segunda-feira, 8 de abril de 2019

DEDICANDO TODA SANTIDADE AO SENHOR

DEDICANDO TODA SANTIDADE AO SENHOR


A palavra do Senhor nos revela que devemos ser santos; porque sem a santificação ninguém verá o Senhor. Deus é Santo e quem ama a Deus de verdade procura viver em santificação. 

Devemos buscar a Deus todos os dias, amar os nossos irmãos e viver em paz com todos, pois Deus quer que sejamos filhos obedientes, para não praticarmos iniquidades.

Na Bíblia vamos encontrar os melhores e mais bonitos versículos bíblicos que falam sobre Santidade e santificação, que com certeza, vai nos trazer grandes conselhos de Deus para nossas vidas. Meditemos agora na palavra do Senhor e guardemos no coração todos esses ensinamentos de vida eterna, porque a palavra de Deus é vida, ela é  viva e eficaz e mais cortante do que espada alguma de dois gumes, ela é a maior riqueza que Deus nos deu depois da salvação. Portanto, faça a sua meditação e coloque em prática os conselhos de Deus.

A Bíblia diz: sejam santos.

Levítico 11:44 “Pois eu sou o Senhor, o Deus de vocês; consagrem-se e sejam santos, porque eu sou santo. Não se tornem impuros com qualquer animal que se move rente ao chão”.

A Bíblia diz: Esforcem-se para viver em paz e em novidade de vida. Isso implica na busca constante de santificação. 

Hebreus 12:14 “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”.

A Bíblia diz: Deus não nos chamou para as impurezas, mas para a santificação.

1 Tessalonicenses 4:7 “Porque Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade, para a santificação”.


A Bíblia diz: Que Deus quer que tenhamos a renovação da nossa mente. Deus quer uma mente renovada em nós.  

Romanos 12:1-2 “Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias ou compaixão de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

A Bíblia diz: Que Deus é Majestoso em santidade. Diz que Deus é magnífico em seu beneplácito.

Êxodo 15:11 “Quem entre os deuses é semelhante a ti, Senhor? Quem é semelhante a ti? Majestoso em santidade, terrível em seus feitos gloriosos, autor de maravilhas”?

A Bíblia diz: Que Santo é o Senhor.

Apocalipse 4:8 "Cada um deles tinha seis asas e era cheio de olhos, tanto ao redor como por baixo das asas. Dia e noite repetem sem cessar: Santo, Santo, Santo é o Senhor, o Deus todo poderoso, que era, que é e que há de vir”.

A Bíblia diz: Sejam santos vocês também. Sêde Santos como Eu sou santo.

1 Pedro 1:15 “Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem”.

A Bíblia diz: Que a palavra de Deus é a verdade.

João 17:17 “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade”.

A Bíblia diz: Que devemos buscar santidade para que sejamos santos.

Levítico 19:2 “Diga o seguinte a toda comunidade de Israel: Sejam santos porque eu, o Senhor, o Deus de vocês, sou santo”.


A Bíblia diz: Que devemos ter santidade no temor de Deus.

2 Coríntios 7:1 “Amados, visto que temos essas promessas, purifiquemo-nos de tudo o que contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a santidade no temor de Deus”.


Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor 




terça-feira, 2 de abril de 2019

A ASCENSÃO DE JESUS AOS CÉUS

A ASCENSÃO DE JESUS AOS CÉUS 

A ascensão de Jesus é um fato verídico e os discípulos estavam com Ele para esta despedida. Todos ficaram maravilhados vendo Jesus dando as últimas recomendações, os últimos conselhos a eles e logo em seguida sendo elevado aos céus onde uma nuvem o ocultou.

Quarenta dias depois que se apresentou vivo com muitas provas incontestáveis de sua ressurreição,  Jesus foi elevado às alturas à vista de seus discípulos. (Mc 16.19; Lc 24.50, 51; At 1.9). 

A esse acontecimento histórico dá-se o nome de ascensão. Ele marca o término da missão visível de Jesus, quando o Verbo se fez carne e habitou entre nós (Jo 1.14). 

Jesus é o Pão vivo que desceu do céu (Jo 6.33) e que, depois de morto e ressuscitado, retorna ao céu. (Jo 20.17). 

