segunda-feira, 6 de setembro de 2021

ANDÁVAMOS EM NOSSOS DELITOS E PECADOS

ANDÁVAMOS EM NOSSOS DELITOS E PECADOS

 

A passagem bíblica de Efésios 2.1-22 nos mostra a nossa lamentável situação de quando ainda éramos perdidos pecadores.

 

Efésios 2.1-10 Esta provavelmente é a exposição mais clara do evangelho em todas as epístolas de Paulo: somos salvos pela graça, por meio da fé, e não por méritos humanos ou boas obras. Não que os cristãos não façam boas obras, fomos criados para esse fim, mas as obras não são exigências para que eles sejam aceitos por Deus nem são provas disso, são o resultado e a prova de que eles foram salvos, não a condição. Lutero resumiu a questão de forma sucinta: “não é contra as obras que lutamos, mas contra a confiança nas obras”.



Efésios 2.1 A expressão “mortos em ofensas e pecados” significa espiritualmente mortos e perdidos.


Efésios 2.2 - Noutro tempo, andastes de que forma?

O verbo “andar” normalmente é usado na Bíblia para descrever o progresso normal e firme de um cristão com Deus (Sl. 1.1). Aqui, Paulo se refere à antiga caminhada do cristão. Seja um caminho de negligencia moral ou a viela escura do mal, os cristãos não devem mais andar nos maus caminhos do passado (Ef. 4.17). Eles são salvos para que possam ter um estilo de vida pautado nas boas obras (v. 10). Devem andar de maneira digna de sua vocação (Ef. 4.1), o que significa andar em amor (Ef. 5.2), na luz (Ef. 5.8) e em sabedoria (Ef. 5.15). Paulo enfatiza para os Efésios que antes eles andavam segundo os caminhos do mundo e seguiam o príncipe das potestades do ar, ou seja, Satanás A expressão “filhos da” é um hebraísmo, uma forma de dizer que as pessoas, os filhos, têm como característica e caráter os mesmos traços de outrem, o pai. Portanto, os filhos da desobediência são pessoas que desobedecem a Deus, sejam cristãos ou não. (Mt. 16.23; Lc. 22.31,32; At. 5.3).



Efésios 2.3 A vontade referida é no sentido da vontade da carne e significa fortes desejos carnais. Mesmo com o modificador da nossa carne, essa palavra é mais do que uma referência a desejos humanos. Refere-se também a algo mais profundo, a concupiscência da carne, o desejo veemente por fama, poder e riquezas. (Gl. 5.19-21).



Efésios 2.4-7 Estando nós ainda mortos. Em virtude do pecado de Adão, toda a humanidade está espiritualmente morta. Somente Deus pode dar-nos a nova vida e salvar-nos dessa terrível situação. Por Sua imensa misericórdia, o Senhor entregou Seu Filho por nos quando ainda éramos Seus inimigos. Ele nos amou muito antes de nos o amarmos. (1 Jo. 4.9,10). Ele nos vivificou e salvou, a fim de que nos assentemos nos lugares celestiais em Cristo. Nos séculos vindouros. Deus deseja demonstrar sua benignidade por intermédio de Cristo Jesus, Seu Filho. Isso não tem nada a ver com nosso próprio mérito; o Senhor estende a mão para nos salvar porque Ele é misericordioso e bondoso.



Efésios 2.8-10 Os cristãos foram salvos pela graça. A graça de Deus e a fonte de salvação; a fé é o meio para obtê-la, não a causa. A salvação não provem dos esforços das pessoas; ela é fruto da benignidade de Deus. Na verdade, Deus é quem nos salva - do Senhor vem a salvação (Jn. 2.9). O particípio do verbo salvar (salvos) nesta passagem indica que a salvação do cristão já ocorreu no passado, quando Jesus morreu por nós na cruz do Calvário.



A nossa salvação é Dom de Deus. 

Não há nada que possamos fazer para obter a nossa salvação. Tudo o que tinha para ser feito, já foi feito por Jesus Cristo. João 3.16. Alguns sugerem que o dom de Deus modifica a palavra fé. Portanto, Paulo nos ensina dizendo que nem nossa fé em Deus, que permite que tomemos posse da salvação, provém de nós mesmos. Ela também é um dom, por isso ninguém pode orgulhar-se de sua condição de membro do Corpo de Cristo. Recebemos tudo de nosso Pai misericordioso e bondoso através do sacrifício vicário de Jesus na cruz do calvário. Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito Jesus Cristo para morrer em nosso lugar.



Efésios 2.11-22 Nos versículos 1-10, Paulo ensinou que a salvação de cada judeu e de cada gentio se dá pela graça, por meio da fé, e isto não provém de nós mesmos, mas provém do amor de Deus. Na segunda metade do capítulo 2, ele ensina como é formado o novo e santo templo de Deus com judeus e gentios, unidos na Igreja, cujo fundamento, a Pedra angular da esquina, Cristo, é comunicado pelos apóstolos e profetas como aquele que vive e reina para sempre.



Efésios  2.11 Uma vez que o sinal da aliança abraâmica era a circuncisão, os judeus orgulhosamente se referiam a si mesmos como os da circuncisão. De um modo muito menos delicado, eles chamavam os gentios de os da incircuncisão ou incircuncisos, porém Jesus mostrou que nem a circuncisão e nem a incircuncisão salva ninguém. O Salvador é Ele, Jesus Cristo que vive e reina para sempre.



Efésios 2.12,13 Paulo fez uma descrição vívida da triste condição dos não-judeus, que foram chamados de gentios desde o início da igreja primitiva. Eles não tinham esperança, pois Deus não lhes estendeu a mão para estabelecer uma relação baseada em uma aliança. No entanto, o sangue derramado de Cristo poderia trazer os gentios de volta ao seu Criador, e foi o que aconteceu nos registros de Atos dos apóstolos.



Efésios 2.1 4 A parede de separação que estava no meio de judeus e gentios era retratada de forma crítica por uma parede separando o átrio dos gentios do átrio dos judeus, no templo. Havia um aviso de que qualquer não-judeu que ultrapassasse o pátio dos gentios receberia a morte imediata e súbita.



Efésios 2.15,16 Desfez a inimizade. A lei dos mandamentos consistia em ordenanças e foi totalmente cumprida por Jesus em sua vida e ministério terreno.

Paulo não estava dizendo que Deus rejeitou os padrões justos da Lei. Pelo contrário, em Cristo, os padrões justos que as pessoas nunca poderiam alcançar foram atingidos. Jesus é a nossa justiça. Nele, os Cristãos cumpriram e cumprem a Lei. (Mt. 5.17,20; Rm. 3.21,22,31).

