segunda-feira, 22 de novembro de 2021

HOJE EU SOU UMA NOVA CRIATURA EM CRISTO

HOJE EU SOU UMA NOVA CRIATURA EM CRISTO

 

Será mesmo que eu já sou uma nova criatura em Cristo? O que é ser uma nova criatura em Cristo?

 

João 3.1-17

1.   E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

2. Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

3. Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

4. Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

5. Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.

6. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.

7. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

8. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

9. Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?

10. Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?

11. Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.

12. Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?

13. Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.

14. E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,

15. para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

16. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

 

2 Coríntios 5:17 diz: "Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo”.

Gálatas 2.20 diz: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim”.

 

Há uma necessidade de uma decisão e tomada de atitude de nossa parte, que é a de abrir a porta do nosso coração para Jesus entrar e fazer nele morada.

 

Apocalipse 2.21-23.

21. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo.

22. Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.

23. Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.

 

Quando nossas mentes e corações são transformadas pelo Espírito Santo, logo após nós aceitarmos a Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador de nossas almas, nós nos revestimos de Cristo. Paulo descreve esta mudança em nossas mentes e corações como que se Jesus Cristo estivesse vivendo dentro de nós. Portanto o próprio apóstolo Paulo nos diz: “Já não vivo eu, mas Cristo vive em mim”.

 

Como Paulo descreve aqueles que, após batizar-se, são ou serão transformados em nova criatura em Cristo pelo Espírito Santo?

"Pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem Daquele que o criou".(Colossenses 3:9-10).

"Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo já vos revestistes de Cristo". (Gálatas 3:26-27).

"Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória". (Colossenses 1:27).

"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo". (2 Coríntios 5:17).

"Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a Si mesmo por mim". (Gálatas 2:20).

 

Pela liberdade de escolha e de livre arbítrio que Deus concedeu ao ser humano é que nós decidimos aceitar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas almas, vivermos em Cristo e Cristo em nós.

Quando nossas mentes e corações são transformados pelo Espírito Santo, então "revestimos-vos de Cristo". Paulo descreve essa extraordinária mudança em nossos corações e mentes quando Jesus Cristo vive em nós. Então, nos "despimos do homem velho e seus atos", e "nos revestimos do novo homem". Somos "renovados" no conhecimento e no espírito de nossas mentes. Como filhos de Deus, nos tornamos "em Cristo" verdadeiramente uma nova criatura. Deus nos transforma em sua própria família, seus filhos e filhas (2 Coríntios 6:18).

 

Qual é a responsabilidade daqueles que estão sendo transformados?

Jesus Cristo transforma o homem velho em uma nova criatura. Vejam bem que Jesus transforma, é diferente de reforma; Jesus faz do ser humano uma nova criatura, um novo ser, temos uma nova vida, um novo viver, são experiências inigualáveis e ininpagáveis.

 

"Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho homem, que se corrompe facilmente por desejos enganosos, a serem renovados no modo de pensar e a revestir-se do novo homem, criado para ser semelhante a Deus em justiça e em santidade provenientes da verdade". (Efésios 4:22-24).

"Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição". (Colossenses 3:12-14).

Deus esta resolvido e empenhado em criar em nós a Sua própria natureza divina (2 Pedro 1:4). "Àquele Cristo que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus". (2 Coríntios 5:21).

Os dois primeiros capítulos de Gênesis nos diz, brevemente, como Deus criou o universo físico e enfatiza na criação do primeiro homem e da primeira mulher. Mas agora Ele trabalha numa criação mais importante, a criação de um caráter justo em seus filhos e filhas. É por isso que nosso arrependimento sincero e genuíno é tão importante para Ele iniciar esse processo em nós. Temos de desejar profundamente isso para que Ele possa nos transformar em uma nova pessoa.

 

Por que a nossa participação é tão importante para nascermos de novo?

Se eu não tomar a decisão de querer ser transformado por Jesus, Jesus não vai dar um passo em minha direção. O que Ele tinha que fazer por nós, Ele já fez, morrendo na cruz do calvário em nosso lugar. Isaías 53.

A criação de um novo caráter justo é um processo de duas vias. Antes nossa natureza carnal nos dominava, agora quem domina nossa vida e nossa natureza e o Espírito Santo, através de uma nova natureza e um novo caráter; a natureza espiritual e o caráter de Cristo que nos domina, já não somos mais escravos do pecado. O pecado já não nos domina mais, se por acaso acontecer de alguém pecar, e infelizmente diz a Bíblia que todos pecaram, temos agora um advogado fiel que nos perdoa e nos justiça diante de Deus O nosso Eterno Pai. Deus nos dá o conhecimento e todo o poder que precisamos para vencermos a natureza carnal. E nós escolhemos viver uma vida virtuosa no domínio do Espírito Santo. Sem nossa livre escolha, nós seríamos meros autômatos, agindo como um sofisticado robô pré-programado. Não é isso que Deus deseja. Deus quer a nossa obediência e a nossa fidelidade para com Ele.

 

Deus quer que não sejamos apenas criaturas mas quer que agora transformados pela conversão em Cristo, seus filhos e que compartilhemos Seus valores com o mundo para que convertam também a Cristo.

Ele quer que usemos esses valores e convicções para tomarmos decisões do modo como Ele faz. Por quê? Porque Ele quer que herdemos todas as coisas, para participar com Ele de toda a Sua criação. Como Ele nos diz em Apocalipse 21:7: "Quem vencer herdará todas as coisas, e Eu serei Seu Deus, e ele será Meu filho".

