segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

DAVI NUMERA O POVO NUM CENSO QUE DESAGRADOU A DEUS

DAVI NUMERA O POVO NUM CENSO QUE DESAGRADOU A DEUS

 

Davi numera o povo, e Deus castiga-o. (1 Crônicas 21:1). Motivo: Não foi Deus que mandou.

 

Então Satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a numerar a Israel. 
1 Crônicas 21:1.



Passagens das Escrituras Sagradas que nos ensinam grandes lições.



Precisamos estar atentos, pois o nosso adversário (o diabo), anda ao nosso derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar. 1 Pedro 4:8.



Precisamos ser obedientes. Quando servimos ao Senhor Jesus Cristo, temos um adversário em comum, que usa as brechas que damos, os pecados que cometemos, para nos derrubar.



O nosso adversário tem uma função, que de acordo com João 10:10 é matar, roubar e destruir.

Mas o Senhor Jesus veio para nos dar vida e vida com abundância.



O segredo de uma vida vitoriosa esta na obediência.  E foi exatamente isto que faltou neste episódio na vida do Rei Davi.



Para entendermos com mais clareza precisamos meditar no versículo abaixo.



E a ira do Senhor se tornou a acender contra Israel; e incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, numera a Israel e a Judá. 2 Samuel 24:1.


Em 1 Crônicas 21:1, nos diz que satanás se levantou contra Israel, e incitou Davi a contar o povo.



Em 2 Samuel 24:1, nos diz que o Senhor nosso Deus estava irado contra Israel, e incitou a Davi a numerar o povo.



Para fazermos uma exegese, interpretação mais profunda destes textos Bíblicos, precisamos juntar os dois versículos, porque falam da mesma história, porém escrito por autores diferentes.



O primeiro diz a Palavra que Deus estava irado com Israel, a Bíblia não nos diz claramente o motivo, mas servimos a um Deus Santo, e o pecado não confessado e abandonado, afasta as bençãos, que são frutos da obediência.



Então juntando os dois textos, aprendemos que o Senhor estava irado com Israel e permitiu que satanás incitasse, desafiasse e provocasse a Davi a numerar Israel.



E este censo realizado por Davi, infelizmente foi considerado como pecado diante de Deus.



E pesou o coração de Davi, depois de haver numerado o povo; e disse Davi ao Senhor: Muito pequei no que fiz; porém agora ó Senhor, peço-te que perdoes a iniquidade do teu servo; porque tenho procedido mui loucamente. 2 Samuel 24:10.



Mas porque, qual o motivo de Davi fazer algo tão grave assim, pecando contra Deus?



Para entendermos com maior clareza, tenhamos sempre em mente que Deus não vê como o homem vê, mas Ele sonda os corações.

A contagem do povo em si não era pecado, mas sim o motivo que levou o Rei a contar o povo.

Exemplo: Quando lemos o livro de Números, lemos que Deus mandou Moisés contar o povo por duas vezes ( Nm capítulo 1; Nm capítulo 26 ). O Rei Josafá também contou o povo (2 Cr 17:14-19). E estas contagens não foram consideradas pecados.



O motivo era o orgulho e a soberba. Deus permitiu que satanás o influenciasse, para provar o coração do Rei, assim como Ele permitiu que satanás tocasse na vida de Jó, só que ao contrario de Jó, o Rei Davi falhou.



O inimigo até para tocar em nossas vidas precisa da permissão de Deus, se não fosse esta permissão, e o limite imposto por Ele, com certeza satanás teria matado Jó.
(Jó 2:6 ).



Mas o Rei Davi foi achado em falta porque?



Se lermos com calma 1 Crônicas 18, veremos que Davi e o povo de Israel ganharam várias batalhas, derrotou diversas nações, expandiu seu território grandemente, recebia tributos e impostos de vários reinos, e era o reino mais poderoso daquela região, ninguém conseguia derrotar o exercito de Israel.

E isto nos serve de alerta, pois precisamos ficar atentos depois das vitórias, não podemos permitir que a soberba entre no nosso coração, por maior que seja a vitória, toda honra, toda glória é para o Senhor Jesus.

E depois de grandes vitórias o Rei Davi baixou a guarda, não vigiou. E contou o povo para mostrar toda a sua força, e veja que não foi por falta de conselho, porque o próprio Joabe, que era o seu general, e não tinha um bom testemunho, percebeu que aquilo não estava correto. (1 Cr 21: 3).



E Davi recebeu o número do povo conforme havia solicitado a Joabe, comandante do seu exército.



E Joabe deu a Davi a soma do número do povo; e era todo o Israel um milhão e cem mil homens, dos que arrancavam da espada; e de Judá quatrocentos e setenta mil homens, dos que arrancavam da espada. 
1 Crônicas 21:5



Veja que ao final da contagem, os número dos que arrancavam as espadas eram de Um milhão e quinhentos e setenta mil soldados e só foram contados os soldados valentes de guerra, e era um grande exército, forte o bastante para enfrentar qualquer exercito, de qualquer nação.



Mas aprendemos na Palavra de Deus e Israel conhecia muito bem:

Quando saíres à peleja contra teus inimigos, e vires cavalos, e carros, e povo maior em número do que tu, deles não terás temor; pois o Senhor teu Deus, que te tirou da terra do Egito, está contigo.


E será que, quando vos achegardes à peleja, o sacerdote se adiantará, e falará ao povo,
E dir-lhe-á: Ouvi, ó Israel, hoje vos achegais à peleja contra os vossos inimigos; não se amoleça o vosso coração: não temais nem tremais, nem vos aterrorizeis diante deles,
Pois o Senhor vosso Deus é o que vai convosco, a pelejar contra os vossos inimigos, para salvar-vos. Deuteronômio 20:1-4.

 

Em primeiro lugar não era o número de soldados que iria garantir a vitória, pois mesmo que o exército inimigo fosse maior que Israel, e tivessem cavalos, carros e um povo mais numeroso, Deus garantiria a vitória.

Deus pelejaria pelo seu povo, e o segredo estava na obediência, Israel não precisava confiar na sua força, mas sim no poder que vinha do alto, o socorro vinha de Deus.

Quando Deus estava irado com Israel, Davi foi influenciado pelo inimigo porque era o líder da nação, e tinha que ser o exemplo.

E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá. Lucas 12:48.

 

Se o Senhor te levantou como líder, dê valor a obra que Deus colocou em suas mãos. Faça com diligência e com muito amor, pois Deus lhe pedirá contas de tudo que Ele colocou em suas mãos.

E fique atento, sempre vigilantes, saiba que maior é o Senhor que esta ao nosso lado.

Mas cuidado principalmente com o seu “EU”, guarda o teu coração, cuidado com sua vontades, suas vaidades, lembre-se sempre de onde o Senhor te tirou, não para querer voltar para lá, mas para glorificar a Deus por ter tirado de lá.

Nunca se sinta superior aos outros, nunca deixe o orgulho entrar no seu coração, tire toda soberba, nunca se sinta o melhor, o mais importante, lembre-se de uma coisa: Se não fora a misericórdia do Senhor, aonde estaríamos?

 

Depois da contagem, veio o castigo:

 

E Gade (o profeta de Deus) veio a Davi, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Escolhe para ti,


Ou três anos de fome, ou que três meses sejas consumido diante dos teus adversários, e a espada de teus inimigos te alcance, ou que três dias a espada do Senhor, isto é, a peste na terra, e o anjo do Senhor  destrua todos os termos de Israel; vê, pois, agora, que resposta hei de levar a quem me enviou.  1 Crônicas 21:11-12.

 

Que situação difícil, que preço alto Davi e toda a nação teve que pagar, cuidado com suas escolhas, elas podem te levar ao fracasso. Cuidado com suas atitudes, você pode até pensar, Deus é Deus de misericórdia. Sim Ele é Deus de misericórdia, mas Deus é Deus  de justiça e também que zela por sua palavra.

Não erreis: De Deus não se zomba. Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. 
Gálatas 6:7.

 

Davi pagou um preço alto, 70 mil pessoas morreram por causa das suas escolhas erradas, mas Davi se arrependeu. E isto fez de Davi um grande homem de Deus, pois ele sabia reconhecer o seus erros e se arrependia verdadeiramente.

 

E encurtando a história veja o que Davi fez:

 

Então Davi edificou ali um altar ao Senhor, e ofereceu nele holocaustos e sacrifícios pacíficos; e invocou o Senhor, o qual lhe respondeu com fogo do céu sobre o altar do holocausto. 1 Crônicas 21:26.

 

Terminando esta postagem, aprendemos com Davi algumas lições valiosas:

 

Ele edificou um altar ao Senhor. Temos que ter este mesmo comprometimento, quando erramos, precisamos nos consertar. Quando nos humilhamos diante de Deus, Ele nos levanta. Nós somos templo do Espírito Santo, e aprendemos na Palavra de Deus que o Espírito Santo se entristece (Efésios 4:30), e precisamos estar em comunhão com o Senhor sempre.

 

Ele invocou ao Senhor. Temos que buscar ao Senhor de todo o nosso coração, temos que estar sempre em oração, depois de grandes vitórias, não podemos baixar a guarda e deixar de orar, de se consagrar, temos que adorar ao Senhor de todo coração, porque Ele é Digno.

 

Deus responde com fogo do céu sobre o altar. Deus é maravilhoso e responde as nossas orações, Davi orou e de Deus recebeu a resposta. Tudo começou no Altar para oferecer sacrifícios ao Senhor. Depois ao invocar a presença de Deus e de louvar a Deus de coração, desceu fogo do céu e consumiu o holocausto. Sinal de que Deus aceitou o sacrifício de Davi. Que lição valiosa aprendemos na Palavra de Deus. 

 

Não sei como esta a sua vida diante de Deus, mas sei o que Deus pode fazer quando as nossas vidas estão diante dEle em obediência. Ele é tão maravilhoso que responde com fogo do céu e nos dá uma nova chance.

 

Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós.


Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça.


Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. 
1 João 1:8-10.

 

Deus conhece a nossa natureza pecaminosa, por isso nos dá uma nova chance quando nos humilhamos diante Dele, Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nos dar a vitória, para nos salvar. 

 

Por isso temos que reparar o nosso altar, há áreas em nossas vidas que as vezes precisam de consertos: pode ser na área familiar, financeira, profissional, vícios que precisam de libertação.

 

Mas Glória a Deus, sempre que pedimos socorro ao Senhor, por causa de nossas falhas, Ele nos restaura. O Senhor nos cura, para que sejamos um testemunho vivo do Poder Deus.

O Senhor manda fogo do céu, a unção do Espirito Santo vem sobre nós, por isso precisamos ser cheios do Espirito Santo (Efésios 5:18), e precisamos estar sempre aos pés do Senhor Jesus buscando a sua direção.

 

Não podemos apagar ou extinguir o Espírito Santo (1 Tessalonicenses 5:19), o nosso altar tem que estar sempre aceso, o Senhor é aquele que renova as nossas forças.

 

Não é pela nossa capacidade que conseguimos a vitória, mas sim pelo Poder de Deus.

 

Em relação aos números, aprenda algo, Deus não esta interessado pela quantidade de membros que tem a sua igreja, é bom ter uma igreja grande e sempre lotada, porém o mais importante é quantidade de almas que você tem ganho para o Reino de Deus, e os discípulos que tem sido formados, comprometidos com a Palavra, nascidos de novo e com testemunho de vida.

 

Precisamos fazer discípulos para o Reino de Deus, Jesus esta voltando, e muitos estão se perdendo, porque não temos falado do amor de Deus, e muitas vezes o testemunho não condiz com a Palavra da verdade.

 

Portanto, repare o seu altar, busque ao Senhor Jesus, fuja da aparência do mal, e seja cheio do Espirito Santo. Deus tem uma obra linda para realizar na sua vida, então abra o seu coração e viva a Palavra de Deus.

 

O que aconteceu com o Rei Davi quando realizou o censo de Israel e Judá.

 

Alguns dos episódios nas histórias bíblicas são muito esclarecedores e nos trazem diversos exemplos a respeito da soberania de Deus e de seus preceitos para os homens.

Vemos neste caso um primeiro exemplo da soberania de Deus na ação de Satanás contra o rei Davi e o povo de Israel.

Neste verso abaixo, no segundo livro de Samuel, Deus incita Davi contra Israel (reino do Norte, cuja capital viria a ser Samaria) fazendo com que ele levantasse o censo de Israel e Judá, este censo consistia em conhecer quantos homens aptos para a guerra havia no país. Esta era uma grave ofensa a Deus, pois mostrava que Davi estava confiando mais na força de seu exército do que no poder de Deus. Neste tempo o exército era um só. Todos os soldados eram contados como exército do rei Davi.

 

2 Samuel 24,1: “Tornou a ira do Senhor a acender-se contra os israelitas, e ele incitou a Davi contra eles, dizendo: Vai, levanta o censo de Israel e de Judá”.

 

A ira de Deus se manifesta dos céus contra toda a impiedade, os hebreus insistiam em cultuar deuses de outras nações, casavam seus filhos e suas filhas com os povos que haviam sido proibidos por Deus e adotavam deuses e costumes de seus vizinhos pagãos.

 

Deus permitiu que Satanás incitasse as más ações dos homens conforme suas determinações.

 

1 Livro de Crônicas 21,1: “Então, Satanás se levantou contra Israel e incitou a Davi a levantar o censo de Israel”.

 

Vemos esta mesma situação no livro de Jó, onde Deus usa Satanás para conduzir Jó à salvação por intermédio de grandes sofrimentos e também no caso de Acabe onde Deus usa um espírito maligno para enganá-lo na guerra em Ramote-Gileade.

 

1 Reis 22,23: “Eis que o Senhor pôs o espírito mentiroso na boca de todos estes teus profetas e o Senhor falou o que é mau contra ti”.

Vimos assim, que as ações de Satanás estão completamente limitadas e determinadas pela vontade soberana de Deus.

 

Na sequência desta história, vemos que este pedido de Davi é realmente fora de propósito, pois o comandante Joabe, encarregado de levantar o censo, adverte o rei Davi pela temeridade de sua ação, considerada pelo comandante como abominável ao Senhor.

1 Crônicas 21,3-4: “…Por que requer isso o meu senhor? Por que trazer, assim, culpa sobre Israel? Porém a palavra do rei prevaleceu contra Joabe…”.

 

A bíblia aponta o resultado deste censo, havia em Israel e Judá aproximadamente um milhão e quinhentos e setenta mil homens de guerra, sem contar duas tribos, o que representaria uma população entre cinco e seis milhões de pessoas em todo o país incluindo o restante da população.

 

1 Crônicas 21,5-6: “Deu Joabe a Davi o recenseamento do povo; havia em Israel um milhão e cem mil homens que puxavam da espada; e em Judá eram quatrocentos e setenta mil”.

 

Este é um exemplo claro de que Deus determina o bem e o mal conforme a sua vontade, e nada pode sobrepor a esta vontade de Deus. O levantamento do censo desagradou a Deus e ele decidiu castigar o povo por isto, o que era o seu propósito desde o começo.

 

1 Crônicas 21,7: “Tudo isto desagradou a Deus, pelo que feriu a Israel”.

 

Davi, então, caindo em si, se arrependeu de ter ordenado o censo e pede perdão a Deus pela sua loucura, mas Deus já havia decidido castigar o povo desde o princípio desta história.

 

Davi ficou muito angustiado com isto tudo, mas entre todas as opções dadas por Deus ele escolhe cair nas mãos de Deus e não dos homens e escolhe a peste por três dias, ele conhece seu pecado, sabe da ira de Deus, mas conta com a misericórdia divina.

 

1 Crônicas 21,13: “Então, disse Davi a Gade: Estou em grande angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor , porque são muitíssimas as suas misericórdias, mas nas mãos dos homens não caia eu”.

 

O Senhor enviou a peste a Israel e caíram no primeiro dia setenta mil homens, enviou também o Anjo do Senhor para destruir Jerusalém. O Anjo do Senhor no Velho Testamento às vezes é confundido com Cristo que mantém as obras da providência determinadas por Deus.

 

Davi vê o Anjo do Senhor entre o céu e a terra com a espada desembainhada na mão, apontada para Jerusalém, Davi e os anciãos de Jerusalém se prostram com o rosto em terra e adoram o Anjo do Senhor e ele se retira.

 

1 Crônicas 21,17: “Disse Davi a Deus: Não sou eu o que disse que se contasse o povo? Eu é que pequei, eu é que fiz muito mal; porém estas ovelhas que fizeram? Ah! Senhor, meu Deus, seja, pois, a tua mão contra mim e contra a casa de meu pai e não para castigo do teu povo”.

 

Analisemos esta confissão de Davi: ele se reconhece pecador, ele chama a si toda a responsabilidade pelo censo, ele pede que o castigo de Deus seja aplicado a ele e a toda a sua família, mas que poupe o povo que era inocente desta sua loucura.

 

Davi não era santo, nenhum de nós somos, mas a bíblia diz que ele era um homem segundo o coração de Deus, um pecador que fazia tudo para agradar o coração de Deus.

 

Vemos nesta sua confissão que não é sem razão que Deus ama seus filhos, pois ele coloca em seu caminho todos os meios que conduzem à salvação. O conhecimento de Deus, a fé, o arrependimento e o amor ao próximo que vemos expresso em sua confissão, são atitudes que agradaram a Deus.

Este é um exemplo a ser seguido. O reconhecimento da corrupção humana, a responsabilidade pelos nossos atos e o amor ao próximo precisam ser do conhecimento de Deus.

Que fique bem gravado em nossas mentes este exemplo de Davi, para que, tenhamos a coragem de assumir com responsabilidade os pecados que cometemos, somente assim seremos pecadores, como na verdade somos, mas poderemos ser chamados de servo segundo o coração de Deus.

 

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza.

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

ADORAR A DEUS EM ESPÍRITO E EM VERDADE

ADORAR A DEUS EM ESPÍRITO E EM VERDADE

 

O Que é Adorar a Deus em Espírito e em Verdade? 

Quem São os Verdadeiros Adoradores?

 

O que a Bíblia nos ensina sobre adoração?

A Bíblia ensina que só devemos adorar a Deus. A verdadeira adoração vem do coração, não é só um ato exterior. Quem adora outro que não seja Deus, rejeita a Deus.

O que é adoração?

Adoração é mostrar amor e respeito, se dedicando totalmente a Deus. Só Deus merece tanta dedicação e reverência, porque Ele nos criou e é soberano sobre tudo. Mais ninguém merece adoração (Lucas 4:8).

A adoração vem de dentro e é mostrado em atos que fazemos. Podemos adorar individualmente ou em grupo, com outras pessoas que amam a Deus. Mas atos de adoração que não são sinceros não são adoração, só ritual sem valor (João 4:23).

 

Algumas formas de adoração são:

Louvar. Louvar é agradecer a Deus, lembrando como Ele é bom e por tudo que Ele fez e faz por nós. Podemos louvar cantando, orando, escrevendo, até dançando como fez Davi. Davi dançou individualmente e cheio de gratidão a Deus por resgatar a arca do Senhor.

Estudar a Bíblia. Estudar a Bíblia é essencial na vida do cristão. Quem adora a Deus quer conhecer mais sobre Ele e o que O agrada, por isso lê a Sua Palavra.

Obedecer a Deus. Obedecendo a Deus e aprendendo a guardar seus mandamentos e aplicá-los à vida diária. Isso significa submeter-se à vontade de Deus (Romanos 12:1-2).

Rejeitar o pecado. Rejeitar o pecado e uma forma de agradar a Deus. Deus odeia o pecado porém ama o pecador. Quem O adora não O quer entristecer, por isso lutará contra o pecado, com a ajuda de Jesus.

Amar os outros como a si mesmo. Quando ajudamos uns aos outros em amor, adoramos a Deus, que ama a todos indistintamente. (1 João 4:11-12).

Ir à igreja que é a casa do Senhor. Ir à igreja requer um esforço de cada um para individualmente agradar a Deus. Na igreja adoramos a Deus todos juntos coletivamente e de várias maneiras. Mostramos nossa atitude de adoração tirando tempo só para o Senhor Jesus, demonstrando nossa vontade de honrar e servir ao Senhor.

 

Adorar a Deus em espírito e em verdade significa honrar a Deus sobre todas as coisas e render-lhe graças de uma maneira tão profunda que envolve todo nosso ser. Essa adoração genuína sempre estará fundamentada na verdade de Deus conforme Sua determinação revelada nas Escrituras e alcançada somente pelos verdadeiros adoradores.

 

Os verdadeiros adoradores são conhecidos de Deus.

Jesus falou sobre a importância de adorar a Deus em espírito e em verdade durante a conversa que teve com uma mulher samaritana quando parou em um poço na região de Samaria. Essa mulher lhe interrogou sobre qual a maneira correta de adorar a Deus, ou seja, basicamente ela queria saber quem eram os verdadeiros adoradores.

 

Esta pergunta  do diálogo da mulher Samaritana de João 4.1-29, tinha como base a comparação entre a adoração dos judeus e a adoração dos samaritanos. Depois da morte de Salomão, quando o reino de Israel se dividiu em dois, as tribos do norte e as tribos do sul, a capital do reino do norte ficou sendo Samaria, enquanto que a capital do reino do sul permaneceu em Jerusalém.

 

A adoração no reino do sul era concentrada no Templo de Jerusalém, construído segundo a ordem do próprio Deus. Já adoração no reino do norte era concentrada na própria região de Samaria, especialmente na cidade de Betel. Inclusive, foi nessa cidade que o rei Jeroboão I mandou erguer um dos dois bezerros de ouro que mandou construir em seu território para servir de objeto de adoração.


A história de Jeroboão 1° e o culto idólatra em Samaria. Os dois bezerros de ouro.

Jeroboão foi um dos reis de Israel, o primeiro deles. Ele era filho de Zeruá e Nebate, e havia nascido na tribo de Efraim e durante a juventude conviveu e se revoltou contra Salomão (filho e sucessor de Davi, rei de grande sabedoria que escreveu provérbios). Ele agiu a favor da idolatria, o que desagradou a Deus, e seu reinado havia começado pouco depois da divisão em novos dois reinos.

Jeroboão teve problemas na convivência com Salomão, inclusive provocou uma revolta contra o reinado dele, foi derrotado e por isso fugiu para o Egito. Uma década depois que Salomão morreu, ele retornou para sua terra. Foi quando as dez tribos de Israel chamaram Jeroboão, para sucedê-lo no trono.

Eles, as dez tribos, haviam recusado Roboão como novo rei. Dessa forma houve uma divisão: Roboão reinaria sobre duas tribos, a de Judá e a de Benjamim, que passou a chamar-se “Reino de Judá”. E Jeroboão assumiu as dez tribos que passou a ter mais de um nome “Tribo de Israel”, “Tribo de Efraim”, “Reino das dez tribos” e até mesmo “Reino de Samaria”. Além da mudança de nomes, foi escolhida uma capital Siquém, e depois mudou para Penuel.

Jeroboão teve oportunidade de fazer um reinado agradável a Deus. Quando o Senhor mandou o profeta Aías falar com ele sobre o plano divino de lhe entregar as dez tribos de Israel, ele prometeu a permanência da família de Jeroboão no trono desde que se mantivesse fiel: “Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi, meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel” (1 Reis 11:38)

Mesmo tendo recebido uma promessa de Deus, Jeroboão fraquejou, e se sentiu ameaçado com a influência dos irmãos da tribo de Judá, com medo de que se o povo voltasse a Jerusalém para celebrar as festas anuais (como Deus mandou na lei de Moisés) poderiam mudar de idéia e se revoltarem contra ele. Com isso, pecou. Impedia que os seus súbditos fossem até o Templo de Jerusalém, capital do Reino de Judá, para adoração ao Senhor. E ainda levantou dois santuários com bezerros de ouro no norte e no sul do país.


O Salmista denunciou severamente essa prática da idolatria, que é uma abominação ao Senhor.  (Salmo 115).

Apesar da marcante idolatria entre os samaritanos, eles, assim como os judeus, afirmavam adorar o Deus verdadeiro, o Criador de todas as coisas que tirou o povo de Israel do Egito, mas o culto dos judeus e dos samaritanos não se misturavam, e ambos os grupos condenavam um ao outro por praticarem falsa adoração.

 

A mulher samaritana fez a seguinte observação: “Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar” (João 4:20). Com isso, ela estava fazendo a seguinte pergunta implícita: Quem são os verdadeiros adoradores?

 

Muito provavelmente ao dizer “nossos pais adoraram neste monte”, ela estava se referindo ao Monte Gerizim, e ao fato de que Abraão e Jacó tinham construído altares nas encostas desse monte em Siquém (Gênesis 12:7; 33:20). Apesar de ela ter ouvido durante toda a vida que Deus deveria ser adorado ali, os judeus afirmavam veementemente que Jerusalém era o único local legítimo para a adoração.

 

Então Jesus lhe respondeu: “Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai”. (João 4:21). Foi exatamente nesse ponto que Ele afirmou: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem”. (João 4:23).

 

Com isso, Jesus estava dizendo que o povo escolhido de Deus não estaria restrito a Samaria ou Jerusalém, mas seria proveniente de todas as tribos, línguas e nações, servindo-lhe com sinceridade, prestando-lhe o verdadeiro culto.

 

O que é adorar a Deus em espírito e em verdade?

É possível entender o que é adorar em espírito e em verdade nas próprias palavras de Jesus. Perceba que Ele removeu qualquer limitação física, ou seja, a adoração verdadeira não estaria ligada a este ou aquele local. (João 4:21).

 

Além disso, Jesus também sinaliza o erro dos samaritanos como gravíssimo ao dizer que eles adoravam “porém não sabiam o que adoravam”. (João 4:22). Aqui vale saber que os samaritanos tinham rejeitado os livros poéticos e proféticos do Antigo Testamento, ou seja, eles tinham ignorado a própria revelação especial de Deus nas Escrituras.

 

Isso significa que a verdadeira adoração, além de não estar restrita a um determinado lugar considerado sagrado, ela também está completamente fundamentada na verdade sobre Deus conforme revelada em sua Palavra.

 

Nesse ensino Jesus também já estava contrastando o verdadeiro culto com o culto segundo as disposições regulamentadoras da Lei, isto é, o caráter temporário do sistema cerimonial e sacrifical do Antigo Testamento daria lugar ao verdadeiro culto definitivo a Deus, por meio de Jesus Cristo, o qual a Igreja santa adora ao Pai verdadeiramente.

 

O Pai procura os verdadeiros adoradores.

Jesus claramente diz que Deus procura os verdadeiros adoradores, ou seja, aqueles que o adorem em espírito e em verdade (João 4:23). Aqui mais uma vez fica muito clara a lição de que não podemos adorar a Deus de qualquer maneira, ao contrário, os verdadeiros adoradores adoram a Deus de acordo com os padrões que Ele mesmo estabeleceu em sua Palavra.

 

Em outras palavras, jamais Deus aceitará algum tipo de adoração que não esteja em conformidade com a sua vontade. Não importa o quanto o homem tente inovar, imaginar ou criar supostas “adorações”, pois todas elas serão vistas por Deus como falsas e reprováveis. É por isso que Ele procura quem o adore em espírito e em verdade.

 

O fato de Deus “procurar” quem o adore em espírito e em verdade, não significa que Ele esteja procurando pessoas que cumpram certos requisitos e sejam adoradores aceitáveis, ao contrário, essa “procura” é uma busca salvadora, na qual Ele vivifica pecadores desprezíveis, justifica-os pelos méritos de Cristo, e recebe-os como verdadeiros adoradores pela ação do Espírito Santo.

 

A necessidade de adorar a Deus em espírito e em verdade.

Jesus ainda explicou a importância de adorar a Deus em espírito e em verdade. Ele disse: “Deus é Espírito, e os que o adoram devem adorá-lo em espírito e em verdade” (João 4:24). Ao dizer que “Deus é Espírito”, Jesus estava ensinando que Deus é infinitamente mais elevado do que qualquer tipo de divindade construída por mãos humanas (como fizeram os samaritanos com seus bezerros de ouro), e sua presença jamais estará restrita a um único território, seja uma montanha considerada sagrada como Gerizim, seja o próprio Templo em Jerusalém.

O Deus vivo é o Todo-Poderoso, Criador do Universo, o Deus de toda a terra, diferente dos deuses tribais dos pagãos. Portanto, adorar a Deus em espírito é adorá-lo sabendo que nenhuma imagem pode representá-lo, e que sua presença não está limitada a um suposto lugar sagrado. Deus é Espírito e revela-se a si mesmo em Jesus Cristo, a única imagem do Deus invisível. (Colossenses 1:15).

 

É por isso que os verdadeiros adoradores adoram o Pai em espírito e em verdade, pois essa “verdade” refere-se à pessoa de Jesus Cristo da qual as Escrituras testificam, o mesmo que disse: “Eu sou o caminho a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6); bem como: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”. (João 8:32).

 

A genuína adoração só é possível através da pessoa de Jesus Cristo, de uma intimidade ímpar, de um relacionamento vital com Ele e de um compromisso com a verdade que Ele revela.

 

Adorar a Deus em espírito e em verdade é um dever de todo Cristão.

Ainda em João 4:24, Jesus afirma que aqueles que adoram a Deus “devem adorá-lo em espírito e em verdade”. Isso significa que não existe outra opção, ou seja, os verdadeiros adoradores não apenas adoram o Pai em espírito e em verdade, mas naturalmente eles têm o dever de fazer isso, pois essa realidade é parte fundamental de sua nova vida em Cristo.

 

Todos os que verdadeiramente nasceram de novo sendo regenerados pelo Espírito Santo, necessariamente adorarão a Deus em espírito e em verdade, e estes verdadeiros adoradores sempre almejaram e almejam por toda sua vida terrena, o grande dia vindouro da consumação de todas as coisas que é o dia do arrebatamento da igreja.

Todos os salvos o aguardam ansiosamente.   Quando todo povo que o próprio Deus separou para si redimindo-os de seus pecados forem arrebatados, eles estarão reunidos por toda a eternidade na mais perfeita e plena adoração ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo do Senhor. Sejamos adoradores em espírito e em verdade.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

AMULETOS, INOVAÇÕES E MODISMOS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS

AMULETOS, INOVAÇÕES E MODISMOS NAS IGREJAS EVANGÉLICAS

 

 

Sobre o sal na Bíblia. É bíblico consagrar o sal para dar para o povo?

 

Você com certeza já comeu sal. Na verdade, o sal é uma destas coisas que está tão presente em nossas vidas que acabamos por não perceber. De tão comum, não nos damos conta de quantas vezes por dia o consumimos e, na verdade, só vamos percebê-lo quando falta ou quando vem em excesso. O sal faz parte da vida do homem desde tempos longínquos. Sua descoberta abriu um leque de novas possibilidades para os agrupamentos humanos primitivos. Bem, se você não sabe, eles não tinham geladeiras algumas centenas de anos atrás. No tempo de Jesus, o sal era a substância que conservava os alimentos. Por isso, quando Jesus busca algo para simbolizar seus discípulos, ele acha no sal o exemplo perfeito:

“Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” (Mateus 5.13)

Ele coloca sobre os ombros do cristão a responsabilidade de salgar a terra. Falando a mesma coisa de uma forma diferente: Jesus diz que devemos fazer a diferença. O Mestre ainda pergunta o uso que faríamos de um sal que perdeu a sua força conservadora. A conclusão é simples: Lançar Fora! Quando Jesus nos chama de Sal da terra, ele quer deixar claro que devemos ser diferentes, conservantes de uma matéria sujeita a rápida decomposição e apodrecimento. Ele coloca sobre nós o chamado para sermos um povo que conserva os caminhos da verdade, justiça e compaixão.

Experimente ir à cozinha agora mesmo e colocar um pouco de sal na sua boca. Acabei de fazer isto, antes mesmo de sentar para escrever. Queria provar mais uma vez da força que o sal tem, mesmo quando em pequenas quantidades. E assim somos nós, cristãos, quando resolvemos ser sal. Não são muitos os que querem fazer a diferença e salgar um mundo perdido e em processo de destruição. É mais fácil adequar-se aos tempos. Mas, mesmo em pequenas quantidades, um povo que resolve ser Sal não tem outra opção senão marcar o mundo onde vive. Por isso, o principio do sal é tão forte. Assim como os profetas não eram muitos, mas deixaram seus nomes e influência marcada no coração de gerações, alguém que resolve ser sal, mesmo sozinho, deixará sua marca e conservará a verdade de uma vida com Deus, na alma de todos que cruzarem seu caminho. Não me diga que você tem sal e nada acontece.

“Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal. Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.” (Marcos 9.49-50)

 

O sal que precisamos ter em nós é o fogo. A única coisa que vai nos capacitar a fazer a diferença e impedir que, juntamente com o mundo, acabemos por apodrecer é o fogo de Deus em nós. Precisamos ter sal e ele é a presença do Espírito Santo queimando e purificando nossos estilos de vida. Se não for assim, não teremos energia, nem vontade efetiva, de fazer alguma coisa em nome de Jesus. O Espírito Santo, quando em sua plenitude, nos capacita com sal. As pessoas sabem quando você tem sal e quando não. A presença dele é demonstrada quando nos levantamos contra a mentira, quando amamos a justiça e odiamos o pecado. Alguém que tem uma vida de comunhão com Deus, mesmo calada, fará a diferença no lugar onde vive. Deus precisa urgentemente de vasos para encher de Sal.

No livro de 2 Reis, a Palavra de Deus nos conta uma historia bem ilustrativa sobre a importância do sal. Eu convido você a ler com o coração os versículos abaixo:

“E os homens da cidade disseram a Eliseu: Eis que é boa a situação desta cidade, como o meu senhor vê; porém as águas são más, e a terra é estéril. E ele disse: Trazei-me um prato novo, e ponde nele sal. E lho trouxeram. Então saiu ele ao manancial das águas, e deitou sal nele; e disse: Assim diz o Senhor: Sararei a estas águas; e não haverá mais nelas morte nem esterilidade. Ficaram, pois, sãs aquelas águas, até ao dia de hoje, conforme a palavra que Eliseu tinha falado.” (2 Reis 2.19-22)

A Bíblia nos fala de homens que moravam em uma boa cidade. Eles só tinham um problema: as águas eram estéreis. Elas causavam infertilidade e frutos não nasciam ali. Talvez esta seja a sua situação. Seu ministério é bom, mas não frutífero. Sua cidade é boa, está colocada em um ótimo lugar mas, as estatísticas mostram que o pecado avança mais que o Reino de Deus. Talvez isto acontece na sua própria vida, que tem tudo para dar certo mais ainda não rompeu. Este era o drama daqueles homens quando foram buscar o profeta. A solução de Deus foi bem simples. Diferente de nós, o Senhor não recorre a grandes coisas complexas. Tudo o que os céus precisam para curar as águas de um lugar é: Um vaso e Sal.

O profeta pede um vaso novo. Um recipiente disponível para ser cheio. Por acaso você já foi chamado de “vaso” por alguém depois que se converteu? Eu já. Sabe por quê? A palavra de Deus ensina que: “temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. (2 Co 4.7). Ou seja, o profeta estava usando de símbolos. A mensagem de Deus para nós é a de que ele precisa de Homens. De uma forma ou de outra, a presença de Deus sempre vem sobre a vida de um homem. No entanto, não se engane, Deus não usará qualquer homem. Somente um vaso cheio de sal sarará as águas inférteis. Alguém precisa ter sua vida cheia de sal, cheia de fogo, para então curar as águas de um lugar.

Quando o profeta deita o sal sobre as águas, a bíblia diz que elas são curadas. Talvez tudo o que sua cidade, família, ministério, ou mesmo, nação precisem seja de um homem cheio de sal. Quando o fogo de Deus estiver sobre você, não perca tempo, corra até o manancial de águas, a sua comunidade, e seja sal. Não há duvida: As águas serão curadas, frutos virão abundantemente e o mundo verá que a verdade ainda se conserva viva e atuante, como nos dias de Jesus e dos profetas. Um homem cheio de sal nem o inferno todo poderá parar.

 

A fé naquilo que não vemos e a fé naquilo que é palpável ou que estamos vendo. Hebreus 11.1

 

Qual é a correta interpretação daquilo que é  a fé?

 

Acreditamos que a fé das pessoas deva e tem que ser estimulada, mas da maneira bíblica (Rm 10.17). Infelizmente, vemos que nessa tentativa muitos líderes religiosos estão usando um sistema não ensinado pela Bíblia. Estão forçando a barra para dizer que as pessoas não alcançam seu objetivo porque lhes faltou a fé mesmo depois da oração deles e depois de haver atendido os apelos deles para contribuições de muitas ofertas, dízimos, trízimos, etc. Sistema este cuja base é a troca da fé genuína, pela fé no visível e palpável. Nós, que somos cristãos, somos conhecidos por crer no Deus invisível e não aceitar o palpável. (Jo 20.29). Como aceitar essa doutrina dos amuletos? Cornetas, espadas, sal grosso, arruda, rosa, enxofre, pedaços da cruz de Jesus, mini tijolos, réplicas em miniatura da arca da aliança, etc e tal   e muito mais. Isso tudo é inaceitável, visto não ter bases bíblicas e nunca ter sido praticado pela igreja primitiva. Devemos ter em mente o nosso verdadeiro alvo, a fé viva em Cristo Jesus, invisível, mas real. (1 Tm 1.17).



“…fitando os olhos em Jesus, autor e consumador da nossa fé…”. (Hb 12.2).

Esse desvio de alvo tornou-se tão sério que as pessoas dessas igrejas precisam quase sempre de um objeto para que sua fé funcione. Um Certo dia um pregador encontrou um irmão que congregava numa dessas igrejas. Nesse encontro ele mostrou para aquele pregador uma corneta e tocou bem forte. Após isso perguntou: “Você sentiu?” Respondeu o pregador: “Senti o quê?”. “O poder”  disse aquele irmão.

Então demonstrou com sua fisionomia que não havia entendido nada e então ele explicou da seguinte forma:

“É uma corneta ungida e o pastor que me deu nos disse que tem poder, poder tão forte que expulsa até demônios”.


Chocado, o pregador lhe explicou que só no nome de Jesus havia poder para tal (Mc.16:17) e que ele não sabia que a igreja daquele irmão estava dando aquilo para seus membros. O irmãozinho (coitado) sem saber que tinha sido enganado ficou um tanto chateado e disse:


“Dando não, eu paguei cem reais”.

Depois dessa conversa o pregador lhe explicou mais uma vez que só se expulsa demônios com e pelo nome de Jesus. Depois disse até logo e foi embora. Relatei esse fato para mostrar que se não for feito nada a coisa não vai ficar boa. Uma vez ou outra nos deparamos com estes e outros amuletos dependurados nas casas dos membros dessas igrejas que se auto denominam evangélicas, mas se parecem mais com centros de macumba.


Na macumbaria, na maçonaria, etc, estes materiais de trabalho são do diabo e nessas ditas igrejas evangélicas esses materiais de trabalho são de quem? São de Deus ou do diabo?

 

Estes próprios “líderes evangélicos” condenam os macumbeiros por utilizarem esses ritos e objetos em seus cultos, dizem eles: “O diabo, confundindo as pessoas, age com misticismo em rituais e com as oferendas que exige. Costuma usar o número sete, usado por Deus na Bíblia, sete charutos, sete galinhas; pede trabalhos em sete encruzilhadas, durante sete dias (olha a campanha aqui) usam flores, cachaça, animais, velas, alimentos, galinha morta” e fazem pactos de sangue com frequência para “fechar o corpo” deles nessas oferendas macabras.  

A questão então seria: também não usar flores, enxofre, sal, sabonete, pão do descarrego, fita de pulso? Quer dizer que, quando a Macumba usa, é o diabo que está confundindo as pessoas, mas e quando os líderes religiosos das igrejas “evangélicas”  manda que os mesmos objetos sejam utilizados, pode, é de Deus? Vejam a contradição desses movimentos que criticam outros, mas fazem identicamente o mesmo! É o axioma, tornaram-se iguais a quem antes criticavam.

O Senhor Jesus nos deu autoridade em seu nome contra todo o mal, e não ensinou ninguém a ficar usando amuletos mágicos e milagrosos. Você lembra de Atos dos apóstolos capítulo 19.11-20? Lá tem a história de uma moça que fazia milagres e até elogiou Paulo e Silas, mas era usada pelos demônios e Paulo os expulsou libertando aquela moça da escravidão de Satanás. Não nos esquecendo que tais amuletos que são apresentados ao povo não são de graça, mas custam caros aos pobres coitados, vítimas do seu intrínseco misticismo.

 

Os mercenários da fé estão por todos os lados tentando enganar as pessoas e lhes tirando até o suficiente para sua sobrevivência.

 

Em 31 de outubro de 1517 realizada por Martinho Lutero, ocorria na Alemanha a Reforma protestante, que, entre outras coisas, combateu a comercialização de bênçãos e a supersticiosidade religiosa, as chamadas indulgências. Hoje, algumas igrejas ditas evangélicas se veem ameaçadas por inovações, modismos e crendices que solapam a genuína doutrina bíblica porque cometem as mesmas torpezas como àquelas de séculos passados, vendendo até a alma das pessoas para o diabo, nesse vale tudo pra ver qual igreja opera mais milagres. Esquecem-se que quem verdadeiramente opera os verdadeiros milagres e Jesus Cristo o Unigênito Filho de Deus.

 

A comercialização da fé aumentou muito nos últimos tempos.

Muitas igrejas evangélicas estão reeditando as práticas da igreja medieval, quando aquelas vendiam a salvação por meio das indulgências, hoje se vende de tudo no mercado da fé. Tem até o mercado negro da fé, quem paga mais, segundo os mercenários, recebe as maiores “bênçãos” e os maiores “milagres” tudo girando em torno do dinheiro. O apóstolo Pedro já fazia séria advertência neste particular, (1Pd 5.2,3; 2 Pd 2.1-3).

A Bíblia denomina de mercenário aquele que usa das coisas sagradas em benefício próprio, visando tão somente tirar vantagem e lucro para si. (Jo 10.11-13; Fp 3. 17-19).

Um exemplo do exposto anteriormente é o caso de Demas, ele era companheiro de Paulo na obra, mas abandonou o apóstolo e foi para Tessalônica, possivelmente em busca de maiores ganhos financeiro, pois Tessalônica era uma cidade próspera onde corria muito dinheiro. (2Tm 4.10).

Os mercadores da fé oferecem de tudo como forma de atrair as pessoas, tais como: anéis, rosas, medalhas imantadas, sabonete ungido, sal do Mar Morto, entre outros. Ainda pedem as ofertas de sacrifício, que pode ser: relógios, bicicleta, rádio, TV, carro, casa, etc.

O apóstolo Paulo adverte que nos afastemos de homens fraudulentos que se infiltram na igreja com aparência de piedade, mas trazem ensinamentos contrários para tirar proveito da igreja. (1Tm 6.3-5; 2Tm 3.5).

 

Os modismos nas igrejas evangélicas modernistas.

A obra de Deus precisa de dinamismo, criatividade, estratégia e fervor, mas é preciso cuidado com as práticas sem respaldo bíblico. Deus não aceita fogo estranho no culto, no altar. Deus exige reverência e sacrifício. (Lv 10.1-3).

Para colocar ordem na realização dos cultos da igreja em Corinto, Paulo foi muito específico ao ensinar que os Dons, ministérios e operações, são dados pelo Espírito Santo a cada um para o que for útil (1Co 12.4-7); Quando no ajuntamento dos crentes  para cultuar a Deus, cada um tem salmos, hinos, doutrinas, revelações, línguas, interpretação, e que tudo seja feito para consolo e edificação da igreja. Paulo observa que Deus não é de confusão, e que, portanto, faça-se tudo com decência e ordem. (1 Co 14.26,33,40).

 

Não seria esse o padrão a ser seguido pelas igrejas ditas evangélicas em nossos dias?

O temor de Paulo, já em seu tempo, era que a igreja se afastasse da simplicidade que há em Cristo, levada por uma pregação que nada tem a ver com o genuíno Evangelho (2Co 11.3,4). Paulo repreendeu os gálatas pelo fato destes terem passado para outro evangelho o qual transtorna o Evangelho de Cristo. (Gl 1.6-8).

 

Superstição entre os crentes. Muitos crentes são incentivados a serem supersticiosos e não homens e mulheres de uma fé viva em Cristo.

Superstição é um sentimento religioso excessivo que leva à pratica de atos indevidos e absurdos. A Bíblia faz referência à superstição religiosa nas palavras de Paulo aos atenienses em Atos 17.22: “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Varões atenienses, em tudo vos vejo um tanto supersticiosos”.

Há muitos crentes com comportamento e atitudes supersticiosos, como os que se seguem abaixo:

Apagar pecado queimando papeis. Acreditam que precisam escrever todos os seus pecados em pedaços de papel e jogá-los em uma fogueira para eliminá-los por completo. Mas, e o sangue de Jesus? Já não mais nos purifica de todos os pecados? (1 Jo 1.7);

Deixar a Bíblia aberta no Salmo 91. Devemos confiar no Deus do Salmo, não no Salmo em si. Tal prática é um sentimento supersticioso. Esteja a Bíblia aberta ou fechada, Deus sempre guarda aquele que O teme e os livra.

A crença exacerbada em anjo da guarda.  É verdade que os anjos do senhor são enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação (Hb 1.14), mas não podermos supervalorizar os anjos chegando a tornar-se uma angelolatria. (Cl 2.18).

Em algumas igrejas, há práticas que chega a imitar as práticas espíritas tais como: Caminhar sobre sal grosso; Usar roupa branca em determinado dia; Campanha do descarrego; Oração forte contra olho gordo; Oração forte para tirar o encosto; Regressão espiritual, etc.

Ouve-se expressão no meio evangélico que nada tem que ver com a terminologia bíblica como: Crente ou Pastor Canela de fogo; Sapato de fogo; Vassoura de fogo. Só falta criar a figura da “bruxa de fogo” para voar em sua “vassoura poderosa” para ir nas casas desses enganadores montada na sua vassoura para fazer a limpeza nas casas dos tais “pastores poderosos”.

A orientação paulina é que não devemos ir além dos limites impostos pela Palavra de Deus, mas deve ser conforme o que nela está escrito, (1Co 4.6).

 

O uso de objetos e símbolos.

O Antigo Testamento é rico em tipologia, no sentido de tornar mais compreensível a comunicação de Deus com Seu povo, Israel (Hb 10.1). Mas ainda que a Bíblia apresente figuras materiais para ilustrar a fé, especialmente no A.T, temos no Novo Testamento a  regra que diz: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”. (Rm 10.17). Nada pode mudar essa regra básica da vivência do Evangelho.

Os objetos usados em muitas igrejas evangélicas como parte do culto, não passam de verdadeiros amuletos. Tudo o que é colocado no lugar de destaque para que você possa receber um milagre, na verdade não representa a operosidade do Espírito Santo  pois nenhum objetivo ou figura estranha é mais importante para Deus realizar um milagre do que aquilo que de mais importante Ele criou: você.

 

“Deus abençoa o nosso pão e a nossa água e tira do meio de nós todas as enfermidades”.

 

O seu copo com água não precisa ser colocado em cima do aparelho receptor para ser um canal de milagres entre você e Deus e nem para realizar milagres em sua vida, quem opera tudo em todos é Jesus.

A rosa ungida não realiza milagres em sua vida, quem realiza milagres é Jesus.

 

A unção coletiva ou individual que pode e deve ser usada, mas  não realiza milagres em sua vida, quem realiza milagres é Jesus.

Unção de carteira de trabalho, fotos, roupas, etc, não realiza milagres em sua vida. Quem realiza milagres em sua vida é Jesus.

Orar por uma pessoa através de sua foto não vai levar a pessoa a receber o milagre se Jesus não tiver a primazia da oração. Quem realiza o milagre na sua vida ou de outras pessoas através da oração intercessória é  Jesus.

Os casos de objetos usados na Bíblia como ato simbólico de fé, é a exceção, não a regra, que ocorriam espontaneamente, como no caso dos lenços e aventais de Paulo que foram usados por terceiros para a cura de enfermos. (At 19.12).

Paulo não confeccionou lenços e aventais para utilizá-los na realização de curas e milagres, era de seu uso pessoal. Muitas igrejas vendem toalhas ungidas, feijão ungido, sementes ungidas, etc.

Paulo usava o método ensinado por Cristo: “E Deus, pelas mãos de Paulo, fazia maravilhas extraordinárias”. (At 19.11).

Os modismos não edificam a igreja, mas tem grande facilidade de entrar nela. A igreja evangélica hodierna se vê ameaçada pelos mesmos modismos que foram denunciados e rejeitados pelos reformadores. Oremos pela igreja evangélica brasileira e apregoemos a sã doutrina da Palavra de Deus, quer ouçam, quer deixem de ouvir.

 

Deus abençoe você e sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O DESTINO FINAL DOS DESVIADOS

O DESTINO FINAL DOS DESVIADOS

 

Filipenses 3.18-21.

 

18. Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo.

19. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.

20. Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo,

21. que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas.

 

A punição será justa, terrível e eterna. Haverá, será aplicada a justiça de Deus para os perdidos pecadores que, por livre arbítrio, rejeitaram a oportunidade de serem salvos.

 

O inferno é um lugar de punição final eterna e sem retorno. Existe alguma ideia mais impopular do que essa em nossos dias? Infelizmente lá é o destino final dos que morrem sem Cristo e dos que conheceram a Cristo mas abandonaram a fé Cristã e se desviaram dos caminhos do Senhor Jesus. Alguns até se tornaram ímpios por vontade própria e não só se distanciaram da fé, não só se desviaram ou se afastaram da igreja, mas se tornaram inimigos as cruz de Cristo.

Nem todo tipo de punição é inaceitável, mas essa de punição eterna, é sim inaceitável pela sociedade que não respeita e nem teme a Deus.

A punição corretiva é destinada  a  tornar o ofensor uma pessoa melhor, é bastante aceitável. Os movimentos “politicamente corretos” sempre se empenharam por convencer os governos a tirar dos pais o direito de disciplinar os próprios filhos. O propósito da disciplina é ensiná-los a não fazer o que é errado, porém os movimentos esquerdista no Brasil teem lutado para impor leis proibitivas no sentido dos pais não exercerem mais os direitos paternos sobre seus filhos.

Dizem eles: Nossa esperança é que nossos filhos aprenderão com as experiências desagradáveis e agradáveis livremente e não tenhamos de puni-los sempre e novamente.


Os cristãos pecam (1 João 1:8), mas a vida cristã não deve ser caracterizada por uma vida de pecado. Os fiéis são novas criaturas (2 Coríntios 5:17). Temos o Espírito Santo que produz bons frutos vivendo dentro de nós (Gálatas 5:22-23). A vida cristã deve ser uma vida transformada. Os cristãos são perdoados independentemente de quantas vezes pequem, mas ao mesmo tempo devem viver uma vida cada vez mais santa na medida em que crescem mais perto de Deus e mais como Cristo. Devemos ter sérias dúvidas sobre uma pessoa que afirma ser um crente, mas continua a viver uma vida que diz o contrário. Sim, um verdadeiro cristão que cai em pecado temporariamente ainda é salvo, mas, por outro lado, uma pessoa que vive uma vida controlada pelo pecado não é um cristão verdadeiro.



O que dizer de uma pessoa que nega a Cristo? A Bíblia nos diz que se uma pessoa nega a Cristo, então ela nunca verdadeiramente o conheceu. "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós" (1 João 2:19). Uma pessoa que rejeita a Cristo e vira as costas para a fé está demonstrando que nunca pertenceu a Cristo. Aqueles que pertencem a Cristo permanecem com Cristo. Aqueles que renunciam a sua fé nunca tiveram fé verdadeira. "Esta palavra é digna de confiança: Se morremos com ele, com ele também viveremos; se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará; se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo" (2 Timóteo 2:11-13).

 

Você sabe quem vai para o inferno segundo a Bíblia?

Na Bíblia vemos os seguintes versículos de pessoas que irão para o inferno segundo a palavra de Deus.

Os que adoram a outros deuses. (Êxodo 20:4-5).

Os que falam o Nome de Deus em vão. (Êxodo 20:7).

Os que não guardam um dia para adorar ao Senhor. (Êxodo 20:9-11). 

Os que não honram e não respeitam aos seus pais. (Êxodo 20:12). 

Os assassinos. (Êxodo 20:13) 

Os adúlteros. (Êxodo 20:14).

Os ladrões. (Êxodo 20:15). 

Os que dão falsos testemunhos. (Êxodo 20:16). 

Os invejosos. (Êxodo 20:17). 

Os rudes, ríspidos, indelicados, grosseiros, estúpidos, mal-educados, os ofensivo. (Mateus 5).

Os que não praticam a justiça. (Mateus 5).

Os que não são misericordiosos. (Mateus 5).

Os que não são pacificadores. (Mateus 5).

Os que chamam seu próximo de “louco”. (Mateus 5).

Os que olham para o seu próximo desejando sexualmente. (Mateus 5).

Os que amam e praticam a mentira. (Mateus 5).

 

É melhor voltar para a casa do Pai enquanto é tempo.

 

Temos que nos sentir felizes quando estamos convictos que estamos nos esforçando para andar no caminho do Senhor, pois é maravilhosa a sensação feliz de agradarmos a Deus.

Mas o inimigo é tão hábil que muitas vezes aproveita esta situação para nos influenciar a nos sentirmos aptos a condenadores dos outros. A ira de Deus contra o pecado é muito clara e as consequências disso sobre o pecador é óbvia, pois Deus é justo diante do livre arbítrio que Ele nos deu por amor e então nós somos direcionados a colher o que plantamos.

 

Deus jamais fica feliz com nossa derrota e nossa perdição, pois Seu amor por nós é tão impressionante que não entender o quanto Ele ama os pecadores é o mesmo que ler a Bíblia e não perceber a função dela. A vaidade Cristã de minimizar os próprios pecados e condenar os dos outros faz vermos a Bíblia apenas com a ótica da ira de Deus ou com a ótica da Sua misericórdia, mas o amor de Deus é a base da Sua misericórdia para com o pecador. Daí podemos chegar à conclusão que a ira de Deus não é um simples castigo mas a consequência de nossa própria escolha.

 

Mas é sempre mais fácil julgar os outros ampliando a dimensão do pecado alheio pois isso faz com que o pecado alheio, pois isso faz com que o próprio pecado de quem julga pareça menor para os outros e para mim mesmo. Alguns dos que apontam o cisco no olho dos outros são os mesmos que escondem os seus pecados.

 

“Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão” (Mateus 7:5).

Será que depois de tanto tempo ainda é necessário ouvir o eco da voz de Cristo perguntando quem vai atirar a primeira pedra por não ter nenhum pecado?

Tenhamos equilíbrio entre o entendimento do reconhecimento do pecado e ao mesmo tempo da orientação de não julgarmos para não sermos julgados, conforme expressa a palavra de Deus em 1 Coríntios 11.23 em diante.  

 

Sejamos convictos ao enfatizarmos a palavra de Deus e o quão terrível é o pecado no mundo. Mas não ocupemos o lugar de Deus no julgamento. Pensemos duas vezes antes de chamarmos alguém de socialmente mal caráter por praticar um determinado pecado.

Tem pecadores com caráter e pecadores sem caráter. Pois caráter bom ou mal, do ponto de vista social, é medido a partir da ética como ato de interação benéfica ou nociva a outras pessoas. Um pecado quando não prejudica o direito de outrem não é uma falta de caráter social. Quanto ao caráter individual cristão, desde que não desrespeite a vontade e o direito de terceiros, é só entre cada um e Deus, pois apesar do plano da salvação ser coletivo, a salvação é individual.

 

E quem usa a religião para falar de todos deve saber que:

“Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião é vã e não tem valor algum”. (Tiago 1:26).

E acaba alimentando também as fofocas e nunca esqueçamos que fofoca é pecado.

 Ninguém é perfeito. Buscar a perfeição é certo, é correto e é bíblico. “Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis em sua presença”. (Efésio 1:4). 

Mas afirmar que é possível sermos plenamente perfeitos aqui na terra ao ponto de não pecarmos e ou de nos sustentarmos sozinhos, isso não é possível, pois como vimos no início desta postagem não há ninguém justo o suficiente para ser chamado de “pessoa sem pecado". (Romanos 3:10).

Todo ser humano é pecador e estão destituídos da graça de Deus. (Romanos 3:23). Perfeitos só os salvos, após a Salvação.

Buscar a perfeição significa lutar contra o pecado e a favor do fortalecimento da fé, caminhando na direção da perfeição, mas conscientes de que o caminho até lá só se completa com a infinita graça de Deus. Não há base bíblica para quem afirma que pode ser perfeito antes da volta de Cristo. Ser perfeito antes da volta de Cristo significaria ser glorificado sozinho. Mas só existirá a glorificação na ocasião da volta de Jesus conforme está escrito em 1 Coríntios 15.51-55.

 

A ira de Deus virá para se manifestar a justiça do próprio Deus.

 

Quando mencionamos os pontos que a Bíblia fala da ira de Deus, inclusive quando citadas coisas que Deus abomina, há de se examinar o seguinte: a ira de Deus sobre atos é ódio . Mas a ira de Deus sobre criaturas é justiça. Justiça jamais pode ser confundida com ódio quando nos referimos ao nosso criador.  

Por isso repetimos que quem não for salvo não o será por que Deus o odeia, e sim  porque Deus é justo.

 

Notemos então que a ira de Deus não tem o significado da ira dos homens em relação a outros homens. A ira humana que se traduz em ódio por outro ser humano  é um processo que inicia com uma indignação descontrolada. Mas não há indignação em Deus quando Ele se ira. “Não há indignação em mim. Quem me dera espinheiros e abrolhos diante de mim. Em guerra, eu iria contra eles e juntamente os queimaria". Isaías 27.4.

 

Quando a Bíblia fala da ira de Deus ela nos deseja ensinar que Ele é justo e tem aversão ao pecado. Ira de Deus é uma expressão bíblica que significa o castigo dos ímpios no Juízo Final. Ira de Deus é outra expressão para a justiça divina.

 

Deus não ama de forma forçada, então Ele não apenas suporta como obrigação, mesmo nós todos sabendo que Deus não é obrigado a nada, pois Ele é Deus, e por isso Ele nos ama. E quando nos tolera é justamente porque nos ama ao ponto de nos tolerar.

 

“As intenções são visíveis apenas aos olhos de Deus, para que só Ele as julgue. Mas o homem insiste em usar os óculos da intolerância na vã tentativa de imitar os olhos de Deus”.

Deus não é obrigado a nos amar. Mas Ele amou ao mundo inteiro e deu o seu unigênito filho para morrer em nosso lugar e nos salvar da condenação eterna.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho Unigênito para que todo aquele que n’Ele crêr não pereça mas tenha a vida eterna”. João 3.16.

A decisão é sua. Aceite a Jesus Cristo agora mesmo como seu único e suficiente salvador. Se você está desviado ou afastado dos caminhos do Senhor, volte agora e reconcilie-se com Jesus o mais rapidamente possível; breve Jesus voltará e você é muito importante e não pode ficar para trás.

 

Deus abençoe você e sua família.

 

Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.