segunda-feira, 16 de outubro de 2023

TIMÓTEO FOI UM LIDER QUE HONROU A DEUS EM TUDO

TIMÓTEO FOI UM LIDER QUE HONROU A DEUS EM TUDO.

 

Um excelente conselho do apóstolo Paulo ao seu filho na fé Timóteo. Este conselho está ecoando até hoje nos ouvidos e nos corações dos que são chamados para o ministério da obra de Deus.

1 Timóteo, 4.16. “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”.

Timóteo significa: “aquele que honra a Deus”. Timóteo foi um líder que teve temor de Deus e fez de tudo para obedecer a Deus e os ensinamentos do apóstolo Paulo.

Timóteo foi companheiro de Paulo e teria morrido por volta do ano 100 DC. em Éfeso. A ele Paulo escreve duas cartas, que formam o Novo Testamento. As notícias que temos sobre Timóteo se encontram na Bíblia. No Novo Testamento ele é citado 6 vezes, enquanto que Paulo, nas suas cartas fala 18 vezes dele. Para Paulo, ele era "seu verdadeiro filho na fé". (2Timóteo 1.2).

A sua mãe se chamava Eunice e o nome de sua avó era Loide. (2Timóteo 1.5).

2 Timóteo é provavelmente a carta final que o apóstolo Paulo escreveu. Foi escrita a Timóteo, que era seu “filho na fé”, (1 Timóteo 1:2) e enviado pessoal. Paulo enviava Timóteo às igrejas para ajudar a cuidar dos problemas quando Paulo não podia ir pessoalmente. Em 2 Timóteo 4:2, Paulo escreve: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”.
Em sua última epístola, Paulo diz a Timóteo como edificar a igreja onde estava ministrando, dando-lhe instruções que se aplicam a todos os pastores e, finalmente, a todos os crentes. No capítulo 4, Paulo começa a concluir a sua carta e dá a Timóteo suas instruções: "Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino" (versículo 1) em outras palavras, isso é extremamente importante. A única coisa de suma importância que Paulo deseja incentivar em Timóteo é seu dever de "pregar a palavra" e "insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (versículo 2). Esta pregação da Palavra é necessária porque "haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas", (versículos 3-4).

Normalmente as pessoas tendem a se sentir confortáveis com a falsidade, e Timóteo estava pronto para combater essa tendência e sempre pronto para pregar a verdade, ou seja, pregar a essência da Palavra de Deus.

A Palavra falada aqui é a Bíblia, a verdade bíblica. Este deve ser o conteúdo da pregação. Os pastores têm um mandato bíblico para pregar a Palavra escrita de Deus.

Alguns podem se perguntar como isso se aplica ao cristão comum que não tem a oportunidade de pregar em um culto na igreja. A resposta parte de um entendimento correto da palavra que se traduz como “pregar”.
A palavra traduzida como "pregar" é a palavra grega “keyroxon”, que significa simplesmente "publicar ou proclamar abertamente". Quando Paulo diz a Timóteo para pregar a Palavra, a ideia de um ambiente formal atrás de um púlpito ou em um culto na igreja não é apresentada. Tampouco conota um certo estilo de fala, "pregação" versus "ensino" versus "conversa normal". No contexto de 2 Timóteo, qualquer apresentação da verdade da Palavra de Deus é "pregação". Portanto, cristão pode e deve fazê-lo a qualquer tempo e em qualquer lugar. Em tempo e fora do tempo prega a Palavra.

Timóteo é um dos personagens mais conhecidos do Novo Testamento. Duas epístolas neotestamentárias são endereçadas a ele. Também existem várias referências diretas e indiretas sobre ele em outros livros da Bíblia, como Atos, 1 Coríntios e 1 Tessalonicenses. Muitas pregações são feitas sobre a pessoa de Timóteo, geralmente enfatizando o seu exemplo como jovem obreiro que a Bíblia descreve.

Mas afinal, quem foi Timóteo?

Timóteo foi um jovem líder da Igreja Primitiva. Muito provavelmente ele nasceu em Listra, uma província romana da Galácia. Juntamente com Derbe, essa província é designada em Atos 14:6 como “cidades da Licaônica”. Outra possibilidade para a cidade natal de Timóteo é justamente Derbe, porém Listra é mais amplamente aceita.

O pai de Timóteo era grego, porém sua mãe, Eunice, e sua avó, Loide, eram Judias, (At 16:1; 2 Tm 1:5). Provavelmente elas se converteram durante a primeira passagem do apóstolo Paulo por Listra e Derbe, (At 14:6-22).

O ministério pastoral de Timóteo.

Na segunda viagem missionária de Paulo, quando ele voltou à região da Licaônica, o apóstolo ficou impressionado com o desenvolvimento de Timóteo e resolveu leva-lo consigo. Existe a possibilidade de que ele tenha sido levado por Paulo para substituir João Marcos. Seja como for, ali começava uma grande parceria que resultou em grandes frutos para a Igreja Primitiva. O legado da parceria desses dois homens de Deus serve de exemplo para nós até os dias de hoje.

Um fato curioso é que quando Paulo escolheu Timóteo para acompanha-lo, Timóteo precisou ser circuncidado. Isso aconteceu por causa dos judeus que estavam naquele lugar. Além disso, Paulo considerou que ele levaria o Evangelho a muitas regiões predominantemente habitadas por judeus. Assim, o fato de Timóteo ser circuncidado evitaria algum tipo de discriminação. Mas nós sabemos que Paulo pessoalmente era totalmente contra a obrigatoriedade da circuncisão aos gentios que eram admitidos como membros da Igreja de Cristo.

Provavelmente a explicação do porquê Timóteo ainda não havia sido circuncidado até então, era o fato de seu pai ser grego. A Bíblia não dá indícios de que seu pai tenha tido alguma influência em sua educação religiosa, nem ao menos informa que este ainda era vivo naqueles dias.

A Bíblia também nos mostra que na separação/consagração de Timóteo para o ministério, Paulo e os anciãos locais oraram por ele impondo-lhe as mãos. Então ele recebeu um dom espiritual que o capacitou para o seu ministério. (1 Tm 4:14; 2 Tm 1:6).

Timóteo foi um exemplo de membro e de líder regional da Igreja.

Timóteo foi muito bem instruído espiritualmente por sua mãe e por sua avó. No livro de Atos dos Apóstolos podemos perceber como ele era querido entre os membros da igreja que foi implantada ali. Tanto era boa a sua conduta, que os irmãos que estavam em Listra e em Icônio davam bom testemunho dele. (At 16:1,2).

Timóteo foi um exemplo de jovem cristão.

Timóteo era um exemplo não apenas dentro da comunidade cristã de que era membro, mas diante da sociedade a qual fazia parte. Seu exemplo era tão positivo que sua reputação chegou até Icônio. Essa conduta não foi construída de uma hora para outra, mas foi resultado de uma aprendizagem que começou quando ele era ainda muito novo. Paulo fala sobre isso quando escreve:

“Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido, e que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus”. (2 Timóteo 3:14,15)

Timóteo foi um jovem escolhido para a obra de Deus.

É preciso deixar bem claro que apesar de Timóteo ter sido muito próximo de Paulo, não foi Paulo quem o escolheu. Quem escolheu aquele jovem para desempenhar um importante ministério foi o próprio Deus. Paulo sabia disso, e quando o aconselhava acerca do ministério, fazia-o lembrar de que existiam profecias anteriores acerca do papel importante que ele desempenharia na Igreja. (1 Tm 1:18; 4:14).

Timóteo foi um exemplo de obediência ao apóstolo Paulo seu líder e inspirador no ministério pastoral.

Embora Timóteo até tivesse o preparo suficiente para desempenhar sua missão, a Bíblia nos mostra sua humildade e capacidade de ser liderado. Ele aparece na narrativa bíblica assumindo o papel de discípulo em relação a Paulo. Não podemos encontrar na Bíblia referências sobre um Timóteo desobediente, fazendo o que lhe dava na cabeça, participando de contendas ou reclamando com Paulo.

Timóteo foi a prova de que um grande líder precisa ser um grande liderado. Ele sempre estava atendo, cumprindo o que lhe fosse ordenado.

Timóteo foi um exemplo de obreiro, de líder e de companheiro fiel do apóstolo Paulo.

A forma com que Timóteo respeitava a liderança de Paulo e se submetia a ele, com certeza o preparou para ser um exemplo de obreiro e um grande evangelista que foi um dos líderes da Igreja Primitiva, (2 Tm 4:5). Além de porta-voz de Paulo em diversas situações, ele participou com o apóstolo de várias viagens missionárias.

O capítulo 16 do livro de Atos dos Apóstolos mostra Timóteo juntamente com Paulo, Silvano e mais tarde Lucas, evangelizando varias províncias até chegar à Europa. Embora na Bíblia não seja citada sua presença em Filipos e Tessalônica, é bem provável que ele estivesse junto ali.

Já Atos 17 descreve Timóteo e Silas sendo deixados por Paulo em Beréia para continuarem seu trabalho durante um período. Mas logo depois Timóteo foi encontrar Paulo em Atenas, e em seguida, foi enviado a Tessalônica para ajudar os irmãos ali. Por fim, mais tarde ele partiu para Corinto levando as boas noticias a Paulo. (1 Ts 3:6,7).

Timóteo também estava presente em Éfeso com Paulo durante a sua terceira viagem missionária. Não existem referências sobre o período que antecede esse evento. No entanto, provavelmente Timóteo partiu com Paulo de Corinto até Éfeso e depois até Cesaréia, na viajem para Jerusalém. (At 18:18-23).