 

Veja o relato exuberante de Paulo sobre a herança que Deus tem reservado para nós:

"O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também; herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com Ele padecemos, para que também com Ele sejamos glorificados. Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada". (Romanos 8:16-18).

Nada é mais importante para Deus do que o nosso desenvolvimento espiritual. Nosso desenvolvimento é essencial para que possamos receber a preciosa herança que Deus tem reservado para nós como seus filhos: "Mas, em certo lugar, testificou alguém, dizendo: Que é o homem, para que dele te lembres? Ou o filho do homem, para que o visites? Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste e o constituíste sobre as obras de tuas mãos. Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas; vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos”. (Hebreus 2:6-9).

 

É Jesus a meta que Deus quer que nós venhamos a atingir como seres humanos.

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto. Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos". (Romanos 8:28-29).

Deus predeterminou, em Seu plano vque seu filho seria o padrão de nosso desenvolvimento. Ou, como explicou Paulo, Deus "que nos salvou e nos chamou com santa vocação . . . que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos". (2 Timóteo 1:9).

Se "estamos em Cristo", então devemos estar sendo "transformados" à Sua "imagem" assim como "Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação". (Colossenses 1:15). Nosso crescimento espiritual deve continuar "até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo". (Efésios 4:13). "E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial". (1 Coríntios 15:49).

 

Enfim, poderemos ser como o Cristo glorificado?

"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos". (1 João 3:2).

 

Como o conhecimento de nosso incrível potencial deveria nos motivar?

"E qualquer que nEle tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro". (1 João 3:3).

A compreensão do plano eterno de Deus deve nos inspirar a purificar nossos corações e motivações. "Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus", disse Jesus, (Mateus 5:8), e Tiago escreveu: "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia". (Tiago 3:17).

 

Qual atitude mental e disposição de coração nós devemos ter para agradar a Deus?

"De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus". (Filipenses 2:5).

Paulo havia acabado de descrever as principais características da mente de Cristo bem como a mente de Cristo para com os outros também.

Primeiramente, ele enfatizou que "em Cristo" nossa "comunhão do Espírito" deve nos motivar a compartilhar o "mesmo amor" uns com outros. "Portanto, se há algum conforto em Cristo, se alguma consolação de amor, se alguma comunhão no Espírito, se alguns entranháveis afetos e compaixões, completai o meu gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, sentindo uma mesma coisa". (Filipenses 2:1-2).

Então Paulo explicou a motivação adequada quanto aos nossos relacionamentos. "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros". (versículos 3-4).

Precisamos pensar com o mesmo amor e humildade que se encontrava na mente de Jesus para podermos dizer que “sou uma nova criatura em Cristo”.

 

Deus abençoe você e sua família

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

REFERÊNCIAS BÍBLICAS SOBRE O MESSIAS NO VELHO TESTAMENTO

REFERÊNCIAS BÍBLICAS SOBRE O MESSIAS NO VELHO TESTAMENTO

 

Analisamos aqui alguns aspectos de como o Velho Testamento retrata o nascimento, ministério, morte, ressurreição, ascensão e muitas outras situações sobre o Senhor Jesus. Também trazemos nesta postagem muitas outras referências sobre a vinda de Jesus para arrebatar a Sua igreja.     

 

01) - Em Gênesis 3.15 temos a promessa feita pelo próprio Deus, sobre o nascimento de Jesus Cristo, seu Unigênito filho, para salvar a humanidade da condenação eterna.

Ali está registrada a promessa de restauração dos seres humanos através de um redentor que nasceria da semente da mulher, a saber: Jesus Cristo.

 

02) – 1 Samuel 2.10: declara: a força de um Rei e o seu poder, porque:

O Senhor dará força ao seu Rei e exaltará o poder do seu ungido.

 

03) – 1 Samuel 7.13: - Os inimigos do Messias foram abatidos para que eles não destruíssem a árvore genealógica do Filho de Deus que iria nascer entre os homens.

O Senhor abateu os seus inimigos, os inimigos do Messias, para que os antecedentes genealógicos dEle não fossem destruídos, ou mais precisamente , fossem preservados.

 

04) - Salmo 45.14,15: - Ele nasceria de um nascimento virginal.

Foi profetizado sobre a virgindade de Maria que seria preservada até o nascimento de seu primogênito, ou seja, o seu primeiro filho. Maria que seria o vaso de Deus para o nascimento do Salvador. O primeiro homem criado Adão foi feito do barro da terra para ser perfeito quando Deus lhe soprou em suas narinas o fôlego de vida, porém ele se tornou imperfeito por causa do pecado. O segundo homem, Jesus, criado por obra e graça do Espírito Santo foi perfeito em sua obra mesmo vivendo num mundo de tanta imperfeição, porém Deus preparou tudo para que o nascimento do Messias fosse através de uma virgem escolhida e agraciada por Deus para tal objetivo.

 

05) - Salmo 72.8: - Sua mensagem seria sem fronteiras e sem barreiras.

O domínio e a expansão da mensagem do Messias que seria de mar a mar, desde o rio até as extremidades da terra.

 

06) - Salmo 75.8,10: - Levantes haveriam, mas os que cressem na sua palavra seriam exaltados.

Os ímpios haveriam de beber a mistura que ferve na mão do Senhor, os quais seriam quebrantados; mas aos justos Ele exaltaria as suas forças.

 

07) - Salmo 110.5,6: - Feito um rei justo conforme a ordem de Melquisedeque, rei de Salém. 

Veja também: Gn 14.18; Sl.110.4; Hb.5.6; 6.20; 7.1.

