segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

AS FESTAS QUE NÃO AGRADAM A DEUS

AS FESTAS QUE NÃO AGRADAM A DEUS  

É muito comum no nosso tempo as igrejas evangélicas realizarem festas dentro e fora dos templos que não têm nada a ver com festa espiritual, que é o seu objetivo principal, são tão voltadas para o materialismo que causam inveja a qualquer festa pagã.

“Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos”. Provérbios 23:20-21.

Sem dúvida nenhuma o homem, o ser humano, que abraça o mundanismo rejeita as ordenanças e os mandamentos de Deus, ou seja, vive da forma que bem entender, esse é carnal e materialista e não teme a Deus. As pessoas que agem desta maneira são: Egoístas, sem amor, sem afeto natural, se julgam autossuficientes, rejeitam a Deus, não teem temor de Deus. E ainda zombam dizendo que fizeram isso porque teem ou fizeram a escolha pelo livre arbítrio.

É claro que não vamos encontrar na Bíblia nenhuma passagem que fale sobre festas de rock, forró, funk, axé ou qualquer outro estilo musical mundano, mas podemos sim encontrar vários versículos sobre festas mundanas, à exemplo de 1 João 2:15-17, Tiago 4:4, Gálatas 5:19-21; ou seja, todos esses versículos são relevantes e nos exortam a ficar longe do mundanismo e a rejeitar tudo o que ele oferece.

Por que não devemos ir às festas mundanas?

Os convites para irmos às festas mundanas aparecem do nada, é uma verdadeira tentação estas tentativas de jogar um verdadeiro servo de Deus no precipício.

Então, esta é uma das desculpas de muitos crentes; isto é, pelo fato de Jesus ter ido em algumas festas, muitos acham que podemos ir e não analisam o contexto de cada referência bíblica sobre o assunto. Para começo de conversa, Jesus ia a festas de casamento. Ainda, também naquele tempo não tinha festas como tem hoje, justamente por causa da evolução do mundo, quer dizer, evoluiu para pior. Entretanto, à luz da Bíblia, podemos afirmar que estas festanças não foram criadas por Deus, mas sim pelo homem carnal, porque só oferecem aquilo que está voltado para o pecado e para o que não presta.

Jesus nunca iria a uma festa de rock, de funk ou de forró ou nas baladas e nas festas depravadas dos descaminhos da vida. Mesmo que você o convidasse, Ele não iria. A verdade é que você não pode chamar Jesus para andar em um caminho errado, mas Ele pode te convidar a andar no caminho certo. Veja o que a Bíblia diz em 1 João 2:6: “aquele que afirma que permanece nEle, (que permanece em Jesus) deve andar como Ele andou”.

Contudo, estamos diante de um dos versículos sobre festas mundanas mais relevantes da Bíblia, porque nos traz uma mensagem muito clara e de grande edificação para nós. Aqui em 1 João 2:6, entendemos que se você não anda nos caminhos de Jesus, obviamente não está agradando a Ele. Assim, você nunca iria agradar a Deus frequentando uma festa mundana.

No livro de Salmos 1:1, diz o seguinte: “Como é feliz aquele que não segue o conselho dos ímpios, não imita a conduta dos pecadores, nem se assenta na roda dos zombadores ou escarnecedores”. Portanto, mesmo que na festa você não faça nada, como ingerir bebidas alcoólicas, se prostituir, fazer o uso de drogas, entre outros; de qualquer maneira estará em maus caminhos, porque só de você estar presente nestas festas, já é errado.

Vejamos o que a Bíblia nos diz sobre as festas mundanas.

Então, como foi falado no início do texto, muitos aceitam que os crentes participem de festas mundanas, como carnaval, São João (festas juninas) ou qualquer outro tipo de festas ou eventos voltados para o mundanismo e para a carnalidade; no entanto, eles sempre usam o exemplo de que Jesus esteve nos piores círculos da sociedade, ou seja entre pecadores.

Então, a resposta é que isso é verdade mas, há uma importante diferença: Jesus fazia a obra de Deus ali; ou seja, Ele não participava desse tipo de evento como mais um participante, porque Ele tinha objetivos espirituais indo àqueles eventos, mas a nós não compete irmos nestas festas, nem para, segundo alguns, pregar a palavra de Deus em tempo e fora do tempo. Só Jesus Cristo homem era revestido de poder para vencer todas, eu disse todas, as tentações. Mas, para que este estudo fique ainda mais claro para você, decidimos trazer os principais versículos bíblicos sobre festas mundanas, para que você fique ainda mais vigilante e em constante oração para não cair nos laços do engano. (Mateus 26:41).

Sobre o mundanismo a Bíblia nos ensina “não ameis o mundo”. 1 João 2:15-17.

Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo, a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a soberba da vida, não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua concupisciência passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

1 Coríntios 10:12 diz: “Assim, aquele que está de pé, cuide-se para que não caia”.

 O apóstolo Pedro nos ensinou em sua primeira epístola que nós devemos nos abster dos desejos carnais. “Que se abstenham dos desejos carnais”. 1 Pedro 2:11.

Nós devemos como estrangeiros e peregrinos neste mundo, nos abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma.

Em Colossenses 2:8 diz: “Tenham cuidado para que ninguém os escravize a filosofias vãs e enganosas, que se fundamentam nas tradições humanas e nos princípios elementares deste mundo, e não em Cristo”.

As obras da carne registradas em Gálatas 5:19-21, são manifestas e são conhecidas.

Ora, as obras da carne são manifestas: imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes. Eu os advirto, como antes já os adverti: Aqueles que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus.

Em Gálatas 6:14 temos o exemplo do apóstolo Paulo dizendo: “Quanto a mim, que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, por meio da qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo”.

Já, o apóstolo Tiago “irmão do Senhor Jesus” nos ensina que: “Quem é amigo do mundo, é inimigo de Deus”. Tiago 4:4.

Adúlteros, vocês não sabem que a amizade com o mundo é inimizade com Deus? Quem quer ser amigo do mundo faz-se inimigo de Deus.

Em João 17:15 Jesus nos afirma em sua oração sacerdotal falando com o Pai: “Não rogo que os tires do mundo, mas que os protejas do Maligno”.

A justificativa é patente diz o Apóstolo Paulo: “Porque ainda são carnais” : 1 Coríntios 3:3. Porquê ainda são carnais? Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos"?

O apóstolo João nos diz: João 15:18-19: “Se o mundo os odeia, tenham em mente que antes me odiou. Se vocês pertencessem ao mundo, ele os amaria como se fossem dele. Todavia, vocês não são do mundo, mas eu os escolhi, tirando-os do mundo; por isso o mundo os odeia”.

Ele, Jesus, nos ensina a renunciar o mundo e a ter um viver digno de um verdadeiro servo de Deus. Tito 2:12.   

