segunda-feira, 21 de março de 2022

O SOCORRO DE DEUS PARA LIVRAR O SEU POVO

O SOCORRO DE DEUS PARA LIVRAR O SEU POVO

 

No Salmo 138 encontramos uma linda história do socorro de Deus para o povo de Israel.

Seja no tempo de guerra, seja no tempo de paz, o Senhor dos exércitos está sempre guardando e protegendo o seu povo na face da terra.

A Bíblia registra histórias que revelam claramente o socorro de Deus para livrar o seu povo, não só coletivamente, mas também individualmente. Uma dessas histórias diz respeito ao período em que o povo judeu estava exilado e subjugado sob o domínio persa, ( a antiga Pérsia é hoje o Irã, que teve o seu nome mudado de Pérsia para Irã em 1935). Foi nesse período de domínio Persa no Antigo testamento que ocorreram os fatos descritos no livro de Ester.

Nesta postagem  meditaremos sobre o grande livramento que o Senhor concedeu aos judeus durante aquele tempo. Veremos como o socorro de Deus se revelou de forma extraordinária em favor de seu povo.

 

O contexto do socorro de Deus

Sabemos que o povo judeu havia sido levado cativo para a Babilônia sob o governo de Nabucodonosor. Após o Império Babilônico ter caído perante a conquista persa, os judeus continuaram exilados.

O livro de Ester registra exatamente esse período. Naquele tempo o Império da Pérsia estava sendo liderado por Xerxes I (Assuero). Tal como havia sido revelado ao profeta Daniel, o rei Assuero acumulou grandes riquezas, mais do que todos os seus antecessores. (Daniel 11:2).

Ainda conforme a revelação dada a Daniel, Xerxes empreendeu grande número de campanhas militares contra a Grécia, começando em 480 a.C. É exatamente esse o contexto histórico que envolve os fatos narrados no livro de Ester.

Muito provavelmente numa reunião para tratar de assuntos relacionados às ofensivas contra a Grécia, ocorreu o episódio narrado no capítulo 1. Na ocasião Assuero promoveu uma grande festa. Quando já estava embriagado, ele resolveu exibir sua esposa, a rainha Vasti, aos seus convidados. Por ter recusado obedecer a ordem de Xerxes, Vasti foi deposta de sua posição.


O socorro de Deus começava a se revelar.

Possivelmente após cerca de quatro anos que Vasti havia sido destituída, Assuero foi aconselhado por alguns de seus servos a escolher uma nova rainha. O texto de Ester 2:1 talvez demonstre que Assuero havia se arrependido do que fez contra Vasti. No entanto, a legislação persa tornava a sua ação irrevogável.

O rei seguiu o conselho dos servos a fim de arrumar uma nova esposa. Ele deu ordens para que as moças virgens e formosas de todas as províncias fossem reunidas e trazidas como candidatas ao palácio em Susã. Entre essas moças estava Hadassa, nome hebraico de Ester.

Ester era órfã e tinha sido criada por Mordecai, seu primo. Mordecai era um homem temente a Deus. Certamente ele educou Ester de acordo com os princípios dos mandamentos do Senhor.

Após um ano de preparação, Ester se apresentou perante Assuero. A Bíblia noz diz que Ester “alcançou favor de todos quantos a viam”. (Ester 2:9,15). Então o rei a amou mais do que todas as mulheres. O texto bíblico informa que “ela alcançou perante ele favor e benevolência mais do que todas as virgens”. (Ester 2:17). Assim, Assuero lhe fez rainha em lugar de Vasti entre 479 e 478 a.C.

As qualidades demonstradas por Ester claramente eram resultado da providência divina, do socorro de Deus para livrar o seu povo (Ester 2:17;5:2).

 

Uma grande crise precede o socorro de Deus

Após Mordecai descobrir um plano de dois eunucos que desejavam matar o rei, quem acabou sendo exaltado e reconhecido foi Hamã, um de seus ministros. Esse grande contraste entre a promoção de Hamã e a falta de reconhecido para com Mordecai é característico da narrativa do autor desse livro.

Depois de ter sido promovido, Hamã ficou furioso pelo fato de Mordecai não lhe render as honras pretendidas. Isso significa que Mordecai não se inclinava perante ele. Apesar da origem de Hamã ser incerta, é possível que ele tenha sido um descendente de Agague, o rei dos amalequitas. Os amalequitas eram inimigos mortais do povo judeu. Caso isto esteja correto, então podemos compreender um possível motivo para a recusa de Mordecai.

O invejoso e perverso Hamã não conseguiu tolerar o comportamento de Mordecai. Ele arquitetou um plano para matar não somente a ele, mas a todo povo Judeu. O plano de Hamã era um verdadeiro genocídio. Ele não dava nem mesmo a oportunidade dos judeus se defenderem. (Ester 3:7-15). Hamã conseguiu persuadir Assuero, e o extermínio dos judeus foi decretado.

Quando soube do que estava acontecendo, Mordecai rasgou suas vestes, vestiu-se de pano de saco, cobriu-se de cinzas e levantou um grande clamor. A mesma atitude foi tomada por todos os judeus, por solicitação as rainha Ester, que ouviam as notícias sobre o decreto nas diferentes províncias.

 

Deus socorre o seu povo de acordo com seu propósito.

Mordecai procurou Ester para que ela fizesse algo a respeito. A princípio Ester se mostrou temerosa, pois ninguém podia entrar na presença do rei sem que ele convidasse.

 

Naquele momento já fazia algum tempo que o rei não convidava Ester para estar diante dele.

Mas Mordecai lembrou Ester que a posição que ela ocupava poderia fazer parte do propósito do Senhor para socorrer o seu povo. Mordecai também disse que mesmo que ela não fizesse nada, certamente o socorro de Deus se levantaria de outra parte (Ester 4:14). Nesse momento Mordecai teve uma demonstração exemplar de confiança em Deus em meio às adversidades.

