terça-feira, 6 de agosto de 2019

A MANIFESTAÇÃO DO FOGO VINDO DO CÉU

A MANIFESTAÇÃO DO FOGO VINDO DO CÉU

O Fogo Arderá Continuamente Sobre o Altar Não se Apagará. Levíticos 6.13.

Nesta postagem vamos analisar um pouco sobre o fogo que desceu do céu. 

Na Bíblia o fogo tem um significado especial. 

Levíticos 9.24 diz, por exemplo, que o fogo do altar do holocausto, o sacrifício, foi aceso diretamente pelo Senhor e por isso era mantido sempre aceso. 

Além disso, as aparições de Deus eram acompanhadas pelo fogo, que se tornava um sinal da teofania. (Êxodo 3,2; 13,21; 19,18; Deuteronômio 4,11). 

A imagem do fogo é também usada para descrever certas características divinas, como a sua magnificência (Ezequiel 1,4.13), a sua presença protetora (2Reis 6,17), a sua santidade (Deuteronômio 4,24), a justiça do seu juízo (Zacarias 13,9) e também a sua ira provocada pelo pecado do ser humano (Isaías 66,15).

Em consequência da aparente ligação do fogo com a teofania (aparições de seres angelicais e ou espirituais, em forma de seres humanos), esse elemento aparece também em relação com o Espírito Santo, no Novo Testamento:

Mateus 3.11: Eu vos batizo com água para o arrependimento, mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu. De fato, eu não sou digno nem ao menos de tirar-lhe as sandália dos seus pés. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.

Atos dos apóstolos 2.1-3: Tendo-se completado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como o agitar-se de um vendaval impetuoso, que encheu toda a casa onde se encontravam.

Apareceram-lhes, então entre eles, línguas como de fogo, que se repartiam e que pousaram sobre cada um deles.

Creio que poderíamos dizer que fogo do céu e fogo do Espírito Santo são sinônimos. De fato céu, no imaginário comum, é o lugar das moradas do Altíssimo, representado pelo Filho, pelo Espírito Santo e do próprio Deus.

O fogo do céu é a manifestação de Deus, é a sua graça, a sua força que inunda os corações dos fiéis; é o Espírito Santo que vem sobre nós.

O fogo é uma figura maravilhosa da obra do Espírito Santo. O Espírito Santo é como um fogo em pelo menos três maneiras: Ele traz a presença de Deus, a paixão de Deus e a pureza de Deus. O Espírito Santo é a presença de Deus, do Deus vivo, por habitar no coração do crente. (Romanos 8:9). 

No Antigo Testamento, Deus mostrou a Sua presença aos israelitas quando inundou o tabernáculo com fogo. (Números 9:14-15).

Esta presença ardente fornecia luz e orientação. (Números 9:17-23). No Novo Testamento Deus guia e conforta os seus filhos com o Espírito Santo habitando em nossos corpos  que são chamados pelo Apóstolo Paulo de “o tabernáculo" e o "templo do Deus vivo". (2 Coríntios 5:1; 6:16).

O Espírito Santo cria o amor de Deus em nossos corações. Depois que os dois discípulos viajantes conversaram com o Senhor Jesus ressurreto, eles descreveram seus corações como "ardendo dentro de nós". (Lucas 24:32). 
Depois que os apóstolos receberam o Espírito Santo no Pentecoste, eles passaram a ter uma paixão que dura uma vida e impele-os a proclamar a palavra de Deus com ousadia. (Atos 4:31).

O Espírito Santo produz a pureza de Deus em nossas vidas. O propósito de Deus é nos purificar (Tito 2:14) e o Espírito Santo é o agente da nossa santificação (1 Coríntios 6:11, 2 Tessalonicenses 2:13, 1 Pedro 1:2).

Como o artesão usa o fogo para limpar as impurezas do metal precioso, assim também Deus usa o Espírito Santo para remover os nossos pecados. (Salmo 66:10, Provérbios 17:3). O Seu fogo limpa e refina.

Sobre o texto de Lv 6.13 devemos analisar o seguinte:


O fogo nos dá algo tremendo como instrução na palavra de Deus e representa a manifestação viva de Deus conosco. 

A Bíblia tem “421” referências sobre a palavra fogo.

“31” são referências só no livro de levíticos; o fogo simboliza a presença de Deus.

A) Foi em uma coluna de fogo que Deus ia adiante do povo de Israel nas noites frias do deserto.

B) Foi com fogo que Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra.

C) Foi com fogo que Deus utilizou Sansão para pegar as raposas e incendiar a seara dos filisteus.

D) Foi com fogo que Elias destruiu seus inimigos que queriam o matá-lo.

E) Foi com tochas de fogo que Gideão derrotou o exército dos Midianitas.

F) Foi com Fogo que Deus recebeu o holocausto no monte Carmelo , e derrotou os profetas de Baal. Deus mandou o fogo do céu e consumiu todo o holocausto do sacrifício oferecido pelo profeta Elias à Deus. 1 Rs. 18.

G) Foi com Fogo que Deus batizou os discípulos no dia de pentecoste, e as nações receberam o fogo.

H) E vai ser com fogo que Deus vai trazer juízo a essa terra pois Ele é um fogo consumidor, isso representa o fogo do Senhor.

Fazendo uma ligação entre uma e outra coisa lembramos que a palavra do Senhor diz que o fogo arderá continuamente sobre o altar, que representa o Espírito Santo sobre sua vida e não se apagará. Você não pode deixar essa chama flamejante do poder de Deus apagar em sua vida. 

Deus quer fazer esse fogo do céu arder na sua vida mais e mais, continuamente. 

Vejamos o exemplo do fogo caindo literalmente do céu para consumir a oferta do profeta Elias no desafio contra os profetas de Baal e Aserá. 

1 Reis 18.22-38.

22. Então, disse Elias ao povo: Só eu fiquei por profeta do SENHOR, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. 

23. Deem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo, e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo.

24. Então, invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do SENHOR; e há de ser que o deus que responder por fogo esse será Deus. E todo o povo respondeu e disse: É boa esta palavra.

25. E disse Elias aos profetas de Baal: Escolhei para vós um dos bezerros, e preparai-o primeiro, porque sois muitos, e invocai o nome do vosso deus, e não lhe metais fogo.

26. E tomaram o bezerro que lhes dera e o prepararam; e invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: Ah! Baal, responde-nos! Porém nem havia voz, nem quem respondesse; e saltavam sobre o altar que se tinha feito.

27. E sucedeu que, ao meio-dia, Elias zombava deles e dizia: Clamai em altas vozes, porque ele é um deus; pode ser que esteja falando, ou que tenha alguma coisa que fazer, ou que intente alguma viagem; porventura, dorme e despertará.

28. E eles clamavam a grandes vozes e se retalhavam com facas e com lancetas, conforme o seu costume, até derramarem sangue sobre si. 

29. E sucedeu que, passado o meio-dia, profetizaram eles, até que a oferta de manjares se oferecesse; porém não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma. 

30. Então, Elias disse a todo o povo: Chegai-vos a mim. E todo o povo se chegou a ele; e reparou o altar do SENHOR, que estava quebrado. 

31. E Elias tomou doze pedras, conforme o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual veio a palavra do SENHOR, dizendo: Israel será o teu nome.

32. E com aquelas pedras edificou o altar em nome do SENHOR; depois, fez um rego em redor do altar, segundo a largura de duas medidas de semente.

33. Então, armou a lenha, e dividiu o bezerro em pedaços, e o pôs sobre a lenha, 

34. e disse: Enchei de água quatro cântaros e derramai-a sobre o holocausto e sobre a lenha. E disse: Fazei-o segunda vez; e o fizeram segunda vez. Disse ainda: Fazei-o terceira vez; e o fizeram terceira vez, 

35. de maneira que a água corria ao redor do altar, e ainda até o rego encheu de água.

36. Sucedeu, pois, que, oferecendo-se a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: Ó SENHOR, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas. 

37. Responde-me, SENHOR, responde-me, para que este povo conheça que tu, SENHOR, és Deus e que tu fizeste tornar o seu coração para trás.

38. Então, caiu fogo do SENHOR, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda lambeu a água que estava no rego. 

Além dessa passagem da oração de Elias em que Deus respondeu com fogo para mostrar ao povo de Israel que Ele era, é e sempre será o Deus de Israel, você pode verificar em 2Reis Capítulo 1 que Deus mandou fogo por duas vezes e consumiu dois grupos de soldados de 50 homens cada um, com fogo que desceu dos céus instantaneamente. Um terceiro grupo de soldados de 50 homens foi poupado pelo profeta Elias porque Deus mandou um que falou ao profeta para que descesse com eles.

