segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

A CRUZ É INSTRUMENTO DE TORTURA E EXECUÇÃO E NÃO OBJETO DE ADORAÇÃO

A CRUZ É INSTRUMENTO DE TORTURA E EXECUÇÃO E NÃO OBJETO DE ADORAÇÃO  

 

“Ao beijar a Santa Cruz, podemos ter a plena certeza: Jesus não é simplesmente um mestre de como viver bem esta vida. Em todo o ano, existe somente um dia em que não se celebra a Santa Missa: a Sexta-Feira Santa. Ao invés da Missa temos uma celebração que se chama Funções da Sexta-feira da Paixão, que tem origem em uma tradição muito antiga da Igreja que já ocorria nos primeiros séculos, especialmente depois da inauguração da Basílica do Santo Sepulcro e do reencontro da Santa Cruz por parte de Santa Helena (ano 335 d.C.)”.

Você teria coragem de adorar, venerar e ainda beijar e ou prostrar-se de joelhos diante de um objeto indesejado e considerado como objeto de tortura se um filho seu fosse torturado até a morte naquele objeto ou instrumento de castigo, de maldição e de morte  para os piores bandidos do país? Poderia ser uma cadeira elétrica ou uma forca, mas no caso de Jesus foi a dureza da cruz.

A cruz é sinal de tortura e execução sumária até à exaustão e não de salvação. Para sermos salvos temos que olhar firmes para Jesus Cristo que é o autor e consumador da nossa fé e não para a cruz que Jesus foi crucificado nela.

Temos que deixar nossos pesados fardos de pecado nos pés de Jesus e não aos pés da cruz como muitos pregam e fazem. Quem morreu por nós foi Jesus. Quem pagou o preço da nossa salvação foi Jesus. Quem merece toda honra, toda glória e todo louvor e adoração é Jesus e não a cruz. A cruz é símbolo de maldição enquanto que Jesus não é símbolo, Jesus é a nossa saída, Jesus é o único caminho, a Verdade e a vida. João 3.16. João.14.6.

Motivos pelos quais não devemos usar a cruz ou o crucifixo, que era o símbolo máximo de tortura da época de Jesus, como objeto de adoração ou veneração.

Apesar da imagem de escultura ser a principal representação das práticas idólatras, a idolatria vai muito além do que simplesmente adorar imagens.

Qualquer coisa pode se tornar um ídolo para o homem caído no pecado, como por exemplo, um estilo de vida, um emprego, um carro, uma marca comercial, o dinheiro, filosofias humanas, como o naturalismo, o humanismo, o racionalismo e outras práticas ocultas e espiritualistas, adoração e ou veneração da cruz, até porque a cruz é um objeto de adoração dos católicos, determinada pela tradição papal. Você sabia que o dia chamado de sexta-feira da paixão é o dia que todos os católicos do mundo inteiro têm por obrigação ir à missa participar da cerimônia de adoração exclusiva da cruz sem a imagem do senhor morto? É isso mesmo, todos vão à igreja, nas missas, naquele dia onde é feita a adoração mundial e exclusiva da cruz. Se você quer saber mais sobre este assunto pesquise que você vai encontrar farta literatura sobre este assunto.

Assim, devemos entender que um ídolo é tudo aquilo que obtém para si a lealdade e a honra que pertencem exclusivamente a Deus. (Is 42:8).

Falando especialmente sobre imagem de escultura, a Bíblia ensina que qualquer imagem é uma simples obra humana e a cruz é uma obra feita pelas mãos humanas para matar outros seres humanos, dentre eles ela foi usada para sacrificar Jesus. Uma mera imitação formada a partir de qualquer matéria sem vida, que não pode ouvir, falar, enxergar ou se mover, é ídolo, e é pecado diante de Deus.  (Sl 115; Am 5:26; Os 13:2; Is 2:8), e, portanto, sua adoração é uma loucura perante Deus.

A adoração a ídolos reflete tamanha ignorância humana que, em Isaías 41:6, lemos que as pessoas ajudam umas às outras na fabricação de ídolos em sua rebelião contra Deus, porém tais ídolos são impotentes diante do Deus Soberano Criador dos céus e da terra e não podem livrar tais pessoas do juízo divino.

No Antigo Testamento, o povo de Israel, por exemplo, chegou a levantar imagens e eleger símbolos como alvos de adoração em representação a Deus, mas tal prática não foi aprovada pelo Senhor.  (1Rs 12:26-33; 2Rs 18:4; Am 4:4,5; Os 10:5-8).

O apóstolo Paulo escreveu dizendo que o ídolo “nada é no mundo”, mas que por trás da adoração aos ídolos existe uma adoração demoníaca. (1Co 8:4; 10:19,20).

Na maioria das vezes quem eram executados(as) por crucificação eram pessoas inocentes. É o caso de Jesus que não tinha nenhum pecado e nenhum crime, mas foi condenado à morte e morte de cruz por falar a verdade e viver a verdade. Ele morreu para nos salvar e nos mostrou o Caminho da verdade. 

Você já pesquisou sobre a morte dos apóstolos? Principalmente dos mais próximos de Jesus, como eles foram mortos?

Como Morreram os Apóstolos de Jesus.

ANDRÉ

Foi discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: “Eis aqui o Cordeiro de Deus”.

André comunicou as boas notícias ao seu irmão Simão Pedro, dizendo: “Achamos o Messias”. (João 1.35-42; Mateus 10.2).

O lugar do seu martírio foi em Acaia (província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia). Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis (não foi pregado) para que seu sofrimento se prolongasse.

BARTOLOMEU

Tem sido identificado com Natanael. Natural de Caná de Galiléia. Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” (Mateus 10.3; João 1.45-47. Exerceu seu ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.

FILIPE

Natural de Betsaida, cidade de André e Pedro. Um dos primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael, João 1.43-46. Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.

JOÃO

O apóstolo que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O discípulo que Jesus amava”, João 13.23. Pescador, filho de Zebedeu, Mateus 4.21. Ele foi o único que permaneceu perto da cruz. João 19.26-27. O primeiro a crer na ressurreição de Cristo. João 20.1-10. A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse. Apocalipse 1.9. Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.

JUDAS TADEU

Foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo?" (João 14:22-23). Nada se sabe da vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, Edessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.

JUDAS ISCARIOTES

Filho de Simão, não o Simão Pedro, traiu a Jesus por trinta peças de prata, enforcando-se em seguida. (Mateus 26:14-16; 27:3-5).

MATEUS

Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum. (Marcos 2.14; Mateus 9.9-13; 10.3; Atos 1.13).

Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.

MATIAS

Escolhido para substituir Judas Iscariotes (Atos 1.15-26). Diz-se que exerceu seu ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.

PAULO

Israelita da tribo de Benjamim (Filipenses 3.5). Natural de Tarso, na Cilícia (hoje Turquia). Nome romano de Saulo, o Apóstolo dos Gentios. De perseguidor de cristãos, passou a pregador do evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no ano 67 ou 70. (Atos 8.3; 13.9; 23.6; 13-20).

