segunda-feira, 10 de maio de 2021

ABRAÃO O PAI DE MUITAS NAÇÕES

ABRAÃO O PAI DE MUITAS NAÇÕES

 

A HISTÓRIA DO PATRIARCA ABRAÃO

 

Quantos anos viveu Abraão.

O primeiro dos patriarcas de Israel, nascido em Ur, chefe de um clã arameu, na Caldéia, que emigrou para Canaã. Um dos personagens mais importantes das religiões judaica, islâmica e cristã, pois representa para todas elas a transição da idolatria para a crença em um só Deus verdadeiro, e que segundo a Bíblia, no Gênesis, viveu cerca de 175 anos e foi o pai de Isaac.

 

Quantos anos viveu Sara.

Segundo a Bíblia, Sara morreu em Hebrom com cento e vinte e sete anos. Abraão então adquire de Efrom, em Canaã, a Cova de Macpela por quatrocentos siclos de prata, que é considerada a primeira aquisição de uma propriedade do patriarca que sempre viveu como um peregrino em busca de melhores pastagens para o seu rebanho.

 

A história deste casal é emocionante.

 

A história de Abraão é uma das mais importantes descritas na Bíblia. Saber quem foi Abraão é fundamental para entender a origem do povo hebreu. Porém, a história de Abraão também está diretamente ligada à Igreja de Cristo, não se resumindo apenas aos judeus.

Nesta postagem , conheceremos um pouco mais sobre quem foi Abraão e entenderemos a importância de sua história na compreensão de toda a narrativa bíblica sobre sua vida.

 

Quem foi Abraão?

Abraão foi filho de Terá, e sua família era natural da cidade de Ur dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia. Após a morte de Harã, irmão de Abraão, a família saiu de Ur em direção à terra de Canaã. Eles foram até a cidade de Harã ( cujo nome foi dado por Terá em homenagem ao seu filho com o mesmo nome), e habitaram ali. (Gênesis 11:31). Tanto Ur quanto Harã, eram cidades pagãs e centros de adoração ao deus da lua.

É muito difícil de afirmar com exatidão o período do nascimento de Abraão, mas a maioria dos estudiosos estabelece o início do segundo milênio antes de Cristo como data aproximada para seu nascimento. Isso está de acordo com uma possível cronologia utilizando os personagens bíblicos, além das descobertas arqueológicas que atestam um paralelo impressionante com o relato bíblico.

No capítulo 12 do livro de Gênesis, a Bíblia nos mostra Deus convocando a Abraão para que ele saísse do meio daquele cenário de paganismo. Ele deveria deixar sua parentela e partir para uma terra prometida pelo próprio Deus. Com setenta e cinco anos, ele partiu em direção à terra de Canaã levando consigo sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló, todos os seus servos e bens que havia adquirido.

Após chegar à Palestina, Abraão ficou nas proximidades de Betel, Hebrom e Berseba. Mas devido à fome que castigava a terra, Abraão desceu até o Egito. Temendo por sua vida, ele não apresentou Sarai como sua esposa, o que gerou alguns problemas para ele no Egito. (Gênesis 12:13).

Saindo do Egito, Abraão subiu para o lado do sul, e retornou para as proximidades de Betel. Tanto Abraão quanto Ló eram muito ricos. Por isso houve até mesmo contenda entre seus servos, porque a terra ali não comportava os dois habitando juntos. Ló e Abraão então se separaram. Ló preferiu residir nas planícies verdes do Jordão, onde as cidades de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Já Abraão viajou para uma planície nas montanhas, chamada Manre. (Hebrom) ao sul.

 

A história de Abraão é marcada pelas promessas de Deus.

 

Abrão e Ló.

Gênesis 13: 1 a 18 “Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele. Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro.  Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai,  até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do Senhor. Ló, que ia com Abrão, também tinha rebanhos, gado e tendas.

 

E a terra não podia sustentá-los, para que habitassem juntos, porque eram muitos os seus bens; de sorte que não podiam habitar um na companhia do outro. Houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os Ferezeus habitavam essa terra.  Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados. Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda.

 

Levantou Ló os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, como quem vai para Zoar. Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma. Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor.

 

Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente;  porque toda essa terra que vês, eu tá darei, a ti e à tua descendência, para sempre. Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei.  E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao Senhor.

 

A nossa vida é feita de escolhas. Por causa de uma escolha errada que fazemos hoje, podemos comprometer todo o nosso futuro como aconteceu com Ló. O maior erro de Ló foi a ambição.

 

Abraão cuidou de Ló, seu sobrinho, como se fosse um filho. Ló cresceu e começou a prosperar. Com o passar do tempo, houve uma série de conflitos.

 

Abraão, mesmo contra sua própria vontade, decidiu que cada um teria que seguir seu próprio caminho, e deixou o sobrinho escolher para qual direção iria.

 

Ló escolheu o lugar mais bonito, foi guiado pelas aparências. Mas Abraão decidiu ir para onde Deus o conduzisse, em vez de deixar que a tristeza invadisse seu coração.

 

Com base nesta história podemos ver alguns conselhos para tirarmos algumas boas lições.

 

Em primeiro lugar, não deixe que uma separação, que uma perda ou que uma situação contraria à sua vontade roube sua promessa. Abraão poderia ter ficado em depressão, mas ele fez a opção certa: ser guiado por Deus.

 

Em segundo lugar, continue caminhando. Não pare de caminhar. Siga em frente, porque o Senhor é contigo assim como foi com Abraão.

 

Em terceiro lugar, construa um altar de conquistas como fez Abraão. Perto de Hebrom, Abraão construiu um altar, um memorial. Aquele altar representava o ponto de partida para um tempo de vitórias.

 

Encima daquela situação de dor e perda, ele construiu um altar de conquistas. Tudo aquilo que você perdeu será o alicerce do altar que você vai construir a partir dali.

 

As escolhas de Abraão e Ló.

Ló escolheu o lugar bonito aos olhos porém era um lugar de destruição. Abraão escolheu continuar conquistando.

Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17 o nome do então Abrão, é mudado para Abraão, dando maior ênfase à ideia de exaltação, significando “pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos quando teve seu nome mudado por Deus.