 

Aqui, lei dos mandamentos diz respeito mais especificamente as ordenanças do que aos mandamentos propriamente ditos. Vejamos o que  nos diz o Apóstolo Paulo em Gálatas.


A Igreja cristã, formada por judeus e gentios, é descrita como um corpo. E o ser humano convertido a Cristo; em quem não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea. Gl. 3.28. É descrito como um novo homem, uma nova criatura em Cristo. Nos primórdios do cristianismo, a Igreja era, principalmente, composta de judeus. Mas, pela ação do Espírito Santo de Deus, os Judeus Cristãos testemunharam sobre Jesus aos gentios através do Apóstolo Pedro. (At. 10), que se converteram e excederam o numero de membros judeus.



Efésios 2.17,18 A expressão acesso ao Pai aponta para o privilégio exclusivo de todos os  cristãos. O Pai, o Filho e o Espírito Santo estão envolvidos em nossa salvação.



Efésios 2.19 Quando gentios se tornam povo de Deus, eles não são mais vistos como estrangeiros nem forasteiros, e sim como concidadãos dos santos e família de Deus.



Efésios 2.20 Os apóstolos e os profetas são citados aqui como fundamento, edifício, da Igreja porque eles ajudavam a edificar a Igreja sobre a Pedra angular, que é Jesus Cristo, e eram Suas testemunhas. Em outras palavras, a Igreja primitiva foi estabelecida a partir dos ensinamentos e da pregação dos apóstolos e profetas. (At. 2). Contudo, o próprio Cristo é a Pedra sobre a qual a Igreja esta edificada. (1 Co. 3.11). A pedra da esquina era a primeira pedra, a base, o alicerce, colocada no angulo de uma construção para dar-lhe firmeza, solidez. Os construtores alinhavam o restante da estrutura sobre a pedra angular, a principal da esquina. (1 Pe. 2.1-9).


Efésios 2.21,22 A expressão bem ajustado descreve, na construção romana, o processo pelo qual os trabalhadores (normalmente escravos) giravam grandes pedras até que elas se encaixassem perfeitamente umas nas outras. As colunas, por exemplo, pareciam ser uma peça única, mas eram, na verdade, cilindros de pedra que se apoiavam um sobre o outro. De um modo similar, Deus ajusta os cristãos no templo santo que Ele está edificando para as moradas eternas com Cristo Jesus.

 

Jesus nos libertou do império das trevas.

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”. (Colossenses 1:12-14).

 

A aparente e temporária derrota dos crentes é o produto do desconhecimento da sua posição em Cristo Jesus.

1. Antes de Cristo éramos acusados diante de Deus e não tínhamos quem nos defendesse.

a) Satanás acusava os filhos de Deus diante de Deus.

"E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles”. (Jó 1:6).

"E disse o Senhor a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR”. (Jó 1:12).

b) Seguíamos o curso  deste mundo.

"Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da desobediência”. (Efésios 2:2).

c) Não tínhamos um advogado fiel que nos defendesse diante de Deus. Mas Deus restaurou a nossa sorte. Salmos 126.

 

2. Depois de aceitarmos a Jesus as coisas mudaram.

a) Jesus despojou principados e potestades e triunfou sobre eles.

"Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo”. (Colossenses 2:14-15).

 

b) Destruiu o que tinha o poder da morte.

"E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo”. (Hebreus 2:14).

 

c) Foi expulso o acusador dos irmãos.

"E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite”. (Apocalipse 12:10).

 

d) Tem guardado em trevas e algemas para o juízo final.

"Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo”. (2 Pedro 2:4).

"E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia”. (Judas 6).

 

Deus nos livra da ação do maligno.

a) Deus nos guarda e o maligno não nos toca.

"Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não peca; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo, e o maligno não lhe toca”. (1 João 5:18).

 

b) Jesus nos libertou do domínio do pecado.

"Dando graças ao Pai que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; em quem temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados”. (Colossenses 1:12-14).

 

c) O valente bem armado tem os seus em segurança.

"Quando o valente guarda está armado, a sua casa em segurança está e tudo quanto tem também está em segurança”. (Lucas 11:21).

d) Sinais, prodígios e maravilhas seguem aos que creem em Jesus.

"E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios, falarão novas línguas, curarão os enfermos e se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum”. Marcos 16.17-20.

Este texto se aplica para libertação, pelo Espírito Santo de Deus, de pessoas oprimidas na escravidão do pecado e que são libertas e desejam ver outras pessoas libertas também.

 

O espírito imundo tem que sair em nome de Jesus.

a) O espírito imundo sai do homem possesso em nome de Jesus.

"E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra. Então diz: Voltarei para a minha casa, de onde saí. E, voltando, acha-a desocupada, varrida e adornada. Então vai, e leva consigo outros sete espíritos piores do que ele e, entrando, habitam ali; e são os últimos atos desse homem piores do que os primeiros. Assim acontecerá também a esta geração má”. (Mateus 12:43-45).

 

b) O endemoniado Gadareno foi liberto da escravidão maligna.

"E navegaram para a terra dos gadarenos, que está defronte da Galiléia. E, quando desceu para terra, saiu-lhe ao encontro, vindo da cidade, um homem que desde muito tempo estava possesso de demônios, e não andava vestido, nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros. E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando, e dizendo com grande voz: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes. Porque tinha ordenado ao espírito imundo que saísse daquele homem; pois já havia muito tempo que o arrebatava. E guardavam-no preso, com grilhões e cadeias; mas, quebrando as prisões, era impelido pelo demônio para os desertos.

E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é o teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios.

E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo. E andava ali pastando no monte uma vara de muitos porcos; e rogaram-lhe que lhes concedesse entrar neles; e concedeu-lhos. E, tendo saído os demônios do homem, entraram nos porcos, e a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago, e afogou-se. E aqueles que os guardavam, vendo o que acontecera, fugiram, e foram anunciá-lo na cidade e nos campos.

E saíram a ver o que tinha acontecido, e vieram ter com Jesus. Acharam então o homem, de quem haviam saído os demônios, vestido, e em seu juízo, assentado aos pés de Jesus; e temeram. E os que tinham visto contaram-lhes também como fora salvo aquele endemoninhado. E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles; porque estavam possuídos de grande temor. E entrando ele no barco, voltou.

E aquele homem, de quem haviam saído os demônios, rogou-lhe que o deixasse estar com ele; mas Jesus o despediu, dizendo: Torna para tua casa, e conta quão grandes coisas te fez Deus. E ele foi apregoando por toda a cidade quão grandes coisas Jesus lhe tinha feito”. (Lucas 8:26-39).

 

c) A moça que tinha espírito de adivinhação foi liberta em nome de Jesus.

