terça-feira, 2 de abril de 2019

A ASCENSÃO DE JESUS AOS CÉUS

A ASCENSÃO DE JESUS AOS CÉUS 

A ascensão de Jesus é um fato verídico e os discípulos estavam com Ele para esta despedida. Todos ficaram maravilhados vendo Jesus dando as últimas recomendações, os últimos conselhos a eles e logo em seguida sendo elevado aos céus onde uma nuvem o ocultou.

Quarenta dias depois que se apresentou vivo com muitas provas incontestáveis de sua ressurreição,  Jesus foi elevado às alturas à vista de seus discípulos. (Mc 16.19; Lc 24.50, 51; At 1.9). 

A esse acontecimento histórico dá-se o nome de ascensão. Ele marca o término da missão visível de Jesus, quando o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). 

Jesus é o Pão vivo que desceu do céu (Jo 6.33) e que, depois de morto e ressuscitado, retorna ao céu. (Jo 20.17). 

A ascensão põe fim à convivência objetiva e familiar de Jesus com os discípulos, até seu regresso no final dos tempos. No intervalo entre a ascensão e a segunda vinda de Jesus, a comunhão do crente com Ele é subjetiva e pessoal, caracterizada pelas providências e provisões inerentes à fé no Filho unigênito de Deus o nosso Papai eterno.

A ascensão de Jesus é muito mais do que uma simples despedida. 

Ela significa a restauração da glória indizível que o Filho de Deus tinha antes da encarnação. 

No momento da ascensão, “Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”. (Fp 2.9-11). 

É isso que declara o evangelista: “O Senhor Jesus foi elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus” (Mc 16.19). Assentar-se à direita do Pai é ocupar a posição de Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Depois da ascensão de Jesus, é muito fácil entender o Salmo 110, atribuído a Davi (Mt 22.44) que diz: “O Senhor Deus, o Pai, disse ao meu Senhor Deus, o Filho: Assenta-te à minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés”.

A ascensão é o cumprimento dessa profecia inconsciente de Davi (ele falou pelo Espírito, como o próprio Senhor Jesus admitiu).

Os escritores do Novo Testamento entendem que o ato de sentar-se à direita de Deus significa a exaltação máxima de Jesus. 

Em seu discurso no dia de Pentecostes, Pedro declara: “Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo”. (At 2.36). 

Ao se referir à ascensão, Paulo escreve que Jesus está “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, não apenas nesta era, mas também na que há de vir” (Ef 1.21).

Essa exaltação de Jesus não é estática, mas dinâmica. O fim dos tempos virá quando Jesus “entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder”. (1 Co 15.24). 

A redenção não estará completa “até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés”. (1 Co 15.25). 

Esses inimigos não são inimigos físicos, mas poderes espirituais e invisíveis da maldade nos ares celestiais. A morte é “o último inimigo a ser destruído” (1 Co 15.26). 

Os antigos cananeus “entendiam a morte como um deus, cujo lábio inferior toca a terra e o superior o céu, de modo a engolir tudo” (Bíblia de Genebra). É por essa razão que Bildade se refere à morte como “o rei dos terrores” (Jó 18.14).

 Por aí se vê o tamanho da autoridade de Jesus.

Jesus não está assentado no pó nem no chão, por falta de trono, como aconteceu com a Babilônia (Is 47.1), mas à direita da Majestade nos mais altos céus.

A ascensão de Jesus aconteceu no Monte das Oliveiras (At 1.12), nas proximidades de Betânia. (Lc 24.50). 

Ao ser elevado aos céus, Jesus estava com as mãos erguidas para abençoar os circunstantes (Lc 24.51). 

Quando Ele desaparecia nas alturas, dois anjos surgiram diante dos discípulos para lhes dizer: “Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir” (At 1.11).

Qual é o significado da ascensão de Jesus? Como aconteceu?

A ascensão de Jesus marcou o fim de seu ministério, no seu corpo físico de ser humano, na terra.

Jesus subiu ao Céu para estar junto do Pai e interceder por nós como nosso Advogado fiel. Mas ele não nos deixou sozinhos, Ele enviou o Espírito Santo que intercede por nós junto ao Pai, até com gemidos inexprimíveis. Rm. 8.26-27.

Ele enviou o Espírito Santo para estar conosco para sempre.

