segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

O PROFETA OBADIAS E O ZELO DA CASA DO SENHOR

O PROFETA OBADIAS E O ZELO DA CASA DO SENHOR 

Quem foram os Obadias na Bíblia. Quem foi o profeta Obadias que tem um livro profético no Velho Testamento.

Quem foi o Obadias que serviu ao rei Acabe e Jezabel por todo o seu reinado. 

Geralmente a curiosidade acerca de quem foi Obadias na Bíblia ocorre quando lemos o livro que leva seu nome no Antigo Testamento e que tem apenas um capítulo. 

Primeiramente precisamos considerar que pelo menos doze personagens bíblicos são citados com o nome de Obadias.

Antes de falarmos sobre tais personagens, vamos conhecer o significado desse nome. 

Obadias significa: “Servo do Senhor”, “servo de Javé” ou “adorador de Javé”, do hebraico ‘ovadyahu’, ‘ovadyah”.

Os Obadias citados na Bíblia.

De todos os personagens bíblicos com o nome de Obadias, certamente apenas dois deles são os mais conhecidos entre os cristãos. 

O primeiro, claro, o profeta Obadias; o segundo um administrador do palácio no governo de Acabe e Jezabel. Deixaremos esses dois personagens que tiveram maior proeminência por último. Antes, faremos uma lista dos outros dez personagens com esse nome.

Vejam na Bíblia onde se encontram as passagens bíblicas com as citações desses Obadias. 

Um descendente de Davi. (1Cr 3:21).
Um dos chefes da tribo de Issacar. (1Cr 7:3).
Um capitão gadita que se juntou a Davi como aliado em Ziclague. (1Cr 8:38; 9:44).
Um benjamita, descendente de Jônatas filho de Saul. (1Cr 8:38; 9:44).
Um levita, possivelmente idêntico a Abda, pertencente a uma família de porteiros do Templo. (1Cr 9:16; Ne 11:17; 12:25).
Um zebulonita. (1Cr 27:19).
Um levita encarregado de supervisionar os reparos do Templo no governo do rei Josias. (2Cr 34:12).
Um dos príncipes comissionados pelo rei Josafá para ensinar a Lei nas cidades de Judá. (2Cr 17:17).
Um líder israelita, descendente de Joabe, que retornou da Babilônia para Jerusalém em companhia de Esdras. (Ed 8:9).
Um sacerdote que selou a aliança nos dias de Neemias. (Ne 10:5).


Portanto as passagens bíblicas acima nos dão  conhecimento dos dez homens chamados de Obadias na Bíblia. Sobre eles, praticamente não temos nenhuma informação além das passagens bíblicas que citam seus nomes. 

Abaixo, conheceremos os dois personagens restantes, dos quais temos um pouco mais de informação.

Quem era o Obadias do palácio de Acabe e Jezabel. 

Esse Obadias foi um mordomo chefe (ou administrador, governador) encarregado do palácio do rei Acabe e Jezabel. Tudo no Palácio passava por suas considerações e avaliações antes de chegar à sala do trono.  (1Rs 18:3-16).

Desde jovem esse Obadias era temente a Deus. Seu compromisso com o Senhor ficou evidente quando, durante a perseguição promovida por Jezabel aos profetas, ele escondeu cem profetas em duas cavernas.

Durante uma seca, ele foi enviado por Acabe para procurar pastagens para os cavalos e mulas reais, e acabou se encontrando com o profeta Elias. Depois desse encontro, Obadias conseguiu, por ordem do profeta Elias, arranjar um encontro entre Acabe e Elias no monte Carmelo, no episódio que ficou conhecido pela morte dos profetas de Baal e de Aserá ou Aserate. 

O Talmude Babilônico (Sanhedrin 39b), equivocadamente confunde esse Obadias com o Profeta Obadias. Um selo hebreu antigo encontrado com o texto “A Obadias, servo do rei“, talvez tenha pertencido a esse servo de Acabe.


Quem era o Profeta Obadias.

Sobre o profeta Obadias ainda podemos  informar que apesar de haver um livro no Antigo Testamento com seu nome, a Bíblia não nos fornece nenhuma informação acerca de sua vida. O que sabemos é que ele foi um profeta, muito provavelmente de Judá, segundo o que seu livro parece indicar (Ob 1).

Sobre o período em que o Profeta Obadias viveu, duas sugestões são defendidas entre os estudiosos. Alguns entendem que ele tenha vivido antes do exílio, enquanto outros defendem que ele tenha vivido por volta do século 5 a.C. Essa segunda hipótese é considerada a mais provável. Se caso, de fato, essa última posição estiver correta, é cronologicamente incompatível identificá-lo com o Obadias mordomo do rei Acabe citado anteriormente, nem mesmo com o capitão do rei Acazias (2Rs 1:13-15), conforme faz o pseudo Epifânio na obra “As Vidas dos Profetas”.
A tradição talmúdica de que o profeta Obadias tenha sido um prosélito de origem edomita é bastante improvável, principalmente considerando sua forte denúncia contra Edom.


Obadias 1

     
Capítulo 1. O livro do profeta (menor) Obadias só tem um capítulo.

1. Visão de Obadias: 


1.         Assim diz o Senhor Jeová a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do Senhor, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.


2.     Eis que te fiz pequeno entre as nações; tu és mui desprezado. 


3.      A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derribará em terra?


4. Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derribarei, diz o Senhor.


5. Se viessem a ti ladrões ou roubadores de noite (como estás destruído!), não furtariam o que lhes bastasse? Se a ti viessem os vindimadores, não deixariam alguns cachos?


6. Como foram buscados os bens de Esaú! Como foram esquadrinhados os seus esconderijos! 


7. Todos os teus confederados te levaram para fora dos teus limites; os que gozam da tua paz te enganaram, prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão puseram debaixo de ti uma armadilha; não há em Edom entendimento.


8. E não acontecerá, naquele dia, diz o Senhor, que farei perecer os sábios de Edom e o entendimento na montanha de Esaú? 


9. E os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, para que da montanha de Esaú seja cada um exterminado pela matança. 


10. Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.


11. No dia em que estiveste em frente dele, no dia em que os forasteiros levavam cativo o seu exército, e os estranhos entravam pelas suas portas, e lançavam sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles. 


12. Mas tu não devias olhar para o dia de teu irmão, no dia do seu desterro; nem alegrar-te sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína; nem alargar a tua boca, no dia da angústia;


13. nem entrar pela porta do meu povo, no dia da sua calamidade; sim, tu não devias olhar, satisfeito, para o seu mal, no dia da sua calamidade; nem estender as tuas mãos contra o seu exército, no dia da sua calamidade; 


14. nem parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem, nem entregar os que lhe restassem, no dia da angústia.


15. Porque o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça. 


16. Porque, como vós bebestes no monte da minha santidade, assim beberão de contínuo todas as nações; beberão, e engolirão, e serão como se nunca tivessem sido. 


17. Mas, no monte Sião, haverá livramento; e ele será santo; e os da casa de Jacó possuirão as suas herdades.


18. E a casa de Jacó será fogo; e a casa de José, chama; e a casa de Esaú, palha; e se acenderão contra eles e os consumirão; e ninguém mais restará da casa de Esaú, porque o Senhor o disse. 


19. E os do Sul possuirão a montanha de Esaú; e os das planícies, os filisteus; possuirão também os campos de Efraim e os campos de Samaria; e Benjamim, Gileade. 



20. E os cativos desse exército dos filhos de Israel, que estão entre os cananeus, possuirão até Zarefate; e os cativos de Jerusalém, que estão em Sefarade, possuirão as cidades do Sul.


21. E levantar-se-ão salvadores no monte Sião, para julgarem a montanha de Esaú; e o reino será do Senhor.



Ainda sobre O profeta Obadias e seu livro na Bíblia Sagrada temos os seguintes registros. 


A data da profecia do livro deve estar em relação com a época da tomada de Jerusalém, a que se faz referência no vs. 11. E, pelas circunstâncias indicadas, deve tratar-se da conquista da Cidade Santa pelos babilônios, no tempo de Nabucodonosor. os Idumeus, contra quem é dirigida a profecia, eram antigos inimigos de Israel (Nm 20.14 a 21) e, embora subjugados, tinham adquirido alguma coisa do seu antigo poder. (2 Rs 16.6). 


Evidentemente se juntaram a Nabucodonosor para humilhar os seus antigos adversários. Obadias acusa os Idumeus desta ofensa, que provavelmente teve a sua efetuação nos anos 588 a 586 a.C. 