"E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores. Esta, seguindo a Paulo e a nós, clamava, dizendo: Estes homens, que nos anunciam o caminho da salvação, são servos do Deus Altíssimo. E isto fez ela por muitos dias. Mas Paulo, perturbado, voltou-se e disse ao espírito: Em nome de Jesus Cristo, te mando que saias dela. E na mesma hora saiu”. (Atos 16:16-18).

Se Cristo já nos libertou das potestades do diabo, então qual é a luta, a batalha que o crente tem diariamente e em todo o lugar?

Cada um é tentado por sua própria concupiscência e cobiça: "Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência”. (Tiago 1:13-14).

As guerras e contendas são dos prazeres da carne: "De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam”? (Tiago 4:1).

Fazei morrer a natureza terrena: "Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria”. (Colossenses 3:5).

 

"Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado”. (1 Coríntios 9:24-27).

 

"Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei às visões e revelações do Senhor”. (2 Coríntios 12:1).

"Porque, se quiser gloriar-me, não serei néscio, porque direi a verdade; mas deixo isto, para que ninguém cuide de mim mais do que em mim vê ou de mim ouve. E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de não me exaltar”. (2 Coríntios 12:6-7)

 

"... Para que não sejamos vencidos por Satanás; porque não ignoramos os seus ardis”. (2 Coríntios 2:10-11).

"No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder." (Efésios 6:10) "Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno”. (Efésios 6:16).

"Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte”. (1 Pedro 5:6).

"Ao qual resisti firmes na fé, sabendo que as mesmas aflições se cumprem entre os vossos irmãos no mundo”. (1 Pedro 5:9).

"Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. (Tiago 4:7).

 

Jesus fez uma mudança radical em nossas vidas.

Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”. (1 Pedro 2.9).

 

Que mudança radical, da água para o vinho, nos foi concedida por Deus, pela obra redentora de Cristo!

O que significa exatamente isso? Fomos “chamados” das trevas para a maravilhosa luz de Deus. O significado desse chamado não é exatamente o de Deus nos convidando, de modo que a saída das trevas e a entrada na luz seria algo realizado por nós, claro, autorizados pelo convite de Deus. Mas não é isso não. Esse chamado tem a idéia de uma ordem que faz acontecer. Somos soberanamente trazidos da morte espiritual para a vida. Paulo usa uma expressão que esclarece isso. Ele escreveu na Carta aos Romanos: “o Deus que dá vida aos mortos e chama à existência coisas que não existem, como se existissem”. (Rm 4.17).

Isso se confirma em outros textos de Paulo, que vale lembrar: Cl 1.13-14: “Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu amor, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados”. Ef 1.3: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo”.

Paulo fala de algo feito por Deus, soberanamente essencial em nossas vidas. Em Efésios 2 Paulo cita as ações de Deus nos dando vida, estando nós mortos em nossos delitos e pecados, e nos fazendo participantes do Reino Celestial, no qual entramos sem saber nos comportar, ainda dominados pelas ideias do reino terreno. Pois é de dentro do Reino de Deus que se aprende a viver como filho de Deus. As vezes agimos como se a ordem fosse ao contrário: primeiro agir como filho de Deus para depois ter direito ao Reino de Deus.  

Não esqueçamos as lições da Parábola do Filho Pródigo, Lucas 15.11-32.

É o amor incondicional de Deus que nos aperfeiçoa e não o nosso aperfeiçoamento que nos faz amados por Deus. É o amor incondicional de Deus que nos fortalece para dizermos “não” ao pecado e “não” aos nossos próprios méritos.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

BENJAMIM O FILHO CAÇULA DE JACÓ

BENJAMIM O FILHO CAÇULA DE JACÓ

 

Benjamim (chamado de Benoni por sua mãe Raquel ao nascer) foi o filho mais novo de Jacó. Era o caçula, o mais amado de seu pai, muito embora, por inveja, tenha sido José o mais solicitado antes de ser vendido como escravo pelos seus irmãos.

Ele era irmão de José porque era também filho da esposa principal de Jacó chamada Raquel e meio irmão dos demais filhos de Jacó. Sua mãe foi Raquel, a esposa preferida do patriarca. A história de Benjamim está registrada no livro de Gênesis. (Gênesis 35-49).

A Bíblia não fornece muitas informações sobre a vida pessoal de Benjamim. Os textos bíblicos registram os detalhes que evolveram seu nascimento; sua posição privilegiada diante de seu pai, Jacó; o episódio relacionado ao encontro entre José e seus irmãos no Egito; e o fato de Benjamim ter dado origem a uma das doze tribos de Israel.

Assim foi o nascimento de Benjamim.

Por ter sido o caçula da casa, Benjamim foi o único dentre os filhos de Jacó, que na época do seu nascimento já era chamado e reconhecido como Israel, que nasceu na Palestina. O local de seu nascimento ficava na região entre Betel e Efrata. Ele era filho da esposa predileta de Jacó, Raquel. 

Raquel foi a mãe biológica de apenas dois dos filhos de Jacó: José e Benjamim. Inclusive, Raquel a mãe de Benjamim acabou morrendo por graves complicações durante o parto.

Na ocasião do nascimento de Benjamim, Raquel lhe chamou de Benoni. Esse nome significava “filho da minha dor ou filho das minhas aflições”. Os nomes naquela época tinham uma importância muito grande na vida de uma pessoa. Os povos antigos acreditavam que um nome expressava a natureza essencial e a identidade de alguém.

Provavelmente temendo as consequências do nome, (Benoni), que havia surgido no pranto de Raquel por seu filho, Jacó chamou o menino de Benjamim. Alguns intérpretes enxergam o nome originalmente dado por Raquel a Benjamim como sendo um tipo de pressagio do futuro, em certo aspecto, agonizante, que a nação teve de enfrentar. (Jeremias 31:15-17; Mateus 2:17,18).

O nome Benjamim vem do hebraico “yamin” que pode ser uma referência tanto “ao lado direito” como “à direção sul”. Então o nome Benjamim pode significar “filho da minha mão direita” ou “filho do sul”. Tradições judaicas apontam Benjamim como “o filho da velhice”. (Gênesis 44:20).

 

Como tudo aconteceu com Benjamim.

 

Benjamim se tornou o filho favorito de Jacó, ( quando ele nasceu Jacó já era chamado de Israel a um bom tempo), depois do desaparecimento de José que fora vendido à mercadores Ismaelitas, (Egípcios).

Para Jacó ele era o filho sobrevivente de Raquel. O patriarca não sabia que José tinha sido vendido aos ismaelitas por seus próprios irmãos. Achava que seu filho amado José teria morrido vítima de animais selvagens, conforme a mentira que seus irmãos inventaram para querer convencer seu pai que José havia morrido quando o venderam como escravo.

