segunda-feira, 15 de abril de 2019

APOLOGÉTICA É A DEFESA DA FÉ CRISTÃ

APOLOGÉTICA É A DEFESA DA FÉ CRISTà


A importância da apologética para a igreja Cristã nos dias atuais.

Apologética é a disciplina ou matéria de estudo de Teologia que ensina-nos sobre a defesa da nossa fé Cristã. 

“A Apologética é uma disciplina essencial à Igreja, face aos muitos modismos hereges e teológicos do mundo moderno, movimentos religiosos e sectários que avançam no Brasil e no mundo afora”.

Tito 1.1-16 diz o seguinte:

1.    Paulo, servo de Deus e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade, 

2. em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos, 

3. mas, a seu tempo, manifestou a sua palavra pela pregação que me foi confiada segundo o mandamento de Deus, nosso Salvador,

4. a Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador.

5. Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:

6. aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. 

7. Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;

8. mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, 

9. retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes.

10. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, 

11. aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por torpe ganância. 

12. Um deles, seu próprio profeta, disse: Os cretenses são sempre mentirosos, bestas ruins, ventres preguiçosos.

13. Este testemunho é verdadeiro. Portanto, repreende-os severamente, para que sejam sãos na fé, 

14. não dando ouvidos às fábulas judaicas, nem aos mandamentos de homens que se desviam da verdade. 

15. Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contaminados e infiéis; antes, o seu entendimento e consciência estão contaminados. 

16. Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.

A Apologética portanto é uma disciplina essencial à Igreja em sua missão principal, que é pregar a verdadeira salvação que o Senhor Jesus nos trouxe e nos oferece gratuitamente, proporcionando a cada Cristão uma base sólida de defesa da fé.

Atualmente, e talvez agora mais do que nunca, deparamo-nos com muitos desafios no que tange à pureza do Evangelho, face aos muitos modismos teológicos e movimentos religiosos e sectários que avançam no Brasil e no mundo, que deixaram de lado a pureza e a simplicidade do evangelho do Senhor Jesus e se embrenharam por “caminhos tortuosos” e “evangelhos fabricados” ao sabor das multidões. 

Compreender adequadamente a verdade do Evangelho e ter condições de expô-la e defendê-la diante da sociedade faz-se necessário, tendo em vista glorificar a Deus e preservar a pureza doutrinária das Escrituras. 

E isso é essencial, uma vez que se não compreendemos adequadamente essas maravilhosas verdades escriturísticas, consequentemente nossa relação com Deus e com o mundo também será afetada de tal maneira que não saberemos diferenciar uma coisa de outra, ou seja, não saberemos diagnosticar o pecado como pecado; não saberemos diagnosticar o que é agradável a Deus daquilo que não lhe é agradável. 

Uma vida cristã sadia, de fato, passa pela adequada compreensão da mensagem bíblica. 

E a Apologética contribui diretamente nesse sentido, na medida em que confronta os falsos ensinos face à pureza da Palavra de Deus.
Por natureza, a Apologética constitui-se uma disciplina salutar à fé cristã, frente aos embates com os sectários e contradizentes. 

Sem contar que cai sobre nós cristãos não só a responsabilidade de defesa própria, mas serve ainda, na formação da cultura, na proteção do rebanho, na evangelização individual e em massa e em missões domésticas e transculturais, como veremos. 

Antes, entretanto, causa-nos preocupação o fato de muitos cristãos desconhecerem essa matéria, principalmente os líderes religiosos e, por isso, não terem a capacidade de dialogar com adeptos de várias religiões e de seitas em defesa do evangelho da verdade.

Um destacado apologista, com razão, observou:

A expressão “a fiel palavra, que é conforme a doutrina” pode ser interpretada como um fruto gerado pelo conhecimento teológico. 

E a expressão “convencer os “contradizentes”, pode ser interpretada como um ato de evangelizar pessoas que professam uma fé distinta do genuíno cristianismo.

É estreita a relação entre teologia e apologética. Esta última é uma subdivisão da teologia. E, como a teologia prima pelo conhecimento de Deus e de Sua Palavra sem distorções ou erros, logo a apologética nos serve de base para identificarmos e combatermos quaisquer desvios teológicos e doutrinários.