Outra missão muito importante que Timóteo desempenhou foi a de levar a primeira epístola de Paulo à Igreja de Corinto. Após essa missão, ele retornou a Éfeso novamente. Logo em seguida, ele foi enviado à Macedônia para realizar os preparativos da chegada de Paulo posteriormente. At 19:22.

Paulo também revelou a intenção de enviá-lo a Filipos, devido à preocupação que ele sentia em relação aos crentes daquela cidade. Após a sua primeira prisão, Paulo deixou Timóteo em Éfeso para suprir as necessidades da igreja local. Foi durante o período em que ele ministrou na igreja de Éfeso que Paulo escreveu-lhe a primeira carta.

Paulo e Timóteo quase sempre caminhavam e viajavam juntos fazendo a obra de Deus.

Além de todas as viagens missionárias que Timóteo fez ao lado de Paulo, ele estava junto do apóstolo na Macedônia quando a epístola de 2 Coríntios foi escrita. Timóteo também esteve em Corinto quando Paulo escreveu a Epístola aos Romanos. Mais tarde, quando as epístolas aos Colossenses, Filipenses e Filemom foram escritas, ele também esteve presente.

É nítido que Paulo sentia um enorme carinho como de pai para filho com Timóteo. Durante sua última prisão em Roma, Paulo pediu que ele fosse visitá-lo antes do inverno. (2 Tm 4:6-9).

Não é possível afirmar com certeza onde Timóteo estava naquele momento. Também não sabemos se ele conseguiu chegar antes de Paulo ter sido martirizado.

Algumas curiosidades sobre Timóteo.

Timóteo era muito jovem quando começou a exercer seu ministério. (1 Tm 4:12).

Timóteo era provavelmente tímido e também tinha dificuldades de se expressar. (1 Co 16:10,11; 2 Tm 1:6-10).

Embora Timóteo fosse jovem, parece que ele tinha a saúde fraca e frequentemente estava doente. (1 Tm 4:12; 5:23).

Muitos consideram que Timóteo foi o primeiro bispo/pastor da igreja de Éfeso. Mas essa tradição é contestada devido ao fato de Timóteo ter ficado ali temporariamente. Além disso, logo depois o apóstolo João mudou-se para aquela cidade. Com isso, dificilmente Timóteo poderia ter sido o líder responsável pela igreja de Éfeso com o apóstolo João por lá.

Timóteo foi um dos líderes da Igreja Primitiva que mais refutou as falsas doutrinas e heresias, principalmente em Éfeso.

Acredita-se que Timóteo também tenha sofrido martírio.

As cartas que o apóstolo Paulo endereçou a Timóteo e a Tito, possuem exortações e aconselhamentos práticos para a liderança da congregação local. Por isso essas epístolas são chamadas de cartas ou epístolas Pastorais.

O apóstolo Paulo enviou as duas cartas pastorais para um jovem evangelista chamado Timóteo, principalmente pela confiança e consideração que tinha pelo seu “filho amado", que era assim chamado por Paulo.

O apóstolo Paulo chama Timóteo de amado "filho" na fé. O jovem Timóteo morava na cidade asiática de Listra, e era filho de uma judia crente e um pai grego. Atos 16:1. É provável que Timóteo e sua mãe se transformassem pela pregação de Paulo durante a viagem missionária do apóstolo. Atos 14. Ao visitar Listra novamente durante sua segunda viagem, Paulo pegou o bom testemunho dos irmãos sobre Timóteo e decidiu levá-lo consigo para o trabalho da pregação do evangelho. Atos 16:2-3. Sendo que o pai de Timóteo não era cristão, Paulo logo se tornou um "pai" na fé para este discípulo. O apóstolo mostra grande respeito, confiança e amor por Timóteo, mencionando o discípulo com muita afeição em 8 das 13 cartas que escreveu.

O tema das cartas de Paulo a Timóteo. A tarefa de Timóteo na cidade de Éfeso não era pequena. Paulo o deixou com a carga de concordar "certas pessoas" que estavam promovendo erro doutrinário. 1 Timóteo 1:3. Na primeira carta, para ajudá-lo a combater estes falsos mestres, Paulo ensina a Timóteo “como se deve proceder na casa de Deus”. 1 Timóteo 3:15.  Embora Timóteo fosse ainda jovem. 1 Timóteo 4:12. Ele teria que ensinar e ordenar estes mandamentos de Deus aos irmãos de Éfeso. 1 Timóteo 4:6,11,16.

Na segunda carta, Paulo encorajou Timóteo a continuar pregando a palavra, corrigindo e repreendendo "com toda a longanimidade e doutrina". 2 Timóteo 4:2, mesmo no meio de muitas perseguições pelas mãos dos infiéis. 2 Timóteo 1:8; 2 :3; ​​3:12-13; 4:5.

A ênfase de Paulo nestas duas cartas está sempre voltada para a palavra de Deus. Tudo o que Timóteo pediu, tanto para corrigir erros doutrinários como para ficar firme no meio de tribulação, ele poderia achar na palavra do Senhor. Por este motivo, Paulo exorta a Timóteo: "aplica-te à leitura, à exortação, ao ensino". 1 Timóteo 4:13, e "procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro...que maneja bem a palavra da verdade". 2 Timóteo 2:15.

Paulo sabia que Timóteo precisava da palavra de Deus para fazer o trabalho de evangelista. Ele não ordenou que Timóteo se apoiasse na sua “experiência”, e nem que ele estudasse teologia para aprender pregar. Em vez disso Paulo ordenou: "tem cuidado de ti mesmo e da doutrina...porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes". 1 Timóteo 4:16.

O caráter das cartas. Paulo, embora tendo grande intimidação como um "pai" para Timóteo, começa as duas cartas falando da sua autoridade como apóstolo. 1 Timóteo 1:1; 2 Timóteo 1:1. Estas não são meramente cartas particulares, mas contêm a revelação divina de Deus. 1 Coríntios 14:37; Efésios 3:3-5; 2 Pedro 3:15-16.

As cartas foram escritas inicialmente para Timóteo, e assim contêm muitas referências particulares, que não podemos aplicar como mandamento do Senhor. 1 Timóteo 1:3 e 5:23; 2 Timóteo 4:21. Mesmo assim, elas têm um segundo nível de aplicação universal, revelando a vontade de Deus sobre o papel das mulheres. 1 Timóteo 2:11-15, as qualificações dos bispos e diáconos, 1 Timóteo 3:1-13, uma inspiração das Escrituras, 2 Timóteo 3:14-17, e várias outras coisas.

As cartas de 1ª e 2ª Timóteo foram remetidas diretamente à Timóteo.

A primeira carta de Paulo a Timóteo foi escrita em 64 depois de Cristo na Macedônia e a segunda carta foi escrita cerca de 66 depois de Cristo numa prisão em Roma, ambas ao lado da carta a Tito compõe as conhecidas “três cartas pastorais” do apóstolo.

A parceria da autoria de Timóteo para com o Apóstolo Paulo em outras cartas.

O apostolo Paulo cita Timóteo também como “remetente participante” em seis das suas cartas canônicas: 2ª Coríntios, Filipenses, Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicenses e Filemom.

E uma das suas cartas a Timóteo, há uma orientação clara de Paulo ao seu jovem pastor: “Eu te encorajo solenemente, na presença de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, por ocasião da sua manifestação pessoal e mediante seu Reino. Prega a Palavra, insiste a tempo e fora de tempo, aconselha, repreende e encoraja com toda a paciência e sã doutrina. 

Porquanto, chegará o tempo em que não suportarão o santo ensino, ao contrário, sentindo coceira nos ouvidos, reunirão mestres para si mesmos, de acordo com suas próprias vontades. Tais pessoas se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Tu, no entanto, sê equilibrado em tudo, suporta os sofrimentos, faze a obra de um evangelista e cumpre teu ministério”. 2ª Timóteo 4.1-5.

Vale a pena destacar esse trecho, pois ele não se perde no tempo e continua tão vivo e tão real a todas as gerações que se levantarem no cuidado e serviço do Reino.

Não se tem informação sobre o tempo de vida de Timóteo e dados de sua morte, alguns afirmam que ele também foi um mártir da igreja, contudo não há fundamentos para tal, mas o que realmente importa aqui é a inspiração desse jovem que entendeu o seu chamado e o cumpriu.

Faça assim você também: Viva o seu chamado e invista a sua vida na causa do Reino de Deus, vale muito a pena.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

A JUSTIÇA DE DEUS EM FAVOR DOS HOMENS DE BEM

A JUSTIÇA DE DEUS SEMPRE ATUA EM FAVOR DOS HOMENS DE BEM.

 

A justiça e o juízo de Deus sempre se manifestam em prol dos homens de bem.

O Salmo 94 trata da justiça de Deus em prol dos homens de Deus e realiza até vinganças por afrontas e maus tratos recebidos dos homens maus.

Usado, até pelos que não conhecem o verdadeiro Deus, para “repreender  toda forma de espíritos maus”, o Salmo 94 tem o poder de afastar as energias negativas que nos cercam, podendo elas serem provenientes de más influências, como pessoas invejosas e alguns desafetos. Ele é por muitas vezes confundido com um pedido de vingança por parte do salmista, devido aos termos utilizados. Entretanto, essa pode ser uma interpretação um tanto equivocada da real proposta do Salmo, já que o desejo de vingança não faz parte da conduta incentivada por Deus; o texto trata na realidade mais de um apelo à justiça em defesa dos homens de bem.