As predições com respeito a Edom foram completamente cumpridas. O que o livro contém pode resumir-se no seguinte: o maior inimigo dos israelitas eram então os Idumeus, que se achavam orgulhosos do seu saber (vers. 8), e da sua inexpugnável posição (vers. 3). O profeta anuncia que os tesouros deste povo hão de ser postos a descoberto, e ao mesmo tempo censura-os pelo seu ódio aos judeus, seus irmãos pelo sangue, pois se regozijavam com as suas calamidades, e incitavam Nabucodonosor a exterminá-los completamente. (Sl 137.7).


Por tudo isto estava próximo o dia da retribuição, ...como tu fizeste, assim se fará contigo... (vers. 15). Mas o próprio povo escolhido já tinha sido transportado para o cativeiro, a terra santa estava abandonada e o castigo anunciado contra os Idumeus podia parecer não ter diferença do que já tinha sido infligido à descendência de Jacó. O profeta então declara que Edom ainda seria como se nunca tivesse existido, desaparecendo completamente e para sempre (profecia que teve o seu cumprimento de um modo notável), mas Israel ainda haveria de levantar-se novamente daquela queda, reconquistando, não somente a sua própria terra, mas também a Filístia e Edom, e regozijando-se finalmente com o reinado santo do prometido Messias. Compare com a profecia de Obadias as palavras de Ez 35; Jl 3.19,20; Am 1.11,12 - 9. 11 a 15 e mais especialmente Jeremias 49.7-22. Não se encontram no Novo Testamento quaisquer referências a esta pequena profecia, porém tudo o que nela contém, se cumpriu ou se cumprirá, porque Deus zela por Sua palavra. 

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 







segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

A OMISSÃO DO SACERDOTE ELI FOI A CAUSA DA SUA DERROTA

A OMISSÃO DO SACERDOTE ELI FOI A CAUSA DA SUA DERROTA 

Eli foi sacerdote e juiz em Israel depois da morte de Sansão. Eli substituiu a Sansão. A omissão e a permissividade do sacerdote Eli foram as causas de sua derrota e de sua trágica morte logo depois da morte de seus filhos, cumprindo o que Deus mandou um profeta desconhecido lhe profetizar.

Eli também foi o sumo sacerdote no tempo da infância e juventude do profeta Samuel que cresceu no temor do Senhor assim como tinha aprendido com seus familiares, especialmente sua mãe que teve o carinho e o amor necessário para que seu filho não se contaminasse com os erros, imoralidades, desrespeito e idolatria dos filhos do sacerdote Eli. Além do sacerdócio, Eli também serviu como um juiz de Israel por quarenta anos. (1 Samuel 4:18).

A história de Eli na Bíblia ficou marcada não apenas pelo seu contato com o jovem Samuel, mas principalmente pela rebeldia de seus filhos e a sua aquiescência e acobertamento quanto aos terríveis atos que seus filhos praticavam. Seu pai, o sacerdote, fazia vistas grossas sobre o assunto deixando acontecer bem na sua frente, na sua casa e no seu sacerdócio, tudo aquilo que não agradava a Deus   

Eli era descendente de Arão através de Itamar (1 Samuel 22:20; 1 Reis 2:27; 1 Crônicas 24:3). Mas sua descendência não é citada na lista de 1 Crônicas 6 por causa do julgamento de Deus sobre sua família.

O sacerdote Eli e o futuro profeta Samuel. Deus já estava preparando o sucessor de Eli. 

Eli ministrava no Tabernáculo que havia sido levantado em Siló ( Siló Cidade de Efraim. Ficava 16 km a nordeste de Betel. Em Siló, Canaã foi dividida (Js 18.1-10), e ali o Tabernáculo e a Arca da aliança permaneceram durante 300 anos, até o tempo de Samuel (1Sm 1-4; ver também Js 21.2; 22.9; Jz 21; 1Rs 14.2) após o tempo de peregrinação no deserto. (Josué 18:1; Juízes 18:31). Ele aparece na narrativa bíblica no episódio em que Ana, esposa de Elcana, orou a Deus pedindo por um filho.

Inicialmente o sumo sacerdote Eli mostrou certa falta de sensibilidade espiritual ao interpretar de forma equivocada a atitude de Ana. Ele pensou que aquela mulher devotada estava embriagada (1 Samuel 1:14), mas depois que ela lhe explicou suas razões, Eli a despediu com uma bênção. (1 Samuel 1:17).

Deus atendeu ao pedido de Ana e abriu sua madre. Ana deu à luz a Samuel e tão logo cumpriu o voto que havia feito ao Senhor. Ela levou o menino a Siló para ter uma vida dedicada ao serviço da casa de Deus. Isso significa que o pequeno Samuel ficou aos cuidados do sumo sacerdote Eli (1 Samuel 3:1). Mais tarde, foi o próprio Eli quem instruiu Samuel quanto à percepção da voz do Senhor que lhe chamava (1 Samuel 3:9). Naquele tempo Eli já era um homem idoso. (1 Samuel 2:22).

Os pecados de Eli e de seus filhos. 

O grande problema de Eli foi seus filhos. Ele era pai de dois homens incrédulos, Hofni e Finéias. Como Eli já tinha a idade muito avançada, seus filhos passaram a ter cada vez mais responsabilidades no serviço do Tabernáculo.

Mas os dois filhos de Eli não tinham qualquer temor a Deus e nem respeito pelo próprio pai. Eles transgrediam a Lei de Deus de muitas maneiras. Eles violavam a regulamentação acerca das ofertas e sacrifícios ao Senhor, e se apropriavam daquilo que era consagrado a Deus (1 Samuel 2:12). Além disso, eles seduziam as mulheres que se ocupavam de forma voluntária de algum serviço relacionado ao funcionamento do Tabernáculo e cometiam atos abomináveis e libidinosos dentro do templo. 

A prática pecaminosa e imoral dos filhos de Eli era conhecida por todo o Israel e influenciava negativamente o povo (1 Samuel 2:22-24). A Bíblia mostra a tentativa patética de Eli de repreender seus filhos. Mas eles já estavam com suas mentes cauterizadas pelo pecado e tinham atingido um nível tão profundo que o juízo de Deus sobre eles era inevitável. (1 Samuel 2:25).

O juízo de Deus sobre casa de Eli.

Eli é sempre lembrado como uma figura trágica que não tinha controle sobre sua própria casa. Embora ele não apareça na Bíblia participando diretamente dos pecados de seus filhos, ele acabou participando deles por omissão. O erro fatal que Eli cometeu foi o de honrar mais os seus filhos do que ao Senhor. Além disso, ficou demonstrado  que ele acabava se beneficiando indiretamente do comportamento ganancioso e pecaminoso de seus filhos. (1 Samuel 2:29).

Por tudo isso Deus derramou seu juízo sobre à casa de Eli. Antes, Ele enviou um profeta, sobre quem nada sabemos, mas que anunciou o julgamento do Senhor à casa de Eli. O homem de Deus denunciou a forma com que Eli e seus filhos negligenciaram o serviço a Deus e desprezaram a grande dádiva do ofício sacerdotal que lhes fora confiado.

Em seguida, o profeta avisou que a linhagem sacerdotal em Israel não seria mais contada através de sua casa. Na prática, isso significou que a linhagem sacerdotal passou a ser considerada através da descendência de Eleazar, o outro filho de Arão. Essa mesma mensagem foi novamente confirmada através do jovem profeta Samuel (1 Samuel 3:1-21).

Deus também avisou a Eli que seus filhos morreriam no mesmo dia, e que ele seria o último homem idoso de sua casa. Todos os outros haveriam de morrer no auge da idade (1 Samuel 2:32,33).

Mais tarde, muitos descendentes de Eli foram dizimados durante o massacre promovido por Saul em Nobe. (1 Samuel 22:17-19). Nos dias de Davi, os descendentes dos sacerdotes através de Eleazar eram duas vezes mais numerosos do que aqueles que descendiam de Itamar, isto é, da casa de Eli (1 Crônicas 24:4). Por fim, durante o governo do rei Salomão, Abiatar, que descendia de Eli, foi retirado do sacerdócio e a casa de Eleazar prevaleceu definitivamente (1 Reis 2:26-27).

A trágica morte do sacerdote Eli.

A morte de Eli se deu num contexto de verdadeira tragédia. Os israelitas estavam em guerra contra os filisteus e os filhos de Eli levaram a Arca do Senhor à batalha como um tipo de talismã. Mas o exército israelita foi duramente derrotado. Os dois filhos de Eli que seguravam a Arca da Aliança foram mortos e a Arca foi capturada pelo exército inimigo.

Eli estava assentado numa cadeira ao pé do caminho com o coração apertado, especialmente por conta da Arca do Senhor que estava na batalha. Provavelmente ele sabia que o fato de seus filhos perversos estarem responsáveis pela Arca, não poderia resultar em boa coisa.