Não foi apenas o nome de Abraão que foi mudado naquela ocasião, mas o nome de sua esposa também. De Sarai, ela passou a se chamar Sara, porque também seria mãe de uma grande nação.

Tais mudanças nos nomes tem a ver com a promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda em Gênesis 12. Depois, já no capítulo 15 de Gênesis, Deus promete a Abraão que ele ainda seria pai, e que seu servo Eliézer não seria o herdeiro de sua casa. Sua descendência seria incontável como as estrelas do céu.

Novamente no capítulo 17 de Gênesis, mesmo após o nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que Sara, na ocasião com noventa anos, ainda seria mãe. Deus então fez um pacto com Abraão, selado pelo sinal da circuncisão e, por fim, com o nascimento de Isaque, o filho da promessa.

 

Abraão entrega o dízimo de tudo a Melquisedeque rei de Salém.

 

Ló, sua família e seus bens, foram tomados após uma guerra na região em que ele morava. Uma pessoa que escapou conseguiu avisar Abrão do que havia acontecido. Então Abraão, juntamente com trezentos e dezoito criados, recuperou Ló e sua família das mãos dos mesopotâmios.

Após esse episódio, Abraão foi abençoado por Melquisedeque, rei de Salém.

Melquisedeque também era sacerdote de El Elyon, o Deus Altíssimo, possuidor dos céus e da terra, e Abraão lhe deu o dízimo de tudo.

 

Abraão e Abimeleque.

Da mesma forma como aconteceu no Egito, ao peregrinar em Gerar, Abraão escondeu que Sara era sua esposa temendo por sua vida. Então Abimeleque, rei de Gerar, veio e tomou a Sara. Porém Deus impediu que Abimeleque tocasse em Sara e, em sonhos, o Senhor o advertiu que Sara tinha marido.

Vale lembrar que tanto no Egito quando em Gerar, Abraão não mentiu em relação a Sara, mas falou uma meia verdade. Isso porque Sara era sua irmã por parte de Pai (Gênesis 20:12). Abimeleque devolveu Sara para Abraão, e Abraão orou sobre a casa de Abimeleque. Então a mulher e as servas do rei foram curadas, pois Deus havia fechado totalmente as madres da casa de Abimeleque.

Mais tarde Abraão e Abimeleque também fizeram uma aliança, e o lugar ficou conhecido como Berseba, “poço do juramento”, pois Abraão havia cavado um poço e os servos de Abimeleque haviam tomado à força. (Gênesis 21:25).

 

Abraão e Ismael.

Deus anunciou que Abraão teria uma grande descendência ainda no capítulo 15 de Gênesis. Mas Sara, vendo que não era capaz de conceber um filho de Abraão, ofereceu sua serva Agar a Abraão. Então de Abraão Agar concebeu a Ismael. Esse costume de uma serva conceber um filho do seu senhor era uma prática comum da época. Abraão tinha oitenta e seis anos quando Ismael nasceu.

Mais tarde, após o nascimento de Isaque, Agar e seu filho, Ismael, foram despedidos por Abraão. Eles saíram pelo deserto de Berseba. Em Gênesis 21:13, Deus avisa que também faria de Ismael uma grande nação, porque também era descendente de Abraão. É através de Ismael que os árabes estabelecem sua origem até Abraão.

 

Abraão, Isaque e o sacrifício.

Isaque foi o filho da promessa que nasceu quando Abraão já tinha cem anos. O nome Isaque significa “rir” ou “riso”. Isaque se tornou o centro de toda esperança de Abraão em relação às promessas que Deus havia feito, porém Deus pediu Isaque em sacrifício a Abraão.

O maior dilema que Abraão poderia ter enfrentado era que, além do amor que sentia por seu filho, o fato de que a promessa de Deus poderia não se cumprir. Mas não foi isso que aconteceu, ao contrário, a Bíblia diz que Abrão confiou totalmente na fidelidade de Deus, e considerou que Deus poderia fazer com que Isaque ressuscitasse dos mortos para que a promessa fosse cumprida.

Por fim, a fidelidade de Abraão foi demonstrada, e Deus preparou um cordeiro para substituir Isaque naquele sacrifício.

 

Os outros filhos de Abraão e sua morte.

Abraão tomou outra mulher para si chamada Quetura, talvez após a morte de Sara. Os estudiosos discutem se Quetura realmente foi uma segunda esposa ou apenas uma segunda concubina. O que podemos afirmar é que com Quetura ele teve mais seis filhos: Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá (Gênesis 25:2). Através dos filhos que teve com Quetura, Abraão se tornou também o pai de outros povos, como os midianitas.

A Bíblia diz que Abraão viveu 175 anos, e foi sepultado por Isaque e Ismael no campo de Efrom. A Bíblia também afirma que tudo o que ele tinha deu a Isaque. Para os demais filhos, a Bíblia diz que Abraão deu presentes.

 

A história de Abraão no Novo Testamento

Existem 74 referências a Abraão nos livros do Novo Testamento, ficando apenas atrás de Moisés que possuí 79.

No Novo Testamento, Deus é chamado de “o Deus de Abraão”. (Mateus 22:32; Atos 7:32). Na genealogia de Jesus no Evangelho de Mateus 1:1 ele aparece como antecessor do Messias e, além de pai dos israelitas segundo a carne, também é o pai espiritual de todos aqueles que compartilham a fé em Cristo (Mateus 3:9; João 8:33; Atos 13:26; Romanos 4:11; Gálatas 3:29).

A fé de Abraão é o modelo de fé que devemos ter (Romanos 4:3-11). Por tamanha fé ele esta presente na galeria dos Heróis da Fé na Epístola aos Hebreus. (Hebreus 11:8-19).

 

A história de Abraão é um grande exemplo de fé, por isso ele é mencionado na galeria dos heróis da fé no Novo Testamento.

 

Hebreus 11.11-18. Abraão o pai da fé, na galeria dos heróis da fé.

 

1.   Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.

2. Porque, por ela, os antigos alcançaram testemunho.

3. Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.

4. Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.

5. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte e não foi achado, porque Deus o trasladara, visto como, antes da sua trasladação, alcançou testemunho de que agradara a Deus.

6. Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.