Quando Jesus ressuscitou, ele apareceu a muitos discípulos ao longo de 40 dias (Atos dos Apóstolos 1:3). Durante esse tempo, ele ensinou os discípulos e preparou-os para sua grande missão: pregar o evangelho a todos os povos. Depois desses 40 dias, Jesus subiu ao Céu.

A ascensão de Jesus aconteceu no monte das Oliveiras, nos arredores de Betânia, que ficava perto de Jerusalém. Ele tinha acabado de comer com seus discípulos e os avisou que deveriam esperar em Jerusalém até serem batizados com o Espírito Santo. 

Então ele subiu ao céu e uma nuvem o encobriu da vista dos discípulos. (Atos dos Apóstolos 1:9).

Enquanto ainda estavam olhando para cima, dois homens de branco apareceram e explicaram que Jesus tinha ido embora mas um dia iria voltar. Seu retorno seria semelhante à sua ascensão (Atos 1:10-11). Um dia Jesus vai descer do Céu.

A importância da ascensão de Jesus para o Cristianismo. 

Antes de subir ao Céu, Jesus explicou por que tinha de ir embora. O Espírito Santo somente viria depois de sua ascensão (João 16:7-8). Jesus ensinou muitas coisas durante seu ministério na terra mas o Espírito Santo iria capacitar os discípulos a entendê-las.

O Espírito Santo convence o mundo da verdade. Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo e nos capacita a crer em Jesus. Através do Espírito Santo ficamos unidos a Deus, recebemos dons espirituais e ficamos com a capacidade para entender a palavra de Deus. Ele nos dá acesso direto a Jesus em todo tempo e em todo lugar!

A ascensão de Jesus também marcou o início de seu trabalho como intercessor junto do Pai. Jesus é o nosso “advogado de defesa”, diante de Deus Pai, justificando a todos que creem nEle.

Jesus reina do Céu e um dia voltará para levar todos os salvos para morar com ele. (Hebreus 10:12-14).

O significado principal da ascensão de Jesus aos céus.    

Após a ressurreição de Jesus, os discípulos achavam-se confusos, temerosos e um tanto desorientados com medo e terrivelmente abalados com o que fizeram com Seu mestre,  o Senhor Jesus. 

Reuniram-se no Cenáculo, o mesmo aposento usado para a celebração da ceia do Senhor. Ali, aguardavam as horas se passarem para ver o que lhes aconteceria.

O evangelho de João, no capítulo 20, nos versos 19 a 25, relata a interessante experiência que os discípulos vivenciaram no dia da ressurreição quando o Senhor se apresentou entre eles. Tomé estava entre seus companheiros e viu Jesus ressurreto e creu.

Estando as portas do aposento totalmente fechadas, Jesus apareceu. Esta cena se repetiu oito dias depois, da ressurreição. João 20:26-31.

Os outros evangelistas apresentam alguns lances mais desse período, que de acordo com livro de Atos, capítulo 1.3 foi de 40 dias. Esse espaço curto de tempo Jesus usou especialmente para confirmar a fé dos discípulos mais chegados e passar-lhes instruções especiais quanto ao que deveriam fazer após Sua partida.

E foi assim que achando-Se a um passo de volta ao Seu trono celestial, Jesus deu novamente aos discípulos a grande comissão, registrada em Marcos 16:15: "Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a criatura".

Esta comissão Jesus havia transmitido aos Seus discípulos quando juntos haviam estado no Cenáculo. Porém um maior número de Seus seguidores deveria ouvir isso também.

Desta maneira, num lugar da Galileia se realizou esta solene reunião. Em I Coríntios 15:6 lemos: "E, depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos." 1Coríntios 15:6.

Para esta reunião, o próprio Senhor Jesus, antes de Sua morte, designara o tempo e o lugar. (Mateus 26:32). O anjo no sepulcro, relembrara os discípulos de Sua promessa de os encontrar na Galileia. (Marcos16:7).

Esta notícia se espalhara entre os seguidores do Mestre e com interesse aguardavam esse encontro. Vindos de várias direções, dirigiam-se ao lugar da reunião.

Reunidos em pequenos grupos na encosta da montanha, buscavam saber tudo quanto era possível dos que tinham estado com Jesus após a ressurreição. Os 11 discípulos testemunhavam do que haviam visto e ouvido. Tomé lhes contava a história de sua incredulidade e dizia como suas dúvidas haviam se dissipado.