Naquela ocasião ele já tinha perdido a visão. Então um mensageiro da tribo de Benjamim foi até ele e lhe deu as más notícias. O mensageiro avisou que seus filhos estavam mortos e que a Arca tinha sido tomada.

Curiosamente o que realmente provocou a reação que matou Eli foi a informação da perda da Arca, e não a morte de seus filhos e a derrota do exército israelita. O homem que tinha vivido parte de sua vida dando mais importância aos filhos do que tendo zelo pelas coisas do Senhor, ironicamente acabou morrendo ao demonstrar maior preocupação pela Arca de Deus.

A Bíblia diz que quando Eli recebeu a notícia sobre a perda da Arca, ele caiu da cadeira para trás e quebrou o pescoço. Quando sua nora grávida, a esposa de Finéias, ouviu as más notícias, entrou em trabalho de parto. 

Ela deu à luz a um menino, e antes de morrer lhe chamou de Icabô, dizendo: “Foi-se a glória de Israel”. (1 Samuel 4:21). Ela disso isso porque sabia que seu marido e seu sogro foram responsáveis pela calamidade em Israel com a perda da Arca do Senhor. O sumo sacerdote Eli morreu aos noventa e oito anos.

Qual o legado que o sacerdote Eli deixou para a sua posteridade. 

A Bíblia diz que Eli julgou Israel durante quarenta anos. É possível que esse período de liderança de Eli não tenha coincidido, pelo menos em parte, com as ações de Sansão e com as atividades de outros juízes daquele mesmo período. (Vejam Juízes capítulos 12-16). Durante todo esse tempo de quarenta anos ele esteve em Siló.

Certamente Eli ficou marcado na Bíblia de forma negativa. Sua conduta nos ensina, principalmente, acerca do perigo de não zelar pela obra do Senhor. Em outras palavras, sua vida é um testemunho de que devemos sempre priorizar tudo aquilo que honra a Deus e não aquilo que trás glória para a satisfação pessoal, isso é ser omisso.  

Eli corretamente exortou Ana à santidade e a abençoou por sua fé. Além disso, certamente ele teve grande participação no crescimento de Samuel. Na verdade, obviamente ele fez melhor com Samuel do que com seus próprios filhos.

Eli, o sacerdote que fracassou como pai.

Nenhum ser humano chega ao ponto de não mais necessitar de disciplina. A disciplina treina-nos a agir de acordo com o que é correto, do modo mais benéfico. Ao encararmos a vida, defrontamo-nos com situações variadas, algumas delas novas para nós, e não poucas delas o são para nos provar quanto à nossa sinceridade, nossa honra e nossa honestidade para com Deus o nosso Pai Eterno. Somos desafiados constantemente para provarmos nossa fidelidade a Deus.


Uma vez que isso se dá mesmo quando já somos adultos, uma criança necessita muito mais de disciplina. Toda experiência é nova para ela. Além disso, devido à herança proveniente de pais imperfeitos, a recomendação sábia de Salomão é que  “a tolice está ligada ao coração do rapaz (homem); a vara da disciplina é a que a removerá para longe dele”. Prov. 22:15.

Por esta razão, Deus declara aos pais a grande importância de se ensinar os filhos a serem cumpridores da lei, cumpridores dos seus deveres e a se manterem moralmente limpos e a terem amor a Deus mais do que todas as coisas ou bens no decorrer da vida. Se não aprenderem estes princípios pelo ensino verbal dos pais, mas forem desobedientes e indisciplinados, terá de se aplicar alguma forma de disciplina. Falta de firmeza, ou falhar em fazer isso, resultará em crianças que, mais tarde, não darão nenhuma atenção aos pais, e isto pode resultar em grande calamidade tanto para as crianças como para os pais.

Criar os filhos sem a devida correção e disciplina acarretará no futuro em pessoas desordenadas e desobedientes aos pais. Esse tipo de pessoas sempre trarão muito desgosto aos seus pais. Vivemos hoje numa época em que é grande o número de pais abandonados pelos filhos. O afrouxamento e ou a falta da aplicação da disciplina, trará com certeza muito desgosto aos pais no futuro. 


Eli era pai no antigo Israel e isso implicava em aplicar uma educação mais severa para seus filhos segundo as leis de Deus no Pentateuco. Era também sacerdote, Eli era o sumo sacerdote da nação. Como tal, era bem versado na lei de Deus. Pessoalmente, deveria ter cumprido fielmente suas obrigações sacerdotais. Deveria ter até mesmo instruído cabalmente seus filhos na lei de Deus. Mas, evidentemente, ele foi fraco, negligente, tolerante demais com seus filhos, e não prosseguiu em administrar a necessária disciplina, resultando em incorrer no desagrado de Deus, e trazer desgosto a si mesmo. Mas, Eli fracassou completamente também num aspecto ainda maior, ele não se demonstrou zeloso pela verdade, pela adoração pura à Deus, quando seus dois filhos se envolveram em violar as leis de Deus. Eli deixou que seus filhos fizessem aquilo que era abominável a Deus, que era rejeitado por Deus, tudo o que desagradava a Deus eles faziam questão de praticar, numa afronta a Deus jamais vista em Israel. 

Os pecados dos filhos de Eli não eram observados pelo pai, não eram vistos por Eli o sacerdote e nem por Eli como pai. Eli fazia vistas grossas para com os pecados de seus filhos. 

Quando os filhos de Eli se tornaram adultos e se casaram, e Eli já era bem idoso, o relato da conduta chocante de seus filhos continuava chegando a ele. O registro declara: “Ora, os filhos de Eli eram homens imprestáveis; não reconheciam a Deus como o Deus único e verdadeiro, como o Deus de Israel, como o Deus dos seus antepassados, como o Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó, enfim eles não queriam nem saber da existência de Deus. 

Quanto à prerrogativa legítima dos sacerdotes da parte do povo, sempre que um homem oferecia um sacrifício, vinha um ajudante do sacerdote com o garfo de três pontas na sua mão, justamente quando se cozinhava a carne, e metia-o na bacia, ou na caldeira de duas asas, ou no caldeirão, ou na caçarola. Tudo o que o garfo tirava, o sacerdote tomava para si. Era assim que faziam em Siló a todos os israelitas que vinham para lá”. 1 Sam. 2:12-14.


A lei provia o sustento para o sacerdócio da seguinte maneira: 

No sacrifício de participação em comum, quando o adorador apresentava seu sacrifício da manada ou do rebanho, os sacerdotes estavam autorizados a tirar o peito do animal como sua porção. O sacerdote que oficiava recebia como sua porção a perna direita. Mas Hofni e Finéias, filhos de Eli, faziam que seus ajudantes tirassem do caldeirão o que quer que seus garfos grandes apanhassem, desrespeitando assim a Deus por violar seus arranjos, e maltratando o israelita que trazia o sacrifício. 

Pior do que isso, eles roubavam a Deus por retirar sua porção do sacrifício antes de as partes gordas serem oferecidas no altar, uma violação da lei. 1 Sam. 2:15-17; Lev. 7:32-34; 3:3-5.

Em adição aos seus pecados, estes homens iníquos cometiam atos imorais com as mulheres que serviam no tabernáculo, de modo que todo o Israel veio a saber disso. E o relato da terrível profanação do santuário de Deus chegou aos ouvidos de Eli. 1 Sam. 2:22.

Nisto residia a maior falha de Eli. Como pai de Hofni e Finéias, e, mais seriamente, como sumo sacerdote de Israel ungido por Deus, Eli deveria ter tomado imediatamente medidas disciplinares para remover aqueles dois homens (seus filhos) de seus cargos sacerdotais, demitindo-os do serviço no santuário. Além disso, eles deviam ser punidos pelos seus crimes de acordo com a lei. Em vez disso, Eli simplesmente lhes disse:
“Por que continuais a fazer tais coisas? Pois são más as coisas que ouço acerca de vós de todo o povo. Não, meus filhos, porque não é boa a notícia que ouço, que o povo de Deus está fazendo circular sobre vós em Israel. Se um homem pecar contra um homem, Deus arbitrará por ele; mas se o homem pecar contra Deus, quem é que vai orar por ele”?1 Sam. 2:23-25.


Eli, o sacerdote que fracassou como líder religioso e juiz de Israel. 

O julgamento de Deus contra a casa do sacerdote Eli era necessário que acontecesse para servir de lição para a posteridade da linhagem sacerdotal em Israel. A cobrança de Deus foi para fazer justiça e não por maldade. Deus é bom em todo tempo e em todas as suas ações.

Contudo, Deus não estava desatento ou desinteressado pelo assunto, mas já havia julgado aqueles homens corrutos. “Deus se agradava agora de entregá-los à morte”, diz a Bíblia, e em harmonia com o seu julgamento, enviou “um homem de Deus” a Eli, com uma mensagem profética fulminante. (1 Sam. 2:25) O profeta lhe disse: (Vejam que o nome do profeta aqui não é mencionado, Deus usa os desconhecidos para realizar a Sua obra quando é necessário).

