segunda-feira, 10 de agosto de 2020

PASTORES QUE APASCENTAM A SI MESMOS

PASTORES QUE APASCENTAM A SI MESMOS

Esta postagem está baseada no capítulo 34 do livro do profeta Ezequiel. 

Curiosidades Bíblicas sobre Ezequiel. 

Ezequiel significa o profeta do cativeiro. Profetizou em Babilônia todos os 22 anos de seu ministério. Como Jeremias, era também sacerdote. Ao contrário dos profetas anteriores ao exílio, que foram primeiramente enviados a Judá, ou às dez tribos, Ezequiel foi enviado aos filhos de Israel, a toda a casa de Jacó. Seu livro profético é complementado por muitas visões. 

Seu conteúdo é dividido por capítulos da seguinte forma.

a) a chamada do profeta. (1 - 3);

 b) a sorte de Jerusalém e da nação. (4 - 24);

c) profecias contra as nações. (25 - 32);

d) a restauração de Israel. (38 - 48).

“Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize-lhes: Assim diz o Senhor  Deus: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?” Ezequiel 34:2.

Enquanto pensamos sobre o significado desta repreensão do Senhor através do profeta Ezequiel, sobre apascentar a si (a nós) mesmo, nos vem à  nossa mente as escolhas e decisões que tomamos e ou que teremos que tomar em nossas vidas cujos motivos eram e ou são o apascentar as ovelhas do Senhor Jesus.

Quantas decisões e escolhas que fazemos afetam diretamente a vida dos discípulos e ovelhas do Senhor Jesus que foram confiados a nós? 

E quantas destas decisões e escolhas foram realmente presididas pelo Espírito Santo? 

Quantas destas decisões e escolhas foram apascentando a nós mesmos enquanto éramos guiados por uma alma cheia de autopiedade?

Quantas vezes tomamos o caminhos visando atenuar o nosso próprio sofrimento? 

Quantas vezes ministramos a nós mesmos sem ouvir a voz do nosso Pastor Jesus? 

Já imaginou se Jesus tivesse ouvido Pedro?

“E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá”. Mt 16:22.

Compaixão de si mesmo ou das ovelhas que se perdem quando perdemos o contato com o caminho da cruz?

Certo pastor estava pronto para fugir de um sofrimento e perseguição na igreja que ele pastoreava e Deus usou a esposa dele para lhe ensinar o que significa: “terminou o meu tempo aqui nesta congregação”. 

Aquela decisão estava inclusive debaixo da cobertura e do conhecimento dos meus pastores, dizia ele, que aplaudiriam o acontecimento pela vacância da vaga do pastor, mas com certeza era Deus provando mais uma vez o meu coração, reconheceu ele. “Era uma mudança buscando o meu alívio, mas que iria ferir as ovelhas do Senhor confiadas ao meu pastoreio”, reconheceu ele. 

Não era tempo de tomar aquela decisão. Eu precisava “tomar uma atitude”, mas estava tão cego que não entendia que melhor do que ser um homem de atitude era ter a “alegria do Pai celestial” em minha vida e fazer a coisa certa sob a orientação de Deus. 

A terceirização no ministério pastoral é uma prática muito corriqueira no mundo moderno. 

Aqueles que possuem certo conhecimento sabem que, salvo no caso de trabalho temporário, a terceirização das atividades de uma empresa só é possível quando se tratar de uma atividade-meio, e não de uma atividade-fim. Talvez isso fique mais claro se usarmos um exemplo prático. 

O funcionamento de uma escola, além de exigir serviços relacionados ao ensino (atividade-fim) também exige outros serviços que não estão relacionados diretamente com a finalidade da escola (manutenção, limpeza, segurança etc..). 

Neste caso, uma escola pode contar com o serviço terceirizado de limpeza, por exemplo, mas não pode terceirizar sua atividade de ensino, ou seja, sua atividade-fim.

