segunda-feira, 3 de junho de 2019

QUEM SÃO OS FILHOS DA PERDIÇÃO PRIMEIRA PARTE

QUEM SÃO OS FILHOS DA PERDIÇÃO PRIMEIRA PARTE 

Vamos discorrer um pouco sobre quem são os filhos de Deus e quem são os filhos da perdição.

Gn. 3.15 refere-se a duas descendências: a descendência de Deus e a descendência da serpente. 

Vamos abordar nesta postagem sobre quem são os filhos da perdição, a descendência da serpente. 

Noutra postagem analisaremos sobre os filhos de Deus, a descendência de Deus. Veja bem que nosso assunto aqui não é a salvação em si, mas os que querem ser salvos e os que não querem.

Quero lembrar aqui, desde o início desta postagem, que são mencionadas várias vezes a palavra “predestinação”; porém não devemos nos esquecer que quem determina ou predetermina tudo neste mundo é Deus o criador de todas as coisas. 

Também não vamos tratar da rebelião no mundo espiritual dos anjos por Lucifer, causando uma grande divisão dos anjos no céu entre anjos bons e anjos maus, onde prevaleceu o livre arbítrio. 

“Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo ou filhos da perdição: todo aquele que não pratica justiça não procede de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão”. (1 João 3:10).

A doutrina da predestinação é muito conhecida em determinados segmentos religiosos que valorizam a predestinação como se todos, toda a raça humana, fosse predestinada por Deus desde sua criação para ser salva ou não,  que sectariamente e somente os membros daquela determinada religião ou segmento religioso seria o único caminho para a pessoa ser salva. 

Isso nos mostra que há uma crença e farta doutrinação de seitas heréticas neste mundo informando que só “foram predestinados” à salvação os que são indicados pelo líder religioso daquelas entidades bem como  aqueles que foram destinados a perdição, segundo eles, exatamente porque não aceitam ou não aceitaram ser membros daquelas ordens religiosas (heréticas) e seus lideres.

 A partir do péssimo exemplo de Caim que matou seu irmão Abel por pura inveja  fica bem claro a questão das descendências para a salvação e ou para perdição. Este trágico acontecimento representa as duas descendências, a dos filhos de Deus e a dos filhos do Diabo. 

A Bíblia diz que há neste mundo vasos de honra e vasos de desonra; ovelhas e cabritos; trigo e joio; filhos de Deus e filhos do Diabo. De Gênesis ao Apocalipse, as Escrituras nos mostram, claramente, a separação entre estas duas sementes.

Isto sempre foi um grande mistério que os antigos não sabiam, os profetas não sabiam, os apóstolos não sabiam, mas quando Jesus revelou o evangelho da graça de Deus a Paulo, ele revelou todos os mistérios que até então estavam encobertos. 

O Apóstolo dos gentios disse: 

“A mim, o menor de todos os santos, me foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo e manifestar qual seja a dispensação do mistério, desde os séculos, oculto em Deus, que criou todas as coisas, para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais”. (Efésios 3:8-10).

Que mistérios são estes que Paulo refere-se?

O mistério da preexistência, o mistério da predestinação, o mistério das duas descendências, o mistério da segurança eterna da salvação, o mistério da deidade de Cristo e tantos outros mistérios. 

Infelizmente este evangelho das insondáveis riquezas de Cristo tem sido totalmente ignorado pela igreja moderna. 

As lideranças evangélicas deveriam aterem-se mais ao ensino revelador das palavras do Senhor Jesus e do Apóstolo Paulo. Seria de grande valia para as novas gerações crer e proclamar as verdades bíblicas, suas características e suas aplicabilidades para a igreja estar, nunca modernizada, mas sempre atualizada. A igreja verdadeira do Senhor Jesus nunca se moderniza, mas sempre se atualiza através dos tempos e das novas gerações. 

A igreja não tem tornado conhecida esta multiforme sabedoria de Deus, pelo contrário, ela tem tornado conhecida a multiforme mentira de Satanás e suas sutilezas, que o homem é predestinado depois que aceita Jesus, que a salvação se perde ou se ganha e não quando se conquista, que o Diabo pode voltar com mais sete, o que é verdade se o crente não vigiar, que o crente não pode ir a praia, não pode ver televisão, que tem que fazer correntes de libertação e tantas outra barbaridades semelhantes a estas. Por tudo isto é que, a cada dia que passa, o povo de Deus vai se distanciando a passos largos do padrão que o próprio Deus requer dos seus escolhidos, e que Paulo nos ensinou dizendo:

“Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus”. (1 Coríntios 4:1). 

O povo de Deus não tem sido considerado despenseiro de nada. Qual é o mistério que o povo de Deus conhece hoje? Nenhum. O povo de Deus tem-se limitado a conhecer os milagres que Jesus realizou; que Zaqueu desceu da árvore, que a mulher hemorrágica tocou na orla do vestido de Jesus etc. O resto é só no sentido financeiro, patrimonial, sentimental, luxúria e prazeres da carne. 

Quando o povo de Deus não tem conhecimento deste mistério revelado, a Bíblia se torna um livro muito confuso e as pessoas começam a fazer muitas perguntas que não tem respostas. Por exemplo: quando Saul foi ungido rei, o Senhor enviou o profeta Samuel com uma ordem expressa que dizia: “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, nada lhe poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”. (1 Samuel 15:3). Para quem não tem a revelação dos mistérios de Deus isto é um grande mistério. Como explicar que o mesmo Deus que disse: não matarás, agora venha e mande matar todo mundo, até crianças de peito?

Rebeca estava grávida de gêmeos, e Paulo disse aos Romanos que, “…ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal para que o propósito de Deus, quanto a eleição, prevalecesse, não por obras, mas por aquele que chama, já fora dito a ela: O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú”. (Romanos 9:11-13).

Duas crianças, ainda não tinham nascido nem praticado o bem ou o mal, e Deus já havia decretado: Amei a Jacó e odiei a Esaú. Qual o critério que Deus usou? Porque Deus amou a um e odiou ao outro se ambos não tinham praticado nem o bem nem o mal? 

Tudo isto é um grande mistério.

Todos estes mistérios começam a ser compreendidos quando os nossos olhos são iluminados pela revelação da graça de Deus. Na sua epístola aos romanos Paulo disse: “Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para honra e outro, para desonra? Que diremos , pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os vasos de ira, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão, os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (Romanos 9:21-23). Aqui fica absolutamente claro que Deus teve o direito de fazer do mesmo barro, um vaso para honra e outro para desonra. Jesus mandou Paulo revelar à igreja que há neste mundo vasos de ira preparados para perdição, e vasos de misericórdia que para sua glória, Deus preparou de antemão.

A expressão do mesmo “barro” na Bíblia Inglesa é “womb”, que significa ventre, ou seja, do mesmo “ventre”, o de Rebeca, Deus teve o direito de fazer um vaso para honra, Jacó, e um vaso para desonra, Esaú. 

No texto de Romanos, Paulo está se referindo a Rebeca. A pergunta é: quando foi que Deus, pela primeira vez, decidiu fazer um vaso para honra e um vaso para desonra? Deus tomou esta decisão, pela primeira vez, lá no jardim do Éden, quando houve o episódio da serpente. O Diabo enganou a Eva, e aí, lá mesmo no jardim do Éden, a Bíblia registra uma reunião onde estavam presentes a serpente, Eva, Adão e Deus. O Senhor toma a palavra e se dirige à serpente dizendo: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar”. (Gênesis 3:15).

Deus se dirigiu a Satanás dizendo: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente…”. Quem é esta descendência da serpente? Quem é na realidade a descendência do Diabo? É aquela uma terça parte dos anjos que Lúcifer arrastou com a sua cauda, quando da sua rebelião contra Deus. João disse: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama Diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos”. (Apocalipse 12:9).

Uma terça parte dos anjos foi arrastada por Satanás, quando ele se rebelou contra Deus, foi expulso do céu e atirado para a terra, juntamente com o seu líder. Quando Adão e Eva foram postos no Jardim do Éden, esse anjo rebelde já estava lá com os seus anjos. Por causa da sua atitude maligna de induzir Eva a desobedecer a Deus, o Senhor decide então permitir que aqueles anjos rebeldes que acompanharam Lúcifer na sua rebelião, também, assumissem um corpo de carne à semelhança de Adão. Paulo disse que eles são “vasos de ira, preparados para a perdição”.

O que é um vaso de desonra? 

