BENJAMIM O FILHO CAÇULA DE JACÓ
Benjamim (chamado de Benoni por
sua mãe Raquel ao nascer) foi o filho mais novo de Jacó. Era o caçula, o mais
amado de seu pai, muito embora, por inveja, tenha sido José o mais solicitado
antes de ser vendido como escravo pelos seus irmãos.
Ele era irmão de José porque era
também filho da esposa principal de Jacó chamada Raquel e meio irmão dos demais
filhos de Jacó. Sua mãe foi Raquel, a esposa preferida do patriarca. A história
de Benjamim está registrada no livro de Gênesis. (Gênesis 35-49).
A Bíblia não fornece muitas
informações sobre a vida pessoal de Benjamim. Os textos bíblicos registram os
detalhes que evolveram seu nascimento; sua posição privilegiada diante de seu
pai, Jacó; o episódio relacionado ao encontro entre José e seus irmãos no
Egito; e o fato de Benjamim ter dado origem a uma das doze tribos de Israel.
Assim foi o nascimento de Benjamim.
Por ter sido o caçula da casa,
Benjamim foi o único dentre os filhos de Jacó, que na época do seu nascimento
já era chamado e reconhecido como Israel, que nasceu na Palestina. O local de
seu nascimento ficava na região entre Betel e Efrata. Ele era filho da esposa
predileta de Jacó, Raquel.
Raquel foi a mãe biológica de
apenas dois dos filhos de Jacó: José e Benjamim. Inclusive, Raquel a mãe de
Benjamim acabou morrendo por graves complicações durante o parto.
Na ocasião do nascimento de
Benjamim, Raquel lhe chamou de Benoni. Esse nome significava “filho da minha
dor ou filho das minhas aflições”. Os nomes naquela época tinham uma
importância muito grande na vida de uma pessoa. Os povos antigos acreditavam
que um nome expressava a natureza essencial e a identidade de alguém.
Provavelmente temendo as
consequências do nome, (Benoni), que havia surgido no pranto de Raquel por seu
filho, Jacó chamou o menino de Benjamim. Alguns intérpretes enxergam o nome
originalmente dado por Raquel a Benjamim como sendo um tipo de pressagio do
futuro, em certo aspecto, agonizante, que a nação teve de enfrentar. (Jeremias
31:15-17; Mateus 2:17,18).
O nome Benjamim vem do
hebraico “yamin” que pode ser uma referência tanto “ao lado
direito” como “à direção sul”. Então o nome Benjamim pode significar “filho da
minha mão direita” ou “filho do sul”. Tradições judaicas apontam Benjamim como
“o filho da velhice”. (Gênesis 44:20).
Como tudo aconteceu com Benjamim.
Benjamim se tornou o filho
favorito de Jacó, ( quando ele nasceu Jacó já era chamado de Israel a um bom
tempo), depois do desaparecimento de José que fora vendido à mercadores
Ismaelitas, (Egípcios).
Para Jacó ele era o filho sobrevivente
de Raquel. O patriarca não sabia que José tinha sido vendido
aos ismaelitas por seus próprios irmãos. Achava que seu filho amado
José teria morrido vítima de animais selvagens, conforme a mentira que seus
irmãos inventaram para querer convencer seu pai que José havia morrido quando o
venderam como escravo.
Tempos depois, quando José já
ocupava a posição de governador do Egito, Benjamim foi figura importante no
reencontro entre José e seus irmãos. Num primeiro momento Jacó enviou seus
filhos ao Egito em busca de suprimentos por causa da grande escassez de
alimentos devidos à seca e a fome daquele tempo. Contudo, ele cuidou de não
liberar Benjamim para acompanhar seus irmãos. Jacó temia que alguma desgraça
pudesse ocorrer ao seu filho mais novo. (Gênesis 42:4).
Quando os filhos de Jacó chegaram
ao Egito, tão logo José os reconheceu. Mas José manteve sua identidade em
segredo. Então ele interrogou aqueles homens até saber sobre Benjamim, e
descobriu que seu irmão mais novo havia ficado na casa de seu pai. Sabiamente
José exigiu que seus irmãos trouxessem Benjamim para Egito. Para garantir que
essa exigência fosse cumprida, ele manteve Simeão preso.
O plano de José deu certo e Benjamim vai ao
Egito.
O plano de José deu certo, e com
relutância Jacó permitiu que Benjamim fosse ao Egito.