Por consequência dessa linguagem dura, ele é colocado entre os Salmos imprecatórios, os quais destoam um pouco da ética do Novo Testamento. O Salmo prega a aplicação da justiça de forma a punir o mal que se espalha pela terra, favorecendo o bem de modo semelhante ao que se encontra no Salmo de número 10, porém mais exposto.

O principal objetivo da oração não é propriamente a punição, mas que Deus afaste as más influências e que os detentores de espíritos ruins estejam longe de seus seguidores; tais espíritos podem pertencer ou não à outras pessoas. Como possui a função e espantar qualquer tipo de mal, a oração é utilizada também pelos que desejam proteção para as produções agrícolas.

O escritor fala no Salmo 94 sobre o Deus de vinganças.

Por bons motivos, damos destaque à espera, ao amor e à graça de Deus. São temas importantes frisados ​​do começo ao fim das Escrituras, com ênfase máxima na mensagem de Jesus no Novo Testamento, dizendo que: “Deus é amor”. (1 João 4:8); “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna”, (João 3:16); “Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor”, (João 15:9) etc. A mesma mensagem de amor permeia o Antigo Testamento também: “Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia e em verdade”, (Salmo 86 :15); “O SENHOR é misericordioso e compassivo; longânimo e assaz benigno”. (Salmo 103:8). A vitória sacerdotal do Antigo Testamento enfatizou essa misericórdia: “O SENHOR te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o Seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz”. (Números 6:24-26).

Seria uma incoerência gravíssima ignorar a ênfase bíblica da santidade e da justiça de Deus. Deus, sendo perfeitamente justo, não pode abençoar os fiéis sem fazer uma separação das outras pessoas e trazer consequências sobre os injustiças. É esse fato que serve como base do Salmo 94. O autor anônimo se coloca entre as vítimas da opressão dos malfeitores e pede para Deus trazer a justiça, ou seja, a vingança contra esses perversos. Implícito no amor e na proteção que Deus oferece ao seu povo é a vingança e o castigo que ele traz sobre seus adversários.

Observamos a perspectiva do salmista sobre Deus, os malfeitores e os servos fiéis.

Como o salmista via a Deus no Salmo 94.

Além do nome mais comum para Deus no Antigo Testamento, representado na maioria das Bíblias pela palavra “SENHOR”, ele é descrito como “Deus das vinganças”. (verso 1) e “juiz da terra”. (verso 2). O salmista invoca o nome do Senhor para exercer a devida justiça contra os malfeitores, porque ele libera um vínculo especial entre Deus e seu povo. Ele também se refere ao Senhor como “Deus de Jacó”. (verso 7), uma referência à relação especial entre Deus e os israelitas. O vínculo da comunhão entre Deus e seus servos também se manifesta no uso de pronomes possessivos como: “meu Deus”, (verso 22) e “nosso Deus”, (verso 23).

A perspectiva do autor é de um Deus ativo. Deus ouve, olha, repreende e castiga (versos 9 a 11) e, ao mesmo tempo, demonstra sua benignidade (versos 17 a 19). Ele oferece abrigo à fidelidade e extermina os injustos e infiéis, (versos 22 e 23).

Como o salmista via os malfeitores.

Este Salmo hino oferece uma perspectiva revelada das pessoas que se rebelam contra Deus. Entre as características dos homens desobedientes estão estas: soberba e vanglória (versos 2 e 3), o homem que rejeita a orientação do seu Criador demonstra sua arrogância, crueldade (versos 5 e 6), maltratam e até matam os inocentes; teem uma impunidade insensata e imprudente, (versos 7 a 11, 20 e 21), acham-se isentos do julgamento divino, imaginando um Deus surdo, cego e incapaz de punir. Quando desobedecemos a palavra do Senhor, devemos olhar no espelho desse Salmo e considerar nossas atitudes rebeldes contra Deus, porque um dia a cobrança e o acerto de contas com Deus chegará.

Como o salmista via os servos fiéis do seu tempo.

Sob a ótica da perspectiva humana os fiéis estavam em uma grande desvantagem. 

Foram oprimidos por pessoas que não respeitavam seus direitos, (versos 5, 6 e 21). Mas o autor sabe que Deus não abandona as pessoas que procuram servi-lo. Como a herança do Senhor, (versos 5 e 14), pessoas justas de coração reto, (versos 15 e 21), elas encontram em Deus a correção, o ensino, o descanso, a justiça, o auxílio, a benignidade e o abrigo protetor, (versos 12, 13,15,17,18 e 22).

Mesmo nos momentos mais difíceis na história de Israel, pessoas que confiaram em Deus não perderam sua esperança. A justiça de Deus pode demorar, mas vem. Os rebeldes serão punidos, e os justos serão salvos.

O Salmos 94 nos esclarece sobre a quem pertence a vingança.

1. Ó Senhor Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente!

2. Exalta-te, tu, que és juiz da terra; dá o pago aos soberbos.

3. Até quando os ímpios, Senhor, até quando os ímpios saltarão de prazer?

4. Até quando proferirão e dirão coisas duras e se gloriarão todos os que praticam a iniquidade?

5. Reduzem a pedaços o teu povo, Senhor, e afligem a tua herança.

6. Matam a viúva e o estrangeiro e ao órfão tiram a vida.

7. E dizem: O Senhor não o verá; nem para isso atentará o Deus de Jacó.

8. Atendei, ó brutais dentre o povo; e vós, loucos, quando sereis sábios?

9. Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? E o que formou o olho, não verá?

10. Aquele que argui as nações, não castigará? E o que dá ao homem o conhecimento, não saberá?

11. O Senhor conhece os pensamentos do homem, que são vaidade.

12. Bem-aventurado é o homem a quem tu repreendes, ó Senhor, e a quem ensinas a tua lei,

13. para lhe dares descanso dos dias maus, até que se abra a cova para o ímpio.

14. Pois o Senhor não rejeitará o seu povo, nem desamparará a sua herança.

15. Mas o juízo voltará a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração.

16. Quem será por mim contra os malfeitores? Quem se porá ao meu lado contra os que praticam a iniquidade?

17. Se o Senhor não fora em meu auxílio, já a minha alma habitaria no lugar do silêncio. 18. Quando eu disse: O meu pé vacila; a tua benignidade, Senhor, me susteve.

19. Multiplicando-se dentro de mim os meus cuidados, as tuas consolações reanimaram a minha alma.

20. Podia, acaso, associar-se contigo o trono de iniquidade, que forja o mal tendo por pretexto uma lei?

21. Acorrem em tropel contra a vida do justo e condenam o sangue inocente.

22. Mas o Senhor foi o meu alto retiro; e o meu Deus, a rocha em que me refugiei.

23. E fará recair sobre eles a sua própria iniquidade; e os destruirá na sua própria malícia; o Senhor, nosso Deus, os destruirá.

Devemos reverberar o Salmo 94 para que todos saibam que Deus é amor, mas também é Deus de justiça.

O Salmo 94 é uma oração pela revelação do justo julgamento de Deus e uma expressão de confiança no triunfo final da justiça. Ele se divide em duas partes principais.

1. O salmista apela a Deus para se manifestar como justo juiz da terra. (Salmo 94:1-2). Por quanto tempo Ele tolerará a arrogância dos tiranos que oprimem Seu povo e desdenhosamente declaram que Ele, o Deus vivo, é ignorante ou indiferente ao sofrimento dos que O servem. (Salmo 94:3-7)?

Dirigindo-se a alguns de seus próprios conterrâneos que estão inclinados a duvidar do governo moral de Deus no mundo, o salmista os repreende por sua tolice e argumenta que Deus deve necessariamente ver e ouvir e, no devido tempo, punir, (Salmo 94:8-11).

2.   A segunda parte do Salmo é ocupada com pensamentos de consolação para os tempos de angústia. Feliz o homem que é ensinado por Deus a perseverar com paciência até que o certo mais uma vez triunfe (Salmo 94:12-15). O Salmo 40 nos diz: “Esperei com paciência no Senhor, e Ele se inclinou para mim e ouviu o meu clamor”.

A quem Israel pode olhar senão a Deus, cujo amor foi provado no passado, (Salmo 94:16-19)?

Ele não pode ser o aliado da injustiça, mas defenderá Seu povo e exterminará seus inimigos. (Salmo 94:20-23).

Quem foram os opressores de quem o salmista se queixa? Pelo contraste no Salmo 94:5,8,10,12 parece que eles eram estrangeiros, que abertamente desprezavam o Deus de Israel como indiferente aos sofrimentos de Seu povo (Salmo 94:7). É verdade que muito da linguagem do Salmo assemelha-se a expressões  usadas em outros lugares para descrever a opressão dos pobres israelitas por seus poderosos compatriotas. Mas é a comunidade como tal (Salmo 94:5) e não uma parte dela, que é oprimida, e um salmista que toma emprestado tão livremente as palavras de seus predecessores poderia também e facilmente usar a linguagem deles, embora as circunstâncias fossem um pouco diferentes. Por mais que este salmista seja dependente em quase todas as linhas da literatura anterior, seu argumento com os que duvidam do governo moral de Deus é estimulado com uma força e originalidade própria, e sua clara afirmação da educação divina das nações é quase sem paralelo no Antigo Testamento.

Há pouco ou nada para fixar a data do Salmo. Alguns pontos de estilo e linguagem parecem conectá-lo com os dois Salmos anteriores. A figura de ‘anadiplose’ ou repetição retórica é comum a todos os três (Salmo 92:9; Salmo 93:13; Salmo 94:1,3,23); a mesma linguagem é aplicada aos que duvidam da Providência de Deus, (Salmo 92:6; Salmo 94:8); os mesmos termos são usados ​​para designar os opressores de Israel, (Salmo 92:7,11; Salmo 94:16);

O Salmo 94:11 pode ser um contraste com o Salmo 92:5. Possivelmente pode pertencer aos anos finais do Exílio e referir-se ao tratamento severo que os israelitas tiveram que sofrer na Babilônia. Nesse caso, o clamor por vingança é um eco da linguagem de Isaías 40.66 e Jeremias 50.51. Mas pode pertencer a algum tempo posterior no período pós-exílio, quando a comunidade em luta era oprimida por governadores estrangeiros.