É um corpo que reveste um espírito de um daqueles anjos decaídos. E o que é um vaso de honra? É um corpo que reveste um espírito de um filho de Deus, criado à sua imagem e semelhança antes da fundação do mundo. A partir daí passou a existir neste mundo duas descendências. Nesse momento Deus teve o direito de, do mesmo ventre, o de Eva, fazer um vaso para honra e um vaso para desonra. Quem foi o primeiro vaso de honra? Abel. Quem foi o primeiro vaso de desonra? Caim.

Os dois cresceram, um tornou-se agricultor e o outro pastor de ovelhas, então um dia algo estranho aconteceu. 

“Aconteceu que no fim de uns tempos trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel, por sua vez, trouxe das primícias do seu rebanho e da gordura deste. Agradou-se o Senhor de Abel e de sua oferta; ao passo que de Caim e da sua oferta não se agradou…” (Gênesis 4:3-5). Por que Deus não se agradou de Caim, nem da sua oferta? Porque Deus sabia que ele era um vaso de desonra, um filho do Diabo, um demônio revestido de carne. Quando João falava a respeito do amor entre os irmãos, ele confirmou isto e disse: “Não segundo Caim, que era do Maligno e assassinou a seu irmão; e por que o assassinou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas” (1João 3:12). Caim não se tornou do maligno, ele era do maligno, ele era um daqueles anjos decaídos que aprouve ao Senhor assumisse um corpo de carne, e que Jesus disse a Paulo que são vasos de ira destinados a perdição.

Depois do episódio de Caim matar Abel, o Texto Sagrado diz: “Retirou-se Caim da presença do Senhor e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden”. (Gênesis 4:16).

No versículo seguinte, a informação diz: “E coabitou Caim com sua mulher; ela concebeu e deu à luz a Enoque…” (Gênesis 4:17). A pergunta que muitos tem feito é: Com quem Caim casou se naquele tempo só havia Adão e Eva? A resposta é fácil se você discernir que, entre o versículo 16 e 17 do capítulo 4 de Gênesis, passaram-se muitos anos. Naquele tempo o período de vida do ser humano era muito longo; “Depois que gerou a Sete, viveu Adão oitocentos anos; e teve filhos e filhas. Os dias todos da vida de Adão foram novecentos e trinta anos; e morreu” (Gênesis 5:4,5). Vemos, então, que Adão teve muito tempo para ter muitos filhos e filhas. Os muitos filhos e filhas de Adão foram por sua vez também se casando tendo filhos e filhas e a terra foi sendo povoada. A partir daí, fica claro que Caim se casou, ou com uma de suas muitas irmãs, ou, com uma sobrinha.

A partir do casamento de Caim se estabelece na terra a descendência da serpente, só que, agora, num corpo de carne. A profecia lá do Éden, dizia: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente…”. Quem era esse descendente da mulher? Esse descendente era o povo de Israel e, também, o Senhor Jesus. Desde o início, Deus proibia qualquer comunhão entre o seu povo e o povo que ele destinou para perdição. O que é que aconteceu então? O texto sagrado responde: “Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhe nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhe agradaram” (Gênesis 6:1,2). Por falta de revelação, muitos têm especulado que os “filhos de Deus” eram anjos que possuíram as filhas dos homens. Para respaldar essa especulação diabólica usam o texto da epístola de Judas, que diz: “E a anjos, os que não guardaram o seu estado original, mas abandonaram o seu próprio domicilio, ele tem guardado sob trevas, em algemas eternas, para o juízo do grande Dia” (Judas 6). Segundo esses especuladores, esses anjos aqui mencionados por Judas são aqueles que, segundo eles, mantiveram relações sexuais com as filhas dos homens. Pura heresia, pois a Bíblia diz que os anjos de Deus são assexuados e não tem corpos.

No texto de Judas quando diz “E a anjos, os que não guardaram o seu estado original”. A pergunta é: qual estado? O lugar de honra, de glória e de domínio que eles possuíam no céu. Esses anjos eram espiritualmente puros e eram instrumentos da glória de Deus, mas caíram. Judas diz em seguida: “mas abandonaram o seu próprio domicílio”. 

Esta foi uma decisão que esses anjos tomaram propositadamente. Eles fizeram uma péssima decisão: preferiram Satanás a Deus. É aquela uma terça parte dos anjos que Satanás arrastou com a sua cauda.

Se os anjos de Deus não tem corpo e são assexuados, como entender, então, o texto de Gênesis 6, que diz que “vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhe agradaram”. 

Quem eram esses “filhos de Deus”? 

Era a descendência piedosa de Sete. 

E quem era essas “filhas dos homens”? 

Era a descendência ímpia de Caim. 

Aqui as duas descendência se entremearam e o resultado foi catastrófico. 

A escritura diz que “Viu o Senhor que a maldade do homem se havia multiplicado na terra e que era continuamente mau todo desígnio do seu coração”. “A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra”. (Gênesis 6: 5, 11 e 12). 

O resultado todos nós sabemos. Deus resolveu extinguir toda raça humana através do dilúvio.

Deus decidiu acabar com toda raça humana através do dilúvio e escolheu Noé e sua família para darem continuidade a toda descendência, tanto à descendência de Deus, como à “…na qual, poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água”(1 Pedro 3:20). Veio o dilúvio e toda a terra foi destruída. Quando as águas baixaram “os filhos de Noé, que saíram da arca, foram Sem, Cam e Jafé; Cam é o pai de Canaã. São eles os três filhos de Noé; e deles se povoou toda a terra”. (Gênesis 9: 18 e 19).

Toda a terra foi povoada a partir dos três filhos de Noé. 

Quem são os descendentes de Sem? 

São os semitas, os judeus, povo eleito e abençoado por Deus. 

Quem são os descendentes de Jafé? 

São os gentios que Deus predestinou para a salvação, e que têm os mesmos direitos dos judeus. 

Quem são os descendentes de Cam? 

São os filhos do Diabo, a descendência da serpente, anjos caídos que aprouve a Deus permitir que se revestissem de carne. Essa descendência maligna, inicialmente, estabeleceu-se em Canaã, depois se instalou na África, no Oriente médio.

Agora podemos entender o porquê de haver oito pessoas na arca, quando o número da perfeição de Deus é o 7. Destas oito pessoas, sete eram filhos de Deus, e uma era filho do Diabo. 

Cam era o filho da perdição! Ele estava ali para poder dar continuidade à descendência maligna. 

É interessante observar que sempre há um episódio para que o filho do Diabo seja manifesto. No princípio, foi Caim matando Abel. 

Agora, depois do dilúvio vemos Cam fazendo conhecida a nudez do seu Pai. Lá na frente, faraó maltrata o povo de Deus e Judas trai a Jesus.

Acabou o dilúvio e a Bíblia diz que “Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se e se pôs nu dentro de sua tenda. Cam, pai de Canaã, vendo a nudez do pai, fê-lo saber, fora, a seus dois irmãos. Então, Sem e Jafé tomaram uma capa, puseram-na sobre os próprios ombros de ambos e, andando de costas, rostos desviados, cobriram a nudez do pai, sem que a vissem”. (Gênesis 9:20-23). 

Noé bebeu vinho além da conta e se embriagou, adormecendo nu dentro da tenda. Vem o seu filho Cam e, vendo que o pai estava nu, fala alto e abertamente: “O papai está nu, o papai está nu”.Veja que a tendência dos filhos do Diabo é sempre de fazer acusação, é sempre de descobrir a nudez dos filhos de Deus.

Qual foi a reação de Sem e Jafé? 

Cobriram-se com uma capa, entraram na tenda de costas desviando o olhar para não ver a nudez do pai, e o cobriram, sem que o vissem. O que aconteceu então? As sagradas letras dizem que “despertando Noé do seu vinho, soube o que lhe fizera o filho mais moço e disse: Maldito seja Canaã; seja servo dos servos a seus irmãos.
E proclamou o seguinte: Bendito seja o Senhor Deus de Sem; e Canaã lhe seja servo. Engrandeça Deus a Jafé, e habite ele nas tendas de Sem; e Canaã lhe seja servo” (Gênesis 9:24-27). Vemos aqui Deus, pela boca de Noé, mais uma vez, mostrando as duas descendências, os vasos de honra que para glória preparou de antemão, a descendência de Sem e Jafé, Judeus e gentios eleitos e predestinados, e os vasos de desonra, a descendência de Cam, os vasos de ira preparados para a perdição.