Então achou-se Jesus no meio deles.

Em Suas mãos e pés divisaram os sinais da crucificação. Seu semblante irradiava uma glória especial, esta foi a única entrevista com muitos crentes, depois de sua ressurreição.

As palavras de Cristo na encosta da montanha foram o anúncio de que seu sacrifício em favor do homem era pleno, completo. As condições para expiação haviam sido cumpridas.

Concluíra a obra para a qual viera ao mundo. E agora achava-se a caminho de volta ao trono celestial. 

E, então, revestido de ilimitada autoridade repetiu a todos a comissão dada aos 11 discípulos: "portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." Mateus 28:18 e 20.

Jesus Cristo declarou-lhes mais acuradamente sobre  a natureza do Seu reino Celestial. Disse-lhes não ter sido seu desígnio estabelecer no mundo um reino temporal, mas sim espiritual. Não haveria de governar como rei terrestre no trono de Davi.

Jesus mostrou-lhes que tudo quanto havia se sucedido estava predito nas Escrituras através dos ensinos dos profetas. Jesus ordenou que os discípulos iniciassem a obra em Jerusalém.

Mas, não deveriam parar aí. Deveriam levar a mensagem a todos os lugares até os confins da Terra. Prometeu-lhes o poder do Espírito Santo, para que pudessem fazer, em nome de Jesus os mesmos sinais e maravilhas.

Depois desta grande reunião, Jesus estava pronto para as despedidas. Os discípulos já não relacionavam mais a Jesus com a cruz e o sepulcro. Para eles, Jesus era agora o Salvador, o verdadeiro filho de Deus, como Ele mesmo anunciava.

Como local de Sua ascensão, Jesus escolheu o Monte das Oliveiras, tantas vezes consagrado por Sua presença.

Com os discípulos, dirigem-se então para aquele local. Com as mãos estendidas em posição de bênção, Jesus ascende lentamente dentre eles.

Lucas narra assim a ascensão de Jesus: "E quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas e uma nuvem O recebeu, ocultando-O, a seus olhos. 

E estando com os olhos fitos nos Céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões de branco, os quais lhe disseram: "Varões galileus, porque estais olhando para o Céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir”. Atos 1.9-11.

Os discípulos voltaram para Jerusalém e já não mais se lamentavam, antes sim, estavam cheios de louvor e gratidão a Deus. Com regozijo contavam a maravilhosa história da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão ao Céu.

Não tinham mais qualquer desconfiança do futuro. Sabiam que Jesus estava no Céu e que continuariam dali por diante a obra de anunciar o evangelho a todas as gentes, raças, tribos, povos e nações.

Jesus retorna ao Céu vitorioso. Seu sacrifício foi aceito pelo Pai, Seu sacrifício não foi em vão.  Satanás está derrotado. É um inimigo vencido. 

O caráter de Deus outrora manchado por suas acusações infundadas, agora está plenamente reivindicado. Todo o Universo tem convicção de que Deus é Santo, e Sua Justiça e Amor são infalíveis e que o Seu amor é eterno, dura para sempre. 

Jesus carregará para sempre as marcas nos pés e nas mãos que mostram o Seu sofrimento e morte para a Salvação do ser humano, para todos os que o aceitassem como único e suficiente Salvador de suas vidas. 

Este é um laço que jamais se partirá. Jesus disse: ". . . Eu subo para meu Pai e vosso pai, meu Deus e vosso Deus”. João 20.17.

A família no Céu e a família na Terra, são uma só. Para o nosso bem Jesus subiu ao Céu. Para o nosso bem Ele vive. A nossa esperança da Glória, agora já não é em vão, já não é apenas uma promessa, mas agora é real.

Jesus veio aqui, morreu por nós, ressuscitou e foi para o céu.

Os discípulos O viram subindo e pela graça nós poderemos vê-Lo voltando para arrebatar a sua noiva,  a igreja lavada e remida no sangue do Cordeiro.

Ele foi preparar lugar para a sua igreja querida. Ele disse aos seus discípulos em João capítulo 14:1-3,6.

1. Não se turbe o vosso coração; Credes em Deus, crede também em mim.

2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. 

3. E, quando Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.

6. Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor 


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