PEDRO

Pescador, natural de Betsaida. Confessou que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo”. (Mateus 16.16). Foi testemunha da Transfiguração. (Mateus 17.1-4).

Seu primeiro sermão foi no dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucificação verificou-se entre os anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero.

Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

SIMÃO, o Zelote

Dos seus atos como apóstolo nada se sabe. Está incluído na lista dos doze, em Mateus 10.4, Marcos 3.18, Lucas 6.15 e Atos 1.13. Julga-se que morreu crucificado.

TIAGO, O MAIOR

Filho de Zebedeu, irmão do também apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia. (Mateus 4.21; 10.2). Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e decapitado em Jerusalém, entre os anos 42 e 44.

TIAGO, O MENOR

Filho de Alfeu (Mateus 10.3). Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no ano 62.

TOMÉ

Só acreditou na ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação. (João 20.25). Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia (Pártia) e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, no ano 53 da era cristã.

Muitos discípulos e apóstolos morreram crucificados ou de outra maneira tão cruel como a crucificação.

A crucificação foi inventada e usada por outros grupos de pessoas, mas foi "aperfeiçoada" pelos romanos como a execução final por tortura. O registro histórico mais antigo de crucificação data de 519 a.C., quando o rei Dario I da Pérsia crucificou 3.000 de seus inimigos políticos na Babilônia. Antes dos persas, os Assírios eram conhecidos por empalar as pessoas. (Empalar significa que enfiavam um instrumento pontiagudo na pessoa assim como se faz com um frango que é colocado para assar). Mais tarde, os gregos e os cartagineses também usaram a crucificação. Após o colapso do império de Alexandre, o Grande, o selêucida Antíoco IV Epifânio crucificou judeus que se recusavam a aceitar a helenização.

A crucificação era destinada a infligir, aplicar, a quantidade máxima de vergonha e tortura à vítima. As crucificações romanas eram realizadas em público, para que todos os que vissem o horror fossem desencorajados de ir contra o governo romano. A crucificação era algo tão horrível que foi reservada apenas aos piores criminosos.

A vítima da crucificação era primeiro açoitada ou espancada severamente, uma provação que, por si só, já ameaçava a vida. Depois, ela era forçada a carregar a grande viga de madeira, cerca de 120 quilos, ao local da crucificação. Suportar essa carga era não apenas extremamente doloroso após o espancamento, mas acrescentava uma certa vergonha, pois a vítima estava carregando o instrumento de sua própria tortura e morte. Era como cavar o próprio túmulo.

Quando a vítima chegasse ao local da crucificação, ela seria despida para envergonhá-la ainda mais. Então ela seria forçada a esticar os braços na trave, onde seriam pregados. Os pregos eram martelados nos pulsos, não nas palmas das mãos, para que não as saíssem rasgando. (Nos tempos antigos, o pulso era considerado parte da mão.) A colocação dos pregos nos pulsos também causava dor insuportável, pois esses pregos pressionavam grandes nervos que corriam para as mãos. A viga seria então içada e presa a uma peça vertical que normalmente permanecia erguida entre as crucificações.

Depois de prender a viga à trave, os executores pregavam os pés da vítima na cruz também, normalmente, um pé em cima do outro, pregado no meio e no arco de cada pé, com os joelhos levemente dobrados. O objetivo principal dos pregos era infligir mais dor na pessoa.

Uma vez que a vítima fosse presa à cruz, todo o seu peso era suportado por três grandes pregos ou grampos, o que causaria dor na parte superior do corpo e nos pés. Os braços da vítima eram esticados de forma a causar cãibras e paralisia nos músculos do peito, impossibilitando a respiração, a menos que parte do peso fosse suportada pelos pés. Para respirar, a vítima tinha que levantar a parte de cima do corpo com os pés. Além de suportar dores excruciantes causadas pelo prego nos pés, as costas feridas da vítima se esfregavam contra o feixe vertical da cruz.
Depois de respirar e a fim de aliviar um pouco a dor nos pés, a vítima começava a cair de novo. Essa ação dava mais peso aos pulsos e novamente esfregava as suas costas cruas na cruz. No entanto, a vítima não conseguia respirar nessa posição rebaixada; logo, o processo torturante recomeçaria.

Novamente para respirar e aliviar parte da dor causada pelos pregos do pulso, pela coroa de espinhos na cabeça, pelo corpo dilacerado pelos açoites com pregos pontiagudos nas pontas dos chicotes, a vítima, se quisesse e se ainda tivesse um pouco de forças, precisaria colocar mais peso no prego dos pés e se empurrar para cima. Então, para aliviar parte da dor causada pelo prego do pé, ela teria que colocar mais peso nos pregos em seus pulsos e se rebaixar. Em qualquer posição que a vítima ficasse a tortura era intensa.

A crucificação geralmente levava a uma morte lenta e dolorosa. Algumas vítimas duravam até quatro dias em uma cruz. No fim das contas, a morte era por asfixia, uma vez que a vítima perdia a força para continuar se levantando para respirar. Para acelerar a morte, as pernas da vítima podiam ser quebradas, o que a impediria de se empurrar para cima para respirar; assim, a asfixia ocorreria logo depois. No caso de Jesus, Ele ainda sofreu um lança cravada em seu lado para confirmar se ainda estava vivo. (João 19:32).

A crucificação foi finalmente proibida pelo imperador romano Constantino no século IV, mas ainda continuou por algum tempo.

Porque os Cristãos deveriam usar a cruz como objeto de veneração ou de adoração já que até no meio dos romanos foi proibida a crucificação, tamanho era a dor e a crueldade daquele tipo de tortura aos oponentes do império romano?

Seja pingente ou imagem, o uso da cruz é uma idolatria diante de Deus.

Tenho visto frequentemente o uso de crucifixos no meio cristão, inclusive nos templo,  nos púlpitos ou nas paredes internas e externas em denominações evangélicas, até então consideradas conservadoras e ou pentecostais. Algo que dantes era rejeitado, atualmente tem se fortalecido sem motivos; embora continue sendo pecado estão adotando esta prática abominável diante de Deus.

Mas, me responda você que é um cristão, chamado pelo Senhor Jesus, poderia caminhar com alguma imagem, figura de idolatria ou um colar de um cruz ou um crucifixo, ou um pingente de alguma arma, de algum ídolo, ou de algum objeto relacionado à idolatria ou relacionado à tortura? 

Vou explicar melhor: poderia um filho de Deus andar com um objeto de idolatria pelas ruas da cidade ou onde quer que vá?

Não estaria esse cristão refletindo equivocadamente sobre a palavra de Deus que diz que qualquer aparência de idolatria é pecado? Poderia Deus associar-se com alguma forma de tortura como a cruz para permitir que os Cristãos a adorassem? Claro que não. Então, por que os cristãos utilizam-se de crucifixos, imagens e fotos de cruz em pingentes, camisas e até colocam banners nos altares dentro e fora das igrejas dos templos?