José ficou profundamente
emocionado quando viu Benjamim, mas conseguiu esconder sua reação para que seus
irmãos não percebessem algo de estranho. Logo depois José ordenou que lhes
fossem servido uma refeição. Nessa hora Benjamim foi favorecido cinco vezes
mais. (Gênesis 43:15-34).
Na noite anterior à partida dos
filhos de Jacó do Egito, José ordenou que o mordomo de sua casa colocasse seu
copo de prata no saco de mantimento de Benjamim. No outro dia José mandou que a
bagagem de seus irmãos fossem revistadas, até encontrar o copo de prata no saco
de mantimento correspondente a Benjamim.
De acordo com seu plano, José
então exigiu que Benjamim ficasse no Egito como seu servo. Mas tudo isso era um
teste (Gênesis 44:14-34). Quando seus irmãos imploraram que Benjamim pudesse
retornar com eles a Canaã, pelo bem da saúde de seu pai, José revelou sua
verdadeira identidade. Nesse momento José e Benjamim se abraçaram com grande
emoção. (Gênesis 45:1-15).
Quais foram os descendentes de Benjamim.
Após esses acontecimentos,
praticamente Benjamim não é mais citado na Bíblia, pelo menos não de forma
pessoal. As outras referências a ele são todas com ênfase em seus descendentes:
a tribo de Benjamim.
A bênção de Jacó sobre ele dizia
que “Benjamim é lobo que despedaça”, e isso pôde ser visto
na reputação de bravura que a tribo de Benjamim alcançou.
Importantes personagens bíblicos
foram descendentes de Benjamim, tais como: o rei Saul, a rainha Ester,
o apóstolo Paulo (Saulo de Tarso), (1 Samuel 9:1; Ester 2:5; Romanos
11:1).
Há também
pelo menos outros dois homens citados na Bíblia com esse mesmo nome.
O primeiro
foi um líder de um clã guerreiro (1 Crônicas 7:10).
O segundo foi
um homem que viveu no período após o cativeiro babilônico e que
provavelmente participou da reconstrução de Jerusalém. (Esdras 10:32; Neemias
3:23; 12:34). Ambos também pertenciam à tribo de Benjamim.
O que mais a história bíblica revela sobre
Benjamim?
A história bíblica nos revela que Benjamim
era filho legítimo de Jacó e Raquel, e não de Jacó com alguma concubina. (Gênesis
35.16-18). Raquel, sua mãe, faleceu por ter muitas complicações e dores
insuportáveis no momento do parto.
Sendo filho de Jacó, consequentemente ele era
descendente de Abraão e Sara, seus bisavôs, bem como de Isaque que era seu avô.
Benjamim tinha esses irmãos homens que
futuramente formariam ao lado dele as “doze tribos de Israel”: Rúben, Simeão,
Levi, Judá, Issacar e Zebulom, filhos de Jacó com Lia. Dã e Naftali,
filhos de Jacó com Bila. Gade e Aser, filho de Jacó com Zilpa. Além
de José, único irmão do mesmo pai e mãe. (Gênesis 35.22-26). Na sua
descendência havia ainda, na linhagem da tribo, o Saul, o primeiro rei de
Israel. (1 Samuel 9.1-2).
Esses foram os filhos de Benjamim: Belá,
Béquer, Asbel, Gera, Naamã, Eí, Rôs, Mupim, Hupim e Arde (Gênesis 46.21).
O nome de Benjamim.
Inicialmente, na hora que nasceu, ele foi
chamado por sua mãe Raquel de Benoni, que significa filho da minha aflição e da
minha intensa dor, pois o parto foi muito difícil, acompanhado de dores além do
normal. Entretanto, com a morte de Raquel no parto, em seguida, Jacó, seu pai,
o chamou de Benjamin, que significa filho próspero. (Gênesis 35.18).
Onde nasceu Benjamin?
Benjamin nasceu quando sua família partia
rumo à Betel, onde Jacó tinha feito um pacto com Deus e teve uma visão de uma
escada que tocava os céus e os anjos subiam e deciam. Seu nascimento se deu
numa pequena distância para chegar em Efrata. (Gênesis 35.16).
Benjamim foi levado para o Egito por
solicitação de José seu irmão que foi o primeiro filho de Raquel. Ele havia
sido vendido por seus irmãos como escravo.
Ao ser levado pelos seus irmãos para o Egito Benjamim
não voltou mais para a terra de Canaã, permaneceu lá e seus descendentes voltaram
para Canaã na libertação da escravidão do Egito através de Moisés.
Jacó amava mais a José do que a todos os seus
outros filhos e seus irmãos percebendo o odiaram, tornando-se tão
invejosos que não conseguiam mais lhe falar de maneira amigável.