A palavra de Deus nos ensina a renunciar à impiedade e às paixões mundanas e a viver de maneira sensata, justa e piedosa nesta era presente. 1 Coríntios 3:4,  “Pois, quando alguém diz: “Eu sou de Paulo” e outro: “Eu sou de Apolo”, não estão sendo mundanos?”

Não usem da liberdade para fazer o mal como muitos o fazem. 1 Pedro 2:16.

Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus.

1 Coríntios 10:31, “Assim, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”.

Nem tudo nos convém. 1 Coríntios 10:23. Tudo me é lícito, "Tudo é permitido?", mas nem tudo convém. "Tudo é permitido", mas nem tudo edifica.

2 Coríntios 1:17 – “Quando planejei isso, será que o fiz levianamente? Ou será que faço meus planos de modo mundano, dizendo ao mesmo tempo “sim” e “não”?

Vigilância e oração, são dois ingredientes necessários na vida do Crente. Mateus 26:41. "Vigiem e orem para que não caiam em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca."

1 João 2:2, “Ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo”.

Obras infrutíferas das trevas só dão prejuízos morais e espirituais.

Efésios 5:11. “Não participem das obras infrutíferas das trevas; antes, exponham-nas à luz”.

Mateus 18:6, Afirma: “Mas, se alguém fizer cair no pecado um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar”.

É melhor entrar pela porta estreita e ser salvo. Mateus 7:13-14. “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e espaçoso o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida, são poucos os que a encontram, são poucos que entram por ela”.

O servo de Deus está no mundo, mas não pertence a esse mundo. Lembre-se, o cristão deve permanecer firme e fiel ao Senhor, seguindo seus mandamentos, 1 Coríntios 10:12). Busque sempre desviar daquilo que é mau e mundano, todo cuidado é pouco porque não se trata de qualquer coisa sem importância, trata-se de sua salvação individual.

Pecados que não parecem pecado mas são pecados.

As Escrituras Sagradas mencionam o pecado da glutonaria mais de uma vez, embora não frequentemente. Em Deuteronômio 21:20, os pais de Israel são ordenados a levar um filho rebelde e obstinado aos anciãos e dizer a eles: "Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz; é um comilão e um beberrão”. Com isso os pais daquele filho rebelde queria dizer que seu filho era um desobediente contumaz e não se importava em fazer as coisas erradas.

Esse mandamento para levar um filho rebelde aos anciãos ainda está em vigor? Em Provérbios 23:20-21, Salomão admoesta o povo de Deus: "Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos”.

Os judeus consideravam a glutonaria ser um pecado sério, e por isso acusaram o nosso Senhor Jesus de ser "um homem comilão e beberrão", (Mt.11:19; Lucas 7:34).

Embora a glutonaria não seja mencionada por nome em Provérbios 23:1-3, a admoestação é importante: "Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que é posto diante de ti, e se és homem de grande apetite, põe uma faca à tua garganta. Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas”. E seria bom ler também os versículos 4-8.

“O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia, visto que só se preocupam com as coisas terrenas”. Filipenses 3.19.

Baseado neste texto, conclui-se, que a prática da glutonaria constitui-se em idolatria, pois a comida torna-se um Deus, isto é, a coisa mais importante para a pessoa.
O verbo mais conjugado na vida do guloso é comer, o estômago dele é um deus que precisa ser saciado.

O apóstolo Pedro associa glutonaria a idolatria: “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscências, borracheiras, orgias (glutonarias), bebedices e em detestáveis idolatrias”. 1 Pedro 4.3.

O apóstolo Paulo diz que a glutonaria é um comportamento mundano e desonesto. “A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz. Andemos honestamente, como de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em dissoluções, nem em contendas e invejas”. Não devemos praticar qualquer vício relacionados, principalmente, aos elementos drogativos, espumantes, fumantes, alcoólicos e outros do gênero. Romanos 13.12-13. Romanos 12.1-2.

No Antigo Testamento, a glutonaria era algo tão sério, que a associava a rebeldia, o glutão pagava com a própria vida por esse pecado, “Se alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedece à voz de seu pai e à de sua mãe e, ainda castigado, não lhes dá ouvidos, seu pai e sua mãe o pegarão, e o levarão aos anciãos da cidade, à sua porta, e lhes dirão: Este nosso filho é rebelde e contumaz, não dá ouvidos à nossa voz, é dissoluto e beberrão. Então, todos os homens da sua cidade o apedrejarão até que morra; assim, eliminarás o mal do meio de ti; todo o Israel ouvirá e temerá”. Deuteronômio 21.17-18.

Glutonaria é pecado? Sim glutonaria é pecado. Gula é o hábito de comer em excesso. Reflete falta de domínio próprio e pode causar muitos problemas de saúde. É importante ter uma vida equilibrada, que não é dominada pela comida.

Nossos corpos precisam de comida para sobreviver. Comer também é uma experiência agradável, com muitos sabores interessantes para explorar. Não é errado gostar de comer e querer comida gostosa. Deus criou o paladar.

Dizem alguns historiadores que no tempo das grandes festas dos reis, que às vezes durava meses, que as pessoas comiam, bebiam até passar mal, e ao passar mal colocavam o dedo na garganta para vomitar e depois voltavam para as bebedices e comilanças. Na Bíblia temos dois exemplos destas festas que duravam cento e oitenta dias ou um ano. Daniel 5.1-6. Ester 1.4-6.

O problema é quando abusamos. É normal comer um pouco mais do que devíamos numa ocasião especial mas isso não pode virar hábito. Gula causa muitos problemas à saúde tais como: Sonolência e preguiça, Provérbios 23:20-21, também geram obesidade e doenças diversas.

Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Pois os bêbados e os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos.

Provérbios 23:20-21, nos fala que não devemos comer demais. É claro que isso não significa que você não deve se alimentar direito achando que está fora do peso. Todo mundo está fora do peso, só não podemos é  estar com excesso de peso ou com a falta dele devido à falta de uma boa alimentação.

Comer demais também é um desperdício de comida e dinheiro. Sem falar no desperdício, o Brasil é um dos campeões de desperdícios de alimentos. Os gastos em comida fina e depois em tratamentos de saúde podem levar à ruína financeira. A gula se torna um vício; fica difícil parar de comer. Começa com a decisão de comer mais do que é preciso mas depois o corpo se acostuma e cria a ilusão que precisa comer sempre mais e mais. Se você ainda não viu um programa de televisão chamado de “quilos mortais” e bom que você veja.

A gula é uma forma de excesso. Pode nos destruir. Deus nos deu coisas boas para serem desfrutadas de forma saudável e moderada, 1 Coríntios 6:12. Quando nos deixamos ser dominados pela gula, a comida se torna um ídolo a quem servimos. A glutonaria compete contra Deus pelo primeiro lugar em nossas vidas.

Como vencer o pecado da gula?