Acertadamente, a Bíblia mostra-nos como a apologética é fundamental para a igreja. 

Ela escreve: Sabemos que a grande ocorrência da apostasia em nosso meio envolve seitas pseudocristãs, ou seja, aquelas que mais se assemelham com o cristianismo. Isto se deve ao emprego distorcido dos fundamentos teológicos facilmente aceitos entre os crentes incautos. 

É como se fosse um disfarce do cristianismo, uma maquiagem para a verdade cristã.

Quando um crente encontra-se desabilitado para defender sua fé, ele fatalmente está propenso ao engano.

Disse um certo apologista: “Que ninguém creia que o erro doutrinário seja um mal de pouca importância. Nenhum caminho para a perdição jamais se encheu de tanta gente como o da falsa doutrina”. 

A tragédia espiritual de inúmeros crentes é que eles não atentam para isso e não são ensináveis, ou seja, não aceitam que alguém lhes ensinem a verdade do Evangelho pleno.

O apologista também alertou que é conhecendo a verdadeira nota, ou cédula do nosso dinheiro, que conseguimos identificar a falsa.

É possível ser um teólogo e não ser apologista, embora isso não seja plausível. Entretanto, é impossível ser um apologista sem ser um teólogo. Todo crente deve se esforçar para ter conhecimento as palavra de Deus, às vezes, até mais do que seu líder espiritual. 

O conhecimento das doutrinas fundamentais da Bíblia é o maior baluarte contra o erro. Todo o engodo está na deturpação das Escrituras, na distorção da doutrina. Uma teologia voltada para a apologética certamente evitaria os modismos que têm causado escândalo entre os evangélicos em nosso país. 

Vejamos o que o apóstolo Paulo orientou a Timóteo: “Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem”. (1Tm 4.16). A Tito, ele declarou: “Em tudo, te dá por exemplo de boas obras; na doutrina, mostra incorrupção, gravidade, sinceridade”. (Tt 2.7).

As doutrinas bíblicas são melhores expressadas e defendidas quando têm o seu caráter apologético bem fundamentado. 

A apologética cristã é uma disciplina da teologia cuja finalidade é defender os princípios bíblicos por ela (teologia) expressos. 

Assim, a apologética visa combater os desvios doutrinários identificados nas diversas disciplinas teológicas, especialmente nas doutrinas essenciais, como a natureza divina de um só Deus dividido em três pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo, a encarnação, morte e ressurreição de Jesus Cristo; o nascimento virginal de Jesus, entre outras.

Observando esta relação, podemos concluir que a apologética atua em função da teologia. É porque os princípios doutrinários existem e são distorcidos que a apologética é necessária. Logo, todos os elementos da apologética dependem e convergem para a teologia. Com isso em mente, entendemos que a apologética será conduzida de acordo com a teologia que quer defender. 

Portanto, se alguém possuir algumas doutrinas distorcidas como base, sua apologética seguirá a mesma tendência, será uma “apologética defeituosa”, visto que atuam com espírito de engano, fazendo-se passar como verdade.
  
Uma das funções da apologética como alistadas no primeiro parágrafo dessa sessão é a formação da cultura. 

A tarefa mais ampla da apologética cristã é ajudar a criar e manter um ambiente cultural em que o evangelho possa ser ouvido como uma opção intelectualmente viável para homens e mulheres pensantes que querem o bem para si e para os que estiverem ao seu redor.

A apologética é, portanto, vital na fomentação de um ambiente cultural em que o evangelho pode ser ouvido como uma opção viável para pessoas pensantes que humildemente obedecem se dobram diante de princípios doutrinários necessários à vivência de sua fé.
  
Na maioria dos casos, não serão argumentos ou evidências que levarão as pessoas à fé em Cristo, essa é a meia-verdade vista pelos detratores da apologética, não obstante, será a apologética que, ao tornar o evangelho uma opção crível para as pessoas, lhes dará, por assim dizer, o aval intelectual para crer.