O juramento do Senhor é esse: Tu és um sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, o Senhor à tua direita, ferirá os reis no dia da sua ira. Julgará entre as nações enchê-las-á de cadáveres; ferirá os cabeças, os líderes, de grandes terras, ou nações.

 

08) - Cantares 6.10,12: - O brilho e beleza de um casamento real: Cristo, o noivo; a Igreja, a noiva.

A mensagem do Messias seria abraçada por uma noiva que é formosa como a lua, brilhante com o sol, formidável como um exército com bandeiras, e a alma do noivo se derramaria sobre a excelência desse povo, que não rejeitaria, mas o aceitaria: a sua Igreja.

 

09) – Isaías 9.7: Sua descendência seria e será preservada para sempre em Cristo.

A descendência e o trono de Davi seriam preservados para sempre em Jesus, o zelo do Senhor dos exércitos faria isto.

 

10) - Isaías 14.4 - Ap. 18.1-2: Os inimigos de Cristo e de Sua noiva cairão por completo. Serão derrotados para sempre. A Babilônia opressora cairá por completo e para sempre.

 

Jesus Cristo no Antigo Testamento: As Profecias Sobre a Vinda do Messias.

Existem inúmeras referências sobre Jesus no Antigo Testamento, de modo que certamente podemos dizer que todo o Antigo Testamento testifica de Cristo. Logo nos primeiros capítulos de Gênesis, após a Queda do Homem, encontramos a promessa sobre Aquele que esmagaria a serpente. (Gênesis 3:15).

Depois, quando Deus fez um pacto com o patriarca Abraão prometendo bênçãos sobre sua descendência, tal pacto e promessa estavam diretamente ligados à vinda e a obra redentora do Messias. Ele é o grande descendente de Abraão, pelo qual todas as nações são abençoadas. (Gênesis 12:3; 18:18; 22:18; cf. Gálatas 3:18).

Até quando o mesmo Abraão recebeu a ordem para sacrificar seu filho Isaque no Monte Moriá, Deus proveu um cordeiro para substituir o menino; e claro, aquele cordeiro era um símbolo de Cristo. (Gênesis 22).

Mais tarde, quando Deus enviou as dez pragas sobre o Egito para que seu povo fosse libertado, Moisés recebeu instruções da parte de Deus para a celebração da Páscoa (Êxodo 12); e sob a luz do Novo Testamento, entendemos que a Páscoa apontava para o próprio Cristo, nosso Cordeiro pascal, o Cordeiro que tira o pecado do mundo. (João 1:29; 1 Coríntios 5:7).

Se Gênesis, que é o primeiro livro do Antigo Testamento, fala de Cristo, o último livro do Velho Testamento também fala, isto é, o livro de Malaquias, igualmente aponta para o Salvador.

O profeta Malaquias profetizou sobre a obra de um mensageiro que o Novo Testamento revela ser Jesus; bem como sobre a pregação do Evangelho que se haveria de se espalhar pelo mundo. A profecia de Malaquias foi tão específica que contemplou, inclusive, o arauto que prepararia o caminho para o Messias, ou seja, o profeta João Batista. (Malaquias 1:11; 3:1,2; 4:5).

Até mesmo a expressão “Eu serei seu Deus”, que é muito comum no Antigo Testamento sendo aplicada em diversos contextos, em última análise encontra seu cumprimento final na pessoa de Cristo (Jeremias 31:33; Oseias 2:23; Zacarias 8:8; cf. Hebreus 8:8-13).

 

O Antigo Testamento fala de Jesus Cristo.

Na verdade, todo o Antigo Testamento, seja por promessas, pactos, repreensões ou mesmo símbolos, aponta para o Messias prometido. O Antigo Testamento fala sobre Aquele que haveria de cumprir o maravilhoso plano de redenção. Certamente a passagem do Antigo Testamento mais conhecida acerca de Jesus é Isaías 53, onde o profeta Isaías profetiza acerca do Servo sofredor; mas essa é apenas uma de tantas outras.

O próprio Isaías também profetizou que o Messias, o Emanuel, nasceria de uma virgem. Ele ainda disse que seu nome seria “Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 7:14; 9:6).

 

O profeta Miqueias, por exemplo, profetizou que o Messias nasceria em Belém. (Miqueias 5:2; Mateus 2:1-12).

O profeta Ageu também falou acerca da restauração da linhagem de Davi; uma promessa que encontra seu cumprimento final em Jesus. (Ageu 2:6-9; cf. Lucas 20:41-44).

Até mesmo o Templo, que recebe grande destaque no Antigo Testamento por ser o local onde a presença de Deus se revelava de maneira especial, é uma figura que aponta para Cristo e sua Igreja; visto que Ele é o Templo final (João 2:21,22), e sua presença hoje habita em sua Igreja. (1 Coríntios 6:19,20).

Também, o profeta Daniel teve uma visão em que viu Um como o Filho do Homem, o qual recebeu todo domínio e poder para reinar para sempre. (Daniel 7:13). Aqui vale lembrar que “Filho do Homem” é a principal autodesignação de Jesus no Novo Testamento.

 

O Novo Testamento usa o Antigo Testamento para falar de Jesus.

O próprio Senhor Jesus, durante seu ministério terreno, deixou claro que o Antigo Testamento aponta para Ele. Certa vez, Jesus censurou os judeus religiosos que diziam examinar as Escrituras, mas não percebiam que elas testificavam dele; e ainda mais diretamente declarou que todo o Pentateuco, isto é, todos os livros de Moisés, testemunham sobre Ele (João 5:39-47). Saiba mais sobre o significado da frase “examinais as Escrituras”.