“Assim disse o Senhor: ‘Não me revelei deveras à casa de teu antepassado (Arão), enquanto vieram a estar no Egito como escravos da casa de Faraó? E fez-se escolha dele para mim dentre todas as tribos de Israel, a fim de que atuasse como sacerdote e subisse ao meu altar para fazer subir a fumaça sacrificial, para usar um éfode diante de mim, a fim de que Eu cesse à casa de teus antepassados todas as ofertas feitas por fogo dos filhos de Israel. Por que dais pontapés no meu sacrifício e na minha oferta que ordenei na minha habitação, e tu persistes em honrar mais a teus filhos do que a mim, cevando a vós mesmos com o melhor de toda oferta de Israel, meu povo?

“Por isso é assim a pronunciação de Deus, o Senhor, o Deus de Israel: “De fato, eu disse: Quanto à tua casa e à casa de teu antepassado (Arão e seus filhos), andarão diante do mim por tempo indefinido.” Mas agora a pronunciação do Senhor contra vós é: “É inconcebível, da minha parte, porque honrarei os que me honrarem, e os que me desprezarem serão tidos por desprezíveis“. 

A cobrança de Deus sobre a casa de Eli e sobre sua posteridade. 

Eis que vêm dias em que hei de cortar teu braço e o braço da casa de teu antepassado, de modo que não chegará a haver homem idoso na tua casa. E estarás realmente olhando para um adversário na minha habitação, no meio de todo o bem que se faz a Israel e nunca chegará a haver um homem idoso na tua casa. Contudo, há um homem teu que o separei de estar junto ao meu altar para fazer os teus olhos falhar e para fazer a tua alma consumir-se; mas o maior número da tua casa morrerão todos pela espada dos homens. E este é para ti o sinal que sobrevirá aos teus dois filhos, Hofni e Finéias: Ambos morrerão num só dia. E certamente suscitarei para mim um sacerdote fiel. Ele procederá em harmonia com o que está no meu coração e na minha alma; e hei de edificar-lhe uma casa duradoura, e ele há de andar perante o meu ungido para sempre. E tem de suceder que aquele que sobrar na teu casa virá e se curvará diante dele para obter pagamento de dinheiro e um pão redondo, e há de dizer: “Por favor, agrega-me a um dos cargos sacerdotais, para comer um pedaço de pão.”1 Sam. 2:27-36.
Esta profecia teve seu cumprimento parcial, pouco tempo depois, quando os dois filhos de Eli foram mortos em batalha contra os filisteus, e a arca, que haviam levado para a batalha, foi capturada. Eli ao ouvir o relato, caiu de costas de sua cadeira, ao lado do portão, e fraturou pescoço. 1 Sam. 4:10, 11, 18.


A posteridade de Eli foi amaldiçoada por Deus e não foi bem sucedida por várias gerações. 

A posteridade de Eli ocupou o cargo de sumo sacerdócio por anos depois disso, mas seus olhos viram muitas calamidades, tais como a matança dos sacerdotes por ordem de Saul. (1 Sam. 22:11, 16-18) Uma parte adicional do julgamento ocorreu anos depois, quando o Rei Salomão “expulsou a Abiatar, o sumo sacerdote, descendente de Eli, do serviço de sacerdote de Jeová, para cumprir a palavra de Jeová, que ele havia falado contra a casa de Eli, em Silo”. Salomão substituiu Abiatar, no cargo, por Zadoque. 1 Reis 2:27,35, Zadoque era descendente da linhagem de Eleazar, filho de Arão, ao passo que Eli era da linhagem de Itamar, outro filho de Arão. 1 Crônicas.6:50-53; 24.1; 1 Samuel. 14:3; 22.9.

Mesmo assim, Deus permitiu que alguns dos descendentes de Eli servissem como subsacerdotes. Mas eles sentiram o declínio da adoração no templo durante o reinado dos reis, quando o sacerdócio não recebia apoio adequado da parte do povo. 2 Crônicas. 29:3, 6.33:7. 

A narrativa sobre Eli enfatiza fortemente estes fatos, que não podemos desconsiderar: Nós, como servos de Deus, devemos seguir o conselho bíblico de ensinar a Palavra de Deus aos nossos filhos cada dia e, ao passo que lhes demonstramos amor e consideração, devemos “criá-los na disciplina e no amor de Deus  o Senhor”. Ef. 6:4; Deuteronômio 6:4-9) Se os pais tolerarem a má conduta de seus filhos, hão de perder o respeito deles. Tais pais, notarão mais tarde, que destruíram a linha de comunicação, e verão, para sua tristeza, seus filhos afastarem-se deles para os caminhos do mundo. Por isso temos hoje tantos idosos órfãos de filhos vivos.

Ainda mais importante, o exemplo dos filhos de Eli incute em nós o fato de que qualquer uso de nossa posição, como servos de Deus, para proveito egoísta, trará sobre nós julgamento adverso da parte de Deus. “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá”. 1 Cor. 3:17.

A profecia, que vamos relembrar aqui  foi feita ao sacerdote Eli.  “Veio um homem de Deus a Eli, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Não me manifestei, na verdade, à casa de teu pai, estando eles ainda no Egito, na casa da servidão? O que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e a Finéias te será por sinal: ambos morrerão no mesmo dia”. (I Samuel 2:27,34).

O relato completo dessa profecia está em 1 Samuel 2:27-36. O profeta, enviado por Deus, faz duras criticas a forma como Eli dirigia a família dele, permitindo a imoralidade, a zombaria e a idolatria dos seus filhos abertamente, sem corrigi-los. As consequências foram trágicas ao atingir diretamente aqueles seus filhos que viviam de forma desordenada, desrespeitando o local sagrado de adoração a Deus. 

Vamos conhecer mais um pouco sobre Eli, a família dele e o trabalho que exercia. Eli era sumo sacerdote em Siló, Jerusalém) como já vimos, enquanto isso o jovem profeta Samuel crescia no temor do Senhor. Samuel era separado para servir a Deus desde seu nascimento e nos dias da sua juventude, Deus chama Samuel para o serviço profético. (I Samuel 4:18). Outro ponto sobre a vida desse homem, que podemos deduzir, segundo 1 Crônicas 24:3,6, é que Eli, foi o primeiro sumo sacerdote da linhagem de Itamar, o filho mais novo de Arão. Após a morte de Sansão, Eli atuou como juiz civil e religioso em Israel, por 40 anos.

Eli tinha 58 anos quando começou a exercer o ministério de sumo sacerdote e juiz. Como chegamos a esta conclusão? 1 Samuel 4:15 diz que “era da idade de noventa e oito anos e cujos olhos estavam tão escurecidos que não podia ver”. Se ele morreu com 98 anos e reinou 40, então começou o trabalho com 58 anos. Era pai de dois filhos, Hofni e Finéias, e sobre estes dois filhos Eli perdeu completamente a autoridade.

Eli foi colocado por Deus na função mais importante sobre o povo de Israel mas não deu o devido valor descuidando da sua casa e de sua família. Ele era tido como exemplo, como um referencial e a família dele também, porém exemplo nenhum procedia deles. Só que ao governar Israel, esqueceu de governar a própria casa. Foi um pai transigente, amava a paz e a comodidade e não exercia a autoridade para educar e corrigir os filhos. Não tratou da educação dos filhos como coisa importante.

Imaginamos que Eli recusou esse dever porque implicava em contrariar a vontade dos filhos. Eli não pensou nas consequências dessa conduta displicente. Esqueceu de educar os seus filhos no temor do Senhor, para Deus e para os deveres da vida.

Nós não podemos repetir o erro de Eli. A educação dos filhos foi confiada aos pais e não à igreja ou à escola. Muitos pais não têm coragem de dizer não aos filhos e esses crescem entendendo que tudo e todos devem estar à sua disposição. São discípulos de educadores, ditos modernos, que insistem com a idéia de que contrariar os filhos causa traumas e prejuízos e por isso não impõem limites na educação dos filhos. Os pais modernos não teem mais tempo para os filhos nessa sociedade moderna deixando essa idéia de educação de seus filhos o mundo. Isso contraria o que Deus diz sobre o assunto. Os pais devem criar seus filhos com amor, educa-los no temor do Senhor que é o princípio da sabedoria. 


Pais, os filhos precisam conhecer de forma bem clara quais são seus os limites. Quando acordar, quando comer, quando brincar, quando estudar, quando trabalhar, quando ficar em silêncio e quando falar. O pai que não estabelece limite para o filho não esta cumprindo a sua missão de educador. A tarefa de educar é da família; a igreja e a escola são apenas entidades que complementam essa educação trazendo o ensino secular profissionalizante e religioso da Igreja segundo a fé que professarem.  