7. Pela fé, Noé, divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, temeu, e, para salvação da sua família, preparou a arca, pela qual condenou o mundo, e foi feito herdeiro da justiça que é segundo a fé.

8. Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.

9. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa.

10. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus.

11. Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lho tinha prometido.

12. Pelo que também de um, e esse já amortecido, descenderam tantos, em multidão, como as estrelas do céu, e como a areia inumerável que está na praia do mar.

13. Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra.

14. Porque os que isso dizem claramente mostram que buscam uma pátria.

15. E se, na verdade, se lembrassem daquela de onde haviam saído, teriam oportunidade de tornar.

16. Mas, agora, desejam uma melhor, isto é, a celestial. Pelo que também Deus não se envergonha deles, de se chamar seu Deus, porque já lhes preparou uma cidade.

17. Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito.

18. Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dos mortos o ressuscitar.


Sobre a historicidade da vida de Abraão.

Embora não exista nenhum relato extrabíblico sobre a história de Abraão (apenas algumas prováveis evidencias em escritos babilônicos), tudo o que a arqueologia já descobriu sobre a civilização da época de Abraão faz com que muitos estudiosos classifiquem os relatos bíblicos como uma descrição perfeita do período que é apresentado.

A guerra entre os quatro reis do Egito contra os reis locais no capítulo 14 de Gênesis, por exemplo, é considerado por arqueólogos um dos relatos mais detalhados sobre o assunto, com uma precisão geográfica significativa e muito impressionante.

 

Características de Abraão. Abraão é o pai do povo hebreu.

Abraão é considerado o pai da fé porque o Novo Testamento ensina que todos que têm fé em Jesus são descendentes espirituais de Abraão.

A Bíblia não esclarece praticamente nada da vida de Abraão antes dos 75 anos de idade.

Abraão foi pai de Isaque com 100 anos de idade.

Abraão era quase um nômade, porém era um homem muito poderoso e rico.

Ele era um homem de paz, mas utilizava seus servos como um exército em conflitos ocasionais. (Gênesis 14).

Abraão teve encontros pessoais com Deus (Teofanias), e em um deles Deus, em forma humana, visitou Abraão acompanhado por dois anjos. (Gênesis 12:7-9; 18:1-33).

Abraão também recebeu a palavra de Deus em sonhos. (Gênesis 15:12-17).

Foi chamado pelo próprio Deus de profeta. (Gênesis 20:7).

Por duas vezes escondeu que Sara era sua esposa. (Gênesis 12:11-13; 20:5).

Abraão é chamado de “amigo de Deus”. (2 Crônicas 20:7; Tiago 2:23).

Depois de Moisés, é o personagem do Antigo Testamento mais citado no Novo Testamento.

 

Abraão teve duas esposas e de uma serva de Sara teve um filho chamado Ismael.

Quem era ou quem foi esposa oficial de Abraão?

Quando lemos as histórias dos patriarcas, temos que perguntar qual foi o propósito de Deus por trás de todos os eventos, mesmo aqueles que podem parecer estranhos. Meu entendimento é que Deus enviou Abraão de volta à terra de Canaã para “reiniciar” o plano original do jardim do Éden. (Gênesis 12.1-4).

 

Sarai. Sara. Primeira esposa de Abraão 


Através da primeira esposa de Abraão, Sara, nasceu Isaque, a quem foi dada a semente prometida do Messias Salvador, mas também os direitos de posse da terra. (Gênesis 18, 21).

 

A Morte de Sara Gênesis 23.1-2.

Sara viveu cento e vinte e sete anos e morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, em Canaã; e Abraão foi lamentar e chorar por ela.

 

Agar. A segunda mulher na vida de Abraão era uma serva de Sara e que a mesma lhe deu para que Abraão tivesse um filho como seu herdeiro. A meu ver configura apenas um caso extra casamento, já que Agar era serva de Sara e quem seria seu herdeiro antes do nascimento de Isaque, seria o servo fiel de Abraão e Sara, chamado Eliezer.


Através de Agar, serva de Sarai dada por ela para gerar um filho descendente de Abraão, Ismael nasceu, foi abençoado e circuncidado na aliança da família mesmo antes de Isaque nascer.

Através de Agar, uma conexão de família e aliança foi feita com o povo do Egito (Mizraim) e por meio deles com todos os filhos de Cuxe e Cam, vivendo na África. (Gênesis 10.6). Daí a origem dos Ismaelitas, que eram Egípcios e grandes comerciantes naquelas regiões.  

 

Quetura. Terceira mulher na vida de Abraão e esposa de verdade pois Sara já havia falecido.  


Depois que Sara morreu, Abraão casou-se com Quetura. Os filhos de Quetura foram enviados para o norte e para o oriente, e se juntaram aos filhos de Assur. (Assíria). Isso estabeleceu uma conexão de aliança familiar espalhando-se pela Europa e pela Ásia. (Gênesis 25.1,3,6).

Deus prometeu que Abraão seria uma bênção para todas as nações, tomaria posse do planeta terra, seria pai de muitas nações e de sua descendência traria o Salvador do mundo. (Gênesis 12.22; Isaías 19.23-25; Romanos 4).

Os filhos de Ismael e os filhos de Quetura não foram um equívoco. Eles faziam parte do plano de Deus para restaurar o planeta terra e estender a família de Deus por meio do pacto com o pai Abraão.

 

Eliezer o fiel servo de Abraão.

Abraão, devido aos bons serviços prestados por Eliezer, pensou em fazê-lo seu herdeiro universal, antes do nascimento de Ismael e Isaque. (Gn 15.2,3).

A principal característica de Eliezer era a obediência. Ainda que sucintamente vejamos essa qualidade deste mordomo.

A obediência de Eliezer ao seu senhor Abraão e sua esposa Sara foi marcante em toda a sua vida, por isso eles depositaram muita confiança em Eliezer.  (Gn 24.10; Pv 25.13; Ef 6.5): 

Uma das tarefas mais difíceis que Abraão lhe designou, marcou sua trajetória para sempre na Bíblia Sagrada. Sua obediência para cumprir o desejo e o que Abraão lhe solicitou não o levou a questionar o serviço que lhe estava sendo confiado, no entanto preparou dez camelos, no sentido de apresentar-se como representante de um senhor muito rico. Os termos traduzidos por obediência, tanto no Antigo Testamento (Shama) como em o Novo Testamento (Hyapokoúo e eiakoúo) denotam a ação de escutar ou prestar atenção (At. 5.36,37) ou ainda peithargéo, que significa submeter-se a autoridade. (At 5.29,32; Tt 3.1; 1 Co 14.21).

