungidos (Lv 9:8-22), os israelitas viam e desfrutavam da gloriosa presença de Deus e tinham a fé fortalecida. (Lv 9:23-24).


O público alvo original de Tiago era composto de judeus convertidos à Cristo. (Tg 1:1). Acostumados com as ministrações espirituais sacerdotais, Tiago os faz entender que, na nova aliança, não existe mais a unção de objetos e nem de pessoas para liderarem espiritualmente o povo, uma vez que os salvos já são ungidos pela presença plena do Espírito Santo. (Lc 4:18; At 10:38; II Co 1:21), chamado, em Hebreus 1:9, de óleo de alegria. É nesse contexto que Tiago garante àqueles irmãos que seus novos líderes espirituais, os presbíteros, podiam ungir apenas a pessoa doente “a fim de simbolizar que ela estava sendo ‘separada’ para receber atenção e cuidado especiais de Deus”.

Alguns renomados historiadores e estudiosos da Bíblia concordavam e concordam ao declarar que o óleo da unção,  como por exemplo o bálsamo de Gileade era e é  usado como um símbolo, como um sinal visível e tangível do poder de Deus para a cura; os primitivos cristãos, assim como a maioria absoluta dos crentes pentecostais de hoje, criam e crêem que o Senhor curaria, e na verdade Ele cura o enfermo, quando assim fizessem ou quando assim o fazem hoje em dia porque com tal ação confirmavam e confirmam sua fé em Deus.


Vista como prática confirmadora da fé ou como símbolo do poder de Deus, não se pode alegar que a unção deva ser ministrada no local da enfermidade ou da dor. Já sabemos que tanto Tiago quanto os presbíteros da igreja primitiva sabiam que o óleo aplicado como unção não tinha poder curador. Através da unção, o enfermo apenas confirmava sua fé em Deus e, por isto, passava a esperar do Senhor a cura.

Percebemos que a unção não era algo banalizado ou praticado de forma indiscriminada.


Outra prova de que a unção com óleo é apenas um símbolo do poder curador de Deus é que, se ela não for aplicada em nome do Senhor, de nada valerá, pois Cristo é quem tem todo o poder no céu e na terra para operar milagres. (Mt 28:18; Mc 6:13; Lc 9:1). E em nome dele que as pessoas são curadas. (Mc 16:17; Jo 14:13-14, 15:16, 16:23). Era dessa forma que os seguidores de Jesus agiam (Mc 6:12-14; At 3:6,16, 4:7,10). Nesta mesma linha de interpretação é que temos de entender o que Tiago afirma no versículo quinze: E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Não é o óleo que cura; é o Senhor Jesus através da oração da fé. Não é o presbítero quem cura, é o Senhor quem o levanta o doente de seu leito.


Por outro lado, não é crível que este texto sagrado tenha sido proferido com o propósito de dar à unção com óleo o poder perdoador que só Cristo tem ou de revesti-la de função purificadora que só o sangue de Jesus Cristo tem. A igreja romana, com base Tiago 5:14-15, desenvolveu o sacramento da “extrema unção” (Concílio de Trento XIV), de forma totalmente errada. Ele explica que, para os católicos, “Este sacramento tem o propósito de remover qualquer vestígio de pecado e fortalecer a alma da pessoa que está morrendo (a cura é considerada apenas uma possibilidade)”.

Ao contrário disso, o texto sagrado é claro em mostrar que a unção deve ser feita mediante oração, em nome de Jesus, que tem poder para curar quem, quando e onde ele quiser. Logo, a unção não é para a morte, mas para a vida. Isto, porém, não quer dizer que Deus tem a obrigação de curar todas as pessoas que são ungidas; quando Deus quer, ele cura; quando não quer, não cura. Muitos fiéis foram curados; outros, entretanto, morreram. Nosso Deus é soberano.


Quanto à sentença e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados, Tiago a expressa na condicional: se. Sabedor de que há enfermidades resultantes de pecados (Dt 28:15-28; Sl 28; Is 38:17; Mc 22:5; Jo 5:14; I Co 11:30), Tiago ordena: Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo (Tg 5:16). Em outras palavras, o que o apóstolo está dizendo é isto: “Se for o caso de a enfermidade ter raízes em pecados, confesse-os a pessoas maduras e responsáveis e ore a Deus; ele o perdoará, levantará e curará”. Insistindo na necessidade da oração, a despeito da situação, o texto nos ensina a manter o corpo de Cristo unido, buscando a reconciliação, quando necessário. Em Mateus 18:15-17, é-nos dito que o ofendido deve tomar providências para ver sanado o problema de relacionamento instalado no corpo de Cristo.


