MODERNIDADE EXTREMA NO MEIO EVANGÉLICO
Modernos líderes religiosos e seus falsos profetas.
O modernismo teológico adentrou nas igrejas e
“possuiu” uma grande quantidade de lideranças causando transtornos irreparáveis
e irreversíveis aos bons usos e costumes, e principalmente à doutrina sadia e
conservadora da Bíblia Sagrada. Atualmente esses “super ministros de Deus” como
se autodenominam, abandonaram a Apologética Bíblica tão necessária para a
edificação e defesa da fé e adotaram um sistema de apologia, adoração e
exaltação pessoal em lugar da exaltação única e exclusiva a Deus. A advertência
do Apóstolo Paulo aqui é necessária ser aplicada. Leiam Gálatas 6.7 “De Deus
não se zomba, tudo o que o homem semear, isso também colherá”.
Os modernos e falsos profetas ou os profetas,
pastores, líderes evangélicos do engano estão atuando intensamente neste tempo
do fim e são tão extremamente enganadores que até “inspiram uma certa
confiança”. Coitado dos que não conseguem identificá-los.
O profeta Ezequiel enfoca, no capítulo 34,
quatro pontos importantes sobre a figura do pastor, a saber: Os pastores
infiéis, (Ez 34.1-10), Deus, na pessoa de Jesus, como o futuro bom pastor, (Ez
34.11-16), O julgamento entre as próprias ovelhas, (Ez.34.17-22) e O Messias como
o pastor de Deus para apascentar as suas ovelhas. (Ez 34.23-31).
O profeta Ezequiel nos trás uma mensagem de
Deus, firme e segura sobre os pastores infiéis e o bom Pastor.
Ezequiel 34.2-4 diz:
2. Filho do homem, profetiza contra os
pastores de Israel; profetiza e dize aos pastores: Assim diz o Senhor Jeová: Ai
dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não apascentarão os
pastores as ovelhas?
3. Comeis a gordura, e vos vestis da lã, e
degolais o cevado; mas não apascentais as ovelhas.
4. A fraca não fortalecestes, e a doente não
curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a
perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza.
Também o profeta Jeremias profetizou acerca dos maus pastores.
Jeremias 23.1-4 diz:
1. Ai dos pastores que destroem e dispersam
as ovelhas do meu pasto, diz o Senhor.
2. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, acerca dos pastores que
apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e
não as visitastes; eis que visitarei sobre vós a maldade das vossas ações, diz
o Senhor.
3. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para
onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e
se multiplicarão.
4. E levantarei sobre elas pastores que as apascentem, e nunca mais temerão,
nem se assombrarão, e nem uma delas faltará, diz o Senhor.
Jesus falou sobre os mercenários e o estrago que
eles fazem na obra de Deus. Jesus falou
que os mercenários da fé no mundo moderno não têm limites para enganar o povo.
Durante um de seus ensinos, Jesus afirmou aos
seus discípulos que Ele era a “porta das ovelhas”. Jo 10.7. Além disso, arrogou
a si o título de “bom pastor”. Jo 10.11. Todavia, alertou aos discípulos sobre
a existência de mercenários.
O que vem a ser um mercenário? De acordo com
o dicionário da Bíblia do Obreiro, mercenário significa “aquele que
trabalha apenas pelo salário”, trabalha somente para proveito próprio. Nesta definição,
notemos a palavra “apenas”. Isto quer dizer que um mercenário trabalha
exclusivamente para satisfazer os seus desejos avarentos, o seu egocentrismo, o
seu egolatrismo, deixando de lado outros aspectos relacionados com o que esteja
empenhado a fazer no trabalho oficial de ministro de Cristo e na ministração
oficial no templo. Para o mercenário, o compromisso maior é com ele mesmo. O
negócio deles é trabalhar pelo seu negócio e fazê-lo render dinheiro, muito
dinheiro.
Sabendo disso, Jesus traçou um paralelo entre
Ele e o mercenário. Ao fazer isso, o nosso Mestre apontou algumas
características importantes que identificam um interesseiro dos bens alheios.
A primeira característica de um mercenário já
foi explicada pelo seu próprio conceito, isto é, pessoa que investe tempo,
trabalho e recursos em prol dos seus próprios interesses. Será que você não
conhece algum líder que se encaixa direitinho nessa concepção? Alguns pregadores
“até avivalistas" servem-nos de exemplo, com raras exceções. Basta
pesquisarmos nas redes sociais e assistirmos durante alguns minutos, a arte de
conseguir dinheiro facilmente é bem explícita e está no DNA dessas pessoas.