Muita gente pergunta por que Noé, em vez de amaldiçoar Cam, amaldiçoou o filho dele, Canaã?

Porque ao usar a expressão “maldito seja Canaã’, Noé estava na verdade dizendo “maldita seja toda a tua descendência”. Nesta expressão estava incluso Cam e toda a sua descendência. E sobre a descendência de Cam, a Bíblia diz: “E o limite dos Cananeus foi desde Sidom, indo para Gerar, até Gaza, indo para Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim, até Lasa. São estes os filhos de Cam, segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações” (Gênesis 10:19,20). Mais adiante o texto sagrado complementa a informação e diz: “Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor” (Gênesis 13:13). O patriarca Abraão conhecia aquela profecia lá do Éden, onde Deus havia dito que poria inimizade entre a descendência da serpente e o descendente da mulher. 

Abraão sabia que esta descendência da serpente teve a sua continuidade após o dilúvio, através de Cam e Canaã, e que não poderia haver comunhão da luz com as trevas, do justo com o ímpio, dos vasos de honra com os vasos de desonra. Pouco antes da sua morte, o nosso pai na fé manifesta o cuidado em não desobedecer esta ordem divina: “Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuía: Põe a mão por baixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus do céu e da terra, que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos Cananeus, entre os quais habito; mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho”. (Gênesis 24:2 a 4).

Mais adiante, Isaque segue o mesmo comportamento do seu Pai: “Isaque chamou a Jacó e, dando-lhe a sua bênção, lhe ordenou, dizendo: Não tomarás esposa dentre as filhas de Canaã”. (Gn 28:1). 

Quando a família de Jacó se estabeleceu no Egito, ela se transformou, ao longo dos anos, numa grande nação. O livro de Gênesis retrata a história de uma família, o livro de Êxodo a história de uma nação. Quando a nação de Israel era conduzida do cativeiro do Egito para Canaã, a terra prometida, a proibição de Deus é mais uma vez ratificada: A ordem de Deus era para que não se casassem com descendentes da perdição, para que não misturassem trevas com luz. Quem é da salvação se casa com filhos da luz; quem é para perdição, com filhos da perdição.

“Quando o Senhor, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgazeus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o Senhor, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos” (Deuteronômio 7: 1 a 3). Quem são estas nações que Deus tanto abomina? A descendência de Cam e Canaã. Podemos confirmar isto em Gênesis: “Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e a Hete, e aos jebuseus, aos amorreus, aos gigarseus, aos heveus…”. (Gênesis 10: 15 a 17).

A verdade bíblica incontestável é que há neste mundo um povo que foi predestinado para a salvação, e há também um povo que foi destinado para à perdição. O Senhor falando através do profeta Isaías confirma isto, e diz: “Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor” (Isaías 43: 20 e 21). Quem é este povo escolhido de Deus, que ele mesmo formou para celebrar o seu louvor? Aqueles que ele chamou para salvação, judeus e gentios eleitos de Deus segundo as suas misericórdias. 

Pela boca do mesmo profeta Isaías, agora o Senhor diz: “Porque a minha espada se embriagou nos céus; eis que, para exercer juízo, desce sobre Edom e sobre o povo que destinei para destruição” (Isaías 34:5). Está claro então que há um povo que é escolhido de Deus, um povo que Deus formou para o louvor da sua glória, e há um povo que Deus destinou para perdição, a partir de Caim. Não podemos em hipótese alguma negar esta verdade. Quando Jesus falou acerca da sua segunda vinda, ele, mais uma vez, deixou bem claro esta realidade e disse: “Quando vier o Filho do Homem na sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas; e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda”. (Mateus 25: 31 a 33).

Mais uma vez, estão evidentes os dois tipos de povos que habitam esta terra; aqui, o Senhor Jesus os nominou de ovelhas e cabritos. Quem nasce ovelha morre ovelha, e quem nasce cabrito morre cabrito. Não existe esta coisa absurda que muitos tem ensinado que todos nascem cabritos, mas quando aceitam Jesus se tornam ovelha.

O cabrito jamais se converte, jamais se tornará ovelha. 

A ovelha por sua vez jamais se tornará cabrito, pelo contrário, no momento que Deus a chama, ela se arrepende das suas más obras, do tempo em que ela viveu segundo o curso deste Mundo, e todos vêem nela o milagre do novo nascimento. 

O Salmista Davi esclarece e diz: “Desviam-se os ímpios desde a sua concepção; nascem e já se desencaminham, proferindo mentiras” (Salmos 58:3). Desde que eles são concebidos, já são ímpios. São vasos de desonra, vasos de ira preparados para destruição. O Senhor disse: “Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons” (Mateus 7:18). Da mesma maneira que uma bananeira não pode se transformar numa jaqueira, nem um leão se transformar num macaco, muito menos uma ovelha se transformar num cabrito, nem um cabrito numa ovelha.

O milagre do novo nascimento só é operado naqueles que foram, aceitaram, serem “predestinados” para a salvação. Paulo disse aos efésios: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”. (Ef 2:1,2).

Os vícios, a mente corrompida, a idolatria, os maus hábitos, os desejos satânicos e as atitudes diabólicas que nos acompanhavam, quando andávamos segundo o príncipe da potestade do ar, são totalmente arrancados da nossa vida. O certo é que o pecado original da desobediência de Adão e Eva no Jardim do Edem acompanham toda a raça humana e esse pecado bem como todos os outros são totalmente apagados quando aceitamos o sacrifício vicario que Cristo fez por nós na cruz do calvário. 

Os destinados e ou predestinados à perdição não mudam nunca. 

Normalmente, o povo de Deus usa como argumento para contradizer a verdade bíblica, o fato de que existem pessoas que já foram crentes e que um dia se desviaram e morreram na incredulidade. Pessoas que, durante algum tempo, estiveram na igreja, mas, que um dia se foram e morreram no espiritismo, na idolatria, na macumba, na feitiçaria, na mentira, na fornicação,  nas drogas, ou na prostituição, sem Deus e sem religião, isto segundo eles é a prova de que uma ovelha se transformou em cabrito. Pura lógica humana, pois a verdade bíblica é outra, ou seja, essas pessoas que se desviaram para perdição, nunca foram crentes. Eram falsos crentes, o joio no meio do trigo. João disse: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos”. (1 João 2:19). 

Só com os olhos espirituais é que nós podemos entender o porquê de existirem pessoas que um dia vieram à igreja, permaneceram algum tempo conosco, e logo em seguida se foram. 

Hoje estão nos mesmos lugares de onde tinham saído, na bruxaria, na idolatria, nos vícios, nas prostituições etc. Só a revelação da graça, faz com que nós encontremos respostas na palavra de Deus para situações como essas. Quem não é ovelha, não permanece na casa de Deus. O predestinado, o chamado,  vem porque o Pai o traz, o joio vem por causa das suas necessidades e, quando menos se espera, ele vira as costas para Deus e se vai. Há joio que o inimigo planta no nosso meio, que só depois de meses é que podemos constatar a sua descendência maligna. No princípio demonstram um aparente arrependimento, participam da ceia, cantam no coral, dão ofertas e dízimos, mas chega um dia que a mascara cai por terra; são lobos vestidos de ovelhas. Envolvem-se em escândalos, fofocas, rebeliões, mentem, roubam, prostituem-se etc. Não eram predestinados, não eram ovelhas, pois os que são de Deus não retrocedem nunca. A palavra predestinada de sabedoria afirma: “Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para conservação da alma”. (Hebreus 10:39).

Fica absolutamente claro, então, que há pessoas neste mundo que são demônios encarnados, anjos caídos que tomaram corpo e que Paulo disse que são vasos de ira preparados para a perdição. Pedro se referindo a essa descendência da serpente, diz: Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos, recebendo injustiça por salário da injustiça que praticam. Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos". (2 Pedro 2: 12 a 14).

Eles foram feitos naturalmente para presa e destruição, são insaciáveis no pecado, engodam almas inconstantes, têm o coração exercitado na avareza, são filhos do mal.

Para esta descendência do mal, já existe uma sentença de condenação. Judas diz: “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para esta condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único e Soberano Senhor, Jesus Cristo”. (Judas 4). 