Essa menção à terceirização pode nos ajudar a introduzir um ensino essencial à igreja. Se uma empresa, que tem interesses puramente terrenos, precisa ter bem clara qual é a sua atividade-fim, quanto mais a igreja, e em especial seus pastores, devem ter absoluta clareza de suas finalidades, posto que o trabalho destes têm valor eterno.

 Os apóstolos, enquanto pastores da comunidade cristã em Jerusalém, em certo momento tiveram que reafirmar em suas mentes e corações qual era a sua atividade-fim. 

Esse momento está registrado em Atos 6. Ali, com a multiplicação dos discípulos, algumas viúvas necessitadas estavam sendo prejudicadas no serviço diário. Quando o problema chegou até os apóstolos, eles reconheceram a importância do socorro às viúvas e que isso é indispensável à igreja. A igreja deve ter esta atividade como prioridade. Atender os órfãos e viúvas, que são carentes e que são domésticos da fé devem ser atendidas constantemente e assistidas enquanto durar o tempo necessário para sua recomposição diante da sociedade. 

Contudo, essa não era atividade-fim do ministério pastoral. Por isso , designaram outros homens para cuidarem desse serviço, que são os diáconos, a fim de se dedicarem a sua atividade-fim: a orações e o serviço da Palavra.
Muitas vezes, os pastores mergulham em uma série de atividades que os afastam daquilo que é essencial no ministério pastoral. Infelizmente, é comum que a oração seja uma atividade entregue ao grupo ou ministério de intercessão, enquanto os pastores se ocupam com a organização de eventos ou como administradores.
Precisamos compreender que as ovelhas precisam de pastores que orem por elas, que intercedam perante o Senhor, que invistam tempo e consagrem seus corações nessa batalha, tal como Epafras fazia pelos colossenses:
“Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus”. (Cl. 4:12). 

Precisamos de pastores que tenham o coração como o de Paulo.

“Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação”. (Ef. 1:16-17).

“Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas”. (Fp. 1:3-4).

“Graças dou ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações”. (Fm 1:4).

Os pastores podem confiar a outros muitas de suas atividades, porém, qualquer “terceirização” da oração ou do serviço da Palavra é um afastamento da essência do ministério pastoral, um desvio que causará grave dano à igreja.

Que o Senhor conduza seus pastores a perseverarem no serviço a que foram chamados.

“Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para que o cumpras”. (Cl. 4:17).

Todas as decisões pastorais sempre influenciam as ovelhas e o ministério sob sua responsabilidade. 

Quando sabemos que as nossas decisões afetam a vida dos discípulos e por amor a Cristo e as ovelhas, além de sofrer, suportamos todo sofrimento justo ou injusto, é nesta hora que aparece a essência do verdadeiro pastor: “aquele que dá a vida pelas ovelhas”.

Nós precisamos escolher que tipo de pastor seremos: Os que apascentam as ovelhas do Senhor ou os que apascentam a si mesmos. 

O rebanho do Senhor não precisa dos “pastores de si mesmos”.

Vejamos o que diz o profeta Ezequiel quanto aos maus pastores nos dias atuais. 

Ezequiel 34.1-31

1.   E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

2. Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os pastores as ovelhas?

3. Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. 

4. A fraca não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.

5. Assim, se espalharam, por não haver pastor, e ficaram para pasto de todas as feras do campo, porquanto se espalharam.

6. As minhas ovelhas andam desgarradas por todos os montes e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andam espalhadas por toda a face da terra, sem haver quem as procure, nem quem as busque.

7. Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor: 

8. Vivo eu, diz o Senhor Jeová, visto que as minhas ovelhas foram entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo, por falta de pastor, e os meus pastores não procuram as minhas ovelhas, pois se apascentam a si mesmos e não apascentam as minhas ovelhas, 

9. portanto, ó pastores, ouvi a palavra do Senhor:

10. Assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas e não se apascentarão mais a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca, e lhes não servirão mais de pasto.

