segunda-feira, 19 de setembro de 2022

O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ

O ENGANO DO ÓSCULO SANTO NA CRUZ

 

O engano do ósculo (beijo) santo na cruz, que é uma prática idólatra da liturgia da igreja católica e que muitas igrejas evangélicas estão adotando como prática eclesiástica, já que a cruz está sendo colocada nos púlpitos, no interior e no exterior de muitos templos evangélicos.

 

É uma incoerência muito grande a adoração da cruz, temos que adorar é a Jesus que foi condenado a morrer pregado nela.

Vejam a defesa, em forma de advertência, do ósculo (beijo) santo na “santa cruz”, no dia da sexta feira da paixão, feita por um líder religioso da igreja católica.

Nas celebrações das missas no dia da sexta feira da paixão nas igrejas católicas é feita a cerimônia do beijo (ósculo santo) na cruz sem a presença da imagem do Cristo crucificado, colocam somente a cruz e todos os fiéis têm que beijá-la.

 

A adoração da cruz na sexta-feira santa, também chamada de “sexta-feira da paixão”, não vem a ser homenagem prestada a um pedaço de madeira ou idolatria?

A palavra “adoração” vem do termo latino “adoratio”, composto de “ad os” (à boca, aos lábios). Significa etimologicamente o gesto de levar a mão aos lábios a fim de a oscular e, em seguida, estender o ósculo a uma figura tida como divina. Este gesto devia designar, conforme os antigos, a homenagem suprema que um devoto possa prestar a Deus ou o reconhecimento da absoluta Majestade de Deus e da total sujeição da criatura.

O Cristianismo ensina que a adoração só pode ser tributada a Deus, ao único Deus, do qual as Escrituras Sagradas nos falam.

Deus, porém, pode ser considerado em Si mesmo, em Sua entidade puramente espiritual e invisível, como também pode ser contemplado através de manifestações sensíveis que Ele tenha concedido aos homens no decorrer da história. Ora uma das manifestações mais puras de Deus e, em particular, do amor de Deus para com os homens, é a Paixão de Cristo (verdadeiro Deus feito verdadeiro homem); a Paixão, por sua vez, é manifestada ou simbolizada pela Cruz. Se, por conseguinte, algum cristão quer adorar a Deus nesta sua prova suprema de amor que é a Paixão redentora, pode voltar-se para a verdadeira Cruz de Cristo (conservada em fragmentos ou relíquias espalhadas pelo mundo inteiro) ou para uma reprodução da mesma (feita por carpinteiros ou escultores posteriores) e, mediante a Cruz, tributar a Deus a sua adoração. Neste caso, fala-se de “adorar a Cruz”, mas, como se vê, num sentido impróprio; a adoração é toda relativa, isto é, refere-se toda ao próprio Deus, e de modo nenhum ao lenho como tal; este vem a ser considerado apenas como símbolo de uma realidade invisível e como estímulo sensível da devoção (a natureza humana foi feita de tal modo que lhe é normal passar às coisas invisíveis mediante as visíveis).

A adoração sendo, antes de mais nada uma atitude interior, é somente a pessoa que a pratica que pode dizer se está adorando ou não. Um ósculo, uma prostração ou uma genuflexão não significam necessariamente adoração. Caso a signifiquem, podem significar adoração absoluta ou relativa; tudo depende da intenção de quem realiza tais atos. Ora o católico professa que, quando ele se prostra diante da santa Cruz e a oscula, ele entende adorar a Deus, e a Deus só, mediante um dos símbolos do seu amor. E não há quem lhe possa contradizer.

 

O que a Bíblia diz sobre adoração de objetos, deuses e símbolos das religiões?

A Bíblia nos diz que essa idolatria implica no culto ou adoração a algo ou alguém, tanto material como imaterial, real ou imaginário, que caracteriza a atribuição de honra a falsos deuses, sobretudo pela materialização de tais objetos de adoração em produtos fabricados pelo próprio homem.

O que é um ídolo? É apenas uma imagem de escultura?

Apesar da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens. ´

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo, um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro, filosofias humanas (como o naturalismo, o humanismo e o racionalismo), práticas ocultas e espiritualistas, etc.

Assim, devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém a lealdade e a honra que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).

Falando especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é uma simples obra humana, uma mera imitação formada a partir de matéria sem vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover (Sl 115; Am 5:26; Os 13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.

A adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano, e não podem livrar tais pessoas do juízo divino.

No Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática não foi aprovada pelo Senhor. (cf. 1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os 10:5-8).

O apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por traz da adoração ao ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).

As provas históricas e arqueológicas, de que a cruz da cristandade não é a representação de um mero instrumento, mas sim o símbolo do culto imperial romano, conhecido na antiguidade como "Troféu de Vitória" por tamanha crueldade daqueles atos hediondos.

A cruz nada mais é que a representação de um deus pagão de braços abertos como um escudo, que “concede” (segundo a tradição católico Romana) proteção, bênçãos e vitórias. Também era usada como um instrumento de tortura e morte, onde o próprio deus que ela representava punia a vítima de uma forma extremamente humilhante.

Será que Jesus Cristo foi estuprado em público por um deus punidor? As diferentes formas do uso da cruz se fundem numa implícita religiosidade aparentemente vitoriosa, já que puniu com crueldade o Filho de Deus. Obviamente que o simples uso deste símbolo, seria inapropriado para um cristão de acordo com a bíblia, pois o mesmo representa um ídolo. Então a historicidade do assunto está errada, porque não se pode adorar, nem venerar, nem beijar um símbolo ou réplica da cruz, mesmo que faça parte da tradição católico Romana.

 

O ósculo santo na cruz simboliza o ato de prestar culto a ídolos.