Contudo, duas advertências são cabíveis.

A primeira consiste em que esse texto sagrado não deve ser interpretado no sentido de que os fiéis devem submeter-se a sessões de confessionário e de que um ser humano, seja ele quem for, arrogue-se do poder de perdoar pecados.

A segunda consiste em que é inaceitável a manipulação que, muitas vezes, se faz dos irmãos, nos cultos: alguns são submetidos a sessões de confissão pública; outros contam suas mazelas; outros, ainda, são obrigados a repetir palavras de confissão proferidas pelo ministrante, que, com requintes de abuso, faz o ofensor abraçar e declarar amor ao ofendido. É evidente que Tiago, tão cioso pela ordem e pela organização do corpo de Cristo, não pretendeu esta degeneração.


É ainda importante refletirmos que, à luz da palavra de Deus, não existe sustentação para o argumento favorável à unção de pessoas endemoninhadas, no intuito de libertá-las do demônio. Se a unção com óleo, para expulsar demônios, fosse uma prática sadia, o próprio Senhor Jesus teria usado esse expediente e ensinado a seus discípulos; mas não o fez. A cura a que se refere o texto se limita a doenças físicas apenas, uma vez que as espirituais são curadas mediante a oração feita em nome do Senhor Jesus (às vezes, com necessidade de jejum), podendo ser realizada por qualquer irmão.


Tiago termina seus argumentos sobre a oração citando um exemplo do que afirmara no final do versículo 16: Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. Dentre os muitos justos da Bíblia, ele escolhe Elias, que era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. (Tg 5:17-18).


Elias não era perfeito. Com a exceção de Jesus, ninguém é. Mas o profeta era justo; por isso, orava e Deus alterava as estações do tempo, as realidades, as pessoas. Tiago garante que somos como Elias: cheios de defeitos; mas, se vivermos de forma justa, oraremos, e, da fraqueza, tiraremos força, porque o Senhor nos ouvirá e agirá poderosamente.


Aplicando o conhecimento em nossa vida.

Na hora da aflição, eu preciso confiar em Deus?

O apóstolo Tiago afirma que todos os servos de Deus são passíveis de sofrer profundas aflições. Num gesto realista, ele pergunta: Está alguém entre vós sofrendo? Sim! No mundo, passais por aflições. (Jo 16:33). Porém, a solução é extremamente simples: Faça oração. É pena que muitos cristãos deixam de confiar nesta Palavra; acham as propostas do Evangelho simples demais para seus complicados problemas pós-modernos. Surgem, então, os especialistas em libertação, com fórmulas e ritos espirituais exóticos, para um público consumista, ávido por novos produtos; gente que exige nova espiritualidade, nova ministração, nova liturgia, nova pregação, nova unção, nova igreja, novo evangelho, novo Deus. Cai por terra a confiança na simplicidade; cumpre-se o que Paulo temia: Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo. (II Co 11:3).

A vitória contra as aflições da vida não está nas modernas concepções de espiritualidade e métodos de libertação, mas na simplicidade de nossa fé em Cristo, na sinceridade e na humildade do evangelho, que é boas novas de grande alegria. Sem ele, a vida é nada (Jo 15:5), pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos (At 17:28). Está você aflito com a situação do casamento, dos filhos, do trabalho, do futuro? Ore a Deus! Confie nesta proposta simples, mas divina. Você não pode resolver seus problemas sozinho, tampouco suas preocupações podem contribuir para a solução das mazelas da vida, mas você tem um Deus que o ama, zela por você e o escolheu. Não temas! (Sl 121; 125:1).


Na hora da doença, eu preciso da ajuda dos servos de Deus. Todos nós precisamos de intercessores, de alguém que ore a Deus por nós.

O apóstolo Tiago afirma, também, que todos os servos de Deus são passíveis de sofrer enfermidades físicas. Está alguém entre vós doente? Evidentemente que sim! Só no céu é que a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. (Ap 21:4).

Então, o que fazer? Chame os presbíteros da igreja! Na aflição e na alegria, o cristão é orientado a orar individualmente, mas, quando doente fisicamente, deve procurar a ajuda dos ungidos de Deus, que poderão orar e ungir o doente com óleo, mas é a oração da fé que salvará o enfermo.