Ester orou e jejuou. Com sabedoria da parte do Senhor, ela procurou o rei e o convidou, juntamente com Hamã, para um banquete. Depois outro banquete também foi marcado. Nesse segundo banquete, Ester contou ao rei sobre o plano que havia contra ela e seu povo, desmascarando Hamã. Ali já se revelava claramente o socorro de Deus para livrar o seu povo.

É importante saber que até aquele momento Ester não havia falado que era judia. Isso explica a grande perturbação que acometeu Hamã na ocasião. Hamã não sabia que a rainha era judia. Ele ficou tão desesperado que chegou a ser acusado assediar a rainha quando tentou lhe rogar que ela tivesse piedade de sua vida (Ester 7:6-10).

 

O socorro de Deus vem no momento certo

Hamã foi enforcado na mesma forca que havia preparado para Mordecai. O decreto do imperador da Pérsia não podia ser revogado, porém um novo decreto concedendo aos judeus direito de legítima defesa foi estabelecido.

Assim, os judeus puderam resistir aos seus inimigos e mataram setenta e cinco mil adversários. Estima-se que havia naquela época cerca de três milhões de judeus nas províncias persas. Esse número explica a possibilidade de haver tantos inimigos contra eles. Mordecai também foi levantado como segundo homem depois do rei, exatamente o mesmo posto que havia sido ocupado por Hamã.

Apesar de algumas pessoas erroneamente tentarem utilizar a história descrita no livro de Ester para justificar um falso evangelho de triunfalismo e prosperidade, obviamente esse não é o foco da narrativa desse livro. Na verdade o livro de Ester nos ensina que muitas vezes o povo de Deus passa por intensos sofrimentos e perseguições.

Os crentes realmente enfrentam períodos de crise e desespero. Mas em momentos assim, os cristãos devem buscar a ajuda do Senhor e permanecer fieis a Ele, ainda que essa fidelidade lhes custem a vida. Deus é o Senhor da História; Ele controla e governa todas as coisas. Então sem dúvida o socorro de Deus vem no momento certo. O socorro de Deus para livrar o seu povo conforme registrado no livro de Ester revela a soberania divina no cumprimento de seus propósitos.

 

Quando acaba todas as nossas forças algo de Deus acontece para nos socorrer.     

Há um mistério no esgotamento, quando acabam todas as nossas forças e se esvaem completamente todas possibilidades humanas  costuma ocorrer o milagre.

Vejamos o exemplo de Hagar. Ela estava no deserto com seu filho Ismael, adolescente, sem água e sem comida e não tendo como seguir em frente e nem como voltar assentou-se a uma certa distância de seu filho para morrer,  quando lhe aparece o anjo do Senhor e faz aparecer uma poça  d'água cristalina e lhe dá saúde e forças para voltar e fazer nascer um dos povos mais fortes da da terra, os Árabes.

Abraão já amortecido próximo dos cem anos e Sara sua mulher com 90 anos quando humanamente era impossível, recebe o poder e gera o filho Isaque e também faz dele um dos povos mais poderosos da terra, Israel.

Elias depois de ter matado os 450 profetas de baal e fugia de Jezabel, correu até esvair todas as forças e esgotado deitou debaixo de um zimbro à beira do caminho para morrer, veio o anjo do Senhor e lhe deu pão e água, ele recobrou as forças e correu e caminhou alternadamente 40 dias e 40 noites sem se cansar.

Às vezes você que está lendo este texto esteja nas últimas, sem saída e sem esperanças, saiba que você deve seguir em frente enquanto houver uma gota de forças, vá até as últimas consequências, só depois que realmente se esvair todas as forças é que o milagre irá ocorrer, as vezes pensamos que chegou o fundo do poço, más ainda não chegou, vá ainda um pouco mais, sangrando, sem fôlego e sem forças, más arraste pra frente o que puder,  o anjo do Senhor está invisível ao seu lado e materializará só após cem por cento do esgotamento de suas forças.

Quando as nossas forças acabam é que entra em ação um milagre de Deus em nosso favor. Basta a gente crer que o milagre vai acontecer.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 14 de março de 2022

CLAMOR PELAS CRIANÇAS DO BRASIL

CLAMOR PELAS CRIANÇAS DO BRASIL

 

Estou empenhado em incentivar os pastores, líderes evangélicos, líderes religiosos, obreiros em geral e pessoas que se interessarem,  por que é urgentíssimo nós levantarmos um clamor a Deus em favor das crianças do Brasil e de outros países. Sei que todos têm esta mesma preocupação e sabem que o inimigo tem se aproveitado da fragilidade das crianças  para bombardear psicologicamente e espiritualmente as crianças com as coisas do mal.

Sentindo a fragilidade das crianças e diante de tamanha perseguição maligna contra elas resolvi pedir orientação a Deus sobre o que fazer para ajudar os pais e responsáveis por crianças. Deus me orientou que deveria levantar um alerta "urgentíssimo" para realizar um grande clamor no Brasil em favor das crianças. Então comecei uma campanha de oração e clamor a Deus  num domingo dia 24/setembro/2017 em favor das crianças, mostrando aos presentes no culto que "quem ama as crianças,  ora e protege as crianças".