O dicionário informal da língua portuguesa define idolatria como “dar atributos de Divino a qualquer objeto, coisa ou pessoa como se fossem Deus e adorá-los. Simbolizar o sagrado e divino não é o mesmo que ser sagrado e divino. Imagens por exemplo podem ser símbolos ou ídolos dependendo da dimensão que ela assume diante daquele que a tem. Posso ter uma imagem ( por exemplo: um retrato de alguém de sua família que já faleceu) e não ser idólatra como também posso ter e ser”.

Na bíblia a palavra idolatria diz respeito à adoração de ídolos, de objetos, chamados de sagrados,  feitos pelas mãos dos homens, numa prática que se opõe a adoração de um Deus monoteísta e ainda a prática da adoração a outros deuses que não o único Senhor Deus criador dos céus e da terra.

Diversos povos pecaram adorando a outros deuses, chegando a sacrificar os próprios filhos, ou saindo da presença de Deus e cometendo toda sorte de imoralidades, como por exemplo, as cidades de Sodoma e Gomorra, que chegaram a ser destruídas numa chuva de fogo e enxofre, porque seu pecado era tão abominável que Deus puniu aquelas cidades com a destruição total delas.

Outro ponto ainda de idolatria foi a adoração ao bezerro de ouro, quando o povo israelita aguardava no deserto, a oportunidade de entrar na terra prometida. Moisés havia subido ao monte para falar com o Senhor e neste tempo o povo adulterou construindo um bezerro de ouro para adorar, o que desagradou a Deus.

 

O Salmo 115.1-4 é uma declaração em forma de um hino de adoração a Deus e de reprovação dos ídolos.

O Salmo 115 todo é também um salmo comunitário, congregacional, de louvor e adoração a Deus e concentra-se sobre a glória do Senhor na salvação do Seu povo. Várias partes deste salmo são também usadas pelo Salmo 135 e possui também cinco momentos especiais:

(1) Glorificação do Senhor, o Único que merece ser adorado. (v. 1,2);

(2) Comparação entre os deuses falsos e o Deus verdadeiro. (v. 3-8);

(3) Liturgia de demonstração de convicção e atitude de fé no Senhor. (v. 9-11);

(4) Liturgia de aprovação das bençãos  do Senhor. (v. 12-15);

(5) Glorificação plena do Senhor, em detrimento dos ídolos que nada são. (v. 16-18).

 

Algumas referências do próprio Salmo 115 nós dão a conhecer que o ídolo nada é.

Salmo 115.1,2  Não a nós, não a nós Senhor. As pessoas têm a tendência natural de desviar para si mesmas a glória que pertence a Deus. Este salmo redireciona a glória para o seu devido foco: Deus em pessoa. As nações que não conhecem Deus são propensas a insultarem os crentes em tempos de tribulação, quando a atividade de Deus parece falhar, por não ser tão evidente. (Sl.42.3).

Salmo 115.3,4 Assim como os profetas (Is 40; Jr 10), os Salmos zombam dos ídolos das nações. O salmista nega qualquer veracidade aos falsos deuses criados pelo povo (SI 135.15-18). Enquanto outros povos adoravam esses deuses, que precisam ser carregados de um lado para o outro, escorados e bajulados, Israel glorificava o Deus vivo que está nos céus e em toda parte e que faz tudo 0 que lhe apraz. Ele é o único Ser que merece nossa adoração.

 

Refletindo sobre o verdadeiro significado desse tipo invertido de adoração.

Até bem pouco tempo ouvíamos falar em pessoas que eram condenadas a pena de morte nos Estados Unidos. A maioria eram executadas na cadeira elétrica. A bem pouco tempo ouvimos falar na televisão que brasileiros estavam sendo executados por fuzilamento em outro país por porte de drogas.

Voltando a história dos condenados a morte na cadeira elétrica nós Estados Unidos. O condenado à morte era colocado sentado e amarrado a uma cadeira especial. Colocavam-se eletrodos em certas partes do corpo, normalmente uma parte do crânio raspado e uma parte inferior do corpo. E assim se procedia esse ritual macabro; muito embora fosse merecido ou não, às vezes se descobria que estavam executando um inocente, bem na hora da execução ou logo depois de matar um inocente.

Porque estou lembrando vocês destes fatos vergonhosos neste nosso tempo tão evoluído?

Você lembra do tema desta postagem?

Então pense numa situação em que um pai ou uma família tem um filho ou ente querido seu sendo condenado e sendo executado numa cadeira elétrica. Depois da execução aquela família resolve adorar a cadeira elétrica ao ponto de beijá-la e transformá-la num símbolo de adoração para todas as pessoas daí por diante e as autoridades executoras exigir que daí em diante toda a humanidade adorasse aquele símbolo de maldade para com o filho daquela família que descobriu-se depois da execução que ele era inocente.

Bem, eu estou mencionando aqui apenas uma situação verdadeira acontecida nos Estados Unidos. Lá um inocente ficou cincoenta anos no corredor da morte e foi executado. Depois da execução o verdadeiro merecedor de estar ali confessou tudo, mas já era tarde demais.

Depois do ocorrido aquela família passou a odiar aquela cadeira elétrica e a quem condenou seu parente bem como seus algozes, seus executores.

A situação é parecida com o que fizeram com Jesus, com uma agravante porque fizeram muito pior com Jesus, condenando um inocente que só fez o bem para todos.

Agora por causa daquela execução de um filho inocente ou merecedor daquele ato, é lícito a família e a religião eleger a cadeira elétrica como símbolo de adoração e de beatificação a ponto de considerar mundialmente um dia específico só para beijar aquela cadeira elétrica? Claro que não. Com a cruz de Jesus também foi assim e num gesto de adoração plena ao madeiro cruel em que Jesus foi crucificado, tentam passar uma mensagem e uma prática idólatra para a humanidade, fazendo com que as pessoas adorem e beijem um pedaço de madeira como se aquilo fosse um símbolo sagrado.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

A MALDADE DE UM JUÍZ INÍQUO

A MALDADE DE UM JUÍZ INÍQUO

 

Lucas 18.1-18.