Podemos vencer a gula através do domínio próprio e com a ajuda de Deus. Domínio próprio é o poder de dizer “não” ao excesso e é um fruto da ação do Espírito Santo em nossa vida, (Gálatas 5:22-23). Peça domínio próprio a Deus.

Gula pode ser um sintoma de falta de comunhão com Deus e também falta de equilíbrio mental, e porque não dizer que é também uma falta de educação que se adquire no seio da família. Quando nossa satisfação principal não vem de Deus, há uma tendência para cometer excessos noutras áreas da vida. Deus é a única coisa que é impossível ter em excesso. Peça a Deus para ter mais apetite por Ele e menos, ou somente o essencial, pela comida. Procure ter um relacionamento cada vez mais profundo com Ele.

Imponha limites pra você mesmo, não espere o palpite dos outros. O corpo de cada pessoa reage de forma diferente à comida. Analise sua alimentação, faça experiências e descubra o que é bom e saudável para você. Experimente sujeitar o seu próprio corpo fazendo:

Sobre o Jejum. Qual é o Jejum que agrada a Deus?

“Seria esse o jejum que eu escolhi? O dia em que o homem aflija a sua alma? Consiste porventura em inclinar o homem a cabeça como junco e em estender debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isso jejum e dia aceitável ao Senhor? Acaso não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes ir livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? Que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?” – Isaías 58:5-7.

Não é para o ato do jejum em si que o Senhor está olhando, mas para o coração daquele que jejua. Quando uma pessoa decide obedecer a Palavra de Deus, agindo com retidão e justiça, ajudando seus semelhantes e sendo misericordioso com os desamparados, está entregando um verdadeiro jejum ao Senhor, como um perfume suave e agradável. Zacarias 7:9,10.

Como é o Jejum recomendável? Quero lembrar a vocês que o jejum tem por finalidade a mortificação da carne e a santificação de quem Jejua.

O jejum verdadeiro que agrada a Deus é feito desta forma: Separe uma parte do dia ou da noite para buscar a Deus em oração e leitura da Bíblia  se preparando para jejuar da meia noite até ao meio-dia do dia seguinte, sem ingerir nenhum alimento, normalmente o Jejum bíblico é feito da meia noite até ao meio-dia do dia seguinte sem ingerir água, nem outros líquidos e nem comer nenhum alimento. É claro que se você dormir não tem importância, o sono na medida certa de até oito horas diárias é normal mesmo estando jejuando.  Faça um compromisso com Deus, e dedique-se a Ele. Assim você estará sujeitando sua vontade à Deus e controlando seus impulsos com a ajuda do Senhor.

Tem Jejuns parciais? Eu não recomendo jejuns parciais, não é o Jejum bíblico. Mas quem faz achando que agrada a Deus diz o seguinte: Escolha um ou mais tipos de alimentos que costuma apreciar muito e se abstenha deles por alguns dias. Por exemplo, faça um compromisso de não comer doces (açúcares em geral), ou chocolate, ou carnes, ou comidas processadas (tudo que for industrializado), ou mesmo beber refrigerante, ou café, etc. Defina quanto tempo com sabedoria, se 3 dias, 1 semana, ou 1 mês. É um compromisso entre você e Deus, mas não faça um "voto de tolo", que não consiga cumprir.

Outros dizem que o equilíbrio diário é também uma maneira de jejuar, o que eu não concordo porque não é o Jejum bíblico, mas ensinam o seguinte: Decida reduzir as suas porções de comida e se alimentar de forma mais saudável. Ore buscando a ajuda de Deus diariamente para cumprir esse propósito. Compre um prato menor, controle os seus olhos e as mãos enquanto estiver se servindo. Convide a Deus para estar à mesa contigo. Busque o domínio próprio.

Partilhar uma ou mais refeições, também não é o Jejum bíblico, mas ensinam isso para as pessoas fazerem: A Bíblia diz que é bem melhor dar que receber (Atos 20:35). Por isso, escolha um prato saboroso, prepare com amor e convide a quem não pode lhe retribuir essa gentileza. Faça marmitas, entregue a moradores de rua ou a quem tem necessidade, asilos, orfanatos, centros de apoio social. Prepare uma refeição para amigos ou para parentes distantes. Isso na verdade e uma obra social que todo cristão deve fazer, porém, apesar de até agradar a Deus, não é o Jejum bíblico.

Sirva sempre os outros antes de servir a si mesmo. Isso é uma lição de boas maneiras que não se caracteriza como um jejum bíblico. É uma atitude simples mas demonstra que o seu cuidado pelo bem-estar do próximo está acima do seu próprio. Lembre-se que é melhor não fazer nenhum voto, também lembrando que voto é diferente de jejum, tanto um como o outro são necessários e que o faz sempre recebe bênçãos de Deus. É melhor não prometer a Deus do que prometer a Deus que vai fazer e não cumpri-lo. Eclesiastes 5:5.

Decida dizer não hoje mesmo para aquilo que você não pode cumprir com Deus. Tem um ditado popular que diz: “é melhor obedecer do que sacrificar”. Permita que Deus governe todas as áreas de sua vida, inclusive e com preferência, à suas decisões.

Não deixe os anseios da vida se tornarem em um hábito prejudicial à sua vida de comunhão com Deus. Tenha e busque com sinceridade a intimidade com o Espírito Santo e você terá dias melhores. Em uma sociedade, com recursos ou sem recursos, onde comer de mais é normal pra uns e ficar sem comer virou moda na sociedade moderna, se você quiser algo que agrada a Deus, estenda a mão para os menos favorecidos. Isso pode ser difícil no início mas com o tempo você deixa até de contabilizar aquilo que repartiu com os mais necessitados. Vejo muitos fazem isso nas épocas de eleições apenas para dizer que são bonzinhos e merecem a confiança e os votos das pessoas nas próximas eleições, mas vejo também outros que fazem um trabalho silêncio e constante de assistência social que agrada a Deus. De experiência própria quero compartilhar com vocês sem nenhum interesse de galgar os louros dos aplausos. Certa época eu estava fazendo um trabalho social de distribuir cobertores para as pessoas que dormiam nas ruas, nas calçadas, e, como diz a Bíblia: “nos becos e valados”, então alguém que nos ajudava passou a solicitar o cpf das pessoas beneficiadas, então eu e minha equipe tomamos uma decisão de agradecer a doação dos cobertores que viriam daquela pessoa e nós demos os cobertores para todos os que estavam ao nosso alcance ajudá-los.

Por que gastais o vosso dinheiro naquilo que não é pão? Isaías 55.2-3.

As festas mundanas acontecem em diversas datas do ano inteiro. O natal é uma das mais esperadas festas para se gastar, depois vem o réveillon e as viagens de férias e vem logo após outras festividades no calendário de feriados municipais, estaduais e federais. É uma gastança sem precedentes com a gastronomia, com os presentes e principalmente com as compras que geram contas que ficam para pagar nos próximos anos. Em dia de festa a comilança e a bebedeira não tem fim, se faz de tudo para satisfazer o estômago, o egocentrismo  o egolatrismo e a vaidade excessiva que  não tem nada de bom para agradecer a Deus.