Até o último domingo e  em todos os domingos estou orando e ungindo todas as crianças. Ungimos as que estiverem presentes no culto. Pedi aos pais e responsáveis para se esforçarem mais e trazerem as crianças para a igreja todos os domingos à noite. Se você sentiu no coração de também orar por todas as crianças,  façam isso, por favor. Levem as crianças para a igreja que você frequenta e peça ao seu pastor para orar para seus filhos, ungindo-os com óleo e que repreendam todo mal e toda influência maligna na vida deles e de todas as crianças em nome de Jesus. As crianças precisam da proteção constante dos pais e responsáveis. As crianças precisam das orações dos pais e responsáveis. As crianças precisam da proteção constante do Senhor Jesus, por isso precisamos clamar por socorro de Deus em favor das crianças. Enquanto estou escrevendo esta postagem estou vendo os noticiários da guerra da Rússia contra a Ucrânia, onde dezenas de crianças foram abandonadas pelos pais ou responsáveis, além daquelas dezenas qur foram mortas nessa guerra.

Fatos estarrecedores estão acontecendo também contra as crianças no Brasil. Prestem atenção nas mídias ou redes sociais, nos noticiários de rádio, televisão,  revistas, jornais, pasmem todos, até em materiais escolares foram encontradas matérias inadequadas para as crianças.

No Brasil, a esquerda, socialista e comunista, festejam e aplaudem a liberação do aborto até o 6° mês de gestação, lamentavelmente aprovado na Colômbia recentemente. Trata-se da vida de um bebê que já tem tato, olfato, paladar e que já ouve a voz de sua mamãe. Qual o limite dessa desumanização e de ataques mortais contra um ser inocente e indefeso?

A iniciativa do BK que é uma empresa multinacional e conhecida mundialmente de usar crianças para promover as agendas negativas para as próprias crianças, vem repercutindo entre a parcela conservadora da população, e um líder religioso publicou artigo destacando princípios bíblicos para se opor a essa campanha.

Um líder religioso que é pastor, teólogo e escritor, lembrou que a publicidade vem sendo usada pelas empresas como forma de “sensibilizar o público em geral” em torno da agenda progressista, que inclui a normalização da homossexualidade e da ideologia de gênero.

“Uma empresa de fast-food divulgou uma peça publicitária em que colocava crianças ao lado dos pais ‘explicando’ a eles o significado da sigla LGBTQIA+. Ora, isso não está certo, mesmo porque, usar crianças indefesas para defender uma ideologia seja ela qualquer ideologia, é um verdadeiro disparate”, protestou o pastor.

O pastor constatou no artigo publicado em seu blog que: “em nome do lucro, (a empresa esqueceu que quem lacra não lucra) e não são poucos aqueles que têm preferido aderir à lacração e ao politicamente correto a deixar de lucrar”.

Disse ele: “Entendo que crianças não podem ser usadas para propagação de ideologias politicas, sociais e principalmente sexuais. Entendo também que à luz da Palavra de Deus crianças precisam ser protegidas, amadas, envolvidas, bem como cuidadas. Ademais, ouso afirmar que do ponto de vista das Escrituras Sagradas, as crianças precisam ser tratadas com relevância, importância e zelo”, comentou.

Esse posicionamento, segundo o líder religioso, é ensinado nos evangelhos: “Interessante que o Senhor Jesus ao lidar com os pequeninos repreendeu os discípulos que não queriam que elas se achegassem a ele (Marcos 10:13-16)”.

Na verdade, parece que os discípulos não as consideravam importantes o suficiente para se achegar ao Senhor. Contudo, as Escrituras afirmam que Jesus ao ver a atitude dos discípulos se indignou dizendo que eles não deveriam impedir as crianças de irem a Ele, visto que das tais é o Reino dos Céus.

Ao final do artigo de reprovação da campanha do BK, o pastor pontuou que o simples fato de Jesus tomar as crianças em suas mãos revela que crianças são prioridades para Jesus e não estão fora de sua agenda com a seguinte informação aos seus apóstolos: “das tais é o Reino de Deus“.

Jesus Cristo trouxe as Crianças a si afirmando com isso que elas são importantes e que precisam ser amadas e cuidadas. Por fim, é mister que entendamos que criança não se mistura com ideologia e que uma sociedade que não trata as suas crianças como seu bem maior, não as protegendo de percepções díspares, dá largos passos a um mundo absorto em confusão e afundado na lama da imoralidade, querendo tragar a fragilidade e a inocência das crianças.

 

O quê a Bíblia nos diz sobre a educação das crianças. Lembrando que “A família educa, a escola ensina”.  

O propósito da disciplina é para ajudar as crianças a atingir maturidade, não para enfurecê-los. A Bíblia diz em Efésios 6:4: “E vós, pais, não provoqueis os vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor”.

Qual é o valor de prestar atenção à educação das crianças desde muito cedo? A Bíblia diz em Provérbios 22:6: “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”.

O que espera Deus dos pais enquanto eles educam os seus filhos? Os pais devem ser um exemplo piedoso em palavras e ações; os pais devem ser exemplo, exemplo, exemplo para seus filhos. A Bíblia diz em Deuteronômio 6:6-7: “E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te”.

Deus quer que os pais sejam pacientes. A Bíblia diz em Colossenses 3:21: “Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados”.

O que Deus espera de uma mãe? A Bíblia diz em Provérbios 31:26: “Abre a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência está na sua língua”

A disciplina é uma expressão do amor da parte dos pais. A Bíblia diz em Provérbios 13:24: “Aquele que poupa a vara aborrece a seu filho; mas quem o ama, a seu tempo o castiga”. Lembrando que castigo não é espancamento.

A correção firme e afável ajuda as crianças a compreenderem objetivamente as lições a partir das experiências da vida. A Bíblia diz em Provérbios 29:15: “A vara e a repreensão dão sabedoria; mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe”.

O propósito da disciplina é para ajudar as crianças a atingir maturidade, não para enfurecê-los. A Bíblia diz em Efésios 6:4: “E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor”.

Muitas vezes as crianças pagam as consequências dos pecados dos pais. A Bíblia diz em Êxodo 34:7: “Que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira e quarta geração”. Mais uma vez lembrando que os filhos não são responsáveis pelos erros dos pais conforme Ezequiel 18 que diz,

1.   E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

2. Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?

3. Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que nunca mais direis este provérbio em Israel.

4. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá.
5. Sendo, pois, o homem justo e fazendo juízo e justiça,

6. não comendo sobre os montes, nem levantando os olhos para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua separação;

7. não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, cobrindo ao nu com veste;

8. não dando o seu dinheiro à usura, não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;

9. andando nos meus estatutos e guardando os meus juízos, para proceder segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor Jeová.

10. E, se ele gerar um filho ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu irmão qualquer destas coisas

11. e não cumprir todos aqueles deveres, mas, antes, comer sobre os montes, e contaminar a mulher de seu próximo,

12. e oprimir ao aflito e necessitado, e praticar roubos, e não tornar o penhor, e levantar os olhos para os ídolos, e cometer abominação,

13. e emprestar com usura, e receber de mais, porventura viverá? Não viverá! Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.

14. E eis que, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez, e, vendo-os não cometer coisas semelhantes,

15. não comer sobre os montes, e não levantar os olhos para os ídolos da casa de Israel, e não contaminar a mulher de seu próximo,

16. e não oprimir a ninguém, e não retiver o penhor, e não roubar, e der o seu pão ao faminto, e cobrir ao nu com veste,

17. e desviar do aflito a mão, e não receber usura em demasia, e fizer os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela maldade de seu pai; certamente viverá.

18. Seu pai, porque fez opressão, e roubou os bens do irmão, e fez o que não era bom no meio de seu povo, eis que ele morrerá pela sua maldade.

19. Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá.

20. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

21. Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá.

22. De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou, viverá.

23. Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor Jeová; não desejo, antes, que se converta dos seus caminhos e viva?

24. Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniquidade, e fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu, e no seu pecado com que pecou, neles morrerá.

25. Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi, agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos?

26. Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniquidade, morrerá por ela; na sua iniquidade que cometeu, morrerá.

27. Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida.

28. Pois quem reconsidera e se converte de todas as suas transgressões que cometeu, certamente viverá, não morrerá.

29. Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Não são os meus caminhos direitos, ó casa de Israel? E não são os vossos caminhos torcidos?

30. Portanto, eu vos julgarei, a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Jeová; vinde e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniquidade não vos servirá de tropeço.

31. Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel?

32. Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor Jeová; convertei-vos, pois, e vivei.

 

Mas aqueles filhos que seguem os maus conselhos, os maus pleitos e os péssimos exemplos dos pais e responsáveis, esses sim são os que vão sofrer a condenação até a terceira e quarta geração daqueles que não temem ao Senhor.

Como Deus deseja que os filhos se comportem? A Bíblia diz em Efésios 6:1: “Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo”.

 

Deus tem um cuidado todo especial com as crianças.

Todos nós já nos emocionamos com a histórias de bebês prematuros que superaram as dificuldades e se tornaram a alegria de seus lares. Pergunte a alguém que viveu essa realidade se não era uma vida que estava ali. Por todo amor que recebi de minha mãe, tenho certeza que a resposta será sim.

Quantas mães e pais não lutam com todas as forças para proteger a vida de um filho que nasceu prematuro? Quantos não choram quando perdem essa batalha? Essa luta nunca foi nem nunca será em vão. Ela existe porque existe uma vida humana a ser protegida ali. Um filho (a) é considerado como tal desde a concepção.

 

Este ano de 2022 é um ano de eleições e muitos dos candidatos são contra a obra de Deus, são contra família, são contra os valores cívicos, éticos, morais e principalmente são contra qualquer tipo de liberdade no bom sentido da palavra. Eles sempre se apresentam como sendo em favor dessas causas e até dão boas ofertas, gordas ofertas nas igrejas,  para enganar e ludibriar os crentes. Para isso fazem conchavos com pastores e  líderes das igrejas para ganhar votos a favor deles e de seus partidos. Não caiam nessa, pode custar o preço da perca total de sua liberdade e de toda a nação brasileira.

 

Manifestação de um pastor, líder de um grande ministério, sentado ao lado de seus muitos netos.

O mundo precisa de mais crianças.  

A partir do convívio com meus netinhos cheguei a essa conclusão! Não me refiro, “mais crianças” no sentido demográfico-populacional, mas  no sentido existencial. De viver a vida através dos óculos, dos olhares, de uma criança, agindo e reagindo à vida como uma criança.

Foi  o próprio Jesus quem sugeriu isso, quando disse: “Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas”. Ele disse também: “Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus”.

Jesus afirmou categoricamente que só há uma maneira de entrar no Reino de Deus: se convertendo e se tornando como uma criança, através do novo nascimento, a partir da compreensão do evangelho e do nascer de novo.

Viver como uma criança nos capacita a construirmos um mundo melhor, mais humano, mais tolerante, mais justo, mais simplificado, mais desarmado da arrogância e menos suscetível à ira e ao melindre e a vivermos mais parecidos com Jesus, sendo autênticos cristãos, ou seja, pequenos cristãos como as crianças.

Vejam como as crianças vivem, como elas enxergam o mundo, como elas agem e reagem diante das circunstâncias da vida, quer sejam boas ou ruins. Observem que, minutos depois de as termos repreendido e disciplinado, elas simplesmente nos abraçam e não guardam nenhum tipo de rancor ou ódio. Perdoam com uma facilidade incrível.

Vejam como as crianças são simples e preferem as rotinas simples da vida à terem uma agenda cheia de complicações. E como elas são puras. E como elas são sinceras. E como elas são autênticas.

Vejam a imaginação das crianças, de como é aguçada, vibrante. Toda criança sonha, e sonhando dão asas à imaginação e viajam para um mundo encantado, onde não tem espaço para guerras e todos os tipos de competições que levam os seres humanos à cobiça, à inveja, ao egoísmo e à sêde de poder.