 

Eliezer submeteu-se inteiramente à autoridade do seu senhor Abraão, sendo fiel até o fim.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 3 de maio de 2021

O QUE SIGNIFICA O NÚMERO 666

O QUE SIGNIFICA O NÚMERO 666

 

O que significa 666, o número da besta?

 

Há acirrados debates acerca do significado do número 666, o número da besta. Esse número já foi atribuído a Nero, Napoleão Bonaparte, Hitler, o papa e outros personagens maldosos da história. Mas, qual é o seu verdadeiro significado? Muito embora não possamos fechar questão, a melhor explicação que já encontrei é que esse número deve ser interpretado à luz do contexto do livro de Apocalipse. A numerologia em Apocalipse não pode ser desconsiderada, se quisermos chegar ao pleno entendimento da profecia. Dentro da numerologia bíblica, 7 é o número da perfeição de Deus e de tudo o que Deus fez desde a criação,  e o 6, é o número que representa tudo o que é incompleto. 6 repetido três vezes (666), significa a plenitude da imperfeição, a essência da perversidade, a somatória do mal com toda a sua maldade, com toda a sua crueldade. O anticristo ou a besta que surge do mar será um homem completamente corrompido desde a sua concepção. Receberá todo poder e autoridade do Dragão, (que é Satanás) vai falar blasfêmias contra Deus, vai realizar coisas extraordinárias(?) como os milagres e prodígios da mentira, vai demonstrar um poder humanamente imbatível e perseguir implacavelmente os Cristãos no mundo inteiro. Será um ser tão perverso que Jesus o chamou de "o iníquo". Esse filho da perdição será quebrado sem ajuda de força humana. Jesus o matará com o sopro de sua boca em sua gloriosa vinda e depois o lançará no lago de fogo, onde será atormentado pelos séculos dos séculos.

 

2 Tessalonicenses 2.3-12.

3. Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,


4. o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.


5. Não vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?


6. E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.


7. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;


8. e, então, será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda;


9. a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,


10. e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.


11. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira,


12. para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.


Desvendando o mistério do número 666.

Desvendando o verdadeiro significado do 'número da besta' e outros mitos do Apocalipse, que é o livro bíblico que narra o fim dos tempos, tem influência em todos os assuntos da atualidade, mas poucos sabem que muitos mitos da historicidade do Apocalipse se originaram de disputas entre Judeus com romanos.

 

Na Antiguidade, era costume disfarçar nomes substituindo-o por números.

Dragões, cavalos com cabeça de leão e cordeiros com sete olhos. Essas são algumas das visões do Apocalipse, uma palavra que vem do grego antigo "revelação" e é descrita no último, mais estranho e mais controverso livro da Bíblia Cristã, o Apocalipse.

O "livro da revelação" que é o Apocalipse,   consiste em uma série de visões que seriam uma profecia do fim dos tempos. Foi usado ao longo da história para explicar desastres que vão da peste ao aquecimento global, passando pelo acidente nuclear de Chernobyl, dentre outros desastres da natureza.

Algumas figuras e palavras conhecidas, como por exemplo Armagedom, também vêm do Apocalipse, embora nem todos saibam disso. E o livro tem diversas influências em uma infinidade de outros livros, no cinema e na música até hoje.

Mas, quando João escreveu o livro, no século 1°, ele não estava apenas querendo explicar acontecimentos futuros.

Alguns acadêmicos acreditam que ele usava códigos e símbolos para alertar os Cristãos da época sobre a adoração ao imperador de Roma e lançar um ataque ao poderoso regime.

O "número da besta",  666 é, talvez, a referência mais famosa do Apocalipse. O trecho que o cita diz: "Quem tiver discernimento, calcule o número da besta, pois é número de homem, e seu número é 666".

Até hoje, 666 é usado para falar sobre a imagem do mal. Mas qual seria o significado por trás dele?

Em números, o nome do imperador Nero Cesar vira 666.

Era comum, na Antiguidade, usar números para disfarçar um nome.

 

Nos alfabetos grego e hebraico, todas as letras teem um número correspondente.

Então, se você somasse todas as letras do seu nome, você tinha um código numérico.

O professor Ian Boxall, da CUA (Catholic University of América), dá um exemplo com o nome Anna.

"A" vale 1 e "N" vale 50. Anna, então, seria 102. 1+50+50+1=102.

Se você escrever o nome do imperador “Nero Cesar” no alfabeto hebraico, a equação fica:

200+60+100+50+6+200+50=666.

Historiadores acreditam que a perseguição de Nero a cristãos em Roma fez com que ele fosse uma figura odiada pelos primeiros Cristãos.

 

Outros mitos que envolvem o número 666.

Diversos outros mitos conhecidos vêm do Apocalipse e têm relação com a situação de Roma na época.

Nem todo mundo sabe, por exemplo, que Armagedom vem da Batalha do Armagedom, descrita no mesmo livro. O nome Armagedom é baseado no nome do Megido, um monte que hoje fica em Israel. Local de grandes batalhas onde, segundo o livro de Apocalipse acontecerá a última, a maior e a mais sangrenta batalha de todos os tempos 

Segundo estudiosos, "ar" (ou "har") significa monte em hebraico, e "magedom" (ou "magedo") equivale a Megido. Na época de João, o Megido era um sangrento campo de batalha e abrigava uma das legiões mais cruéis de Roma.

A batalha do Armagedom é uma luta entre o bem o mal, entre Deus e Satanás durante os últimos dias do mundo.

Já os cavaleiros do Apocalipse capítulo 6 são quatro homens, em cavalos, nas cores branca, vermelha, preta e amarela. Eles soltariam no mundo a morte, guerra, fome e conquista, representando a violência resultante de escolher não seguir a palavra de Deus, mas Roma imperial com todas as características da Babilônia e de Sodoma e Gomorra.

 

A besta do Apocalipse e suas sete cabeças.