Não teem nada para agradecer a Deus por uma criança que um dia nasceu em Belém da Judéia em Israel, para salvar a humanidade da condenação eterna e perdoar nossos pecados.

Os ingredientes que andam sempre juntos e são os primeiros a chegarem nestas festas são: a Bebida, a Carne para o churrasco, o Carvão e a Fumaça. Os que vem logo em seguida são; o Exagero acompanhado da Ilusão; da Falsidade, da Hipocrisia e da Mentira. A família é grande, logo chegam os que se acham “os ricos da família”, a vaidade e o orgulho são notados entre os de espírito  altivo e a avareza é adorada.

Continuam a chegar ilustres convidados nas festas mundanas, são tantas pessoas que o ambiente lota por completo. Logo entra sem chamar atenção alguém que se faz de vítima da sociedade acompanhada de um retraimento e da traição logo querem aplicar um golpe em alguém. Não gostam de falar, estão sempre só a observar em silêncio num canto, seus filhos são a Tristeza e Depressão que entraram na festa e estão encostados nos pais. Enquanto, Carvão, Carne, Bebida e Fumaça trabalham freneticamente, todos se envolvem, a Mentira, a Vaidade, a Hipocrisia, o Orgulho, a Avareza, cada um querendo falar primeiro e não conseguindo, aumentam cada vez mais o tom de voz no desejo de se sobressair. Repentinamente chega uns parentes rejeitados e sem serem convidados que causam estranheza, entra uma senhora alta, bem vestida, com olhar firme e sereno, é a dona Verdade com seu esposo, Senhor Justo Juiz. Quando a Mentira vê estes parentes entrando já não gostou e parou de falar alto e se conteve. O casal Verdade e Justo não avisou mas desta vez trouxeram os filhos que estavam fora e entraram para espanto de todos, o Equilíbrio, o Racional, o Moderado, a Temperança e sua irmã, a Razão. Com a entrada da família Verdade e Justo parece que a festa foi contaminada, nem a Mentira, nem a Vaidade , nem o Orgulho e nem os demais sentiam-se à vontade, o clima parece que ficou pesado, mas, família é família, então, é suportar. Carne, Carvão e Fumaça serviam a todos mas a Bebida foi rejeitada pela Verdade e Justo com seus filhos e filhas. Violência, Contenda, Agressão e Morte não aguentam ver um clima dividido, agiram e a casa virou briga. Dona Vítima e seu marido Retraído que só ficava no silêncio resolveram gritar também, até seus filhos Depressão e Tristeza se expressaram e a festa acabou, cada um indo pra seu lado. Restou na casa, Vítima, Tristeza, Verdade, Justo, Moderado, Razão, Racional e Temperança. É sempre assim, mas é família, e família é família e sempre deverá se reunir. Logo haverá outra confraternização de família e ninguém deverá ficar de fora, mesmo que se necessário for, ser chamado atenção pela Verdade e ou orientado pelo Senhor Justo e até mesmo ser chamado atenção pela Razão mas reunir é preciso, infelizmente ninguém se lembrou do motivo da festa e muito menos se lembraram de agradecer a Deus pelo Seu Filho que um dia nasceu entre os homens para trazer perdão e salvação para todos.

O Cristão precisa entender de que consiste o Reino de Deus, “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”. Romanos 14.17.
Como se comportaria alguns cristãos gulosos e famintos diante do propósito que tomou o profeta Daniel em recusar a comida do rei, por uma questão de santificação, “Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se. Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos. Disse o chefe dos eunucos a Daniel: Tenho medo do meu senhor, o rei, que determinou a vossa comida e a vossa bebida; por que, pois, veria ele o vosso rosto mais abatido do que o dos outros jovens da vossa idade? Assim, poríeis em perigo a minha cabeça para com o rei. Então, disse Daniel ao cozinheiro-chefe, a quem o chefe dos eunucos havia encarregado de cuidar de Daniel, Hananias, Misael e Azarias: Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias; e que se nos dêem legumes a comer e água a beber. Então, se veja diante de ti a nossa aparência e a dos jovens que comem das finas iguarias do rei; e, segundo vires, age com os teus servos. Ele atendeu e os experimentou dez dias. No fim dos dez dias, a sua aparência era melhor; estavam eles mais robustos do que todos os jovens que comiam das finas iguarias do rei. Com isto, o cozinheiro-chefe tirou deles as finas iguarias e o vinho que deviam beber e lhes dava legumes. Ora, a estes quatro jovens Deus deu o conhecimento e a inteligência em toda cultura e sabedoria; mas a Daniel deu inteligência de todas as visões e sonhos. Vencido o tempo determinado pelo rei para que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe à presença de Nabucodonosor”. Daniel 1.8-18.

Talvez seja em função dos males físicos e espirituais da ganância que a Bíblia recomende a prática do jejum.

O Senhor Jesus recomenda, “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a qual o Filho do Homem vos dará; porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo”, (João 6.27).
A nossa oração diante deste pecado é: “Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios. Não permitas que meu coração se incline para o mal, para a prática da perversidade na companhia de homens que são malfeitores; e não coma eu das suas iguarias”. Salmo 141.3-4.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pastor Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O QUE SOBROU DA REFORMA PROTESTANTE

O QUE SOBROU DA REFORMA PROTESTANTE

Alguns reformadores e seus mais preciosos feitos em favor da reforma protestante. Os principais reformadores e o seu impacto na fé cristã.

1. Martinho Lutero (1483-1546). 2. João Calvino (1509-1564). 3. Ulrico Zuínglio (1484-1531). 4. John Knox (1514 – 1572). 5. Jon Huss (1369 – 1415).

Destacamos abaixo estes e mais alguns reformadores e suas obras em favor da reforma protestante.

John Knox: Reformador da Escócia. Preso por pregar em um acampamento em prol da Reforma. Foi ordenado Capelão Real. Pregou várias vezes para o rei. Foi aluno de João Calvino. Fundou a igreja Presbiteriana Escocesa.

Martinho Lutero: Pregou a autoridade das Escrituras acima da tradição. Condenou a cobrança de indulgências. Pregou a justificação somente pela fé. Elaborou e divulgou 95 teses que combatiam erros doutrinários Católicos. As cinco solas. Destacou a Soli Deo Gloria.

Guilherme Farel: Excelente pregador suíço. Zeloso pelo avanço do evangelho. Insistiu para que Calvino ficasse em Genebra. Celebrou O casamento de João Calvino. Braço direito de João Calvino.

João Calvino: Estudou Direito e Literatura, Que foram essenciais para suas obras. Estruturou a religião Cristã em suas Institutas. Foi pastor, professor, escritor e estadista. Escreveu comentários de quase todos os livros bíblicos, tratados e cartas a reformadores e autoridades.