11. Porque assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu, eu mesmo, procurarei as minhas ovelhas e as buscarei. 
12. Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e as farei voltar de todos os lugares por onde andam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão.

13. E as tirarei dos povos, e as farei vir dos diversos países, e as trarei à sua terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto às correntes e em todas as habitações da terra. 

14. Em bons pastos as apascentarei, e nos altos montes de Israel será a sua malhada; ali, se deitarão numa boa malhada e pastarão em pastos gordos nos montes de Israel. 

15. Eu apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor Jeová. 

16. A perdida buscarei, e a desgarrada tornarei a trazer, e a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; mas a gorda e a forte destruirei; apascentá-las-ei com juízo.

17. E, quanto a vós, ó ovelhas minhas, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu julgarei entre gado pequeno e gado pequeno, entre carneiros e bodes.

18. Acaso não vos basta pastar o bom pasto, senão que pisais o resto de vossos pastos a vossos pés? E beber as profundas águas, senão que enlameais o resto com os vossos pés? 

19. E, quanto às minhas ovelhas, elas pastam o que foi pisado com os vossos pés e bebem o que tem sido turvado com os vossos pés.

20. Por isso, o Senhor Jeová assim lhes diz: Eis que eu, eu mesmo, julgarei entre o gado gordo e o gado magro. 

21. Visto como, com o lado e com o ombro, dais empurrões e, com as vossas pontas, escorneais todas as fracas, até que as espalhais para fora,

22. eu livrarei as minhas ovelhas, para que não sirvam mais de rapina, e julgarei entre gado miúdo e gado miúdo.
23. E levantarei sobre elas um só pastor, e ele as apascentará; o meu servo Davi é que as há de apascentar; ele lhes servirá de pastor. 

24. E eu, o Senhor, lhes serei por Deus, e o meu servo Davi será príncipe no meio delas; eu, o Senhor, o disse.
25. E farei com elas um concerto de paz e acabarei com a besta ruim da terra; e habitarão no deserto seguramente e dormirão nos bosques. 
26. E a elas e aos lugares ao redor do meu outeiro, eu porei por bênção; e farei descer a chuva a seu tempo; chuvas de bênção serão. 
27. E as árvores do campo darão o seu fruto, e a terra dará a sua novidade, e estarão seguras na sua terra; e saberão que eu sou o Senhor, quando eu quebrar as varas do seu jugo e as livrar da mão dos que se serviam delas.
28. E não servirão mais de rapina aos gentios, e a besta-fera da terra nunca mais as comerá; e habitarão seguramente, e ninguém haverá que as espante.
29. E lhes levantarei uma plantação de renome, e nunca mais serão consumidas pela fome na terra, nem mais levarão sobre si opróbrio dos gentios. 
30. Saberão, porém, que eu, o Senhor, seu Deus, estou com elas e que elas são o meu povo, a casa de Israel, diz o Senhor Jeová.
31. Vós, pois, ó ovelhas minhas, ovelhas do meu pasto; homens sois, mas eu sou o vosso Deus, diz o Senhor Jeová.

A explicação lógica deste capítulo em relação ao mundo religioso moderno.  

Ezequiel 34.1-31. Neste trecho, Deus aponta os fracassos dos líderes de Israel (v. 1-6) e então prediz: (1) seu fim (v. 7-10); (2) o estilo divino de cuidar do rebanho (v. 11-16), marcado por condenação (v. 17-19) e salvação (v. 20-24); e (3) uma aliança de paz e prosperidade (v. 25-31).

34.1-6. Pastores de Israel é uma metáfora para os líderes políticos de Israel, mas também pode incluir líderes espirituais (até mesmo os reis deveriam dar exemplo espiritual). Os pastores foram acusados de esquecer as principais características de um líder temente a Deus: altruísmo e comprometimento com a obra do Senhor (Is 52.13—53.12; Mt 23.11; Mc 10.45; Lc 22.24-30; At 20.17-38; Rm 12.1-5; Fp 2.1-11; 1 Tm 3.1-7; 1 Pe 2.18-25;5.1-4).