Outra imagem famosa do livro é a da besta do apocalipse e suas sete cabeças, essa é a besta que surgiu do mar que significa do meio das multidões, que emerge do oceano e exige ser adorada. O nome de uma blasfêmia está escrito em cada uma das suas cabeças.

 

A besta seria Roma e o se representante legal as época futura, que é conhecido e também considerado como o falso profeta, e suas cabeças representariam os sete imperadores que a Roma antiga havia tido naquele tempo. Os nomes de blasfêmias representam a tendência dos imperadores romanos de se chamarem e se autoproclamarem deuses.

 

Influências do Apocalipse. 

 

Desde muito tempo até hoje o Apocalipse tem influências na cultura, na história da humanidade e aparece em várias referências dos acontecimentos em nossa época. O mundo moderno tem sofrido com o aumento dos desastres causados pela ação da natureza.

Entre os filmes que fazem referência a ele estão O Sétimo Selo (1957), Fim dos Dias (1999), Filhos da Esperança (2006) e É o Fim (2013), todos usam a imagem do fim do mundo.

Na literatura, estão entre os exemplos best seller’s como a série Deixados para Trás (1995), O Nome da Rosa, de Umberto Eco (1980) e Revelação, de CJ Sansom.

Muitos músicos, compositores clássicos e até bandas de heavy metal foram influenciados por temas da revelação.

O Iron Maiden batizou seu disco de 1982 de The Number of the Beast (O número da besta), enquanto o álbum do Muse de 2006, Black Holes and Revelations, traz os Cavaleiros do Apocalipse na capa.

 

A pergunta que muitos que estudam o assunto fazem é:

Quem é o Anticristo? Que ligação tem o Anticristo com o número 666?

 

01) Apocalipse 13.1-10 diz que: Ele é o grande enganador que sairá persuadindo as nações com suas lisonjas e palavras ilusórias, mas que serão agradáveis aos ouvidos de todos os seus interlocutores; sua autoridade e seu poderio bélico militar, político e religioso será tanto que ninguém o poderá suportar e nem batalhar contra ele. A meu ver o Anticristo será uma pessoa muito ligada à nação de Israel e terá condições de fazer um pacto de paz, que será aparente, entre Israel e os Palestinos com a aquiescência de todas as outras nações e que fazem parte das nações unidas, principalmente.

 

Apocalipse 13.1-10

1 Então vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia.

2 E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade.

3 Também vi uma de suas cabeças como se fora ferida de morte, mas a sua ferida mortal foi curada. Toda a terra se maravilhou, seguindo a besta,

4 e adoraram o dragão, porque deu à besta a sua autoridade; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? quem poderá batalhar contra ela?

5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias; e deu-se-lhe autoridade para atuar por quarenta e dois meses.

6 E abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome e do seu tabernáculo e dos que habitam no céu.

7 Também lhe foi permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe autoridade sobre toda tribo, e povo, e língua e nação.

8 E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

9 Se alguém tem ouvidos, ouça.

10 Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a perseverança e a fé dos santos.

 

02) Apocalipse 13.1 diz que: O Anticristo dominará todas as nações da face da terra; nenhum governo ou país escapará de suas intromissões e imposições. Ninguém lhe enfrentará; ele se considerará o mais forte, o maioral de toda a face da terra; proferirá palavras de blasfêmia contra Deus em todas as nações, por fim ele mesmo se declarará ser deus. Terá o amparo das multidões, das massas da população que estarão sob seu comando porque dependerão dele para se alimentar, para trabalhar, para gerar filhos, enfim o Anticristo dominará com autoridade todos os povos da terra. Todas as nações dependerão das decisões unilaterais dele. Não serão valorizados outros líderes mundiais que queiram ser iguais a ele. Ele os destruirá antes que se tornem uma ameaça.

 

Apocalipse 13.9. A frase “se alguém tem ouvidos, ouça”, parece indicar que tanto a declaração seguinte (v.10) quanto o contexto mais amplo têm significante aplicação atual, e não é apenas uma referência futura. Então, ilusão espiritual e blasfêmia, assim como perseguição e martírio, não deveriam surpreender os crentes em nenhum ponto da história.

 

Apocalipse 13.10.  Mesmo quando os cristãos enfrentam o cativeiro ou são mortos, eles podem ter paciência, sabendo que Deus os vingará (Rm 12.19) no dia da ira e do justo juízo vindouro. (Rm 2.5).

 

Apocalipse 13.11 dá a impressão que a palavra “Outra” significa outra da mesma espécie, falando da estreita relação entre essa besta da terra e a besta anterior, que emergiu do mar (v. 1), mesmo que a aparência exterior delas seja acentuadamente diferente. Essas ações da besta descritas nos versículos 12-17 certificam, na prática, que ela é o falso profeta mencionado em Apocalipse 16.13; 19.20; 20.10.

As duas bestas (a besta que surgiu da terra e a besta que surgiu do mar) podem simbolizar também a união do poder secular e político com a religião durante os últimos dias. Isso significa que a trindade satânica estará completa e atuante na terra. O sistema político de governo, o mandatário do governo e a religião oficial do governo. Esse é o único lugar no Apocalipse onde o cordeiro não se refere a Cristo. Aqui, o cordeiro com dois chifres é um símbolo da adoração judaica e da autoridade religiosa que será adorada pelos Judeus na primeira parte de três anos e meio da grande tribulação.

Falava como o dragão indica, provavelmente, que a segunda mensagem da besta vem de um dragão (Satanás), assim como a primeira recebeu seu poder e sua autoridade do dragão.  (Ap 13.2).

 

Apocalipse 13.12-15 diz que:  Grandes sinais, como fazer descer fogo do céu e dar espírito e fala à imagem da primeira besta, são convincentes e muito parecidos com aqueles realizados pelas duas testemunhas (Ap 11.5,6). A operação de grandes sinais por meio do poder de Satanás é parte da decepção em massa profetizada por Paulo em 2 Tessalonicenses 2.8,9.

 

Apocalipse 13.16,17 diz que: O sinal é o nome da besta, ou o número do seu nome.