Úlrico Zuinglio: Zuínglio foi o líder inicial da reforma. Protestou contra o jejum da quaresma e o celibato clerical, implantou a reforma protestante em Zurique na Suíça, foi morto em combate na Batalha de Keppel. Independentemente de Martinho Lutero, que era doctor biblicus, Zuínglio chegou a conclusões semelhantes pelo estudo das escrituras do ponto de vista de um erudito humanista. Zuínglio não deixou uma igreja organizada, mas as suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas.

Hoje o modernismo teológico exerce uma influência contrária aos princípios e bases da reforma e modificou toda a estrutura do cristianismo reformado.

Já não temos mais motivos para comemorar a reforma protestante de Martinho Lutero e de outros inspirados reformadores.

Será que temos alguns motivos para comemorar a reforma de Martinho Lutero? Os tempos são outros e a nossa realidade de hoje nos leva a grandes desafios, mas as “cinco solas” defendendo a nossa contextualização de fé, está viva e ativa.

O Dia da Reforma Protestante é comemorado no dia 31 de Outubro de todos os anos.

O Dia da Reforma Protestante é celebrado pelos Luteranos e outras igrejas cristãs que tiveram como origem, mesmo que distante, a Reforma Protestante iniciada por Martinho Lutero, no dia 31 de Outubro de 1517.
Em 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses na porta da Catedral de Wittenberg (Alemanha). Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”. A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja.
Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada “a igreja”, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus Cristo e da Bíblia, Lutero se tornou o reformador de uma igreja corrupta. O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos lideres religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.

A igreja reformada está sempre se atualizando dentro do contexto do original da reforma, mas para ser verdadeira não deve se contaminar com o modernismo teológico que vem se distanciando da verdade.

A verdadeira Igreja neotestamentária não se moderniza mas sempre se atualiza sob a direção do Espírito Santo.

Depois de mais de quinhentos anos da reforma, a pergunta que fazemos é: “ Vamos celebrar ou vamos gritar por socorro e orar para termos uma nova reforma”?

O que pesa mais e o quê é mais urgente? Temos razões para celebrar ou razões para clamar por uma nova reforma? Estes são desafios constantes da igreja no decorrer dos anos.

É só darmos uma olhada em  que se transformaram as 5 solas da reforma defendidas por Martinho Lutero.

Primeiro: Deturparam a Sola Gratia, que é o fato de crermos que o ser humano é salvo somente pela graça e não pelas obras.

A igreja evangélica moderna virou um restaurante com um cardápio rico de ofertas  que servem para todos os gostos, onde pagamos e podemos comer o que queremos e o quanto queremos. São igrejas evangélicas de todos os tipos e para todos os sabores, ao sabor de tudo aquilo que cada um pode pagar. Aquela história bíblica que diz “de graça recebestes, de graça dai",  já não existe mais. A igreja missionária de fato que fazia a obra por amor, acabou. Tudo hoje tem seu valor. Para a “igreja mercantil” deste século, só se consegue alguma coisa com Deus se os semideuses da terra interceder por seus escravos religiosos que pagam altos valores financeiros para ficarem mais ricos. É a loteria da fé.

A igreja moderna, com raras exceções, ensina a ter fé na fé de líderes evangélicos que não são nada mais que mercadores de milagres e mercenários da fé  em Deus ou nos "semi deuses" de plantão que prometem de tudo para convencer aos seus fiéis que eles têm mais poder do que os outros pregadores. Segundo estes tais “profetas milagreiros”  "você pode operar seu milagre" exigindo de Deus ou "prensando Deus na parede" e o milagre acontecerá. Estamos contaminados com os ensinos da confissão da fé positiva, do humanismo, do mentorismo, do coltismo, do ocultismo e todos os tipos de líderes que oferecem de tudo, menos a salvação, de graça e pela graça, em Jesus Cristo pela fé, como Jesus ensinou em Mateus 11.28-30.

Pregam que devemos exigir de Deus nossos direitos, que nunca existiram, nós somos meras e frágeis criaturas. Jesus ensinou a orarmos "se for da tua vontade"; os adeptos da confissão da fé positiva dizem que orar assim demonstra falta de fé.

Segundo. Deturparam a Sola Scriptura.
A igreja moderna prega sobre a bíblia, mas não prega a bíblia , se informa sobre a bíblia mas não analisa a bíblia. Nossos cultos estão sobrecarregados com uma liturgia pesada onde não há tempo para pregar a bíblia  apenas informar sobre ela. Quanta diferença daquilo que o reformador Calvino ensinou com o que os pastores da atualidade pregam.

Vejamos algumas distorções que são bem visíveis hoje daquilo que é o essencial para o Cristão aprender e viver neste tempo da graça.

Calvino pregou 46 sermões em tessalonicenses; 186 em Coríntios; 159 em Jó; 200 em Deuteronômio; 353 em Isaías; 127 em Genesis, dentre tantos outros. Devemos analisar tudo aquilo que estamos pregando.

Terceiro. Deturpação do Solus Christus. Precisamos entender que Cristo não é um acréscimo à fé, Ele é a pedra angular da esquina que sustenta toda a nossa fé.
Ele e somente Ele é suficiente para nós.
O Cristo da reforma é suficiente devido Sua obra, devido a tudo que Ele é, e s tudo que representa. Ele é Senhor e Salvador daqueles que nEle crê. Jesus Cristo não é mais o Senhor e Salvador para muitos pregadores, apenas um fantoche nas mãos deles para gerar rendas, fazendas e riquezas para sí e para sua prole.

Temos a oportunidade de não apenas celebrar, mas de clamar por mudanças, é preciso acabar com o mercado do evangelho e da fé, o evangelho é negociado por elementos sem caráter, portanto é preciso acabar com os shows de determinados líderes evangélicos e voltar aos cultos de oração e pregar que Jesus Cristo é quem salva, cura, liberta, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará para arrebatar a sua igreja. É preciso voltar a nos alegrar por termos nos nossos púlpitos "servos do Senhor", e não, "ilustres sábios e entendidos adivinhadores e aproveitadores da fé alheia". Que Deus continue reformando a igreja que um dia no passado já foi reformada e que se esqueceu dos princípios basilares do Cristianismo e que os reformadores do passado dedicaram suas vidas e até com sacrifício próprio para trazer sempre viva a ação do Espírito Santo para aqueles que o buscam.

Quarto. Deturparam também o Sola Fide.

Transformaram o poder da fé de Hebreus 11.1 e textos correlatos da Bíblia em glórias para os homens e seus suntuosos templos e para os nomes de suas igrejas; as pessoas tem que ter fé no pregador, tem que ter fé no nome da igreja, é um verdadeiro comércio da fé. Uma verdadeira venda de indulgências da era moderna do evangelho da pós modernidade. Deus tenha misericórdia de sua igreja lavada e remida no sangue de Cordeiro. Deus tenha misericórdia dos crentes verdadeiros que ainda preservam o verdadeiro evangelho e estão esperando, pela fé, Jesus Cristo voltar para arrebatar a sua noiva, a igreja.