Talvez a passagem nos Evangelhos mais significativa nesse sentido é aquela registrada pelo evangelista Lucas que narra o episódio dos dois discípulos que andavam no caminho de Emaús. Naquela ocasião Jesus repreendeu os dois discípulos. Ele disse que eles eram néscios e tardios de coração para crer no que os profetas disseram. Então “começando por Moisés, e por todos os profetas”, Ele explicou-lhes “o que dele se achava em todas as Escrituras”. (Lucas 24:25-27).

Depois, no mesmo capítulo 24 de Lucas, Jesus ainda declara: “São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos” (Lucas 24:44). Ao escutarem isto, o entendimento dos discípulos se abriu e eles compreenderam as Escrituras.

Aqui é importante entender que a informação de que eles compreenderam as Escrituras significa que eles entenderam que todo o Antigo Testamento aponta para Cristo e sua obra de redenção; isto é, o próprio Cristo é o centro no Antigo Testamento, de ponta a ponta; incluindo tudo o que Moisés, os profetas, os cronistas e os salmistas escreveram.

Os apóstolos, ao escreverem suas epístolas neotestamentárias, fizeram uso maciço das Escrituras, justamente por perceberem, com a inspiração do Espírito Santo, que o grande propósito do Antigo Testamento é falar de Cristo. Podemos mencionar aqui algumas passagens que exemplificam isto.

Em Romanos 15:3, o apóstolo Paulo cita o Salmo 69:9 como um salmo que se refere a Jesus. Também, escrevendo aos cristãos de Corinto, ele afirma que em Cristo se cumpre todas as promessas de Deus. (2 Coríntios 1:20). O mesmo apóstolo, ao escrever a Timóteo, afirma que o Antigo Testamento é eficaz ao revelar a verdade acerca da salvação pela fé em Cristo. (2 Timóteo 3:15-17).

O escritor do livro de Hebreus também utilizou o Antigo Testamento para mostrar a legitimidade, a superioridade e a perfeição do sacerdócio de Cristo. Num dos pontos mais explícitos sobre isso, ele recorre à figura de Melquisedeque e seu sacerdócio, como uma tipificação do sacerdócio de Cristo. (Hebreus 7-8; Gênesis 14; Salmo 150).

O apóstolo Pedro igualmente escreveu que os profetas do Antigo Testamento profetizaram, pelo Espírito de Cristo, os sofrimentos e a glória do Messias; e assim apontaram para a salvação pela graça. (1 Pedro 1:8-12). Esse termo “profeta” indica todos os escritores veterotestamentários.

Além de todas essas referências, ainda vale lembrar que quando o Antigo Testamento registra Teofanias, isto é, aparições de Deus, (Gênesis 18:1; Isaías 6:1-5), ou mesmo manifestações do Anjo do Senhor que apontam para esse tipo de contexto, normalmente se entende que se trata de registros de manifestações pré-encarnadas da Segunda Pessoa da Trindade, visto que nunca ninguém viu a Deus, “mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai”, é quem o revelou. (João 1:18).

Com tudo isso, fica mais do que claro que ao falarmos sobre Jesus no Antigo Testamento, devemos entender que não são apenas poucas palavras que falam sobre Ele; mas que, do começo ao fim, as Escrituras testificam da Pessoa de Jesus Cristo e de sua obra redentora.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

A FIGUEIRA SECOU IMEDIATAMENTE

DISSE JESUS PARA A FIGUEIRA: "NUNCA MAIS NASÇA FRUTO EM TI".

 

A figueira que secou imediatamente.

A figueira secou, e agora? Porque será que a figueira secou?

 

Marcos 11.19-26.

19. E, sendo já tarde, saiu para fora da cidade.

20. E eles, passando pela manhã, viram que a figueira se tinha secado desde as raízes.

21. E Pedro, lembrando-se, disse-lhe: Mestre, eis que a figueira que tu amaldiçoaste se secou.

22. E Jesus, respondendo, disse-lhes: Tende fé em Deus,

23. porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito.

24. Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.

25. E, quando estiverdes orando, perdoai, se tendes alguma coisa contra alguém, para que vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.

26. Mas, se vós não perdoardes, também vosso Pai, que está nos céus, vos não perdoará as vossas ofensas.

 

“Ora, de manhã, ao voltar à cidade, teve fome; e, avistando uma figueira à beira do caminho, dela se aproximou, e não achou nela senão folhas somente; e disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. Quando os discípulos viram isso, perguntaram admirados: Como é que imediatamente secou a figueira?” (Mateus 21.18-20)

Isto é um milagre e uma parábola. É um milagre singular, e é uma parábola impressionante. É uma parábola viva, em que o nosso Senhor nos dá uma lição objetiva. Ele coloca a verdade diante dos olhos dos homens nesta passagem, para que a lição possa dar uma impressão profunda na mente e no coração. Eu insistirei muito sobre a observação de que esta é uma parábola viva, pois, se você não olhar para ela sob esta luz, você pode interpretá-la mal. Jesus tinha um objetivo a alcançar quando mandou que a figueira secasse tão rapidamente. Os seus discípulos precisavam ser despertados para a realidade do que poderia acontecer com eles se por acaso não dessem frutos regularmente. 

Nosso Senhor quis ensinar aos seus discípulos sobre a destruição de Jerusalém. A recepção dada a ele em Jerusalém estava cheia de promessas, mas das quais nada viria. Seus altos “hosanas” iriam mudar para: “Crucifica-o!”