Os resultados de uma liderança egoísta em Israel são vistos nos versículos 5 e 6: assim, se espalharam as ovelhas por não haver pastor. Isso significa que os líderes que buscarem apenas ser servidos é o mesmo que o povo não ter liderança; portanto, os israelitas eram como ovelhas sem pastor. (Mt 9.36). As pessoas caminhavam sem direção, se espalharam, e tornavam-se alvos fáceis, ficaram para pasto de todas as feras. O termo “espalhadas” é uma alusão às deportações e à dispersão dos israelitas entre as nações. 

34.7-10. Não apascentam as minhas ovelhas. Os crimes dos líderes de Israel são mencionados antes que seu castigo seja declarado. 

34.11-16. Compare a persistência do Senhor em pastorear e guiar Seu povo com a infidelidade dos líderes de Israel demonstrada no versículo 6 (v. 25-31; Jr 23.1-6; Jo 10.1-30). Veja também o Salmo 23, onde há descrição semelhante sobre o cuidado de Deus, nesse caso, com indivíduos. O dia de nuvens e de escuridão é o dia em que Jerusalém sucumbiu (Ez 30.1-5; S f 1.15). Também pode ser uma menção à libertação futura, quando Deus irá buscar suas ovelhas (Ez 36.16-36). Israel, embora sendo culpado e mal direcionado, afinal seria resgatado pelo Bom Pastor e restabelecido na Terra Prometida (capítulos 33—39).

34.17-22. Os carneiros e bodes eram os líderes de Israel que haviam fracassado em guiar o povo corretamente. Tiraram proveito de sua posição de autoridade, prejudicando o povo. 

34.23,24. A mudança do pronome da primeira pessoa do singular para o da terceira indica que Deus continuaria operando como Pastor-mor, mas por intermédio de um governante futuro que Ele escolheria da linhagem de Davi. Este seria o Messias, o Filho unigênito de Deus e Seu servo. 

34.25-31. Os exilados são estimulados pela promessa de um concerto de paz (Ez 37.26-28;38.11-13;39.25-29;Is54.10), caracterizados pelas seguintes promessas:

1.     proteção contra nações estrangeiras, a besta ruim da terra; 

2. chuvas de bênção, simbolizando produtividade e prosperidade; e 

3. a certeza de que o Senhor é o Deus de Israel e deseja ter comunhão com Seu povo e um relacionamento duradouro baseado numa nova aliança (Jr 31.31-34; Hb 8.6).

Assim aconteceu no passado no tempo do profeta Ezequiel, mas esta mensagem profética está viva e ativa até hoje como um alerta para os líderes religiosos modernos.

“Fomos libertos da escravidão da religião e da religiosidade; somos uma igreja, um povo, que honra e enaltece o nome bendito de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém.”. By. Waldirpsouza.

Quem são os desigrejados dos púlpitos das igrejas neste tempo da modernidade e do modernismo teológico que modifica todo o conteúdo bíblico fazendo uma verdadeira inversão de valores?

Estes são os maus pastores, obreiros e líderes que somente pensam em surrupiar as ovelhas com toda sorte de “obras e milagres do engano e da mentira” que são características do Anticristo.

Os novos desigrejados são os que estão nos púlpitos das igrejas se passando por santos milagreiros, mas que de santidade não teem nada. 

São os pastores e líderes evangélicos que apascentam à si mesmo e não se importam em doutrinar e ensinar a palavra de Deus para os membros de suas igrejas.  

Os pastores e líderes desigrejados e o pecado da omissão quanto às suas vidas e de suas igrejas.

2 tessalonicenses 2:3,4.

3- Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,

4- o qual se opõe e se levanta contra a tudo o que se chama a Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de DEUS, querendo parecer (ser igual a) Deus.

O que é  o pecado da omissão.

Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado. (Tiago: 4. 17).