 

A parábola do juiz iníquo, a maldade do juiz iníquo para com uma viúva desamparada.  

1 E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer, 

2 dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum. 

3 Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. 

4 E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito os homens, 

5 todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito. 

6 E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. 

7 E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? 

8 Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?

 

O que são parábolas. Jesus utilizou muitas parábolas para exemplificar aquilo que Ele queria dizer ou já tinha dito.

As parábolas são histórias que se caracterizam por serem de certa forma curtas e objetivas. Elas têm o objetivo de transmitir ensinos e normalmente o fazem por meio de comparações, da explanação de fatos reais e de elementos comuns à época em que foram escritas. Os ensinos transmitidos são os mais variados, mas, normalmente, vemos ensinos ligados à moral e virtudes, à sabedoria e também à religião e doutrina.

As parábolas mais conhecidas são as que Jesus produziu e que são descritas no Novo Testamento. No entanto, também encontramos parábolas no Velho Testamento (Por exemplo: 2 Samuel 12. 1-4 – A parábola que o profeta Natã contou a Davi para acusá-lo de adultério).

Abaixo, para que você possa tomar conhecimento, relacionamos as parábolas contadas por Jesus e onde elas se encontram na Bíblia.

Lista extraída do dicionário da Bíblia de Almeida:

O administrador desonesto (Lc 16.1-9);
O amigo importuno (Lc 11.5-8);
As bodas (Mt 22.1-14);
O bom samaritano (Lc 10.29-37);
A casa vazia (Mt 12.43-45);
Coisas novas e velhas (Mt 13.51-52);
O construtor de uma torre (Lc 14.28-30);
O credor incompassivo (Mt 18.23-35);
O dever dos servos (Lc 17.7-10);
As dez virgens (Mt 25.1-13);
Os dois alicerces (Mt 7.24-27);
Os dois devedores (Lc 7.40-43);
Os dois filhos (Mt 21.28-32);
A dracma perdida (Lc 15.8-10);
O fariseu e o publicano (Lc 18.9-14);
O fermento (Mt 13.33);
A figueira (Mt 24.32-33);
A figueira estéril (Lc 13.6-9);
O filho pródigo (Lc 15.11-32);
A grande ceia (Lc 14.15-24);
Jejum e casamento (Lc 5.33-35);
O joio (Mt 13.24-30,36-43);
O juiz iníquo (Lc 18.1-8);
Os lavradores maus (Mt 21.33-46);
Os meninos na praça (Mt 11.16-19);
A ovelha perdida (Lc 15.3-7);
O pai vigilante (Mt 24.42-44);
A pedra rejeitada (Mt 21.42-44);
A pérola (Mt 13.45-46);
Os primeiros lugares (Lc 14.7-11);
A rede (Mt 13.47-50);
O rei que vai para a guerra (Lc 14.31-32);
O remendo com pano novo (Lc 5.36);
O rico e Lázaro (Lc 16.19-31);
O rico sem juízo (Lc 12.16-21);
O semeador (Mt 13.3-9,18-23);
A semente (Mc 4.26-29);
A semente de mostarda (Mt 13.31-32);
O servo fiel (Mt 24.45-51);
Os servos vigilantes (Mc 13.33-37);
Os talentos (Mt 25.14-30);
O tesouro escondido (Mt 13.44);
Os trabalhadores da vinha (Mt 20.1-16);
O vinho e os odres (Lc 5.37).

 

A parábola do juiz iníquo é um importante ensino de Jesus registrado no Evangelho de Lucas 18:1-8. Essa parábola também é conhecida como a parábola da viúva perseverante ou a parábola da mulher persistente.

A parábola do juiz iníquo faz parte de um texto bíblico cujo tema principal é a oração. Através dessa parábola o Senhor Jesus falou especificamente sobre a necessidade da perseverança na oração. Dessa forma o seu significado ensina muitas lições preciosas para todos os cristãos.

Resumo da parábola do juiz iníquo e a viúva.

Na Parábola do Juiz Iníquo, Jesus falou sobre um juiz que julgava numa certa cidade. Esse juiz não temia a Deus e nem era sensível às necessidades das pessoas. Na mesma cidade havia também uma viúva. Essa mulher tinha uma causa a ser julgada e frequentemente se dirigia ao juiz rogando-lhe: “Faze-me justiça na causa que pleiteio contra meu adversário”. (Lucas 18.10).

O juiz se negou a atender a viúva durante algum tempo. Mas num dado momento ele refletiu sobre a situação daquela mulher, e preocupado com seus próprios interesses, considerou atendê-la. Ele admitiu que não temia a Deus e nem tinha consideração pelas pessoas; mas também ele não queria mais ser importunado. Então ele resolveu julgar a causa da viúva para que ela deixasse de aborrecê-lo com seu pedido.

Então o Senhor Jesus concluiu a parábola do juiz iníquo com a seguinte declaração: “Atentai à resposta do juiz da injustiça! Porventura Deus não fará plena justiça aos seus escolhidos, que a Ele clamam de dia e de noite, ainda que lhes pareça demorado em atendê-los? Eu vos asseguro: Ele vos fará sua justiça, e depressa. No entanto, quando o Filho do homem vier, encontrará fé em alguma parte da terra?” (Lucas 18:-8).

Contexto da parábola do juiz iníquo e a viúva.

Jesus contou a parábola do juiz iníquo aos seus discípulos com o objetivo de adverti-los quanto ao dever de orar continuamente e jamais desanimar.

O evangelista Lucas posicionou essa parábola sequencialmente após uma exposição escatológica feita pelo por Jesus (Lucas 17). Este detalhe é importante, pois os ensinos do capítulo 18 possuem uma ligação direta com o tema do capítulo 17, apesar de algumas pessoas não perceberem.