Também é interessante aqui se verificar que o Profeta Elias não morreu mas foi arrebatado porque veio um grande redemoinho e um carro de fogo dos céus e levou o Profeta Elias naquela carruagem de fogo. 2Reis Capítulo 2.


Para os Hebreus no deserto, depois de saírem do Egito rumo à terra prometida, Deus mandou uma coluna de nuvem de dia, e a coluna de fogo à noite.  

As obras de Deus são sempre maravilhosas.

Você já viu uma coluna de fogo, o pão vindo do céu, o maná, ou um animal falando em voz humana?

Quando o povo israelita caminhava pelo deserto, o Senhor lhes preparou uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite.

Sabe-se que no deserto durante o dia faz um tremendo calor, então, o Senhor sábio e misericordioso, preparou uma coluna de nuvem para proteger o seu povo da forte radiação solar, para refrescar e elevar a umidade do ar, e principalmente, para guiar pela direção certa, como se fosse uma bússola.

“E o Senhor ia adiante deles, durante o dia, numa coluna de nuvem, para os guiar pelo caminho; durante a noite, numa coluna de fogo, para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite”. (Êx 13:21).

Para aquecer as noites frias do deserto, onde a temperatura pode se aproximar de 0ºC, o Senhor  preparou uma coluna de fogo que também iluminava aqueles 600.000 homens e suas famílias, além de indicar o caminho para a terra de Canaã, à terra prometida. 

Muitos fenômenos estranhos aos nossos olhos são citados na Bíblia Sagrada, mas isso não quer dizer que eles são impossíveis de acontecer nos nossos dias também. O Senhor nosso Deus sempre providencia o necessário ao nosso cotidiano.

Estamos hoje caminhando no deserto desta vida e devemos lembrar que o deserto queima como fogo. 

“E conhecereis a verdade e verdade vos libertará”. Jo.8.32. 

“Caminhando nos desertos desta vida conhecemos as verdades de Deus que nunca pensávamos que existiriam”.
By Waldirpsouza. 

O que representa o deserto na vida do verdadeiro Cristão? 

O deserto na vida de um cristão fiel, não é um acidente de percurso, é propósito de Deus para prova-lo. Não sei ao certo a presente situação que você está vivendo, mas se estás em pleno deserto (muitas e diversificadas provas) é porque Deus tem algo grande a realizar na sua vida e ou através dela em favor de outrem. 

Deus só leva para o deserto, aqueles a quem Ele tem uma grande obra para realizar.

Antes de Abrão ser o pai da fé e das nações, ele precisou enfrentar o deserto até a terra prometida por Deus à ele e sua família. Gn.11ss. 

Antes de Moises contemplar a face de Deus, ele precisou enfrentar o deserto de Midiã e Sinai;

Antes de Davi ser rei de Israel, ele precisou enfrentar o deserto de Judá, En-Gedi e Zife;

Antes de Elias ser arrebatado aos céus, ele precisou enfrentar o deserto de  Querite, Berseba e Horebe;

Antes de Jesus iniciar o seu ministério, Ele precisou enfrentar o deserto da Judéia. Foi levado ao deserto para ser tentado.

Deus só permitiu que o seu povo adentrasse na terra prometida depois da travessia do grande deserto de Sur e Sim, caminhando por ele cerca de quarenta anos. 

Entre os sonhos e as conquistas existem desertos a serem percorridos e vencidos. Mas não temas, deserto não é lugar de morada, mas apenas de passagem. Por essa razão não encontramos casas edificadas no deserto.

Nós que cremos no Senhor saímos do Egito (mundo) e estamos caminhando em direção à terra prometida (Reino dos Céus) guiados pelo Espírito Santo de Deus. 

Jesus disse: Eu sou o Caminho, a Verdade, e a Vida. Jo.14.6.

Nesta caminhada da vida, o Senhor Jesus tem nos preparado o melhor desta terra. 

Dentre muitas outras providências em nosso favor destacamos as seguintes:

Ele é a coluna que refrigera nossa alma. 

1)  Coluna de nuvem. (a palavra de Deus) que nos refrigera a alma. (Sl. 23:3); 

Ele é a nossa coluna de fogo.

2) Coluna de fogo. (o Espírito Santo) que nos faz transbordar de alegria. (At. 13:52);

Ele é a nossa coluna de sustentabilidade.

3) Coluna do sustento (suprimentos). Ele é o nosso sustento, assim como sustentou os Hebreus no deserto por quarenta anos, Ele nos dá o sustento diário, abençoa o nosso pão e a nossa água e tira do meio de nós todas as enfermidades. 

“Desse modo os sustentaste quarenta anos no deserto, e nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não se incharam”. (Ne. 9:21). 

Ele é a nossa garantia de segurança.

4)  Ele é a nossa garantia de plena segurança. Garantia de que nele estamos seguros se n’Ele permanecermos. Quem confia plenamente no Senhor terá vitórias surpreendentes e será protegido pelo Senhor. 

“Buscai, pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas”. (Mt.6:33).

O contraste entre o fogo que desceu dos céus e o fogo no juízo dos tempos do apocalipse. 

Deus executará juízo sobre a terra com fogo. 

Será o juízo final. Medite nestas outras passagens bíblicas sobre o fogo, como juízo, de Deus sobre a terra e ou manifestações do anticristo e etc, no livro do apocalipse. 

Os cavalos e os cavaleiros que vi em minha visão tinham este aspecto: as suas couraças eram vermelhas como o fogo, azuis como o jacinto e amarelas como o enxofre. A cabeça dos cavalos parecia a cabeça de um leão, e da boca lançavam fogo, fumaça e enxofre. Apocalipse 9:17.

Um terço da humanidade foi morto pelas três pragas: de fogo, fumaça e enxofre, que saíam da boca dos cavalos.  Apocalipse 9:18.

Então vi outro anjo poderoso, que descia dos céus. Ele estava envolto numa nuvem, e havia um arco-íris acima de sua cabeça. Sua face era como o sol, e suas pernas eram como colunas de fogo. Apocalipse 10:1.

Se alguém quiser causar-lhes dano, da boca deles sairá fogo que devorará os seus inimigos. É assim que deve morrer qualquer pessoa que quiser causar-lhes dano.
Apocalipse 11:5.

E realizava grandes sinais, chegando a fazer descer fogo do céu à terra, à vista dos homens.  Apocalipse 13:13.

E ainda outro anjo, que tem autoridade sobre o fogo, saiu do altar e bradou em alta voz àquele que tinha a foice afiada: "Tome sua foice afiada e ajunte os cachos de uva da videira da terra, porque as suas uvas estão maduras!"  Apocalipse 14:18.

Vi algo semelhante a um mar de vidro misturado com fogo, e, em pé, junto ao mar, os que tinham vencido a besta, a sua imagem e o número do seu nome. Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadas por Deus,  Apocalipse 15:2.

O quarto anjo derramou a sua taça no sol, e foi dado poder ao sol para queimar os homens com fogo.  Apocalipse 16:8.

A besta e os dez chifres que você viu odiarão a prostituta. Eles a levarão à ruína e a deixarão nua, comerão a sua carne e a destruirão com fogo,  Apocalipse 17:16.

Por isso num só dia as suas pragas a alcançarão: morte, tristeza e fome; e o fogo a consumirá, pois poderoso é o Senhor Deus que a julga. Apocalipse 18:8.

Seus olhos são como chamas de fogo, e em sua cabeça há muitas coroas e um nome que só ele conhece, e ninguém mais. 
Apocalipse 19:12.

Mas a besta foi presa, e com ela o falso profeta que havia realizado os sinais milagrosos em nome dela, com os quais ele havia enganado os que receberam a marca da besta e adoraram a imagem dela. Os dois foram lançados vivos no lago de fogo que arde com enxofre. Apocalipse 19:20.

As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as devorou. 
Apocalipse 20:9.

O Diabo, que as enganava, foi lançado no lago de fogo que arde com enxofre, onde já haviam sido lançados a besta e o falso profeta. Eles serão atormentados dia e noite, para todo o sempre.  Apocalipse 20:10.

Então a morte e o Hades foram lançados no lago de fogo. O lago de fogo é a segunda morte. Apocalipse 20:14.