Na Septuaginta, o Salmo traz o título Um Salmo de Davi, para o quarto dia da semana, e de acordo com a tradição talmúdica, era o Salmo especial para aquele dia nos serviços do Segundo Templo. Sugere-se que a posição aqui, onde certamente intervém estranhamente entre dois salmos jubilosos, surgiu “de uma tentativa (não levada muito longe) de promover a conveniência litúrgica”, embora deva obviamente ser “posterior ao Salmo 93, do qual difere tanto em tom e importância”. O estilo, entretanto, parece apontar para uma conexão mais próxima desses Salmos do que apenas para o uso litúrgico.

Visão geral do livro dos Salmos

O livro dos Salmos foi projetado para ser o livro de orações do povo de Deus enquanto esperavam o Messias e seu reino vindouro.  

Desvendando a realidade do Salmo 94. O que acontece, aconteceu ou acontecerá com o injusto diante dos homens e diante de Deus.

O Salmo 94 não deixa de conter, sob certo aspecto, lições importantes. O texto não nos informa nem sobre a identidade do escritor, nem sobre o contexto histórico em que foi composto. Contudo, ele guarda semelhanças profundas com o Salmo 10, outro salmo anônimo, em que os ímpios fazem o mal abertamente, ignorando o pleno conhecimento de Deus da situação e sua inevitável ação de julgar. Do modo como aqui é exposto, a dupla realidade do ímpio é posta sob aspectos diferentes. Por um lado, ele é descrito em sua ação diante dos outros homens, sobre os quais ele se eleva e age como se ninguém pudesse detê-lo ou julgá-lo. Porém, por outro lado ele é pintado, diante do juiz eterno e Deus soberano, como alguém desfavorecido e fraco, incapaz de evitar sua punição final. Quem escreve o salmo é um homem sofrendo na mão de ímpios, motivo pelo qual o salmo é uma oração por libertação e por punição dos maus. Assim, quatro verdades sobre os ímpios são retratadas no texto.

A primeira verdade é que diante dos homens, os ímpios se vangloriam da maldade, (vv.1-4). O pecado dos ímpios transparece desde o clamor inicial do salmista, (v.1): “Ó Senhor, Deus das vinganças. Manifesta-te, Deus das vinganças”.

Fica claro que essa maldade estava apontada na direção do próprio salmista. Ao se referir a Deus como “Deus das vinganças”, é mais ou menos como chamá-lo de “Deus da justiça”, ou seja, alguém que pune o mal e retribui a perversidade com juízo. (v.2): “Levanta-te, ó juiz da Terra. Traga a merecida punição aos soberbos”.

O que, a princípio, parece um sentimento vingativo e rancoroso do salmista, se explica na descrição da maldade dos ímpios. Em lugar de agirem perversamente de modo oculto e dissimulado, esses homens faziam o mal abertamente. A sua maldade não era motivo de vergonha para eles, mas de engrandecimento, (v.3):  “Até quando os ímpios, ó Senhor? Até quando os ímpios exultarão”?

E ao agirem com violência, eles se vangloriavam do seu mal, demonstrando um sentimento de aprovação total do seu sistema corrompido de vida e completo desprezo pelos outros homens. (v.4): “Eles vomitam palavras arrogantes. Vangloriam-se todos aqueles que praticam a iniquidade”.

A segunda verdade é que diante dos homens os ímpios têm certeza da impunidade, (vv.5-11). O salmista especifica, agora com ênfase, que tipo de maldades praticam os maus até mesmo contra as pessoas mais indefesas (vv.5,6): “Eles oprimem o teu povo, ó Senhor, e afligem a tua herança. Matam a viúva e o estrangeiro e assassinam os órfãos”.

Apesar de, com isso, se tornarem merecedores do juízo de Deus, eles parecem não achar que Deus se manifeste nesse sentido. Talvez nem acreditassem na existência de Deus, pois, em lugar de terem temor, zombavam da ideia da punição divina (v.7): “Mas eles dizem: O Senhor não vê nada disso e o Deus de Jacó não toma conhecimento”.

Essa é a mesma irreverência tola exposta em outro salmo: “Alardeiam de boca; em seus lábios há espadas. Pois dizem eles: Quem há que nos escute”? (Sl 59.7). Desse modo, eles demonstram ter plena certeza da impunidade dos seus atos. É claro que a base dessa falsa esperança não encontram nada de realidade, fazendo com que sejam considerados plenamente tolos aqueles que acham que ficarão impunes. Por isso, o salmista faz questão de afirmar que Deus, como criador poderoso, ouve todas as coisas (v.9), que ele conhece sim e se importa com o que é feito, punindo a maldade, (v.10) e que é tão onisciente que conhece até mesmo os pensamentos e os propósitos mais íntimos do homem, (v.11).

A terceira verdade é que diante de Deus os ímpios são frágeis e desamparados, (vv.12-19). Se os injustos se exaltam diante dos homens, diante de Deus a realidade é outra. Não importa o que eles pensam a respeito de si, mas, sim, o que Deus pensa a respeito deles. Por isso, o salmista muda a figura lembrando muito o Salmo 1 mostrando que o homem que aprende a Palavra de Deus é corrigido a fim de se tornar cada vez mais obediente e santo; tornando-se naquele que realmente é feliz, (v.12): “Feliz é o homem a quem tu advertes, ó Senhor, e ensinas a tua lei.

Tal felicidade transparece na forma de consolo nos tempos de dificuldade, (v.13) e de segurança na manutenção da união com Deus, (v.14). Esse tratamento benéfico não é concedido aos ímpios. Enquanto os servos de Deus são amparados, instruídos e corrigidos, os maus aguardam o dia de serem abatidos de modo a se parecerem com cadáveres que são enterrados, (v.13): “Até que seja aberta uma cova para o ímpio”.

Desse modo, há uma antítese entre o tratamento divino aos seus servos e aos injustos. Se os servos de Deus têm a quem recorrer quando são perseguidos (v.16), têm proteção nos momentos mais perigosos e desanimadores (v.17) e têm em Deus um sustentador (v.18) e um consolador (v.19), os ímpios não têm nada disso, ficando à mercê do desamparo, fracos diante da ira do Senhor Deus dos exércitos.

A quarta e última verdade é que diante de Deus os ímpios serão condenados no futuro, (vv.20-23). Se os ímpios são agora desamparados por Deus, é também certo que eles perceberão que suas ilusões de poder e de impunidade não passam de falsidades que não os protegerão de perecer no dia do juízo. Isso é verdade porque há um abismo entre o Deus Santo e o homem perdido, pelo que o salmista propõe uma pergunta retórica cuja resposta é um sonoro “não” (v.20): “Acaso, se associa contigo o que se assenta no trono da injustiça, aquele que forja a maldade em nome da lei”?

Fazer o mal por meio de decretos oficiais é uma atividade típica de líderes corruptos, de modo que o salmista dá a entender que está sendo perseguido por pessoas de cargos públicos em Israel, talvez príncipes, juízes e, possivelmente até o rei, motivo talvez, de o salmista ter associado seus perseguidores à figura de um trono, o “trono da injustiça”. Esses homens, em lugar de proteger os inocentes, os acusavam e condenavam (v.21). Entretanto, mesmo diante de um quadro tão perturbador, o escritor tem confiança em Deus como justo juíz, libertador e protetor diante do perigo promovido pelos maus, (v.22). A consequência desses fatos é que Deus protegeria seus servos e não seria indiferente à perversidade dos injustos, trazendo sobre eles, no momento certo, a devida e merecida condenação (v.23): “Mas ele os punirá por sua perversidade”, literalmente: “mas fará voltar sobre eles a sua perversidade”, apontando para a paga do mal, a vingança requerida no início do salmo. A ideia se completa com dizeres que apontam para uma destruição completa: “E ele os destruirá por sua maldade. O Senhor, nosso Deus, os destruirá”.

Que lições atuais este salmo contém para aplicarmos no nosso dia a dia.

Por um lado, há o ensino de que, ainda que o mundo hoje ignore os avisos de Deus, haverá punição para o pecador impenitente. Todos comparecerão diante dEle e terão seus pecados avaliados e condenados caso não tenham aceitado a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Mesmo aquelas pessoas que imaginam que, ao ignorarem a existência e santidade de Deus como criancinhas que querem se esconder pondo as mãos sobre o rosto, a verdade é que Deus vê a todos e, também, aos seus pecados. Ele não ignorará nada que foi feito. Por outro lado, há um encorajamento sem tamanho para aqueles que já se tornaram, pela fé em Cristo, alvos da graça redentora do Senhor Jesus. Mesmo que sejam injustiçados agora, verão a justiça de Deus agir no futuro. Mesmo que sejam perseguidos, terão paz. Ainda que mintam sobre eles, o Deus da verdade os vindicará. Mesmo que sofram no presente, conhecerão o pleno alívio na vida futura. Apesar das tristezas que os cercam, são felizes por serem instruídos por Deus e o serão ainda mais, vivendo na presença do Senhor Jesus Cristo o Filho do Deus vivo. E ainda, diante dos homens maus que promovem a injustiça, podem prosseguir esperando o sustento divino no presente até chegar o dia em que todos verão que o menor no reino dos céus é maior e mais feliz que os cabeças do mundo terreno.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS

COMO A BÍBLIA CHEGOU ATÉ NÓS

 

Os livros da Bíblia foram escritos em três línguas: hebraico, aramaico (Antigo Testamento) e grego (Novo Testamento).