Por isso, é vitalmente importante que preservemos um ambiente cultural em que o evangelho é ouvido como uma opção viva para a humanidade, e a apologética será essencial para ajudar a produzir esse resultado de crermos no sacrifício vicário de Jesus Cristo na cruz do calvário. 

Podemos também asseverar que a apologética serve para proteger o rebanho do Senhor Jesus dos ardis de Satanás e dos falsos mestres, que são lobos vorazes. 

O fortalecimento do rebanho faz-se necessário para que o mesmo consiga discernir os laços enganadores das seitas que, em grande parte, são sigilosos para alcançar êxito na empreitada de seduzir adeptos à sua cosmovisão. 

O antídoto contra as visões distorcidas é a Palavra de Deus e por isso devemos aplicar a apologética correta para nossa sobrevivência na fé.

Um rebanho bem alimentado não dará problemas. Devemos lembrar cotidianamente que temos uma nobre missão de Deus para estarmos “alimentando o mundo com a palavra de Deus “. 

Devemos, portanto, ter o cuidado e ter o zelo de ministrar a palavra de Deus em todas as reuniões e cultos, dando a primazia de oferecer aos seus ouvintes ou seu rebanho um alimento sólido e farto, recheado com o frescor e o refrigério da imutável palavra de Deus. 

Devemos investir tempo e recursos na preparação dos membros da Igreja, sejam novos convertidos, neófitos na fé, leigos ou letrados e ou diplomados; todos devemos buscar conhecimento de Deus e de sua palavra. 

Escolas bíblicas bem administradas ajudam o nosso povo a conhecer melhor a Palavra de Deus. Um curso de batismo mais extensivo, abrangendo detalhadamente as principais doutrinas, refutando as argumentações dos sectários e expondo-lhes a verdade, será útil para proteger os recém convertidos dos ataques das seitas e heresias.

É fato consumado que toda igreja para lograr êxito em relação à saúde espiritual de seus membros, precisa investir no treinamento dos mesmos, pois, do lado das seitas, há um investimento pesado em seus adeptos, no intuito de prepará-los para fazerem novos discípulos. 

Nesse sentido, o alerta de Paulo é bem pertinente com relação ao cuidado que, especialmente, a liderança eclesiástica deve ter:

Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue. 

Porque eu sei isto, que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos devoradores e cruéis, que não perdoarão o rebanho.

Dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si. 

Portanto, vigiai, lembrando-vos de que, durante três anos, não cessei, noite e dia, de admoestar, com lágrimas, a cada um de vós. (At 20.28-31).

O intuito principal do estudo da apologética cristã é servir à igreja como base para as regras de sua fé. 

Ao passo que esta mesma igreja serve aos seus coherdeiros, no esmero de uma vida cristã pautada na verdade emanada das Escrituras.

A bem da verdade, o ideal seria que toda igreja local envolvesse seus membros no estudo sistemático da Palavra de Deus.

Como o evangelismo e missões fazem parte da tarefa da apologética, é de fundamental importância conhecermos a visão daqueles que estão presos às seitas, pois o conhecimento apurado do pensamento dos movimentos sectários facilitará a tarefa da Igreja no evangelismo e nas missões.

Por fim, deve ecoar nos ouvidos dos salvos em Cristo o que preceituou o apóstolo Pedro:
“Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós”. (1 Pe 3.15).

Todo rebanho ou igrejas ou ministérios, ou grupos religiosos Cristãos de verdade, que não se esmeram em ter uma apologética direcionada e bem dimensionada para seus ouvintes, terá prejuízos incalculáveis na formação de seus obreiros, pastores e líderes para nossa geração presente como para as gerações vindouras.

Vemos hoje em dia grandes ministérios que cada congregação, cada pastor dirigente, faz sua própria  doutrina quanto aos e usos e costumes, quanto ao direcionamento principal da sua Teologia,  se é Calvinista, Arminiana, Luterana,  etc; quando se muda o dirigente, muda tudo; cada um segue seu pensamento e ou sua liderança teológica deturpada.

Devemos explicar ao mundo com veemência e muito amor, a razão da nossa fé. 

Deus abençoe você e sua família  

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.



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