Quando Jerusalém seria destruída por Nabucodonosor, no tempo oportuno, os profetas não só tinham falado, mas eles tinham usado sinais instrutivos. Mais uma vez, os juízos de Deus estavam às portas da cidade culpada. As Palavras de Jesus tinham sido desperdiçadas, e até mesmo as lágrimas do Salvador tinham sido derramadas em vão, então havia chegado a hora de ser dado um sinal do juízo que estava às portas.

O Senhor Jesus viu uma figueira, que por um capricho da natureza, estava coberta com folhas em um momento em que, no curso normal das coisas, não deveria estar assim; pois as figueiras somente se cobrem de folhas quando já têm dado os seus frutos. O Senhor Jesus viu nisso uma oportunidade para uma lição muito boa para os seus discípulos.

 

Quando ele viu que não havia qualquer figo naquela figueira, Ele ordenou que ela ficasse infrutífera para sempre, e imediatamente começou a secar.

A figueira arruinada era um símile singularmente parecido com a situação Estado judeu. A nação havia prometido grandes coisas para Deus, mas não havia realizado nada, pelo contrário fizeram tudo o que não era para fazer com o Mestre.

Quando todas as outras nações eram como árvores sem folhas, sem fazer profissão de fidelidade ao verdadeiro Deus, a nação judaica estava coberta com a folhagem da profissão religiosa abundante, mas sem qualquer fruto. Nosso Senhor tinha olhado para o interior do templo, e tinha encontrado a casa de oração senão como um covil de ladrões. Ele condenou portanto, a igreja judaica a permanecer como uma coisa inútil sem vida, e assim foi. A sinagoga permaneceu aberta, mas seu ensino tornou-se uma forma morta. Israel não tinha nenhuma influência sobre as nações. A raça judaica tornou-se, durante séculos, uma árvore seca: não tinha nada, senão profissão externa, exibindo uma pomposa folhagem, mas sem frutos, quando Cristo veio, e essa profissão se mostrou impotente para salvar, mesmo a cidade santa. Cristo não destruiu a organização religiosa dos judeus que ele a deixou permanecer, mas esta se secou a partir da raiz, até que vieram os romanos, e com suas legiões arrancaram o tronco infrutífero.

 

Temos aqui uma grande lição para as nações.

Elas podem fazer uma profissão religiosa, e ainda podem deixar de expor a justiça que exalta uma nação. Nações podem ser adornadas com toda a folhagem da civilização e da arte, e do progresso, e da religião, mas se não há vida interior de piedade, e nenhum fruto de justiça, elas permanecerão por um tempo, e depois desaparecerão.

 

Temos aqui uma grande lição para as igrejas.

 Há igrejas que têm tido destaque em número de pessoas e de grande influência na sociedade, mas a fé, o amor, e a santidade não foram mantidos, e o Espírito Santo deixou-os para a exibição vã de uma fé infrutífera; e há igrejas, com o tronco da organização, e os ramos amplamente estendidos, mas estão mortos, e todos os anos eles se tornam cada vez mais deteriorados.

Será que podemos ter um grande número de pessoas que vêm para ouvir a Palavra, e um considerável corpo de homens e mulheres que professam ser convertidos, mas a menos que a piedade vital esteja no interior deles, jamais serão igrejas e congregações verdadeiramente. Então o que são ou o que serão estes crentes, estas congregações e igrejas? A resposta é simples: serão árvores secas e sem frutos.

 

Podemos ter um ministério valorizado, mas o que seria este ministério sem o Espírito Santo de Deus?

Podemos ter grandes serviços na obra de Deus, mas o que são eles sem o espírito de oração, o espírito de fé, o espírito de graça, de consagração e de gratidão?

Ora, sem a unção do Espírito Santo não somos nada. Muita oração, muito poder. Pouca oração, pouco poder, nenhuma oração, nenhum poder.

Há pessoas que parecem desafiar as estações do ano. Ainda não era o momento de figos, mas eles são como esta figueira coberta com aquelas folhas que geralmente indicavam figos maduros. Quando uma figueira está cheia de folhas, você espera encontrar figos nela, e se você não os encontrar é porque ela não vai ter qualquer figo naquela temporada. Aquela árvore da referência bíblica era uma aberração da natureza e não um resultado saudável de verdadeiro crescimento. Tais aberrações da natureza ocorrem nas florestas e nas vinhas, e podem ser encontradas também no mundo moral e espiritual. Conheço árvores que têm a natureza de cair todas as folhas e ficam em estado de dormência por um período. Todos acham que ela morreu, mas na verdade ela não morreu está em estado de dormência por um período e depois ela volta a frutificar, ter folhas e frutos.

 

Alguns homens e mulheres parecem, acham que são muito superiores do que seus amigos, mas antes, aqueles ao redor deles nos surpreendem por suas virtudes especiais internas e externas.

 Eles são melhores do que o melhor, mais somente na aparência. Elas são pessoas muito superiores, cobertas com virtudes, como esta figueira que ao invés de ter frutos, que era o normal,  só tinham galhos com folhas.

Observe-se, que eles saltam por cima da regra normal de crescimento. Como já lhe disse, a regra é, em primeiro lugar o figo, e depois as folhas da figueira, mas temos visto pessoas que fazem uma profissão de fé antes de terem produzido o menor fruto para justificá-la, que poderia ser a demonstração de uma grande intimidade com Deus e se humilhar debaixo da potente mão de Deus.

Essas pessoas participam de um encontro de avivamento, e se declaram salvas, embora não tenham sido renovadas no coração, e não possuem nem arrependimento nem fé.