Judas está falando de pessoas, vasos de desonra que se introduziram na igreja com dissimulação, disfarçadamente, o lobo vestido de ovelha, e que ele diz: Foram antecipadamente pronunciados para esta condenação. Quer dizer que o Juiz divino já pronunciou condenação para estas pessoas, antecipadamente. Observe que ele diz que, são homens ímpios, são demônios que possuíram um corpo de carne igual ao dos filhos de Deus. O que é que eles fazem? Transformam em libertinagem a graça de nosso Deus. O que mais? Negam que Jesus é o nosso único e Soberano Senhor, afirmam que existem três deuses, três pessoas distintas e que Jesus é apenas a segunda pessoa de uma falsa trindade.

Negar esta verdade é chamar Deus de mentiroso, é usar de desonestidade espiritual. O verdadeiro filho de Deus se submete à verdade revelada do Pai. O Espírito Santo falando através de Pedro, diz: “Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos” (1 Pedro 2:8). 

Esta é a verdade, ou seja, há pessoas que foram postas neste mundo para serem desobedientes, para tropeçarem na palavra. As pessoas têm muita dificuldade em entender este mistério, porque não discernem as coisas do Espírito, espiritualmente. Em Romanos 3.23 está escrito: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus “.

Elas só vêem a carne, não conseguem ver que a carne é apenas uma embalagem, um vaso onde habita um espírito, ou de um filho de Deus criado a sua imagem e semelhança antes da fundação do mundo, ou de um daqueles pocessos e cheios de demônios que acompanharam Lúcifer na sua rebelião contra Deus. É importante saber que o fato dos cavalos terem quatro patas, não significa dizer que todos os animais de quatro patas sejam cavalos. De semelhante modo, o fato dos filhos de Deus terem um corpo de carne, não significa dizer, que todos os que têm um corpo de carne sejam filhos de Deus; são tratados na Bíblia como criaturas de Deus. 

Há algumas características que são muito marcantes nos filhos do Diabo. A Bíblia diz que eles não têm a fé dos filhos de Deus, eles jamais crerão em Jesus, não se submeterão à sua palavra, nem produzirão bons frutos. O profeta Isaías diz que “…a descendência dos malignos jamais será nomeada...”. (Isaías 14:20). 

Para que não reste nenhuma dúvida, o profeta é ainda mais incisivo dizendo: “Ainda que se mostre favor ao perverso, nem por isso aprende a justiça; até na terra da retidão ele comete a iniquidade e não atenta para a majestade do Senhor” (Isaías 26:10). Até na terra da retidão, na igreja, o filho do Diabo comete a iniquidade. 

Por isso, que existem tantos escândalos nas igrejas evangélicas deste mundo moderno: adultérios, roubos, prostituições, espírito de engano, homossexualismo, lesbianismo, o comércio da fé e tantos outros semelhantes a estes.

O Apóstolo Paulo, mediante revelação de Deus, diz à Igreja de Tessalonica que “…a fé não é de todos”. (2 Tessalonicenses 3:2). A Tito, ele disse que era servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, “…para promover a fé que é dos eleitos de Deus…”(Tito 1:1). Só os eleitos possuem a fé genuína, a fé em Cristo. Os homens perversos e maus não têm a mesma fé que os filhos de Deus têm. Eles têm uma fé natural para crer em mentiras, em velas, em reencarnação, em correntes de libertação, em cristais, búzios e tantas outras malignidades. Os eleitos de Deus no dia em que são chamados por Deus através da palavra, são selados com o Santo Espírito da promessa e passam a ter a fé genuinamente pura. 

A semente da perdição jamais terá esta fé, porque jamais terão o Espírito Santo em suas vidas. Judas disse: “São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito”. (Judas 19). O Espírito Santo só é concedido aos que visualizaram o grande amor de Deus  para salvação. 

E os outros? Não têm o Espírito.

O sistema religioso teima em dizer que todos os homens têm fé e que cada um decide, por livre-arbítrio, crer ou não crer em Jesus. Isto tem um pouco de verdade, porém como ouvirão se não há quem pregue? Sera se isso contraria frontalmente os ensinamentos do Nosso Senhor Jesus Cristo? Claro que não. Tem um ditado popular que diz “quem procura acha”, então ninguém pode dizer que não lhes foi oferecida a oportunidade de salvação, quem quer se identificar com os filhos da perdição, que o faça de livre e espontânea vontade; a mesma lógica ao contrário é válida para os filhos da salvação. 

Todas as vezes que pessoas ouviam os ensinamentos do Senhor Jesus e não criam, ele dizia: “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas”. (João 10:26). Quem não é ovelha de Jesus, é cabrito do Diabo. O cabrito, mesmo você gastando tempo e mostrando na Bíblia, ele diz: está na Bíblia, mas não é assim. Ele não consegue crer na palavra, porque ele foi posto para a desobediência. As ovelhas agem diferente. O Senhor Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; Eu as conheço, e elas me seguem”. (João 10:27).

Num outro momento do seu ministério terreno, Jesus se deparou com pessoas que refutavam os seus ensinamentos, pessoas que não compreendiam aquilo que Ele ensinava. O Senhor confrontou esta gente e perguntou: “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra. Vós sois do Diabo, que é o vosso pai, e quereis satisfazer-lhe os desejos…”. (João 8: 43 e 44).

Perceba que há pessoas nesta terra que tem uma incapacidade auditiva, elas não possuem tímpanos de ovelha, são incapazes de compreender a palavra de Deus. Por que? Porque são filhos do Diabo. Eles não obedecem não é por que têm livre-arbítrio, eles não obedecem porque foram postos para desobedecer, porque não são de Deus. Reafirmo aqui que são pessoas que se deixaram ser possuídas por demônios. Jesus confirma isso com essas palavras: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; por isso, não me dais ouvidos, porque não sois de Deus”. (João 8:47). 

O sistema religioso, contrariando a verdade da Palavra de Deus, diz que, quando alguém não obedece é porque usou o livre-arbítrio que tem um certo vínculo com a formação cultural ideológica individual. Mas a Bíblia diz que não, é porque ela é um filho do Diabo. É o joio, o cabrito, o vaso de desonra, a planta que o Pai não plantou. O Senhor disse: “Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada”. (Mateus 15:13). Há planta que o Pai plantou e há planta que o Pai não plantou. 

Qual é a planta que o Pai plantou? O trigo. Qual é a planta que o Diabo plantou? O joio. 

Com todo respeito à decisão de cada um, devemos lembrar que a porta da arca de Noé ficou aberta o tempo todo que ele proclamou o que iria acontecer. Quando veio o dilúvio, Deus mandou o anjo para fechar a porta da arca pelo lado de fora, não permitindo que alguém mais entrasse nela. Assim também hoje, a porta da salvação está aberta nesse tempo da graça, mas um dia haverá de ser fechada para ninguém mais ser salvo. (Apocalipse 21.8).

Um dia todos nós estivemos no meio dos filhos do Diabo e tínhamos atitudes de lobo, mas, na realidade, sempre fomos ovelhas. No tempo de Deus, o Bom Pastor, nos buscou e nos trouxe de volta para o aprisco. Os filhos do Diabo jamais serão trazidos, jamais serão transformados, jamais receberão vida outra vez. O profeta Daniel disse: “Muitos serão purificados, embranquecidos e provados; mas os perversos procederão perversamente, e nenhum deles entenderá, mas os sábios entenderão”. (Daniel 12:10). 

As palavras de Jesus, no Apocalipse de João, testificam com as palavras de Daniel: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”. (Apocalipse 22:11).

A partir do entendimento que o Espírito Santo nos dá acerca destas duas descendências é que nós começamos a compreender muitas coisas que antes não compreendíamos. Por exemplo: o texto sagrado nos tráz o relato de um episódio ocorrido com exército de Senaqueribe, o rei da Assíria, que diz: “Então, naquela mesma noite, saiu o Anjo do Senhor e feriu, no arraial dos assírios, cento e oitenta e cinco mil; e quando se levantaram os restantes pela manhã, eis que todos estes eram cadáveres”. (2 Reis 19:35).

Noutra oportunidade, o relato bíblico diz: “As mulheres se alegravam e, cantando alternadamente, diziam: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares”. (1 Samuel 18:7). 

Ao relatar a décima praga enviada sobre os Egípcios a Escritura diz: “Aconteceu que, à meia noite, feriu o Senhor todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao primogênito do cativo que estava na enxovia, e todos os primogênitos dos animais”. (Êxodo 12:29). 
Por que um anjo do Senhor, de uma só vez matou cento e oitenta e cinco mil pessoas?

Por que Saul matou milhares e Davi dez milhares?

 Por que o Senhor matou todos os primogênitos no Egito? 