Este versículo nos confronta e desconstrói  uma crença de que somente quando cometemos algum erro é que estamos em pecado, já que ele nos diz, de uma forma muito clara, que o fato de deixar de fazer o que é correto também é pecado. 

O medo do fracasso faz com que as pessoas se escondam. A teologia da confissão positiva muito incentivada e pregada hoje em dia faz com que as pessoas sintam-se fracassados quando algo não dá certo. Este é um dos motivos de tanto desânimo das pessoas com relação à sua comunhão com Deus. Acham que não foram atendidos por Deus porque Deus não quer lhes abençoar. Ledo engano, veja Eclesiastes 9.2.

Isto nos leva a uma reflexão a respeito daquilo que fazemos e ou deixamos de fazer, pois a partir do instante que chegamos a essa conclusão, muitas das coisas que não estamos fazendo e a respeito das quais achávamos estar tomando a atitude correta, está nos levando  a ser tão pecadores quanto as pessoas que cometem seu erros.

Não retarde as suas decisões quando Deus lhe mostra o que fazer.

É evidente que estamos falando de omissão, que nada mais é do que nos silenciar diante de determinadas coisas, ficarmos mudos diante de fatos onde deveríamos nos posicionar, deixar de lado aquilo que não poderia ser deixado.

O interessante é que quando nos omitimos em uma determinada situação e deixamos de lado alguma coisa que deveria ser denunciada, não parece tão grave quanto ao fato de praticarmos algum ato que esteja em desacordo com os padrões da palavra de Deus. O que precisamos entender, e ficar bem claro, é que os dois estão errados e carregam o mesmo peso diante de Deus, o fato de ficarmos em nosso canto, não querendo nos envolver, fingindo de morto é uma falta tão grave quanto cometer um erro, por isso é chamado de pecado de comissão e o outro de pecado de omissão.

O apóstolo Paulo diz “Todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus”.

Sendo assim, se podemos fazer o bem e não fazemos estamos sendo tão pecadores quantos aqueles que fazem o mal. O problema maior é que jamais conseguiremos esconder isso de Deus, ou seja, Ele sabe muito bem tudo aquilo que podemos e não podemos fazer, já que é Ele que nos capacita e nos dá todas as condições de continuarmos em nossos propósitos, sejam bons ou maus.

Isso colocado nós devemos ter em mente que se podemos fazer o bem, façamos, se precisamos nos aproximar de alguém de quem estamos longe, aproximemos, se precisamos perdoar a alguém, perdoemos, isto é, não podemos ficar ignorando aquilo que precisamos fazer e cometendo o pecado da omissão.

Vejamos como derrubar os argumentos dos desigrejados. 

Como derrubar os argumentos dos “mal informados” desigrejados.

É de apertar o coração ver os tais desigrejados bradarem com todo orgulho a sua errada opção de “desigrejar-se”, que é igual a desviar-se dos caminhos do Senhor Jesus,  sob o argumento de que as igrejas atuais perverteram o cristianismo verdadeiro, ou de que são covis de salteadores.

Ainda é pior a situação quando os próprios líderes, pastores e obreiros das igrejas não dão mais a devida honra ao Senhor de tudo e de todos, querem a honra para sí mesmos.
É comum vermos líderes e pregadores cheios de graça, porém ‘vazios da graça de Deus’. 
Cheios de sabedoria humana, porém ministram um evangelho que não tem nada a ver com a graça de Deus.
É comum depararmo-nos com crentes que estão escandalizados com seus líderes que mais parecem comerciantes da fé, mercadores de milagres, vendilhões e corruptos que fazem da igreja um curral fechado e negociam votos ou apoios dos crentes de suas igrejas e convenções por quantias altíssimas e outras benesses, com políticos e politiqueiros que até se fingem de crentes para enganar milhares e milhões de crentes com a conivência de seus líderes.