Tempos depois, quando José já ocupava a posição de governador do Egito, Benjamim foi figura importante no reencontro entre José e seus irmãos. Num primeiro momento Jacó enviou seus filhos ao Egito em busca de suprimentos por causa da grande escassez de alimentos devidos à seca e a fome daquele tempo. Contudo, ele cuidou de não liberar Benjamim para acompanhar seus irmãos. Jacó temia que alguma desgraça pudesse ocorrer ao seu filho mais novo. (Gênesis 42:4).

Quando os filhos de Jacó chegaram ao Egito, tão logo José os reconheceu. Mas José manteve sua identidade em segredo. Então ele interrogou aqueles homens até saber sobre Benjamim, e descobriu que seu irmão mais novo havia ficado na casa de seu pai. Sabiamente José exigiu que seus irmãos trouxessem Benjamim para Egito. Para garantir que essa exigência fosse cumprida, ele manteve Simeão preso.

 

O plano de José deu certo e Benjamim vai ao Egito.

 

O plano de José deu certo, e com relutância Jacó permitiu que Benjamim fosse ao Egito.

José ficou profundamente emocionado quando viu Benjamim, mas conseguiu esconder sua reação para que seus irmãos não percebessem algo de estranho. Logo depois José ordenou que lhes fossem servido uma refeição. Nessa hora Benjamim foi favorecido cinco vezes mais. (Gênesis 43:15-34).

Na noite anterior à partida dos filhos de Jacó do Egito, José ordenou que o mordomo de sua casa colocasse seu copo de prata no saco de mantimento de Benjamim. No outro dia José mandou que a bagagem de seus irmãos fossem revistadas, até encontrar o copo de prata no saco de mantimento correspondente a Benjamim.

De acordo com seu plano, José então exigiu que Benjamim ficasse no Egito como seu servo. Mas tudo isso era um teste (Gênesis 44:14-34). Quando seus irmãos imploraram que Benjamim pudesse retornar com eles a Canaã, pelo bem da saúde de seu pai, José revelou sua verdadeira identidade. Nesse momento José e Benjamim se abraçaram com grande emoção. (Gênesis 45:1-15).

 

Quais foram os descendentes de Benjamim.

 

Após esses acontecimentos, praticamente Benjamim não é mais citado na Bíblia, pelo menos não de forma pessoal. As outras referências a ele são todas com ênfase em seus descendentes: a tribo de Benjamim.

A bênção de Jacó sobre ele dizia que “Benjamim é lobo que despedaça”, e isso pôde ser visto na reputação de bravura que a tribo de Benjamim alcançou.

Importantes personagens bíblicos foram descendentes de Benjamim, tais como: o rei Saul, a rainha Ester, o apóstolo Paulo (Saulo de Tarso), (1 Samuel 9:1; Ester 2:5; Romanos 11:1).

 

Há também pelo menos outros dois homens citados na Bíblia com esse mesmo nome.

 

O primeiro foi um líder de um clã guerreiro (1 Crônicas 7:10).

O segundo foi um homem que viveu no período após o cativeiro babilônico e que provavelmente participou da reconstrução de Jerusalém. (Esdras 10:32; Neemias 3:23; 12:34). Ambos também pertenciam à tribo de Benjamim.

 

O que mais a história bíblica revela sobre Benjamim?

 

A história bíblica nos revela que Benjamim era filho legítimo de Jacó e Raquel, e não de Jacó com alguma concubina. (Gênesis 35.16-18). Raquel, sua mãe, faleceu por ter muitas complicações e dores insuportáveis no momento do parto.

Sendo filho de Jacó, consequentemente ele era descendente de Abraão e Sara, seus bisavôs, bem como de Isaque que era seu avô.

Benjamim tinha esses irmãos homens que futuramente formariam ao lado dele as “doze tribos de Israel”: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Jacó com Lia. Dã e Naftali, filhos de Jacó com Bila. Gade e Aser, filho de Jacó com Zilpa. Além de José, único irmão do mesmo pai e mãe. (Gênesis 35.22-26). Na sua descendência havia ainda, na linhagem da tribo, o Saul, o primeiro rei de Israel. (1 Samuel 9.1-2).

Esses foram os filhos de Benjamim: Belá, Béquer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde (Gênesis 46.21).

 

O nome de Benjamim.

Inicialmente, na hora que nasceu, ele foi chamado por sua mãe Raquel de Benoni, que significa filho da minha aflição e da minha intensa dor, pois o parto foi muito difícil, acompanhado de dores além do normal. Entretanto, com a morte de Raquel no parto, em seguida, Jacó, seu pai, o chamou de Benjamin, que significa filho próspero. (Gênesis 35.18).

 

Onde nasceu Benjamin?

Benjamin nasceu quando sua família partia rumo à Betel, onde Jacó tinha feito um pacto com Deus e teve uma visão de uma escada que tocava os céus e os anjos subiam e deciam. Seu nascimento se deu numa pequena distância para chegar em Efrata. (Gênesis 35.16).

 

Benjamim foi levado para o Egito por solicitação de José seu irmão que foi o primeiro filho de Raquel. Ele havia sido vendido por seus irmãos como escravo.

Ao ser levado pelos seus irmãos para o Egito Benjamim não voltou mais para a terra de Canaã, permaneceu lá e seus descendentes voltaram para Canaã na libertação da escravidão do Egito através de Moisés.  

Jacó amava mais a José do que a todos os seus outros filhos e seus irmãos percebendo o odiaram, tornando-se tão invejosos que não conseguiam mais lhe falar de maneira amigável.

Após José ter-lhes contado dois sonhos em que o mesmo reinava numa posição de autoridade sobre os demais, seus irmãos arderam de ciúmes dele.

Sendo assim, seus irmãos, após esses acontecimentos, tramaram a sua morte e só não executaram seus malignos planos por intervenção de Rubén, contudo Judá, outro irmão da família, sugeriu que José fosse vendido a alguns mercadores ismaelitas e seus irmãos o ouviram e completando o plano, José foi levado vendido ao Egito.

Para que houvesse uma justificativa plausível ao que aconteceu com Jacó, os irmãos degolaram um bode e ensoparam de sangue a túnica de José e mandaram entregar ao pai, e o mesmo pensou que se tratava do seu filho que havia sido devorado por um animal selvagem. Jacó ficou arrasado com a suposta morte de José.

Passado alguns anos, José foi feito governador sobre o Egito e Jacó mesmo não sabendo da verdade, mandou seus filhos irem até lá para comprar cereais, pois a fome assolava toda a terra de Canaã, contudo Benjamin, único irmão por parte de pai e mãe de José, não os acompanhou porque dizia Jacó: “Para que não lhe suceda, acaso, alguma desgraça”. (Gênesis 42.4).