O primeiro idioma foi o Hebraico.

Na própria Bíblia a língua hebraica é chamada de judaica, (Neemias 13:24) ou a língua de Canaã. (Isaías 19:18).

O alfabeto que é usado possui 22 letras, todas consoantes, sem qualquer sinal de vocalização, pois os sons vocálicos eram supridos pelo leitor durante a leitura, o que dava origem a constantes enganos, porque haviam palavras com as mesmas consoantes, mas, com acepções diferentes.

Ou seja, a pronúncia exata dependia da habilidade do leitor, levando em conta o contexto e a tradição. É por causa disto que perdeu-se a pronúncia de muitas palavras bíblicas.

Mais tarde, após o século VII, um sistema de sinais foi inventado com pequenos símbolos, para indicar as vogais corretas. Esses pontos são colocados em cima, em baixo ou dentro das consoantes, perpetuando-se assim a pronúncia tradicional da palavra. A esse sistema chama-se massorético, que deriva da palavra massoretas, derivada de "massorah, que quer dizer tradição. Os massoritas foram judeus habitantes de Tiberíades, que no século VI fixaram a pronúncia já tradicional do hebraico.

O segundo idioma foi o Aramaico.

O aramaico era a língua falada pelos povos ao Norte e Nordeste de Canaã, da Síria até o Alto Eufrates. O aramaico é um idioma semítico falado em Arã e Síria. A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, começando no cativeiro, na Assíria, e continuando através do cativeiro do reino de Judá, na Babilônia.

No tempo de Esdras, as escrituras ao serem lidas em hebraico, era preciso que o seu significado fosse explicado para o aramaico, (Neemias 8:5,8).

O aramaico tornou-se a língua popular dos Judeus e nações vizinhas, tendo estas sido influenciadas pelo aramaico devido às transações comerciais dos Arameus na Ásia Menor e litoral do Mediterrâneo, razão por que passou a ser uma língua internacional do comércio nas regiões situadas ao longo das rotas comerciais do Oriente. O aramaico é também chamado de "siríaco", (Daniel 2:4 e Esdras 4:7) e "caldaico". (Daniel 1:4).

O aramaico tinha o mesmo alfabeto que o hebraico, apenas diferindo nos sons estruturais de certas partes gramaticais. Como o aramaico não tinha vogais, era muito parecido com o hebraico.

O terceiro idioma foi o Grego.

Quando Alexandre, "o Grande" dominou o mundo com o Império Greco-Macedônico, levou o "koine" (comum), que era o idioma falado pelo povo do seu império, sendo esse idioma de clareza, qualidade definida, facilidade de expressão e de comunicação. O Grego faz parte do grupo das línguas arianas. Vem da fusão dos dialetos Dóricos e Áticos. Os Dóricos e os Áticos foram duas das principais tribos que povoaram a Grécia. Das linguagens bíblicas, o grego é o mais focalizado entre os povos atuais de línguas greco-latinas, devido à semelhança.

O grego do Novo Testamento não é o grego clássico dos filósofos, mas o dialeto popular do homem comum, estudante, que todos podiam entender, o referido koine. O alfabeto grego tem 24 letras, sendo a primeira o alfa e a última, o ômega.

 A tradução chamada Septuaginta.

A tradução mais importante do Antigo Testamento, de hebraico para grego, chama-se Septuaginta, sendo datada do século III a.C. O escritor Aristéia, da corte de Ptolomeu Filadelfo, descreve que escreveu a seu irmão, monarca Egípcio Filócrates, que por proposta de seu bibliotecário Demérito de Falero, solicitou ao sumo-sacerdote judaico Eleazar, que lhe enviasse doutores versados nas Sagradas Escrituras para preparar-lhe uma versão das mesmas em grego. Ele tinha ouvido falar das Escrituras, e queria a referida versão para enriquecer sua vasta biblioteca em Alexandria. Foi assim que nasceu a Septuaginta.

O vocábulo "Septuaginta" quer dizer em latim "setenta", sendo citado "LXX", na medida em que essa tradução foi efetuada por 72 sábios, sendo 6 de cada tribo de Israel, em 72 dias.

O que é a Bíblia para nós segundo a própria Bíblia.

Hebreus 4.12 "porque a Palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que uma espada alguma de dois gumes; e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas; e é apta para discernir os pensamentos e propósitos (ou intenções) do coração”.

O segundo domingo de dezembro foi escolhido pela Sociedade Bíblica do Brasil para ser o Dia da Bíblia. Vale a pena celebrar este dia em gratidão a Deus por nos enviar a sua Palavra.

Você já pensou se não tivéssemos a Bíblia? Vamos aprender algumas coisas importantes sobre a Bíblia.

Sobre a inspiração da Bíblia temos total segurança de que as escrituras sagradas, a Bíblia, tem a inspiração do Espírito Santo de Deus.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça”. (2 Timóteo 3.16)

“sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação, (ou interpretação)”. (2 Pedro 1.20).

A bíblia não é uma obra literária qualquer. Foi escrita por homens inspirados por Deus. Por isso ela é tão eficaz na vida das pessoas. O mesmo Espírito Santo que inspirou as pessoas a escrever também nos inspira na leitura revelando o sentido das palavras.

Você compreende a Bíblia quando lê? Peça ao Autor da Bíblia, o Espírito Santo, para te dar a interpretação na leitura daqueles textos ou versículos que você leu ou está lendo.

Como a Bíblia chegou até nós hoje? Escribas e Massoretas, estudiosos e tradutores trabalharam muito para preservar e traduzir a Bíblia. Por séculos a Bíblia era um livro difícil de ser encontrado. Era copiado manualmente e este trabalho durava meses ou anos. Por amor à Palavra de Deus, pessoas preservaram a Bíblia e chegavam a morrer por esta causa. Você tem se dedicado à Palavra de Deus? Dedique totalmente a sua vida em amor à obra de Deus lendo, aprendendo, pregando e ensinando a Bíblia.

A tradição oral de transmitir conhecimento da Bíblia, no tempo do Velho Testamento e nos primeiros séculos do Cristianismo, impactava a todos os seus ouvintes que, na maioria das vezes, eram familiares e amigos reunidos costumeiramente nos dias de sábado para adorar ao Senhor Deus conforme as instruções dadas por Deus através de Moisés.

 Antes, a Bíblia como livro não existia, era transmitida oralmente. Cada chefe de família tinha a responsabilidade de ensinar seus filhos a palavra de Deus como havia aprendido de seus pais. “Estas palavras que, hoje te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te”. (Deuteronômio 6.6,7). Quem escreveu isso foi Moisés o escritor do Pentateuco, que são os cinco primeiros livros da Bíblia. O Pentateuco continua sendo até hoje nos nossos dias a Bíblia dos Judeus ortodoxos.

Você tem falado sobre a Palavra de Deus para alguém?

Em suas conversas, conte as histórias da Bíblia para as pessoas, principalmente para as crianças,  elas gostam das histórias bíblicas.
A Bíblia escrita começou a circular desde os tempos de Moisés e desde que Moisés começou a escrever sobre o livro de Gênesis e daí por diante. Há uma corrente teológica que diz ser o livro de Jó o mais antigo da Bíblia.

Quando surgiu a Bíblia escrita.

Os ensinos transmitidos nas famílias começaram a ser escritos assim que surgiu a escrita. Foram escritos em madeira, blocos de argila e principalmente em pedras, (Êxodo 34:1, 27,28). Moisés foi o primeiro escritor da Bíblia.

Devido às dificuldades de carregar os escritos em pedra, principalmente no êxodo, começou-se a escrever em peles de animais e em papiro, (casca de uma planta). Eram guardados em vasos de barro para durar mais tempo. Depois começaram a tratar o couro e costurá-lo, enrolando com duas hastes de madeira para dar firmeza e assim puderam condensar um livro inteiro em um só pergaminho.

Você tem carregado a sua Bíblia? Tenha sempre a sua Bíblia na mão e no coração.

Quando surgiu a Bíblia completa?

A Bíblia não foi escrita em uma única edição como os livros atuais. Foi um longo processo para ficar completa, sendo necessário:

Cerca de um mil e seiscentos anos para ser escrita.

Cerca de 40 pessoas em lugares e épocas diversas foram chamadas e usadas por Deus para escrever os livros da Bíblia, num período de aproximadamente mil e seiscentos anos.

A Bíblia foi escrita com  cerca de três idiomas (hebraico, aramaico e grego) para se completar toda a escrita da Bíblia, assim como está hoje.

Foram escritos 66 ( sessenta e seis) livros comprovados como inspirados por Deus para fazer parte do cânon sagrado. 

Você já leu a Bíblia toda alguma vez? Faça um propósito de ler toda a Bíblia pelo menos uma vez na vida.

A Bíblia contém dois testamentos, o Velho Testamento e o Novo Testamento.

As duas maiores divisões da Bíblia são dois testamentos, pactos, contratos ou alianças. A primeira aliança de Deus com o homem foi através da Lei e nesta a humanidade fracassou sendo preciso a vinda do Messias para cumprir este contrato e firmar novo pacto com a humanidade.

A Bíblia tem uma importante subdivisão:

O Antigo Testamento contém 39 livros e o Novo Testamento contém 27 livros.