Aqueles cujos nomes não foram encontrados no livro da vida foram lançados no lago de fogo. Apocalipse 20:15.

Mas os covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os que cometem imoralidade sexual, os que praticam feitiçaria, os idólatras e todos os mentirosos, o lugar deles será no lago de fogo que arde com fogo e enxofre. Esta é a segunda morte". 
Apocalipse 21:8

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




domingo, 4 de agosto de 2019

OS REIS DE JUDÁ E DE ISRAEL E OS PROFETAS CONTEMPORÂNEOS DELES.

OS REIS DE JUDÁ E DE ISRAEL E OS PROFETAS CONTEMPORÂNEOS DELES.

Quando Deus escolhe um povo para glorificar seu nome, chama Abraão do meio de um povo idólatra e promete-lhe uma nova terra onde dele, Abraão, pudesse nascer uma nação santa. Abraão não chega a ver essa terra e nenhuma nação, apenas um filho Deus lhe deu.

Algumas centenas de anos depois essa nação é fato, porém, de um povo escravo, numa terra estrangeira. O Senhor não esqueceu de sua promessa e tira aquele povo e leva para a tal sonhada terra prometida. Contudo, esses não tardam a esquecer de seu Deus e se entregam à idolatria. Por muitas vezes, Deus busca os seus escolhidos de volta. Até que este povo, a quem Deus chama Israel, rejeita seu governo e pede-lhe um rei. 

Deus atende seu pedido e unge-lhes Saul rei em Israel, este se desvia dos caminhos do Senhor e é sucedido por um jovem pastor de ovelhas chamado Davi. Deus tem nele um coração segundo o seu coração, pois buscou andar sempre nos seus conselhos. Por este motivo, Deus promete-lhe nunca faltar sucessor na sua casa, e assim, seu filho Salomão sucede-lhe no trono. Contudo, este esqueceu do seu Deus e buscou outros deuses. Porquanto, veio sobre ele a ira do Senhor que não deixa impune sua idolatria. Porém, lembra-se de Davi e retarda sua ira a sua descendência.

Um único povo, um único rei, um único Deus. Este era o lema preferido dos Hebreus. 

Este era o propósito do Senhor, e que, por causa dos pecados do seu rei, o povo viu agora o reino dividido em Reino do Norte e Reino do Sul. Sendo assim, aquilo que foi o desejo do coração de Salomão, estava rompido em suas bases com a divisão Reino de Israel em dois reinos.
E o que era antes um único reino, o Reino de Israel, agora ficou assim distribuído:

Reino do Sul ou Judá, cuja capital continuou sendo Jerusalém: Ficou com as tribos de Judá e Benjamim: 931-586 a. C;

Reino do Norte ou Israel, cuja capital passou a ser a cidade de Samaria: Ficou com as tribos de Rubem, Simeão, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, Efraim e Manasses: 931- 722 a. C.

Depois de dividido, essa foi a história do povo de Deus e seus respectivos reis:

Reis de Judá: Capital Jerusalém. 

Roboão, Abias, Asa, Josafá, Jeorão,  Acazias, Atália, Joás, Amazias, Uzias ou Azarias, Jotão, Acaz, Ezequias, Manasses, Amom, Josias, Joacaz, Jeoaquim, Joaquim, Zedequias.

Reis de Israel: Capital Samaria.

Jeroboão I, Nadabe, Baasa, Ela, Zinri, Onri e Tibni, Acabe, Acazias, Jorão, Jeú, Jeoacaz, Jeoás, Jeroboão II, Zacarias, Salum,, Menaém, Pecaías, Peca, Oséias.

Reis de Judá cuja capital era Jerusalém, também conhecido como Reino do Sul.

1.  Roboão: filho do rei Salomão e de Naamá, amonita, sucede seu pai no trono davídico após a morte de seu pai. Com quarenta e um anos de idade sobe ao trono e reina por dezessete anos em Jerusalém. E foi por suas mãos que o reino foi divido, quando por sua impiedade, não acata o pedido do povo de Israel representado por Jeroboão que pediam que o rei retirasse os pesados tributos impostos ao povo por Salomão. Pedido este também feito pelos anciãos e pelo profeta Aías, que estiveram com seu pai, preferindo antes, ouvir os conselhos dos jovens seus amigos.

Israel rebela-se contra a casa de Davi e o reino é dividido ficando duas tribos (Judá e Benjamim) de um lado com Roboão e o Reino do Sul  cuja capital continuou sendo Jerusalém; as outras dez tribos do outro lado com Jeroboão e o Reino do norte, cuja capital se estabeleceu em Samaria. 

Roboão abandona a lei do Senhor entregando-se a idolatria e leva Israel a fazer o mesmo, é repreendido pelo o Senhor que usa a Sisaque, rei do Egito, para humilhá-lo tomando o tesouro da Casa do Senhor e do rei, conforme diz o Senhor por intermédio do profeta Semaías em 2 Cr12:5-6. E assim, durante seu reinado Israel não teve paz.

Morre Roboão e é sepultado em Jerusalém com seus pais. Sucede-lhe no trono o seu filho Abias.
Seu reinado vai de 931 à 913 a.C
I Reis 11:43; 12:1-24; 14:21-30; II Crônicas 10:1-19; 11:1-12;12:1-16.

2. Abias ou Abião: filho de Roboão com Maaca, filha de Absalão, sucede seu pai e reina por três anos.

Assim como Roboão, Abias foi impiedoso, fez o que era mal perante Deus, guerreia contra Jeroboão e, prevalecendo contra esse, torna-se ainda mais poderoso.

Casou-se com quatorze mulheres e teve vinte e dois filhos e dezesseis filhas, um deles é Asa, que o sucede no trono. Como nos tempos de seu pai, Israel tinha a presença dos profetas Aías, Semaís e Ido, mas Abias não os ouviam, preferindo antes seguir os seus próprios conselhos.

Morreu o rei Abias e foi sepultado em Jerusalém com seus pais. Seu filho Asa reina em seu lugar.

Seu reinado vai de 913 à 910 a. C.

1Reis 14:31; 15:1-8; 2Crônicas 12:16;13:1-22; 13:14-22; 14:10.

3. Asa: filho de Abias, e Maaca, filha de Uriel, reina quarenta e um anos sobre Judá em Jerusalém.

Procura andar nos caminhos do Senhor e, durante seu reinado, foi exortado pelo profeta Azarias, a seguir os ensinamentos do Senhor. E assim, levou a Israel a voltar-se para o seu Deus acabando com o culto aos ídolos e a toda idolatria. Depôs sua mãe por estar envolvida com a idolatria. Porém não destruiu os altares construídos por seu pai. Ainda assim, Asa agradou o Senhor, fazendo-lhe o que era reto.

Reuniu em Jerusalém, além das tribos de Judá e Benjamim  as tribos de Efraim, Manassés e Simeão  para oferecerem sacrifícios ao Senhor.

Estabeleceu que todos buscassem ao Senhor, Deus de Israel, sob pena de serem mortos.

Apesar da paz que reinava em Judá, Zerá, o etíope, levanta-se contra Asa que o vence, pois Deus é com ele.

Decorridos trinta e seis anos do seu reinado, Baasa rei de Israel, sobe contra Judá e edifica a Ramá, porém Asa faz aliança com o rei da Síria, Bem-Hadade, que anula sua aliança com Baasa e sai contra Israel fazendo com que Baasa desista de edificar a Rama e volte para Tirza. Com a madeira e as pedras da construção de Rama, Asa edifica Geba e Mispa.

Apesar de bem sucedido, o acordo do Rei Asa com o rei da Síria, foi repreendido por Deus por não confiar nEle, mas no rei da Síria, e indignando-se contra o vidente Hanani, enviado de Deus, lança-o no cárcere, no tronco e ainda oprime alguns do povo.

No ano trinta e nove do seu reinado, Asa fica gravemente doente dos pés e não buscou ao Senhor, mas aos médicos. Dois anos depois morre e é sucedido por seu filho Josafá.

Seu reinado vai de 910 à 869 a. C.

I Reis 15:1-24; II Crônicas 14:1-15; 15:1-19; 16:1-14.
4. Josafá: Filho do rei Asa e de Azuba, filha de Sili. Sucedeu seu pai aos trinta e cinco anos e reinou por 25 anos.