Mas, vamos voltar a história de Eli e os filhos dele. Um profeta foi até Eli, lá pelo ano de 1.165 AC, e disse que Deus iria intervir na sua casa, pois ele não atuava como um pai responsável e muito menos como líder religioso e juiz para os israelitas.

Os filhos de Eli tratavam as ofertas no santuário de forma leviana e banal, não tinham nenhuma reverência e nem respeito para com os atos e sacrifícios determinados pela lei de Deus através de Moisés l. Aquilo que Deus havia orientado para ser solene e inspirador, estava sendo tratado como coisa comum, banal e sem valor. Agiam de forma vulgar e até com violência, quando alguém oferecia sacrifícios. Não respeitavam os símbolos que ali estavam. Além disso, cometiam adultério com as mulheres que serviam à porta da tenda da congregação. Às vezes com violência forcavam as mulheres a praticarem tais atos. O povo de Israel estava escandalizado com o comportamento profano e rebelde dos filhos do sumo sacerdote para com as coisas santas de Deus.

O sacerdote Eli sabia de tudo e como sumo sacerdote e juiz tinha o dever de impedir que seus filhos agissem desse jeito,  dessa maneira, sem o devido respeito para com as coisas de Deus. O Senhor, porém,  não pode tolerar por muito tempo a vulgaridade e o tratamento leviano para com as coisas sagradas. Se Eli se omitiu, Deus agiu. Deus é santo e todos os que cometeram e cometem até hoje tais atos de desrespeito para com o altar, para com o púlpito que representa o altar do sacrifício, certamente terão a cobrança de Deus sobre si conforme está em Galatas 6.7. “De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear isso também ceifará”. 

E a profecia se cumpriu. No ano de 1.141 AC houve guerra entre os filisteus e Israel, e nessa batalha foram mortos quatro mil soldados israelitas. A arca, símbolo da presença de Deus, foi tomada pelos filisteus como troféu de guerra. Nesta batalha, os filhos de Eli foram mortos. (1 Samuel 4:13).

Deus nunca teve ou tem pressa para agir. Deus é longânimo; Deus, as vezes,  retarda a sua ira; Deus sempre dá mais um tempo nesse tempo da graça para que haja arrependimento. Porém chegou o tempo da cobrança de Deus sobre a casa de Eli;  demorou de 23 a 24 anos para se cumprir a palavra profética e assim como foi dito pelo homem de Deus a Eli, tudo aconteceu como Deus havia lhe dito que aconteceria.

Hoje é tempo de arrependimento e concerto diante de Deus. 


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

JESUS CRISTO É A NOSSA ESPERANÇA

JESUS CRISTO É A NOSSA ESPERANÇA 


A Bíblia nos fornece muita riqueza didática sobre a nossa bendita esperança de onde podemos tirar proveito para uma vida de melhor confiança diante de Deus. Jesus é a nossa viva esperança. 

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós, que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo”. 1 Pedro 1:3-5.

Nós temos uma esperança imarcescível  incrível, imutável,  mas às vezes a vida pode nos  “atrapalhar”  ou nos confundir por algum tempo e pode ser difícil manter essa esperança viva nos momentos de dificuldade. Há muitos versículos da Bíblia sobre esperança que nos encorajam e nos lembram de quanto temos que esperar em Cristo. Aqueles que confiam plenamente em Jesus sabem que Ele não falha, sabem que Ele é fiel, sabem que Ele não muda e que cumpre fielmente suas promessas. Não importa quanto tempo temos que esperar, Deus cumprirá tudo o que nos prometeu. Deus não é homem para que minta. 

Nossa esperança é que depois de termos vivido esta vida para Jesus, seremos como Ele e estaremos com Ele eternamente. É para isso que vivemos confiando nessa bendita esperança. 

Isso requer que não tenhamos nosso foco só nas coisas da terra, mas principalmente que tenhamos nossos olhos à postos e direcionados diuturnamente nos lugares celestiais.

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra”. Colossenses 3:1-2.

Às vezes isso pode ser difícil de fazer, já que os cuidados deste mundo ameaçam sufocar nossa esperança e desviar nossa atenção para um nível terreno. Mas sabemos que temos uma esperança melhor do que isso. 

Aqui está uma coleção de versículos da Bíblia sobre a esperança que pode ser usada como uma arma para combater essas ameaças e nos ajudar a ver além deste mundo para o Eterno Rei da Glória. 

“Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos”. Efésios 1:18.

“Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas”. 2 Coríntios 4:17-18.

Qual é a nossa esperança? Nossa esperança não é em qualquer coisa e nem é baseada em fatos irreais. Nossa esperança é em Cristo Jesus que vive e reina para sempre. 

A nossa viva esperança é a de que teremos a vida eterna com Jesus Cristo nas mansões celestiais. 

A esperança não nos decepcionará durante nossa caminhada, nem nos desapontará no dia em que a esperança realizar seu cumprimento final e seremos como Ele e O veremos como Ele é.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16.

“Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna, e para que creiais no nome do Filho de Deus. E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.” 1 João 5:13-14.

“o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.” Gálatas 6:8.

Nós seremos como o Cristo ressurreto e glorificado que ao ressuscitar revestiu-se de um corpo glorioso e incorruptível. 1 Coríntios 15.53-54.

Nós nos purificamos, somos santificados e progredimos porque temos esperança. Essa esperança é o que nos leva a dar cada passo no caminho da vitória. 
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro". 1 João 3:2-3.

“E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. 
Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos”. Romanos 8:28-29.

“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.

E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados”  Romanos 8:16-17.

“Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória”. Colossenses 1:27.


As promessas que nos ajudam a manter nossa esperança. A esperança nos faz não desanimar e não desistir porque temos algo para continuar. Temos uma firme esperança em Jesus Cristo nosso Eterno Salvador. 


“Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”. Filipenses 1:6.

“Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. Filipenses 3:13-14.

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. Romanos 8:18.

“E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus nos chamou à sua eterna glória, depois de havemos padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoe, confirme, fortifique e estabeleça”. 1 Pedro 5:10.


Pensamentos de Deus para você para quando tua esperança ameaça te deixar.


“Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais”. Jeremias 29:11.

“Mas agora, assim diz o SENHOR que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel: Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu.

Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti”. Isaías 43:1-2.

“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”.  Lamentações 3.22.

“Esforçai-vos, e animai-vos; não temais, nem vos espanteis diante deles; porque o Senhor teu Deus é o que vai contigo; não te deixará nem te desamparará”.
Deuteronômio 31:6.


“Mas quando apareceu a benignidade e amor de Deus, nosso Salvador, para com os homens, Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, Que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo nosso Salvador; Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros segundo a esperança da vida eterna”. Tito 3:4-7.

“Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão”. Isaías 40:31.

“Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja confiança é o Senhor.

Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto”. Jeremias 17:7-8.

A esperança que temos é sobrenatural, é espiritual. Não é carnal. 

“Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos”. Romanos 8:24-25.

“Ora, a3 fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a convicção e a prova das coisas que se não veem”. Hebreus 11.1

“E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado”. Romanos 5.5.

“(Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus”. Hebreus 7:19.

Esta melhor esperança é literalmente verdadeira e se cumprirá, pois fiel é o que a prometeu. 

“Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles”. Hebreus 7:25.


“Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo”. Romanos, 15.13.

“Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça”. Gálatas 5:5.

“Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa; a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança até ao fim”. Hebreus 3:6.

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem”. Hebreus 11:1.


Já que estamos falando de esperança, vejamos o que significa ter Esperança?


A palavra esperança é um substantivo feminino que indica o ato de esperar alguma coisa, pode ser também um sinônimo de confiança.

Ter esperança é acreditar que alguma coisa muito desejada vai acontecer. A esperança pode ser fundamentada, ora em fatos reais ou baseada em alguma utopia que dificilmente será alcançada.

Em sentido figurado, a palavra esperança pode dizer respeito a alguma pessoa na qual é colocada um elevado grau de expectativa. Ex: A minha filha é muito inteligente. Ela é a minha esperança de um futuro melhor.

No âmbito da entomologia (estudo dos insetos), esperanças são insetos ortópteros, com longas antenas e normalmente de cor verde. Frequentemente são encontrados em pastos e alguns são muito parecidos com folhas.

Todos os seres humanos cultivam o sentido de muita  esperança de vida.

A expressão "esperança de vida" (ou expectativa de vida) indica a média de anos que um pessoa pode viver, ou seja, são os anos vividos desde o seu nascimento até o seu falecimento. Esta estatística é usada como índice de desenvolvimento dos vários países, pois quanto mais desenvolvido, maior é a esperança de vida.