É comum vermos pessoas que preferem não ir às suas igrejas porque lá não se prega mais a palavra de Deus, mas fala-se mais em dinheiro, política e políticos  do que em Cristo Jesus e a Salvação providenciada por Ele.
O que realmente está acontecendo com o chamado “meio evangélico"? O evangelho de Mateus  capítulo 23 nos dá uma visão empla sobre este assunto. 

Estamos vendo tantas pessoas que estão com seus pensamentos contaminados pelo pecado de tal forma que já nem acham que os pecados bem declarados na Bíblia como pecado, sejam pecado mesmo; a estas situações chamam de ‘deslises’ apenas, para não ferir vida íntima de determinados crentes que são sabidamente e conhecidamente contumazes na prática do adultério, da sodomia, da prostituição, entre outras práticas pecaminosas.
Líderes que continuam no altar de Deus em suas igrejas, porém não vivem o que deveriam viver para estarem naquele altar. 
Líderes que estão dentro da igreja, dentro dos templos, ministram a palavra de Deus em seus púlpitos, porém são pérfidos, são perniciosos, usam a retórica mais polida possível, porém seus atos lhes fazem “desigrejados dentro da igreja”. Não vivem o que pregam. Estão lá mas não vivem o que pregam. Estão lá para única e exclusivamente enganar as pessoas, os fiéis e os neófitos na fé. Estão lá, fingem ser santos, fingem ser espirituais, fingem fazer milagres, mas o interesse deles é somente financeiro; ao sair das reuniões vão para os clubes, barzinhos da vida e inferninhos de prostituição gastar o que surrupiaram dos incaltos e humildes que frequentam suas igrejas e suas reuniões.

Líderes “desigrejados”: 

São uma nova categoria de líderes religiosos que usam seus esquemas de maldades para enganar os pobres necessitados e arrancam tudo do pouco que essas pessoas conseguem ganhar. E pior ainda: Arrancam de seus corações a esperança de dias melhores com promessas de que vão ficar ricos se seguirem seus “conselhos” que geralmente são convidativos mas depois as pessoas quando percebem que foram enganados (as) saem da igreja e não querem voltar mais para a comunhão, colocando, infelizmente, a culpa em Deus.
Ainda existem líderes que zelam pela verdade do evangelho e vivem essa verdade. 
São conservadores dos princípios bíblicos e vivem uma vida cheia da graça e do poder do Espírito Santo de Deus.
Tenho, porém, uma boa notícia (ou má, se você for um “desigrejado" convicto), para os desiludidos de estarem na comunhão da igreja. 

Existem muitas boas e excelentes igrejas por aí  em todos os lugares.  

Existem muitos bons e excelentes Pastores na obra de Deus.
Existem muitos e bons líderes que realmente se interessam em fazer o bem para as pessoas; não fique como macaco pulando de galho em galho; permaneça firme com o Senhor Jesus que é o nosso eterno Salvador.

Só saia de verdade de uma igreja se você perceber que os líderes daquela igreja saíram dos planos de Deus e que o “ter” passou valer mais  do que o ‘ser”. Ou seja os bens e posses das pessoas passaram ter mais valor para a igreja e seus líderes do que a alma das pessoas.

Jesus nunca se interessou por paredes, tijolos, construções, carros, veículos, posses financeiras, etc, mas o que Ele se interessou e se interessa mais é a salvação dos perdidos pecadores. Mateus 6:33 diz: Mas buscais em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas”.