Foi fiel a Deus, buscando-O e andando em seus caminhos como andou seu pai. Deus fez com que Josafá fosse bem sucedido em seus feitos. Seu reinado foi de paz, prosperidade e glória. Tirou os altos e os postes-ídolos de Judá; enviou alguns príncipes, levitas e sacerdotes para ensinarem em Judá a Lei do Senhor; constituiu em todas as cidades do país, juízes, levitas, sacerdotes e dos cabeças das famílias de Israel para julgar conforme a Lei de Deus; também em todas as cidades edificou fortalezas, cidades-armazéns; além de muitas outras obras; tinha muita gente de guerra e homens valentes e todos os reinos temiam a Josafá.

Acabe, rei de Israel, faz aliança com Josafá para pelejarem contra Ramote-Gileade, mas Josafá consulta a Deus através do profeta Micaías, que profetiza vitória de Josafá e derrota de Acabe, este se indignando, manda prender o profeta. Deus foi com Josafá e este teve a vitória, porém foi repreendido por Deus, através do profeta Jeú, por sua aliança com Acabe.

Moabe e Amom levantam-se para destruir Judá, porém Josafá clama ao Senhor e tem a vitória sem ao menos guerrear, pois eles mesmos se destruíram no monte Seir, cidade esta invadida e destruída pelos os mesmos moabitas e amonitas. Judá encontra muita riqueza aí e leva para Jerusalém aumentando ainda mais suas riquezas. Depois disto, Judá teve paz, pois todas as nações temiam e não mais incomodaram.

Depois disso, Josafá alia-se ao rei de Israel, Acazias, para fazerem navios e irem até Társis em busca de ouro, porém Deus o repreendeu através do profeta Eliézer e destrói os navios.

Morre o rei Josafá e é sepultado em Jerusalém junto aos seus pais. Seu filho Jeorão reina em seu lugar.
Seu reinado vai de 872 à 848 a. C.

I Reis 15:24; 22:1-52; II Crônicas 16:13-14; 17:1-19; 18:1-34; 19:1-11; 20:1-37.

5. Jeorão: Filho do rei Josafá. Sucedeu seu pai aos trinta e dois anos de idade e reinou oito anos sobre Judá.

Foi um rei cruel, mal e idólatra perante o Senhor. Assim que assumiu o trono, matou todos os seus irmãos e a alguns dos príncipes de Israel. Levou Judá a se desviar dos caminhos do Senhor praticando a idolatria. 

Preferiu antes ouvir os conselhos do rei de Israel Acabe, seu sogro, pois era casado com Atália filha de Acabe e Jezabel. 

Como resposta de Deus, os Edomitas se rebelaram e constituíram seu próprio rei. 

Jeorão é avisado pelo profeta Elias do castigo que receberia por suas atrocidades. Não demorou e os filisteus e arábios, sobem a Judá, invadem o palácio do rei, levam tudo o quanto tem, inclusive suas mulheres e filhos que são mortos, escapando apenas o filho mais novo, Acazias.

Depois disso, Jeorão é acometido de grande enfermidade no abdômen. Passado dois anos morreu, sendo sepultado em Jerusalém, porém não com seus pais, e também não deixou saudades. Judá constitui rei a Acazias, filho mais novo de Jeorão.

Seu reinado vai de 848 à 841 a. C.

II Reis 8:16-24; 22:51; II Crônicas 21:1:20

6. Acazias: Filho do rei de Judá, Jeorão, e Atalia, filha de Acabe, rei de Israel. Sucede seu pai com vinte e dois anos e reina apenas por um ano.

Assim como Jeorão, foi mal e idólatra aos olhos do Senhor. Tinha Acazias uma aliança com o rei de Israel Jorão e subiram para pelejar contra Hazael, rei da Síria, sendo Jorão ferido nessa batalha. Por este tempo, o Senhor através do profeta Elias, pronuncia a sentença para Acazias e unge a Jeú para libertar Judá do domínio idólatra de seu Rei.
Jeú ao chegar em Jezreel mata Jorão, rei de Israel e Acazias foge mas é perseguido por Jeú que acaba matando-o. E os servos de Acazias o sepultam em Jerusalém junto ao seus pais.

Acazias não deixou sucessor, mas sua mãe Atália se apodera do trono de Judá. Reina em 841 a. C. 2Reis 8:24-26; 9:16-29; 2Crônicas 22:1-10.

7. Atália: Filha de Acabe rei de Israel e Jezabel,  foi dada numa aliança militar de Acabe com o rei Josafá de Judá, para ser esposa de Jeorão, rei de Judá. Atália era mãe de Acazias que a sucedeu no trono.

Após a morte de seu filho, rouba o trono de Judá e passa a governar por seis anos. Cruel e sanguinária introduz também em Jerusalém o culto a Baal e ainda levou os utensílios da casa do Senhor para serem utilizados nos cultos a Baal. Seu primeiro ato foi matar todos os membros da família real, inclusive seus netos. Porém Joás, filho mais novo de Acazias, escapa com a ajuda de sua tia Jeoseba, esposa do sacerdote Joiada.

Passados seis anos, Joiada apresenta, na casa do Senhor, Jóas como o legítimo rei que é recebido pelo povo com muita alegria.
Atália vai ao templo do Senhor na tentativa de conter a rebelião, mas é retirada e morta à entrada da casa do rei.

Após a morte de Atália, o povo entra na casa de Baal e destrói seus altares e as suas imagens e mata a Matã, sacerdote de Baal.

O sacerdote Joiada entrega a casa do Senhor aos levitas, oferece holocaustos ao Senhor e houve paz na cidade. E assim reinou Joás.

Seu período de regência vai de 841 à 835 a.C.

II Reis 11:1-21; II Crônicas 22:10-12; 23:12-21; 24:7

8. Joás: filho de Acazias e Zibia, de Berseba. Sobe ao trono de Judá aos sete anos de idade e reina por quarenta anos em Jerusalém.

Joás, o rei menino, sobreviveu ,com ajuda de sua tia Jeoseba, à fúria de sua avó Atalia quando tinha apenas um ano. Criado pelo sacerdote Joiada, foi fiel ao Senhor enquanto este vivia; porém depois fez o que era mal aos olhos de Deus e por isso não foi próspero no seu reinado, porquanto foi abandonado por Deus.

No início do seu reinado Joás reparou a Casa do Senhor, e procurou andar nos seus conselhos, porém reinou de forma precipitada, o que levou a se afastar dos propósitos do seu Deus praticando a idolatria. Uma vez que, vindo os príncipes de Judá prostraram-se perante ele que os atendeu em tudo. 

E deixaram a Casa do Senhor, para servirem às imagens do bosque e aos ídolos; por este ato foi Joás repreendido pelo Senhor com grande ira. Porém enviou profetas entre eles, para os fazer tornar ao Senhor, os quais protestaram contra eles; mas eles não deram ouvidos. E ainda, o Espírito de Deus revestiu a Zacarias, filho do sacerdote Joiada, para levar a mensagem ao Rei de que não prosperaria em seus feitos e que assim como ele abandou o Senhor também Deus o abandonaria. Mas revoltando-se contra o profeta, o apedrejaram no pátio da Casa do Senhor. Assim, o rei Joás não se lembrou do que fizera Joiada, pai de Zacarias.

Deus, então castiga Judá através de Hazael, rei da Síria, quando este tenta conquistar Jerusalém e toma todos os tesouros da Casa do Senhor e da casa do rei, e retirou-se de Jerusalém deixando Joás ferido.

Estando Jóas ferido no seu leito, alguns dos seus servos tramam contra ele e o matam. Jóas é sepultado em Jerusalém, mas não com os seus pais. E seu filho Amazias reinou em seu lugar.

Seu reinado vai de 835 à 796 a. C.

II Reis 11:2; 12:1-21; 13:1; II Crônicas 22:11; 24:1-27.

9. Amazias: Filho de Jóas, rei de Judá e Jeoadã. Sobe ao trono de Judá aos vinte e cinco anos de idade e reina por vinte e nove anos.

Buscou agradar a Deus, porém não com integridade de coração. Pois foi um Rei vingativo, e o seu primeiro ato ao se confirmar no trono foi matar os servos que assassinaram seu pai, poupou no entanto a vida de seus filhos. Depois declara guerra aos edomitas e sai vitorioso do vale do Sal, conquista Sela, a capital dos edomitas.

Amazias realizou cerimônias religiosas em honra aos deuses edomitas e por causa deste ato de idolatria, não obteve sucesso no seu reinado antes foi destruído, segundo lhe falou o Profeta. Foi inteiramente derrotado na batalha de Bete-Semes por Jeoás, rei de Israel, a quem tinha provocado, e por quem foi preso e conduzido às portas de Jerusalém, que caiu sem resistência, é saqueada por Jeoás.

Acaba seu reinado assassinado por seus compatriotas em Laquis, para onde se tinha retirado, fugindo de Jerusalém. Foi sepultado em Jerusalém com os seus pais e seu filho Uzias sucede no trono de Judá.

Seu reinado vai de 796 à 767 a. C.

II Reis 12:21; 14:1-20; II Crônicas 24:27; 25:1-28.

10. Uzias ou Azarias: Filho de Amazias, rei de Judá e Jecolias. Sucedeu seu pai aos dezesseis anos de idade e reinou por 52 anos em Jerusalém.

Buscou andar nos caminhos do Senhor em tudo quanto fez, por isso teve um reinado de muita prosperidade. Foi notável engenheiro e projetava ele mesmo suas armas de guerra, foi também considerado um grande guerreiro, temido por todos e sua fama chegou até o Egito.

Guerreou contra os filisteus, arábios e meunitas vencendo a todos, pois Deus era com Uzias que o buscava através do Profeta Zacarias e Isaías e que trazia uma mensagem de punição e juízo para os pecados de Judá e Israel, e das nações vizinhas. Contudo, Uzias fortificou torres e edificou a cidade de Élate, construiu reservatórios de água, recebeu presentes dos amonita, tinha muito gado e muitos campos férteis e foi considerado amigo da agricultura. Porém os altos não tirou, porque o povo ainda sacrificava e queimava incenso nos altos.

Contudo, nos últimos anos de sua vida, exaltou-se e quis ele mesmo queimar incenso no altar do incenso. O que não lhe era permitido, mas tão somente aos sacerdotes e por isso foi amaldiçoado com lepra até o dia de sua morte. Morrendo o rei Uzias isolado numa casa separada. Porém Jotão, seu filho, tinha o cargo da casa e governava Judá. Morreu uzias e foi sepultado com seus pais. Seu filho Jotão sucedeu-lhe no trono.

Seu reinado vai de 791 à 740 a. C.

II Reis 15: 1-7; II Crônicas 26:1-23.

11. Jotão: Filho de Uzias, rei de Judá e Jerusa, filha de Zadoque. Subiu ao trono aos vinte e cinco anos de idade e reinou em Jerusalém por dezesseis anos.
Regente em Judá nos tempos de seu pai, fez o que era reto ao Senhor, e não ousou contra o seu Deus, antes buscou andar nos seus conselhos através do profeta Isaías que lhe transmitia da parte de Deus, mensagens de punição e juízo para os pecados de Judá e das nações vizinhas, Jotão temeu ao Senhor. 

Contudo o povo permanecia no mal com sua idolatria. Mas Jotão foi bem sucedido em seus feitos, edificou muitas obras, inclusive cidades na região montanhosa de Judá e nos bosques, castelos e torres. Guerreou contra os amonitas que não quiseram pagar os tributos, que lhes foram impostos por seu pai, ele os obrigou a isso pela força das armas.

Jotão foi homem poderoso e seu reinado foi próspero, mas já no seu fim a paz foi ameaçada pelo rei de Damasco e por Peca.

Morre o rei Jotão e é sepultado com seus pais em Jerusalém. Seu filho Acaz reina em seu lugar.

Seu reinado vai de 750 à 735 a. C.

II Reis 15: 5-7; 32-38; II Crônicas 26:23; 27:1-9

12. Acaz: Filho de Jotão, rei de Judá. Sucedeu seu pai aos vinte anos e reinou em Jerusalém por dezesseis anos.

Seu reinado foi de abominações ao Senhor por quanto andou Acaz nos caminhos de Israel e se entregou à idolatria esquecendo-se do Senhor, seu Deus. Sacrificou, e queimou incenso nos altos e nos outeiros, como também debaixo de todo o arvoredo. Pegou os utensílios da Casa de Deus, e os fez em pedaços, e fechou suas portas, e fez para si altares em todos os cantos de Jerusalém. E até a seu filho Sacrificou no fogo, em holocaustos a seus deuses.

Porém sua maldade não ficou impune, o Senhor levantou-se contra Acaz e os entregou nas mãos do rei da Síria que levou cativo uma grande multidão, também o rei de Israel venceu Acaz, matando muitos homens poderosos de Judá, saqueou e levou cativo os habitantes de Judá como tinha falado o profeta Odede que Judá seria vencido. Porém o Senhor, através do mesmo profeta Obede, não permite que Israel leve cativos até samaria os seus irmãos, Israel ouve a Deus e os liberta com seus pertences. Houve ainda derrota para os filisteus e edomitas que sitiaram muitas cidades de Judá.

Diante de tantas derrotas, o rei Acaz despreza os conselhos do profeta Isaías que alertava da punição e juízo para os pecados de Judá e das nações vizinhas, mesmo assim, pede socorro ao rei da Assíria mandando-lhe presentes retirados da Casa do Senhor e submetendo-se ao seu domínio, aumentando ainda mais sua ruína, e o rei da Assíria não o ajudou.

Acaz desesperado, pede ao sacerdote Urias que edifique altar igual aos vistos em Damasco e oferece, ele mesmo, sacrifícios aos deuses do rei da Assiria, dizendo ele que os mesmos ajudavam o rei da Assíria, assim também o ajudaria. Dessa forma, Judá foi tomada por todas as partes de altos para queimar incenso a outros deuses, aumentando ainda mais a ira de Deus sobre Judá.

Morre o Rei Acaz e é sepultado em Jerusalém, porém não com seus pais. Em seu lugar reina seu filho Ezequias.

Seu reinado vai de 735 à 716 a. C.

II Reis 15:38;16:1-20; II Crônicas 27:9; 28:1-27

13. Ezequias: Filho de Acaz, rei de Judá, e Abi, filha de Zacarias. Subiu ao trono com vinte e cinco anos de idade e reinou em Jerusalém por vinte e nove anos.

Seu reinado foi próspero e em tudo procurou agradar a Deus, e não ouve em Jerusalém rei virtuoso como Ezequias.

Sendo rei zeloso pelas coisas de Deus, assim que subiu ao trono, tratou de desfazer as más obras de seu pai: Destrói os ídolos e templos pagãos construídos por Acaz e restaura a Casa e o Culto ao Senhor, restitui o ministério aos sacerdotes e levitas e convoca todo o reino, inclusive Israel, a celebrar a Páscoa, destrói também a serpente de bronze construída na época de Moisés, pois o povo estava adorando-a. Constrói açudes e aquedutos e muitos outros feitos.

O rei da Assíria, Senaqueribe, levanta-se contra Jerusalém, Ezequias busca a paz por meio de presentes, contudo, Senaqueribe não se dá por satisfeito e, fazendo pouco caso do Deus de Ezequias, desafia confiadamente, porém o Rei Ezequias e o profeta Isaías oram a Deus que lhes dá a vitória sem mesmo haver luta. Depois deste acontecimento, houve paz em Judá e Ezequias recebeu muitos presentes.

Contudo, o rei Ezequias é acometido de uma doença incurável, e tem a sentença de morte decretada por Deus através do profeta Isaías. Mais uma vez, o Rei busca a bondade de Deus, e, em prantos, clama por cura, ao qual Deus concede-lhe mais quinze anos de vida. Esse acontecimento se espalhou pela terra e o filho do rei da Babilônia, Merodaque-Baladã envia a Ezequias um mensageiro com presentes para o Rei.

Tomado de orgulho, Ezequias mostra os tesouros da Casa de Deus, assim como os da casa real aos mensageiros da Babilônia. Então o profeta Isaías adverte o Rei que este ato custaria o cativeiro dos judeus pelos babilônios e que nada restaria em Jerusalém, inclusive seus filhos. Contudo houve paz nos dias de seu reinado.

Morre Ezequias e é sepultado com seus pais. Em seu lugar reina seu filho Manasses.

Seu reinado vai de 716 à 687 a. C.

II Reis 16:20; 18:1-37; 19:1-37; 20:1-21; II Crônicas 28:27; 29:1-36; 30:1-27; 31:2-21; 32:1-33; Isaías 38.1-5; 39:1-8.

14. Manasses: Filho de Ezequias, rei de Judá, e Hefzibá. Começou a reinar com doze anos de idade e reinou por cinquenta e cinco anos em Jerusalém.
Fez tudo que era mal perante o Senhor, desviando-se dos caminhos do Senhor e dos ensinamentos de seu pai, o rei Ezequeias. Foi um rei cruel, e sua maldade chegou ao extremo de derramar muito sangue inocente em Jerusalém. Não deu ouvidos ao profeta Miquéias que não se cansava de repreender o povo pelo pecado e de falar sobre as consequências da desobediência.

Mesmo assim, Manasses promoveu a idolatria por todo a terra de Judá, prestando culto aos ídolos de Canaã; reedificando os altos que o seu pai tinha destruído; assim como poste-ídolo; levanta altares a Baal; edifica altares a todo o exército dos céus, nos pátios da casa de Deus; oferece seu filho em holocausto a Moloque; pratica magia, adivinhações e outras superstições; pôs um ídolo na casa de Deus; e finalmente, envolveu o povo em todas as abominações das nações idólatras, a ponto de os israelitas cometerem mais maldades do que os cananeus, a quem o Senhor tinha expulsado de Canaã.

Contudo, Deus o castigou por todos os seus terríveis e abomináveis feitos, pois foi levado cativo pelo rei da Assíria para a Babilônia, onde se humilhou diante de Deus.

Voltando a Jerusalém, estabeleceu de novo o culto ao Senhor, e destruiu todos os altares e lugares de idolatria, mas os altos não foram destruídos. Ordenou que Jerusalém fosse fortificada, e pôs guarnições em todos os lugares fortes de Judá.

Morre Manasses em Jerusalém, porém não foi sepultado com seus pais, mas no jardim da sua casa. E em seu lugar reina seu filho Amom.

Seu reinado vai de 696 à 642 a. C.

II Reis 20:21; 21:1-18; II Crônicas 32:33; 33:1-20.

15. Amom: Filho de Manasses, rei de Judá, e Mesulemete,  filha de Haruz. Sucedeu seu pai aos vinte e dois anos de idade e reinou em Jerusalém por dois anos.

Foi um rei mal e impiedoso fazendo tudo o que seu pai fizera, se afastou dos ensinamentos do Senhor e voltou-se à prática da idolatria. Porém não se humilhou perante o Senhor. Seu orgulho e sua idolatria não foram aceitos por alguns de Judá e é Amom assassinado por seus próprios servos em sua casa. Porém o povo pune os assassinos do Rei.
Foi Amom sepultado no jardim de sua casa, em Jerusalém. E em seu lugar, reina seu filho Josias.

Seu reinado vai de 642 à 640 a. C.

II Reis 21:18-26; II Crônicas 33:20-25.

16. Josias: Filho de Amom, rei de Judá, e Jedida, filha de Adaías. Começou a reinar com apenas oito anos de idade e reinou em Jerusalém por trinta e um anos.

Rei piedoso, durante seu governo procurou fazer tudo de acordo com a Lei do Senhor, foi temente e fiel ao seu Deus, por esse motivo seu governo foi de paz. Contudo. A profetisa Hulda, profetisa grandes males para o povo de Judá por causa dos pecados de seus pais.

Josias permaneceu nos conselhos do seu Deus e manda purificar o templo do Senhor e queimar tudo que era usado nos cultos a Baal, destituiu os sacerdotes que sacrificavam aos deuses, e eliminou de Judá todo e qualquer lugar de idolatria; eliminou também os feiticeiros, médiuns e toda abominação com a qual o povo de Judá havia se contaminado; deu ordem para que celebrassem a Páscoa.

Já no fim do seu reinado, o faraó Neco foi lutar contra os medos e babilônios, atravessando o território israelita, Josias saiu contra os egípcios em Megido, apesar de ser alertado pelo faraó a não fazer isso, Josias não atendeu e foi mortalmente ferido por Neco. Foi sepultado em Jerusalém com seus pais. O profeta Jeremias compôs uma bela alegoria, uma figura de retórica, a qual durante muito tempo era cantada ou recitada todos os anos. 

Em seu lugar reinou seu filho Jeoacaz.

Seu reinado vai de 640 à 609 a. C.

II Reis 21:26; 22:1-7; 23:1-30; II Crônicas 33:25; 34:1-33; 35:1-2.

17. Jeoacaz ou Jeocaz: Filho de Josias, rei de Judá, e Hamutal, filha de Jeremias, de Libna. Sucedeu seu pai aos vinte e três anos de idade reinando em lugar de seu irmão mais velho, Jeoaquim, e reinou sobre Judá apenas três meses.

Durante o seu curto reinado, fez tudo o que era mal perante o Senhor e demonstrou sua maldade oprimindo o povo. Porém o Faraó Neco mandou prender a Jeocaz para que não reinasse em Jerusalém; e Israel impôs a pena de cem talentos de prata e um talento de ouro.

Em seu lugar o Faraó-Neco estabeleceu rei a Eliaquim, também filho de Josias, e mudou-lhe o nome para Jeoaquim. Quanto a Joacaz, levou consigo para o Egito, onde permaneceu preso até a sua morte, para se cumprir o Deus falou por intermédio da profetisa Hulda.

Reina em Judá em 609 a. C.

II Reis 23:34; II Crônicas 36:1-4; Ezequiel 19:3.

18. Jeoaquim: Filho de Josias, rei de Judá, e Zebida, filha de Pedaías. Seu nome era Eliaquim, porém o Faraó-Nero mudou para Jeoaquim. Subiu ao trono de Judá com vinte e cinco anos de idade e reinou por onze anos em lugar de seu irmão Jeoacaz que fora levado cativo para o Egito.

Assim como seu irmão, fez tudo o que era mal perante o Senhor. Durante seu reinado o rei Nabucodonosor, rei da Babilônia que havia vencido o Faraó-Neco, sobe contra Judá e por três anos tem o rei Jeoaquim por seu servo, até que este se rebela contra aquele. O Senhor então envia contra Judá os caudeus, siros, moabitas, amonitas para destruí-la por causa dos pecados cometidos pelo rei Manasses.

E assim, depois de um reinado iníquo de onze anos, de grandes perturbações, foi Jeoaquim morto, sendo o seu corpo lançado para fora de Jerusalém, com indignação, como o profeta Jeremias o havia anunciado. E em seu lugar reinou seu filho Joaquim.

Seu reinado vai de 609 à 598 a. C.

II Reis 23:34-36; 24:1-37; II Crônicas 36:4-8; Jeremias 22:18,19; 26:23.

19. Joaquim ou Jeconias: Filho de Jeoaquim ou Eliaquim, rei de Judá, e Neustã , filha de Elnatã. Sucedeu seu pai aos dezoito anos de idade e reinou sobre Jerusalém por apenas três meses e dez dias.
Assim como seu pai, foi um Rei mal perante o Senhor. Porém não ficou impune e durante o seu reinado, e assim como profetizou Jeremias, o rei de Babilônia, Nabucodonosor, o levou cativo, levando também para a Babilônia os utensílios da Casa do Senhor, os príncipes e os homens valorosos, e todos os carpinteiros e ferreiros, deixando em Jerusalém apenas os pobres.

Em seu lugar, o rei da Babilônia fez rei a Matanias, irmão de Jeoaquim e tio de Joaquim, a quem Nabucodonosor muda o nome para Zedequias.

Joaquim esteve preso com todo o rigor pelo espaço de trinta e seis anos; foi só depois deste tempo que Evil-Merodaque, sucedendo a Nabucodonosor, de quem era filho, o pôs em liberdade, e o colocou num lugar de superioridade em relação aos outros cativos. 

E nada mais se sabe dele, não obstante terem sido Daniel e Ezequiel seus companheiros no cativeiro.
Reina em Judá em 598 a. C.

II Reis 24:6-17; I Crônicas 3:16,17; II Crônicas 36:8-10; Jeremias 22:24-30; 29:2.

20. Matanias ou Zedequias: Filho de Josias, rei de Judá, e Hamutal. Sendo tio de Joaquim, rei de Judá, sucedeu seu sobrinho Joaquim aos vinte e um anos de idade e reinou por onze anos sobre Jerusalém.

Este foi o último Rei de Judá e também fez o que era mal perante o Senhor. Sempre que o Senhor mandava um mensageiro a Zedequias, esse zombava, desprezava a Palavra de Deus e prendia os profetas; o povo aumentava mais e mais as transgressões, cometendo todo tipo de abominação. 

O trono de Judá foi dado a Zedequias por Nabucodonosor, rei da Babilônia, depois que levou preso o rei Joaquim. Na ocasião, Nabucodonosor fez Zedequias jurar fidelidade, e isto também foi um desagrado ao Senhor. Porém, nove anos depois se revoltou contra Nabucodonosor, que, por esse motivo, subiu contra Jerusalém. Jeremias, o profeta, aconselhou Zedequias a que se rendesse, mas ele recusou e a cidade foi tomada. Fugiu Zedequias, mas foi preso na planície de Jericó. Foi levado à presença de Nabucodonosor, que então estava em Ribla da Síria, e ali viu matar os seus filhos, sendo-lhe depois tirados os seus próprios olhos e levado atados com duas cadeias de bronze para a Babilônia.

Depois desse acontecimento, Nabucodonosor mandou queimar a Casa do Senhor e a do Rei, assim como todas as casas de Jerusalém, seus muros foram derrubados, levou cativo para a Babilônia alguns de Judá que tinham ficado na cidade e a outros, pobres, deixou-os como lavradores de vinhas. Nomeou a Gedalias governador sobre eles, e tudo quanto Salomão tinha feito para a Casa do Senhor foi levado para a Babilônia. E assim, Judá esteve em cativeiro babilônico por setenta anos, para se cumprir o que o Senhor falara por meio dos seus profetas, tudo por causa da maldade e infidelidade do povo de Deus.

Seu reinado vai de 597 à 586 a. C.

II Reis 24:17,18; 25:1-22; II Crônicas 36:10-21; Jeremias 12:13; 32:4.

Vejamos agora os Reis de Israel cuja capital era Samaria. Também conhecido como Reino do Norte. 

1. Jeroboão I: Filho de Nebate, servo de Salomão, e Zerua. Pertencia a tribo de Efraim.

Após a morte do rei Salomão, Jeroboão que fugira para o Egito temendo ser morto por Salomão, volta para Siquém. Jeroboão reúne Israel e vai a presença do rei Roboão, filho de Salomão, pedir que o rei retire os pesados tributos impostos ao povo por Salomão. Pedido este também feito pelos anciãos e pelo o profeta Aías, que estiveram com Salomão, porém Roboão prefere antes, ouvir os conselhos dos jovens seus amigos. Israel rebela-se contra a casa de Davi e o reino é dividido ficando Judá e Benjamim de um lado com Roboão e os Reino do Sul e as outras dez tribos do outro com Jeroboão e o Reino do norte.

Agora Rei, Jeroboão manda fortificar Siquém, reedifica Penuel, cidade além do Jordão. Porém não segue os conselhos dos profetas do Senhor, antes se desvia dele praticando e levando todo o Israel praticar a idolatria.

Temendo que o povo, ao subir para Jerusalém a fim de adorar ao Deus de Israel e, voltando-se para o Senhor, desejassem a reunificação dos reinos, estabeleceu um culto idólatra em Dã e em Betel fazendo dois bezerros de ouro para Israel adorar. Também edificou templos, e estabeleceu sacerdotes dos mais baixos do povo, que não pertenciam à família de Arão, nem à de Levi e queimou ele mesmo incenso a esses deuses.

Porém, Deus repreende a Jeroboão que, rejeitando as palavras do profeta, manda que o prenda , no mesmo instante o Rei tem a mão ressequida, mas implora para que o profeta ore a Deus que o cura. Contudo, não abandonou a idolatria, antes procurava mais e mais se desviar dos caminhos do Deus de Israel. Mas seus feitos não ficaram impunes e, por meio do profeta Aías, o Senhor dá a sentença da sua ira: Não haverá na casa de Jeroboão descendentes, nem de sua família, e não serão sepultados, e tão somente ao filho de Jeroboão se fará pranto e sepulcro.

Depois de reinar sobre Israel por vinte e dois anos, morre o rei Jeroboão. Em seu lugar reina seu filho Nadabe.

Seu reinado vai de 931 à 898 a. C.

I Reis 11:26; 12:12-33;14:1-20;

2. Nadabe: Filho de Jeroboão, rei de Israel. Reinou sobre Israel por dois anos e fez tudo o que era mal aos olhos de Deus a exemplo de seu pai.

E assim como o Senhor falou por meio do profeta Aías, que eliminaria da casa de Jeroboão todos do sexo masculino, a profecia se cumpriu quando Nadabe cercou Gibetom e foi, o rei de Israel, traído e morto por Baasa, e com ele toda a sua casa, exterminando assim, a casa de Efraim. 

E Baasa reinou em seu lugar.

Seu reinado foi de 898 à 896 a. C. I Reis 14:20; 15:25-31.

3. Baasa: Filho de Aías, da tribo de Issacar. Sucedeu Nadabe após tê-lo traído e matado toda a sua família. Reinou por vinte e quatro anos sobre Israel.

Foi um rei cruel e muito desagradou a Deus. Mandou exterminar a descendência de Jeroboão, porém andou nos seus caminhos maus não dando ouvidos à Palavra de Deus que recebeu do profeta Jeú. Por esse motivo veio sobre ele a ruína, e seu governo foi cheio de perturbações, esteve em guerra com Judá.

O neto do rei da Síria, Ben-Hadade, tomou diversas cidades ao norte de Israel, obrigando-o, desta maneira, a desistir de fortificar Ramá contra Judá.

Morre o rei Baasa, é sepultado em Tirza. E seu filho Elá o sucede no trono, porém, depois de sua morte seu servo Zinri extermina todos de sua casa como dissera o profeta Jeú.

Seu reinado vai de 896 à 886 a. C.
I Reis 14:10;15:20-34; 16:1-13; II Crônicas 16:4,5.

4. Elá: Filho de Baasa, rei de Israel. Sucede seu pai no trono, mas reina sobre Israel apenas por dois anos.

Assim como fizera seu pai Baasa com a casa de Jeroboão, foi também Elá morto por seu servo Zinri e, com ele toda a sua família extinta de Israel como o profeta Jeú tinha falado a Baasa. 

Em lugar de Elá, reina o comandante dos carros de Israel, Zinri.

No Cânon hebraico do Antigo Testamento, os livros históricos, isto é, os livros de Josué até Reis, pertenciam ao grupo dos profetas que seguem após o período imediato do Pentateuco.

A tradição rabínica atribuía a autoria destes livros aos autores que eram considerados profetas como Samuel, Josué e Jeremias, formando por conseguinte a primeira parte do cânon profético que são denominados como profetas anteriores, seguindo assim através da construção da história judaica então, os livros proféticos propriamente ditos que são denominados por profetas posteriores, sendo este grupo chamado de grupo dos profetas maiores e menores, sendo esta divisão entre maiores e menores, organizada por Agostinho, em virtude do volume do material escrito, pois os livros dos profetas maiores são assim chamados por serem volumosos. Este conjunto é composto de cinco livros, já os profetas menores são doze e são assim chamados por serem livros pequenos.

Este grupo de livros proféticos abrange um grande espaço da história dos reinos do norte e do sul.

Sendo Amós o mais antigo entre os profetas chamados literários, este viveu na metade do século VIII Ac entre os anos de 760 e 750, já o profeta Oseias exerceu o seu oficio profético entre os anos de 750 e 725, como Amós. Já no mesmo período no Reino do Sul o profeta Isaías atuou entre os anos de 735 até 700 A.c e teve Miqueias como seu contemporâneo.

Após este período podemos encontrar o relato de vários outros profetas que marcaram o fim do século VIII como Jeremias que presenciou a queda de Jerusalém e o exílio babilônico de 70 anos. Jeremias ilustra bem o oficio profético veterotestamentário que se consista em denunciar o pecado (Jr 1:15), lutando contra o erro e as práticas abomináveis (V. 16). Este profeta teve contemporâneo a Naum, Habacuque e Sofonias, vindo logo depois os profetas Ezequiel e Isaías.

Após o exílio surgem os profetas pós-exílio, destacando-se entre eles Ageu, Zacarias, Malaquias, Joel e Jonas. “Conquanto que o objetivo primordial de um profeta era proclamar a vontade de Deus para a sua época”.

Entre os hebreus os profetas ganhavam grande destaque, pois suas palavras eram consideradas inspiradas, com uma mensagem totalmente divina.

Ao contrário da conotação moderna que muitos asseveram para definir o que é um homem de Deus, só recebiam este título pessoas que gozassem de uma intima comunhão com o Senhor. Por esta condição este era considerado digno para transmitir a palavra recebida diretamente do Senhor por intermédio de uma revelação, visão ou ordem direta do Senhor, o Deus de Israel.