Se você tivesse uma herança para receber leria o testamento? Deus deixou a Bíblia como testamento das promessas que tem para nós, e as promessas de bênçãos são milhares, são  mais de oito mil promessas.
A Bíblia está organizada como uma biblioteca para facilitar a sua leitura.

Os livros desta Biblioteca não estão dispostos aleatoriamente, mas foram bem organizados e podem ser distinguidos em grupos de acordo com o assunto, seu objetivo e forma de transmitir a mensagem são bem caracterizados. 

Assim estão organizados os livros da Bíblia.

O Pentateuco: São os cinco livros da lei, escritos por Moisés;

Os livros Históricos: São os livros que relatam histórias do povo de Deus ou da igreja;

Os livros Poéticos: São os livros escritos em forma de poesia;

Os livros Proféticos: São os livros de profecias escritos por profetas.

Os profetas maiores, são os que escreveram mais e ou profetizaram por mais tempo.

 E os profetas menores, foram aqueles que escreveram menos ou profetizaram por menos tempo.

Os Evangelhos: São os livros da Bíblia que descrevem as palavras e os atos de Jesus;

O livro de Atos dos apóstolos: É o livro que descreve os atos dos primeiros anos da igreja primitiva vivido pelos apóstolos e o nascimento da igreja Cristã.

As epístolas pastorais de Paulo: São as Cartas endereçadas às igrejas. O Apóstolo Paulo escreveu para igrejas específicas (dando o nome da cidade onde está a igreja) e as epístolas Gerais ou Universais  foram escritas por outros apóstolos também, (levam seus nomes), e foram endereçadas a todas as igrejas.

O livro da Revelação: Que é o livro do Apocalipse e contém a Descrição de sonhos e visões proféticas do apóstolo João.

É importante saber desses grupos de livros na Bíblia para melhorar o entendimento da leitura. Você não lê um livro de poesias como se fosse um jornal, nem lê uma história como se fosse uma música. Deste modo ao ler o Pentateuco você sabe que está lendo um livro de leis e normas, os livros Históricos como experiências de vida do povo de Deus, os livros poéticos como canções e os Proféticos como anúncios de Deus através dos profetas. Assim também os Evangelhos devem ser lidos como uma notícia nova da vinda do Messias ao mundo, o livro de Atos é um livro Histórico que deve ser lido como o início da história da Igreja, as Epístolas ou Cartas são mensagens pastorais às igrejas e o Apocalipse é um livro de Revelação sobre o futuro da humanidade.

Como você lê a Bíblia? Procure ter mais conhecimento sobre a Bíblia e você será grandemente edificado.

A Bíblia impressa fez e continua fazendo toda a diferença para a expansão do evangelho.

Por serem muitos os pergaminhos, era uma verdadeira biblioteca, daí vem o nome Bíblia que é igual a Biblioteca. Surgiu então a necessidade de juntar estes livros em um só volume. Isso só foi possível quando Gutenberg inventou a imprensa no século XVI e o primeiro livro impresso e encadernado foi o da Bíblia.

Já imaginou se tivéssemos que carregar pedras para ler a Bíblia? Onde seriam colocadas tantas pedras?

Aproveite a Bíblia, agora e desde há muitos anos ela é impressa para que você, eu e todos a tenhamos em mãos para poder ler e anunciar o evangelho de Jesus Cristo o Filho de Deus que veio ao mundo para nos salvar da perdição eterna.

Com o passar do tempo a Bíblia foi dividida e colocada numa ordem para  melhorar a compreensão e a leitura. Com o tempo outra dificuldade foi encontrada: um grande livro contendo 66 outros livros sendo difícil para encontrar uma passagem, então a Bíblia foi dividida e coordenada da seguinte forma:

Capítulos: Os capítulos foram coordenados por Stephen Langton em 1227;

Versículos: Os versículos foram muito bem coordenados pelo  impressor francês Robert Satephanus em 1551.

Os números de capítulos e versículos foram, a seguir, acrescentados por impressores que desejavam facilitar a leitura bíblica. Você sabe encontrar um trecho na Bíblia? Aprenda a manusear a palavra de Deus. É muito fácil hoje.

Os livros chamados de livros Apócrifos não foram acrescentados na Bíblia porque não se tinha notícias e ou informações seguras de sua inspiração de Deus nestes livros.

Os livros chamados apócrifos, palavra que significa ocultos ou não inspirados, não são aceitos pelos protestantes porque foram acrescentados no ano de 1546, mais de mil e duzentos anos depois que a Bíblia já estava completa. Estes livros são históricos, mas têm sua origem e conteúdo incertos.

Ninguém pode acrescentar ou retirar nada da Bíblia. Isso está escrito no livro de Apocalipse 22.18,19. Você pode ler toda a Bíblia confiando que seu conteúdo é original e inspirado por Deus.

Não estou me referindo aos comentários e comentaristas que lançam suas versões segundo os seus pensamentos e seguindo uma escola teológica de sua preferência.

A Bíblia, que é a palavra de Deus e sempre foi muito perseguida. Sempre tentaram e tentam mudar o sentido das palavras da Bíblia, e por isso recomendo que você e sua família, bem como sua igreja, membros e corpo de obreiros façam opção de ter para leitura pessoal ou coletiva das versões ARC (Que é a versão Almeida Revista e Corrigida) ou ARA (Almeida Revista e Atualizada), estas duas versões são as mais usadas pela maioria absoluta dos evangélicos e os maiores pregadores de nosso tempo.

As Escrituras Sagradas foram perseguidas por muito tempo e até mesmo destruídas muitas vezes. Mas foi preservada por Deus e hoje temos em mãos a Bíblia toda organizada e de fácil acesso.

Ainda hoje há lugares onde a Bíblia não é aceita e muitos cristãos são perseguidos por causa do Evangelho. Países mulçumanos geralmente proíbem a entrada da Bíblia e os crentes se arriscam para ler um trecho das Escrituras. Além desses países, existem também outros com direcionamento religioso fundamentalista bem diferente da realidade e outros países e povos sem religião ou que são comunistas, socialistas, budistas, confucionistas, kardecistas, e muitas outras nações e povos que perseguem a Bíblia, o Deus da Bíblia e o povo de Deus.

Se houvesse uma perseguição você se arriscaria por amor à Bíblia e por amor ao Deus da Bíblia e continuaria a não negar o nome de Jesus como seu Único e suficiente Salvador?

Aproveite os tempos de liberdade que temos de ler e proclamar a Palavra de Deus. Leia a Bíblia, pregue a palavra de Deus em tempo e fora do tempo.

Quem traduziu a Bíblia para o português?

O tradutor da Bíblia em português foi João Ferreira de Almeida, nascido em Portugal no ano 1628. Converteu-se a Jesus aos 14 anos, sentiu o chamado de Deus para a tradução da Bíblia e começou a se preparar ainda com 16 anos, terminando sua tradução do NT em 1644. Por isso foi condenado pelo papa em 1661. Morreu em 1691 enquanto traduzia o último capítulo de Ezequiel e seu amigo Jacobus Op Den AKKer completou a tradução em 1694.

A Bíblia ainda não chegou a todos os povos e nações da terra.

Ainda existem “2251 idiomas, representando 193 milhões de pessoas, precisando de uma tradução da Bíblia”.

Já imaginou se não houvesse a bíblia em português?

Aproveite a Bíblia em seu idioma e leia.
A Bíblia precisa ser lida e pregada em tempo e fora do tempo em todos os cantos do planeta terra.

Hoje a Bíblia pode ser lida e ouvida de diversas formas: Pregação nas Igrejas, Bíblia em Braile para deficientes visuais, Pregação na TV, Bíblia para celular, Bíblia pra computador, Bíblias virtuais, Bíblia em áudio MP3 e diversos outros tipos são ofertados nas mídias e nas redes sociais.

Não existe desculpa para não se ler e ouvir o que está na Bíblia nos dias atuais.

Responda sinceramente: quantas bíblias e quais tipos você tem guardadas em casa ou em outros lugares? Veja aí na sua biblioteca se você tem uma Bíblia empoeirada e que há muito tempo não é aberta para ser lida.

Use suas bíblias o máximo que puder e doe para outras pessoas que não têm um exemplar da Bíblia. A Bíblia está cada vez mais acessível. Nunca a Bíblia foi tão fácil de ser encontrada como nos dias atuais.

A Bíblia nos diz: ”Não perguntes em teu coração: Quem subirá até ao céu?”, “Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos”, “E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo”. Romanos 10.6, 8 e 17. A fé vem pelo ouvir e ouvir pela palavra de Deus.

Hoje está tão fácil de se ter uma Bíblia. Todos ou quase todos os meios de comunicação eletrônicos, de informática, escritas, faladas na TV no rádio, nas redes sociais e outros, todos têm a oportunidade de ter a palavra de Deus bem pertinho de você e sua família e na palma da mão através de um celular.

Curiosidade: Você já viu uma Bíblia assim? Antigamente a Bíblia sempre vinha em modelo tradicional com capa de couro preto, bordas laterais em vermelho e páginas brancas. Veja o que significavam as cores da Bíblia até bem pouco tempo:

Capa de couro preto: mundo em pecado. Laterais em Vermelho: o sangue de Jesus. Páginas Brancas: a luz da Palavra de Deus. A Bíblia fechada mostra a condição de trevas do pecador, mas quando se abre a Bíblia, pelo sangue de Jesus Cristo você é lavado e remido pelo sangue de Jesus e alcança a luz do Evangelho para perdão dos seus pecados e adquire conhecimento suficiente para continuar sua jornada de vida com o renovo espiritual que ela nos proporciona.  