Quinto. Deturparam o Soli Deo Glória.

A glória devida a Deus não é mais para Deus,  mas para os líderes religiosos, pregadores e cantores gospel, que não respeitam mais os púlpitos, não têm mais a reverência exigida e devida pelo ambiente, não tem mais o respeito pelo público e nem pela casa de Deus que é o templo.

Fazem uso indevido da Bíblia, com relação ao templo, e transformam a casa de Deus, os instrumentos consagrados ao Senhor, os objetos necessários para o bom funcionamento do culto, como também transformam os locais separados para o culto ao Senhor em danceterias, com tudo de extravagâncias e coisas inapropriadas que ao local não convém, pintam com a cor das trevas, colocam luzes de efeitos especiais como nos carnavais. Deus não é honrado mais nestes lugares, a glória já não é mais de Deus.

Ao estudarmos sobre a glória de Deus, a Bíblia admite que este assunto de infinito valor teve sua ação poderosa na criação. Brilhou, assim como era. A glória de Deus é o resplendor da sua santidade, a irradiação do seu valor infinito. E quando ela flui, é vista como bela e grandiosa. Ela tem tanto a qualidade de ser infinita quanto a magnitude do Deus de infinito poder de ação. Desta forma, podemos definir a glória de Deus como a beleza e a grandeza da sua multiforme perfeição. O homem natural não entende isso e não compreende o alcance da glória de Deus porque o ser humano é limitado em sua essência desde a criação.

A graça de Deus é a “multiforme perfeição”, porque a Bíblia diz que todos os aspectos específicos do ser de Deus contêm glória. Por exemplo, lemos sobre a “gloriosa graça” (Efésios 1:6) e “a glória do seu poder” (2 Tessalonicenses 1:9). O próprio Deus é glorioso, pois Ele é a perfeita união de todas as suas multiformes e gloriosas perfeições.

A Bíblia também fala da glória de Deus antes de ser revelada na criação. Por exemplo, Jesus orou: “e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo”, (João 17:5). Portanto a glória de Deus é o esplendor externo da beleza intrínseca e grandeza da sua multiforme perfeição.

Os reformadores antes e depois de Martinho Lutero.

Outros nomes foram muito importantes na reforma: João Calvino, Filipe Melanchton, Ulrich Zuínglio, Martim Bucer, Menno Simons, John Knox e tantos outros, inclusive pré reformadores como John Huss e Wycliffe. Os movimentos de santidade da Grã-Bretanha no Séc. XVIII com Jonh Wesley que “sentiu seu coração estranhamente aquecido”, seguido do movimento pentecostal no inicio do Século 20, com o batismo no Espírito Santo e resgate dos dons espirituais, línguas e profecias são ainda desdobramentos da reforma, em aspectos não contemplados no Sec. XVI. A reforma do ponto de vista religioso permitiu que a igreja resgatasse as verdades do evangelho e voltasse ao seu eixo de funcionamento, voltando à coluna da verdade.

Como a história não é linear, mas pendular e cíclica, algumas questões ficam apenas para reflexão.

Não estaríamos hoje precisando de uma reforma na igreja protestante? Não existem práticas do catolicismo medieval presentes hoje de diferentes formas na igreja protestante que ferem “os solas”?

Quais aspectos ainda carecem de reforma? Teríamos hoje homens com a coragem e tenacidade dos reformadores do século XVI? Deus levante essa geração que tem muitos desafios pela frente diante das teologias modernas e modernistas.

As Teologias modernas nas igrejas evangélicas e seus desafios.  

A Teologia da prosperidade se tornou um dos maiores desafios da igreja moderna. Ela leva em seu bojo a pecha de desbancar a igreja espiritual que era para ser uma igreja da prosperidade em primeiro lugar.

Há uma convocação “santa” para o que é chamado neopentecostalismo, apesar de muito criticado em função da ênfase no repasse do dízimo pelos fiéis à igreja, não é uniforme em relação a isso. Se uma determinada denominação defende a teologia da prosperidade (financeira, familiar, de saúde etc.) e enfatiza a questão do dízimo, outras, com número similar de fiéis, “é mais cuidadosa em relação ao dízimo”, além de ser mais horizontalizada em sua estrutura, afirmou. “No entanto, ambas são conservadoras em relação a pautas como o aborto, drogas e homossexualismo”, por isso a ligação é forte das igrejas, dos líderes religiosos evangélicos com a política e os políticos; esta ligação é tão forte que chega a convencer e corromper os fiéis. 

Destaca-se que esta diversidade das igrejas só prejudica as mesmas e seus fiéis, “Se alguém não está contente com sua igreja, pode abrir outra do lado”, é o que dizem. Comenta-se ainda que dos 62 milhões de evangélicos do país, 15 milhões integram igrejas que a maioria das pessoas nunca ouviu falar delas e que possuem apenas de um a três templos.

É possível alcançar uma nova Reforma das doutrinas bíblicas para igreja nos nossos dias?

Depois de passados mais de 500 anos, muitas pessoas se perguntam se é possível uma nova Reforma Protestante. Essa questão surge da constatação da realidade lamentável em que se encontra grande parte das comunidades protestantes atualmente. Todavia, é claro que uma reforma como a que ocorreu no século 16 não será mais possível.

Como vimos, uma série de fatores num ambiente histórico específico convergiram para o fenômeno da Reforma Protestante. Obviamente isso nunca mais se repetirá. Além do mais, quando a Reforma aconteceu só havia na visão dos reformadores uma única igreja que precisava ser reformada, era a que eles pertenciam e que se distanciou tanto da verdade.

Já na atualidade, temos milhares de igrejas que se distanciaram em menor e maior grau das Escrituras. Isso significa que embora uma Reforma Protestante como a que teve lugar no século XVI não seja mais possível de se realizar, a verdade é que a igreja continua clamando por reforma, continua clamando a Deus por um novo avivamento semelhante ao que aconteceu na rua Azuza nos Estados Unidos nos primeiros anos do século passado.

Independentemente da época, Satanás sempre levanta seus agentes para tentar distorcer e manipular a Palavra de Deus. Então os verdadeiros cristãos, os verdadeiros adoradores que adoram a Deus em espírito e em verdade continuam adorando a Deus por tudo, todos os dias. Diariamente somos apresentados diante de novos desafios em que é preciso defender a causa do Evangelho.

Por esse motivo a frase do teólogo reformado Gisbertus Voetius (1589-1676) é tão pertinente: “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est”, que significa: “A Igreja é Reformada e está sempre se reformando”.

Apesar de também ser muito distorcida por grupos de pseudo cristãos, essa frase indica a necessidade constante de a Igreja estar preocupada em se parecer mais e mais com Cristo e em sempre se aproximar das Escrituras como seu alvo principal. A Igreja deve manter em mente que a Palavra de Deus jamais muda.