Agora nós sabemos que todos eles eram filhos do Diabo, vasos de desonra, e como tais não contam para Deus.

O sistema religioso doentio, que está aí fora estabelecido, não aceita e não compreende essa verdade de que há nesta terra os filhos de Deus e os filhos do Diabo. Eles não conseguem discernir que anjos caídos (demônios) possuiram corpos e que a partir daí a Bíblia os chama de vasos de ira preparados para perdição. 

É a descendência da serpente, que passou a existir neste mundo numa forma humana a partir de Caim, tendo a sua continuidade através de Cam, Faraó, Judas, Herodes, Hitler e todos aqueles que nos dias atuais rejeitam o Soberano Senhor, onisciente, onipresente e onipotente. 

Judas, ao se referir a esta semente da perdição, diz que estes homens são como “ondas bravias do mar, que espumam as suas próprias sujidades, estrelas errantes, para as quais tem sido guardada a negridão das trevas, para sempre”. (Judas 13).

O que significa estrelas errantes? Significa anjos caídos, demônios, legião de demônios. 

O profeta Isaías chama Satanás de estrela da manhã. João diz, no livro de Apocalipse, que Satanás com a sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu. 

A verdade bíblica é que existem pessoas nesta terra que são estrelas errantes, anjos caídos que assumiram um corpo de carne, as pessoas se permitiram ficar possessas.

Judas era uma destas estrelas errantes, era um vaso de desonra, um joio no meio do trigo, um filho do Diabo. Jesus certa ocasião se dirigiu aos apóstolos e perguntou: “Não vos escolhi eu em número de doze? Contudo, um de vós é Diabo. 

Referia-se ele a Judas, filho de Simão Iscariotes; porque era quem estava para traí-lo, sendo um dos doze”. (João 6:70).

Judas era um demônio encarnado? Ou era uma pessoa normal que vendeu à Satanás em troca de 30(trinta) moedas de prata? 

Ele era um vaso de ira destinado para a perdição, infelizmente essa era a realidade. 

Por que Jesus chamou Judas para ficar no meio dos apóstolos? Por que havia uma profecia de que o filho de Deus seria traído e vendido por trinta moedas de prata, e somente um filho do Diabo poderia desempenhar este papel.

Judas foi chamado para fazer este serviço sujo. 

A oração sacerdotal de Jesus confirma isto:

“Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome que me deste, e protegi-os, e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura”. (João 17:12). 

O Senhor Jesus só guarda aqueles que foram lavados e remidos no Seu sangue, os eleitos, os escolhidos. 

Nenhum deles se perderá. Só se perderão os filhos do Diabo, as estrelas errantes. Judas se perdeu por que era filho da perdição. 

Pedro disse que “…Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar”. (Atos 1:25). 

Que próprio lugar é este que Pedro se refere? O Inferno. 

Pedro certamente lembrou as palavras de Jesus que disse que o inferno foi preparado para o Diabo e seus anjos.

Infelizmente nós estamos vivendo hoje uma péssima caricatura do cristianismo. 

No verdadeiro Cristianismo não há lugar para a lógica, filosofias ou pensamentos humanos. Tudo já está consumado. 

Nós estamos apenas vivenciando-o cumprimento de um plano elaborado soberanamente por Deus. São desígnios preestabelecidos por Deus e ninguém poderá frustrá-los. 

A revelação da graça de Deus diz: “Entretanto, devemos sempre dar graça a Deus, por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade”. (2 Tessalonicenses 2:13). 

Este é um plano perfeito de Deus. Portanto, se o Senhor soberanamente quis fazer vasos para honra e vasos para desonra, quem é neste mundo que poderá frustrar os planos preestabelecidos por Deus? Jó responde a esta pergunta dizendo: “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos podem ser frustrados”. (Jó 42:2). 

O Senhor determinou que os seus filhos, aqueles que Ele predestinou segundo o beneplácito da sua vontade, tenham a vida eterna. Os anjos caídos que tomaram corpo, os filhos do Diabo, o joio, os vasos de ira preparados para perdição já estão condenados.

Misericórdia Jesus. Queremos todos os dias ser um vaso novo de bênçãos em Suas mãos. 

Deus abençoe você. Deus abençoe sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia,  Pastor e Escritor. 





segunda-feira, 27 de maio de 2019

QUEM SÃO OS FILHOS DA SALVAÇÃO

QUEM SÃO OS FILHOS DA SALVAÇÃO 

Não se pode obter a salvação mediante as obras, tampouco são elas meritórias para tal fim. 

A salvação é um dom de Deus exarado em João 3.16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filhote Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça mas tenha a vida eterna”. 

Deus oferece-nos salvação gratuitamente através de Jesus.

 A Bíblia diz em Mateus 1:21: “Ela dará à luz um filho, a quem chamarás Jesus; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados".

As Escrituras nos ensinam que só há uma pessoa que pode salvar o pecador: “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos”. (Atos 4:12).

Está implícito que no termo, na palavra salvação há um significado bastante convidativo de que receberemos vida eterna se tivermos uma relação de intimidade com Deus. Uma vida de oração  pessoal e muita comunhão com Deus. 

A Bíblia diz em João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, como o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que tu enviaste".

O plano de Deus é salvar todas as pessoas que O buscam em espírito e em verdade, mas infelizmente nem todos O aceitarão para serem salvos. 

A palavra de Deus continua dando a oportunidade à toda a humanidade.  “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (João 3:16).

Só há um caminho para a salvação e não é um caminho fácil de trilhar por ele. O caminho é estreito e apertado, mas nos leva à vida eterna. A Bíblia diz em Mateus 7:13-14: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram”.

Sabemos que as boas obras que praticamos são necessárias e devemos continuar praticando. Mas sabemos que não se pode obter a salvação mediante as obras, tampouco são elas meritórias para tal fim, elas simplesmente nos acompanham no caminho da vida. 

A salvação é um dom de Deus. A Bíblia diz em Efésios 2:8-9: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Quando aceitamos a Jesus, o evangelho nos transforma, recebemos a salvação e arrependemos-nos dos nossos pecados. 

A Bíblia diz em Atos 2:37-38: “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”.

Receber a salvação é simples, direto, pessoal e público. A Bíblia diz em Romanos 10:8-10: “Mas que diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé, que pregamos. 

Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo; pois é com o coração que se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”.

Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade, provenientes da verdade. (Efésios 4:22-24).

Paulo antes de sua conversão não era um homem tão manso como se possa pensar. Ele era soberbo, egoísta, intolerante, agressivo, e prendeu muitos cristãos para destruí-los e matá-los. Quem imaginaria que ele se tornaria um homem bom, que ajudou e ainda ajuda milhões de pessoas a serem salvas?

Ninguém! 

Mas isso tudo aconteceu na vida de Paulo quando Jesus entrou em sua vida, e então ele se tornou um novo homem. 

Veja o que ele escreveu à igreja da Galácia dizendo: "O fruto do Espírito é amor, alegria, paz, bondade, longanimidade, (paciência, perseverança), fidelidade, mansidão, temperança e domínio próprio..." (Gl 5:22-23).

Veja que Paulo não se tornou um homem humilde, manso e bondoso através de suas forças. Ele disse que isso tudo é o  fruto do Espírito Santo na vida de quem aceitou a Jesus e de quem se deixou ser  completamente transformado por Jesus. 

A tendência da nossa natureza da carne não é ter essas qualidades citadas nos versículos acima, pelo contrário, a nossa natureza humana, da carne, é egoísta e orgulhosa. 

É por isso que Jesus disse que todos nós precisamos nascer de novo, para nos tornarmos novas criaturas e com isso sermos participantes ativos do Reino de Deus. (João 3:3-5).

Veja o que a Bíblia diz: "Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é, as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo". (2 Coríntios 5:17).

Mas afinal de contas o que devo fazer para ser salvo? O que eu devo fazer para me tornar uma nova criatura?

Com certeza todos já se perguntaram: "O que eu devo fazer para ser salvo?” Muitas pessoas querem achar uma forma ou fórmula de estarem "em dias" com Deus, e com isso praticam boas obras, tentam mentir menos, evitam ao máximo prejudicar alguém e acham que assim passarão no teste de Deus. Tudo isso é bom, mas, ainda falta o principal que é entregar sua vida totalmente nas mãos do Senhor Jesus e obedecê-lo. 