No capítulo 17 o Senhor falou sobre o período difícil que seus seguidores deverão suportar antes de Seu retorno glorioso (Lucas 17:22,23). Jesus alertou que esse período seria longo e traria um sofrimento progressivo até culminar no dia de seu retorno. Diante dessa realidade, no capítulo 18 Ele exorta seus seguidores a perseverar em oração, na certeza de que suas suplicas serão respondidas.

 

Explicação da parábola do juiz iníquo e a viúva.

A parábola do juiz iníquo possui um paralelo muito claro com a parábola do amigo importuno contada por Jesus em outra ocasião (Lucas 11:5-8). As duas parábolas enfatizam a importância da perseverança na oração. Na Parábola do juiz iníquo são mencionados três personagens: o juiz; a viúva; o adversário da viúva.

Sobre a viúva.

A viúva tinha um opositor que de alguma forma estava agindo com injustiça contra ela. As viúvas naquela época facilmente passavam necessidades, principalmente quando herdavam dividas de seus maridos falecidos.

Desde o Antigo Testamento, a Bíblia menciona algumas viúvas que passaram por situações difíceis e viveram de modo precário. Aqui podemos citar como exemplos a viúva que hospedou o profeta Elias em Sarepta, e a viúva que mais tarde hospedou o profeta Eliseu (1 Reis 17:8-16; 2 Reis 4:1-7).

Nas Escrituras também encontramos várias referências sobre o cuidado de Deus para com as viúvas. A Bíblia diz que o Senhor julga e castiga aqueles que defraudam e prejudicam as viúvas (Êxodo 22:22,23; Deuteronômio 10:18; Salmos 68:5). O profeta Malaquias afirmou que Deus testemunhará contra aqueles que oprimem os órfãos e as viúvas (Malaquias 3:5).

Apesar disso, não é possível afirmar qual era a verdadeira situação daquela viúva. Não sabemos se ela era jovem ou idosa, se era rica ou pobre; nem mesmo sabemos a causa de seu litígio. Simplesmente tais detalhes são indiferentes e desnecessários à narrativa bíblica.

Sobre o juiz.

Na cidade em que a viúva vivia havia um juiz. Jesus o descreve como sendo um homem contrário a Deus e que também não tinha qualquer respeito pelas pessoas. Essa descrição sem dúvida enfatiza que aquele juiz era alguém egoísta e desprezível.

Quando Jesus diz que aquele juiz não tinha qualquer reverência para com Deus, isso significa que o juiz iníquo não se preocupava em fazer o que era moralmente certo. Com a informação de que ele não respeitava as pessoas, também concluímos que ele não dava importância para a opinião pública.

Sobre o tribunal.

A viúva procurou diretamente o juiz para que sua causa fosse resolvida. Em casos assim, a viúva passava a ocupar o lugar do marido falecido, tendo então os mesmos direitos de um homem no tribunal.

Na parábola Jesus não indica que o adversário da viúva comparecia regularmente ao tribunal. A viúva, por sua vez, constantemente procurava o juiz pedindo que ele julgasse sua causa. O comportamento do juiz foi completamente condizente ao seu perfil perverso.

Durante um tempo ele se recusou a fazer qualquer coisa a favor da viúva, até que depois de muita insistência ele resolveu julgar a sua causa. Ele queria apenas ficar livre daquela importunação. A forma com que o texto bíblico descreve a intenção do juiz, parece indicar que ele não agiu pelo senso de justiça, e, muito menos, pela compaixão. Em sua própria fala ele declara explicitamente não temer a Deus e nem se importar com os homens. Ele julgou a causa da viúva para não ser mais incomodado.

 

O significado da parábola do juiz iníquo.

O significado da parábola do juiz iníquo é bastante claro: os filhos de Deus devem orar constantemente, de modo perseverante e sem esmorecer, mesmo que sejam submetidos a uma longa espera. (Lucas 18:1).

Na parábola Jesus estabeleceu também um contraste agudo entre o juiz iníquo e o justo Juiz. Isso fica muito claro quando Jesus chama a atenção para as palavras do juiz e contrasta com a seguinte pergunta: “E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?” (Lucas 18:7).

Em outras palavras, Jesus diz que se um juiz ímpio, perverso e egoísta fez justiça à causa da viúva, quanto mais fará Deus que é santo e justo em prol de seu provo escolhido que ora a Ele de dia e de noite? Além disso, por seu caráter perverso, o juiz iníquo agiu motivado por princípios egoístas, enquanto Deus age por amor aos que são seus.

 

Jesus é um Juiz que cuida dos que são seus.

Com base nesse raciocínio, não podemos desprezar o uso de uma expressão que transmite um significado muito sublime. Jesus diz que certamente Deus fará justiça “aos seus eleitos”. A palavra original grega é eklektos, que significa “selecionado” ou “escolhido”.

Com isso, Jesus enfatiza a verdade de que o juiz iníquo nada tinha a ver com a viúva; ao contrário, ele não se importava com ela e queria se livrar dela. Ele estava disposto a qualquer coisa só para não precisar mais ver aquela mulher. Diferentemente disso, Jesus demonstra que o supremo Juiz não age assim. O justo Juiz julga a causa daqueles que são seus e se importa com eles de tal forma, que foi Ele próprio quem os elegeu como seu povo.

Geralmente é o cliente que escolhe o advogado. Na parábola foi a viúva quem procurou e escolheu o juiz que, naquele contexto, também lhe serviu de advogado. Mas no reino de Deus é diferente! Foi o justo Juiz quem escolheu aqueles que são seus. Ele os amou quando estes ainda estavam mortos em delitos e pecados; e os justificou pelos méritos de Cristo no Calvário, fazendo-lhes ser “a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” (2 Pedro 2:9).