A ascensão põe fim à convivência objetiva e familiar de Jesus com os discípulos, até seu regresso no final dos tempos. No intervalo entre a ascensão e a segunda vinda de Jesus, a comunhão do crente com Ele é subjetiva e pessoal, caracterizada pelas providências e provisões inerentes à fé no Filho unigênito de Deus o nosso Papai eterno.

A ascensão de Jesus é muito mais do que uma simples despedida. 

Ela significa a restauração da glória indizível que o Filho de Deus tinha antes da encarnação. 

No momento da ascensão, “Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai”. (Fp 2.9-11). 

É isso que declara o evangelista: “O Senhor Jesus foi elevado aos céus e assentou-se à direita de Deus” (Mc 16.19). Assentar-se à direita do Pai é ocupar a posição de Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Depois da ascensão de Jesus, é muito fácil entender o Salmo 110, atribuído a Davi (Mt 22.44) que diz: “O Senhor Deus, o Pai, disse ao meu Senhor Deus, o Filho: Assenta-te à minha direita até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés”.

A ascensão é o cumprimento dessa profecia inconsciente de Davi (ele falou pelo Espírito, como o próprio Senhor Jesus admitiu).

Os escritores do Novo Testamento entendem que o ato de sentar-se à direita de Deus significa a exaltação máxima de Jesus. 

Em seu discurso no dia de Pentecostes, Pedro declara: “Este Jesus, a quem vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo”. (At 2.36). 

Ao se referir à ascensão, Paulo escreve que Jesus está “muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, não apenas nesta era, mas também na que há de vir” (Ef 1.21).

Essa exaltação de Jesus não é estática, mas dinâmica. O fim dos tempos virá quando Jesus “entregar o Reino a Deus, o Pai, depois de ter destruído todo domínio, autoridade e poder”. (1 Co 15.24). 

A redenção não estará completa “até que todos os seus inimigos sejam postos debaixo de seus pés”. (1 Co 15.25). 

Esses inimigos não são inimigos físicos, mas poderes espirituais e invisíveis da maldade nos ares celestiais. A morte é “o último inimigo a ser destruído” (1 Co 15.26). 

Os antigos cananeus “entendiam a morte como um deus, cujo lábio inferior toca a terra e o superior o céu, de modo a engolir tudo” (Bíblia de Genebra). É por essa razão que Bildade se refere à morte como “o rei dos terrores” (Jó 18.14).

 Por aí se vê o tamanho da autoridade de Jesus.

Jesus não está assentado no pó nem no chão, por falta de trono, como aconteceu com a Babilônia (Is 47.1), mas à direita da Majestade nos mais altos céus.

A ascensão de Jesus aconteceu no Monte das Oliveiras (At 1.12), nas proximidades de Betânia. (Lc 24.50). 

Ao ser elevado aos céus, Jesus estava com as mãos erguidas para abençoar os circunstantes (Lc 24.51). 

Quando Ele desaparecia nas alturas, dois anjos surgiram diante dos discípulos para lhes dizer: “Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado ao céu, voltará da mesma forma como o viram subir” (At 1.11).

Qual é o significado da ascensão de Jesus? Como aconteceu?

A ascensão de Jesus marcou o fim de seu ministério, no seu corpo físico de ser humano, na terra.

Jesus subiu ao Céu para estar junto do Pai e interceder por nós como nosso Advogado fiel. Mas ele não nos deixou sozinhos, Ele enviou o Espírito Santo que intercede por nós junto ao Pai, até com gemidos inexprimíveis. Rm. 8.26-27.

Ele enviou o Espírito Santo para estar conosco para sempre.

Quando Jesus ressuscitou, ele apareceu a muitos discípulos ao longo de 40 dias (Atos dos Apóstolos 1:3). Durante esse tempo, ele ensinou os discípulos e preparou-os para sua grande missão: pregar o evangelho a todos os povos. Depois desses 40 dias, Jesus subiu ao Céu.

A ascensão de Jesus aconteceu no monte das Oliveiras, nos arredores de Betânia, que ficava perto de Jerusalém. Ele tinha acabado de comer com seus discípulos e os avisou que deveriam esperar em Jerusalém até serem batizados com o Espírito Santo. 