Viver como criança, implica em vivermos sem os motivos que nos conduzem a desejar o mal, a induzirmos o mal, a praticarmos maldades.

Aconselho aos que governam as nações e a todo ser humano, que libertem a criança adormecida e enjaulada dentro de si, pois quem não se tornar como uma criança, nunca verá o Reino de Deus.


Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

segunda-feira, 7 de março de 2022

A IGREJA NÃO É MAIS A MESMA, O QUÊ ACONTECEU

A IGREJA NÃO É MAIS A MESMA, O QUÊ ACONTECEU?

 

2 Timóteo 3

1 Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.

2 Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,

3 Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,

4 Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,

5 Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

6 Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências;

7 Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade.

8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

9 Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles.

10 Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, amor, paciência,

11 Perseguições e aflições tais quais me aconteceram em Antioquia, em Icônio, e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou;

12 E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.

13 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.

14 Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,

15 E que desde a tua meninice sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

16 Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça;

17 Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra.

 

Depois do ocorrido em 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos o mundo mudou.

Houve grandes transformações sociais, políticas, religiosas e bélicas no mundo inteiro, com todos os países dizendo que trabalha pela paz, mas armando até os dentes para viver em paz com seus vizinhos. É o mundo dos poderosos. Quem manda mais é quem se arma mais. Cada dia uns entram em conflitos diplomáticos e ou bélicos com os outros “que aparentemente são amigos”, que é o caso da Rússia com a Ucrânia, mas o valor das bombas atômicas e da energia nuclear vale mais do que qualquer coisa pra eles. O ser humano tornou-se simplesmente massa de manobras e buchas de canhão.

 

O quê realmente aconteceu no dia 11 de Setembro de 2001?

Os ataques ou atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 (às vezes, referido apenas como 11 de setembro) foram uma série de ataques suicidas contra os Estados Unidos.

Foram coordenados pela organização extremista e fundamentalista islâmica al-Qaeda em 11 de setembro de 2001.

Na manhã daquele dia 11 de Setembro, dezenove terroristas sequestraram quatro aviões comerciais de passageiros.

Os sequestradores, suicidas, colidiram intencionalmente dois dos aviões contra as Torres Gêmeas do complexo empresarial do World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, matando todos a bordo e muitas das pessoas que trabalhavam nos edifícios.

Ambos os prédios desmoronaram duas horas após os impactos, destruindo edifícios vizinhos e causando vários outros danos.

O terceiro avião de passageiros colidiu contra o Pentágono, a sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, no Condado de Arlington, Virgínia, nos arredores de Washington, D.C.

O quarto avião caiu em um campo aberto próximo de Shanksville, na Pensilvânia, depois de alguns de seus passageiros e tripulantes terem tentado retomar o controle da aeronave dos sequestradores, que a tinham reencaminhado na direção da capital norte-americana. Não houve sobreviventes em qualquer um dos voos.

Depois de muitos questionamentos sobre o assunto e depois de muitos debates e interpretações através da imprensa, das mídias sociais e dos grandes grupos de reportagens e de informações no mundo inteiro, finalmente a verdade foi dita na TV Americana.

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela: "Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?" Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia: "Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?" À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas e outras coisas. Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O'hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas. A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém. Logo depois outros interessados no assunto disseram que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: "Um perito nesse assunto deve saber o que está falando". E então concordamos com ele. Depois alguém disse que os Professores e Diretores das Escolas não deveriam disciplinar nossos filhos quando se comportassem mal. Então foi decidido que nenhum Professor poderia disciplinar os alunos. (há diferença entre disciplinar e tocar). Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar. Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que pudessem se divertir à vontade. E nós dissemos: "Está bem!" Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino. E nós dissemos: "Esta bem, isto é democracia, e eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso". Depois uma outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet, (ficando expostas aos estupradores, etc).

 

Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, o que é certo e o   que é errado; por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios.

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que semeamos, só aquilo que plantamos.

Uma menina escreveu um bilhetinho para Deus: "Senhor, por que não salvaste aquela criança na escola?" A resposta dEle: "querida criança, não Me deixam entrar nas Escolas!" É triste como as pessoas simplesmente culpam a Deus e não entendem porque o mundo está indo a passos largos para o inferno. É triste como cremos em tudo que os Jornais e a TV dizem, mas duvidamos do que a Bíblia, do que O Deus que nós falamos que seguimos, ensina.

É triste como alguém diz: "eu creio em Deus". Mas ainda assim segue a satanás, que, por sinal, também "crê" em Deus. É impressionante como somos rápidos para julgar mas não queremos ser julgados! Como podemos enviar centenas de piadas pelo whatsApp, pelo facebook, pelo e-mail, por todas as redes sociais, elas se espalham como fogo, mas, quando tentamos enviar uma mensagem falando de Deus, por algum desses veículos, as pessoas têm medo de compartilhar e reenviá-los a outros!

É triste ver como o material imoral, obsceno e vulgar corre livremente na internet, mas uma discussão pública a respeito de Deus é suprimida rapidamente na Escola e no trabalho.


Vejamos os pormenores da hipocrisia e da apostasia dos líderes políticos e religiosos dos nossos tempos. 

Faremos aqui apenas um pequeno resumo sobre o tema, lembrando que a educação das crianças é dada em casa pelos pais ou responsáveis e o ensino das matérias seculares, incluindo a alfabetização das crianças é na escola com um acompanhamento severo dos pais.  

Passamos a mostrar a relação entre as transformações das organizações religiosas e a vivência de prazer e “sofrimento” de seus líderes. Por sua expressividade no contexto religioso brasileiro e ainda pelas diferenças na estrutura, na hierarquização, na dogmática, nas estratégias de crescimento, estudaram-se duas organizações religiosas protestantes: uma neopentecostal e outra tradicional.