Sabemos bem que a cruz é uma forma de tortura e é maldita.  (Gl 3:13,14). Ela apenas era realizada pelos povos antigos e a época de Cristo era feita pelo povo romano a todos os considerados maus e declarados por eles como dignos de morte. A cruz em si não tem efeito nenhum de proteção para ninguém e sua definição física é apenas duas vigas de madeira perpendicular uma à outra. Logo, por que carregá-la? Se você não concorda em carregar imagens de esculturas por ser uma ‘apologia’ à idolatria, minimamente falando, por que carregaria algo que gera morte espiritual? Sabedor que é você que a idolatria conduz a pessoa para a perdição eterna. Reflita que a pena de morte pode até ter sido alterada, mas o sentido é o mesmo.

Por que carregar no peito uma forma de tortura? Se a própria cruz é maldita e até Deus não olhou para Cristo quando estava naquela situação por estar carregando os pecados da humanidade, nós é que deveríamos levar essa tortura conosco?

Algo que tem sido confundido por muitos no meio Cristão é o que a crucificação representa e outra o que é uma cruz.

Jesus não nos fala para levarmos um símbolo da cruz, mas sim Seu ato de crucificação e mais ainda da Sua ressurreição que nos garantiu a salvação e a vida eterna para nossas vidas. Através da ressurreição o Pai de Jesus transformou-Se em Nosso Pai (Jo 20:17). Recorde-se de que Cristo não está mais pendurado no madeiro e nada mais tem com ela. Carregá-la, seja como for, é idolatria e transfigurar a imagem do Deus incorruptível em madeira.

Os cristãos obedientes à Palavra de Deus conhecem que devem ser iconoclastas, ou seja, não admitem nenhum tipo de adoração à imagens, sejam elas religiosas ou não.

Jesus Cristo nos libertou do império das trevas e nos transportou para o seu Reino de amor e não de tortura e de idolatria.

Compartilho a seguir algumas passagens bíblicas para reflexão e discernimento espiritual referente ao assunto, leiam o Salmo 115, Isaías 44 e Romanos 1:20-32.

O Senhor, pois, é Aquele que vai adiante de ti; Ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará; não temas, nem te espantes. Dt. 31:8.

Porque Eu, o Senhor teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, Eu te ajudo. Is 41:13.

Diante do exposto você ainda quer colocar um crucifixo no peito ou no pescoço ao invés de ter Jesus Cristo no seu coração?

Não troque Jesus pelo instrumento usado para matá-lo.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

JESUS É A FONTE DA ÁGUA DA VIDA

JESUS É A FONTE DA ÁGUA DA VIDA

 

No último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, rios de água viva brotarão do seu interior”.  Jo. 7.37-38.

“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede, porque a água que eu lhe der fará nele uma fonte de água a jorrar para a vida eterna”. Jo. 4.14.

Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Jo.7.38.

A água mata nossa sede e sustenta a nossa vida. Nas Escrituras, ela serve como figura de linguagem para a suficiência do Espírito Santo. Nos dias de Jesus, durante a festa dos tabernáculos, um coro cantava enquanto um sacerdote enchia uma jarra de ouro com água e a derramava em seguida. Aquilo lembrava a todos os presentes da água que saiu da rocha durante as caminhadas pelo deserto. Números 20:8-11.

Naqueles dias, quando ocorria este ritual, Jesus parou e disse em voz alta: “Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva”, João 7:38. Esta fonte é o Espírito Santo, que é como um poço de satisfação João 7:39. Anteriormente, Jesus havia feito a emocionante afirmação de que o cristão teria uma fonte contínua de refrigério, João 4:14.

Você está sedento hoje? Confesse o seu pecado e Cristo e Ele te encherá com o Espírito Santo. Ao dar lugar à Sua vontade, Ele o encherá graciosamente com água viva a jorrar para a vida eterna.

Jesus estava em Jerusalém, na Festa dos Tabernáculos, uma das três maiores festas dadas por Deus ao seu povo. Nela além de recordarem os 40 anos que passaram no deserto vivendo em cabanas, recordavam de modo especial através do Tabernáculo a presença do Senhor em meio a seu povo para guarda-los e guiá-los. Também nestes dias de festa comemoravam o fato histórico de Êx. 17, onde Deus fez água brotar da Rocha para saciar a sede do povo e aproveitavam para agradecer as chuvas que regavam as plantações. No último dia, o povo formava um circuito por 7 vezes em volta do altar cantando “Hosana”, ao mesmo tempo em que batiam sobre o altar ramos de salgueiro e palmas. Este dia era chamado o “Dia do Grande Hosana”, ou “Dia de Agitar os Ramos”. Era costume também ir ao tanque de Siloé e encher um copo de água e ir em direção ao Templo cantando Salmos. Foi neste dia que Jesus se levanta e declara ser á fonte de água viva.

1 – Jesus apresentou-se como a fonte da água da vida, a água viva. Porque será que Jesus afirmou que ele era a fonte onde todos podiam vir saciar a sede? Para entendermos melhor sobre isso vamos lembrar algumas coisas sobre a água: “Cerca de 60 a 70% do nosso corpo é constituído de água. Em uma criança de 0 a 2 anos de idade pode chegar a 80% de água em seu corpo e com o tempo vai diminuindo um idoso tem entre 50 e 60 % de água no corpo. Os órgãos com mais água são os pulmões e o fígado, (86%). O sangue, (81%).

O cérebro, os músculos e o coração são constituídos por 75% de água. Se essa água em nosso corpo reduzir: em 1%, sentiremos sede. Em 5%, a pele encolhe e teremos dificuldades em mover músculos e pensar com clareza; em 10% ou mais nosso corpo morrerá”.

Segundo um informativo da área, “A falta de água é o fator nº 1 da causa de fadiga durante o dia. 8 a 10 copos de água por dia poderiam aliviar dores nas costas e nas juntas em 80% das pessoas que sofrem desses males. 5 copos de água por dia diminui o risco de câncer no cólon em 45%, câncer de mama em 79% e em 50% desenvolver câncer na bexiga”. Segundo especialistas: “a sede é um indicador tardio de falta de água. Quando se tem vontade de beber água é porque dela o organismo precisa já a algum tempo”.

Olhando para isso vemos o quanto a água é imprescindível para nosso corpo, podemos dizer que ela dá a vida. Além de ser usada em quase tudo, Ela: sacia, limpa, fortalece, anima o corpo e dá vida ao corpo dos seres humanos e dos animais. Sem ela não conseguiríamos viver.

O conhecimento de Jesus.

Jesus sabia da importância da água. Por isso afirma ser a água da vida. Por isso precisamos perceber a sua importância em nossa vida. Sem Jesus nossa vida começa a morrer. Sem ele os males e sofrimentos aumentam, com Sua presença grande parte dos males seriam extintos de nossa vida. Ele é a solução para os nossos problemas. Por isso se apresentou como a água salvadora, a água viva que desceu dos céus para todos os que dela quiser beber gratuitamente. Jesus é a fonte da água que traz a verdadeira vida.

A água cria em nós uma dependência saudável.  

Bebemos água todos os dias, mas a cada dia precisamos mais e mais de água. Mesmo se bebermos grandes quantidades hoje, amanhã precisaremos ingerir água de novo.