Isso significa que não há como dar errado! Os redimidos nunca estarão desamparados e no tempo oportuno serão vindicados. Essa verdade é maravilhosa e reconfortante. (Apocalipse 6:10,11).

Jesus ê um Juiz que age no tempo certo.

Na Parábola do Juiz Iníquo Jesus também destaca que Deus age depressa em favor de seu povo, ainda que pareça ser tardio para com eles. Isso parece ser uma contradição, mas não é! A demora enfrentada pela viúva se deu pelo caráter desleal do juiz iníquo. Mas os seguidores de Cristo possuem um Juiz imutável e verdadeiro, no qual podem depositar toda sua confiança e fidelidade. Esse Juiz que conhece todas as coisas responde às orações de seu povo no tempo oportuno, de acordo com seus propósitos eternos.

Além disso, essa última parte da parábola do juiz iníquo aponta novamente para os acontecimentos escatológicos referidos no capítulo anterior (Lucas 17). Jesus termina a parábola falando sobre a consumação da presente era que se dará “no dia em que o Filho do homem vier”.

Todo cristão verdadeiro aguarda ansiosamente por esse momento final, quando toda justiça será revelada no dia do juízo. Nesse dia Cristo julgará os vivos e os mortos e porá fim em toda maldade, perversidade e injustiça (Atos 10:42).

Mas é verdade que a espera por esse dia pode parecer muito longa e demorada para nós. Contudo, nos planos de Deus o tempo certo já está determinado, assim como disse o apóstolo Pedro (2 Pedro 3:9). Quando esse momento finalmente chegar, o justo Juiz agirá depressa, e todas as promessas feitas aos seus filhos que sofreram perseguições durante toda a história serão cumpridas integralmente.

Por isso Jesus termina a parábola do juiz iníquo com uma pergunta inevitável: 

“Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?” (Lucas 18:8).

Jesus não fez essa pergunta para especular se haverá cristãos verdadeiros na terra na ocasião de sua vinda. A Bíblia já responde claramente esta questão (Mateus 24:44-46; Lucas 12:37; 17:34,35; 1 Tessalonicenses 4:13-18). Mas a pergunta feita por Jesus tem o objetivo de provocar uma reflexão, um auto-exame.

Cada um deve se perguntar: Será que estou pronto para aguardar pacientemente e perseverando em oração, o momento da volta de Cristo?

Estou me derramando diariamente diante de Deus em oração pedindo que “venha a nós o teu reino, e seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”?

Realmente estou orando fervorosamente pela volta do Senhor Jesus?

Lições da parábola do juíz iníquo e a viúva.

Podemos pontuar algumas reflexões adicionais sobre a Parábola do Juiz Iníquo.

Em primeiro lugar, essa parábola nos ensina que devemos orar continuamente e com perseverança. A viúva não desistiu de suplicar sua causa a um homem ímpio e sem consideração por ninguém. Nós, porém, temos um Juiz santo e justo; então não podemos desanimar.

Em segundo lugar, a parábola do juiz iníquo nos ensina a orar pelos motivos corretos. Todo o contexto da parábola parece indicar que a viúva que importunava o juiz estava do lado da justiça, ou seja, seu pedido era legítimo e aceitável.

Em terceiro lugar, a parábola do juiz iníquo nos ensina que a resposta da oração pode demorar. Uma oração sem resposta não significa que Deus não a escutou. A demora na resposta de uma oração sempre tem um propósito. Se você está orando pelos motivos certos, não com propósitos egoístas, mas visando o bem do reino de Deus, e ainda não foi respondido, então talvez o Senhor esteja lhe ensinando algumas lições necessárias.

A demora na resposta de uma oração se dá por razões que somente Deus conhece. Mas durante esse período, aproveite para aprender mais sobre a paciência e a perseverança, e tenha sua fé fortalecida. Às vezes Deus nos reserva uma bênção ainda maior que vai além do nosso pedido, mas nossa impaciência muitas vezes acaba prejudicando nossa compreensão a esse respeito.

O ensino sobre a oração no capítulo 18 de Lucas não terminou com a parábola do juiz iníquo. Jesus continuou seu ensinamento na parábola do fariseu e o publicano, enfatizando a atitude e as intenções corretas ao orar.

Passamos a analisar algo interessante sobre o Juiz que julga corretamente e com a verdade: Deus.

Quatro Princípios Bíblicos do julgamento de Deus no Juízo final, também chamado de Juízo do grande trono branco.

Para entendermos como se processará o juízo Final devemos ter em mente quatro princípios da Palavra pelos quais de forma geral seremos julgados.

No capítulo dois de Romanos o Apostolo Paulo ensina esses quatro princípios fundamentais que são:

Deus nos julga segundo a verdade.

Deus nos julga segundo as nossas obras.

Deus julga sem acepção de pessoas.

Deus nos julga de acordo com a nossa comunhão com Ele.

 

O julgamento de Deus é segundo a verdade.

“Portanto, és indesculpável, ó homem, quando julgas, quem quer que sejas; porque, no que julgas a outro, a ti mesmo te condenas; pois praticas as próprias coisas que condenas. Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade. Receberão condenação todos os que praticam a iniquidade, contra os que praticam tais coisas, haverá severa condenação. “Tu, ó homem, que condenas os que praticam tais coisas e fazes as mesmas, pensas que te livrarás do juízo de Deus? 

Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?”. (Romanos 2.1-4).

Paulo reprovou a atitude das pessoas em querer julgar os outros com um nível elevado e a si mesmas com um nível inferior. Em Deus não acontecerá dessa forma, pois o critério usado por Deus será o mesmo em todos os Juízos. Paulo disse: Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade   e contra os que praticam tais coisas.