Aparentemente, essa marca é algum tipo de prova identificável de propriedade e lealdade aplicada na mão direita ou na testa das pessoas. Como não há evidência de tal prática na sociedade do primeiro século, essa marca parece ser uma falsificação maligna do selo na fronte dos servos de Deus em Apocalipse 7.3; 14.1.

 

Apocalipse 13.18 revela que: Depois da descrição anterior da tirania da besta, é feito um comentário explicativo destinado a transmitir sabedoria e entendimento ao leitor. O número (o nome no versículo 17) da besta é 666 (seiscentos e sessenta e seis), descrito também como o número de homem. 

A besta é simplesmente um homem, não é um deus, como os sinais poderiam sugerir. O número 6, logo abaixo do 7 (o número da perfeição), é intensificado pelo 666, o número do homem que não é Deus. A identidade desse homem algum dia será conhecida em relação ao número 666. É vital para identificar o Anticristo.

Se você não sabe discernir o que é a igreja verdadeira e se você não tem certeza de sua salvação, veja abaixo como saber.

 

Qual é a verdadeira igreja ou a igreja verdadeira?

Muitas pessoas confundem a igreja verdadeira com uma denominação ou mesmo com um templo religioso. A igreja verdadeira não é um prédio nem uma denominação. A igreja verdadeira é o povo escolhido por Deus, chamado por Deus, remido por Deus pelo sacrifício vicário de Jesus, selado por Deus, procedente de todos os povos, raças, tribos, línguas e nações. A igreja verdadeira é composta de todos aqueles que foram lavados e remidos no sangue do Cordeiro, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Essa igreja extrapola todas as fronteiras étnicas, culturais, ideológicas, independentemente de ter ou não ter riquezas e bens materiais, patrimônio financeiro invejável e denominações ricas ou pobres, sejam elas quais forem. Se você confessa Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua vida, então, você faz parte da igreja verdadeira.

Não espere a grande tribulação, não espere o Anticristo, não espere a besta, não espere o falso profeta, espere, sim, o arrebatamento da igreja, espere e faça tudo de sua parte para você ser arrebatado por Jesus Cristo, num abrir e fechar de olhos. Deus dará o galardão da vida eterna nas mansões celestiais àqueles que assim o fazem. Breve Jesus voltará.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 

segunda-feira, 26 de abril de 2021

SÓ COLHEMOS AQUILO QUE PLANTAMOS

SÓ COLHEMOS AQUILO QUE PLANTAMOS

 

“Ninguém colhe sem plantar e só colhe aquilo que plantar”. By Waldirpsouza.

 

“De Deus não se zomba, tudo que o homem semear, isso também o ceifará”. Gl.6.7

 

Não há ceifa sem semeadura e nem toda a ceifa é tão simples assim, porque toda a semeadura, antes de ser feita, exige a remoção dos obstáculos. Há pedras e toda a sorte de entulhos que terão que sair do caminho. É preciso um trabalho de revolver a terra, até que ela esteja propícia para receber a semente em condições de germinar.

Estamos diante de uma gloriosa promessa, na qual Deus promete para a nação de Israel três coisas importantes e necessárias para a sobrevivência e subsistência: Deus promete trigo, mosto (vinho) e azeite.

 

O trigo fala de pão, de alimento, de fartura.

Deus disse que vai derramar na terra fome, não de pão, nem de água, mas fome da Palavra de Deus. E, infelizmente chegará o dia em que os homens procurarão este pão e não o acharão; hoje, porém, ainda vivemos no tempo da graça e o pão está aí. E a Palavra de Deus, na unção do Espírito, a Palavra viva, a Palavra revelada, aquela palavra que nós tomamos, cremos, exercemos a nossa fé, apropriamo-nos dela e vêmo-la manifestando-se diante dos nossos olhos. Pão é para comer. Fala de alimento, dos amidos, cereais, vitaminas, sais minerais, etc. Até porque na Bíblia o povo quando comia pão, era de grão integral com todo o complexo B, com celulose, com as vitaminas, sais minerais, para trazer saúde. Costumo dizer que o povo no deserto comeu pão integral, porque o salmista diz que veio cereal do Céu. Então o maná era cereal do Céu, integralíssimo. 

 

Hoje os cereais são refinados. Seus nutrientes são removidos, ficando apenas o amido, que resulta numa péssima alimentação, deixando o povo anêmico e com muita prisão de ventre, por falta de celulose, que facilita a eliminação dos dejetos. O mesmo ocorre em relação à Palavra. Há muita gente comendo a Palavra de Deus também refinada. Por isso andam todos anêmicos, sem forças e condições de eliminar o pecado. O que isto quer dizer? Significa tomar da Palavra de Deus só o que agrada ao paladar.

 

Jesus disse: "Eu sou o pão vivo que desceu do Céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que Eu darei pela vida do mundo é a Minha carne. Porque a Minha carne é verdadeiramente comida e o Meu sangue verdadeiramente bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue, permanece em Mim e Eu nele, e quem de Mim se alimenta, também viverá por Mim" 

(João 6:51,55-57).

 

O pão fala da Palavra, e a Palavra é Jesus. Ele declarou:

"Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer dá muito fruto" (João 12:24).

Ele é o grão de trigo, o pão, a palavra, pelo que a promessa de Deus envolve uma experiência com Cristo, que resulte numa Igreja mais parecida com Ele e multidões rendidas aos Seus pés.

 

Mosto e vinho são originários do suco de uva.

O pão é para comer e o vinho para beber. Fala de alegria, de plenitude, de enchimento, porque o Reino de Deus é alegria no Espírito Santo. Deus quer trazer a verdadeira alegria, não do carnaval, do samba, dos prazeres da carne, porque isto não é alegria, é mero estímulo da carne, que logo se desfaz e deixa atrás de si o vazio e a depressão. Deus quer dar aquele vinho novo do Espírito, a embriaguez do Espírito. No dia de Pentecostes eles estavam tão cheios, que disseram: "Estão embriagados." Mas era o vinho novo, o Espírito de Deus que nos dá uma alegria imensa, nos enche o coração.

 

O azeite é originário da oliveira que produz azeitonas e óleos inclusive para alimentação como o óleo virgem e extra virgem e também o óleo de unção, muito utilizado antigamente pelos profetas e atualmente também, além de outras funções que é utilizado.