Eles e ou elas agem com muitas mentiras e espírito de engano.
A segunda característica ou marca
identificadora de um mercenário é que ele “não é pastor”, não se comporta como
tal, mas finge e declara com muita ênfase que é pastor, são sempre adeptos da libertinagem e do exagero,
são extremistas, uma hora se apresentam como muito crentes, outras horas são
desviados. Não têm perseverança. Jo 10.12, utilizam o nome de pastor e outros
títulos chegando a considerarem-se que são um “vice Deus” aqui na terra e no
céu. Se ele não é pastor e verdadeiramente sequer é um verdadeiro discípulo de
Cristo, porque está exercendo uma função sem ser chamado e sem ser separado
pelo Senhor Jesus: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas,
e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. Ef. 4.11. Por
isso, quantos não estão em pecado? Fazem vistas grossas para o pecado deles e
do povo.
A terceira característica ou marca que
identifica um mercenário. O Senhor Jesus pontuou também a terceira
característica de um venal: “de quem não são as ovelhas”. Jo 10.12. Se o
mercenário não é pastor, logo não tem autoridade delegada por Deus para cuidar
de uma igreja. Eis a explicação de muitas igrejas acabarem indo a bancarrota,
pelo simples fato de terem como líder um mercenário.
A quarta característica do mercenário é que
geralmente ele é covarde e mentiroso. A covardia também assinala a identidade
desse interesseiro. Ele “vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge”. Jo 10.12.
A ação do covarde deixa as ovelhas à mercê do lobo, que pode ser considerado
outro tipo de líder que não vamos falar sobre ele aqui. Isso significa que as
ovelhas, a igreja que está sendo “pastoreada” ficam vulneráveis a falsos
ensinos, a modismos litúrgicos e a uma vida descompromissada com o Evangelho de
Cristo. Os novos conversos não amadurecem na fé; tampouco os mais antigos na fé
conseguem progredir espiritualmente. Hb. 5.12.
A quinta característica de um mercenário é
que geralmente ele é um falsário. Por fim, Jesus resume quem é, de fato, esse
falsário: “Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das
ovelhas”. Jo 10.13. Por isso, podemos inferir que, na cabeça do mercenário,
sempre soa a seguinte pergunta: “Para que cuidar das ovelhas se o que realmente
importa é viver do que elas podem me oferecer?”.
Portanto, amados, refutemos com a Bíblia os
ensinos e as práticas desses avarentos, bem como oremos para que o Senhor Jesus
os repreenda e os tire da frente do rebanho, da frente da igreja que é lavada e
remida pelo sangue de Jesus.
Os falsos profetas, falsos pastores e os
falsos líderes evangélicos geralmente são também muito profanos e permissivos;
não se importam com a vida espiritual do povo e geralmente deixam o povo à
vontade para fazer o que quiser desde que contribuam financeiramente. O pecado,
pra eles, é quem cometeu tal pecado e não que o pecado seja pecado para
qualquer pessoa que o cometa.
"E farão negócio de vós". Muitos
falsos profetas dos tempos modernos estão seguindo à risca os falsos profetas
do passado, apenas modernizaram os métodos do espirito do engano.
2 Tessalonicenses 2.2-12 diz:
2. que não vos movais facilmente do vosso
entendimento, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por
epístola, como de nós, como se o Dia de Cristo estivesse já perto.
3.
Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes
venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição,
4. o
qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte
que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus.
5. Não
vos lembrais de que estas coisas vos dizia quando ainda estava convosco?
6. E,
agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado.
7. Porque já o mistério da injustiça opera;
somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado;
8. e, então, será revelado o iníquo, a quem o
Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua
vinda;
9. a esse cuja vinda é segundo a eficácia de
Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira,
10. e com todo engano da injustiça para os
que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem.
11. E, por isso, Deus lhes enviará a operação
do erro, para que creiam a mentira,
12. para que sejam julgados todos os que não
creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade.
É de causar inveja e de estremecer os túmulos
dos falsos profetas dos tempos de Jeremias quando profetizava que os tempos de
escravidão estava chegando para o povo hebreus, os reis e sacerdotes desviados
dos propósitos de Deus contratavam outros profetas para profetizar somente
aquilo que agradava o rei e castigavam o profeta Jeremias dizendo que ele não
profetizava do Senhor, mas sim era um perseguidor do rei.
"E também houve entre o povo falsos
profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão
encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos
quais será blasfemado o caminho da verdade.