Assim é com Jesus, Ele quer nos mostrar o quanto precisamos dele dia após dia e não apenas no culto de domingo. Sem Ele nossa vida espiritual começa a sentir sede, começa a passar por dificuldades e se não saciada da água da vida vem a morte espiritual.

Não é esta a sede da maioria das pessoas? Querem ser amadas, aceitas; querem  sentirem-se em paz e segurança e terem uma vida plena de alegria e paz?

O desejo de Jesus é saciar nossa vida com paz, amor, segurança, vida eterna. Jesus não apenas é a vida, mas é Ele quem nos dá a verdadeira e plena vida. Você já bebeu dessa fonte da água da vida?

2 – “Se alguém tem sede, venha a mim e beba". Quando é que geralmente tomamos água? Você responderá: “quando temos sede”. Exatamente, mas será que você tem sede de Deus? No Salmo 42.2, o salmista expressa: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus Vivo”. Isso mesmo e não é apenas a alma dele, mas a nossa alma também tem sede de Deus. Sabe aquele sentimento de vazio por dentro? Aquela sensação de que nos falta algo? Corremos atrás de tudo e todos e não encontramos satisfação plena para nossa vida? Pois é ai que está à sede que nossa alma tem de Deus. Você já pensou passar algum dia sem beber água? Dizem que uma pessoa dificilmente consegue ficar mais de três dias sem beber água. Imagina então como sua alma pode estar desesperadamente sedenta se você não busca essa fonte de água viva que é Jesus a cada dia? Aí está o motivo do seu sofrimento interior, de seu vazio interior. Falta água, e água viva. Por isso Jesus convida você para beber dele, João 7.37. Entregue sua vida a Jesus, sacia-te cada dia com Sua palavra e com a oração. Não deixe sua alma padecer com sede e sede do Deus vivo.

Vidas sem água. Há uma grande preocupação em todo o mundo, pois se acredita que no futuro irá faltar água potável. Existe um mar chamado de mar morto porque dentro dele não tem vida, suas águas são tão insalubres nada sobrevive.

Já imaginaram viver sem água ou com água imprestável? Certamente que somente naqueles dias muito secos e com baixa umidade é que as pessoas perceberão o quanto a água é útil e como fica impossível viver sem água. Por outro lado a Palavra de Deus também afirma: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”, Is. 55.6, ou seja, é Deus tentando nos despertar para que possamos aproveitar a oportunidade e buscarmos a Deus de todo o coração, antes que venha o dia em que não o poderemos achar, e aí será impossível viver sem Ele.

Nos dias atuais muitas vidas estão secando, murchando, definhando em suas vidas espirituais porque lhes falta a água da vida.

Cada dia encontramos mais pessoas desesperançadas, aflitas, depressivas, sem alegria, sem paz, sem amor. Grande parte destas vidas já perderam a vontade de viver. São sinais de como a alma está sedenta. O que falta então? Falta ir à fonte da vida e beber dessa água da vida que é Jesus.

“Quem crer em mim, disse Jesus, ainda que esteja morto, viverá“. João 11.25. Jesus nos mostra que é a Fé que nos faz beber dessa água para prover nova vida, para saciar  nossa sede. Viver sem fé em Deus é viver sem esperança e sem razão. A fé faz superar obstáculos, faz vencer desafios. Faz ir mais longe, faz dar um passo a mais em direção a verdadeira vida. Muitas pessoas perderam a fé em Deus, por isso estão longe da fonte da água da vida. Você quer beber desta água? É preciso ter sede, e crer pela fé, que somente Jesus pode saciar toda e qualquer sede que sua alma sente.

3 – Quem beber dessa água nunca mais terá sede. Jo.4.14. Você já pensou em nunca mais sentir sede? Para nós que agora temos água abundante não faz tanto sentido mas para os judeus fazia. Pensamos uma vez no valor da água no Oriente Médio, lá é uma região muito seca. Onde achar água é uma missão difícil. Contudo tenho certeza que a maioria das pessoas gostaria de ter para sempre saciado a sede de sua alma, de paz, amor, compreensão, satisfação na vida.

Jesus afirma que quando entregamos plenamente nossa vida a Ele, Ele mesmo sacia essa sede e nunca mais a teremos sede. Infelizmente vivemos em um mundo seco, carente de amor, carinho, respeito, amizade, paz e felicidade. Essa é a sede das pessoas. Somente com Jesus saciamos essa sede.

“Rios de água viva correrão de seu interior”. João 7.38. Os “rios de água viva” brotarão do coração daqueles que crêem em Jesus. Um rio traz vida a toda uma margem porque ele é composto de água. Em redor de um rio não há desertos, mas em toda a sua margem há todos os tipos de vegetação, árvores, flores e frutos. Quando bebemos da fonte que é Jesus, de nosso interior brota essa água da vida, passamos a ser como um rio, levando vida a todos a quem temos contato. Contudo se um rio não gera vida em sua margem, é porque ou secou, ou sua água está contaminada. Se o Rio que corre do nosso coração não está gerando vida, será que há água? Será que a água não está contaminada pelo pecado?

Jesus é a fonte de água viva e nós o rio que levamos água às pessoas. Para isso ou por isso somos igreja. O cristão deve ser uma fonte de água viva fluindo o amor, a palavra e o poder de Deus na família, na igreja, no trabalho, levando vida a todos. Será que temos levado essa água para as pessoas próximas a nós?

Sempre que você beber ou utilizar a água, lembre-se que Jesus é a Água Viva. Para ter Jesus, é necessário sentir sede espiritual, e, pode ter certeza que sua alma está sedenta por Ele. Sem Ele toda nossa vida é um deserto. Jesus quer ser uma fonte no seu interior para que rios de vida possam ser levados a todas pessoas. Para ter essa água da vida você precisa crer em Jesus, aceitando-o como seu único e suficiente Salvador, deixar que Ele te use para levar essa vida plena a outras pessoas. Você já bebeu dessa água? Já saciou a sede de outros também?

Permita que Jesus faça do seu interior brotar um rio de água viva a jorrar para a vida eterna.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

A JUSTIÇA DE DEUS VEM

A JUSTIÇA DE DEUS VEM

 

A tua justiça é uma justiça eterna, e a tua lei é a verdade. Salmo 119:142.

Tem um ditado popular que diz que a justiça de Deus tarda mas não falta ou tarda mas não falha. Vamos ver nesta postagem o que realmente é a justiça de Deus.

Isaías 59.14-15.

14. Pelo que o juízo se tornou atrás, e a justiça se pôs longe, porque a verdade anda tropeçando pelas ruas, e a equidade não pode entrar.

15. Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor o viu, e foi mal aos seus olhos que não houvesse justiça.

 

Filipenses 4.1-23.

1.    Portanto, meus amados e mui queridos irmãos, minha alegria e coroa, estai assim firmes no Senhor, amados.

2. Rogo a Evódia e rogo a Síntique que sintam o mesmo no Senhor.

3. E peço-te também a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes estão no livro da vida.

4. Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos.

 5. Seja a vossa equidade notória a todos os homens. Perto está o Senhor.

 6. Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças.

7. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus.

8. Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

9. O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco.

10. Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente, reviver a vossa lembrança de mim; pois já vos tínheis lembrado, mas não tínheis tido oportunidade.

11. Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho.

 12. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade.

13. Posso todas as coisas naquele que me fortalece.

14. Todavia, fizestes bem em tomar parte na minha aflição.

15. E bem sabeis também vós, ó filipenses, que, no princípio do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja comunicou comigo com respeito a dar e a receber, senão vós somente.

16. Porque também, uma e outra vez, me mandastes o necessário a Tessalônica.

17. Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.

18. Mas bastante tenho recebido e tenho abundância; cheio estou, depois que recebi de Epafrodito o que da vossa parte me foi enviado, como cheiro de suavidade e sacrifício agradável e aprazível a Deus.

 19. O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.

 20. Ora, a nosso Deus e Pai seja dada glória para todo o sempre. Amém!

21. Saudai a todos os santos em Cristo Jesus. Os irmãos que estão comigo vos saúdam.

22. Todos os santos vos saúdam, mas principalmente os que são da casa de César.


23. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com vós todos.

 

O que é a Justiça de Deus e qual o significado bíblico.

A justiça é um atributo de Deus, é uma das Suas características próprias. Ser justo é uma qualidade fundamental da natureza de Deus. A justiça de Deus se manifesta através de Jesus Cristo e é expressa nas Suas ações e no cumprimento das exigências da perfeição do próprio Deus.

A Bíblia diz que a Justiça de Deus se revela através do Evangelho, (Romanos 1:17) e da mensagem de salvação em Jesus Cristo. Essa justiça, vista ao longo das Escrituras, se cumpriu na vida, na morte e na ressurreição do Senhor Jesus. Encontramos na Palavra de Deus o padrão para toda a justiça que precisa ser cumprida por todas as pessoas.

 

Qual é o significado de justiça?

Em termos gerais justiça é dar a cada um o que lhe é de direito e o que merece estando sempre em conformidade com o que é justo e correto. A maioria das pessoas possui algum senso de justiça. Todos temos consciência de estar num mundo de injustiças e mesmo não sendo muito justo, reclamamos quando há falta de justiça.

A justiça é sempre mais rigorosa quando a requeremos em nosso favor. Quando somos injustiçados exigimos a punição e o castigo alheio, mas não o contrário. Buscamos a nossa justiça própria, quando queremos ser favorecidos, mas a esquecemos quando ela nos acusa.

Parece que a justiça própria está quase sempre acima da justiça comum, merecida por todos. Mas será a justiça humana tão distante da Justiça de Deus? Infelizmente a justiça dos homens está carregada de injustiças.

 Justiça X injustiça.

Deus é perfeito, incorruptível e plenamente justo. Por isso age sempre em conformidade com a Sua Justiça. Ele é o padrão exclusivo de honestidade, verdade e integridade. A Justiça de Deus é reta e cheia de misericórdia. Ele reprova e condena a injustiça porque a injustiça causa destruição e morte.

Quando alguém comete injustiça, os danos destrutivos do mal e da morte afetam diretamente ao próprio transgressor, aos prejudicados por ele, comprometendo a relação com Deus, com o mundo e com os seus semelhantes.

A história de Caim e Abel é um bom exemplo bíblico dos danos causados pela injustiça causada por Caim ao seu irmão mais novo Abel, Gênesis 4:1-16. Movido por ira, inveja, maldade e ódio, Caim matou o seu próprio irmão. Esse pecado destruiu a vida do inocente Abel, afastou Caim de Deus e da sua família. Além disso, a injustiça de Caim trouxe maldição à terra, ao seu trabalho e a sua vida terá sido consumida pelos sentimentos de rejeição, culpa e medo, além de sua posteridade carregar esta maldição para sempre.

Deus afastou Caim, castigando-o pelo seu crime, mas o tratou com misericórdia, colocando-lhe um sinal para preservar a sua vida. Assim funciona a justiça de Deus, é revestida de misericórdia.

Quando pensamos em justiça, logo nos vem à mente o castigo e a punição merecidos por algo que se fez de errado. Essas ideias não estão erradas, mas, graças a Deus que a Sua justiça é diferente da nossa. A justiça humana é falha, parcial, corrompível e muitas vezes oportunista. Isto é, segundo a nossa "justiça", o outro merece sempre ser punido e pagar as consequências dos seus erros. Mas, se somos nós os culpados, buscamos parcialidade ou uma brecha para nos inocentar. Costumo dizer em minhas administrações sobre o assunto que “o ser humano tem mais dificuldade de perdoar do que o próprio Deus”. Tem pessoas e famílias que juram vingança enquanto viver, se por um acaso alguém lhes fizer algum mal.

A justiça de Deus, por outro lado, é leal, reta e infalível. Além disso, a justiça divina é misericordiosa e não oprime ninguém no seu juízo. Jó 37:23.

A justiça de Deus caminha de mãos dadas com a Sua misericórdia. Ele não inocenta o culpado, mas perdoa aqueles que se arrependem de todo o coração. Lembrando aqui que Deus perdoa o pecado, restitui a comunhão do pecador, mas as consequências daqueles males um dia bate na porta do pecador, por isso se diz que um dia o seu pecado te achará. Nm.23.32; Salmo 32.

A compaixão de Deus é a Sua disposição graciosa de se compadecer da humanidade desde o início até o final dos tempos. Nesta oferta amorosa, Ele considera o nosso estado miserável e oferece perdão total ao pecador arrependido, quando este crê na Sua bondade e aceita o Seu favor.

Jesus cumpriu toda a justiça de Deus.  

Ele foi justo e misericordioso em toda a sua vida, sem nunca ter pecado. Através Dele Deus revelou a Sua vontade para os seres humanos. Jesus Cristo, o Justo, dividiu a história da humanidade, sendo Ele o maior exemplo da Justiça perfeita que os homens almejam. Graças a Ele todos podem ter acesso à justiça e misericórdia de Deus, pela fé na sua Palavra e pela graça de Deus que é favor imerecido.

O pecado presente na humanidade torna a nossa justiça falha e limitada, Isaías 64:6. Mesmo os sistemas de justiça mais corretos da terra são passíveis de falhar. É como se fechássemos os olhos para a causa do outro e favorecêssemos a balança sempre para o nosso lado, por conveniência.

A Justiça de Deus não tarda e nem falha.

Apesar de, aos nossos olhos, a justiça divina não ser aplicada como deveria porque sempre queremos que Deus nos favoreça, mas Deus é justo e a Sua justiça dura para sempre. Ele é o reto Juiz do universo e age perfeitamente apesar da nossa opinião, em dados momentos, ser contrária. Ele não tarda em fazer justiça, aguardando o Seu perfeito tempo, veremos que todos receberão o que merecem. Romanos 2.6.

Se você sofreu injustiça, não busque a vingança, nem tente fazer justiça com as próprias mãos. Entregue a sua causa nas mãos Daquele que pode lhe ajudar, Lamentações 3:58.

Deus continua no controle de tudo. É Deus que tudo pode, é Deus que tudo vê e é Deus que tudo realiza com a verdadeira justiça e com a verdade.

Mas se você falhou e teme agora a justiça de Deus, arrependa-se genuinamente e busque o perdão de Deus. Jesus Cristo é nosso advogado, 1João 2:1. Lembre-se que quando alguém crê no Senhor Jesus e se arrepende dos seus pecados, logo torna-se justificado pela fé e alcança o perdão de Deus.

Vejamos o que nos diz Romanos 5.1-5.

1.     Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo.
2. pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.

 3. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;

4. e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.

5. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Porém, quando se descumpre a Sua vontade, rejeitando a graça de Deus, essa pessoa age como injusto e permanece como um rebelde diante de Deus. A sua injustiça, que é falha, transgressão, corrupção, pecado, 1 João 5:17, lhe será atribuída e terá que ser punido por suas faltas. Deus é amor, mas não se esqueça que Ele é justiça também.

Você pode confiar na justiça de Deus que ela será feita no tempo certo, no tempo de Deus.

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6.33.

A justiça de Deus é perfeita, mas pode confundir os sábios deste mundo porque se baseia no amor regenerador das misericórdias de Deus.

Um coração sinceramente arrependido é purificado e não punido, pois o amor de Deus em nós cancela uma multidão de pecados.

Nunca é tarde para recomeçar, nunca é tarde para viver segundo a justiça de Deus. Nunca é tarde para se arrepender de seus pecados e pedir perdão a Deus.

Quem ama é justo, é imparcial porque ama a todos sem distinção.

Quem ama vive segundo a justiça de Deus, porque pratica e segue a lei por excelência e o amor de Deus, 1 Coríntios 13. Observe bem que estamos falando do amor de Deus que está em nós e não do amor da carne que nos é natural desde nossa concepção no ventre materno.

Não percamos mais tempo, busquemos o Reino de Deus que é a graça do Espírito Santo sobre nós e que realiza milagres transformadores entre nós; busquemos a sua justiça, que é ter um coração puro diante de Deus que é misericordioso para conosco e para com os nossos semelhantes.

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

CONVERSÃO, FÉ E PERSEVERANÇA

CONVERSÃO, FÉ E PERSEVERANÇA

 

Quem se converte e persevera em Cristo Jesus pela fé, será salvo.

 

Sê Fiel Até à Morte, e Dar-te-ei a Coroa da Vida.

Ap.2.8-11. "Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: (v.9) Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de satanás. (v.10) Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. (v. 11) Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte". ( Ap 2.8-11).
O propósito de Deus para as nossas vidas é o de andarmos com Cristo até o fim, de irmos até o fim com Ele, de irmos sempre adiante e nunca retroceder. Ele, Jesus, diz em Apocalipse “Sê fiel até a morte e te darei a coroa da vida”. Muitos acham que morreu acabou, isso não é verdade. Sabemos que existe a salvação eterna e a condenação eterna.

"Mas quem perseverar até o fim será salvo". Mateus 24.13.

No mesmo capítulo em outros versículos, e voltando um pouco ao evangelho de Mateus, o Senhor Jesus disse: Mateus 24:9-13.  “Então sereis entregues a tortura, e vos matarão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos hão de se escandalizar, e trair-se-ão uns aos outros, e mutuamente se odiarão.

Igualmente hão de surgir muitos falsos profetas, e enganarão a muitos; e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas quem perseverar até o fim, esse será salvo”.

Alguns poderão dizer que o Senhor fala aqui sobre os últimos dias. E eles estarão certos. Mas não estamos vivemos estes últimos dias agora? E para evitar abrir uma discussão escatológica aqui, ainda mais que este estudo não se trata deste assunto, mesmo que estes não fossem os últimos dias, isto faria com que esta última declaração tivesse menos validade hoje? Como Ele disse: “mas quem perseverar até o fim será salvo.” Exatamente da mesma forma que vimos anteriormente em Hebreus: “porque nos temos tornado participantes de Cristo, se é que guardamos firme até o fim a nossa confiança inicial; (Hebreus 3:14). A fé é uma corrida e para persegui-la precisamos ter perseverança. 

E aqueles que não perseverarem, não apenas um pouco, não até a metade, mas até o final da corrida, esses serão salvos. Os outros, aqueles que se desviarem, que não perseverarem, não estarão lá.

É por isto que o autor de Hebreus nos encoraja: Hebreus 10:35-39. “Não lanceis fora, pois, a vossa confiança, que tem uma grande recompensa. Porque necessitais de perseverança, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Pois ainda em bem pouco tempo aquele que há de vir virá, e não tardará. Mas o meu justo viverá da fé; e se ele recuar, a minha alma não tem prazer nele. Nós, porém, não somos daqueles que recuam para a perdição, mas daqueles que crêem para a conservação da alma”.

Nós precisamos ter perseverança, para depois que fizermos a vontade de Deus possamos receber o que foi prometido. Conforme João nos diz: 1 João 2:25 “E esta é a promessa que ele nos fez: a vida eterna”.

A vida eterna é a promessa, a principal promessa. Mas para recebê-la precisamos permanecer nela até o final. Aqueles que abandonam a corrida, aqueles que não perseverarem, mas retrocederem, não receberão a recompensa da promessa.

O escritor de Hebreus novamente nos encoraja assim:

Hebreus 12:1-2 “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé, o qual, pelo gozo que lhe está proposto, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado a direita do trono de Deus”.

Nós precisamos correr a corrida e só há um modo de continuarmos na corrida da fé, é com perseverança e olhando para Jesus, o fundador e aperfeiçoador da nossa fé, o autor e consumador da nossa fé. Correr com perseverança é ter os olhos fixos em Jesus e no que é prometido a nós, produziremos o fruto que nos marca como verdadeiros servos de Cristo. O fruto produzido por aquelas pessoas da quarta categoria de solo descrita na parábola do semeador: “Mas a que caiu em boa terra são os que, ouvindo a palavra com coração reto e bom, a retêm e dão fruto com perseverança”.

A palavra “perseverança” é traduzida do grego aqui da mesma forma que em Hebreus 10:36 e 12:1. Aqueles incluídos na quarta categoria, são aqueles que perseveraram, que permaneceram correndo para o Senhor, firmes na videira, e dão fruto com perseverança. Possamos todos nós estarmos nesta categoria, e permanecermos nela. e, se algum de nós não está, que possa se arrepender “corra com perseverança a carreira que nos está proposta”.

 

A importância da perseverança na vida do cristão.

A fé e a perseverança andam de mãos dadas, a fé verdadeira, que salva, nos dá segurança e perseverança para continuarmos crendo em Jesus sem desistir. A vida cristã tem dificuldades e nossa fé muitas vezes é desafiada.

Por isso, precisamos de perseverança.

Na parábola do semeador, a semente que cai no solo pedregoso representa a pessoa sem perseverança. De início, recebe o evangelho com alegria, mas não tem raízes. Logo, quando sua fé lhe causa alguma dificuldade, essa pessoa desiste do evangelho e volta à velha vida. (Mateus 13:20-21).

A Bíblia diz que a perseverança melhora nosso caráter, fortalece nossa fé e traz recompensa (Tiago 1:2-4). Somente quem não desiste da fé em Jesus recebe a recompensa que Deus tem preparado para nós. É também a perseverança que nos impede de sermos destruídos pelas dificuldades.

A Bíblia nos ensina como ser mais perseverante.

A perseverança cresce à medida que enfrentamos dificuldades. Ninguém gosta de passar por tempos difíceis, mas Deus permite o sofrimento para nos ajudar a crescer. Somente aprendemos a perseverar quando nossa fé é provada. (Romanos 5:3-5).

Para ser salvo é necessário perseverar até o fim.

“Perseverar até o fim" aparece nos evangelhos e o contexto é o Senhor Jesus falando aos judeus referindo-se ao reino. Os capítulos 10 e 24 de Mateus e também Marcos 13 se referem à grande tribulação, e ali fala de salvação do corpo da carne, de ser arrebatado vivo e ser livre da grande tribulação para poder habitar no reino celestial de Cristo e alcançar as moradas eternas. Compare com o versículo 22 de Mateus 24: "E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria".
Mt.10:22.

E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim, será salvo.

Mt.24:13 Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.

Mc.13:13 E sereis odiados por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.

A expressão "persevera" ou "persevere" aparece nas epístolas do apóstolo Paulo, na forma de admoestação:

1Tm.4:16 Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

Aqui também não está falando da salvação da alma, mas da salvação, ou de manter-se a salvo, da apostasia dos últimos tempos, que é o assunto do capítulo.

É apenas perseverando nos ensinos da Palavra de Deus, e aqui especificamente nas instruções dadas a Timóteo, que ficamos a salvo de problemas nesta vida e podemos nos dedicar mais livremente às coisas do Senhor.

1Tm.5:5.

Ora, a que é verdadeiramente viúva e desamparada espera em Deus e persevera de noite e de dia em rogos e orações;

Aqui também nada tem a ver com salvação da alma, mas o termo aparece como uma qualidade das viúvas, que deveria ser também uma qualidade de todo crente: perseverar em oração o tempo todo.
Tg.1:25 Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.

Mais uma vez o verbo perseverar é usado no sentido de uma vida de comunhão com Deus.


2Jo.1:9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo, não teme a Deus. Quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto ao Pai como ao Filho.


Aqui sim está falando de salvação para os que perseveram e de perdição para os que não perseveram na doutrina de Cristo. Mas que doutrina de Cristo é esta à qual João se refere? Não se refere a algo que fazemos, mas naquilo em que cremos.

O assunto do apóstolo são os "enganadores que entraram no mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em carne. Este tal é o enganador e o anticristo". (2 Jo 1:7). São os falsos mestres, que ensinam que Jesus Cristo não é Deus, mas um ser criado. Você encontra esta doutrina maligna em muitas religiões pelo mundo afora, as quais fazem de tudo para enganar as pessoas sobre este assunto.

Para ser salvo é preciso crer em Cristo Jesus como Deus e Homem, e é isto que está subentendido na expressão que diz que “Ele veio em carne". (2 Jo 1:7). Dizer que alguém nasceu é uma coisa, pois todos os seres humanos nasceram, mas dizer que alguém veio em carne significa que tinha preexistência e assumiu um corpo humano.

Uma pessoa que acredita na reencarnação  poderia aqui argumentar que a reencarnação também funciona assim, mas o problema é que a Palavra de Deus afirma categoricamente que não existe reencarnação, mesmo porque o homem só morre uma vez como diz o escritor aos Hebreus: "Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo". Hb 9:27.

Assim, a fé cristã que salva é crer em Jesus como divino, Deus e Homem, a Pessoa do Filho Eterno de Deus, que veio em carne, em semelhança humana, porém sem pecado, para morrer como o único sacrifício aceitável por Deus como o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

1Jo.5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Jo.1:1 No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.

Jo.1:14 E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

Rm.8:3 Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne;

"O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado". 1 Jo 1:7.

1Jo.2:2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.

1Jo.4:10 Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.

A Bíblia diz que a perseverança melhora nosso caráter, fortalece nossa fé e traz recompensas. (Tiago 1:2-4). Somente quem não desiste da fé em Jesus recebe a recompensa que Deus tem preparado para nós. É também a perseverança que nos impede de sermos destruídos pelas dificuldades do dia a dia.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

JÔNATAS FILHO DO REI SAUL

JÔNATAS FILHO DO REI SAUL

 

Jônatas foi um grande amigo de Davi, e o ajudou muito em sua jornada. Ele era filho de Ainoã e Saul que era um rei desobediente a Deus que invejou Davi e tentou matá-lo.

Os irmãos de Jônatas se chamavam Merabe, Mical e Esbaal.

A história de uma grande amizade entre Jônatas e Davi está relatada na bíblia no livro de 1Samuel capítulos 18 e19. Segundo as escrituras, apesar de não serem irmãos de sangue, eles se respeitavam e consideravam como se o fossem e tinham muita afinidade.

 

1Samuel 18:1–16. Jônatas, filho do rei Saul, torna-se amigo de Davi. O rei Saul sente ciúme do amor que o povo tem por Davi e tenta matá-lo.

1Samuel 19:1–10. Jônatas tenta convencer Saul a não matar Davi.

1Samuel 20:1–5, 12–24, 27, 31–42. Jônatas avisa a Davi do que seu pai pretende fazer com ele. Jônatas e Davi fazem um pacto de amizade que não permitia nenhuma atitude de traição entre eles.

1Samuel 23:14–18. Enquanto está escondido de Saul, Davi é confortado por Jônatas.

1Samuel 24:9–10, 16–20. Davi poupa a vida de Saul, e este reconhece que Davi é justo.

2Samuel 1:4, 11–12. Davi pranteia a morte de Jônatas e Saul.

2Samuel 9:1–3, 6–7, 13. Davi é fiel ao pacto de amizade, cuidando do filho de Jônatas.

 

Jônatas se tornou o amigo fiel de Davi.

A amizade de Jônatas e Davi é um exemplo clássico da fidelidade que deve existir em todas as boas amizades.

Jônatas era filho de Saul, o primeiro rei de Israel que reinou na segunda metade do século 11 antes de Cristo. Jônatas se mostrou um patriota e guerreiro bem-sucedido nos conflitos contra os filisteus, principais inimigos dos israelitas na época.

Neste papel de príncipe corajoso, Jônatas ganhou o respeito do povo. Normalmente, teria sido candidato natural para suceder seu pai. Mas, Jônatas não chegou a ser rei devido às grandes falhas do seu pai. Deus não permitiu que os descendentes de Saul reinassem em Israel. Antes da morte de Saul, o Senhor já anunciou sua intenção de escolher um homem de outra família como o próximo rei. Deus nomeou Davi, filho de Jessé, para ser sucessor de Saul.

Se Jônatas tivesse o mesmo caráter do pai, ele teria odiado o homem designado como sucessor do seu pai. De uma perspectiva política, aquele homem estaria tomando o reino do próprio príncipe, Jônatas. Saul se preocupou com essa ameaça aparente e lançou uma campanha para matar Davi e segurar o trono para Jônatas. Ele disse para seu filho, Jônatas: “Pois, enquanto o filho de Jessé viver sobre a terra, nem tu estarás seguro, nem seguro o teu reino; pelo que manda buscá-lo, agora, porque deve morrer”. (1 Samuel 20:31). Quando Jônatas recusou ajudar assassinar Davi, Saul ficou muito bravo, sua fúria foi tamanha que ele atacou seu próprio filho.