Em obediência ao mandado de Jesus, precisamos “examinar as Escrituras”, João 5.39 e “manejar bem a Palavra da Verdade”, 2 Timóteo 2.15. Por que a Bíblia é uma fonte inesgotável de sabedoria. Leia a Bíblia todos os dias, ela é a Palavra de Deus para você todos os dias de sua vida.

Qual é a melhor tradução da Bíblia.?

A melhor tradução da Bíblia é aquela que se conserva fiel ao texto original, e ao mesmo tempo consegue transmitir o sentido principal pretendido por ele. Em boa parte dos casos as diferentes versões disponíveis do texto bíblico cumprem esse quesito de forma satisfatória.

Pelo fato de existir uma grande variedade de versões, muitas pessoas ficam em dúvida sobre qual a melhor tradução da Bíblia disponível a qual devemos adotar. Para tentar responder a essa pergunta, vamos considerar alguns pontos importantes sobre as traduções bíblicas.

As traduções da Bíblia são várias.

O texto bíblico foi traduzido desde muito cedo. Ainda nos tempos do Antigo Testamento, alguns textos das Escrituras já eram traduzidos para atender necessidades específicas da época. A primeira grande e importante tradução bíblica foi a Septuaginta, que traduziu o texto do Antigo Testamento do original hebraico (e alguns trechos em aramaico) para o grego.

Pela predominância do idioma grego, e por ter sido composta e compilada no período intertestamentário, que é um período de 400 anos entre o velho e o novo testamento,  a Septuaginta foi a principal tradução da Bíblia utilizada pela Igreja Primitiva, inclusive tendo sido citada pelos escritores neotestamentários em suas epístolas.

Depois, na era cristã, surgiram várias outras traduções bíblicas para atender os idiomas em que o Evangelho se expandia. Sem dúvida a tradução mais significativa desse período foi a Vulgata Latina, que é a tradução da Bíblia para o latim feita por Jerônimo, e que com o tempo se tornou a principal versão utilizada no Ocidente.

Já no período da idade média, algumas pessoas também se dedicaram a traduzir os textos bíblicos para idiomas mais específicos, como foi o caso de John Wycliffe, que a partir da Vulgata Latina organizou um projeto de tradução para o inglês.

Martinho Lutero também traduziu a Bíblia para o idioma alemão, começando pelo Novo Testamento e concluindo com a tradução do Antigo Testamento num projeto bem mais complexo.

Para o idioma espanhol, foi feita a conhecida versão Reina-Valera, assim como para o português surgiu a tradução de João Ferreira de Almeida. Em 1611, surgiu também a importante versão da Bíblia em inglês, a King James Version, que combinou alguns textos já traduzidos por Wycliffe e Tyndale.

A tradução católica do Pe. Matos Soares e os livros Apócrifos.

O principal trabalho de Pe. Matos Soares foi a tradução comentada da Bíblia Sagrada da Vulgata para o português, cuja primeira edição foi publicada em 1932, com o auxílio do Pe. Luiz Gonzaga da Fonseca, Professor do Instituto Bíblico de Roma, tendo as outras edições sido publicadas nos anos de 1934, 1940, 1946 e 1952. A edição de 1956 foi a primeira edição em que o autor traduziu diretamente dos manuscritos bíblicos em grego e hebraico disponíveis em sua época, recorrendo à Vulgata quando a tradução direta dos manuscritos tornava o texto obscuro.

As edições da Bíblia do Padre Matos Soares receberam o “Imprimatur" de Dom António Barbosa Leão, bispo de Porto, e grande apreço da Santa Sé, por parte do Papa Pio XI, cuja mensagem de estima do Cardeal Pacelli, futuro Papa Pio XII, se encontra logo no início das edições do tradutor.

Muito se questiona acerca dos 7 livros apócrifos adicionais da “Bíblia Católica”, dentre outros que existem além destes. Afinal de contas, eles são confiáveis ou não? Existem heresias neles ou não? A “Bíblia evangélica”, com seus 66 livros, seria a correta? Teriam aqueles livros, também chamados deuterocanônicos, alguma importância ou valor histórico e teológico ou devem ser completamente rejeitados? Qual realmente é a verdade sobre eles?

A verdade acerca destes livros apócrifos, verdade esta que dificilmente se ouve nos templos religiosos e nas salas de seminários teológicos, é que eles não são de propriedade da Igreja Católica. Esses livros, muito menos a Bíblia, incluindo os escritos do chamado “Novo Testamento” pelos cristãos, não são de propriedade de qualquer Igreja para receberem sua aprovação, reprovação ou julgamento. Porque, a totalidade dos 66 livros da Bíblia são obras do povo de Israel. Tendo sidos inspirados por Deus, naturalmente e diretamente de Deus,  (Dt 33:4; Sl 147:19-20; Rm 3:1-2; 9:4; 2 Pe 1:20-21). E quanto aos chamados “livros apócrifos”, uma simples leitura de vários deles por si só mostrará que eles fazem parte da literatura judaica, porque se tratam da história e ou poesias do povo eleito.

Quais são os livros apócrifos produzidos na época do segundo templo?

A época do segundo templo compreende do período em que o templo de Jerusalém, erguido por Salomão, filho de Davi, foi reconstruído no ano 516 AC, depois do cativeiro babilônico, até o ano 70 AC, quando foi destruído por forças imperiais romanas.

É dentro deste período que a maioria dessas literaturas são escritas por judeus/israelitas, e outros, a fim de relatar a história de seu povo, dentre outras finalidades.

O termo "apócrifo" foi criado por Jerônimo, no quinto século, para designar basicamente antigos documentos judaicos escritos no período entre o último livro das escrituras judaicas, que é o livro de Malaquias e o livro de Mateus que é a vinda de Jesus Cristo. Este período entre os livros de Malaquias e Mateus é chamado de período interbiblico e foi o período que Deus não falou mais com seu povo através dos profetas, não houve mais nenhum profeta de Deus neste período.

Os livros Apócrifos são livros que, segundo a religião em questão, a dos Hebreus, não foram inspirados por Deus e que não fazem parte de nenhum cânon.

São considerados apócrifos os livros que não fazem parte do cânon da religião Judaica Cristã. A consideração de um livro como apócrifo varia de acordo com a religião. Por exemplo, alguns livros considerados canônicos pelos católicos são considerados apócrifos por judeus e ou por protestantes, mesmo sendo ambas religiões abraâmicas. Especificamente, os católicos aceitaram os livros de Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, I Macabeus,  II Macabeus e Baruque;

Sobre os livros deuterocanônicos: Alguns destes livros são os inclusos na Septuaginta por razões históricas ou religiosas. Destes fazem parte também as adições nos livros de Ester e também de Daniel, nomeadamente os episódios da História de Susana e de Bel e o dragão.

Os livros apócrifos, portanto, são cartas, coletâneas de frases, narrativas da criação, “profecias e histórias apocalípticas”, representados por fatos considerados não inspirados por Deus. Podem até ser considerados como fatos históricos mas não são inspirados por Deus.

Além disso tem outros livros Apócrifos dos que abordam a vida de Jesus ou de seus seguidores que são cerca de 50 outros que contêm narrativas ligadas ao Antigo Testamento.

As traduções da Bíblia e os textos originais.

Atualmente não se tem notícias da existência dos originais da Bíblia. Segundo fontes de pesquisas, não existem mais os textos originais escritos diretamente pelos escritores dos livros bíblicos. No entanto, cópias fieis foram feitas ao longo do tempo para replicar o próprio texto e também para preservá-los, visto que as próprias cópias naturalmente se desgastavam com o uso.

Então, copistas fizeram copias dos originais, e depois cópias foram feitas de cópias, e assim por diante. Com base nisso, existe uma questão interessante relacionada ao texto grego do Novo Testamento e que é fundamental para se entender melhor os detalhes que diferenciam as traduções bíblicas disponíveis na atualidade. Na verdade, basicamente existem dois textos gregos:

O texto crítico ou essencial: com base nos manuscritos mais antigos que se tem conhecimento;

O texto majoritário ou principal: com base na maioria dos manuscritos antigos, mas que datam de um período bem mais recente.

A grande pergunta a ser respondida é: qual desses dois textos é mais fiel aos originais? É bastante difícil responder a essa questão, especialmente porque não se sabe o motivo exato pela qual os manuscritos mais antigos foram preservados, e pode ter sido pela intervenção direta de Deus e sob os diversos critérios exigidos daquela época, visto que isso pode ter ocorrido ou porque eram muito fieis aos originais e por isso a Igreja os preservou, ou então por que eram discrepantes, e por isso foram guardados para que não fossem utilizados.

De qualquer forma, as diferenças entre o texto crítico e o texto majoritário podem ser consideradas como sendo mínimas, visto que tais diferenças não afetam de forma alguma os principais pontos da fé cristã e da teologia bíblica.

Como exemplos de tais diferenças, podemos citar: a frase final de Mateus 20:16, “porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”, que não aparece nos manuscritos mais antigo; a parte final do último capítulo do Evangelho de Marcos; a narrativa sobre a mulher adúltera no Evangelho de João, e diferenças no capítulo 5 de 1 João.

As traduções da Bíblia e os métodos de tradução.

Quando se fala na melhor tradução da Bíblia, também é preciso saber que existem dois métodos de tradução utilizados para traduzir a partir dos idiomas originais:

Equivalência formal: esse método traduz palavra por palavra do texto original adotando seu equivalente exato no novo idioma.

Equivalência dinâmica: esse método traduz a frase original adotando a expressão equivalente de forma dinâmica no novo idioma, ou seja, diferente do método de equivalência formal, esse método traduz o sentido da frase e não palavra por palavra.