Quando o apostolo falou que “o juízo de Deus é segundo a verdade” ele está mostrando o critério imutável do juízo de Deus que é a Palavra. Jesus disse:

“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”. João 17.17.

Esse é o primeiro critério do juízo Divino, nada mais nada menos que a própria Palavra de Deus. Esse padrão não varia, será sempre o mesmo, segundo a verdade.

 

O Juízo de Deus é segundo as nossas obras?

“Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”. (Romanos 14:10-12).

Embora as Sagradas Escrituras, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, repetidas vezes mencione o juízo, no qual os vivos e os mortos comparecerão ante o tribunal de Cristo para serem julgados segundo as suas obras, (Mt. 16:24-27; Rm. 2:4-10; Ap. 20:12-15), recebendo por elas o seu destino eterno, esse tema está em vigor na linguagem teológica protestante desde séculos passados que enfatizam que a prática de boas obras são condicionantes para sermos salvos, como é o caso dos Kardecistas, Espiritistas e algumas seitas religiosas Cristãs consideradas hereges.

As boas obras são necessárias sim, porém não influenciam na nossa salvação. As boas obras devem ser uma prática constante na vida dos Cristãos, porém a salvação é pela fé.

Nossa salvação é  pela Graça por meio da Fé em Cristo e não por praticar boas obras que testemunham da nossa fé em Deus por meio de Cristo Jesus nosso único e suficiente Salvador de nossas almas.

O Juízo de Deus é sem acepção de pessoas.

 “Ora, se invocais como Pai aquele que, sem acepção de pessoas, julga segundo as obras de cada um, portai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação”.  (1 Pedro 1.17). Esse é o segundo critério do julgamento de Deus, “sem acepção de pessoas”.

Vivemos em um mundo corrompido pelo pecado, manchado pela maldade, de fato na terra existe uma inversão de valores onde as pessoas aplaudem o que Deus reprova e reprovam o que agrada a Deus.

E nesse mundo que vivemos é comum encontramos esse comportamento negativo: “acepção de pessoas”.

Hoje em dia, poder aquisitivo, classe social, cor, raça, aparência física e nível cultural, tudo isso tem exercido forte pressão em nossa sociedade.

Sem acepção de pessoas. Esta expressão implica que Deus não é influenciado, afetado no Seu julgamento pelas características externas de uma pessoa, nada pode desviar, embaçar, intimidar o Justo Juízo de Deus.

E Deus também adverte a todos os homens que exercem juízo nas coisas humanas, que também não façam acepção de pessoas.

Deus nos julga e julgará segundo as nossas obras e nossa comunhão com Ele.

Na verdade a fé e as obras têm que andar de mãos dadas, uma não existe sem a outra, leia: “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. (Tiago 2:18). O único meio visível de provar a fé é através das boas obras. É uma equação: fé sem obras não existe e obras sem fé dá no mesmo.

Quando fez o belo Sermão do Monte Jesus explicou a questão das boas obras e seu papel na vida do cristão, veja: “Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”. (Mateus 7:18-20).

É bem simples de entender: bons frutos identificam o verdadeiro cristão, assim como a esterilidade e os maus frutos indicam a morte espiritual. Ninguém que segue a Jesus pode produzir maus frutos, é impossível, ao contrário, quem segue a Jesus tem que gerar boas obras. O único probleminha é que existe muita gente boa mal informada e acredita que apenas a caridade pode salvar sua alma do inferno, o que não é verdade.

O fruto do Espírito inclui a generosidade, a bondade e a longanimidade que é sinônimo de desprendimento. Todo discípulo de Jesus recebe em seu coração o Doce Espírito Santo e Ele traz consigo o Seu fruto para moldar nosso caráter e modificar nossas atitudes negativas, assim, quem tem o Espírito tem a generosidade, o amor, a bondade e o desprendimento, a qualidade de pensar no bem do outro acima de seus próprios interesses e, portanto, gera boas obras por via de consequência.

E as pessoas que não acreditam em Jesus e praticam boas obras? Elas não serão salvas?

A salvação é matéria unicamente de Jesus. Sem Jesus não há salvação, ainda que a pessoa venda todos os seus bens para fazer caridade. Esta é a verdade. Ponto final. É preciso observar o que há por trás da caridade, porque tem gente que faz caridade só para ficar “bem na foto”, ou então, por influência, só porque, os amigos vão distribuir mantimentos debaixo da ponte e o cidadão vai junto, tira foto e tudo para postar nas redes sociais.

Ainda tem a caridade de “fim de ano”. O cidadão passa o ano inteirinho maltratando animais de rua, insultando os mais velhos, tirando “onda” com a miséria alheia, mas no Natal vai “fazer caridade” aos moradores de rua. Não dá para acreditar nestas “boas obras”.

Este é outro ponto: boas obras não é só distribuir sopa, participar da campanha do agasalho e coisas assim, a caridade, sinônimo de generosidade e bondade, está nas atitudes, no “conjunto da obra” e isso inclui ser bom filho, bom chefe de família, bom amigo, bom marido (ou esposa) e se comover com o sofrimento alheio e nunca, nunca desejar o mal por inveja, vingança, ou só por esporte.

Não despreze as boas obras, porque são elas que testificam que somos filhos de Deus, mas também não pense que apenas as obras são capazes de salvá-lo, porque isso seria uma grande decepção no final da jornada desta vida. As boas obras foram preparadas para todo aquele que reconhece Jesus como Salvador, por isso está escrito: “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas”. (Efésios 2:10).

Todos seremos julgados diante de Deus, o justo Juiz. A Bíblia diz em Apocalipse 20:12: “E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono; e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras”.

As pessoas serão julgadas segundo o que fizeram. A Bíblia diz em Mateus 16:27: “Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras”.

O critério no julgamento será a lei de Deus. A Bíblia diz em Tiago 2:10-12: “Pois qualquer que guardar toda a lei, mas tropeçar em um só ponto, tem-se tornado culpado de todos. Porque o mesmo que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás. Ora, se não cometes adultério, mas és homicida, te hás tornado transgressor da lei. Falai de tal maneira e de tal maneira procedei, como havendo de ser julgados pela lei da liberdade”.

 

O julgamento de Deus é e sempre será justo.

A Bíblia diz em Atos 17:31: “Porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.”

Todos passarão pelo julgamento divino. A Bíblia diz em 2 Coríntios 5:10: “Porque é necessário que todos nós sejamos manifestos diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba o que fez por meio do corpo, segundo o que praticou, o bem ou o mal”.

Nada pode ser escondido no julgamento. A Bíblia diz em Eclesiastes 12:14: “Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau”.

Que visão duma cena do julgamento foi dada a Daniel? A Bíblia diz em Daniel 7:9-10: “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos”.

No tribunal do julgamento, Cristo é o nosso advogado. A Bíblia diz em 1 João 2:1: “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo”.

Que evidências tem o nosso advogado de defesa a nosso favor? A Bíblia diz em Apocalipse 3:5: “O que vencer será assim vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; antes confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”.

O nosso justo Juiz está sempre atento para defender a causa dos justos. 1 João 2.1.

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O QUE É SER UM CRISTÃO PENTECOSTAL

O QUE É SER UM CRISTÃO PENTECOSTAL

 

O que é ser um Cristão Pentecostal, cheio do Espírito Santo de Deus e batizado com o Espírito Santo?

 

Estamos vivendo um tempo de muitas incertezas, de muita frieza espiritual e de muita incredulidade no mundo inteiro.

Todos estamos esperando que de fato terminem as guerras e rumores de guerras entre as nações para saber como será nosso novo jeito de viver; só que esperamos em vão. As guerras e rumores de guerras só aumentarão até a volta de Jesus para arrebatar a sua igreja. No período da grande tribulação será o clímax da destruição em massa dos seres viventes na face da terra. Então não há escolha, seja um servo de Deus agora, antes que seja tarde demais.   

As máscaras da religiosidade e as distâncias sociais parecem ter sido incorporadas no comportamento humano e no menor sinal de qualquer problema de saúde, seja um simples resfriado, uma simples dor de cabeça, uma simples tosse ou um problema maior, já se pensa que novos estilos de assepsia pessoal de asseio na preparação de refeições e alimentos, de cuidados na limpeza de lugares e materiais, enfim, muita coisa mudou e as pessoas acabaram ficando, parece que com medo umas das outras. O medo virou pânico, o medo virou frieza, o medo virou distanciamento social e reclusão, hoje são comuns e aceitáveis na nova conduta social as pessoas não se reconhecerem mais umas às outras. Afastaram-se umas das outras, deixaram de ir às suas igrejas para cultuar a Deus; é uma incoerência e uma esquizofrenia atípica, é um tempo de solidão. É um tempo de doenças mentais incuráveis em que aumentaram muito os profissionais da área dos cuidados mentais, porém sem chances de vislumbrar a cura da depressão e de outros males.

Empregos e trabalhos à distância virou obrigação e mesmo os diversos relacionamentos se tornaram virtuais, os namoros e casamentos também são absolutamente aceitáveis em quase todas as esferas da sociedade via sites de relacionamentos. Estamos na era do princípio das dores para os fiéis e do domínio do anticristo à nossa frente.

Parece que está se cumprindo o que o profeta Isaías disse, ...que a terra cambaleia como um bêbado... Is.24.20, deu um nó na humanidade e muitos estão retornando para o Senhor Jesus, outros aceitando a Cristo como seu salvador pessoal e, há até os que já começaram a repensar suas convicções de fé, porque não temos outra saída a não ser correr para os pés de Jesus Cristo enquanto é tempo.

 

Pode-se dizer que a luz brilhou nas trevas, embora de uma maneira muito forte, já que pelo amor os homens, até mesmo os chamados cristãos, estavam ignorando o brilho do Senhor.

Agora é hora de sondar o nosso alicerce, checar as nossas raízes e solidificar ainda mais a nossa vida espiritual na fé que abraçamos e nas verdades eternas da palavra de Deus. É hora de receber e de dar, de aprender e ensinar, de ter compaixão e amar, de esquecer-se de si próprio e buscar “aqueles que estão fora”.

 

De onde vem o termo Pentecostal?

Foi no dia de Pentecostes que a promessa do derramamento do Espírito Santo (Joel 2:28-29) veio sobre os discípulos pela primeira vez. Antes disso, o Pentecostes era uma festa judaica instituída por Deus, para celebrar a colheita. Joel 2.28–29.

28 “E acontecerá, depois disso, que derramarei o meu Espírito sobre toda a humanidade (sobre toda a carne). Os filhos e as filhas de vocês profetizarão, os seus velhos sonharão, e os seus jovens terão visões. 29 Até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias.

Pentecostes é uma palavra grega que significa “quinquagésimo”, porque era a festa que acontecia cinquenta dias depois da Páscoa:

Vejamos Levíticos 23:15-16.

15 Contem sete semanas a partir do dia imediatamente após o sábado, a partir do dia em que trouxerem o feixe da oferta movida; deverão ser semanas inteiras. 16 Até o dia que vem depois do sétimo sábado, contem cinquenta dias; então apresentem nova oferta de cereais ao Senhor.

 

O que é falar em línguas?

Alguém pode questionar porque a menção já é do Novo Testamento, porém, o Senhor Jesus ainda não havia inaugurado a dispensação da graça e Zacarias e Izabel eram os pais do último profeta do Antigo Testamento segundo o próprio Senhor Jesus: Lucas 16:16.  “A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele”.

De novo em Atos: Atos 2:4 está escrito: “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem”.