 

Jacó muito depressivo pela perca de José.

Entende-se também e o que muitos acreditam é que depois da ausência de José, Benjamim tornou-se o “filho mais amado”.

Chegando ao Egito, José, depois de servir na casa de Potifar como escravo, sofreu falsas acusações e foi preso, sendo que depois disso pela intervenção de Deus veio a  ser governador do Egito e era responsável pelas vendas dos mantimentos. Logo que viu os seus irmãos, José os reconheceu, todavia eles não o reconheceram. Seus irmãos voltarão para a terra de Canaã, contudo Simeão ficou preso no Egito, pois José queria ver a Benjamin e ele era a garantia.

Passados esses acontecimentos e após terem conseguido convencer Jacó de levarem consigo à Benjamim, os homens tomaram os presentes orientados por Jacó para serem entregues e ainda o dinheiro, bem como Benjamin, partiram e desceram ao Egito para se apresentarem diante de José (Gênesis 43.15).

Já no Egito, José mandou soltar Simeão e os indagou quando viu a Benjamin: “É este o vosso irmão caçula, de quem me falaste?” E dirigindo-se a ele proferiu: “Que Deus te conceda graça, meu filho” (Gênesis 43.29). Todos foram convidados a fazer uma boa refeição à mesa e a porção de Benjamin era cinco vezes maior do que a dos outros.

Ao serem dispensados para voltarem embora, os irmãos ainda não sabiam que se tratava de José e o governador deu uma orientação aos seus servos: “Deposita a minha taça, a taça de prata, na boca da saca de cereal do irmão mais moço, junto com o dinheiro pago pelo mantimento”. (Gênesis 44.2), e assim aconteceu.

Quando os servos do governador foram atrás dos meninos, obviamente a taça foi encontrada com Benjamim e este foi ameaçado, mas seus irmãos indagavam que qualquer coisa que acontecesse com Benjamin, especialmente a morte, seria uma noticia devastadora para Jacó.

Nesse cenário todo, José declarou aos seus irmãos quem ele realmente era: “Eu sou José!” (Gênesis 45.3) e “ele se lançou ao pescoço de seu irmão Benjamim e chorou”. “Benjamim também o abraçou forte e chorou muito com ele”. (Gênesis 45.15).

 

Mais informações sobre Benjamim.

Antes da sua morte, Jacó liberou uma palavra de bênçãos, como era o costume dos patriarcas, sobre todos os seus filhos abençoando-os e em relação ao Benjamim, o mesmo declarou: “Benjamim é um lobo predador, ao alvorecer ele devora sua presa e ao pôr do sol divide o despojo! Todos esses filhos de Jacó formam as tribos de Israel, em numero de doze, e foram essas as palavras profetizadas por seu pai quando os reuniu. Ele os abençoou a todos, todavia a cada um deu uma palavra particular”. (Gênesis 49.27-28). A palavra sobre Benjamim pode ser entendida como a reputação de bravura que futuramente a sua tribo alcançou.

 

A morte de Benjamim

Não há informações sobre a morte de Benjamim, nem outros registros bíblicos que possam detalhar mais a sua história à parte do que aqui foi contado.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

AS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS E O MUNDO MODERNO

AS LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS SÃO VÁLIDAS PARA O MUNDO MODERNO?

 

Será que as Lamentações do profeta Jeremias estão valendo para os dias de hoje? Muitos pastores e líderes, profetas de Deus para defesa da fé e da liberdade em Cristo para cultuar a Deus, estão derramando lágrimas no altar, nos púlpitos das igrejas, nos montes em jejuns e orações, com o sacrifício até da própria vida, mas não deixam de falar a verdade e não negam sua fé em Cristo Jesus, Senhor e Salvador nosso.

"E conhecereis a verdade e verdade vos libertará". João 8.32.


Algumas curiosidades do livro das Lamentações de Jeremias.

 

Lamentações de Jeremias é chamado no cânon hebraico de ‘Ekhah, que significa “Como”, sendo a expressão para o início de uma canção de lamento. É a primeira palavra do livro (ver 2 Sm 1:19-27). A Septuaginta (LXX) adotou o nome “Lamentações” (Gr. threnoi = Heb. qinoth) agora em uso comum, para denotar o caráter do livro, no qual o profeta chora sobre as desolações trazidas para a cidade e a terra sagrada pelos caldeus. Na Bíblia hebraica é colocado entre os Khethubim (escritos).

 

Sobre o Autor das Lamentações de Jeremias. 

Quanto à autoria, não há espaço para hesitação em seguir o Septuaginta (LXX) e o Targum em atribuir a Jeremias. O espírito, o tom, a linguagem e o assunto estão de acordo com o testemunho da tradição ao atribuí-lo a ele. De acordo com a tradição, ele se retirou após a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor para uma caverna fora do portão de Damasco, onde ele escreveu este livro. Essa caverna ainda é indicada. “Diante de uma colina rochosa, no lado ocidental da cidade, a crença local colocou ‘a gruta de Jeremias’. Ali, naquela atitude de tristeza constante que Michelangelo imortalizou, o profeta pode muito bem ter lamentado a queda do seu país” (Stanley, Jewish Church).

 

Estrutura do livro das Lamentações de Jeremias

 

O livro consiste em cinco poemas separados. Cada capítulo é um poema.

No capítulo 1 o profeta aborda as várias misérias pelas quais a cidade se encontra como uma viúva solitária chorando dolorosamente.

No capítulo 2 estas misérias são descritas em conexão com os pecados nacionais que as causaram.

No capítulo 3 fala de esperança para o povo de Deus. O castigo seria apenas para seu bem; um dia melhor amanheceria para eles.

No capítulo 4 lamenta a ruína e a destruição que tinham vindo sobre a cidade e o templo, mas traça-a somente até os pecados do povo.

No capítulo 5 é uma oração para que a reprovação de Sião seja tirada no arrependimento e recuperação do povo.

 

Os primeiros quatro capítulos são como poemas acrósticos, como alguns dos Salmos (Sl 25, 34, 37, 119), ou seja, cada verso começa com uma letra do alfabeto hebraico em ordem. O primeiro, segundo e quarto têm cada um vinte e dois versos, o número das letras no alfabeto hebraico. O terceiro que desponta como um resumo do livro   tem sessenta e seis versos, em que cada três versos sucessivos começam com a mesma letra. O quinto não é acrostico.

 

Os versículos principais do livro são: Lamentações 2:17: “Fez o Senhor o que intentou; cumpriu a ameaça que pronunciou desde os dias da antiguidade; derrubou e não se apiedou; fez que o inimigo se alegrasse por tua causa e exaltou o poder dos teus adversários.”