Sem arrependimento verdadeiro não há conversão. Sem conversão não há o brilho do Espírito Santo nas pessoas. Elas vêm para a frente para confessar simplesmente uma mera emoção. Eles não têm nada melhor do que uma resolução. Agora, eu não me oponho à rapidez da conversão, pelo contrário, a admiro, se é verdadeira, mas eu não posso julgar até que eu veja o fruto e as evidências na vida. Conversão é mudança de vida. Conversão é nascer de novo. Conversão é se humilhar debaixo da potente mão de Deus e demonstrar que realmente quer servir ao Senhor Jesus de corpo, alma e espírito.

Se a mudança de conduta é distinta e verdadeira, eu não me importo o quão rápido o trabalho é feito, mas temos de ver a mudança.

Onde aqueles que são proeminentes vêm a ser tudo o que eles professam ser, eles são uma grande bênção. Teria sido bom se naquela manhã houvesse figos naquela figueira. Teria sido um grande refrigério para o Salvador se tivesse sido alimentado pelo seu fruto.

O primeiro Adão veio à figueira para procurar folhas, mas o segundo Adão procura figos.

Ele examina a nossa personalidade por completo, para ver se há alguma fé verdadeira, qualquer amor verdadeiro, qualquer esperança viva, qualquer alegria que é fruto do Espírito, qualquer paciência, qualquer auto-negação, qualquer fervor na oração, qualquer caminhada com Deus, qualquer habitação do Espírito Santo, e se ele não vê essas coisas, ele não fica satisfeito; o caso de ir à igreja, reuniões de oração, comunhões, sermões, leituras da Bíblia, tudo isso pode não ser mais do que folhagem. Se o Senhor não vê o fruto do Espírito em nós, Ele não fica satisfeito conosco, e sua inspeção levará a medidas severas. Observe que o que Jesus procura não é suas palavras, suas resoluções, suas confissões, mas sua sinceridade, sua fé interior, o que está sendo de fato produzido pelo Espírito de Deus para trazer o fruto do Espírito Santo em nós.

Vivemos na era do cristão que dá mais importância ao que sente, do que ao que crê. Aliás, quem somente crê atualmente não está com nada, é “um ser sem fé”, pois a onda agora é sentir no coração a alegria do Senhor Jesus em suas vidas.

Sentir no coração que deve fazer a vontade de Deus.  Sentir de Deus que não deve fazer aquilo que O desagrada. Sentir um arrepio enorme quando alguém chega perto da gente cheio do Espírito Santo. Sentir o poder o poder de Deus. Sentir a alegria do Espírito Santo intensamente. Sentir que assim possamos dar o devido valor do viver pela fé, e passamos desde então, a viver pelo mover do Senhor Jesus em nossas vidas.


Será que Jesus nos motiva a fazer isso? A viver dessa forma?

“Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Quem crê nEle não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. João 3:15-16;18”.

“A este dão testemunho todos os profetas, de que todos os que nEle crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome”. Atos 10:43.
“Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido”. Romanos 10:11.

Experiência sobrenatural não deve ser motivação de um cristão a buscar intimidade com o Pai, pelo menos, é o que o penso, é o que vejo nas Escrituras! O Senhor Jesus não nos chamou a só sentir e sim a crer, ter fé,  como está escrito em Romanos 1:17: “Porque Nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé”.

É bom quando somos privilegiados com os sentidos, quando temos experiências extraordinárias com o Senhor Jesus, mas isso não deve ser o nosso alvo. Tomé ao saber que Jesus tinha ressuscitado não acreditou, ele preferiu ver, preferiu sentir o buraco nas mãos do nosso Mestre para poder crer! Nesse sentido, já somos bem-aventurados por crer, mesmo sem ter visto.

Jesus nos convida a todo momento a viver pela fé, a ser bem-aventurado, a crer mesmo sem ver, a crer mesmo sem sentir, a crer mesmo que as circunstâncias digam ao contrário. O cristão deve viver pela fé, e fé não é sentido é convicção:

“Ora, a fé é a certeza daquilo que esperamos e a prova das coisas que não vemos”. Hebreus 11:1.

Somos convidados através do Espírito Santo de Deus a prestar-Lhe um culto racional conforme nos ensina o Apóstolo Paulo em Romanos 12.1, e fazendo isso diariamente, constantemente, incessantemente, em humidade,  oferecendo a Cristo, o nosso corpo, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este sim é o nosso culto racional, esse que não depende de hora, lugar, ritos, nem pessoas, mas simplesmente, de andar com Deus.

Somos mais íntimos de Deus, do nosso Criador, quando a todo instante em nossas vidas, somos gratos a Ele pelo seu amor, pela sua bondade, pela sua graça e misericórdia.

Gratidão essa que deve ter como consequência amor ao próximo, perdão ao próximo, disponibilidade ao próximo, não acusação ao próximo.

Ser íntimo de Deus, ter intimidade com o Espírito Santo de Deus é ter consciência de que o Espírito Santo habita em nós, respeitando assim o nosso corpo, e deixando que o amor de Deus flua de nosso interior para tocar a vida daqueles que estão próximos de nós.

Não se perturbe por não ter experiências sobrenaturais com Deus, pois, o que realmente importa é a permanência na fé pela qual será salvo: fé no Filho de Deus! A maior experiência que alguém pode ter, é ter a mente renovada pelo Espírito Santo, passando daí em diante, a confessar que Jesus é o Senhor.

Disse Jesus: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim, na casa de meu Pai há muitas moradas”. João 14:1

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

É NOSSO DEVER ANUNCIAR O EVANGELHO

É  NOSSO DEVER ANUNCIAR O EVANGELHO

 

O que é anunciar o evangelho?