Jônatas não compartilhou o ódio ambicioso do seu pai. Pelo contrário, fez amizade com Davi! Ele viu a diferença entre seu pai ciumento e seu amigo temente a Deus: “Sucedeu que, acabando Davi de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a de Davi; e Jônatas o amou como à sua própria alma. Saul, naquele dia, o tomou e não lhe permitiu que tornasse para casa de seu pai. Jônatas e Davi fizeram aliança; porque Jônatas o amava como à sua própria alma”. (1 Samuel 18:1-3). A amizade desses dois foi um bom exemplo do provérbio que diz: “há amigo mais chegado do que um irmão”. (Provérbios 18:24).

Quando Jônatas defendeu seu amigo das agressões do rei, ele mostrou uma qualidade de grande importância. Ele valorizou os princípios do certo e justo acima dos relacionamentos com os outros, até com sua própria família. Qualquer relação humana, seja amizade, casamento ou outro relacionamento familiar, deve ser regida pelos princípios que Deus deu para nos guiar. Nosso respeito para com Deus deve ser maior do que qualquer laço entre seres humanos. O melhor amigo é aquele que ama a Deus mais do que ama você. O marido ideal sempre mantém Deus acima de todos, deixando a mulher ocupar o segundo lugar.

O que Jônatas ganhou com sua fidelidade a Davi? Se for avaliar a amizade em termos de benefícios imediatos, parece que Jônatas não escolheu bem! Ele morreu jovem na mesma batalha que tomou as vidas do seu pai e de dois dos seus irmãos. (1 Samuel 31:1-2).

Jônatas não manteve sua amizade com Davi por motivos de benefício próprio. Ele foi seu melhor amigo, e foi fiel a ele agindo sempre com justiça e lealdade.

 Pessoas egoístas que só investem nas amizades que oferecem retorno não sabem amar como Jônatas amou, e acabam decepcionando aqueles que se relacionam com elas.

Apesar da sua morte precoce, Jônatas ganhou um lugar importante na História. Seu nome aparece dezenas de vezes no registro bíblico. Um fato é especialmente interessante. Depois da morte de Jônatas, Davi procurou um sobrevivente da sua família: “Disse Davi: Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” (2 Samuel 9:1). Um filho de Jônatas, Mefibosete, foi apresentado ao rei. Ele havia caído quando tinha cinco anos e ficou aleijado. Davi lhe deu um lugar na mesa do rei, e o filho de Jônatas passou a ser sustentado como se fosse membro da família real.

Mesmo se as escolhas de Jônatas não trouxessem nenhum benefício para sua própria família, ele se mostrou fiel a Deus e fiel ao servo ungido por ordem divina. Ele contribuiu ao cumprimento do plano de Deus, pois um dos descendentes de Davi foi o próprio Messias que oferece salvação a todos gratuitamente.

 

Jônatas foi um grande guerreiro. 

Após a decisiva vitória de Saul sobre os amonitas, o exército de Israel foi separado em duas divisões, ficando uma delas sobre a liderança de Jônatas. É nesse contexto que ele aparece na narrativa bíblica, sendo citado como vitorioso em Geba, um posto avançado dos filisteus, após ter matado o líder filisteu local (1Sm 11; 13).

O registro feito em 1 Samuel 14 deixa bem claro sua tamanha coragem e habilidade na guerra, quando acompanhado apenas de seu escudeiro, ele foi capaz de derrotar uma guarnição de filisteus.

Mais tarde, Jônatas quase foi morto por seu próprio pai depois de quebrar, sem saber, um voto de jejum que Saul havia imposto ao povo, porém os israelitas não permitiram que Jônatas recebesse a pena de morte. Isso também deixa claro que o grande perturbador de Israel era Saul, e não Jônatas (1Sm 14:25-45). As qualidades de Jônatas como guerreiro também foram lembradas na lamentação de Davi por sua morte. (2Sm 1:22).

Jônatas era um homem de caráter.

A história de Jônatas relatada nos textos bíblicos deixa claro que ele foi uma pessoa com caráter exemplar. Ele possuía uma personalidade firme que refletia em decisões sensatas e ações corajosas. (1Sm 14:13; 2Sm 1:22,23).

Seu comportamento inspirava os soldados de Israel, de modo que ele também era um grande orientador nas técnicas de guerra. Sua capacidade analítica na tomada de decisões estratégicas, pautada em sua conduta integra, muitas vezes conflitava com a insensatez e destemperança de seu pai.

Por vezes, Jônatas tentou mediar uma aproximação entre Saul e Davi, e mesmo em meio aquele ambiente tenso, Jônatas foi fiel a Davi e, ao mesmo tempo, honrou seu pai, acompanhando-o até mesmo na hora da morte. (2Sm 1:23).

Qual era o nome da esposa de Jonatas?

A esposa de Jonatas, filho do rei Saul se chamava Selima. Selima significava meiga, sincera, dedicada  era digna desse nome porque era extremamente apaixonada pelo marido e mãe exemplar. 

Selima era constantemente humilhada pela sogra Ainoã (primeira esposa de Saul), que lhe cobrava mais netos e não gostava do fato dela ser estrangeira, já que outros povos eram conhecidos por adorar outros deuses.

Ela não acreditava que Selima abandonou a antiga fé. Jônatas e Selima tiveram um único filho cujo nome era Mefibosete. O nome Selima significava “a que é protegida”. Infelizmente ela morreu no momento do parto, porém seu maior desejo se cumpriu, porque ela tomou seu filho em seus braços, lhe deu o nome de Mefibosete e expirou.  

Outros Jônatas na Bíblia.

O nome “Jônatas” é bastante comum entre os personagens bíblicos do Antigo Testamento, ocorrendo pelo menos 15 vezes. Entre todos esses personagens, podemos destacar:

Um sacerdote idólatra, filho de Gérson e descendente de Moisés (Jz 17; 18:30,31).

Filho do sumo sacerdote Abiatar. Foi ele quem teve a missão de anunciar na pretensa festa real de Adonias, que Salomão, seu irmão, já havia sido coroado rei de Israel em Giom por Davi. (2Sm 15:36; 17:15-22; 1Rs 1:41-49).

Um sobrinho de Davi que matou um gigante filisteu em Gate. (2Sm 21:21; 1Cr 20:7).

Um dos heróis de Davi que pertencia ao grupo de seus trinta poderosos guerreiros. (2Sm 23:32; 1Cr 11:3).

Um escriba que viveu durante o cerco do rei Nabucodonosor sobre Jerusalém, em cuja casa o profeta Jeremias foi aprisionado. (Jr 37:20).

Há também outros Jônatas na Bíblia que são mencionados no período após o cativeiro babilônico, na restauração promovida na época de Esdras e de Neemias. (Ed 8:6; 10:15; Ne 12:11-35).

Deus abençoe você e sua família.

 

Pastor Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.