Lamentações 3:22-23: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”

Lamentações 5:19-22: “Tu, Senhor, reinas eternamente, o teu trono subsiste de geração em geração. Por que te esquecerias de nós para sempre? Por que nos desampararias por tanto tempo? Converte-nos a ti, Senhor, e seremos convertidos; renova os nossos dias como dantes. Por que nos rejeitarias totalmente? Por que te enfurecerias sobremaneira contra nós outros?”

 

Como visto acima o Livro de Lamentações é dividido em cinco capítulos. Cada capítulo representa um poema distinto. No hebraico original, os versos são acrósticos, com cada verso começando com uma letra sucessiva do alfabeto hebraico. No Livro de Lamentações, o profeta Jeremias entende que os babilônios foram o instrumento de Deus para trazer juízo sobre Jerusalém (Lamentações 1:12-15, 2:1-8, 4:11).

Lamentações deixa claro que o pecado e rebelião foram as causas da ira de Deus sendo demonstrada. (1:8-9, 4:13, 5:16). Lamentar é apropriado em um tempo de angústia, mas deve rapidamente dar entrada à contrição e arrependimento. (Lamentações 3:40-42, 5:21-22).

 

Prenúncios da destruição que viria se o povo, mas principalmente os lideres políticos e religiosos não se arrependessem e deixassem a idolatria, voltando ao Senhor Deus de Israel: 

Jeremias era conhecido como o “profeta chorão” por sua paixão profunda e duradoura pelo seu povo e sua cidade. (Lamentações 3:48-49).

Esta mesma tristeza pelos pecados do povo e por sua rejeição de Deus foi expressada por Jesus quando Ele se aproximou de Jerusalém e olhou à destruição causada pelas mãos dos romanos. (Lucas 19:41-44).

Por causa da rejeição do Messias por parte dos judeus, Deus usou o cerco romano para punir Seu povo. No entanto, Deus não tem alegria em ter que punir os Seus filhos, e a Sua oferta de Jesus Cristo como uma provisão de perdão do pecado mostra a Sua grande compaixão por Seu povo. Um dia, por causa de Cristo, Deus enxugará dos seus olhos todas as lágrimas. (Apocalipse 7:17).

 

O julgamento de Deus conforte as profecias de Jeremias.

Mesmo em julgamento terrível, Deus é um Deus de esperança. (Lamentações 3:24-25).

Não importa quão longe dEle estejamos, temos a esperança de que podemos voltar-nos a Ele e encontrar Sua compaixão e perdão (1 João 1:9). Nosso Deus é um Deus de amor (Lamentações 3:22) e por causa de Seu grande amor e compaixão, Ele enviou Seu Filho para que nós não tivéssemos que perecer em nossos pecados, mas que pudéssemos viver eternamente com Ele (João 3:16). A fidelidade, (Lamentações 3:23) e libertação de Deus, (Lamentações 3:26) são atributos que nos dão uma grande esperança e conforto. Ele não é um deus desinteressado e caprichoso, mas um Deus que libertará todos aqueles que se voltam para Ele, admitem que não podem fazer nada para ganhar Seu favor e clamam ao Senhor por Sua misericórdia para que não sejamos consumidos. (Lamentações 3:22).

 

Vamos analisar Lamentações Capítulo 3 que é, ou deveria ser, o centro das atenções para que o povo voltasse para o Seu Único Deus, o Senhor Deus de Israel.

 

1.   Eu sou o homem que viu a aflição pela vara do seu furor.

2. Ele me levou e me fez andar em trevas e não na luz.

3. Deveras se tornou contra mim; virou contra mim de contínuo, a mão todo o dia.
4. Fez envelhecer a minha carne e a minha pele, quebrantou os meus ossos.

5. Edificou contra mim e me cercou de fel e trabalho.

6. Assentou-me em lugares tenebrosos, como os que estavam mortos há muito.

7. Circunvalou-me, e não posso sair; agravou os meus grilhões.

8. Ainda quando clamo e grito, ele exclui a minha oração.

9. Circunvalou os meus caminhos com pedras lavradas, fez tortuosas as minhas veredas.

10. Fez-me como urso de emboscada, um leão em esconderijos.

11. Desviou os meus caminhos e fez-me em pedaços; deixou-me assolado.

12. Armou o seu arco, e me pôs como alvo à flecha.

13. Fez entrar nos meus rins as flechas da sua aljava.

14. Fui feito um objeto de escárnio para todo o meu povo e a sua canção todo o dia.

15. Fartou-me de amarguras, saciou-me de absinto.

16. Quebrou com pedrinhas de areia os meus dentes; cobriu-me de cinza.

17. E afastaste da paz a minha alma; esqueci-me do bem.

18. Então, disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor.

19. Lembra-te da minha aflição e do meu pranto, do absinto e do fel.

20. Minha alma, certamente, se lembra e se abate dentro de mim.

21. Disso me recordarei no meu coração; por isso, tenho esperança.

22. As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos; porque as suas misericórdias não têm fim.

23. Novas são cada manhã; grande é a tua fidelidade.

24. A minha porção é o Senhor, diz a minha alma; portanto, esperarei nele.

25. Bom é o Senhor para os que se atêm a ele, para a alma que o busca.

26. Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do Senhor.

27. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade;

28.    assentar-se solitário e ficar em silêncio; porquanto Deus o pôs sobre ele.
29. Ponha a boca no pó; talvez assim haja esperança.

30. Dê a face ao que o fere; farte-se de afronta.

31. Porque o Senhor não rejeitará para sempre.

32. Pois, ainda que entristeça a alguém, usará de compaixão segundo a grandeza das suas misericórdias.

33. Porque não aflige nem entristece de bom grado os filhos dos homens.

34. Pisar debaixo dos pés todos os presos da terra,

35. perverter o direito do homem perante a face do Altíssimo,

36. subverter o homem no seu pleito, não o veria o Senhor?

37. Quem é aquele que diz, e assim acontece, quando o Senhor o não mande?

38. Porventura da boca do Altíssimo não sai o mal e o bem?

39. De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.

40. Esquadrinhemos os nossos caminhos, experimentemo-los e voltemos para o Senhor.

41. Levantemos o coração juntamente com as mãos para Deus nos céus, dizendo:

42. Nós prevaricamos e fomos rebeldes; por isso, tu não perdoaste.

43. Cobriste-nos de ira e nos perseguiste; mataste, não perdoaste.

44. Cobriste-te de nuvens, para que não passe a nossa oração.

45. Como cisco e rejeitamento, nos puseste no meio dos povos.

46. Todos os nossos inimigos abriram contra nós a sua boca.

47. Temor e cova vieram sobre nós, assolação e quebrantamento.

48. Torrentes de águas derramaram os meus olhos, por causa da destruição da filha do meu povo.

49. Os meus olhos choram e não cessam, porque não há descanso,

50. até que o Senhor atente e veja desde os céus.