Todos  antes de se converterem pensavam que no dia do Julgamento Deus iria contabilizar todas as coisas boas e ruins que fizemos, e com isso nos castigaria menos e ou nos levaria para o Céu de qualquer forma. Mas o que não sabíamos é que um único pecado, somente um, já é o suficiente para nos condenar eternamente. Você está lembrado do pecado de Adão e Eva? Ele tornou-se em um pecado que passou à toda a raça humana.  

Então descobrimos na Bíblia que não existe nada que possamos fazer para sermos salvos e transformar-nos em novas criaturas. Deus já fez tudo o que tinha que fazer. Isso tudo é um dom gratuito de Deus e o recebemos pela fé quando aceitamos Jesus como nosso Salvador. (Efésios 2:8,9). 

Por isso quero mostrar a você três transformações que Deus faz em nossas vidas quando cremos em Jesus:

1) Deus, através do Espírito Santo nos une com Jesus Cristo seu Unigênito Filho.

Observe que o versículo acima fala primeiramente sobre "alguém que está em Cristo", para depois dizer que a pessoa se tornou uma nova criatura. A pessoa está em Jesus Cristo quando ela reconhece que o seu pecado é suficiente para condená-la ao inferno, então ela precisa crer que Jesus foi o preço pago na cruz para salvá-la e arrepender-se de forma sincera. 

Quando aceitamos o que Jesus fez por nós, ficamos ligados a Ele, e então no Dia do Julgamento Final, Deus não verá nossos pecados, mas somente o sangue de Jesus que nos purificou de todos eles. (1 João 1:9).

2) Deus pelo seu grande amor apaga todo o nosso passado.

Quando Paulo disse que as coisas velhas já passaram, ele estava se referindo a tudo que fazia parte da nossa vida antiga, com nossos pecados, pensamentos e comportamentos. 

Quando recebemos Jesus como nosso único Senhor e Salvador, somos perdoados de todos nossos pecados e ganhamos uma nova vida.

3) Deus, através do Espírito Santo e pela graça Salvadora de Jesus Cristo, seu Filho,  faz tudo novo em nossas vidas. 

Este é um verdadeiro milagre. A obra de salvação em nossas vidas é tão interessante que Jesus Cristo “não nos reforma”, “Ele nos transforma” e nos faz novas criaturas. Não importa como éramos antes. 

Nos tornamos novas criaturas e precisamos a cada dia buscar a Deus para recebermos Dele a santificação, que não é algo gerado por nós, mas pelo poder de Deus. Agora, quem está em Cristo, não consegue viver mais na prática do pecado, pois o que está nele é a divina semente, que é o Espírito Santo. (1 João 3:8-10).

O pecado deixa de ter domínio, mas é muito importante lembrar que "ser uma nova criatura não é ser alguém perfeito". Jesus disse que o espírito (do homem) está pronto mas a carne é fraca. A pessoa que nasceu de novo, pode cair e falhar, mas deve sempre arrepender-se e confiar na Graça de Deus para tornar-se escrava novamente do pecado.

É preciso fazer como Paulo: prosseguir para o alvo que é Jesus e nunca olhar para trás:

"Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus."(Filipenses 3:12-14).

Por último quero lembrar a vocês que nós temos um advogado junto ao Pai para, caso venhamos a pecar, o que é óbvio, clamemos pelas misericórdias do Senhor Jesus nosso Salvador, para alcançarmos o perdão junto ao Pai. 

I João 2.1-2.

1.   Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. 

2.   E Ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.


Deus abençoe você. Deus abençoe sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




segunda-feira, 20 de maio de 2019

PORQUE ORAR

A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR:

PORQUE ORAR E PRA QUE ORAR?

Mensagens Bíblicas sobre a oração e porque devemos sempre dedicar tempo para orar.

Vejamos o que dizem alguns pensadores e homens de Deus sobre este tema.

“A oração é o suor da alma”. Martinho Lutero.

"Dobre os joelhos e ore até que você tenha alcançado a intimidade com Deus ".  Billy Graham  

“Eu posso fazer mais que orar, depois de ter orado, mas eu não posso fazer mais que orar, até que tenha orado”. John Bunyan.

“Quando agimos, colhemos os frutos do nosso trabalho, mas, quando oramos, colhemos os frutos do trabalho de Deus”. Hans Von Staden.

“Não há nada que nos faça amar tanto uma pessoa quanto orar por ela”. Willian Law.

“Sempre que Deus deseja realizar algo, Ele convoca seu povo para orar”. 
Charles Spurgeon.

“Quando trabalhamos, nós trabalhamos, quando oramos, Deus trabalha”.
Hudson Taylor.

“Eu preferiria ensinar um homem a orar do que dez homens a pregar”. 
Charles Spurgeon.

“A maior preocupação do diabo é afastar os cristãos da oração. Ele não teme os estudos, nem o trabalho e nem a religião daqueles que não oram. Ele ri de nossa labuta, zomba de nossa sabedoria, mas treme quando nós oramos”. 
Samuel Chadwick.

“O homem que mobiliza a igreja cristã para orar estará dando a maior contribuição para a história da evangelização do mundo”. 
Andrew Murray.

“Os homens podem desdenhar nossos apelos, rejeitar nossa mensagem, opor-se a nossos argumentos, desprezar-nos, mas nada podem fazer contra nossas orações”. Sidlow Baxter.

“Nunca pedi coisa alguma em oração sem um dia, afinal, recebê-la de alguma maneira, de alguma forma”. 
Charles Muller.

“A fé é operosa e realizadora só quando alguém está de joelhos em constante oração ”. By Waldirpsouza.

"Deus nada faz a não ser em resposta à oração”. John Wesley.

“A oração é o encontro da sêde de Deus e da sêde do homem”. 
Agostinho de Hipona.

“Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração”. Autor desconhecido. 

“Nenhum esforço humano substitui o poder da oração”. Autor desconhecido. 

“Ora que melhora". Autor desconhecido. 

“A melhor coisa que você pode fazer antes de pecar é orar. Depois de orar com fé e com convicção duvido que você vai decidir pecar". By Waldirpsouza. 

O apóstolo Paulo nos instrui em Filipenses 4.6 sobre o dever orar.

“Não andeis ansiosos de coisa alguma. Em tudo, porém sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições pela oração e pela súplica com ações de graças”.

Deus sempre tem um propósito a realizar na vivência nossa de cada dia, mas Ele precisa que o homem esteja disposto a orar, para que se estabeleça a vontade dEle aqui na terra com relação aos seus servos que o buscam incessantemente em oração, este é uma dos principais objetivos funcionais da oração: estabelecer a vontade de Deus para conosco através da nossa comunhão com Ele demonstrada na oração. 

Através da oração vamos preparar um caminho para que Deus realize Sua vontade em nossas vidas.

Assim como uma locomotiva necessita dos trilhos para andar e um avião precisa de combustível e asas para voar, nós precisamos orar para levar até a presença de Deus nossas necessidades através da oração. 

Sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja unida com a vontade de Deus para que se estabeleçam seus desígnios, como podemos ver em 1 Jo 5:14-15:

"E esta é a confiança que temos para com Ele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, Ele nos ouve. E, se sabemos que Ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que lhe temos feito". Portanto a oração tem como objetivo que nós venhamos a fazer com que a vontade de Deus se estabeleça aqui na terra, desta forma, devemos conhecer melhor a vontade de Deus, para que nossas orações sejam agradáveis à Ele e nossos propósitos sejam realizados segundo Seu querer.

A oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos estar atentos a resposta de Deus, que vem através de nosso espírito, dos nossos sentimentos ou através das circunstâncias exteriores. É através da oração que nós colocamos nossas ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso crescimento espiritual no nosso cotidiano. 

Quando somos dirigidos por Deus, em nossa consciência, nós devemos imediatamente pedir perdão a Deus,  através da oração, pedindo para sermos lavados pelo seu sangue, e nossos pecados sejam perdoados.

Devemos estar sempre orando, para sermos guardados das tentativas de satanás de nos levar ao pecado. Podemos dizer que a oração é o nosso termômetro espiritual e quando nós não conseguimos orar, indica que não estamos bem espiritualmente. 

Devemos aprender a observar a ação de Deus em nossas vidas enquanto estamos orando, pois Deus se comunica conosco através de nossa intuição, que é uma das partes do nosso ser espiritual , mas cabe a nós, utilizando o nosso conhecimento bíblico, discernirmos se é ou não de Deus este falar, este agir que exterioriza nossos sentimentos, porque o inimigo não dorme e pode também tentar nos enganar, lançando pensamentos em nossa mente que sutilmente nos induziriam ao pecado ou aos erros mais grosseiros em nosso dia a dia. 