 

Mateus 28:16-20.

16. E os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha designado.

17. E, quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.

18. E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.

19. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;

20. ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!


A missão principal da igreja é de anunciar o evangelho do Senhor Jesus à toda criatura até que Jesus volte para arrebatar a sua igreja. 

Porque, diz o Apóstolo Paulo, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho! Esse versículo contido na carta de 1 Coríntios 9:16 é um mandamento para que todos cumpram essa missão porque quem não prega o evangelho não é discípulo de Jesus. Um mandamento foi deixado para todos os discípulos de Jesus, que está escrito na Bíblia, em Marcos 16:15. “E disse-lhe Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.

Quem não prega vive em desobediência e não ama a Deus. Mas o que é pregar o evangelho? A pregação não é somente através de palavras ou discursos, é muito mais do que isso. Acontece através da proclamação, do testemunho de vida e das boas obras. É falar, viver e fazer; é anunciar, ser e compartilhar. É dizer, mostrar, amar, refletir e servir. Em todas as áreas, por todos os lugares, para todos os homens.

Pregar o evangelho deve ser motivo de alegria, grande privilégio e prazer. Saiba como é bom fazer parte do propósito de Deus e ser usado por Ele. Evangelizar sintetiza o verdadeiro amor de Deus.

Todos somos chamados para pregar o evangelho, sejam crianças, jovens, pessoas da meia idade e até os idosos, todos são chamados a pregar o evangelho. O “IDE” é para todos os Cristãos. Ao longo de nossas vidas encontramos pessoas que não conhecem Jesus e precisam ouvir o evangelho. Por isso é fundamental que estejamos pregando a Palavra de Deus.

Algumas pessoas têm o dom de pregação. Essas pessoas ajudam a edificar a igreja, ensinando mais sobre a palavra de Deus. Devemos respeitar os pregadores, porque têm uma grande responsabilidade diante de Deus e seu trabalho não é fácil. Também devemos analisar tudo que é dito, para confirmar que está de acordo com a Bíblia.
Veja em Romanos 10:14 a 15. “Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados? Como está escrito: Quão formoso os pés dos que anunciam o evangelho da paz; dos que trazem alegres novas de boas coisas”.

 

O que é Pregar o Evangelho?

“Deixou, pois, a mulher o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo? Saíram, pois, da cidade, e foram ter com ele.

E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito. Indo, pois, ter com ele os samaritanos, rogaram-lhe que ficasse com eles; e ficou ali dois dias. E muitos mais creram nele, por causa da sua palavra. E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo”. João 4:28-30; 39-42.

 

“Falar do amor Jesus”, “testemunhar a respeito de Jesus” e “ensinar o evangelho de Jesus”. Três assuntos essenciais para o crescimento do Reino de Deus aqui na terra.

Antes de falar da diferença, quero esclarecer algo muito importante sobre evangelizar.

A Bíblia diz que o Evangelho é a boa notícia, boas novas de grande alegria, Isaías 9.6 fala sobre a vinda do Messias, ou seja, Jesus.

O Evangelho, resumidamente, é falar da condição humana diante de um Deus santo que vai julgar o homem segundo seu alto padrão de santidade e que é impossível esse homem salvar-se por suas próprias obras, porque elas são más. Contudo, o amor de Deus pelo homem é tamanho que Ele resolveu justificar o homem de seu pecado através da morte do seu único filho. Dessa forma, a única maneira do homem escapar da condenação eterna é crer, pela fé, que Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo e a ressurreição de Jesus significa que o sacrifício na cruz foi aceito. Então, todo aquele que crê nisso e vive conforme a vontade de Deus, buscando a santidade todos os dias, será ressuscitado por Deus para uma vida eterna com Cristo.

Baseado nisso, se uma “pregação”, por mais bonita e envolvente que seja, não levar o ser humano a entender e confrontar-se com a sua condição de pecador, não está pregando o Evangelho. O Evangelho é o motivo pelo qual Jesus veio a este mundo, como homem, e o que Ele realizou na cruz. O Evangelho é Jesus porque Ele é a boa notícia.

É impossível discorrer sobre os milagres, características, atributos, forma de falar de Cristo e não falar do Evangelho. Temos que evangelizar com um evangelismo Cristocêntrico.

Uma pregação pentecostal que não fala de arrependimento, abandono de pecado, busca pela santidade, renúncia, vida com Deus e para Deus, não está falando do Evangelho de Jesus. A Palavra de Deus precisa confrontar o homem para que haja mudança de dentro para fora operada pelo Espírito Santo no coração.

Então, definitivamente, fale de Jesus, não se esquecendo de falar do Evangelho que é boas novas de grande alegria.

 

Quanto a pregar o Evangelho existem duas formas: testemunhar e ensinar.

O testemunho do Evangelho está relacionado à mudança pessoal e atitudes advindas dessa mudança. Lembra a ordem de Jesus ao endemoniado Gadareno? “Vá para casa, para a sua família e anuncie-lhes quanto o Senhor fez por você e como teve misericórdia de você”. Marcos 5:1-20. Esse homem acabara de ter sua vida transformada e com seu testemunho converteu toda Decápolis, (10 cidades).

Qualquer pessoa é uma potencial pregadora do Evangelho. Ainda que não saiba explicar teologicamente, ela pode falar sobre sua experiência de vida com Deus e o resultado positivo dessa relação com o altíssimo. Fora isso, tem os frutos que se manifestarão através de um coração transformado pelo evangelho. Esses frutos manifestam Jesus agindo na vida do cristão. Como diz Efésios 4:28 “O que furtava não furte mais; antes trabalhe, fazendo algo de útil com as mãos, para que tenha o que repartir com quem estiver em necessidade”.