O azeite era para unção. Isaías declara em sua profecia: "Naquele dia a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo do teu pescoço; e o jugo será quebrado por causa da gordura" (unção) (Isaías 10:27). É a unção que quebra o jugo. Então Deus está prometendo para o Brasil, o azeite da unção do Espírito de Deus. Em outras palavras, Ele quer quebrar o jugo, despedaçar as cadeias, demolir todas as fortalezas que prendem o Seu povo e esta nação.

 

A Bíblia nos traz ensinamentos preciosos sobre a semeadura e a colheita daquilo que plantamos.

 

A lei da semeadura é uma verdade básica fundamentada na figura do agricultor que ensina que aquilo que plantamos também colhemos. Esse ensino é extremamente antigo, e pode ser encontrado em vários textos bíblicos.

Também é verdade que infelizmente muita gente tem utilizado da lógica da lei da semeadura para tentar enganar as pessoas.

Criou-se um verdadeiro “comércio da fé” que ensina um falso evangelho que objetiva, principalmente, retornos financeiros.

 

O que é a lei da semeadura na Bíblia.

Do Antigo ao Novo Testamento encontramos vários textos que transmitem a ideia presente na lei da semeadura. Por exemplo, o rei Salomão escreveu um provérbio que transmite a lógica da lei da semeadura. Ele diz: “O perverso recebe um salário ilusório, mas o que semeia justiça terá recompensa verdadeira”. (Provérbios 11:18). Em outra ocasião, o mesmo sábio também escreveu que “o que semear perversidade colherá males”. (Provérbios 22:8). A colheita é de igual modo para todos.

 

Eclesiastes 9.2 nos diz o seguinte:

Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.

 

De acordo com esse princípio, é possível perceber que apenas irá colher aquele que também semeou. Isso é o que fica claro no livro de Eclesiastes. O pregador escreve que “quem observa o vento, não semeará; e o que atenta para as nuvens, não colherá”. (Eclesiastes 11:4).

No Salmo 126 também encontramos elementos da lei da semeadura. Nele o salmista mescla louvor pelo livramento de Deus, lamento pela situação de seu povo e uma enorme confiança na providência de Deus, expressando sua certeza de que Deus mudaria a sorte de seu povo e substituiria o sofrimento pela bênção. A frase mais significativa nesse sentido transmite a figura da semeadura. Nela o salmista enfatiza que “os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão”. (Salmos 126:5).

O profeta Oseias, confrontando a idolatria da nação de Israel e as alianças indevidas, destacou a relação entre o pecado e o castigo, no sentido de causa e efeito, ao dizer que porque semearam ventos também ceifariam tormentas. (Oseias 8:7).

 

A lei da semeadura e da colheita no Novo Testamento.

No Novo Testamento também existem muitas passagens que fazem referência à lei da semeadura e da colheita. Algumas vezes essa referência é feita de forma implícita. Certamente os dois textos mais lembrados do Novo Testamento nesse sentido foram escritos pelo apóstolo Paulo. O primeiro foi direcionado aos cristãos de Corinto, e o segundo aos cristãos da Galácia. (2 Coríntios 9:6; Gálatas 6:7,8).

Estes dois textos são essenciais para entendermos realmente o que é a lei da semeadura e da colheita segundo a Bíblia. Ao mesmo tempo, também é fácil perceber o que a lei da semeadura definitivamente não é. No texto aos coríntios, Paulo trata da necessidade das contribuições no auxílio aos crentes pobres de Jerusalém. Nele o apóstolo encoraja os cristãos de Corinto a serem generosos com os irmãos necessitados de Jerusalém. Nesse contexto ele escreve:

E digo isto: Que o que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. (2 Coríntios 9:6).

Já no texto aos Gálatas, após o apóstolo fazer uma grande exposição sobre as obras da carne e sobre o fruto do Espírito (Gálatas 5), ele fala sobre o auxílio mútuo e a responsabilidade pessoal. (Gálatas 6). A partir do versículo 6, ele ensina que o homem ceifará aquilo que plantar, enfatizando a responsabilidade humana.

 

Com base nesses dois textos, podemos considerar alguns pontos básicos sobre a lei da semeadura e da colheita. Vejamos a seguir.

 

Analisemos sobre o significado correto da lei da semeadura.

A lei da semeadura e da colheita tem sido um dos principais argumentos de quem defende a teologia da prosperidade. Segundo tais pessoas, se alguém semear financeiramente, e é claro, em abundância, irá colher em abundância. Obviamente o que semear pouco, nesse mesmo sentido, também colherá pouco. Geralmente se utiliza o texto citado em 2 Coríntios para defender tal ensino.

No entanto, esse texto em nada tem a ver com esse falso ensino. O grande objetivo do apóstolo, como já foi dito, é estimular a generosidade esperada daqueles que são verdadeiramente seguidores de Cristo.

Apesar de nossas traduções trazerem a frase “o que semeia em abundância (ou fartura), em abundância também ceifará”; no original grego o que se lê literalmente é algo como: “o que semeia na base de bênção, na base de bênção há de colher”. A palavra grega eulogia, traduzida como “fartura” ou “abundância” em algumas versões, significa “louvor”, “enaltecimento”, “bênção” e “gratidão”.

 

Assim, o que o apóstolo está falando é simplesmente que aquele que contribui com as necessidades de seus irmãos louvando a Deus (ou com gratidão a Deus), terá, por sua vez, uma colheita pela qual agradecerá (ou louvará) a Deus. Perceba que nitidamente a ênfase não está na quantidade e, sim, na intenção.

É por isso que o versículo seguinte é muito claro em dizer que “cada um contribua segundo propôs no seu coração; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria” (2 Coríntios 9:7). Isto significa que aquele que contribui em abundância no versículo 6, é o mesmo que contribui com alegria no versículo 7. Essa relação expressa muito claramente que mais uma vez que o foco de forma alguma é a quantidade.

 

É claro que ter uma colheita pela qual alguém agradecerá a Deus pelo que colheu, não implicará necessariamente em receber dEle riquezas e poder. Os verdadeiros seguidores de Cristo sabem muito bem que as riquezas terrenas não devem ser a fonte de sua satisfação. A recomendação do Senhor é para que tesouros sejam ajuntados no céu. (Mateus 6:19,20).