Essa prática ordeira é vista no ministério dos discípulos de Cristo. Eles curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo (Mc 6:13). No Novo Testamento, somente Tiago e Marcos registram essa prática; em ambos, a unção é aplicada apenas em pessoas com enfermidades físicas.


Em nossos dias, porém, a unção com óleo está sendo amplamente banalizada; praticada com um despudor de dar vergonha à Igreja de Cristo. Alguns irmãos ungem automóveis, casas, roupas íntimas, enfim, coisas; outros, vão além: ungem pessoas em cerimônia de noivado, de casamento. Há, ainda, a unção sobre endemoninhados, a unção coletiva e outras que virão. São pessoas que causam grandes contendas espirituais na Igreja de Cristo. Não querem entender que o sistema de unção do Antigo Testamento foi cravado na cruz, por ser apenas sombra das coisas que haviam de vir (Cl 2:17). Agem como as pessoas as quais Tiago se dirigia, vindas do judaísmo, acostumadas com objetos ungidos e com sacerdotes ungidos. Foram corrigidas pelo apóstolo, que lhes garantiu que, na Igreja de Cristo, a unção é feita exclusivamente pelos presbíteros e é restrita às pessoas fisicamente enfermas.


Isso nos alerta, portanto, a não banalizarmos o símbolo da graça de Deus para os enfermos, a usarmos a fé corretamente. Se assim fizermos, quando enfermos, pediremos o auxílio dos presbíteros (obreiros ordenados e credenciados pelo ministério local) e, por eles, Deus nos levantará.


Na hora da alegria, eu preciso ser grato a Deus.

O apóstolo Tiago garante, porém, que a vida do cristão não é só de aflição e de doenças. Está alguém alegre? Claro! Quem tem a Cristo, vive com alegria indizível e cheia de glória. (I Pe 1:8). Logo, Cante louvores! Não se exige voz bonita, afinada, treinada, e nem a presença de um grande público; na sua individualidade, quem está alegre pelas vitórias alcançadas, deve orar cantando, louvando, agradecendo a Deus.

Infelizmente, muitos cristãos, sempre insatisfeitos, sempre querendo mais de Deus, sempre acumulando bênçãos, demonstram uma gratidão que se reduz à exibição de sua alegria, quando, numa igreja cheia de gente, testemunham sua prosperidade. A Bíblia não é contra o testemunho público, mas, em Tiago, ela desestimula o testemunho despido de piedade e manipulador da fé. Para o escritor sagrado, os momentos de alegria são oportunidades para orarmos com discrição, agradecendo a Deus.


Quantas vezes vemos cristãos que se julgam quase deuses: dizem que podem tudo, que têm tudo, que recebem tudo que pedem. Cheios de bênçãos, parecem não respeitar o Senhor; acham que podem instruí-lo, pois, em suas orações, além de exigirem as bênçãos, detalham-nas e dizem como Deus deve fazer. Pessoas que assim agiram acabaram ganhando uma grave depressão; outras caíram da fé. Na hora das alegrias, precisamos ter humildade para que a atitude de gratidão não enverede para o exibicionismo.


Portanto, irmão, quando Deus o livrar das aflições e das doenças e a alegria invadir seu coração, siga estas verdades: ore, cante louvores e alegre-se no Senhor diz: Não tenho maior alegria do que esta, a de ouvir que meus filhos andam na verdade. (III Jo 1:4).


A fé é o nosso firme fundamento para a cura divina.

A Bíblia é clara em definir a fé como o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se vêem (Hb 11:1).

Já ouvi muitas tentativas de explicação da fé, mas ela é alto explicável na medida em que conhecemos a razão de nossa fé, que é Cristo e seu reino. Como foi dito no inicio desta postagem, o cristão não pode ser enredado e nem ser objeto de manipulação de pessoas desajustadas. Por isso, quando você estiver aflito ou doente e a resposta não vier na medida de seu pedido, não pense que Deus não está ouvindo ou que não o ama, pois ele não é déspota. A Paulo, após, pelo menos, três orações, Deus respondeu com sua graça inefável dizendo: “a minha graça te basta”, quem sabe, seja esta a resposta de Deus a você também. Se for, e Deus o sabe, reaja com alegria e firmeza, para que o poder de Cristo repouse sobre você também (II Co 12:9).

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.







Nenhum comentário:

Postar um comentário