No princípio do século XX a esperança ou expectativa média de vida global era de 45 anos. 

Com o passar dos anos essa expectativa de vida foi aumentando, graças a progressos na medicina e na ciência (quanto à cura de doenças que antes eram mortais), ao combate à mortalidade infantil, melhoramento das condições de higiene, etc.


No Brasil, a esperança ou expectativa de vida melhorou significativamente entre 1980 e 2013, passando de 62,7 para 73,9 anos e a partir daí continuam, os especialistas em melhorar a expectativa de vida, a buscar mais saúde, viver saudável e muito mais anos de vida para a população. 

Mais informações sobre o que esse tema nos revela.   

A Bíblia tem grande riqueza de palavras e versículos que nos incentivam sobre a esperança. 

De acordo com a Bíblia, a esperança é uma das três virtudes teologais, conforme é possível comprovar em 1 Coríntios 13:13: "Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor”.
Também é possível verificar que a esperança está relacionada com a fé, de acordo com Hebreus 11:1: "Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos ou que se não vêem”.

Em Jeremias 29:11, podemos ver que Deus quer que o Seu povo tenha esperança: 

"Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro”.

Para um Cristão de verdade, ter esperança é saber que apesar das dificuldades que  enfrenta nesta vida, ele sabe, pela fé e pela esperança, que o melhor ainda está por vir.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 





segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

DESVENDANDO O MISTÉRIO DA IMAGEM DO CIÚME DE DEUS

DESVENDANDO O MISTÉRIO DA IMAGEM DO CIÚME DE DEUS  


Ezequiel 8.3,4 nos fala da imagem dos ciúmes que provoca o ciúme de Deus. As imagens de deuses de outros povos colocadas dentro do palácio real e no templo de adoração a Deus, trouxe uma grande revolta do próprio Deus contra os sacerdotes que se desviaram dos propósitos de Deus, servindo a outros Deuses. Os sacerdotes tentaram enganar a Deus e ao povo colocando essas imagens nas câmaras, (locais especiais que só pessoas autorizadas poderiam entrar) do palácio onde somente eles, o rei e seus ministros próximos e alguns familiares poderiam entrar. Era um local bem protegido e ninguém do povo poderia saber  o que acontecia lá dentro, aliás eram cômodos tão secretos que poucos sabiam da sua existência. Mas Deus deu uma visão bem clara para Ezequiel e este foi levado em espírito até lá para desvendar este mistério diante do povo. Vejamos como foi a visão de Ezequiel começando com a aparição de um ser que reluzia como chamas de fogo.  


8.1   No sexto ano, no mês sexto, no quinto dia do mês. O sexto ano aqui corresponde a 593 a.C., a segunda data exata fornecida por Ezequiel, quando se dá o cerco contra Jerusalém. (Ez 1.1; 4.1-8).

8.2 A expressão traduzida como uma semelhança, como aparência de fogo no hebraico, corresponde a um vocábulo que significa homem, daí, na Nova Versão Internacional, a frase foi traduzida como uma figura, como a figura de um homem. E era como fogo dos seus lombos para cima, portanto a palavra fogo tem o significado mais usual para o tema. 

Em um sentido mais literal essa segunda sentença poderia ser traduzida como um ser que parecia feito de fogo. Essa descrição faz um paralelo com Ezequiel 1.26,27.

8.3,4    A entrada da porta do pátio de dentro, chamada de porta do altar no versículo 5, ficava próxima ao altar do sacrifício. (Lv 1.11). Ali, Ezequiel viu a imagem dos ciúmes, que provoca o ciúme de Deus. A idolatria era proibida, e a presença de qualquer ídolo dentro do templo representava uma afronta, uma violação da lealdade ao Deus de Israel e à sua glória manifestada ali. Para mais detalhes sobre a glória do Deus de Israel, vejamos Ezequiel 3.12 que diz:

“E levantou-me o Espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: Bendita seja a glória do SENHOR, desde o seu lugar”.

8.5,6 A expressão para que me afaste de Deus significava que os israelitas achavam que, pelo fato de o templo de Deus estar em Jerusalém, a cidade não seria destruída, porque Deus impediria isso. Eles pensavam que, independentemente do procedimento deles, a glória de Deus permaneceria ali; assim, o templo garantiria sua segurança. Eles não se deram conta de que o mal que haviam praticado na verdade fez com que a glória de Deus deixasse o templo; e o edifício não serviria como garantia de proteção para o povo conforme está registrado no capítulo 10.

8.7-9   Deus deu a Ezequiel uma visão do que os sacerdotes estavam fazendo dentro do templo. Por meio de um buraco na parede do templo, Ezequiel tomou conhecimento das malignas abominações que eles praticavam ali. As abominações (v. 6,9,10,13,15,17) não eram praticadas apenas pelas castas civis da sociedade, mas também pelos líderes espirituais e religiosos; aqueles que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo de santidade, que eram os sacerdotes do templo. 

8.10 Na parede e em todo o redor tinham coisas e imagens que não agradavam a Deus. Em conformidade com as nações pagãs ao redor (principalmente o Egito), o povo de Deus adorava imagens de criaturas puras e impuras que, segundo eles, representavam vários deuses. A idolatria politeísta estava sendo praticada em Israel às escondidas e afrontavam diretamente a Deus porque essa prática partia de dentro do templo, pelos reis e sacerdotes de Deus em Jerusalém. 

8.11   Os setenta anciãos representavam os líderes religiosos da nação. (Nm 11.16-25). O incensário que cada homem carregava e o incenso queimado não eram ritualmente impuros, mas estavam sendo utilizados para adorar ídolos. Jazanias era da linhagem de Safã (Jr 26.24), cuja descendência era fiel a Yahweh (Deus); contudo, Jazanias apostatou e deu lugar à idolatria.

8.12    Então me disse o Senhor: Viste, filho do homem, o que os anciãos da casa de Israel fazem nas trevas, cada um nas suas câmaras pintadas de imagens. E eles dizem: O Senhor não nos vê, o Senhor abandonou a terra. A ênfase aqui está nas práticas idólatras dos anciãos, em seu comportamento nas trevas. Ironicamente, eles imaginavam Deus com base em conceitos humanos, limitando-o. Assim, equiparavam-no às divindades adoradas pelas nações idólatras. Os israelitas achavam que o Senhor não era onisciente nem onipresente e muito menos o consideravam  como Deus onipotente. 

8.13,14  Tamuz era uma divindade da fertilidade, adorada pelos babilônios. As mulheres clamavam a esse ídolo quando não conseguiam engravidar ou quando as colheitas haviam sido ruins. De acordo com a mitologia caldáica, no sexto mês, de agosto a setembro, Tamuz morria; por isso, os adoradores lamentavam a morte desse ídolo e choravam pedindo sua ressurreição.

8.15,16   O local onde o sol estava sendo adorado era no átrio interior, entre o pórtico e o altar ou seja, dentro do santuário. Esses 25 homens mencionados aqui, provavelmente eram levitas (caso as estipulações da Lei ainda estivessem sendo seguidas e observadas); pois, o acesso àquela área era proibida a outros. (Nm 3.7,8; 18.1-7; 2 Cr 4-9; J12.17). Quer eles fossem sacerdotes ou não, o fato é que tinham dado as costas a Deus e adoravam o sol; adoravam a coisa criada, em vez de adorar o criador de todas as coisas. 


Trazendo essa linguagem simbólica para o âmbito espiritual observemos que essa câmara no templo representava o lugar íntimo de comunhão com Deus, que estava sendo profanada quando, em lugar de adorar ao Senhor, estavam adorando os ídolos. Quanto a nós nos dias de hoje às vezes voltamo-nos para outras coisas de acordo com os nossos interesses pessoais e egoístas, os quais se configuram em ídolos mudos, escravizam  o nosso coração e nossa comunhão com Deus que deveria ser preservada a qualquer custo fica longe do ideal que Deus exige de cada um de nós.


8.17,18  Sobre a menção à coisa mais leviana. Há uma expressão semelhante na condenação de Deus para com o Rei Acabe. (1 Rs 16.31). Ei-los a chegar o ramo ao seu nariz. Essa ação não é mencionada em nenhum outro trecho. No contexto, aparenta ser: (1) um gesto ritual utilizado na adoração a ídolos, ou (2) uma atitude que indicava a profunda violência que ocorria em Judá como resultado da idolatria. Nos nossos dias tem pessoas que fazem suas oferendas aos seus ídolos cheirando algum tipo de erva ou plantas preparadas para tais fins. 


A prostituição espiritual dos sacerdotes e as drásticas consequências para eles, para suas famílias, para a família real e para o povo em geral. O estrago era muito grande. Ezequiel diz: fazei chegar...(está palavra, esta visão) àqueles que estão com suas armas destruidoras nas mãos.  