Agora, a primeira evidência de ser cheio do Espírito Santo não é a profecia, mas falar em línguas. Além de a profecia não estar extinta, nem tampouco fora de contexto, tanto as línguas como as proféticas são dons de elocução, dons da fala, e o Senhor Jesus deixou claro que o enchimento do Espírito Santo era para ser testemunha, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da terra. (At 1:8).

Então, o que marca uma pessoa cheia do Espírito Santo é exatamente a elocução, ou seja, falar. Essa característica no AT aparece com a profecia e no NT também com a línguas. Em cada passagem sobre o batismo no Espírito Santo no livro dos Atos dos Apóstolos, a evidência sempre é a elocução, que agora era falar línguas estranhas.

As profecias e as línguas são expressões bíblicas de fala inspirada pelo Espírito Santo.

Fantástico, não é mesmo? Não falta evidência bíblica para a Doutrina Pentecostal.

Nós não podemos ser acusados de apenas basear nossa doutrina no livro dos Atos do Apóstolos, de modo algum.

Observe agora aqui, a menção do Apóstolo Pedro da profecia:

Atos 2:16-18 “Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos; e também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e minhas servas, naqueles dias, e profetizarão”.

Em plena harmonia com a doutrina do revestimento de poder desde o Antigo Testamento, o Apóstolo Paulo exalta também a profecia:

1Coríntios 14:5 “E eu quero que todos vós faleis línguas estranhas; mas muito mais que profetizeis, porque o que profetiza é maior do que o que fala línguas estranhas, a não ser que também interprete, para que a igreja receba edificação”.

 

A descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes foi o início de uma nova era. Todo o povo de Deus agora é chamado para ser cooperador com Ele e para Ele, e pode receber os dons especiais do Seu Espírito Santo, a fim de realizar o que seria impossível por seus próprios esforços.

A impressão que fica, depois de tantos relatos de fatos históricos de homens e mulheres de Deus, é que afinal, foram e serão lembrados por milagres que realizaram no poder do Espírito Santo, porque eram cheios do poder de Deus e, como as lideranças religiosas já não mais criam nas manifestações dos dons, especialmente por pessoas comuns, escolheu seguir aqueles cujos milagres não se podia refutar ou esconder porque era visível e as pessoas dão testemunho que recebem os milagres de Jesus até hoje. Afinal de contas, eram e são pessoas comuns cheias do Espírito Santo. Atos 2:39 “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão longe: a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar”.

 

Ser um Cristão Pentecostal é pertencer a uma igreja pentecostal, é viver sob o domínio total do Espírito Santo de Deus.

Mas o que é uma igreja pentecostal? Uma igreja pentecostal é uma igreja que aceita que os dons “mais sobrenaturais” do Espírito Santo podem se manifestar na atualidade. Os crentes são incentivados a buscar esses dons, para a edificação da igreja. As igrejas pentecostais são mais conhecidas por promover o dom de falar em línguas.

O nome “pentecostal” vem do relato da descida do Espírito Santo sobre os discípulos no dia de Pentecoste, em Atos dos Apóstolos 2:1-4. Nesse dia, os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo, falaram em línguas que não conheciam e pregaram o evangelho a muitas pessoas.

 

Em que as igrejas pentecostais acreditam, elas são diferenciadas, em quê?

Existem muitas igrejas pentecostais diferentes, com crenças variadas. Mas o que torna uma igreja “pentecostal” é sua crença que os dons do Espírito Santo se manifestam atualmente. O pentecostalismo é mais comum entre evangélicos mas também existe entre outros grupos cristãos, como os católicos carismáticos.

As igrejas pentecostais acreditam que crentes hoje em dia podem receber dons sobrenaturais do Espírito Santo, como falar em línguas, cura ou profecia (Marcos 16:17-18); 1 Coríntios 14:1). Esses dons são para o bem da igreja. Os pentecostais também dão muito valor ao batismo com o Espírito Santo; geralmente se transborda em línguas depois de ser batizado com o Espírito Santo ou simultaneamente, no mesmo momento do batismo com o Espírito.

Portanto nas orações e nos momentos de louvor, alguns evangélicos fervorosos começam a transbordar de alegria pelos dons do Espírito Santo e falam em outras línguas.

Nem todas as igrejas aceitam essas manifestações e muitas pessoas que dão glórias a Deus e transbordam de alegria, de uma alegria sobrenatural a ponto de falar em outras línguas são convidadas a deixar suas congregações.

Como não querem perder a comunhão com outros crentes, os cristãos pentecostais sempre formam novas igrejas, abrem congregações, cultos nos lares, cultos nas ruas, cultos nas praças, umas até um pouco exageradas, como as neopentecostais,  mas a maioria são nos moldes da igreja primitiva dos apóstolos. Assim as igrejas pentecostais vão se alastrando pelo mundo afora.

Em outras situações surgiram ramos independentes dentro de igrejas tradicionais e se transformaram em igrejas avivadas e atualmente o movimento pentecostal continua crescendo muito no nosso país.

E a história não termina aí, no século XXI o Senhor nosso Deus está realizando, talvez, a maior e mais extraordinária obra de avivamento e derramamento de poder através do Espírito Santo de todos os séculos, e o protagonista dessa geração somos nós que vivemos este momento sobrenatural da graça de Deus em nossas vidas. Por isso sou pentecostal. A igreja dos nossos tempos talvez não teve tempo para aprender sobre o assunto e precisa debruçar-se diante da Bíblia para aprender, conversar com os líderes conservadores pentecostais para que eles ensinem sobre o assunto. É bom lembrar aqui que o Espírito Santo de Deus é educado e não sai no meio do povo agarrando ninguém do sexo oposto; o Espírito Santo não nos tira a sobriedade do nosso entendimento,  ou seja, ficamos no domínio do Espírito Santo mas não perdemos o domínio da nossa mente.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.