51. O meu olho move a minha alma, por causa de todas as filhas da minha cidade.

52. Como ave, me caçaram os que são meus inimigos sem causa.

53. Arrancaram a minha vida na cova e lançaram pedras sobre mim.

54. Águas correram sobre a minha cabeça; eu disse: Estou cortado.

55. Invoquei o teu nome, Senhor, desde a mais profunda cova.

56. Ouviste a minha voz; não escondas o teu ouvido ao meu suspiro, ao meu clamor.

57. Tu te aproximaste no dia em que te invoquei; disseste: Não temas.

58. Pleiteaste, Senhor, os pleitos da minha alma, remiste a minha vida.

59. Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa.
60. Viste toda a sua vingança, todos os seus pensamentos contra mim.

61. Ouviste as suas afrontas, Senhor, todos os seus pensamentos contra mim;

62. os lábios dos que se levantam contra mim e as suas imaginações contra mim todo o dia.

63. Observa-os ao se assentarem e ao se levantarem; eu sou a sua canção.

64. Tu lhes darás a recompensa, Senhor, conforme a obra das suas mãos.

65. Tu lhes darás ânsia de coração, maldição tua sobre eles.

66. Na tua ira, os perseguirás, e eles serão desfeitos debaixo dos céus do Senhor.


Sete exemplos na Bíblia de lamentações, sofrimentos e perseverança. Perseverança é não desistir.

 

A Bíblia não promete uma vida de sucessos instantâneos. Muitas vezes, o caminho para alcançar a vitória é longo e difícil, mas Jesus nos ajuda a continuar fielmente. E temos esta promessa: quem persevera receberá a recompensa que Deus tem preparado. Veja como essas sete pessoas na Bíblia perseveraram e venceram:

 

1. Josué.

Josué nasceu como escravo no Egito, junto com o resto dos israelitas. Ele somente viu a libertação de seu povo, debaixo da liderança de Moisés, quando tinha 40 anos! Depois disso, Josué ainda teve de esperar outros 40 anos até entrar na terra prometida, por causa do pecado dos outros israelitas. Mas, durante todo o tempo que esteve no Egito, e depois no deserto, Josué não desistiu de seguir a Deus.

Diante dos desafios que enfrentaram, muitos outros israelitas perderam a esperança e se voltaram para a idolatria. Eles tinham visto o poder e as maravilhas de Deus mas não tinham perseverança. Por isso, não receberam sua herança. Josué foi diferente. Ele viu tudo e decidiu pôr toda sua confiança em Deus (Josué 1:6-7). A espera foi longa e difícil mas, no fim, ele liderou Israel na conquista da terra prometida. Josué perseverou e recebeu sua herança prometida.

 

2. Ana.

Ana era estéril mas queria muito ter um filho. Ano após ano ela orava por um filho, com grande tristeza, mas sem nenhuma resposta. Mesmo assim, Ana não abandonou sua fé nem rejeitou a Deus. Ela continuou pedindo, pondo toda sua confiança em Deus.

Um dia Ana estava orando no templo e prometeu que, se tivesse um filho, iria ser dedicado a Deus (1 Samuel 1:9-11). O sacerdote lhe disse que ela iria receber o que tinha pedido e ela voltou para casa e engravidou. Seu filho Samuel cresceu no templo e se tornou um grande profeta em Israel. Deus abençoou Ana por sua perseverança e fidelidade e lhe deu ainda outros cinco filhos! Quem persevera pode receber muito mais do que espera.

 

3. Jó.

O próprio Deus chamou Jó de irrepreensível! Ele servia a Deus de coração, nos bons e nos maus momentos. Jó foi muito abençoado por sua fidelidade e tinha tudo de bom: riquezas, família e saúde. Mas um dia ele perdeu tudo. Seus filhos morreram, seus bens foram roubados e Jó ficou muito doente. Mesmo assim, Jó perseverou.

No seu sofrimento, Jó questionou muitas coisas, como a razão de viver e as ações de Deus, mas ele não parou de crer em Deus e de pôr sua confiança nele. Por isso, Jó é mencionado como um grande exemplo de perseverança no sofrimento na Bíblia (Tiago 5:10-11). Jó perseverou em sua fé e Deus restaurou sua saúde, lhe deu ainda mais riqueza e o abençoou com muitos descendentes.

 

4. Jeremias.

Poucos profetas sofreram tanto como Jeremias. Por pregar fielmente a mensagem de Deus, ele foi considerado um traidor, desprezado, espancado, preso, dentre tantas outras maldades que sofreu. Tudo pelo seu próprio povo! E, por fim, ele viu a destruição que tinha profetizado, quando Nabucodonosor destruiu Jerusalém. Mas, em meio a tudo isso, Jeremias não parou de obedecer a Deus.

Perseverança não significa estar sempre feliz. Jeremias passou por uma depressão e até quis morrer! Mas, por causa da perseverança, ele aguentou e superou todas as dificuldades (Jeremias 1:17-19). Jeremias não desistiu e seu legado foi um livro inteiro da Bíblia.

 

5. Neemias.

Neemias aceitou um grande desafio: reconstruir os muros de Jerusalém. A cidade tinha sido destruída anos antes por Nabucodonosor, sua terra agora estava subjugada a um império, seu povo estava desanimado e sem dinheiro e seus inimigos não queriam ver a construção acontecer. Mas Deus tinha colocado esse propósito no coração de Neemias e ele não desistiu.

Durante a construção, Neemias recebeu ameaças de morte e ainda teve de resolver conflitos e injustiças entre os judeus que estavam restaurando os muros. Ele até foi aconselhado a fugir, para se salvar! Mas, diante de toda a pressão, Neemias perseverou. Graças à sua liderança, os muros da cidade foram reconstruídos e os judeus começaram a restaurar Jerusalém com novo ânimo. (Neemias 6:15-16).

 

6. Paulo.

Paulo teve muito sucesso enquanto missionário, mas também passou por muito sofrimento. Em todo lugar onde pregava, Paulo fazia inimigos. Ele saiu correndo para fora de muitas cidades, atacado, preso, acusado de ser falso e até sofreu tentativas de assassinato! Além disso, suas viagens eram perigosas e ele naufragou três vezes. (2 Coríntios 11:24-27).

Muitas pessoas acham que a pregação do evangelho não vale tanto sofrimento. Mas Paulo amava Jesus e amava seu próximo tanto que não desanimava diante dos problemas. Seu amor o ajudava a perseverar. E os resultados foram incríveis! Paulo fundou muitas igrejas entre vários povos e escreveu metade dos livros do Novo Testamento. Ainda hoje a perseverança de Paulo abençoa muitas pessoas.