E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de
largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita". 2
Pedro 2:1-3.
Falsos profetas nunca vão dizer que são
falsos profetas. Vão sempre focalizar no que poderão fazer para que as pessoas
sejam impactadas com suas posições "teológicas avançadas" nos
momentos de crise emocional das pessoas em diversas áreas da vida e do
cotidiano.
Há também de se considerar que falsos
doutores só são descobertos depois de causar muitos traumas e frustrações e
estragos emocionais para as pessoas que acreditaram neles, e ainda
acrescentamos que esses falsos profetas, falsos doutores, sempre agem com
palavras fortes no que diz respeito ao dinheiro, prometendo soluções rápidas na
vida financeira, na vida sentimental, enfim na saúde e em outras áreas.
Prometem muito sucesso, prometem bom
emprego, prometem muitas propriedades, desde que dêem tudo que têm para
suas "obras". São verdadeiros mercenários da fé. São empresários dos
milagres; se os seus seguidores têm dinheiro, alcançam o milagre mais
rapidamente. Quanto mais dinheiro investem nos seus líderes, mais
milagres têm. É o tempo do "vale quanto tem".
Os incautos infelizmente são enganados, são levados pela correnteza do espirito
de engano. Serão negociados como se mercadoria fossem. Serão vendidos e
até prometidos como garantia de "altos negócios" ou de "negócios
lucrativos". A única coisa que não prometem e nem fazem é pregar a Jesus
Cristo como único e suficiente salvador porque isso não gera mais lucros,
rendimentos e dividendos em suas contas bancárias. Pregar a Salvação? Nem
pensar. Não dá dinheiro e não dá lucro.
A igreja de Jesus Cristo nestes tempos modernos precisa voltar os olhares para
a era dos reformadores, para a época da igreja primitiva; a igreja precisa
voltar ao início de tudo e ser exemplo dos fiéis. A igreja precisa voltar ao
primeiro amor antes que seja tarde demais.
Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo
coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às
fábulas. 2 Timóteo 4: 3-4.
A descrição de Jesus sobre os falsos profetas, sobre os falsos pastores, sobre
os falsos líderes evangélicos, sobre os falsos crentes é uma lista muito grande
em Mateus 23.
Mateus 23 diz:
Algo do conteúdo deste discurso foi usado
também pelo Senhor Jesus anteriormente em Luc. 11:39ss, mas agora Ele faz a sua
acusação no Templo em Jerusalém, na fortaleza dos seus inimigos.
23:1-12 Advertência contra os fariseus.
Esta porção foi dirigida diretamente para os discípulos, embora na presença da
multidão.
23:2 Na cadeira de Moisés se assentam, isto é, eles ocupam a posição de
Moisés entre vocês, como expositores da Lei.
23:3, 4 Fazei e guardai, pois, tudo quanto
eles vos disserem. Até onde o ensinamento deles apresentava o que Moisés
ensinou, o povo devia obedecer. Porém, não os imiteis nas suas obras. Suas
obras incluíam suas interpretações e perversões forçadas da Lei, que os
capacitavam a zombar da importância espiritual do Velho Testamento. Suas
múltiplas adições à Lei, aqui chamadas de fardos pesados e difíceis de
carregar, faziam parte das suas obras. Nem com o dedo querem movê-los. Embora a
casuística dos rabinos sem dúvida encontraria meios de escapar ao que era
desagradável, esta declaração provavelmente significa que eles nunca moviam um
dedo para remover qualquer desses fardos. (movê-los está em paralelo oposto, a
atam).
23:5 O que são os Filactérios. São pequenos estojos contendo tiras de pergaminho sobre as quais estavam escritas as palavras de Êx. 13:2-10, 11-17; Dt. 6:4-9 e 11:13-22. Os estojos eram amarrados com fitas à testa e no braço esquerdo. A prática surgiu depois do cativeiro e depois de uma interpretação extremamente literal de Êx. 13:16.
Os fariseus usavam-nas por
ostentação. Alongam as suas franjas, bordas usadas nos quatro cantos da capa,
de acordo com Núm. 15:38 e Dt. 22:12. Jesus usava essas bordas (Mt. 9:20;
14:36), mas os fariseus alargavam-nas por exibição.
23:6, 7 Lugar de honra nos banquetes e
nas sinagogas eram objetos da ambição dos fariseus, além das efusivas saudações
nas praças públicas, as quais chamavam a atenção para sua destacada posição.