Quanto ao ensinar, está relacionado com a ordem de Jesus para fazermos discípulos. Aqui já envolve um papel mais de liderança, onde através da dedicação ao estudo da Palavra e oração, Deus capacita o homem a ensinar o Evangelho na profundidade dos seus fundamentos. Em todo caso, da mesma forma, vai gerar frutos na vida daqueles que ouvem.

De todos os apóstolos, Paulo foi quem deixou o maior legado doutrinário para a igreja. Suas cartas são base para condução e tratamento desse corpo formado por pessoas. Quando olhamos para a vida de Paulo, vemos um homem altamente instruído nas escrituras, que se preparou por 14 anos para ensinar e testemunhar do Evangelho em suas viagens missionárias.

Infelizmente, o Evangelho tem passado longe de muitas igrejas com suas “pregações” centradas no homem e nos milagres de Deus. Essas “pregações” vazias da essência do Evangelho só geram cristãos superficiais que não se submetem a vontade de Deus, não conseguem suportar o dia mal e a disciplina que Deus traz sobre todos que tem como filhos.

 

O que é viver o evangelho?

Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. (Gl 1.6-7a).

O Evangelho não é o que eu acho, mas o que Jesus viveu e ensinou. Não é o que eu desejo, mas é o que eu preciso. Não se conforma muito com as minhas vontades, mas confronta por vezes minhas preferências. Não ignora minha inteligência, mas revela-me o sublime caminho da obediência. Não se preocupa em considerar minhas razões e lógicas, mas a desenvolver minha fé e esperança. Evangelho é o oposto do que penso; é loucura frente à minha ciência. É em muitos casos, totalmente sem explicação aos meus direitos; é dar a face ao agressor mesmo quando estou certo. Parece inconsequente ao ensinar-me a estar contente e grato apenas com o que tenho hoje.

O evangelho de Jesus nos encarrega uma grande missão, o que infelizmente tem-se notado como grande omissão. Essas novas de salvação para todo o povo não tem no homem o centro de sua glória – pois essa pertence exclusivamente ao Cristo Redentor.

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. (1 Co 1.18).

Viver o evangelho é às vezes como compor uma poesia; é como soltar gargalhadas de extenuante alegria; é como levar água ao sedento e em terras áridas regar os rebentos. Entender o evangelho é viver em Cristo e na essência de seu amor. Mas, cumpri-lo é também passar por sofrimentos, é carregar uma cruz, é perdoar algozes, é passar por reveses, é enfrentar cães ferozes e estar no meio de condenados infelizes. Na verdade, o evangelho de Jesus Cristo não me oferece quase nada desta terra. Não me impõe a ser rico de posses, a ser famoso pelo sucesso e a ser importante pelo dinheiro. Não é uma poção poderosa para gerar super-crentes ou determinismo aos que tentam colocar Deus contra a parede (como se isso fosse possível). Antes, oferece-me o servir como curso intensivo de seu discipulado e propõe-me a renúncia como disciplina rígida de sua “teologia” prática.

Qual é, pois, a minha recompensa? Apenas esta: que, pregando o evangelho, eu o apresente gratuitamente, não usando, assim, dos meus direitos ao pregá-lo (1 Co 9.18).

O evangelho de Jesus não tem nada de política, não discute moda e nem defende teologismos; não argumenta em favor do “desigrejismo” ou menos ainda apoia o “denominalismo”, antes descortina-nos a gloriosa revelação do que é ser igreja, corpo de Cristo na prática diária. Não é extremista em fundamentalismos, nem é liberal em conveniências.

Trapaças, interesses, armações e esquemas não fazem parte do perfil de seus reais representantes. No campo da experiência com Deus, do novo nascimento e da autêntica vida cristã, não é o “gospel” que conhecemos atualmente, é aquele sentido e postura do amor de antigamente; daquele primeiro amor, lembra-se? Para os perdidos o evangelho são boas novas, mas para os que se acham santos traz problemas e rechaça em reprimendas. Este evangelho não faz rodeios; não ameniza situações; não se expressa em emoções e nem apoia todas as nossas criações.

É um enunciado nada ativista e totalmente pacifista; é uma mensagem carregada de amor, promotora do livre arbítrio e prenunciadora das consequências de nossas escolhas.

Ele punirá os que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus. (2 Ts 1.8).

Ser seguidor dos exemplos e dos ensinos de Jesus, não é uma questão de cabeça, mas de corpo, alma e espírito. Seus mandamentos não são complexos ao entendimento, mas claros à assimilação e objetivos à prática.

Você não precisa compreendê-lo racionalmente, mas pode experimentá-lo radicalmente, pois é o poder de Deus para todo aquele que crê. Este evangelho (o de Jesus) deve ser levado a todos, mas não é para todos, este evangelho é apenas para os creem. Sua pregação não condena o homem, mas o deixará inescusável diante de Deus.

Não é um entre muitos caminhos para a iluminação, pois apresenta somente dois caminhos (estreito e largo), duas expressões (verdade e mentira), dois grupos (salvos e perdidos), dois senhores (Deus e Mamom), dois reinos (o de Deus e o de Satanás), dois contrastes (luz e trevas), duas posições (direita e esquerda), dois destinos (céu e inferno) e um único e suficiente salvador: Jesus Cristo!

Aceite-O hoje mesmo e Ele te perdoará e te dará uma nova vida, fazendo de você uma nova criatura em Cristo.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.