Devemos lembrar que nossa intenção não é generalizar ninguém e nem as igrejas, seus líderes e suas religiões.

Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas individuais com 10 líderes de cada uma das organizações religiosas citadas. Os resultados apontam em ambas organizações que o prazer está associado a sentimentos de identificação, orgulho, realização e reconhecimento pelo trabalho realizado. Já que tudo tem um preço, o sagrado, segundo eles, também tem um preço. O “sofrimento” está vinculado ao desgaste físico no exercício ministerial, emocional, sentimentos de desvalorização, angústia e culpa, podendo ser atribuído à diversidade de atividades, pressão por produtividade, excessiva carga de trabalho, exigência moral, grandes expectativas e lida constante com os problemas psicossociais da comunidade. De maneira geral, observa-se uma vivência de prazer-sofrimento semelhante a outras profissões, inclusive as formas de enfrentar o sofrimento, com exceção da espiritualização dos problemas.

Será que há prazer (e sofrimento, segundo eles) no trabalho dos líderes religiosos numa organização protestante neopentecostal e noutra tradicional? É claro que tudo isso recheado com muitos políticos e muita política ao seu redor, com muita corrupção, muita enganação e muitas falsas  promessas de não faltar dinheiro e riquezas à quem lhes apoiar em seus projetos políticos.  

Fica bem claro o que está acontecendo no mundo religioso. Muitos líderes vendem até a alma pro diabo em nome de ter muitas riquezas, muitas propriedades, muitas mulheres, muita fama, etc, e vendem os votos dos fiéis como um curral fechado que obedecem suas ordens sem questionamentos. Objetiva-se aqui mostrar a relação entre as transformações das organizações religiosas e a vivência de prazer e sofrimento(?) de seus líderes. Por sua expressividade no contexto religioso brasileiro e ainda pelas diferenças na estrutura, na hierarquização, na dogmática, nas estratégias de crescimento.

 

Os interessados no assunto  estudaram duas organizações religiosas protestantes:

Uma neopentecostal e outra tradicional. Será que, sem considerar a liturgia habitual de cada segmento religioso, encontraram diferenças relevantes em seus comportamentos diante da sociedade em virtude da grande avareza que ronda os seus púlpitos?

Realizaram-se entrevistas semi-estruturadas individuais com 10 líderes de cada uma das organizações.

Os resultados apontam em ambas organizações que o prazer está associado a sentimentos de identificação, orgulho, realização e reconhecimento no trabalho. O aparente sofrimento está vinculado ao desgaste físico, emocional, sentimentos de desvalorização, angústia e culpa, podendo ser atribuído à diversidade de atividades, pressão por produtividade, excessiva carga de trabalho, exigência moral, grandes expectativas e lida constante com os problemas psicossociais da comunidade.

De maneira geral, observa-se uma vivência de prazer-sofrimento semelhante a outras profissões, inclusive as formas de enfrentar o aparente sofrimento, com exceção da espiritualização dos problemas.

 

Existem claro evidências de mudanças de paradigmas. 

As igrejas evangélicas e as religiões pioraram a sua comunhão com Deus depois do 11 de setembro.

As organizações religiosas protestantes têm passado por diversas transformações ao longo dos anos, trazendo como consequências, mudanças de paradigmas históricos, influências na sua estrutura e definição dos modos de atuação profissional dos seus líderes, dos quais se exige atualmente uma formação acadêmica para o exercício da profissão (de fé). Tudo o que se fazia anteriormente, era feito por um chamado de Deus para as pessoas exercerem um ministério por vocação e não como por profissão como nos dias atuais. Muitos pastores e líderes evangélicos exigem um tratamento especial já que eles mesmos são os gestores dos recursos dignos e indignos que entram no setor financeiro de tais empresas de exploração da fé.

As consequências são alarmantes, todos os que estão escandalizados com o comportamento de suas lideranças, se desviam da fé e abandonam suas igrejas às quais passam a criticar.  

Tais consequências são o foco de análise desse artigo, particularmente, as relações entre o modo como o trabalho se insere nessas organizações, empresas, protestantes e as vivências de prazer e de aparente sofrimento de seus lideres.

As transformações por que passam as organizações religiosas hodiernas podem ser comparadas àquelas observadas no cotidiano secular, cujos objetivos poderiam residir na igual busca do tripé: qualidade, produtividade e eficiência.

 

A busca desse tripé pode ser atribuída a duas grandes razões.

A primeira delas é as transformações do mundo do trabalho, resultantes de uma política de mercado que igualmente atingem as organizações religiosas e que exigem do trabalhador dedicação, competência e eficiência em todas as suas atividades.

A segunda razão é a perda de sua importância perante a sociedade, implicando ações mais agressivas das organizações religiosas na busca por um número maior de fiéis.

Na situação pluralista de opções religiosas, essas instituições se tornam agências de mercado da fé e as tradições religiosas tornam-se comodities de consumo. Resulta daí uma individualização da atividade religiosa, regulada por uma economia de mercado em que as instituições se assemelhariam àquelas não-religiosas em que se estabelece uma relação de troca.

 

Cada pessoa escolhe a igreja e a religião que mais lhes convém e não mais aquelas mais espirituais, que mais oram e mais buscam a Deus, com exposição simples e direta da graça salvadora de Jesus Cristo pelo Espírito Santo, e sem segundas intenções. 

Essa situação de competição entre as organizações religiosas, própria de uma economia de mercado, inflaciona a importância dos resultados a obter. Num cenário em que há uma diversidade de instituições que também dão sentido à vida, as organizações religiosas competem entre si para conquistar uma maior população de fiéis consumidores do milagre financeiro e patrimonial imediato. 

Além disso, mais clara está a aproximação a outras organizações não-religiosas quando se percebe que há também nessas organizações uma produção de bens e serviços de consumo para a sociedade. Uma variedade de crenças, programas e itens de serviços são combinados com as necessidades dos "clientes-membros", buscando-se vender produtos que igualmente tenham qualidade, eficiência e produtividade, como em outras organizações não-religiosas. A fé por si só não basta. É preciso satisfazer o cliente e ainda estar antenado às demandas e transformações do mercado (religioso). Além disso há uma grande quantidade de áreas de diversão e entretenimento, inclusive jogos, para adultos e crianças. Sempre é considerada nestas áreas de consumo a venda até de bebidas alcoólicas.

Tal qual no mundo do mercado de trabalho atual, como indica uma pesquisa, tem-se exigido do líder uma maior flexibilidade na produção do seu trabalho com metas a serem alcançadas. Se não atingirem essa meta os lideres os destituem de suas funções e colocam outros que possam alcançar aquelas metas, geralmente financeira.

Há uma grande viabilidade de competências e atividades, jornadas de trabalho cada vez maiores, decisões cada vez mais dinâmicas e rápidas para enfrentar a demanda dos clientes e, por fim, uma maior produtividade. Não basta ser apenas líder da igreja, tem que ser ambicioso, tem que ser ganancioso, é preciso ser também advogado, psicólogo, político, assistente social e ou Psiquiatra.

 Não basta ter apenas um culto no domingo, é preciso ter um culto para os jovens, outro para os empresários, outro para os solteiros, outro para crianças com determinadas faixas etárias e é claro tem cultos de hora em hora ou de duas em duas horas principalmente nos finais de semana.

Nesse contexto do mercado religioso de cobranças de produtividade, há uma busca cada vez maior por qualidade e eficiência que se ancora e se ampara o presente estudo.

Partindo-se da concepção de que tal contexto também influenciaria a vivência de prazer-sofrimento do líder religioso é que a psicodinâmica do trabalho se mostra um aporte teórico pertinente. Afinal, sob esse contexto haveria mais prazer ou mais sofrimento? E além disso, como esses líderes lidam com o aparente sofrimento que  porventura possa ter lhe acometido e vivido?

Para a consecução desta análise, foram selecionadas duas organizações religiosas: neopentecostais e tradicionais. A viabilidade de estudá-las como organizações firma-se na definição apontada desde 2002 em que a organização se caracterizaria com base em uma comunidade de sentido e de objetivos a serem atingidos por um determinado grupo e ainda que há aqui uma produção de bens e serviços, que neste caso assume um caráter simbólico.

As transformações organizacionais e dogmáticas da igreja, inseridas numa guerra da fé e dos milagres ($$$) (não declarada) do mercado religioso em que as instituições religiosas se tornam agências de mercado e das tradições, discursos e práticas religiosas com bens para o consumo do agrado dos incautos consumidores, com a observância daquilo que as necessidades da demanda dos frequentadores que exigem cada vez mais do líder, seja para se manter no mercado, seja para obter melhores resultados, que eu chamo de lucro. Dessa forma, ser apenas um pregador dominical não basta, tem que ser empresário da fé, aliás, as tradicionais EBD, Escolas Bíblicas Dominicais, caíram no descrédito dos Líderes, com raras exceções, em virtude de exigir um grande investimento e geralmente não dá lucro financeira. 

Teem que ser também um bom vendedor de sua marca, seu QRCode, seu número do pix, seus bens simbólicos ou reais, como venda de qualquer objetos ou amuletos, que a Bíblia os chama de baalins. 

As transformações não atingem apenas os aspectos observáveis das organizações, mas outros tantos invisíveis à própria sociedade gerando esforço concentrado no trabalho, principalmente nas redes sociais 24 horas por dia. São as chamadas igrejas virtuais.  

Pertencer a uma organização religiosa e ainda viver praticamente 24 horas diárias um preceito religioso, que, em princípio, serviria como fonte de prazer e de renda, não exime esses líderes de vivenciarem igualmente o investimento físico necessário para manter tudo funcionando. Segundo eles, o que geraria prazer, também tem gerado sofrimento, e que sofrimento (é difícil gerar lucros?) hein gente. 

A igreja do Senhor Jesus não prevê lucros financeiros, mas sim salvação dos perdidos pecadores.  

Os resultados apontaram que, de maneira geral, o prazer no trabalho desses líderes está vinculado a sentimentos de identificação, realização e reconhecimento da sociedade pelo seu incansável trabalho. 

Já que este “sofrimento” está vinculado ao desgaste físico, desgaste emocional, sentimento de desvalorização/valorização, angústia e culpas, cujas razões poderiam ser: a diversidade de atividades, excessiva carga de trabalho, exigência de uma moral ilibada, grandes expectativas da comunidade e lida constante da problemática psíquica e social da comunidade, tudo isso foi declarado com enfase de sofrimento pelos consultados nesta pesquisa. 

E para lidar com esse aparente sofrimento, são utilizadas estratégias diferentes entre os grupos, mas todas de cunho individualizado, diminuindo a possibilidade da socialização, repito, desse “aparente sofrimento” de modo a auxiliar na sua mediação e na sua transformação do contexto que os faz sofrer.

Quem, na verdade, passa sofrimentos, mas não reclama de nada porque têm prazer no seu chamado ministerial, são os que anunciam o evangelho do Senhor Jesus à toda criatura, em qualquer lugar, em qualquer país e em tempo e fora de tempo, são os vivem verdadeiramente pela fé, tendo apenas o cuidado de manter o suficiente para sua manutenção e de sua família, enfim, são os verdadeiros adoradores que adoram a Deus em espírito e em verdade.

 

As principais limitações do presente estudo apontam para duas direções.

A primeira delas é o pequeno número de participantes e tipo de organizações, que ora pode ser minimizado pela característica que o estudo assume: um estudo exploratório. Numa indicação de continuidade do estudo, outras organizações religiosas poderiam ser comparadas, enriquecendo a análise do trabalho de seus líderes.

A segunda limitação é a fluidez entre religião e o trabalho dos líderes religiosos. Religião e trabalho se mostraram como conceitos muito fluidos em que não se sabia o que era realmente trabalho e o que era parte da religião. Contudo, pautou-se por uma análise que se referia à religião como parte do trabalho e a sua influência sobre o contexto de produção.

Pretendeu-se, mesmo que minimamente, colaborar com uma discussão sobre o impacto das transformações do mundo do trabalho na atividade dos líderes das atuais organizações religiosas. A busca (frenética) de crescimento organizacional, ora com um  caráter mais qualitativo, ora mais quantitativo, distancia os grupos analisados quanto a sua estrutura e até mesmo da forma como enfrentar as influências e pressões do mercado religioso, mas ao mesmo tempo as aproxima de outras várias organizações não-religiosas, principalmente no que tange à busca do tripé: qualidade, produtividade e eficiência. Isso pode ser verificado pela análise do prazer e sofrimento que apontou grandes semelhanças de suas percepções a outros estudos de líderes não religiosos, como feirantes, gerentes, bancários, engenheiros que ora também sofrem pressões por resultados, desgaste e para isso utilizam-se das mesmas formas de lidar com o sofrimento. Afinal, a religião parece não sustentar por completo o sofrimento advindo do trabalho. É preciso mais que isso.

A solução da problemática deste assunto causa vergonha a qualquer um que pretende ser um servo de Deus.

 

Temos que voltar para à simplicidade da fé e do evangelho de Amor, porque Deus é amor.

Vivemos a realidade de uma cidade, um Estado, um país doente, e a igreja, muitas vezes, também está doente, com deformidades, heresias que tentam penetrar o evangelho, distorcendo o verdadeiro sentido da Palavra.

Certas pregações que vemos pela TV ou por outros meios de comunicação não têm nada a ver com a Palavra de Deus, com a simplicidade da fé. A maior ameaça da igreja não vem de fora, mas de dentro, ou seja, não são os idólatras, não são os que acreditam em magia, não são os gnósticos, mas são os chamados dissimuladores. O verso 4 de Judas diz: “Pois certos indivíduos se introduziram com dissimulação na igreja, os quais, desde muito, foram antecipadamente pronunciados para essa condenação, homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo”.


A Palavra de Deus diz que esses dissimuladores são capazes de transformar a graça em libertinagem. A graça é um favor imerecido, mas a distorcem em libertinagem. Para eles, o senhorio de Cristo é apenas da “boca para fora”. O senhorio de Cristo significa que Ele é soberano, autoridade máxima, que a Ele tudo pertence. Nós pertencemos a Jesus.

Quando Jesus e seus discípulos caminhavam, as multidões os seguiam, e muitos diziam: “Senhor, Senhor, Senhor”, e houve um momento que Jesus disse: “Por que vocês me chamam Senhor, Senhor, mas não fazem o que Eu vos mando”. É muito fácil falar “Ele é o Senhor” e não fazer a vontade dEle; a nossa fé não é uma religião, é um relacionamento com o Senhor, é a nossa intimidade com Deus. Quando dizemos que Jesus é nosso Senhor, até a salvação vem por meio dessa declaração. Se confessarmos a Jesus como Senhor e em nosso coração confessarmos que Ele é o nosso Salvador, seremos salvos (1Jo 1.9). Mas a confissão com a boca não pode apenas ser um som, precisa partir de dentro para fora. Esses dissimuladores surgem por acaso, e é um processo. As pessoas se transformam em dissimuladores quando lhes falta fé, e, além disso, há o abandono da santidade (Judas 5-7), eles são comparados à Sodoma e Gomorra, cidades que abandonaram totalmente a santidade, foram conduzidas à imoralidade e, por isso, tiveram que ser destruídas. Os anjos não respeitaram os limites em obedecer às fronteiras da própria vida, para viverem a impureza de forma tão intensa.

A carta de Judas vem exatamente como um alerta, para termos restituição e enxergamos a realidade de Deus para nós. Precisamos da restituição da Bíblia, da Palavra em nossa vida. Que você e eu possamos pautar a nossa fé pela Palavra e sempre dizermos: “Está escrito”. Não é o que sentimos, o que pensamos, mas aquilo que está escrito. Os dissimuladores têm uma insatisfação destrutiva. Não entendem e difamam.

Não podemos nos conformar com o estado em que estamos. Podemos e devemos avançar, melhorar a cada dia, podemos ser mais. Mas a insatisfação dos dissimuladores é algo que contamina, como se fosse um veneno terrível. Nada agrada, tudo está errado, defeituoso. São murmuradores. A murmuração infecta, é um pecado que leva à destruição. A Palavra diz: “Em tudo, dai graças”, (1Ts 5.18). Temos tudo para agradecer a Deus. Os murmuradores estão sempre descontentes. Às vezes, o dissimulador se aproxima de você com interesse em alguma coisa, está sempre buscando alguma vantagem, conseguir alguma coisa usando você.


Precisamos olhar para as pessoas de baixo para cima, isso significa que os outros serão sempre maiores que nós. Jesus nos ensinou humildade e não arrogância. Ele lavou os pés dos discípulos. Isso é a simplicidade da fé.

Que possamos, a exemplo de Jesus, vivermos como cristãos santificados na fé, que oram em espírito, guardam-se no amor de Deus e esperam a vida eterna em Jesus Cristo. Cooperadores da obra de Jesus, ajudando sempre os mais novos e vacilantes. Maranata, ora vem Senhor Jesus.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.