Mestre. Um título equivalente a professor ou doutor, que os judeus aplicavam
aos seus instrutores espirituais.
23:8-12 As próximas palavras foram dirigidas especificamente aos
discípulos. Os seguidores de Cristo não deveriam procurar serem chamados por
esses títulos de mestre, Pai ou Guia, como os fariseus. Entretanto, esta não é
uma proibição absoluta de hierarquia ou uso apropriado de títulos, pois o próprio
Paulo se intitulou “pai” dos coríntios e chama Timóteo de “filho” (1 Co. 4:15,
17). O maior mostra claramente a validade da diferença de postos. Mas um
espírito de humildade deveria governar os crentes, não a ambição egoísta dos
fariseus que usurpavam para si mesmos a autoridade que pertence a Deus.
23:13-36 – Os sete “ais” de Jesus contra os
fariseus. Aqui a atenção foi desviada dos discípulos para os fariseus, que
faziam parte da multidão.
23:13 Hipócritas! Um epíteto destacando o fingimento dos fariseus e seus
escribas. Fechais o reino dos céus. Na qualidade de líderes religiosos e
reconhecidos intérpretes das Escrituras, deveriam ter sido os primeiros a
atender a Jesus, influenciando os outros a segui-los. Quanto aos que estão
entrando, não o permitiam por causa de sua, aparente, falsa liderança. O
versículo 14 é uma interpolação de Mc. 12:40 e Lc. 20:47.
23:15 Rodeais o mar e a terra. Uma busca zelosa. Prosélito. Não o gentio
temente a Deus que não era circuncidado (isto é, prosélito do portão), mas o
gentio que fora persuadido a adotar o judaísmo in teta incluindo todas as
tradições ensinadas por esses fariseus. Filho do inferno duas vezes mais
do que vós. Os prosélitos feitos por esses fariseus que não eram
espirituais (e sem dúvida que foram acrescentados a sua seita) apenas
acrescentariam tradições rabínicas às suas noções pagãs.
23:16-22 O terceiro “ai” chama os
fariseus de guias cegos e insensatos por terem pervertido a verdade do
juramento. Já é bastante mau não se poder confiar na palavra de um homem sem o
juramento. Mas os fariseus ensinavam que havia diferença na obrigatoriedade do
cumprimento dos diversos votos. Os juramentos que usavam referências gerais ao
templo ou ao altar não obrigava a pessoa a cumpri-los, mas se mencionasse mais
especificamente o ouro do santuário ou a oferta do altar ficava obrigada a
cumpri-los. Jesus mostrou o absurdo de tal raciocínio destacando que o maior
(santuário, altar, Deus) inclui o menor (ouro, oferta, céu). À vista de tal
perversidade, Cristo ensinou “De maneira nenhuma jureis” (Mt. 5:33-37).
23:23, 24 O quarto “ai” descreve o
cuidado escrupuloso dos fariseus nas questões menos importantes e a sua
negligência nos deveres mais importantes. O dízimo das diversas ervas
baseava-se em Lv. 27:30.
Hortelã, endro, e cominho eram plantas
de hortaliças e eram usadas para temperar alimentos. Justiça, misericórdia e
fé. Essas obrigações éticas e espirituais (Mq. 6:8) são o mais importante
da lei e são portanto de importância primária, embora aquelas (o dízimo) também
são próprias do povo de Deus. Através de tal prática os fariseus tinham
escrupulosamente coado o mosquito (inseto leviticamente imundo que poderia cair
no copo), mas engoliam um camelo (o maior dos animais da Palestina; Lv.
11:4).
23:25, 26 O quinto “ai” descreve a deslocada ênfase dos fariseus sobre as
coisas externas. Limpais o exterior do copo. A figura aponta para a preocupação
dos fariseus com a purificação ritualística (rabínica, não de Moisés) e a
negligência com o conteúdo do copo. Mas estes por dentro estão cheios de rapina
e intemperança. Os fariseus sustentavam seu modo de vida pressionando os
outros. Obediência ao ritual rabínico não poderia alterar esta corrupção
interior.
23:27, 28 O sexto “ai” descreve a influência secreta dos fariseus. Sepulcros
caiados. Na primavera, após a estação das chuvas, as sepulturas eram
caiadas para que uma pessoa desavisada não se contaminasse cerimonialmente
tocando-as por descuido. (Nm. 19:16; conf. Ez. 39:15). Esse costume há pouco
cumprido forneceu uma ilustração oportuno da aparência atraente dos fariseus
mas corrupção interna. Lucas 11:44 usa sepulturas em uma ilustração um pouco
diferente.
