sexta-feira, 22 de setembro de 2017

PARA QUE SERVE O PÚLPITO. I

PARA QUE SERVE O PÚLPITO. PARTE I

Para que serve o púlpito. Parte I

Primeiramente precisamos definir o que é púlpito. Praticamente todas as igrejas protestantes utilizam esse móvel chamado púlpito para que os preletores pastores preguem. Ele encontra-se no centro da plataforma, geralmente elevada, dando assim uma conotação de autoridade e centralidade.
O púlpito surgiu nos templos pagãos, sendo oficializado na Idade Média pela igreja Católica como, de fato, o local propício para a pregação.
Na Reforma Protestante o altar foi praticamente removido, deixando toda a atenção dedicada ao púlpito, reforçando ainda mais a centralidade da pregação. Portanto, isso tudo quer dizer que nem Jesus, nem os apóstolos, muito menos os pais da Igreja pregaram em púlpitos.
Então, para que fique claro, o púlpito em si tem a sua devida importância física mas o que importa mesmo é que somos o templo do Espírito Santo; no que diz respeito à pregação do Evangelho somos instados a fazê-lo mesmo porque a Nova Aliança não é mais tão focada em templos, altares, púlpitos ou plataformas, mas na ação do Espírito Santo nos crentes em Cristo Jesus.
Portanto, o púlpito ao qual me refiro não é aquele de madeira utilizado nos templos, mas qualquer oportunidade em que compartilhamos das Boas Novas de grande alegria, que é o evangelho puro e simples de Jesus Cristo.
Sendo assim, comecemos pelo mais fácil:
Para que o púlpito não serve.
1. Para jogadas de poder, principalmente político: De fato, nenhuma barganha, nenhum privilégio e nenhuma bandeira, por mais pura que seja, justifica a abertura do púlpito a politicagem. A igreja precisa de uma vez por todas posicionar-se contra qualquer manobra política que a envolva. Mas obviamente que um cristão maduro nutrirá uma consciência política com relação à escolha de seus governantes.
2. Para seminários de auto-ajuda ou palestras motivacionais: Os pastores de hoje em dia, mesmo que sem intenção acabam caindo nos discursos de auto-ajuda. Sete passos, doze chaves, cinco pedras. Isso tudo é filosofia barata, que não serve para o amadurecimento de um crente, apenas mais muletas e sonhos ilusórios. Preguem a ajuda que vem do alto! Preguem instruções que possam corroborar com o crescimento espiritual e Ministerial dos crentes.
3. Para barganhas financeiras: Assunto já muito batido por vários escritores e blogueiros, mas sempre válido. Precisamos acabar de uma vez por todas com as pregações que ensinam o crente a barganhar com Deus, entregar o dízimo ou dar oferta não é moeda de troca com o Todo-Poderoso, que nunca mendigaria moeda nenhuma, e quando precisou tirou dinheiro da boca de um peixe.
Ensinem com amor  o que a bíblia diz, sejam dizimistas, ofertem com liberalidade e plena consciência de que isso é um gesto de amor.
4. Para pastorear seu grande rebanho muitos e muitos pastores bem intencionados tem caído no erro crasso de tentar resolver os problemas dos membros da sua congregação através das pregações, podemos chamar de pastoreio à distância. Palavras direcionadas e expectativas de reações das pessoas nos apelos acabam levando pastores à loucura. Se um membro tem problema, chame-o e resolva, não submeta a igreja toda aos problemas dos outros.
5. Para stand-up comedy: Essa é nova, mas é velha ao mesmo tempo. Muitos pastores estão se achando os comediantes da vez. Cheios de piadas, situações inusitadas, histórias ridículas confidenciadas em seus gabinetes, ilustrações toscas. A platéia cai na gargalhada, e sai do culto lembrando mais das anedotas do que da Palavra de Deus. Amigos, deixem as piadas para os comediantes e procurem que a congregação saia dos cultos lembrando apenas da maravilhosa palavra de Deus.
6. Para sua própria terapia: Por mais tentador que seja, é ridículo o quanto nossos líderes usam do púlpito para aliviar suas frustrações cotidianas. Travestem seus relatos com o manto da “transparência” de vida e mais falam de si mesmos do que da infalível palavra de Deus.
A lista poderia ser bem mais extensa. Acredito que estes são os pontos principais que teem levado nossos púlpitos a serem usados de maneira errônea e até mesmo inconvenientemente impedindo o agir pleno do poder de Deus. VEJAM A PARTE II.
Pr. Waldir Pedro de Souza.

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