É por isso que o grande destaque da reforma não foram as 95 Teses de Lutero, ou os 67 Artigos de Zuínglio, nem mesmo as Institutas de Calvino. O grande destaque da Reforma Protestante foi e sempre será a Bíblia, a Palavra de Deus que continua viva e eficaz em todos os séculos e épocas.

Quando falamos em Reforma, sempre lembramos mais dos nomes como Lutero, Calvino e Armínio. E, com certeza, estes são uns dos principais nomes que deram o “pontapé inicial” da revolução eclesiástica de transformação e de volta aos princípios básicos da fé cristã naquela época e em nossos dias.

Um personagem que não se destaca muito no meio reformado e que muitas vezes é mal compreendido, que foi tratado como herege após a sua morte, mas até hoje sua vida, teologia e pensamento influenciam toda a igreja cristã é o teólogo holandês Jacó Armínio, por isso o citamos junto com os reformadores. (1560-1609).

Jacó Armínio é lembrado nos anais da história da igreja como o controverso pastor e teólogo holandês que escreveu inúmeras obras, acumulando três grandes volumes, defendendo uma forma evangélica de sinergismo (crença na cooperação divino-humana na salvação) contra o monergismo (crença de que Deus é a realidade totalmente determinante na salvação, que exclui a participação humana).

Essa visão monergista foi ensinada por João Calvino e seus seguidores, e está registrada no livro do mesmo chamado As Institutas.
A importância de Armínio para a Reforma é inegável, mesmo que fosse contra os ensinos dos líderes de sua época. Vamos enumerar apenas dois fatores que mostram sua importância:
Em primeiro lugar, toda a igreja cristã em sua época estava focada na doutrina da predestinação absoluta, ou, dupla predestinação. Muitos teólogos, com seus posicionamentos doutrinários, davam a entender que Deus, o autor de todas as coisas, também é o autor do pecado. Enalteciam a soberania de Deus, mas degradavam outros atributos, como seu amor e justiça.

Em segundo lugar, Armínio resgatou as doutrinas sinergistas ensinadas pelos primeiros pais da igreja antes de Agostinho. Teólogos como Irineu, Ambrósio, Tertuliano, entre outros, tinham Deus como autor da salvação pela graça, havendo uma cooperação humana.

Inicialmente, o próprio Agostinho, ensinou o sinergismo evangélico, e foi este mesmo pai da igreja que trouxe o conceito da “graça preveniente”, usado posteriormente por Armínio. Esta graça, para Armínio, era a capacitação inicial da salvação, dando ao homem o poder de receber de Deus todo o plano que Ele já havia estabelecido. Armínio nunca exaltou o livre arbítrio humano, mas exaltava a graça como fator inicial, cooperante e efetivo na salvação. Como ele mesmo disse: "Nenhum homem crê em Cristo a menos que tenha sido previamente disposto e preparado pela graça preveniente”.
É incontestável a importância e a participação de Armínio na Reforma. Numa época em que o caráter de Deus era maculado, fazendo com que o Deus Santo se tornasse o autor do pecado, Armínio resgatou as doutrinas primárias da igreja, cristalizando a visão do Deus das Escrituras, como o Deus: Amoroso, Justo e Soberano sobre todas as coisas.

Os reformadores não descobriram novas doutrinas, mas apenas redescobriram as verdades imutáveis das Escrituras que tinham sido escondidas pelo entulho das tradições religiosas e humanas da igreja oficial de Roma. Isso significa que o verdadeiro agente reformador da igreja não foi nenhum desses nomes, mas o próprio Espírito Santo de Deus.

A Igreja genuína continua em reforma porque ela é Templo do Espírito Santo, e jamais deixará que tradições ou mesmo inovações e pensamentos relativistas e subjetivos soterrem a verdade do Evangelho. A Reforma Protestante do século 16 faz o cristão se lembrar da necessidade de não se dobrar ao pecado e da importância de se retornar às Escrituras quantas vezes forem necessárias.

O Salmo 125: 1,2 nos diz o seguinte:

1.  Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.

 2. Como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo, desde agora e para sempre.
Aqueles que confiam no Senhor serão arrebatados e deixarão esta terra. Estaremos com Cristo Jesus na glória celestial junto ao nosso Deus e pai. Glórias a Ele para sempre e eternamente. Amém.

Deus abençoe você e sua família.



Pr. Waldir Pedro de Souza.

 Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

MOTIVOS PARA PARTICIPARMOS DA SANTA CEIA DO SENHOR

MOTIVOS PARA PARTICIPARMOS DA SANTA CEIA DO SENHOR.

 

Temos muitos motivos especiais para participarmos da comunhão dos santos.

2 Coríntios 4:7-10 nos diz:

7. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

8. Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados;
9. perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10. trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos.

Motivos não faltam para participarmos da Santa Ceia do Senhor que é a comunhão dos santos. Mc. 14.22-25.

A Santa Ceia do Senhor é um sinal visível, no qual o Cristo crucificado é colocado diante de nós; vejam bem o que é e deve ser considerado, temos que valorizar ou valorar o Senhor Jesus pregado na cruz e não dar valor ou consideração à cruz na qual Jesus foi pregado. A Santa Ceia do Senhor  é o sacramento do Novo Testamento, é a ordenança pela qual recebendo o pão e o vinho, temos comunhão com Cristo Jesus sendo nós participantes da Sua carne, do Seu sangue e dos benefícios que advêm da Sua morte vicária e Sua ressurreição dentre os mortos.  

A Santa Ceia do Senhor é o sacramento, o mandamento  no qual dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instrução do Senhor Jesus se anuncia a sua morte, e aqueles que participam dignamente tornam-se não de uma maneira corporal e carnal, mas pela fé, participantes do seu corpo e do seu sangue com todas as suas bênçãos para o seu alimento espiritual e crescimento em graça ao nascer de novo nas águas do batismo.

Antes de o Senhor Jesus Cristo deixar a terra, ele estabeleceu duas ordenanças para a igreja na terra. Elas são o Batismo nas águas e a Santa Ceia do Senhor. Nem uma ordenança tem qualquer poder salvador, mas, o batismo é uma ordenança de identificação, enquanto a Ceia do Senhor é uma ordenança de comemoração, portanto Ele disse "fazei isso até que Eu volte”.

Vejamos alguns motivos porque devemos participar da Santa Ceia do Senhor.

1. Por obediência ao Senhor Jesus e por obrigação porque é uma ordem do Senhor Jesus. Mt. 26.26. E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo que é partido por vós”. “Fazei isso em memória de mim".

2. Em memória da morte do Senhor Jesus.  Lc. 22.19. E, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. 

I Co. 11.24. E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim.

25. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento (uma nova aliança) no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.

3. Para confessar que, pelo sangue de Jesus, temos o perdão. Mt. 26.28. Porque isto é o meu sangue, o sangue do Novo Testamento, (da nova Aliança) que é derramado por muitos, para remissão dos pecados.

4. Para ter comunhão com Cristo e com os crentes. 1 Co. 10.16. Porventura o cálice de bênção, que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é porventura a comunhão do corpo de Cristo?

17. Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão.  

5. Para participar da vida eterna. Jo.6.54, 55,56,58. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.

55. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.

56. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele.

58. Este é o pão que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná e morreram; quem comer este pão viverá para sempre. 

6. Para oferecer gratidão e adoração. Ap. 5.9. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue nos compraste para Deus de toda a tribo, e língua, e povo, e nação;

13. ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que estão no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre.

14. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se, e adoraram ao que vive para todo o sempre.

7. Para anunciar a volta do Senhor. 1 Co. 11.26. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

8.  Portanto a Ceia do Senhor é um memorial, é em memória do que Jesus estabeleceu para a Sua Igreja, é um momento de reflexão, de lembranças e de regozijo. Ela nunca deve ser celebrada sem um exame aprofundado do nosso coração. Todos nós devemos examinar a nós mesmos antes de tocar, antes de pegar os elementos da Santa Ceia do Senhor. Portanto, venhamos a Ele com um coração puro e uma mente purificada pelo sangue de Jesus.

9.   É necessário participarmos da Santa Ceia do Senhor com os corações agradecidos, cheios de amor, reconhecidos de nossas próprias fraquezas, mas purificados, limpos, lavados e remidos pelo Senhor Jesus.

Portanto, participemos do corpo e do sangue do Senhor Jesus com confiança, arrependidos, humildes, cheios de amor, e seremos profundamente abençoados pelo Senhor cujos elementos O representam.

A palavra Comunhão vem do grego Koynonia e significa participação comum; é mais que amizade, mais que se sentir como pessoa amiga, é mais que se sentir pessoa da família; existe uma correlação de intimidade com o Espírito Santo de Deus de tal forma que a pessoa sente que faz parte de um povo que tem compromisso com Ele.

10. A Igreja Primitiva perseverou na doutrina dos apóstolos, na comunhão (incluindo a Ceia do Senhor), no partir do pão e nas orações; por isso se tornou tão forte. A comunhão dos primeiros cristãos chamou a atenção da sociedade e, conforme a perseguição aumentava, mais unida a Igreja ficava.

11. O apóstolo Paulo nos ensina que Deus nos chamou a viver em comunhão com Jesus e uns com os outros. “Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de Seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor”. (1 Co 1.9).

As muitas bênçãos que são visíveis na comunhão dos santos.

1. Generosidade, (At 2.44-45 e 4.32-35). Havia na Igreja Primitiva um compartilhar até de bens materiais e, por essa razão, não havia nenhum necessitado entre eles, um exemplo disso é o da igreja da Macedônia que socorreu a igreja em Jerusalém. Quando temos alguns irmãos nossos em apuros, desempregados, doentes ou em outras situações indesejáveis como a daqueles que perdem seus ente queridos que são os provedores da família  então a igreja deve praticar o amor verdadeiro de repartir o pão e não deixar faltar alimentos na mesa destes irmãos. Ao fazer isso, ao praticar a generosidade, estamos seguindo o exemplo do Senhor Jesus que se entregou para morrer em nosso lugar.

2. Alegria, (At 2.46). Os irmãos estavam juntos: estudando a palavra de Deus louvando, participando da Santa Ceia; e comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Acontece uma verdadeira atração para os de fora. A comunhão entre o povo de Deus exerce uma influência benéfica sobre os pecadores porque eles observam que os crentes em Jesus são amigos de verdade. E isso se torna um fator evangelístico poderoso (At 2.47). Jesus disse que, se vivermos em unidade, em comunhão, o mundo vai crer que Ele é o Messias. (Jo 17.21-23);

3. Compaixão em meio ao sofrimento. Em Hebreus 10.32-34, o autor do livro lembra os cristãos que eles já haviam sido coparticipantes com os que sofreram humilhações, perseguições e que se compadeceram dos encarcerados.

Compaixão é comunhão nos sofrimentos, é a mais alta expressão da comunhão solidária. Por isso, devemos constantemente orar e contribuir em favor da Igreja sofredora em todas as partes da terra.

4. Vida abundante e Contagiante. “É como óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce para a barba, a barba de Arão, e desce para a gola de suas vestes”, (Sl 133.2). Neste versículo, a comunhão é comparada a um óleo perfumado, que desce da cabeça para a barba e para a gola de suas vestes. Onde houver um povo, um grupo vivendo essa comunhão, o bom perfume de Cristo será exalado; o mundo ao seu redor fica alegre com o cheiro do perfume de Cristo em sua vida.

5. Abençoa até os que estão longe, (Sl 133.3a). O salmista compara a comunhão dos santos ao vento que leva o orvalho do Monte Hermom, do Norte ao Sul de Israel;

6. Na comunhão dos santos, o Senhor ordena “a bênção e a vida para sempre”, (Sl 133.3b). Na comunhão dos santos, o Senhor ordena muitas e muitas bênçãos para todos os participantes. A Koynonia (Comunhão dos santos, Santa Ceia do Senhor), gera um ambiente propício ao crescimento espiritual, à cura até daquilo que não tem cura, à cura emocional, a cura da ansiedade, da depressão, curas físicas e emocionais, à purificação de pecados, por meio da confissão; Se nos examinarmos a nós mesmos honestamente, desfrutaremos da comunhão com Deus e com o seu povo na Ceia do Senhor. Se participarmos de uma família como irmãos em Cristo, estaremos recebendo as bênçãos e a vida do Senhor, constantemente.

Tiago 5.7-20 nos dá um parâmetro do que é uma vida de comunhão e de santificação plena com Deus.

7. Sede, pois, irmãos, pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador espera o precioso fruto da terra, aguardando-o com paciência, até que receba a chuva temporã e serôdia.

8. Sede vós também pacientes, fortalecei o vosso coração, porque já a vinda do Senhor está próxima.

9. Irmãos, não vos queixeis uns contra os outros, para que não sejais condenados. Eis que o juiz está à porta.

10. Meus irmãos, tomai por exemplo de aflição e paciência os profetas que falaram em nome do Senhor.

11. Eis que temos por bem-aventurados os que sofreram. Ouvistes qual foi a paciência de Jó e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é muito misericordioso e piedoso.

12. Mas, sobretudo, meus irmãos, não jureis nem pelo céu nem pela terra, nem façais qualquer outro juramento; mas que a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação.

13. Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores.

14. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor;

15. e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.

16. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.

17. Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra.

18. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.

19. Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter,

20. saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.

As nossas bênçãos chegarão. Em Apocalípse 2.10 temos a palavra chave do segredo da vitória.

“Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida”.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.