Vamos analisar o trecho da Bíblia que consideramos da maior importância sobre a oração, que se encontra em Mt 6:5-13.

5 E, quando orardes, não sereis como os hipócritas; porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, para serem vistos dos homens. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa.
6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque Deus, o vosso Pai, sabe o de que tendes necessidade, antes que lho peçais.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
12 e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;
13 e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

A oração não é algo formal, para atrair a atenção do homens, como faziam os fariseus, e por isso foram condenados (v. 5). 

Eles estavam acostumados a orar formalmente 18 vezes ao dia, segundo as leis herdadas dos antepassados, e observavam com rigor pontual os horários destinados à oração, onde quer que estivessem. 

Por isso, com frequência eram obrigados a orar em público, e os judeus, admirados, sempre os surpreendiam em sua prática nas esquinas das ruas. A oração passou a ter , então, caráter de mero ritualismo, sem consistência espiritual, onde o que contava era a exterioridade sofisticada de palavras vans e vazias para receber o louvor humano.

A oração também não é como uma reza, uma repetição interminável de enunciados que não traduzem os sentimentos do coração (v. 7). 

Este era o costume dos gentios, adeptos das religiões politeístas, que horas a fio repetiam mecanicamente as mesmas palavras diante de seus deuses, o que mereceu a veemente reprovação do Senhor Jesus, pois o mesmo estava ocorrendo com os praticantes da religião judaica.

Afinal o que é a oração? A melhor definição encontra-se, é obvio, na Bíblia. Nenhum conceito teológico expressa com a mesma clareza e simplicidade o que ela significa. 

A oração é, segundo as Escrituras, uma via de mão dupla através da qual o crente, o servo de Deus ou um neo converso ou até mesmo qualquer pecador que com seu clamor chega à presença de Deus, e este vem ao seu encontro, com as respostas (Jr 33:3 "Clama a mim e responder-te-ei; anunciar-te-ei coisas grandes e firmes que não sabes"). 

A oração de Josué num momento crucial de guerra contra o rei Adonizedeque de Jerusalém com seu grande exército, é um exemplo de que Deus responde a oração sincera de um servo fiel. 

Josué 10.12-15.
12. Então, Josué falou ao Senhor, no dia em que o Senhor deu os amorreus na mão dos filhos de Israel, e disse aos olhos dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeão, e tu lua, no vale de Aijalom.
13. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isso não está escrito no Livro do Reto? O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro.
14. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o Senhor, assim, a voz de um homem; porque o Senhor pelejava por Israel.
15. E tornou-se Josué, e todo o Israel com ele, ao arraial, a Gilgal.

A oração é fruto espontâneo da consciência de um relacionamento pessoal com o Todo-Poderoso, onde não há espaço para o monólogo, pois quem ora não apenas fala, mas também precisa estar disposto a ouvir o Espírito Santo falar. 

É um diálogo onde o crente aprofunda sua comunhão com Deus e ambos conversam numa linguagem que tem como intérprete o próprio Espírito Santo. 

(Rm.8:26-27. "Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos").

A Bíblia é o livro da oração. Suas páginas evocam grandes momentos da história humana que foram vividos em oração. 

Compare Juízes.10:12-15 "e os Sidônios, e os Amalequitas, e os Maonitas vos oprimiam, e vós clamáveis a mim, não vos livrei eu das suas mãos? Contudo, vós me deixastes a mim e servistes a outros deuses, pelo que não vos livrarei mais. Ide e clamai aos deuses que escolhestes; eles que vos livrem no tempo do vosso aperto. 

Mas os filhos de Israel disseram ao SENHOR: Temos pecado; faze-nos tudo quanto te parecer bem; porém livra-nos ainda esta vez, te rogamos.;" e em 2 Rs. 6:17 "Orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos para que veja. O SENHOR abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu". 

Desde o seu primeiro livro, Gênesis, até Apocalipse, fica claro que orar é parte da natureza espiritual do ser humano, assim como a nutrição é parte do seu sistema fisiológico. Os grandes fatos escatológicos, como previstos no último livro da Bíblia, o Apocalipse, serão resultado das orações dos santos, que clamam a Deus ao longo dos séculos pelo cumprimento de sua justiça (Ap. 5:8 "e, quando tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos”; 

Ap. 8:3-4 "Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos").

Orar não pode ser visto como ato de penitência para meramente subjugar a carne. Em nenhum momento a Bíblia traz esta ênfase. Oração não é castigo, assim também como a leitura das Escrituras Sagradas não o são.

A ideia que alguns pais equivocadamente passam para os filhos, quando os ordena a orar como disciplina por alguma desobediência acaba gerando um sentido negativo. 

Eles acabam criando uma verdadeira repulsa à vida de oração, desconhecendo o verdadeiro valor que ela representa para as suas vidas, por terem aprendido pela prática a reconhecê-la apenas como meio de castigo pessoal, de penitência. Ao contrário, se aprenderem que orar é ato que eleva o nosso espírito à presença de Deus  e brota de maneira espontânea do coração consciente de sua indispensabilidade, como ensina a Bíblia, saberão cultivar a oração como exercício de profunda amizade com Deus que resulta em crescimento espiritual, Cl 1:9. "Por esta razão, também nós, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual". De igual modo, o mesmo acontecerá conosco.

Muitos líderes religiosos não teem mais o devido compromisso de oração contínua ao Senhor Deus que tudo pode. A maioria das igrejas evangélicas de hoje, com raras exceções, não teem mais os cultos de oração. 

A maioria dos lares dos crentes já não têm mais o culto de oração e nem compromisso de oração em favor das famílias. 

Podemos observar o valor da oração, lendo na Bíblia a galeria dos heróis da fé, descritos em Hebreus 11, que exercitaram sua fé através da oração. Não só eles, mas outros personagens da Bíblia tiveram igual experiência. 

Abraão subiu ao monte Moriá, para o sacrifício de Isaque seu filho único, porque seu nível de comunhão com Deus através da oração era tal que ele sabia tratar-se de uma prova de fé. Gn 22:5-8. "Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. 

Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos". 

Este é o exemplo da oração que persevera e confia. 

Enoque vivenciou a oração de maneira tão intensa que a Bíblia o denomina como aquele que andava com Deus. Gn 5:24. "Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si". É o exemplo da oração em todo o tempo.

Moisés trocou a honra e a opulência dos palácios egípcios porque teve o privilégio de falar com o Senhor face a face e com Ele manter íntima comunhão por toda a vida através da oração; Moisés clamava a Deus intensamente e incessantemente, ver Êx. 3:1-22 e Êx.4:1-17, ele é o exemplo da oração que muda as circunstâncias. 

Entre os profetas destaca-se Elias, cujo exemplo Tiago aproveita para ensinar que o crente sujeito às mesmas fraquezas, pode ver grandes milagres diante de Deus. Tg. 5:17-18 "Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos". É o exemplo da oração que supera as deficiências e fraquezas humanas.

Esses heróis são parte das testemunhas mencionadas em Hb.12:1 "Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta". 

Ou seja, se eles, que não viveram na dispensação do Espírito Santo, tiveram condições de viver de modo tão intenso na presença de Deus, quanto mais o crente, hoje, que conta com o auxílio permanente e direto do Espírito Santo, movendo-o para uma vida de oração. Todos os crentes necessitam, devem e podem ter a mesma vida de oração que os heróis da fé da Bíblia e tantos outros que a história eclesiástica registra.

O maior exemplo de oração, no entanto, foi o nosso próprio Mestre, o Senhor Jesus. 

Sendo ele o Filho de Deus, cujos atributos divinos lhes asseguravam o direito de agir sobrenaturalmente, podia dispensar a oração como prática regular de sua vida. No entanto, ao humanizar-se, esvaziou-se de todas as prerrogativas da divindade e assumiu em plenitude a natureza humana, Fp.2:5-8, "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz", experimentando todas as circunstâncias inerentes ao homem, inclusive a tentação (Hb. 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado"; 

Mt. 4:1-11 "A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome. Então, o tentador, aproximando-se, lhe disse: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. Jesus, porém, respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede (que sai) da boca de Deus. 

Então, o diabo o levou à Cidade Santa, colocou-O sobre o pináculo do templo e lhe disse: Se és Filho de Deus, atira-te abaixo, porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem; e: Eles te susterão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra. Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor, teu Deus. 