Há de se lembrar que a maioria dos reis tinham os profetas de Deus como seus aliados, confidentes e conselheiros que eram seus conterrâneos e contemporâneos. 

Todos estes profetas estão relatados nas próprias histórias de cada rei nas páginas da Bíblia Sagrada. 


Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor 





sexta-feira, 2 de agosto de 2019

REIS DE ISRAEL E REIS DE JUDÁ

REIS DE ISRAEL E REIS DE JUDÁ 

Reis de Israel e Reis de Judá 

Quando lemos os textos bíblicos do Antigo Testamento, muitas vezes nos deparamos com citações referentes a reis que governaram o povo naquela época. Conhecer quais foram os reis de Israel e de Judá, facilita bastante o nosso entendimento acerca de tais passagens bíblicas.

Neste texto, iremos apresentar uma lista cronológica com todos os reis de Israel e os reis de Judá, com as referências bíblicas pertinentes, e o período de reinado de cada um.

Antes, é necessário saber que, depois da morte de Salomão (cerca de 930 a.C.), o reino se dividiu em dois, sendo:

O reino do sul, Judá, que consistia no território das tribos de Judá e Benjamim, governado pelos descendentes de Davi, reinando na capital Jerusalém.

O reino do norte, Israel, que consistia no território das demais tribos que renunciaram a lealdade ao trono de Davi.

Sabendo disso, agora poderemos entender mais facilmente a cronologia dos reis de Israel e de Judá.

Reis de Israel antes do reino ser dividido. Capital:Jerusalém. 

Antes do reino de Israel ser dividido, passaram três reis pelo trono de Israel, sendo eles:
Saul: governou durante 40 anos por volta do período de 1050-1010 a.C.
Davi: governou durante 40 anos por volta do período de 1010-970 a.C.
Salomão: governou durante 40 anos por volta do período de 970-930 a.C.

Após a divisão do Reino. Reis de Judá (Reino do Sul). Capital:Jerusalém. 

Vamos os conhecer agora os reis que governaram Judá após a divisão das tribos. Ao todo foram vinte reis que reinaram entre 930 e 586 a.C.

Roboão: foi filho de Salomão e no início de seu reinado houve a separação entre as tribos do norte e as tribos do sul (1 Rs 12:1-24; 14:21-31). Reinou por 17 anos entre 930 e 913 a.C.
Abias: reinou por 3 anos entre 913 e 910 a.C. (1Rs 15:1-8).
Asa: reinou por 41 anos entre 910 e 869 a.C. (1Rs 15:9-24).
Josafá: reinou por 25 anos entre 872 e 848 a.C. (1Rs 22:41-50). Durante o reinado do rei Josafá, Judá voltou a ser próspera, havendo paz entre Israel e Judá.
Jeorão: reinou por 7 anos entre 848 e 841 a.C. (2Rs 8:16-24).
Acazias: reinou por 1 ano em 841 a.C. Foi assassinado por Jeú, de Israel (2Rs 8:25-29; 9:29).
Atália: reinou por 7 anos entre 841 e 835 a.C. 
Na verdade Atalia usurpou o poder quando seu filho, Acazias, foi assassinado (2Rs 11). Atália era filha de Acabe e Jezabel e foi dada como esposa de Jeorão, filho de Acazias, numa coalizão militar. Quando seu pai morreu, Jeorão reinou e Atália foi sua consorte no Reino de Judá, reinando mesmo depois de sua morte ela continuou como regente. 
Joás: reinou por 40 anos entre 835 e 796 a.C. Ele era filho de Atalia, e subiu ao poder quando Atalia foi deposta por um complô (2Rs 12).
Amazias: reinou por 29 anos entre 796 e 767 a.C. (2Rs 14:1-22).
Uzias (ou Azarias): reinou por 52 anos entre 792 e 740 a.C. Durante o reinado do rei Uzias houve paz entre Judá e Israel, e ele fortaleceu e expandiu o reino (2Rs 14:1-22; 15:1-7).
Jotão: reinou por 16 anos entre 740 e 735 a.C. (2Rs 15:32-38).
Acaz: reinou por 16 anos entre 735 e 715 a.C. Foi ele quem pediu ajuda aos assírios para resistir à Síria e Israel, o que acabou fazendo com que Judá ficasse dependente da Assíria (2Rs 16).
Ezequias: reinou por 29 anos entre 715 e 686 a.C. (2Rs 18:1-20:21).
Manassés: reinou por 55 anos entre 686 e 642 a.C. (2Rs 21:1-18).
Amom: reinou por 2 anos entre 642 e 640 a.C. (2Rs 21:19-26).
Josias: reinou por 31 anos entre 640 e 609 a.C. (2Rs 22:1-23:30).
Jeoacaz: reinou por 3 meses em 609 a.C. (2Rs 23:31-33).
Jeoaquim: reinou por 11 anos entre 609 e 598 a.C. (2Rs 23:34-24:7).
Joaquim: reinou por 3 meses entre 598 e 597 a.C. (2Rs 24:8-17).
Zedequias: reinou por 11 anos entre 597 e 586 a.C. (2Rs 24:18-25:26).
Em 586 a.C., Jerusalém caiu sob o domínio de Nabucodonosor, sendo Judá exilado pela Babilônia (2Rs 25:1-7).

Reis de Israel (Reino do Norte). Capital: Samaria. 

A seguir, temos a lista dos vinte reis que governaram Israel entre 930 a 722 a.C.
Jeroboão I: reinou por 22 anos entre 930 e 909 a.C. Foi o primeiro rei do reino do norte após a separação (1Rs 12:25-14:20).
Nadabe: reinou por 2 anos entre 909 3 908 a.C. (1Rs 15:25-31).
Baasa: reinou por 24 anos entre 908 e 886 a.C. Ele assassinou Nadabe e usurpou o trono de Israel (1Rs 15:32-16:7).
Elá: reinou por2 anos entre 886 e 885 a.C. (1Rs 16:8-14).
Zinri: reinou por apenas 7 dias em 885 a.C. (1Rs 16:15-20).
Onri: reinou por 11 anos entre 885 e 874 a.C. Onri foi um dos reis mais importantes de Israel, fazendo diversas alianças que fortaleceram seu reino e geraram conquistas. Foi ele quem fez de Samaria a capital de Israel (1Rs 16:23-28). Vale também ressaltar que Tibni disputou o reino com Onri por 5 anos entre 885 e 880 a.C. (1Rs 16:21-22) durante um período de incerteza política.
Acabe: reinou por 21 anos entre 874 e 853 a.C. Acabe tentou unificar os elementos israelitas e os cananeus. Foi uma época em que o paganismo assolou o povo de Israel, principalmente influenciado por sua esposa, Jezabel.  (1Rs 16:29-22:40).
Acazias: reinou por 1 ano entre 853 e 852 a.C. (1Rs 22:51-2Rs 1:18).
Jorão: reinou por 11 anos entre 852 e 841 a.C. (2Rs 1:17; 3:1-8:15).
Jeú: reinou por 28 anos entre 841 e 814 a.C. Jeú era um oficial do exército que assassinou Jorão e erradicou o culto a Baal em Israel (2Rs 9:30-10:36).
Jeoacaz: reinou por 17 anos entre 814 e 798 a.C. (2Rs 13:1-9).
Jeoás: reinou por 16 anos entre 798 e 782 a.C. (2Rs 13:10-25).
Jeroboão II: reinou por 41 anos entre 793 e 753 a.C. Durante seu governo Israel teve prosperidade (2Rs 15:1-7).
Zacarias: reinou por 6 meses em 753 a.C. (2Rs 15:8-12).
Salum: reinou por apenas 1 mês em 752 a.C. (2Rs 15:13-15).
Menaém: reinou por 10 anos entre 752 e 742 a.C. (2Rs 25:16-22).
Pecaías: reinou por2 anos entre 742 e 740 a.C. (2Rs 15:23-26).
Peca: reinou por 20 anos entre 752 e 732 a.C. (2Rs 15:27-31).
Oseias: reinou por 9 anos entre 732 e 722 a.C. Foi o último rei de Israel (2Rs 15:30; 17).

Por volta de 722 a.C., Samaria foi tomada pela Assíria e houve uma deportação em massa, sendo que Israel foi assimilado, absorvido e ou anexado pela Assíria.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.