Após José ter-lhes contado dois sonhos em que
o mesmo reinava numa posição de autoridade sobre os demais, seus irmãos arderam
de ciúmes dele.
Sendo assim, seus irmãos, após esses
acontecimentos, tramaram a sua morte e só não executaram seus malignos planos
por intervenção de Rubén, contudo Judá, outro irmão da família, sugeriu que
José fosse vendido a alguns mercadores ismaelitas e seus irmãos o ouviram e
completando o plano, José foi levado vendido ao Egito.
Para que houvesse uma justificativa plausível
ao que aconteceu com Jacó, os irmãos degolaram um bode e ensoparam de sangue a
túnica de José e mandaram entregar ao pai, e o mesmo pensou que se tratava do
seu filho que havia sido devorado por um animal selvagem. Jacó ficou arrasado
com a suposta morte de José.
Passado alguns anos, José foi feito
governador sobre o Egito e Jacó mesmo não sabendo da verdade, mandou seus
filhos irem até lá para comprar cereais, pois a fome assolava toda a terra de
Canaã, contudo Benjamin, único irmão por parte de pai e mãe de José, não os
acompanhou porque dizia Jacó: “Para que não lhe suceda, acaso, alguma desgraça”.
(Gênesis 42.4).
Jacó muito depressivo pela perca de José.
Entende-se também e o que muitos acreditam é
que depois da ausência de José, Benjamim tornou-se o “filho mais amado”.
Chegando ao Egito, José, depois de servir na
casa de Potifar como escravo, sofreu falsas acusações e foi preso, sendo que
depois disso pela intervenção de Deus veio a ser governador do Egito e era responsável
pelas vendas dos mantimentos. Logo que viu os seus irmãos, José os reconheceu,
todavia eles não o reconheceram. Seus irmãos voltarão para a terra de Canaã,
contudo Simeão ficou preso no Egito, pois José queria ver a Benjamin e ele era
a garantia.
Passados esses acontecimentos e após terem
conseguido convencer Jacó de levarem consigo à Benjamim, os homens tomaram os
presentes orientados por Jacó para serem entregues e ainda o dinheiro, bem como
Benjamin, partiram e desceram ao Egito para se apresentarem diante de José
(Gênesis 43.15).
Já no Egito, José mandou soltar Simeão e os
indagou quando viu a Benjamin: “É este o vosso irmão caçula, de quem me
falaste?” E dirigindo-se a ele proferiu: “Que Deus te conceda graça, meu filho”
(Gênesis 43.29). Todos foram convidados a fazer uma boa refeição à mesa e a
porção de Benjamin era cinco vezes maior do que a dos outros.
Ao serem dispensados para voltarem embora, os
irmãos ainda não sabiam que se tratava de José e o governador deu uma
orientação aos seus servos: “Deposita a minha taça, a taça de prata, na boca da
saca de cereal do irmão mais moço, junto com o dinheiro pago pelo mantimento”.
(Gênesis 44.2), e assim aconteceu.
Quando os servos do governador foram atrás
dos meninos, obviamente a taça foi encontrada com Benjamim e este foi ameaçado,
mas seus irmãos indagavam que qualquer coisa que acontecesse com Benjamin,
especialmente a morte, seria uma noticia devastadora para Jacó.
Nesse cenário todo, José declarou aos seus
irmãos quem ele realmente era: “Eu sou José!” (Gênesis 45.3) e “ele se lançou
ao pescoço de seu irmão Benjamim e chorou”. “Benjamim também o abraçou forte e
chorou muito com ele”. (Gênesis 45.15).
Mais informações sobre Benjamim.
Antes da sua morte, Jacó liberou uma palavra de
bênçãos, como era o costume dos patriarcas, sobre todos os seus filhos
abençoando-os e em relação ao Benjamim, o mesmo declarou: “Benjamim é um lobo
predador, ao alvorecer ele devora sua presa e ao pôr do sol divide o despojo!
Todos esses filhos de Jacó formam as tribos de Israel, em numero de doze, e
foram essas as palavras profetizadas por seu pai quando os reuniu. Ele os
abençoou a todos, todavia a cada um deu uma palavra particular”. (Gênesis
49.27-28). A palavra sobre Benjamim pode ser entendida como a reputação de
bravura que futuramente a sua tribo alcançou.
A morte de Benjamim
Não há informações sobre a morte de Benjamim,
nem outros registros bíblicos que possam detalhar mais a sua história à parte
do que aqui foi contado.
Deus abençoe você e sua família.
Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário