segunda-feira, 15 de abril de 2024

TEMOS QUE CORRIGIR AS NOSSAS ATITUDES ERRADAS

TEMOS QUE CORRIGIR AS NOSSAS ATITUDES ERRADAS

 

Temos que corrigir as nossas atitudes erradas enquanto é tempo.

A parábola do servo vigilante, Lucas 12:35-40.

35. Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias.

36. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor, quando houver de voltar das bodas, para que, quando vier e bater, logo possam abrir-lhe.

37. Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa, e, chegando-se, os servirá.

38. E, se vier na segunda vigília, e se vier na terceira vigília, e os achar assim, bem-aventurados são os tais servos.

39. Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.

40. Portanto, estai vós também apercebidos; porque virá o Filho do Homem à hora que não imaginais.

Diante da iminente volta de Jesus para arrebatar a sua igreja, temos que rever nossos conceitos e nossas atitudes para estarmos preparados para o arrebatamento. É necessário corrigirmos as nossas atitudes erradas porque breve Jesus virá.

O servo negligente que ignorou a volta do seu senhor dizia a respeito dele “tarde virá”. Quem Ignorar a vinda de Jesus também estará cometendo o mesmo erro. Jesus não marcou data para voltar, mas breve Jesus virá.

Certa vez, ao ensinar a respeito do seu retorno, (Mt 24.45-51), Jesus contou uma parábola sobre um servo fiel e prudente e um mau servo. Quem é o mau servo? Jesus mostra que é aquele que diz: “O meu senhor tarde virá”, (Mt 24.48). Então, este passa a viver de modo negligente, desatento, maltratando seus conservos e completamente alheio à volta de seu Senhor.

Muitos, infelizmente, estão vivendo como o “mau servo” da parábola. Porém, a este, diz o Senhor: “Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera e à hora em que ele não sabe, e separa-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes”, (Mt 24.50,51). Nestes tempos de sinais evidentes da proximidade da vinda de Jesus, há muitos que estão “brincando” de ser crentes, ignorando a iminente vinda do Senhor Jesus e agindo como o mau servo. Viva com responsabilidade e seja proeminente nas suas atitudes diante de Deus. Siga o exemplo do servo fiel e prudente e jamais negligencie a obra de Deus nem se embarace com as coisas deste mundo, (Mt 24.45,46). O ignorante e escarnecedor não ficará impune na volta de Cristo.

O escarnecedor da palavra profética sobre a volta de Jesus não ficará impune. A Palavra de Deus nos alerta que nos últimos dias haverá homens escarnecedores: “Sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação”, (2Pe 3.3,4). O apóstolo deu como resposta o ensino bíblico, que indica a matemática de Deus quanto à contagem dos tempos, dizendo: “Mas, amados, não ignoreis uma coisa: que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia”, (2Pe 3.8). Há teólogos contemporâneos, que dizem que a volta de Jesus é apenas uma utopia. Isso é escarnecer desta verdade bíblica.

Devemos demonstrar nossas atitudes  de servos fieis para sermos arrebatados na vinda de Cristo. Devemos ter uma vida irrepreensível e de bom testemunho para com os incrédulos.

Isto só é possível na vida do crente através do poder redentor, libertador e purificador do sangue de Jesus mediante a fé. Tomemos como exemplo a vida do apóstolo Paulo. Ele tinha uma vida correta; não dava lugar à repreensão, censura, ou à crítica pertinentes. Certa vez, ele afirmou que andava “diante de Deus com toda a boa consciência”, (At 23.1). No capítulo 5 da Primeira Epístola aos Tessalonicenses, ele exorta os crentes a serem também irrepreensíveis: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”, (1Ts 5.23). Não é somente o seu corpo físico, visível que deve ser conservado puro, mas seu espírito e alma, partes invisíveis, também devem ser conservados corretos.

Há crentes que são como os “sepulcros caiados”, pois em seu interior, em sua alma e espírito, há somente podridão. Estes são arrogantes, invejosos, amargurados, cheios de ódio, etc. Sejamos santos em todo o nosso ser, em toda a nossa maneira de viver, pois em breve Jesus virá.

Não Devemos dar lugar à carne. Atualmente, muitos crentes estão se aproveitando da liberdade cristã para dar ocasião à carne e praticando todo tipo de libertinagens. (Gl 5.13). Muitas igrejas não passam de “clubes religiosos”, onde não se vê compromisso com a palavra de Deus e nem a santidade; “incham” em número, porém não crescem na “graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”, (2Pe 3.18).

São empresas da religião e praticam e permitem todo tipo de religiosidade e promiscuidade tendo como prioridade o lucro financeiro; o resto não importa. Não se esqueça de que em breve Jesus virá e aqueles que andam segundo a carne não herdarão o Reino de Deus, (Gl 5.21). Não podemos nos esquecer de que o mesmo Deus que é amor, (1Jo 4.16), é também “um fogo consumidor”, (Hb 12.29).

Nós devemos dar bons frutos enquanto é tempo. Como crentes precisamos dar bons frutos até a vinda de Jesus. As lutas do nosso dia a dia e as tristezas não podem nos impedir de frutificar. Trabalhar na obra do Senhor não é nada fácil; servir ao Senhor com alegria também fácil não é, enfrentamos lutas e tristezas diuturnamente, mas logo nos esquecemos de tudo quando vemos almas se rendendo aos pés do Senhor Jesus, sendo batizadas nas águas e no Espírito Santo. São, na verdade os frutos, a glória, o gozo, a alegria, e a coroa de todo o nosso trabalho. Vendo também os milagres de Deus acontecendo todos os dias em nossas vidas e em nossas famílias. Vamos trabalhar para o Senhor Jesus. Vamos semear a semente do evangelho da paz do Senhor. Sejamos semeadores de boas novas de grande alegria.  Preguemos a Palavra de Deus enquanto é tempo, pois o Dia do Senhor virá, quando não poderemos mais anunciar a salvação. Ainda existem muitas pessoas para serem salvas. Muitos estão esperando para ouvir a respeito das boas novas do Evangelho do Senhor Jesus. Faça a sua parte, frutifique, ganhe vidas para o Senhor Jesus. Um dia, não sabemos quando, Jesus voltará e a nossa alegria plena chegará.

Deus abençoe você e sua família.

 

PR. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

segunda-feira, 8 de abril de 2024

DIAS DE ANGÚSTIAS E DE TREVAS SOBRE A TERRA

DIAS DE ANGÚSTIAS E DE TREVAS SOBRE A TERRA.

 

Sofonias 1:14-18 nos mostra o cenário de como serão estes dias.

“Está perto o grande Dia do SENHOR; está perto e vem chegando depressa. Atenção! O Dia do SENHOR é amargo, e nele clamarão até os poderosos. Aquele dia será um dia de ira, dia de angústia e tribulação, dia de ruína e destruição, dia de trevas e escuridão, dia de nuvens e densas trevas, dia de toque de trombeta e gritos de guerra contra as cidades fortificadas e contra as torres altas. Trarei angústia sobre as pessoas, e elas andarão como se estivessem cegas, porque pecaram contra o SENHOR. O sangue dessas pessoas será derramado como pó, e a sua carne será espalhada como esterco. Nem a prata nem o ouro poderão livrá-las no dia da ira do SENHOR, mas, pelo fogo do seu zelo, a terra será consumida. Porque ele certamente fará destruição total e repentina de todos os moradores da terra.”

Antes da vinda de Jesus para arrebatar a sua igreja haverá de acontecer na terra o chamado período do “Princípio das dores”. Mateus 24:7-8.

O dia e a hora exatos da Sua vinda não foram revelados. Cristo disse aos discípulos que Ele Mesmo não sabia o dia ou a hora do Seu retorno, mas mencionou certos eventos através dos quais poderiam saber quando Sua vinda estaria próxima.

O dia e a hora exatos da Sua vinda não foram revelados. Cristo disse aos discípulos que Ele Mesmo não sabia o dia ou a hora do Seu retorno, mas mencionou certos eventos através dos quais poderiam saber quando Sua vinda estaria próxima. “Haverá sinais”, disse Ele, “no Sol, na Lua e nas estrelas.” Lucas 21:25. E explicou com maior clareza ainda: “O Sol escurecerá, a Lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento” (Mateus 24:29). “Sobre a Terra”, disse Jesus, haverá “angústia entre as nações em perplexidade por causa do bramido do mar e das ondas, haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo”. (Lucas 21:25 e 26).

A Bíblia é a infalível palavra de Deus e ela afirma categoricamente que o fim dos tempos está chegando. Para a igreja do Senhor Jesus é o princípio das dores. Estes dias serão de angústias dores e de trevas, e estão se aproximando sobre a terra. A Bíblia já previa este momento em Mateus 24.

Dias de trevas sobre a terra são mencionados na Bíblia.

Isaías 5.30: Naquele tempo, um estrondo, semelhante ao bramido do mar, retumbará contra ele. Quando olhar a terra, só verá trevas e angústia, e no céu se estenderão nuvens tenebrosas.

Isaías 8.21-22. Andarão errantes pela terra, fatigados e esfomeados; atormentados pela fome, agastar-se-ão e amaldiçoarão o seu rei e o seu Deus. Levantarão os olhos, depois olharão para a terra, e só verão misérias, escuridão e trevas angustiantes. Repelir-se-ão dentro da noite.

Joel 3.3-4. Farei aparecer prodígios no céu e na terra, sangue, fogo e turbilhões de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua, em sangue, ao se aproximar o grandioso e temível dia do Senhor.

Nos Evangelhos tem citações dos terríveis dias futuros nos dias do princípio das dores e no período da grande tribulação.

Mateus 24.29-31. Logo após estes dias de tribulação, o sol escurecerá, a lua não dará sua luz, cairão do céu as estrelas e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todas as tribos da Terra baterão no peito e verão o Filho do Homem vir sobre as nuvens do céu cercado de glória e de majestade. Ele enviará seus anjos com estridentes trombetas, e juntarão seus escolhidos dos quatro ventos, duma extremidade do céu à outra.

Marcos 13.24-27. Naqueles dias, depois dessa tribulação, o Sol se escurecerá, a Lua não dará o seu resplendor;

cairão os astros do céu e as forças que estão no céu serão abaladas. Então verão o Filho do homem voltar sobre as nuvens com grande poder e glória. Ele enviará os anjos, e reunirá os seus escolhidos dos quatro ventos, desde a extremidade da Terra até a extremidade do céu.

Lucas 21.25-28. Haverá sinais no Sol, na Lua e nas estrelas. Na Terra a aflição e a angústia apoderar-se-ão das nações pelo bramido do mar e das ondas. Os homens definharão de medo, na expectativa dos males que devem sobrevir a toda a Terra. As próprias forças dos céus serão abaladas. Então verão o Filho do Homem vir sobre uma nuvem com grande glória e majestade. Quando começarem a acontecer estas coisas, reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação.

Apocalipse 6.12-14. Depois vi o Cordeiro abrir o sexto selo; e sobreveio então um grande terremoto. O sol se escureceu como um tecido de crina, a lua tornou-se toda vermelha como sangue e as estrelas do céu caíram na terra, como frutos verdes que caem da figueira agitada por forte ventania. O céu desapareceu como um pedaço de papiro que se enrola e todos os montes e ilhas foram tirados dos seus lugares.

Apocalipse 16.14. São espíritos de demónios. Fazem maravilhas, e vão até os reis de toda a Terra, a fim de reuni-los para a guerra no Grande Dia do Deus Todo poderoso. (Eis que venho como um ladrão: feliz aquele que vigia e conserva suas vestes, para não andar nu e não deixar que vejam sua vergonha!). Então os espíritos reuniram os reis no lugar que, em hebraico, se chama Armagedon.

Apocalipse 16.18-21. Houve, então, relâmpagos, vozes e trovões, assim como um terremoto tão grande como jamais houve desde que há homens na terra. A grande cidade foi dividida em três partes, e as cidades das nações caíram, e Deus lembrou-se da grande Babilônia, para lhe dar de beber o cálice do vinho de sua ira ardente. Todas as ilhas fugiram, e montanha alguma foi encontrada. Grandes pedras de gelo, que podiam pesar um talento, caíram do céu sobre os homens. Os homens amaldiçoaram a Deus por causa do flagelo da saraiva, pois este foi terrível.

A Bíblia Sagrada afirma que cedo ou tarde tudo vai se cumprir, não adianta o homem querer correr do seu ajuste de contas com Deus.

Isaías 13:6-11 diz: - "6 Lamentem, pois o Dia do Senhor está perto; ele vem como destruição da parte do Todo-Poderoso. 7 Por isso, todas as mãos desfalecerão, e o coração de todos se derreterá. 8 Ficarão apavorados; angústia e dores tomarão conta deles, e se contorcerão qual mulher que está dando à luz. Olharão espantados uns para os outros, com os rostos da cor do fogo. 9 Eis que vem o Dia do Senhor, dia cruel, com ira e ardente furor, para fazer da terra uma desolação e exterminar dela os pecadores. 10 Porque as estrelas e constelações dos céus não darão a sua luz; o sol, logo ao nascer, se escurecerá, e a lua não fará resplandecer a sua luz. 11 “Castigarei o mundo por causa da sua maldade, e os perversos, por causa da sua iniquidade. Farei cessar a arrogância dos atrevidos e abaterei o orgulho dos violentos...".

Ezequiel 34 nós fala que o Senhor mesmo apascentará as suas ovelhas, ou seja, os fieis servos de Deus serão protegidos por Deus.

O fim dos tempos será marcado pelo retorno de Cristo e o julgamento final. Neste tempo do ocorrerá o fim do mundo como o conhecemos fisicamente e os homens e os anjos caídos terão de comparecer diante do tribunal de Deus, no juízo final. A Bíblia diz que no final dos tempos, a presente era será encerrada, dando lugar ao estado eterno.

Curiosamente a maioria das religiões acredita numa idéia de fim dos tempos, ou seja, concordam com o que diz a Bíblia sobre este assunto.

Diferentes crenças e religiões de todas as partes do mundo, inclusive o mundo científico e tecnológico também, anunciam um conceito de um tipo de ajustes de contas que ocorrerão no final da presente história da humanidade. Todavia, somente a Bíblia nos fornece as informações realmente confiáveis acerca de como será o fim dos tempos.

Quando será o fim dos tempos?

A Bíblia não diz exatamente quando será o fim dos tempos. Mesmo assim muitas pessoas têm tentado especular inutilmente uma data para o fim do mundo. Jesus Cristo falou sobre isso, e disse que o dia de seu retorno, e consequentemente do início do fim dos tempos, pertence somente ao Pai, (Mateus 24:36).

Isso significa que o dia do final dos tempos já está determinado por Deus e acontecerá de acordo com seus propósitos soberanos do arrebatamento da igreja. Portanto, qualquer pessoa que se levantar dizendo saber quando será o final dos tempos, é mentirosa.

É interessante saber que a Bíblia Sagrada designa que virá um período após o ministério terreno de Jesus que foi a mais de dois mil anos atrás, como já sendo “os últimos dias”, e na verdade está se referindo aos tempos da proximidade com a grande tribulação. (Atos 2:17; 2 Timóteo 3:1; 2 Pedro 3:3; 1 João 2:18; Judas 1:18).

Jesus veio trazer o reino de Deus, e com sua morte e ressurreição realizar o plano salvífico para o homem, é a era do Espírito Santo, é o tempo da graça. Ele, Deus, inaugurou o estágio final da história da redenção. A vinda do Consolador Amado logo após a ascensão de Jesus aos céus nos deu a saber que um dia também acontecerá a retirada do Espírito Santo desta terra, e isso acontecerá no dia do arrebatamento da igreja; o Espírito Santo será retirado da terra no dia e no momento do Arrebatamento da igreja. Dai por diante seguirá o tempo da grande tribulação.  

Em seu sermão escatológico, Jesus também comparou estes últimos dias ao trabalho de parto de uma gestante, (Mateus 24.25; Marcos 13). Então Ele falou sobre o princípio das dores, um tempo em que haveria alguns sinais que apontariam para o fim, mas que ainda não seria o final dos tempos, seria, eu repito, a indicação de que o fim dos tempos estará chegando, assim como será desencadeada a grande tribulação.

Jesus falou que nesse tempo do princípio das dores o Evangelho será pregado por todo o mundo. Disse também que muitos falsos profetas e impostores que alegação ser o próprio Cristo, e aparecerão por todas as nações do mundo inteiro. Além disso, Jesus avisou que haverá guerras, rumores de guerras e desastres naturais, e que a Igreja seria perseguida. É o que praticamente está acontecendo nos nossos dias.

Assim como as contrações aumentam numa gestação, esses sinais também deverão aumentar à medida que o fim dos tempos se aproxima. No período que antecede imediatamente o final dos tempos, Jesus disse que ocorrerá uma grande tribulação nunca vista na História da humanidade. É nesse período também que o sistema iníquo do governo mundial e da nova ordem mundial, assim também da religião mundial estará em pleno funcionamento será liderado pelo Anticristo. 2 Tessalonicenses 2:1-10.

Os eventos do fim dos tempos.

Como já foi dito, no fim dos tempos Jesus voltará. Com grande glória e poder, Ele virá buscar o seu povo, a sua igreja e consumar todas as coisas, (Atos 1:11; Apocalipse 1:7). O apóstolo Paulo diz que este momento será glorioso e ao mesmo tempo inexplicável, (1 Tessalonicenses 4:16,17). Isso porque no dia e no momento do Arrebatamento da igreja, os mortos ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos terão seus corpos transformados num abrir e fechar de olhos. Então o que é mortal e corruptível será revestido de incorruptibilidade e imortalidade, (1 Coríntios 15:51-54).

Aqui vale lembrar que no dia do arrebatamento da igreja, apenas os santos que estiverem vivos e os que morreram em Cristo é que serão arrebatados, primeiro os mortos ressuscitarão e os que estiverem vivos serão transformados em corpos gloriosos assim como o de Jesus quando ressuscitou dentre os mortos, fazendo-se as primícias dos que dormem, (1 Coríntios 15:20-22), serão salvos e estarão num primeiro momento nas bodas do Cordeiro enquanto ocorrerá na terra o período da grande tribulação.

O que é a primeira ressurreição e o que é a segunda ressurreição?

Daniel 12:2 resume os dois destinos muito diferentes que a humanidade enfrenta: "Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno." Todo mundo vai ressuscitar dos mortos, mas nem todos irão compartilhar o mesmo destino. O Novo Testamento revela detalhes adicionais das ressurreições distintas para os justos e os injustos.

Apocalipse 20:4-6 menciona uma "primeira ressurreição" e identifica os envolvidos como "bem-aventurados e santos”. A segunda morte (no lago de fogo, Apocalipse 20:14) não tem poder sobre essas pessoas. A primeira ressurreição, então, é a ressurreição de todos os salvos de todas as épocas e o arrebatamento de todos os crentes fiéis que estiverem vivos. Este momento é o corresponde ao ensinamento de Jesus da "ressurreição dos justos" (Lucas 14:14) e "ressurreição da vida", (João 5:29).

A primeira ressurreição ocorre em vários estágios. O próprio Senhor Jesus Cristo (as "primícias", 1 Coríntios 15:20) abriu o caminho para a ressurreição de todos os que creem nEle. Houve uma ressurreição dos santos de Jerusalém no momento que Jesus expirou na cruz do calvário, (Mateus 27:52-53), a qual deve ser incluída em nossa consideração da primeira ressurreição. Ainda por vir estão a ressurreição dos "mortos em Cristo", no retorno do Senhor Jesus para arrebatar a sua igreja, (1 Tessalonicenses 4:16).

Ainda temos que considerar que a ressurreição dos mártires no final da grande tribulação, de Apocalipse 20:4, acontecerá imediatamente e instantaneamente à morte individual de cada um  já que eles serão martirizados e terão que pagar a sua salvação com a sua própria vida. Ou seja, cada um que não aceitar o número da besta serão mortos de uma maneira terrível por não negar o Senhor Jesus.

Em Apocalipse 20:12-13 temos a identificação daqueles que fazem parte da segunda ressurreição como sendo os ímpios, estes serão condenados por Deus no julgamento do grande trono branco, antes de serem lançados no lago de fogo  que arde com fogo e enxofre.  A segunda ressurreição, então, é o levantamento de todos os incrédulos e ímpios de todos os tempos e está ligada à segunda morte. Corresponde ao ensino de Jesus sobre a "ressurreição do juízo". (João 5:29).

O evento que dividirá a primeira da segunda ressurreição será a grande tribulação e seguida do reino Milenial de Cristo. Todos os justos serão ressuscitados e transformados em corpos incorruptíveis para reinarem "com Cristo durante os mil anos". (Apocalipse 20:4), mas "os restantes dos mortos, se referindo aos ímpios e incrédulos, não reviveram até que se completassem também os mil anos. E confirma isto com a frase que designa quem serão e quando serão arrebatados: Esta é a primeira ressurreição", ou seja, a ressurreição do arrebatamento da igreja. (Apocalipse 20:5).

Que grande alegria vai fazer parte da primeira ressurreição. Que grande angústia será a da segunda ressurreição. Que responsabilidade temos nós na pregação do evangelho do Senhor Jesus e de esclarecer para todos que o tempo d salvação é hoje, que o tempo de aceitar a Jesus Cristo como Senhor e Salvador da sua alma é agora, é urgente, "Salvai-os, arrebatando-os do fogo", (Judas 23).

Como já vimos acima os ímpios também ressuscitarão, porém no final dos tempos para o grande julgamento do Juízo final ou juízo do grande trono branco. Por isso o profeta Daniel escreve que uns ressuscitarão para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno, (Daniel 12:2). Ninguém poderá escapar do juízo de Deus, o juízo final. Neste juízo final os justos serão justificados com a abertura do livro da vida onde consta o nome de todos os salvos de todos os tempos e que aceitaram a Jesus e se converteram dos seus maus caminhos, porém os que não tiverem os seus nomes inscritos no livro da vida serão condenados e lançados no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte descrita no Apocalipse 21.8.

Existem muitas interpretações escatológicas divergentes acerca de como será a cronologia do fim dos tempos. Mas todas elas concordam que haverá o retorno de Cristo para o arrebatamento da igreja e o juízo final depois do reino milenial de Cristo. Ficará claro o destino eterno de todas as pessoas e também dos anjos que pecaram contra Deus.

Quais são os sinais principais dos fins dos tempos? Mateus 24, Lucas 13, Lucas 21.

Muitos dirão que são Jesus ou que são profetas de Deus, mas são falsos Cristos e falsos profetas, fazendo até milagres, prodígios e maravilhas da mentira para enganar as pessoas, enganarão muitos crentes; 1 Tessalonicenses 2:1-10.

Haverá guerras entre nações e ameaças de guerras e ouviremos falar delas;

Haverá desastres naturais, como terramotos e fomes em muitos lugares;

Os crentes serão perseguidos, odiados e alguns até mortos;

Haverá muitos escândalos nas igrejas, ódio e traição entre as pessoas;

A maldade do mundo será tanta que muitos ficarão desiludidos e deixarão de amar uns aos outros.

O Evangelho será pregado a todos os povos, mas isso não significa que será aceito por todos;

Em Israel haverá muita turbulência, instabilidade e guerras;

O mundo passará por uma grande tribulação, como nunca houve antes;

Haverá sinais no céu, o sol e a lua não darão a sua luz;

Muitas pessoas serão apanhadas de surpresa em seus erros e desmaiarão pela expectativa das coisas horrendas que estarão praticando.

Diversas parábolas de Jesus falam desse momento. Numa delas o Senhor Jesus diz que haverá a separação das ovelhas e dos bodes, (Mateus 25:31-46); e em outra Ele fala sobre a distinção final entre o joio e o trigo, (Mateus 13:24-30; 36-43). O trigo será recolhido no celeiro, enquanto o joio será definitivamente queimado, lançado no fogo.

Todas essas parábolas usam uma linguagem figurada para falar da realidade da separação entre os redimidos e os ímpios que ocorrerá no fim dos tempos. Os redimidos entrarão na bem aventurada esperança porque confiaram em Deus e ali habitarão com Ele por toda eternidade. Já os ímpios serão lançados no inferno, onde juntamente com o Anticristo, a besta, o Falso Profeta e com os anjos caídos, todos serão punidos por seus pecados e serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre, isto é a segunda morte a morte eterna. Em Apocalipse 21:8 afirma que esta será a segunda morte, a morte eterna.

O impacto do fim dos tempos em todo o Universo.

O apóstolo Pedro também escreveu sobre o fim dos tempos. Ele diz que o Universo passará por uma profunda transformação purificadora, ficando livre dos efeitos do pecado. Então haverá novos céus e nova terra, em que habita a justiça. (2 Pedro 3:12,13).

Este será o lar eterno daqueles que foram justificados por Cristo Jesus mediante Sua obra expiatória. Numa linguagem simbólica, o apóstolo João fala também sobre a beleza indescritível deste novo lar que será a habitação de Deus na cidade celestial, a Jerusalém celestial, com seu povo eternamente, (Apocalipse 22).

Mas aqueles que rejeitaram o Filho de Deus também terão suas moradas eternas e infelizmente num lugar de choro, pranto e ranger de dentes. Após o fim dos tempos, enquanto os salvos viverão toda a eternidade desfrutando da presença amorosa e graciosa de Deus, os ímpios viverão para sempre diante da presença da justiça de Deus em toda sua ira, que exige a punição pelo pecado cometido por cada um individualmente. Por isso o fim dos tempos é reconfortante para os salvos, e ao mesmo tempo aterrorizante para os ímpios e incrédulos.

Em João 14:1-3 Jesus mesmo disse: “Não se turbe o vosso coração, credes em Deus e crede também em mim, na casa de meu Pai há muitas moradas e Eu vou preparar-vos lugar. Se não fosse assim Eu vo-lo teria dito, e quando Eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei para min mesmo, para que onde Eu estiver, estejais vós também”.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pastor Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

segunda-feira, 1 de abril de 2024

PEÇONHA MORTAL DENTRO DA BOCA

PEÇONHA MORTAL DENTRO DA BOCA

 

O Livro de Provérbios 18:21 nos diz que a língua pode ser uma fonte de vida ou um veneno mortífero, pode dar vida ou matar.

A Palavra de Deus nos revela preciosos ensinamentos acerca do nosso falar. “O que guarda a boca e a língua, guarda a sua alma das angústias”, (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua.

Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm sido destruídos pela falta de sabedoria. Muitos não têm administrado seus lábios de modo a abençoar. Por isso, amaldiçoam. Salomão afirmou: “Prata escolhida é a língua do justo, mas o coração dos perversos vale mui pouco. Os lábios do justo apascentam a muitos, mas, por falta de bom senso, morrem os tolos”, (Provérbios 10.20-21).

A Palavra de Deus nos revela de uma forma bem clara que devemos abençoar, abençoar. Comece abençoando a sua vida. “Eis que será abençoado o homem que teme ao Senhor”, (Sl 128.4).

Raça de víboras! Como podeis falar coisas boas, sendo maus? Pois a boca fala do que está cheio o coração. (Mateus 12.24).

O que guarda a sua boca conserva a sua alma, mas o que muito abre os lábios tem perturbação. (Provérbios, 13.3).

Veneno mortal dentro da própria boca? O quê será que é isso?

Os cuidados que devemos ter com a língua para não criarmos “narrativas mentirosas" e ou falas enganosas, acusatórias e falsas contra nossos semelhantes.

Tiago capítulo 3 é o capítulo que melhor define sobre os cuidados que devemos ter com a língua e com a linguagem que usamos frequentemente. É como se fosse o texto áureo sobre a língua. Lembrando que a boca só fala daquilo que o coração e o cérebro está cheio. Se o coração e o cérebro estiverem cheios do amor de Deus, nunca a sua ou as nossas línguas vão ser usadas para o mal ou para causar males a quem quer que seja.

Tiago 3.1-12 nos ensina a dominar a língua.

1.  Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.

2. Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça em palavra, o tal varão é perfeito e poderoso para também refrear todo o corpo.

3. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo.

4. Vede também as naus que, sendo tão grandes e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa.

5. Assim também a língua é um pequeno membro e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia.

6. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.

7. Porque toda a natureza, tanto de bestas-feras como de aves, tanto de répteis como de animais do mar, se amansa e foi domada pela natureza humana;

8. mas nenhum homem pode domar a língua. É um mal que não se pode refrear; está cheia de peçonha mortal.

9. Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus:

10. de uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim.

11. Porventura, deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?
12. Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.

A influência do linguajar das pessoas na igreja.

A igreja do Senhor Jesus tem sofrido vários revezes e influências negativas com a mudança rápida dos hábitos sociais dos Cristãos servirem a Deus. Hábitos esses que incentivam as pessoas  principalmente os novos convertidos e os jovens, com a promessa que diz “venha como estás e continue como estás”, uma vez salvo, você está salvo para sempre, porque o importante é você estar “nesta igreja” porque aqui você tem muitas bênçãos financeiras e materiais, como emprego, empresas,  carros, muito dinheiro na sua conta bancária, muitas propriedades, muitas viagens de turismo de luxo nos melhores hotéis de luxo do mundo, e blá, blá, blá de todos os tipos e para todos os gostos. Parece mais um cassino de jogos eletrônicos do que uma igreja, todos estão ali contribuindo financeiramente e esperando o líder religioso profetizar suas bênçãos para depois “testemunhar" sobre os valores e os bens alcançados.

As ameaças ao corpo de Cristo, que é a igreja, e os pecados da língua.

“O que guarda a boca e a língua, guarda a sua alma das angústias”, (Provérbios 21.23). O Senhor nos concedeu um órgão capaz de dar vida ou de levar à morte: a língua.

Devemos abrir a boca para abençoar o nosso irmão, a nossa família e para adorarmos ao Senhor. Mas, infelizmente, muitos têm seus anseios destruídos pela falta de sabedoria e pelo mau uso da língua.

O Novo Testamento apresenta a igreja como sendo o Corpo de Cristo e os membros são as partes que fazem este corpo ser útil na terra. Jesus Cristo é o cabeça da Igreja, ele morreu por ela e é o seu único governo. Mas precisamos estar atentos com uma crescente onda de ataques que este corpo vem sofrendo há séculos.

Há perigos internos que ameaçam a integridade deste corpo e precisamos combater isso. Há pessoas dentro e fora do corpo que querem, de todas as formas, promoverem o “esquartejamento” do Corpo de Cristo. Nesta postagem veremos quais são essas ameaças e o que cada membro deve fazer para evitar que elas danifiquem a Igreja do Senhor Jesus.

Há pessoas que servem a Deus só na aparência, só da boca pra fora, mas na verdade fazem tudo o que agrada ao diabo.

Pode parecer absurdo, mas é perfeitamente possível haverem pessoas que servem a Deus, mas estão na verdade agradando ao diabo com seus procedimentos, gestos, ações e maneiras de viver.

Isso pode ocorrer de diversas maneiras como veremos a seguir:

A fofoca é a própria boca do diabo falando e destilando o seu veneno mortal para destruir vidas e reputação de pessoas honestas e honradas.

Tem pessoas que trabalham na igreja, fazendo coisas que são importantes na igreja, mas mesmo assim estão sendo instrumentos de destruição para a própria igreja porque usam a língua para falar mal da igreja ou de pessoas da igreja. Aquelas pessoas que promovem fofocas teem uma advertência para que convertem suas vidas com Deus. (Tg. 4.11). Tiago nos informa que a língua das pessoas pode ser contaminada pelo próprio inferno, se as pessoas não vigiarem poderão ser instrumentos do diabo para causar males incontestáveis a si mesmo e aos outros. (Tg. 3.6). Para essas pessoas os outros sempre estão errados e somente elas estão certas e se consideram as mais certas do mundo.

Para os fofoqueiros, os outros sempre estão com inveja deles, quando na verdade eles é que não sabem viver em comunhão com os demais. Essas pessoas são perigosas, pois possuem um espirito de contenda em seus lábios, elas, com sua linguagem maldosa,  promovem divisões e geram intrigas e até brigas dentro da própria igreja, (Pv.6,16-19).

Deus abomina o que semeia contenda entre irmãos. Uma pessoa que semeia contenda pode ser muito trabalhadora, mas é um tropeço aos olhos de Deus, ela mesma está trazendo abominação para dentro da casa de Deus, em outras palavras ela está servindo a Deus com seus talentos, mas aborrecendo a Deus com seus maus relacionamentos e procedimentos.

A mentira tem sido usada de todas as maneiras para tentar destruir a verdade de Deus na vida das pessoas convertidas.

Tem filhos do diabo se passando por filhos de Deus, (Jo. 8.44). O diabo é o pai da mentira e quem mente se torna seu filho, há pessoas mentindo e dizendo que são filhos de Deus, mas estas pessoas estão sempre fazendo mal, dando péssimo testemunho para os que são de fora e não se importam de prejudicarem a si mesmo e aos outros. A mentira corrói a alma de quem a profere e corrompe os relacionamentos entre os irmãos, pois ela destrói a confiança mútua necessária dentro e fora da igreja.

O falso testemunho contra as pessoas de bem tem sido muito usado para manchar e destruir a honra das pessoas de bem.

Infelizmente por inveja, ciúmes e maldade há pessoas difamando e dando falso testemunho de outros irmãos, isso é motivo de grande “alegria” para o inferno. Nada faz o diabo tão feliz quanto ver o povo de Deus se digladiando. Quando um irmão está em erro, o correto é ir a ele e corrigi-lo com espirito de mansidão e temperança, (Gl. 6.1), ao invés de espalhar as faltas da pessoa que cometeu algum erro na vida. É papel do irmão que ficou sabendo do erro de alguém ir tentar ajudar o transgressor sozinho para que ele supere a dor e a vergonha de ter errado, (Mt. 18.15). A Bíblia diz que a causa de toda contenda é sempre uma pessoa usada pelo diabo para falar mal dela, (Pv. 26.20). Ao saber que um irmão está cometendo algum erro, é dever da pessoa que tomou conhecimento deste fato anunciar à liderança da igreja e não ficar espalhando entre os crentes e descrentes os pecados dos seus próprios irmãos. Quem faz deste modo está mais a serviço do inferno do que do reino de Deus.

Deus não é Deus de confusão, de contenda e nem de divisões. Essas coisas devem ser combatidas urgentemente dentro da igreja. É fundamental que a igreja seja mantida pura e em perfeita harmonia, pois se não houver amor dentro da igreja ela jamais será a igreja de Jesus Cristo na terra. (Jo. 13.35).

Jesus nos liberta dos vícios e dos pecados da língua.

Uma vida cheia de esperança, controlada pelo Espírito Santo e de testemunho inspirador precisa abandonar certos vícios, maus hábitos, esquizofrenias atípicas  e, por outro lado, substituir tais coisas pela submissão ao Espírito Santo e à santa Palavra de Deus.

Não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, o que deve ser abandonado. Mas enchei-vos do Espírito Santo ou deixai-vos dominar pelo Espírito Santo, que deve entrar e fazer morada nos corações. O que deve ser abandonado é o pecado,  é o mundanismo e o crente deve despojar-se de toda maledicência e revestir-se da graça infinita do Senhor Jesus em suas vidas. (Ef. 5.18).

Os pecados mais comuns que conspiram contra a plenitude do Espírito Santo são manifestos através do falar.

(1)  A irreverência e a profanação são atos que desagradam a Deus.

 Profanação inclui a vulgaridade, a blasfêmia e a luxúria, e uma mistura das três concomitantemente. O uso de gírias, adjetivos e palavras que sugerem vulgaridade e luxúria e mesmo o uso de palavrões. Irreverência é também tratar com vulgaridade a igreja, os irmãos e tudo que se relaciona com a pessoa do Deus vivo. Tratar levianamente o povo de Deus, a igreja de Deus, a palavra de Deus. Usar expressões ambíguas ou de duplo sentido que deem margem à sensualidade e à dupla interpretação. Elimine de sua linguagem tudo que é duvidoso, imoral e profano. Seja um crente que busca a santificação.

(2). A mentira é a causa de muitas ruínas, porque o pai da mentira é o diabo. João 10.20; João 8.44.

 A mentira é um vício sutil e uma obra da carne. Alguns dizem que contam “mentirinhas brancas”, querendo justificar que elas seriam inofensivas, procuram diminuir para si mesmos a força deste pecado. Outros mentem muito para si mesmos. Muitos mentem para sair de dificuldades ou circunstâncias embaraçosas. Outros exageram, subestimam ou superestimam os fatos para dar impressões errôneas aos fatos. A Bíblia diz que no ambiente do Corpo de Cristo não deve haver mentira: “não mintais uns aos outros”. (Cl 3.9).

(3). A murmuração traz derrotas. O murmurador está em franca rebelião contra Deus. “Fazei tudo sem murmurações, nem contendas”, (Fp 2.14). Qualquer serviço para a família, para os amigos, na igreja ou para o reino de Cristo, se estiver envolvido o vício da murmuração, de nada aproveita. O murmurador despreza o controle do Deus vivo e Soberano sobre a sua história e as circunstâncias dessa fraqueza ou para ser bem claro, deste pecado, serão desastrosas na vida de quem só vive murmurando. Troque a murmuração pela gratidão. Quando somos gratos, reconhecemos a soberania e o poder o do Senhor. Leia o Salmo136, o Salmo 150 que você vai se alegrar e servir a Deus com gratidão.

(4). As críticas são todas destrutivas. Já ate me falaram que existe uma tal de “ crítica construtiva” nas nunca vi alguém criticar para ajudar alguém, quem quer ajudar não critica, ajuda a pessoa a ter a solução ou dá boas sugestões para quem você quer criticar. 

A crítica que tem como a intenção destruir e colocar mancha no caráter ou na vida de alguém é sempre feita “pelas costas”, virtualmente e de modo sutil para querer não ser revelado quem criticou. Não criticamos as pessoas que amamos e queremos bem. Nem na frente das pessoas e nem “pelas costas”. Com estes, falamos com amor e pessoalmente, procurando melhorá-los mais e mais. Geralmente, criticamos aqueles que significam menos para nós ou nos promovem através de tal crítica. Antes de abrir os lábios para criticar alguém, reflita: a) Eu gostaria de ser julgado pelo mesmo critério? b) Vou falar por amor à pessoa e com respeito a ela e ao Senhor? c) Quero ajudar a pessoa a progredir ou estou desabafando minha irritação e minha insatisfação? A crítica impiedosa, seja no lar, na igreja ou no trabalho, só faz e só traz feridas. Não cura, nem constrói, nem ajuda ninguém, só destrói. Todos nós precisamos de dicas para melhorar, mas há bons caminhos para fazermos tais coisas.

(5). As conversações torpes destroem grandes amizades. Uma das grandes bênçãos da vida é ter senso de humor. Mas entre humor e chocarrice há um abismo. Chocarrices e gracejos são tolices e consistem em fazer graça e provocar riso às custas de outras pessoas. É preciso refletir antes de passar uma postagem, um vídeo, uma foto, um comentário para frente sem medir as consequências que possam causar. O bom humor sadio conforta, reanima, entusiasma. A chocarrice deprecia, perturba, inibe e constrange. A conversação torpe é também uma conversação obscena. Esta é uma das inimigas letais da plenitude do Espírito Santo na vida do ser humano. Quem tais coisas praticam são vazios e dão lugar à carnalidade e a espíritos de demônios.

(6). A maledicência consiste em falar mal dos outros. Reflita sobre o mal que isso pode causar; medite nas consequências e na destruição do caráter pessoal e alheio que você está causando. Por fim tome uma decisão e abandone estes maus conselheiros que te fazem ser uma pessoa amarga e amargurada, a ponto de viver proferindo maledicências.

(7). Por fim busquemos a santificação e manifestemos nosso crescimento espiritual por meio de nossas palavras, comentários, postagens nas redes sociais, piadas, orações e conversas em família e com os amigos mais chegados, fazendo tudo para a glória de Deus.

A Bíblia nos ensina o seguinte: “Não saia da vossa boca nenhuma palavra (torpe) que cause destruição, mas só a que seja boa para a necessária edificação, a fim de que transmita graça aos que te ouvem”. (Ef 4.29).

Em Romanos 8.1,2, temos a palavra de libertação, porque Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte.

1.Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.
2. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.




 

 

 

segunda-feira, 25 de março de 2024

ADORAR A CRUZ É PECADO

ADORAR A CRUZ É PECADO

A cruz é símbolo do Cristianismo ou do Paganismo? O quê uma cruz é senão um ídolo? Leia o Salmo 115 sobre o que é um ídolo.

É muito importante que as pessoas saibam discernir quando e em quais circunstâncias a cruz é considerada um objeto de idolatria. Se, por exemplo, alguém deseja fazer uma ou mais encenações do sacrifício de Jesus na cruz em uma peça teatral ou uma reportagem, ou um filme, então não se refere a isso que estou dizendo que é idolatria. A idolatria da cruz se configura que é idolatria quando ela é colocada em destaque dentro e fora nos templos evangélicos, como temos visto que muitas igrejas evangélicas conservadoras e pentecostais colocaram a cruz nos púlpitos como um objeto de idolatria e de adoração, e mesmo que digam que não é adoração da cruz, mas caracteriza a idolatria daquele objeto de maldição, e isso é pecado. 

Todas as religiões do mundo possuem símbolos que as identificam. Com o cristianismo isto não é diferente, e com o tempo a cruz foi adotada pelos Teólogos do Catolicismo como mais um ídolo e tornou-se seu principal símbolo, o símbolo do Paganismo travestido de símbolo do Cristianismo. A cruz é símbolo de adoração pagã e não símbolo de adoração Cristã.

Acredita-se que já no primeiro século a figura da cruz passou a ser utilizada para identificar os cristãos. Até então o símbolo de identificação dos cristãos era a figura de um peixe que foi utilizado até cerca do III século.

Isso foi sendo trabalhado pelas autoridades da religião oficial até o terceiro século quando se passou oficialmente a ser usado o símbolo da cruz como identificação dos cristãos e quando a igreja se misturou com o estado, e as autoridades religiosas já não exerciam sua autoridade plena. Já no ano de 1.402, em um concílio católico romano a cruz se tornou símbolo oficial do Catolicismo, ou seja do Cristianismo pagão.

 Estudiosos apontam para a possibilidade de antes mesmo da queda de Jerusalém em 70 d.C., a cruz já teria sido utilizada como forma de identificação dos cristãos daquela cidade. Inclusive, alguns túmulos de cristãos que datam dessa época trazem a figura da cruz impresso neles. Reparem bem como o paganismo trabalhou a mente do povo e tem trabalhado até hoje em favor de que o símbolo do Cristianismo seria a cruz. Repito, a cruz é o símbolo do Cristianismo pagão e não do Cristianismo verdadeiramente Cristão, conforme o exemplo dos apóstolos de Jesus.

Aqui é importante entender que o Novo Testamento não deixa nenhuma recomendação com relação ao uso de símbolos e figuras por parte dos Cristãos. Não há um versículo se quer que encoraje o uso da cruz ou qualquer outro símbolo. Portanto, isto significa que quando os Cristãos primitivos “adotaram” ou foram forçados a adotar o uso da cruz como representação de sua Fé, eles o fizeram simplesmente com o objetivo de servir de identificação para determinada religião que dominava o mundo Cristão de então.

É errado usar a cruz?

Exclusivamente como um símbolo que identifica o cristianismo sim, mas não há um problema no uso da cruz desde que ela seja apresentada como instrumento de maldição e de morte, porque era somente para isso que ela era usada. Mas é inegável o fato de que posteriormente foi atribuído um significado à cruz que é estranho às Escrituras e que deve ser rejeitado. Ela passou a ser vista e utilizada como um objeto que supostamente teria poderes místicos, há casos em nossa época de exorcismo para expulsão de demônios com a apresentação da cruz ao endemoniado, e assim foi adotada como um tipo de relíquia sagrada pelas religiões pelo mundo afora. Mas o estranho neste caso é que o Cristianismo verdadeiro passou, com raras exceções, a utilizar este símbolo do Cristianismo pagão como seu símbolo também. Hoje vemos até igrejas ditas “pentecostais” e "neo-pentecostais" que estão utilizando este símbolo de maldição em suas igrejas em seus púlpitos, ao invés de colocar um versículo bíblico ou uma mensagem bíblica de Salvação para o perdido pecador se converter à Cristo.

Esse tipo de interpretação errada e supersticiosa sobre o significado da cruz, fica claro no fato de que até supostas lascas da cruz já foram vendidas a fieis, o paganismo faz de tudo para comercializar a fé. Esse tipo de coisa não apenas é um erro, como também um desvio de seu verdadeiro significado.

Por este motivo a maioria dos reformadores procuraram evitar o uso da cruz. Eles achavam que a cruz como um símbolo de identificação do Cristianismo tinha algo de errado. Eles queriam apenas suprimir qualquer tipo de idolatria do Paganismo que pudesse surgir da má interpretação desse símbolo.

A cruz em si não tem nada de especial ou poderoso. Pessoas eram crucificadas pelos romanos frequentemente. O próprio Senhor Jesus foi crucificado no meio de outras duas pessoas que também morreram pregados numa cruz. Isto significa que o ponto central não é exatamente a cruz, mas quem estava nela. O significado da cruz ainda remete à ideia de maldição e morte, a menos que Cristo seja reconhecido como Aquele que se fez maldito para, através da cruz, prover redenção ao seu povo.

De forma geral, o significado da cruz fala de morte. Durante todo período em que a cruz foi utilizada como forma de execução, ela sempre foi identificada como um símbolo de maldição, de condenação e de morte pela maior culpa que alguém deveria ser punido com aquela pena capital. Sob esse aspecto, o significado da cruz também deixa claro a ideia de que a pena do condenado seria irreversível e irrevogável.

Para os cristãos, a figura da cruz também implica nessa mesma idéia, mas seu significado não se resume apenas a uma forma antiga e cruel de execução. A cruz foi o instrumento pela qual o Filho de Deus foi sacrificado da maneira mais perversa possível para expiar o pecado de seu povo.

Na cruz, Jesus Cristo se fez maldito ao tomar sobre si a iniquidade daqueles que mereciam a morte, que somos todos nós. Ele recebeu o castigo da ira divina e morreu em lugar de pecadores. “O castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”, diz o profeta Isaías no capítulo 53. Por isto para os seguidores de Cristo Jesus o significado da cruz nos fala principalmente da redenção, da nossa reconciliação com Deus. Aquela cruz quem tinha que carregar e sofrer toda a maldade de nossos pecados, éramos nós mesmos, mas Jesus nos substituiu e pagou o alto preço da nossa salvação diante de Deus e dos homens.

A cruz deve ser lembrada apenas como símbolo de maldição e foi por isso que Jesus foi pregado nela para nos mostrar a realidade das nossas vidas. Nós é que deveríamos ser pregados nela e Ele, Jesus, assumiu a nossa culpa, a nossa condenação, assumiu a nossa culpa e nos redimiu e nos perdoou e nos livrou da condenação eterna do pecado original. Romanos 3.23 diz bem claro, Rm.3.23 – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”.

Quem nos perdoa e quem nos redimiu foi o Senhor Jesus, ele pagou o alto preço para nos livrar da lei do pecado e da morte. Ele, e não a cruz, venceu a morte, Ele nos comprou por um alto preço e por esta razão devemos adorar única e exclusivamente o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o nosso Redentor, porque o nosso Redentor vive e reina para sempre.

Em Isaías 44:6 assim está profetizado.

6. Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu Sou o primeiro e eu Sou o último, e fora de mim não há Deus.

Basicamente o significado da cruz fala de morte e maldição. A cruz foi durante muito tempo o instrumento de execução mais cruel existente na terra.

Mas por causa dos cristãos e do sacrifício vicário de Jesus naquela dura cruz no calvário, o significado da cruz nos fala principalmente da nossa redenção. Não é a cruz que é a nossa redenção, é Jesus Cristo que nos redimiu da escravidão do pecado e nos libertou da garras de satanás. Jesus Cristo é a nossa redenção.

A cruz é idolatria? Qualquer tipo de uso da cruz é idolatria.

Sejam como pingentes, como imagens ou como tatuagens, o uso da cruz é e sempre será uma idolatria diante de Deus, assim como qualquer outro objeto de idolatria.

Temos visto frequentemente o uso de crucifixos ou da cruz de todos os tipos no meio cristão, principalmente nas ditas “igrejas que se declaram evangélicas” mas são tão idólatras quanto às igrejas do Catolicismo Romano e do Paganismo que adoram a cruz ao invés de adorar ao Senhor Jesus que nela foi pregado. A mensagem da cruz nos fala de morte e condenação e não de libertação. Quando alguém vem a Cristo e deposita todos os seus pecados nos pés de Jesus então essa pessoa é liberta da condenação do pecado. Não é a cruz que nos perdoa e nos liberta, mas sim Jesus.

A adoração da cruz que antes era rejeitado, atualmente tem se fortalecido sem motivos no meio evangélico; embora continue ser pecado e nunca deixou de ser pecado a adoração da cruz, a igreja do Senhor Jesus continua firme no seu propósito contra a idolatria.  

Me responda uma coisa: um cristão convertido chamado pelo Senhor Jesus e que se converteu de verdade, poderia caminhar portando alguma imagem ou colar com um pingente de alguma arma ou algo relacionado à tortura? Vou explicar melhor, poderia um filho de Deus andar com um pingente de revolver ou faca pelas ruas ou onde quer que vá? Claro que não. Não é lícito e nem recomendado.

Não estaria esse cristão refletindo equivocadamente o que Deus significa para ele? Poderia Deus associar-se com alguma forma de tortura? Claro que não. Então, por que os Cristãos evangélicos estão usando agora crucifixos, imagens, tatuagens, fotos de cruz em pingentes e outros adereços de idolatria; porquê usam camisas, camisetas e até colocam banners nos altares das igrejas, nos prédios dos templos com símbolos da idolatria romana, como a cruz?

Sabe-se bem que a cruz é uma forma de tortura e é maldita, essa afirmação é do apóstolo Paulo, (Gl 3:13,14). O uso delas apenas era realizada pelos povos antigos e na época de Jesus era feita pelo povo romano para executar pregados nelas, todos os considerados maus e dignos de morte. Era tamanha a maldição da cruz que as pessoas condenadas a morrer pregado na cruz tinha que carregar a sua própria cruz até do lado de fora da cidade onde era crucificado no monte caveira. A cruz em si mesmo não tem efeito nenhum e sua definição física é apenas duas vigas de madeira perpendicular uma à outra. Logo, por que carregá-la? Se você não concorda em carregar imagens de armas, de drogas, de qualquer objeto de violência ou que leve à  violência por ser uma ‘apologia’ à violência, minimamente falando, por que carregaria no peito algo que gera morte como a cruz?  Reflita que a pena de morte pode até ter sido alterada, mas o sentido é o mesmo.

Por que carregar no peito uma forma de tortura? Se a própria cruz é maldita e até Deus não olhou para Cristo quando estava naquela situação por estar carregando os pecados da humanidade, nós deveríamos levar essa tortura conosco e não Jesus. Mas Jesus levou sobre si toda a nossa culpa.

Algo que tem sido confundido por muitos no meio cristão é o que a crucificação representa e outra o que é uma cruz. A crucificação de Jesus foi o pior ato de maldade com um ser humano inocente; a cruz utilizada foi o pior instrumento de maldade e de maldição que um ser humano inocente nunca deveria ter sido pregado nela.

A Bíblia nos ensina que devemos carregar a nossa cruz.

Em Lucas 9:23 Jesus disse: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me”.

Isso significa que temos que ter responsabilidade de resolver os nossos problemas e dificuldades do dia a dia buscando a orientação e a graça do Senhor Jesus para tais coisas, e isso não significa que temos que ter um objeto de idolatria  do Paganismo para consultar achando que o ídolo, no caso a cruz, nos responderia.  

Jesus não nos fala para levarmos ou carregarmos um símbolo da cruz, mas sim nos mostra que aquele ato de crucificação é o mais horrendo e mais cruel já visto entre os homens. Mas Jesus disse nas suas últimas palavras se dirigindo ao Pai: “perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Jesus ressuscitou ao terceiro dia. Ele nos deu vida abundante e vivemos agora em novidade de vida. O túmulo dEle está vazio, Jesus ressuscitou.

Através da ressurreição, o Pai de Jesus transformou-Se em Nosso Pai, (Jo 20:17). Recorde-se de que Cristo não está mais pendurado no madeiro e nada mais tem com ela, nada mais tem a ver com a cruz. Carregá-la, seja como for, é idolatria e transfigurar a imagem do Deus incorruptível em madeira é pecado.

Os cristãos obedientes à palavra de Deus conhecem que devem ser iconoclastas, ou seja, não admitem nenhum tipo de adoração à imagens de esculturas, quanto mais religiosas possa ser estas imagens, mais elas devem ser rejeitadas.

Para reflexão e discernimento espiritual referente ao assunto, vejam estas referências bíblicas:  Salmos 115, Isaías 44 e Romanos 1:20-32.

Você que gosta de ir nas igrejas evangélicas que adoram a cruz, vejam na matéria do Jornal "Vaticano News" sobre a cerimônia de adoração da cruz no dia da chamada "sexta-feira da paixão" ou "sexta-feira santa".

(A recomendação abaixo é do Papa Francisco sobre o que e como se deve fazer a adoração da cruz no dia da sexta-feira da paixão). 

“A mensagem da cruz está presente na vida de todos os cristãos desde a purificação do pecado com a morte de Jesus pregado na cruz do calvário.

Há absolvição do Sacramento da Reconciliação, até o último momento da vida terrena com a Unção dos enfermos.

Na Sexta-feira Santa, somos convidados a adorar a Cruz para o dom da salvação que conseguimos através da sua vinda. Depois da ascese quaresmal o cristão está preparado para não fugir do sofrimento.

Sobre a Sexta-feira Santa ou sexta-feira da paixão, o Papa recomenda:

A Sexta-feira Santa nasceu como dia da morte de Jesus (dia 14 do mês de Nissan, que caía numa sexta-feira). Trata-se de um dia de luto, acompanhado de "jejum", depois estendido a todas as sextas-feiras do ano. A liturgia é composta de três momentos: Liturgia da Palavra, Adoração da Cruz e Comunhão. Neste dia, por meio desta liturgia, os fiéis são convidados a fixar seu olhar em Jesus Crucificado, que morreu na cruz para cumprir a sua missão salvífica, que o Pai lhe havia confiado: "Eis o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo". O profeta Isaías diz: “Ele tomou sobre si os nossos pecados, as nossas dores e sofrimentos, e nós o julgamos castigado por Deus” (Is 52,13-53,12). Com a sua vida, Jesus pagou um alto preço pela nossa desobediência, mas o fez com amor e por amor: “Sendo rico, Jesus se fez pobre por vós, a fim de vos enriquecer com a sua pobreza” (2Cor 8,9). No contexto desta Sexta-feira Santa, cada um de nós pode ficar diante da cruz e dialogar com o Senhor Jesus sobre os próprios problemas, dramas, sofrimentos. Todas as questões sobre a vida são iluminadas pela Cruz, a ponto de chegarmos a dizer, realmente, que "o coração tem suas razões, que a razão não pode compreender". O Senhor Jesus deve ser acompanhado com amor, até o fim, como Ele o fez.

A Via Sacra foi introduzida na Europa pelo dominicano beato Alvaro De Zamora da Córdoba em 1402 e mais tarde pelos Frades Menores”.

Vejam o que a Bíblia nos diz sobre a adoração da cruz:

Êxodo 20:3-6 diz: - 3"Não terás outros deuses além de mim”.

4"Não farás para ti nenhum ídolo, ne­nhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra.

5Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zelo­so, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam,

6mas trato com bondade até mil gerações aos que me amam e obedecem aos meus mandamentos.

A idolatria em Israel foi a causa de muitas derrotas e cativeiro para o povo Hebreu.

No contexto bíblico, a idolatria é descrita como um pecado grave. No Decálogo, ou seja, nos Dez Mandamentos, encontramos a primeira menção explícita contra a idolatria: “Não farás para ti ídolo nem alguma imagem… Não te encurvarás a eles nem os servirás…” (Êxodo 20:4-5).

Influenciados pela Teologia da prosperidade e de outras teorias, como também heresias, compramos a ideia do mundo ao nosso redor. Pensamos que precisamos de certas pessoas ou coisas sem as quais jamais poderemos viver. Mas esse quadro não é novo. Ele aparece diversas vezes na Bíblia, como no texto de Êxodo 32. Ali, observamos armadilhas associadas à idolatria.

1 O povo, ao ver que Moisés demorava a descer do monte, juntou-se ao redor de Arão e lhe disse: “Venha, faça para nós deuses que nos conduzam, pois a esse Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu”.2 Respondeu-lhes Arão: “Tirem os brincos de ouro de suas mulheres, de seus filhos e de suas filhas e tragam-nos a mim”. 3 Todos tiraram os seus brincos de ouro e os levaram a Arão. 4 Ele os recebeu e os fundiu, transformando tudo num ídolo, que modelou com uma ferramenta própria, dando-lhe a forma de um bezerro. Então disseram: “Eis aí os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito!” 5 Vendo isso, Arão edificou um altar diante do bezerro e anunciou: “Amanhã haverá uma festa dedicada ao SENHOR”. 6  Na manhã seguinte, ofereceram holocaustos e sacrifícios de comunhão . O povo se assentou para comer e beber, e levantou-se para se entregar à farra.7 Então o Senhor disse a Moisés: “Desça, porque o seu povo, que você tirou do Egito, corrompeu-se. 8 Muito depressa se desviaram daquilo que lhes ordenei e fizeram um ídolo em forma de bezerro, curvaram-se diante dele, ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: ‘Eis aí, ó Israel, os seus deuses que tiraram vocês do Egito’”.

A falta de vigilância trouxe a armadilha da idolatria para Israel. (Êx 32.1-4)

A primeira armadilha da idolatria, (e sua própria causa) aparece nos versículos 1- 4. Moisés havia subido ao monte Sinai para receber os mandamentos de Deus a serem transmitidos ao povo de Israel, (24.12,18). Ali, permaneceu na presença de Deus por 40 dias (24.18). O povo no meio do deserto, preocupado com a demora de Moisés em retornar, fez um pedido a Arão, o responsável por cuidar da nação enquanto Moisés estivesse no Monte, (24.14). Eles querem um deus que os guie em sua caminhada pelo deserto, (v. 1). Mas qual é o motivo? Deus não havia cuidado deles e os tirado do Egito? Por que, então, pedir para que Arão fizesse um deus, um ídolo? A razão é apresentada pelo próprio povo. Porque Moisés, o homem que os havia tirado do Egito, não aparecera e não sabiam o que havia acontecido com ele. Perceba que a confiança quanto à libertação do Egito não estava posta sobre Deus, mas sobre o homem que Deus havia usado para libertar o povo.

Várias vezes o livro de Êxodo apresenta o responsável pela libertação do povo da escravidão do Egito, (Êx 12.42; 16.6; 20.2; 29.46). Sempre Deus é o Salvador. Aquele que tirou Seu povo escolhido do jugo da escravidão egípcia. Mas aqui Moisés é considerado o responsável por isso, e o fato de ele não estar presente levou a nação a buscar deuses visíveis e palpáveis, assim como era visível a figura de Moisés.

Deus já havia dado o remédio para a idolatria em Êxodo 20.2,3, e o povo havia se comprometido a obedecer aos mandamentos do Senhor, (Ex 24.3). Ironicamente, os versículos 1-4 são o exemplo de como desobedecer na sequência exata os mandamentos estabelecidos para a nação israelita. Primeiramente, eles se esqueceram que Deus fora o responsável pela libertação, conforme a introdução de Êxodo 20 (os Dez Mandamentos) faz questão de lembrar. Como consequência, desejaram ter outro deus que não o Senhor, o primeiro mandamento que está ligado à introdução. Deus como o libertador era o único digno de ser reconhecido como Deus, pois, agora, Israel pertencia exclusivamente a Ele, não mais ao Faraó.

E, então, fizeram uma imagem de escultura, algo que havia sido condenado no segundo mandamento. Pois Deus era esse Deus “absconditus”, (Deus escondido), como chamava Martinho Lutero. Uma mistura de nuvem com coluna de fogo, que se aproximou do povo no Monte de Sinai em uma combinação de trovão, raios, chamas de fogo, fumaça e um (3) forte som de trombeta (Êx 19.16ss). Um Deus incomparável que imagem nenhuma poderia representar. Mas o povo duro de coração (v. 9) ainda não aprendera com tudo que havia presenciado e fez uma imagem de um bezerro exatamente como havia aprendido no Egito. O deus Ápis era representado por um bezerro e transmitia a ideia de poder e fertilidade. O tempo no deserto ainda não havia sido suficiente para limpar a maldade do coração idólatra de Israel.

Sim, porque, tão logo experimentamos um pouco de qualquer divindade pela contemplação do universo, em seguida abandonaremos o Deus verdadeiro? e em Seu lugar erigimos os sonhos e as imaginações do nosso cérebro, que é o caso do bezerro de ouro? (João Calvino).

Conosco, hoje, esse mesmo processo acontece. Quando colocamos nossa dependência em objetos ou pessoas que não são Deus, caminhamos então para a idolatria. É o caso da cruz. Se queremos algo palpável e se Deus parece “um ser distante”, então por isso preferimos confiar no que podemos tocar e ver, dando vazão à idolatria?

Então muitas pessoas acham que é mais fácil dizer:

- Foi o trabalho (e não Deus) que me concedeu dinheiro pra pagar a faculdade.

- O trabalho (e não Deus) garantirá meu futuro. Esse negócio de Deus não dá estabilidade financeira para ninguém. Não posso parar de trabalhar.

- Meu namoro ou amizades (e não Deus) me dão alegria para viver.

- O estudo da faculdade (e não Deus) garantirá o meu futuro.

- A viagem dos meus sonhos ( e não Deus) me fará feliz.

- O sexo me trará prazer total, ( e não Deus).

- Minha família (e não Deus) me dá segurança e sustento. Se alguém morrer, não sei o que será de mim.

- Eu preciso comer isso pra tranquilizar minha ansiedade. ( e não Deus tranquiliza a minha ansiedade).

Hoje em dia tudo gira em torno do “eu" e não de Deus.

Obediência e adoração aos ídolos é pecado. (Êx 32.5,6)

Já que Moisés o representante de Deus  não estava ali, então, o próprio bezerro passou a receber o nome de deus e ser adorado pelo povo. Mais um mandamento quebrado, agora o terceiro: “Não tomarás o nome de YHWH, teu Deus, em vão”. Não bastava colocar sua dependência em (4) alguém que não fosse Deus. Agora, chamavam o próprio bezerro do nome que pertencia ao Senhor. E isso implicava não só dependência do bezerro para guiar o povo (v. 1), mas também dispor o coração em aliança com o bezerro. Assim acontece com a adoração à cruz.  

Agora reverenciavam o bezerro de ouro para fazer a vontade dele e cultuá-lo conforme aprenderam no Egito. A consequência foi, como parte do culto (sacrifícios, comidas e bebidas), uma verdadeira orgia. Um ritual sexual. Eles, realmente, entregaram-se à farra como era costume nos cultos aos deuses do Egito. Deus deixou de ser Senhor para eles. O que Ele havia pedido para o povo já não importava mais. O que importava era curtir o momento. Satisfazer às paixões, assim também acontece em nossos dias, depois de muita orgias e festas mundanas no carnaval e nas festas das bacanais vem um momento de idolatria da cruz na sexta-feira da paixão depois de tantas orgias sexuais. Não havia mais absoluto respeito por Deus, nem pureza de coração, não havia mais santidade, tudo era idolatria da carnalidade e do desrespeito às ordens de Moisés e dos mandamentos de Deus,  (Êx 19.5,6). Sempre que estabelecemos uma pessoa ou um objeto no lugar de Deus, a consequência é deixarmos de prestar reverência e culto a Deus e reverenciarmos e obedecermos ao ídolo  seja que ídolo for.

Assim aconteceu com Israel e assim acontece com quem se distancia do Espírito Santo de Deus.

- Israel deixou de ter tempo com Deus, (Mt 6.31) e o povo de Deus também não se importaram, não se importam em obedecer as ordens de Deus,  (Hb 3.12,13; 10.24) para dedicar tempo ao seu ídolo, ao seu trabalho ou ao seu estudo, pois ele exige isso de mim, e ainda dizem: “O trabalho ou o estudo e a faculdade é o meu pastor e nada me faltará.”

- Israel passou a ficar ansioso por algo e deixo de confiar em Deus, queriam voltar ao Egito ao lembrar das panelas de carne e outras comidas que lá comiam. Certamente poderiam dizer “Lancem as suas ansiedades sobre a comida ou sobre alguém que pode te ajudar, e ela/e cuidará de você”.

- Israel desonrou a Deus na sua comunhão com Ele e quebrou princípios estabelecidos por Ele. “Como a corça suspira pelas águas, assim a minha alma suspira por meu bezerro de ouro”.

- Há duas saídas distintas para cada crente escolher: Ou eu minto ou eu concordo com coisas erradas, sem me posicionar, porque, se obedecer a Deus perderei tudo o que conquistei. Jó Capítulo 1 nos dá um parâmetro do que acontece com aqueles que confiam em Deus.

Aprendemos no decorrer da vida que uma das maneiras de Deus nos libertar do engano dos ídolos é zombar da insignificância desses ídolos. Isaías 44:8-20 estabelece uma situação assim. Eis o que a Bíblia diz sobre a insensatez dos ídolos.

A insensatez da idolatria da cruz. Isaías 44:8-20.

8. Não vos assombreis, nem temais; porventura, desde então, não vo-lo fiz ouvir e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que eu conheça.
9. Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum valor; e suas mesmas testemunhas nada veem, nem entendem, para que eles sejam confundidos.
10. Quem forma umdeus e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum valor?
11. Eis que todos os seus seguidores ficarão confundidos, pois os mesmos artífices são dentre os homens; ajuntem-se todos e levantem-se; assombrar-se-ão e serão juntamente confundidos.

12. O ferreiro faz o machado, e trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome, e a sua força falta, e não bebe água, e desfalece.
13. O carpinteiro estende a régua, e emprega a almagra, e aplaina com o cepilho, e marca com o compasso, e faz o seu deus à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa.
14. Tomou para si cedros, ou toma um cipreste, ou um carvalho e esforça-se contra as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer.

15. Então, servirão ao homem para queimar; com isso, se aquenta e coze o pão; também faz um deus e se prostra diante dele; fabrica uma imagem de escultura e ajoelha diante dela.
16. Metade queima, com a outra metade come carne; assa-a e farta-se; também se aquenta e diz: Ora, já me aquentei, já vi o fogo.
17. Então, do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e lhe dirige a sua oração, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus.
18. Nada sabem, nem entendem; porque se lhe untaram os olhos, para que não vejam, e o coração, para que não entendam.
19. E nenhum deles toma isso a peito, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei, e cozi pão sobre as suas brasas, e assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ia eu ao que saiu de uma árvore?
20. Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado o desviou, de maneira que não pode livrar a sua alma, nem dizer: Não há uma mentira na minha mão direita?

Nunca adore qualquer ídolo por mais privilegiado que seja, tudo que apareça ou pareça que é objeto de adoração, rejeite e adore somente a Deus.

Apesar de não possuir um corpo físico, a Bíblia descreve Deus com características materiais. Deus não possui um corpo físico como o nosso. Logo, Ele é descrito por Jesus Cristo como sendo espírito.

Em João 4:24, nós lemos: “Deus é Espírito e importa que os seus adoradores o adorem em Espírito e em verdade”.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pastor Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.