Ezequiel 9

1.   Então, me gritou aos ouvidos com grande voz, dizendo: Fazei chegar os intendentes (os líderes políticos e religiosos) da cidade, cada um com as suas armas destruidoras na mão. 


2. E eis que vinham seis homens a caminho da porta alta, que olha para o norte, cada um com as suas armas destruidoras na mão, e entre eles, um homem vestido de linho, com um tinteiro de escrivão à sua cinta; e entraram e se puseram junto ao altar de bronze.


3. E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, até à entrada da casa; e clamou ao homem vestido de linho, que tinha o tinteiro de escrivão à sua cinta. 


4. E disse-lhe o Senhor: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca com um sinal as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem no meio dela. 


5. E aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele e feri; não poupe o vosso olho, nem vos compadeçais.


6. Matai velhos, e jovens, e virgens, e meninos, e mulheres, até exterminá-los; mas a todo o homem que tiver o sinal não vos chegueis; e começai pelo meu santuário. E começaram pelos homens mais velhos que estavam diante da casa.



7. E disse-lhes: Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos, e saí. E saíram e feriram na cidade. 


8. Sucedeu, pois, que, havendo-os eles ferido, e ficando eu de resto, caí sobre a minha face, e clamei, e disse: Ah! Senhor Jeová! Dar-se-á o caso que destruas todo o restante de Israel, derramando a tua indignação sobre Jerusalém?


9. Então, me disse: A maldade da casa de Israel e de Judá é grandíssima, e a terra se encheu de sangue, e a cidade se encheu de perversidade; eles dizem: O Senhor deixou a terra, o Senhor não vê. 


10. Pois também, quanto a mim, não poupará o meu olho, nem me compadecerei; sobre a cabeça deles farei recair o seu caminho. 


11. E eis que o homem que estava vestido de linho, a cuja cinta estava o tinteiro, tornou com a resposta, dizendo: Fiz como me mandaste.



Analisando Ezequiel 9.1-11. Vemos a sentença através das palavras ditas por Deus que os idólatras seriam mortos. E vemos uma visão sobre a destruição iminente de Jerusalém.

9.1   O Deus de Israel vinha falando desde que Ezequiel viu a glória do Senhor. (Ez 8.5).


 Agora o profeta deveria anunciar a destruição aos intendentes, às autoridades civis, militares e eclesiásticas da nação, a saber, o Rei, os sacerdotes e todas as autoridades do templo. O sentido literal desse termo é para aqueles que têm armas, que têm comando na cidade de Jerusalém e consequentemente todos aqueles que tinham poder ate os guardas da cidade. O termo também pode significar aqueles sobre os quais pesam acusação excessiva da maldição das idolatrias.  Esse tipo de sentença é utilizado com frequência para descrever uma atitude vingativa ou de cobrança de Deus em forma de juízo e justiça. (Is 10.3).

9.2    Entre eles, um homem. Provavelmente, ele era um além dos seis, somando seis homens escolhidos como algozes e mais outro representando a presença e a pureza do Deus Santo, que é digno de separar alguns para o julgamento e poupar outros da destruição. Somente Deus sabe fazer essa separação entre os que eram enganadores e os que eram sinceros diante de Deus. (v. 3-7; Ex 12.1-13; Rm 9.14-29; Ap 7.3; 9.4).

As armas destruidoras aqui mencionadas são literalmente instrumentos de destroçar, de destruição em massa. (compare com Jeremias 51.20). A porta alta pela qual esses sete homens vieram é equivalente à porta norte do pátio interno de templo. (Ez 8.3; 2 Rs 15.35). O altar de bronze era o altar do sacrifício.


9.3   E a glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava. Não se sabe ao certo se o querubim nesse trecho tem a ver com: (1) os querubins da arca do concerto localizada no Lugar Santíssimo, ou (2) com os querubins sobre as rodas vistos por Ezequiel (10.1-5,18). De qualquer maneira, o trecho descreve a glória de Deus abandonando o templo, depois partindo de Jerusalém, e em seguida de Judá, como visto nos capítulos 9 a 11.   

9.4   Marca com um sinal as testas. O verbo traduzido como marcar corresponde à última letra do alfabeto hebraico, que no tempo de Ezequiel se assemelhava a um x. Os marcados na testa seriam os homens que suspiram e que gemem por causa das abominações de idolatria mencionadas até então. As pessoas que demonstravam um genuíno arrependimento e aversão ao pecado foram separadas dos rebeldes de coração duro. Elas fariam parte do remanescente (v. 8), que continuaria a seguir as ordenanças de Deus do Deus altíssimo, criador dos céus e da terra. (Ap 7.2-4; 9.4; 14.1).

9.5.6  Passai pela cidade após ele. A abrangência desse julgamento nos deixa chocados; entretanto, isso está de acordo com os castigos divinos da época do Dilúvio, narrado em Gênesis, até o julgamento final, descrito em Apocalipse.

9.6.7  Meu santuário. Os líderes espirituais corruptos estavam praticando idolatria e imoralidades até dentro do templo (Ez 8.3-16). O juízo divino teria início por eles, porque haviam estimulado a nação a afastar-se de Deus. (1 Pe 4.17). Contaminai a casa, e enchei os átrios de mortos e saí; isso implicava realizar a execução de todos no templo, e deixar os corpos caídos ali. (Lv 21.1; Nm 19.11).

9.8   O profeta ficou horrorizado com o que viu. Um servo genuíno de Deus sempre se entristece com a destruição que o povo atrai para si por meio de sua rebeldia. A interjeição ah! foi utilizada de modo sarcástico em Ezequiel 6.11; aqui é uma expressão sincera de sofrimento (como em Ezequiel 11.13). 

O restante, o remanescente, um grupo escolhido que seria poupado da destruição pelo Deus soberano, é um tema recorrente na Bíblia. Sempre Deus poupou os fiéis da terra. (2 Rs 19.31; Ed 9.8; Is 1.9; 10.20-23; Am 5.15; Rm 9.27-29; 11.1-8).

9.9,10   São apresentados três motivos para a nação merecer esse terrível derramamento da ira de Deus: (1) a maldade grave e inegável da nação, e sua culpa pelo pecado (Ez 4-4-8); (2) a terra se encheu de sangue, ou violência (Ez 8.17); e (3) a perversidade, mais precisamente de injustiça. O povo, principalmente os governantes ricos, escolheu espontaneamente acreditar que Deus não enxergava ou não se importava com a injustiça.

9.11   Fiz como me mandaste. O relatório de julgamento foi levado a Deus por um homem que estava vestido de linho, em cuja cinta estava o tinteiro, (ver também os versículos 3,4), que surge como um justo prestador de contas.


Ao juízo de Deus caireis à espada. Essa foi a palavra de Deus para os líderes religiosos e políticos da época. 


Ezequiel 11


1.     Então, me levantou o Espírito, e me levou à porta oriental da Casa do Senhor, que olha para o oriente; e eis que estavam à entrada da porta vinte e cinco homens; e no meio deles vi a Jazanias, filho de Azur, e a Pelatias, filho de Benaías, príncipes do povo. 


2. E disse-me: Filho do homem, estes são os homens que pensam na perversidade e dão ímpio conselho nesta cidade,


3. os quais dizem: Não está próximo o tempo de edificar casas; esta cidade é a panela, e nós, a carne.


4. Portanto, profetiza contra eles; profetiza, ó filho do homem.


5. Caiu, pois, sobre mim o Espírito do Senhor e disse-me: Fala: Assim diz o Senhor: Assim tendes dito, ó casa de Israel; porque, quanto às coisas que vos sobem ao espírito, eu as conheço. 


6. Multiplicastes os vossos mortos nesta cidade e enchestes as suas ruas de mortos.


7. Portanto, assim diz o Senhor Jeová: Vossos mortos que deitastes no meio dela são a carne, e ela é a panela; a vós, porém, vos tirarei do meio dela.


8. Temestes a espada, e a espada trarei sobre vós, diz o Senhor Jeová.


9. E vos farei sair do meio dela, e vos entregarei na mão de estranhos, e exercerei os meus juízos entre vós. 

10. Caireis à espada; nos confins de Israel vos julgarei, e sabereis que eu sou o Senhor.


11. Esta cidade não vos servirá de panela, nem vós servireis de carne no meio dela; nos confins de Israel vos julgarei.


12. E sabereis que eu sou o Senhor, porque nos meus estatutos não andastes, nem executastes os meus juízos; antes, fizestes conforme os juízos das nações que estão em redor de vós.


13. E aconteceu que, profetizando eu, morreu Pelatias, filho de Benaías; então, caí sobre o meu rosto, e clamei com grande voz, e disse: Ah! Senhor Jeová! Darás tu fim ao resto de Israel?


14. Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: 


15. Filho do homem, teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens de teu parentesco, e toda a casa de Israel, todos eles são aqueles a quem os habitantes de Jerusalém disseram: Apartai-vos para longe do Senhor; esta terra se nos deu em possessão. 


16. Portanto, dize: Assim diz o Senhor Jeová: Ainda que os lancei para longe entre as nações e ainda que os espalhei pelas terras, todavia, lhes servirei de santuário, por um pouco de tempo, nas terras para onde foram.


17. Portanto, dize: Assim diz o Senhor Jeová: Hei de ajuntar-vos do meio dos povos, e vos recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos darei a terra de Israel.


18. E virão ali e tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações. 


19. E lhe darei um mesmo coração, e um espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei um coração de carne;


20. para que andem nos meus estatutos, e guardem os meus juízos, e os executem; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.


21. Mas, quanto àqueles cujo coração andar conforme o coração das suas coisas detestáveis e das suas abominações, eu farei recair na sua cabeça o seu caminho, diz o Senhor Jeová.


22. Então, os querubins elevaram as suas asas, e as rodas as acompanhavam; e a glória do Deus de Israel estava no alto, sobre eles. 

23. E a glória do Senhor se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade.


24. Depois, o Espírito me levantou e me levou em visão à Caldeia, para os do cativeiro; e se foi de mim a visão que eu tinha visto.


25. E falei aos do cativeiro todas as coisas que o Senhor me tinha mostrado.


Mesmo sofrendo o juízo de Deus os políticos e religiosos e militares de Israel, principalmente de Jerusalém,  não se consertaram e a mão de Deus pesou sobre eles. Deus preservou os fiéis servos dEle daquela grande angústia e aflição. 



11.1-13   Nesse trecho, os líderes políticos e religiosos, que deveriam ter sido um exemplo de retidão para a comunidade, tanto em seus lares como no trabalho, recebem uma profecia de que morreriam pela espada.


11.1,2   Ezequiel viu vinte e cinco líderes do povo no templo. Os príncipes do povo representam os oficiais que geralmente serviam em cargos judiciais, militares e reais (2 Sm 8,15-18; 20.23-26). Jazanias, filho de Azur, não é o mesmo Jazanias citado em Ezequiel 8.11 (filho de Safã). Esses 25 homens estavam oferecendo ímpio conselho, e chegaram ao ponto de agir com perversidade contra seu próprio povo. Pelo fato de tentarem combinar as religiões pagãs com a religião dos hebreus, sincretismo religioso, esses líderes enganaram a si próprios e ao seu rebanho, levando-os a pensar que falavam em nome do Deus verdadeiro. Para saber sobre Pelatias, que significa aquele que foi libertado pelo Senhor, veja o comentário sobre o versículo 13.


11.3    Não está próximo o tempo de edificar casas? Os oficiais declaravam que os habitantes de Jerusalém estavam perfeitamente seguros por trás dos muros da cidade, assim como julgavam que a carne estava garantida nas panelas. Não havia nenhum perigo iminente, afirmavam eles; por isso, estimulavam a construção de novas casas.


11.4   Profetiza, profetiza. A repetição serve para dar ênfase a uma técnica literária comum no idioma hebraico. Filho do homem aqui significa o profeta. Essa expressão aparece 93 vezes em Ezequiel e enfatiza a humanidade do profeta em sua função de porta-voz de Deus. No Antigo Testamento, essa expressão também é utilizada para Daniel (Dn 8.17) e para o Messias (Dn 7.13). No Novo Testamento, a expressão Filho do Homem é mencionada muitas vezes por Jesus quando Ele se refere a Si mesmo. (Ez 2.1).


11.5-12  A mensagem de Deus aos oficiais corruptos de Jerusalém e Judá é declarada, destacando as justificativas para a ira divina (v. 5,6,12) e predizendo um julgamento de morte. (v. 7-11).


11.6  Os líderes de Jerusalém tinham sido acusados de atividades malignas e de dar conselhos ímpios (v. 2); nesse trecho, descobrimos que eles haviam assassinado alguns de seus conterrâneos.


11.7-12   O veredicto de pena de morte é anunciado. Ao contrário da falsa crença dos líderes, aqueles que eles haviam matado [literal ou espiritualmente] eram pessoas justas, cuja presença poderia ter oferecido proteção à panela, ou seja, a Jerusalém. Aqueles que obtiveram o poder por meio da espada, conhecendo a sensação terrível causada por tal violência, seriam derrotados e morreriam da mesma maneira. Seriam arrastados para fora da cidade e mortos por estranhos; uma referência aos babilônios.


11.13   A reação de Ezequiel demonstrava que Pelatias, um dos líderes corruptos da cidade (v. 1), foi morto por Deus como prova inegável de que a mensagem do profeta se cumpriria. O próprio Ezequiel ficou surpreso e perguntou se isso significava que o Senhor não preservaria um remanescente. (Ez 9.8).


11.14-25   Nesse trecho, Deus responde à preocupação de Ezequiel de não haver um remanescente justo. O Senhor assegura ao profeta que alguns cidadãos estavam sendo preservados, sua descendência retornaria a Israel e receberia um novo derramamento do Espírito de Deus (v. 14- 21). Quando o Espírito do Senhor deixa Jerusalém (v. 22,23), a visão de Ezequiel finda, e ele está de volta à Babilônia, onde ele conta aos exilados o que acontecera (v. 24,25).


11.14-21 Deus fez promessas ao remanescente de Israel com menções sobre o presente (Ez 11.14-16) e o futuro. (Ez 11.17-20).


11.15   Teus irmãos, os teus próprios irmãos, os homens de teu parentesco. Os irmãos de Ezequiel eram os judeus exilados com ele. O povo em Jerusalém (representando Judá) considerava os exilados os pecadores, porque estes haviam sido deportados para a Babilônia.


11.16  Deus explica a Ezequiel que os que foram levados cativos e dispersados em terras estrangeiras na verdade eram o remanescente que o Senhor estava protegendo. O próprio Deus continuaria sendo seu santuário, uma palavra que no hebraico significa literalmente lugar santo ou lugar separado.


11.17   E vos darei a terra. Deus prometeu que os israelitas seriam restaurados e voltariam à Terra Prometida. Isso está de acordo com a natureza unilateral e incondicional da aliança feita com Abraão (Gn 12.1-3), e renovada com Davi (2 Sm 7.12-16) e com Jeremias. (Jr 31.31-34).


11.18-20 Quando o remanescente retornasse à sua terra, aboliria a idolatria. Naquela época, Deus estabeleceria uma nova aliança com Seu povo (Jr 31.31-34). Então o Senhor derramaria Seu Espírito (Ez 36.26, 27; J1 2.28, 29) para que Seu povo se tornasse unido em um propósito e fosse capacitado a caminhar com Deus em retidão, andar nos meus estatutos. Por fim, os israelitas se tomariam realmente povo de Deus (Êx 6.6-8).


11.21   Como aconteceu com Pelatias, Deus prometeu continuar julgando os idólatras, cujas afeições estavam voltadas para objetos detestáveis ou seja, ídolos. Tal destino era plenamente merecido, porque tais idólatras haviam recebido muitas advertências; eram responsáveis individualmente por suas escolhas. Desde a revelação da Lei em no monte Sinai, o Senhor havia declarado expressamente Sua rejeição e proibição à idolatria (Êx 20.1-6). Louvor e adoração pertencem apenas a Deus, o Criador e Redentor do Seu povo.


11.22, 23   A glória de Deus continuava afastando-se da cidade para o monte das Oliveiras, o monte. Veja Ezequiel 10.3,4,18,19.0 termo hebraico para glória significa literalmente peso ou importância, e refere-se à maravilha e à majestade do Deus vivo.


11.24, 25 Sobre o Espírito. As visões de Ezequiel não eram meros sonhos; eram inspiradas pelo próprio Deus e, portanto, proféticas. O termo caldéia é relativo à Babilônia. Sobre o “E falei”. Provavelmente o ato de Ezequiel proclamar várias vezes suas visões (Ez 8.2-11.23) levou ao registro permanente das mensagens em seu livro.

No nosso tempo agora, já estamos no século vinte e um, vivemos os tempos da multiforme graça de Deus, mas Deus continua sendo Deus. Deus continua sendo zeloso para com as coisas espirituais. O Espírito Santo está atento ao que os ministros de Deus estão fazendo no altar. Deus é amor, mas Deus é justiça também. Estejamos atentos para não darmos lugar ao inimigo.  

"O céu tem muros e rígidas regras de imigração. Quem tem política de portas abertas é o inferno". 
Donald Trump. Presidente dos EUA.


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.