23:29-31 O sétimo “ai” descreve os ouvintes do Senhor como participantes
da mesma natureza de seus perversos antepassados. Construindo e embelezando
sepulturas de profetas assassinados, supunham que estivessem desautorizando
esses homicídios. Mas Jesus declarou que seus atos provavam exatamente o
oposto. Pois, construindo sepulturas, eles apenas completavam o que seus pais
(espirituais, como também raciais) tinham começado. Sua própria conspiração de
matar Jesus, (21:46; 22:15; Jo. 11:47-53) provou serem filhos dos que mataram
os profetas.
23:32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais. Compare ordem semelhante
a Judas, Jo. 13:27.
23:33 Raça de víboras. A acusação de João
Batista é confirmada no mesmo livro por João, o Apóstolo. Vejam as referências
bíblicas: Jo.3:7, Jo.3.34-36.
23:34 Eis que eu vos envio profetas. Uma
declaração semelhante em Lc. 11:49 atribui esse enviar “sabedoria de Deus” para
todo aquele que nEle crer. Assim Jesus, como a própria personificação da
sabedoria de Deus, declara-se Senhor desse título, (1 Co. 1:24). Profetas
sábios e escribas. Termos particularmente próprios para o seu auditório.
Os termos poderiam incluir também as testemunhas da Igreja Primitiva, tais como
Pedro, Tiago, Estêvão e Paulo. Essas perseguições que aqui foram preditas
fariam transbordar a medida da culpa dos judeus, de modo que a destruição
divina viria sobre essa geração da nação. Desde Abel até
Zacarias inclui todos os homicídios praticados no V.T, desde o primeiro
livro (Gn. 4:8) até o último do cânon hebreu (2 Cr. 24:20-22). O fracasso
desses fariseus de aprenderem as lições da história e de se arrependerem de sua
perversidade, também característica de seus pais, significava que aos olhos de
Deus eles tinham parte na culpa. Perseguições ulteriores tornariam isso
indiscutivelmente claro. Zacarias, filho de Baraquias. Em 2 Cr. 24:20
ele é chamado “filho do sacerdote Joiada”, talvez segundo um ilustre avô que
morrera, há pouco, com a idade de cento e trinta anos (2 Cr. 24:15). Mateus
deveria ter documentos que davam o nome do seu pai.
Mateus 23:37-39. As lamentações de Jesus sobre Jerusalém.
Jesus já expressou sentimentos semelhantes
anteriormente. (Lc. 13:34, 35; 19:41-44).
23:37 Lamentou sobre os que mataram os profetas de Deus. Este elo com o
versículo 34 fornece fácil transição para a pública lamentação de Cristo sobre
a cidade rebelde.
Quantas vezes quis Eu “ajuntar vocês” mas
vocês me rejeitaram. Um testemunho involuntário da autenticidade do Evangelho
de João, o único que registra as numerosas visitas de Jesus a Jerusalém e mesmo
assim, Jesus foi rejeitado, principalmente pelas lideranças que cuidavam do
templo, das Sagradas Escrituras, das leis Mateus 23:38.
Eis que a vossa casa ficará deserta. 1Reis
9:7; Jr. 22:5;12:7 confirma sobre a casa de oração ficar deserta.
Casa tem sido diversamente interpretada como
nação cidade e o Templo. Visto que Jesus proferiu essas palavras ao deixar o
Templo pela Última vez, (24:1), a interpretação do Templo é muito atraente. Um
templo abandonado pelo Messias transforma-se em vossa casa, não de Deus.
Mateus 23:39. Não me vereis mais. O ministério público do Senhor Jesus
terminava ali, dali em diante foi terminar a obra redentora no calvário. Após a
Ressurreição, Jesus apareceu apenas a testemunhas escolhidas (Atos 10:41). Até
que venhais a dizer. Na segunda vinda de Cristo os judeus reconhecerão, como
nação, o seu Messias rejeitado, e lhe darão boas vindas. (Rm. 11; Zc. 12:10).
O dia
do juízo de Deus chegará, não tardará. Amós
8.11-12. 11.
Eis que vêm dias, diz o Senhor Jeová, em que
enviarei fome sobre a terra, não fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as
palavras do Senhor.v12. E irão errantes de um mar até outro mar e do Norte até
ao Oriente; correrão por toda parte, buscando a palavra do Senhor, e não a
acharão.
Deus abençoe você e sua Família.
Pr. Waldir Pedro de Souza.
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.