Ambos os métodos possuem seus pontos positivos, e talvez a melhor solução seja uma combinação cuidadosa de ambos. O problema em se adotar apenas a equivalência formal é que muitas vezes na tentativa de ser fiel ao texto original acaba-se perdendo justamente sua fidelidade, pois não traduz de forma correta o sentido real que o autor pretendia passar.

Um exemplo disso é Colossenses 3:12, onde o apóstolo Paulo escreve: “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade”.

A palavra grega traduzida como “entranhas”, splagchnon, realmente significa “tripas”, “intestinos”, etc., e era muito utilizada, visto que naquela época as entranhas eram consideradas como sendo a fonte das emoções mais profundas e extremas.

Todavia, em nosso idioma, a melhor tradução para essa palavra seria algo como “profundos afetos de misericórdia” no sentido de se ter um coração pleno de compaixão.

Por outro lado, quando se usa apenas a equivalência dinâmica de forma excessiva, sem ser podada com a dos princípios da equivalência formal, corre-se o risco de também se obter traduções que se distanciam dos originais, ou mesmo de se perder o sentido principal de determinadas palavras.

Por exemplo, o livro do Apocalipse possui muita linguagem simbólica, e traduzir tudo de forma dinâmica pode prejudicar terrivelmente o sentido principal do texto, visto que é fundamental se preservar algumas designações do próprio texto a fim de compreendê-lo.

Além disso, o uso maciço da equivalência dinâmica dá origem não apenas a uma tradução, mas a uma paráfrase do texto bíblico, que tenta expressar o conceito original na linguagem mais popular possível.

Qual a melhor tradução da Bíblia em português?

Considerando tudo o que foi apresentado acima, pode-se dizer que isso dependerá do objetivo da leitura. Algumas traduções bíblicas disponíveis em português se baseiam no texto crítico, enquanto outras se baseiam no texto majoritário. Umas Casas Publicadoras, tradutoras e impressoras de Bíblias, utilizam o método de equivalência formal e outras o método de equivalência dinâmica.

De forma geral, em português, as traduções da Bíblia mais conhecidas são: as várias Almeidas (Corrigida, Fiel, Atualizada, Revisada), a Nova Versão Internacional (NVI), a versão da King James (rei Thiago) em português, e as paráfrases Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH), Viva e A Mensagem.

Tentando localizar onde essas versões da Bíblia se encaixam nos parâmetros de tradução discutidos acima, pode-se dizer, de forma bem simplificada, o seguinte: a Almeida Corrigida utiliza a equivalência formal de forma bastante extrema, ao contrário da Almeida Atualizada, que adota um método bem mais equilibrado.

Depois da Almeida Atualizada, podemos posicionar a NVI, como sendo uma tradução que tenta combinar a equivalência formal e a equivalência dinâmica. Já utilizando muito da equivalência dinâmica, temos a NTLH, e de forma bastante extrema, as versões Viva e A Mensagem.

Com base nessa classificação, cada leitor, cada igreja e ou cada ministério deve decidir qual a melhor tradução da Bíblia deve ser adotada de acordo com os objetivos pretendidos. Por exemplo, acredito ser muito complicado utilizar a tradução NTLH ou Viva para fazer a exposição do texto bíblico num sermão.

Particularmente, prefiro uma tradução que utiliza de forma equilibrada dos dois métodos de equivalência, como é o caso da Almeida Atualizada. Com relação ao tipo de texto grego, também prefiro uma tradução que se baseia no texto critico, embora não considero que esse seja um ponto determinante.

Uma boa opção que também se aproxima dessas condições é a NVI. No entanto, também acho interessante que se tenha uma tradução da Bíblia numa linguagem mais popular, como a NTLH, especialmente para compará-la com traduções mais formais, como a Almeida Corrigida e a Almeida Fiel.

Quem foi João Ferreira de Almeida, tradutor da bíblia mais usada pelos evangélicos.

Foi uma das raras figuras do protestantismo português. Nasceu na cidade de Torres de Tavares, em Portugal e traduziu a Bíblia para o português, começando essa tarefa com 16 anos de idade e executando-a até o fim de sua vida. Traduziu o Novo Testamento completamente e conseguiu traduzir o Velho Testamento até Ezequiel. A tradução foi completada por seu amigo Jacob Op Den Akker.

João Ferreira de Almeida foi um missionário calvinista, escritor e tradutor. Nasceu em Torre de Tavares, próximo de Mangualde, em 1628, sendo filho de pais católicos.

Órfão de pai e mãe, foi para Lisboa para a casa de um tio clérigo, de onde teria emigrado para a Holanda com apenas 14 anos. Daí partiu para Malaca, recentemente conquistada pelos holandeses em 1641, onde permaneceu por alguns anos, tendo casado com a filha de um pastor calvinista.

Em Malaca, Almeida renunciou à religião católica e abraçou a fé reformada depois de ter lido um panfleto espanhol anticatólico que veio a traduzir para o português, intitulado “Differença da Christandade”. Este livro apresentava a divergência entre o catolicismo romano e o protestantismo.

Em 1644, com apenas 16 anos, Almeida traduziu os Atos dos Apóstolos do espanhol para português, que eram copiados à mão e distribuídos nas comunidades portuguesas. Em 1645 a tradução do Novo Testamento foi concluída, mas somente publicada em 1681, em Amsterdã.

João Ferreira de Almeida visitava doentes em Malaca e, mais tarde, em Batávia, percorrendo diariamente hospitais e casas de doentes, dando apoio espiritual com orações e exortações. Parece ter sido Batávia o centro das suas atividades religiosas. Ali ingressou na Igreja Protestante Portuguesa (que existiu entre 1633 e 1808) e, em 1656, foi ordenado ministro pregador.

De 1656 a 1663, Almeida pregou em várias línguas na ilha de Ceilão (Colombo, Porto de Gale, etc) e nas costas Indostânicas (Coromandel, Malabar), difundindo em especial a língua portuguesa. Em 1663, voltou à Batávia, onde veio a falecer em 1691.

Almeida escreveu várias obras, mas o que mais o notabilizou foi a tradução da Bíblia para a língua portuguesa. Começou a traduzir a Bíblia pelo Novo Testamento, que foi publicado durante sua vida, em Amsterdã, e impressa pela viúva de J. V. Someren. Esta edição apresentava muitas incorreções devido à incompetência dos revisores, de que o próprio Almeida se queixou numa Advertência, com um apêndice de mais de mil erros, publicada em 1683.

Perante estas informações, os Diretores da Companhia da Índia Oriental determinaram que fossem destruídos todos os exemplares na Holanda e em Batávia, tendo, no entanto, sido poupadas algumas cópias distribuídas às congregações de Batávia, Malaca e Ceilão, apresentando correções a tinta. Para além do exemplar existente na Biblioteca Nacional, temos conhecimento de outra espécie, na British Library.

Saiu do prelo a segunda edição do Novo Testamento, impressa em Batávia por João de Vries, em 1693, dois anos após a morte do tradutor. A Companhia das Índias Orientais, em colaboração com a igreja estabelecida naquela ilha, diligenciou para que os missionários Theodorus Zas e Jacobus op den Akker procedessem à revisão e conferissem a tradução de João Ferreira de Almeida com a Vulgata.

Quanto ao Antigo Testamento, Almeida só concluiu a tradução até Ezequiel, tendo o restante sido continuado por Jacobus op den Akker, em 1694, que só veio a ser impresso em Batávia, em dois volumes, em 1748 e 1753.

Seguiram-se muitas outras edições parciais e totais, impressas em Batávia, Trangambar, Londres, Nova Iorque e Lisboa. As traduções foram feitas com o auxílio da versão holandesa do Sínodo de Dort (1618) e da castelhana de Cipriano de Valera (1602).

João Ferreira de Almeida teve o grande mérito de passar toda a vida debruçado sobre a Bíblia, e só a morte o afastou dessa notável missão. João Ferreira de Almeida zelou para manter as comunidades evangélicas portuguesas nos lugares do Império Português das Índias, que os holandeses iam ocupando, e defendeu que fossem divulgados livros em português para essas comunidades.

A distribuição de Bíblias no Brasil é um exemplo a ser seguido por outras nações.

Com sete Bíblias impressas por minuto, Sociedade Bíblica do Brasil chega aos 75 anos e recebe homenagens.

Sete Bíblias por minuto, média de sete milhões por ano e perto de chegar a 200 milhões de edições impressas. Das 157 sociedades bíblicas no mundo, a brasileira é a recordista de impressão. Além dos números expressivos, é pelo papel social de propagar o evangelho há 75 anos que igrejas ministérios e políticos de todo o Brasil homenagearam a Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) pelo trabalho incessante de reproduzir e distribuir bíblias das mais diversas maneiras para a população brasileira.

Fundada em 10 de junho de 1948, a Sociedade Bíblica do Brasil é uma entidade beneficente de assistência social, de finalidade filantrópica e cultural e chega ao seu Jubileu de Diamante, 75 anos imprimindo e distribuindo Bíblias no Brasil.

Não é só fazer a publicação e a distribuição da Bíblia, mas a missão principal é levar a palavra de Deus e fazer diversas ações sociais no país e no mundo todo. Estas homenagens é devido a este difícil, porém gratificante, trabalho que tem sido precursor no Brasil. Esperamos que por muitos anos eles continuem nas ações de ajuda humanitária semeando essa boa semente que é a palavra de Deus e que tem trazido muitos frutos para o Reino de Deus.

“Nós Cristãos temos uma obrigação impar que é a de alimentar o mundo com a Palavra de Deus”. Pr.waldirpsouza.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.