Levou-O ainda o diabo a um monte muito alto, mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles e lhe disse: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te, Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto. Com isto, o deixou o diabo, e eis que vieram anjos e o serviram").

Ora, isto significa que o Senhor Jesus dependeu tanto da oração como qualquer outra pessoa que se proponha a servir integralmente a Deus. Ela foi o instrumento pelo qual pôde suportar as afrontas, não dar lugar ao pecado e não dar lugar ao diabo; tomou sobre si o peso da dura cruz e venceu o maligno. Mt. 26:36-46 "Em seguida, foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou ali orar; e, levando consigo a Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se. Então, lhes disse: A minha alma está profundamente triste até à morte; ficai aqui e vigiai comigo. 

Adiantando-se um pouco, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero, e sim como tu queres. E, voltando para os discípulos, achou-os dormindo; e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudestes vós vigiar comigo? 

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade. E, voltando, achou-os outra vez dormindo; porque os seus olhos estavam pesados. 

Deixando-os novamente, foi orar pela terceira vez, repetindo as mesmas palavras. 

Então, voltou para os discípulos e lhes disse: Ainda dormis e repousais! Eis que é chegada a hora, e o Filho do Homem está sendo entregue nas mãos de pecadores. Levantai-vos, vamos! Eis que o traidor se aproxima”.

Os evangelhos registram a vida de oração do Mestre. Ele orava pela manhã (Mc. 1:35 "Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava"), à tarde (Mt.14:23 "E, despedidas as multidões, subiu ao monte, a fim de orar sozinho. Em caindo a tarde, lá estava ele, só") e passava noites inteiras em comunhão com Deus (Lc. 6:12, "Naqueles dias, retirou-se para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus").

Se Ele viveu esse tipo de experiência 24 horas por dia, de igual modo Deus espera a mesma atitude de cada um de nós. Não apenas uns poucos minutos, com palavras rebuscadas de falsa espiritualidade, para receber as honras dos homens, mas em todo o tempo, como oferta de um coração que se dispõe a permanecer humildemente no altar de oração.

A oração modelo, ensinada pelo Senhor Jesus, registrada em Mt.6:9-13, não é simplesmente uma fórmula para ser repetida. Se assim fosse, o Mestre não teria condenado as "vãs repetições" dos gentios. Seria uma incongruência. O seu propósito é revelar os pontos principais que dão forma ao conteúdo de uma oração cristã. 

Ela não é uma oração universal, mas se destina exclusivamente àqueles que podem reconhecer a Deus como Pai, por intermédio de Jesus Cristo. 

A oração do crente, sincera e completa em seu objetivo, traz em si estes aspectos:

A-Reconhecimento da soberania de Deus.  (Pai nosso, que estás nos céus).

B-Reconhecimento da santidade de Deus.  (santificado seja o teu nome).

C-Reconhecimento da vinda do reino no presente e sua implantação no futuro. (venha o teu reino).

D-Submissão sincera à vontade de Deus.  (faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu).

E-Reconhecimento que Deus supre as nossas necessidades pessoais. (11 o pão nosso de cada dia dá-nos hoje).

F-Disposição de perdoar para receber perdão. (e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores).

G-Proteção contra a tentação e as ações malignas. (e não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal).

H-Desprendimento para adorar a Deus em sua glória. (pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!).

Os requisitos para que uma oração seja eficaz diante de Deus são:

Nossas orações não serão atendidas se não tivermos fé genuína e verdadeira. (Mc 11:24. "Por isso, vos digo que tudo quanto em oração pedirdes, crede que recebestes, e será assim convosco."; Mc 9:23 "Ao que lhe respondeu Jesus: Se podes! Tudo é possível ao que crê."; Hb 10:22 "aproximemo-nos, com sincero coração, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e lavado o corpo com água pura". Tg. 1:17. "Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança."; Tg 5:15 "E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados").

Nossas orações devem ser feitas em nome de Jesus, ou seja, devem estar em harmonia com a pessoa, caráter e vontade de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. (Jo 14:13-14 "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei").

A nossa oração deve ser feita segundo a vontade de Deus que muitas vezes nos é revelada pela sua palavra, que por sua vez deve ser lida com oração. 

(Ef 6:17-18) "Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos", 

1 Jo 5:14 " E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve". Mt.6:10 "venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu"; 

Lc.11:2 "Então, ele os ensinou: Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome; venha o teu reino"; 

Mt 26:42 "Tornando a retirar-se, orou de novo, dizendo: Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade") .

Devemos andar segundo a vontade de Deus, amá-lo e agradá-lo para que Ele atenda as nossas orações. 

(Mt .6:33 "33 buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas; 

1 Jo. 3:22 "e aquilo que pedimos dele recebemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos diante dele o que lhe é agradável", 

Jo 15:7 "Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito"; 

Tg 5:16-18 "Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo”, 

Sl 66:18 "Se eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido", 

Pv 15:8 "O sacrifício dos perversos é abominável ao SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento").

Finalmente, para uma oração eficaz, precisamos ser perseverantes, (Mt 7:7-8 "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á, pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á”; Cl 4:2 "Perseverai na oração, vigiando com ações de graças"; 1 Ts 5:17 "Orai sem cessar"; Sl 40:1 "Esperei confiantemente (com paciência) pelo SENHOR; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro").

Em princípio, o crente deve orar em todo o tempo. (1Ts 5:17 "Orai sem cessar”; Ef 6:18 "com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos"). 

É um estado permanente de comunhão com Deus, onde o seu pensar está ligado às coisas que são do alto. (Cl 3:2 "Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra"). 

É uma condição que não dá lugar para o crente ser atingido pelos dardos inflamados do inimigo, pois seu espírito está sempre alerta, através da oração. Ele deve, no entanto, ter momentos específicos de oração pela manhã, à tarde ou à noite, como fez o nosso Senhor Jesus. 

Orações públicas, como as que se fazem nos cultos, são também uma prática bíblica, desde que não repitam o formalismo, a exterioridade e a hipocrisia dos fariseus. O Senhor Jesus mesmo, por diversas vezes, orou publicamente. (Jo 11:41-42 "Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. 

Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste").

O lugar onde se mede a intensidade da comunhão do crente com Deus é no seu "lugar secreto" (Mt 6:6 "Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará") para estar a sós com o Senhor. 

É ali, sozinho, com as portas fechadas para as coisas que o cercam e abertas para o Senhor, que ele de fato revela se a oração é para si mera formalidade ou meio que o conduz à presença de Deus para um diálogo íntimo, pessoal e restaurador com Aquele que deseja estar lado a lado com seus filhos. "A menos que exista tal lugar, a oração pessoal não se manterá por muito tempo nem de maneira persistente". 

Em tempos difíceis, o povo de Deus deve orar com fervor pela nação e uns pelos outros. (2 Cr 7.14). 

“Se o meu povo, que se chama pelo nome, se humilhar e orar, e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. 

Quando a igreja se prostra para orar, Deus restaura a nação. Quando a igreja ora, a mão  de Deus se move para restaurar o povo. Quando o crente ora, algo extraordinário acontece em sua vida e ao seu redor. 

A oração faz uma mudança benéfica e milagres acontecem quando alguém ora com o coração e com a alma. A oração é um ato de fé  pois orar significa entrar na intimidade de Deus; é como o crente adentrar diretamente ao trono da graça de Deus; orar é unir-se ao Espírito Santo que intercede por nós junto ao Pai até com gemidos inexprimíveis, para nos levantar de nossas fraquezas humanas pelo poder e pela onipotência, onipresença e onisciência de Deus.

A oração do crente não tem como propósito atrair a atenção dos homens, mas é o meio por excelência de seu encontro pessoal com Deus, para que cresçamos em fé e vivamos uma vida cheia do Espírito Santo, guardando-nos do maligno. Jesus Cristo é o Senhor.

No Salmo 9:9-10,18. O Salmista Davi nos dá um exemplo de confiança em Deus para alcançar a vitória. Ele faz isso expressando louvores ao justo juíz que é o nosso Deus Eterno.

Salmo 9:9-10,18
9. O Senhor será também um alto refúgio para o oprimido; um alto refúgio em tempos de angústia.

10. E em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, nunca desamparaste os que te buscam.

18. Porque o necessitado não será esquecido para sempre, nem a expectação dos pobres se malogrará perpetuamente.

“Através da oração vamos ver diminuída a nossa aflição”. By Waldirpsouza.

Deus abençoe você, Deus abençoe a sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.