 

A lei da semeadura não garante prosperidade terrena.

No versículo 5, antes do apóstolo introduzir a metáfora agrícola da lei da semeadura, ele deixa bem claro que quem está recebendo a “benção” no sentido financeiro nesse contexto, são os irmãos pobres de Jerusalém. Em momento algum os ofertantes aparecem como os beneficiários dessas bençãos, num tipo de barganha com Deus. O texto de Paulo não dá margem para o falso ensino da lei da semeadura da prosperidade.

Portanto, a lei da semeadura e da colheita que o apóstolo Paulo se refere, não tem qualquer relação com um tipo de investimento de negócios, no sentido de contribuir hoje para receber mais amanhã. Antes, o apóstolo aplica a lei da semeadura no campo espiritual. Assim, é nesse mesmo sentido que os cristãos devem esperar a colheita prometida.

É claro que Deus pode abençoar materialmente alguém de forma generosa. No entanto, isso não é uma regra e nem algo garantido. O que a Bíblia afirma e garante, é que a recompensa do cristão não está nesta vida, Lucas 6:20-25; 2 Coríntios 8:9; 11:27; Tiago 2:5, porém, enquanto estivermos vivendo aqui, Deus nos garante o necessário para nossa sobrevivência. (Mateus 6:25-33).

Também é neste mesmo sentido que encontramos o ensino de Jesus acerca da “ boa medida, recalcada, sacudida e transbordante“. (Lucas 6:38). Infelizmente muitos distorcem este ensino para ensinar a lei da semeadura atrelada ao ganho material.

Aqui também podemos nos lembrar do levita Asafe. Em certa altura de sua vida ele ficou incomodado com o sucesso e a prosperidade do ímpio, face às privações e injustiças sofridas pelo justo. Mas ele finalmente foi confortado quando entendeu que a prosperidade terrena desfrutada pelo ímpio é frágil e passageira, e o seu fim é terrível diante do juízo de Deus. (Salmo 73).

Além de tudo isso, voltando ao apóstolo Paulo, seria totalmente contraditório ele ensinar esse tipo de lei da semeadura conforme os falsos mestres a ensinam por aí. Ele próprio admitiu abertamente passar por muitas dificuldades e privações. (2 Coríntios 11:27; Filipenses 4:10ss).

Se a lei da semeadura realmente for referente a ofertar com abundância e receber cada vez mais, então Jesus não sabia disto quando elogiou a oferta de uma viúva pobre. (Marcos 12:42). Jesus foi claro ao dizer que não se pode servir a Deus e a Mamom, (riquezas). Mas a teologia da prosperidade é tão maligna em certos aspectos que fazem com que alguém tente servir a Deus apenas para alcançar Mamom, (riquezas).

 

A lei da semeadura é um alerta para todos.

Partindo agora para o texto da Epístola aos Gálatas, podemos perceber o quanto a lei da semeadura aponta para a responsabilidade humana. O apóstolo Paulo faz uma importante exortação de que a responsabilidade pessoal é intransferível (Gálatas 6:5). Isso está de acordo com o ensino bíblico de que cada pessoa será julgada à luz de suas próprias ações. (Jeremias 17:10; 32:19; Ezequiel 18:20; Mateus 16:27; Romanos 2:6; Apocalipse 2:23; 20:13).

Diante dessa verdade, o apóstolo aplica a lei da semeadura e da colheita para ensinar que Deus não se deixa escarnecer. Por isto ele escreve: “pois o que um homem semeia, isso também colherá”. (Gálatas 6:7).

Obviamente essa regra é válida para todos, não apenas para os cristãos. Em outras palavras, o apóstolo está dizendo que ninguém que faz pouco caso do Evangelho ou zomba do Deus revelado nas Escrituras, ficará impune.

Ele completa seu raciocínio no versículo 8 ao dizer: “Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna”. (Gálatas 6:8).

O primeiro grupo, formado pelos que semeiam na carne, são aqueles que deixam a velha natureza decaída e corrompida pelo pecado seguir livremente o seu curso. Já o segundo grupo, os que semeiam no Espírito, são os que vivem pelo Espírito Santo, ou seja, sua liberdade está no “ser guiado pelo Espírito”. (Gálatas 5:18). A diferença entre esses dois grupos é imensa. O primeiro encontrará a destruição e o tormento eterno. Já o segundo colherá vida eterna da parte do Espírito.

 

A perseverança na semeadura, não importando o quanto ela vai produzir.

Nos versículos seguintes, o apóstolo exorta a respeito da perseverança na semeadura. Ele diz que não podemos nos cansar de fazer o bem, “porque no devido tempo colheremos, se não desistirmos”.

Devemos entender este “fazer o bem” como uma expressão bem ampla que expressa o tipo de conduta característica dos verdadeiros seguidores de Cristo. Esses seguidores são seus imitadores, refletem seu caráter e possuem as virtudes do fruto do Espírito.

Obviamente isso inclui a provisão aos necessitados em todas as áreas. Tanto na área material, como no caso de 2 Coríntios, com comida, contribuições, abrigo, etc. quanto na área espiritual, provendo ânimo, aconselhamento, instrução etc.

Por isto o apóstolo conforta seus leitores ao dizer que com perseverança, no tempo certo a colheita virá. Esse tempo não é determinado pelo homem, mas é segundo os planos eternos de Deus. Além do mais, a colheita é simplesmente uma recompensa da graça e não dos méritos. Aqui devemos se lembrar de que de nós mesmos não podemos fazer nada de bom. É pela ação do Espírito Santo em nós que somos capacitados a viver uma vida que agrada a Deus.

Sinceramente eu gostaria muito que a lei da semeadura fosse pregada todos os dias. Mas que não fosse essa versão contaminada e distorcida que os falsos profetas pregam. A lei da semeadura que deve ser pregada, é aquela puramente bíblica. A versão correta da lei da semeadura expõe a verdade de que aquilo que o homem plantar, isso também ele colherá. Com Deus não se barganha, e ninguém poderá escapar do seu juízo iminente.

Diz um ditado popular: Quem planta vento, colhe tempestade.

Então vamos plantar somente coisas boas e colheremos boas coisas.  

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.