 

7. Jesus.

Jesus é nosso maior exemplo de perseverança. A Bíblia diz que ele foi tentado de todas as maneiras e passou por muitos sofrimentos enquanto esteve aqui na terra (Hebreus 2:17-18). Ele foi rejeitado por aqueles a quem veio salvar e enfrentou muita oposição, apesar de ser o filho de Deus. Mas Jesus não desistiu de nós.

Por amor ao Pai e a nós, Jesus perseverou até ao fim. Ele passou pela pior humilhação e tortura, a morte na cruz, sem pecar. Por causa de sua perseverança, todos nós podemos ter acesso a Deus e à salvação! E Deus Pai exaltou Jesus sobre todas as coisas.

Quando você está desanimado e parece que a bênção está demorando muito, não desista. Persevere até ao fim e você terá a vitória em Jesus.

 

Hoje é dia de lamentações enquanto não chega o dia do arrebatamento da igreja.

 

O que aconteceu nas palavras proféticas do profeta Joel e no tempo dele são um retrato daquilo que estamos vivendo hoje. Os tiranos que dominam diversas nações nos dias atuais estão fazendo um verdadeiro extermínio de Cristão na face da terra.

O dia da vingança do Senhor se aproxima e será um dia difícil, de lamentação, assolação.

No tempo do profeta Joel o mantimento daquele povo estava sendo destruído diante de seus olhos. É o retrato dos dias de hoje. Comparem como estava naquele tempo e como está nos dias atuais.

Muitos, provavelmente apenas choravam e viam a destruição e não se lembravam nem de onde vinham. A memória de seu Deus já estava apagada. A alegria tinha se ido embora junto com as sementes que se destruíam antes de brotarem. Morriam antes que lhes pudesse nascer os brotos e folhas. Era o tempo de sequidão e estio.

Os animais nos campos passam fome, pois o capim se acabou, a mortandade chega ao gado também e outros animais. O fogo dilacerou o pasto e suas árvores, nada ficou de pé para ser aproveitado. Este estava sendo realmente um tempo escuro e sem esperança como nos dias atuais.

Quando observamos o antigo testamento não tem como não compará-lo com os dias atuais. O profeta continua clamando e chamando o povo arrependimento, mas poucos ouvem. Queremos a teologia da prosperidade, queremos o ganho fácil e rápido, não lembramos mais da aliança feita com Deus quando o encontramos. Queremos a pregação mastigada ao invés de debruçarmos sobre a Bíblia e pedir a Deus que nos ensine os seus caminhos. Não contamos mais aos nossos filhos que todo e qualquer pecado entristece o coração de Deus e a consequência virá. Apenas damos ordens a Deus quando gritamos à congregação que determine sua vitória.

Chegou o tempo das chuvas invasoras e destruidoras, por outro lado a seca castiga, a violência tem chegado até nós, e o que estamos fazendo, alguns se embriagando com desculpas de que nada mais vai adiantar e que Deus se esqueceu do seu povo, outros se divertem com a situação e riem dos fiéis, pois não sabem ou fingem não saber que o tempo do fim chegou, que o dia de hoje acabará pior do que o de ontem, outros nem sabem em que tempo estamos vivendo. Mas o dia do Senhor chegará para todos, não importando o que você esteja fazendo.

Gritamos por todos os canais, por todas as mídias sociais que a violência aumentou, que é organizada e que crime é organizado, a destruição parece organizada, só parece, mas o que não percebem é que o mundo jaz no maligno e está dominado por Satanás.

Tem ares de organizado, mas são ordens satânicas que seguem. Deixamos as ordens divinas de lado. Deus conhece o poder da disciplina com vara, ele corrige porque quer ver seu povo voltando a ter aliança com Ele.

Mas estamos bêbados em nossos pecados, não conseguimos ver nada, cegamos nosso entendimento. Não queremos concertar, pois leva tempo e esforço. Somos como a geração de Joel, clamamos, mas a pessoas erradas que não podem socorrer a ninguém.

Assim como no tempo do profeta Joel ainda há tempo para arrependimento e é isso que Deus hoje em Cristo espera que façamos. Deus quer de nós o arrependimento e que voltemos ao primeiro amor. Voltemos atrás na decisão de não O obedecer para que Ele também volte atrás em nos castigar. “Todavia ainda agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque Ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal. E rasgai o vosso coração, e não as vossas vestes; e convertei-vos ao Senhor vosso Deus; porque ele é misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em benignidade, e se arrepende do mal”. (Joel 2:2-14)

Não são santos que nos conduzirão ao arrependimento, não são pessoas mortas que mesmo depois de mortas seus nomes são usados por demônios para realizar falsos milagres que nos conduzirá a verdade de Deus.

Precisamos rasgar o nosso coração. Precisamos enxergar a nossa miséria espiritual e pedirmos a Deus em Cristo que nos conduza a uma vida de santidade.

Estamos no vale da decisão, ou decidimos obedecer a Palavra de Deus, ou iremos, na indecisão, gradativamente experimentando o peso do julgamento divino sem nos despertar. O Espírito Santo está aqui para nos ensinar como nos arrependermos dos maus caminhos e do caminho largo, mas não queremos deixá-lo entrar em nossos pois as mudanças tão necessárias terão que surgir de dentro de nós, de dentro de nossos corações.

Mas devemos trazer a memória que nada ficará impune. Deus é justo e fiel. Enquanto tantos preferem servir a satanás e a suas bandejas, Deus nos olha com olhar de pena e deseja nos resgatar. O resgate só é feito através de seu filho Jesus para nós hoje. E estamos o desprezando por deuses estranhos que não tem nenhum valor.

Jesus morreu e ressuscitou para nos salvar. Onde estão estes deuses vendo tanta destruição e nada fazem. Deus enviou seu filho a morrer por nós. E os outros deuses onde está cadê o sacrifício que fizeram por nós? Só Jesus é o Caminho, a Verdade e a vida.

A palavra do profeta Joel continua batendo forte e clamando: “Congregai o povo, santificai a congregação, ajuntai os anciãos, congregai os meninos, e as crianças de peito; saia o noivo da sua recâmara, e a noiva do seu tálamo. Chorem os sacerdotes, chorem os ministros do altar, entre o alpendre e o altar, e digam: Poupa o teu povo, ó Senhor, e não entregues a tua herança ao opróbrio, para que as nações façam escárnio dele. Por que diriam entre os povos: Onde está o seu Deus?” (Joel 2:16-17).

Breve Jesus virá.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.