E se você não está conseguindo se enquadrar em nenhuma delas, o problema, meu caro, é você.
Sugiro que analise as seguintes alternativas:
1) Você está com o coração tão endurecido, que se tornou incapaz de conviver em comunhão com os irmãos.
2) Você se acomodou na desculpa de que todas as igrejas são ruins, são todas do mesmo jeito, e você abstem-se de congregar e se responsabilizar na obra.
Ou você diz: esta é a minha igreja preferida.
3) E neste caso você pode não ter a maturidade suficiente para distinguir entre uma igreja boa e uma ruim, e, por isso, sai berrando por aí que nenhuma presta.
4) Você é uma pessoa que não se converteu e só sabe colocar defeitos nas igrejas, nos líderes espirituais e na obra de Deus.
5) Você não apercebeu-se que em qualquer sociedade ou locais onde se possam reunir pessoas para quaisquer fins, existem pessoas boas e pessoas más. É o caso também de, no meio dos chamados desigrejados, a maioria deles serem pessoas boas e estarem apenas indo na má conversa ou má fé de pessoas que até as consideram como amigos ou amigas ou estão sendo mal informados por líderes contrários ao que você deseja ter como seus pastores e amigos.
6) Observo os argumentos aleatórios expressos pelos desigrejados e percebo a natureza birrenta de suas alegações. Quando apelam a generalizações vazias, do tipo “as igrejas de hoje em dia não são como era a igreja primitiva”, é fácil perceber a premeditação tática do discurso.
O discurso tático, neste caso, é a repetição exaustiva de um conceito que, pretende-se tão óbvio, a ponto de não haver necessidade de ser melhor explicado.
O desigrejado então se torna um expert em comunicações, postando e repostando casos de heresias, modismos, unções estranhas e extorsões (que inequivocamente existem aos montes), como justificativa de sua fúria anti-igreja.
Ao fazer isso os desigrejados estão se rebaixando ao nível imoral dos que se perdem e dos que se corrompem moralmente.
Passa a viver na defensiva. O tempo todo tentando provar aos outros (e a si mesmo) que estes “alguns” representam todos.
Não estamos todos comprando vassouras ungidas ou recebendo a unção do cuspe, meu amigo desigrejado. Não estamos todos dando “trízimos” ou pagando mensalidades de carnês da benção.
Ainda há na face da terra um povo que conserva os bons usos e costumes com uma igreja que também conserva a sã doutrina. 
A verdadeira Palavra de Deus está sendo pregada em muitos lugares. 
Alguém perguntaria: em igrejas perfeitas? Claro que Não. Nenhum de nós é perfeito. Você também não é. Logo, quando nos unimos, somamos nossas imperfeições. A igreja primitiva também não era perfeita. Tinha seus tropeços e necessidades de aprimoramento. (Atos 6.1-3).
O que distingue uma Igreja verdadeira da que prega um falso evangelho não é a impossibilidade de ter problemas ou cometer equívocos eventuais, mas sim o cerne do cristianismo que vive, exige e apregoa o verdadeiro evangelho que liberta em nome de Jesus. 
Você está cansado de heresias e enganos e se considera um desigrejado. Ótimo. Eu também estou muito preocupado. Por isso estou atuando em minha igreja local, para que, mesmo com todos os nossos defeitos, blindemos a igreja de falsos profetas e de teologias da heresia. 
Se você não luta pela Igreja você não a ama.
Volto às alternativas listadas acima.
 Será que o problema está em todas as igrejas e cristãos praticantes do mundo, ou em você?

Será que você atingiu um status de santidade que o posiciona acima de todos os outros servos do Senhor?
Será que você é maduro o bastante para discernir entre a igreja mentirosa e a verdadeira?
Existem áreas da nossa vida em que só podemos exercer o cristianismo fora da Igreja. São nossa vida matrimonial, profissional, a cidadania, os lazeres e etc. 

Em tudo isso, porém, devemos louvar a Deus com nossas atitudes porque é fora da Igreja que as pessoas vão nos conhecer melhor quanto ao nosso testemunho. Não dá para substituir. Tem que dar bom testemunho dentro e fora da igreja.
Mas o oposto é verdadeiro. Há áreas da vida cristã que só podem ser exercidas dentro da Igreja.

Cuidado para, ao desigrejar-se, não acabar descristianizando-se sem perceber e perder a salvação.
Um alerta importante de Deus para os (maus) pastores vem do profeta Jeremias no velho testamento capítulos 23 a 25 e no novo testamento  tem o alerta também no capítulo 19 do evangelho de João. Não custa nada dar uma olhada nestes capítulos.
Deus abençoe você e a sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.




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