Então ele subiu ao céu e uma nuvem o encobriu da vista dos discípulos. (Atos dos Apóstolos 1:9).

Enquanto ainda estavam olhando para cima, dois homens de branco apareceram e explicaram que Jesus tinha ido embora mas um dia iria voltar. Seu retorno seria semelhante à sua ascensão (Atos 1:10-11). Um dia Jesus vai descer do Céu.

A importância da ascensão de Jesus para o Cristianismo. 

Antes de subir ao Céu, Jesus explicou por que tinha de ir embora. O Espírito Santo somente viria depois de sua ascensão (João 16:7-8). Jesus ensinou muitas coisas durante seu ministério na terra mas o Espírito Santo iria capacitar os discípulos a entendê-las.

O Espírito Santo convence o mundo da verdade. Ele convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo e nos capacita a crer em Jesus. Através do Espírito Santo ficamos unidos a Deus, recebemos dons espirituais e ficamos com a capacidade para entender a palavra de Deus. Ele nos dá acesso direto a Jesus em todo tempo e em todo lugar!

A ascensão de Jesus também marcou o início de seu trabalho como intercessor junto do Pai. Jesus é o nosso “advogado de defesa”, diante de Deus Pai, justificando a todos que creem nEle.

Jesus reina do Céu e um dia voltará para levar todos os salvos para morar com ele. (Hebreus 10:12-14).

O significado principal da ascensão de Jesus aos céus.    

Após a ressurreição de Jesus, os discípulos achavam-se confusos, temerosos e um tanto desorientados com medo e terrivelmente abalados com o que fizeram com Seu mestre,  o Senhor Jesus. 

Reuniram-se no Cenáculo, o mesmo aposento usado para a celebração da ceia do Senhor. Ali, aguardavam as horas se passarem para ver o que lhes aconteceria.

O evangelho de João, no capítulo 20, nos versos 19 a 25, relata a interessante experiência que os discípulos vivenciaram no dia da ressurreição quando o Senhor se apresentou entre eles. Tomé estava entre seus companheiros e viu Jesus ressurreto e creu.

Estando as portas do aposento totalmente fechadas, Jesus apareceu. Esta cena se repetiu oito dias depois, da ressurreição. João 20:26-31.

Os outros evangelistas apresentam alguns lances mais desse período, que de acordo com livro de Atos, capítulo 1.3 foi de 40 dias. Esse espaço curto de tempo Jesus usou especialmente para confirmar a fé dos discípulos mais chegados e passar-lhes instruções especiais quanto ao que deveriam fazer após Sua partida.

E foi assim que achando-Se a um passo de volta ao Seu trono celestial, Jesus deu novamente aos discípulos a grande comissão, registrada em Marcos 16:15: "Ide por todo mundo, pregai o evangelho a toda a criatura".

Esta comissão Jesus havia transmitido aos Seus discípulos quando juntos haviam estado no Cenáculo. Porém um maior número de Seus seguidores deveria ouvir isso também.

Desta maneira, num lugar da Galileia se realizou esta solene reunião. Em I Coríntios 15:6 lemos: "E, depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos." 1Coríntios 15:6.

Para esta reunião, o próprio Senhor Jesus, antes de Sua morte, designara o tempo e o lugar. (Mateus 26:32). O anjo no sepulcro, relembrara os discípulos de Sua promessa de os encontrar na Galileia. (Marcos16:7).

Esta notícia se espalhara entre os seguidores do Mestre e com interesse aguardavam esse encontro. Vindos de várias direções, dirigiam-se ao lugar da reunião.

Reunidos em pequenos grupos na encosta da montanha, buscavam saber tudo quanto era possível dos que tinham estado com Jesus após a ressurreição. Os 11 discípulos testemunhavam do que haviam visto e ouvido. Tomé lhes contava a história de sua incredulidade e dizia como suas dúvidas haviam se dissipado.

Então achou-se Jesus no meio deles.

Em Suas mãos e pés divisaram os sinais da crucificação. Seu semblante irradiava uma glória especial, esta foi a única entrevista com muitos crentes, depois de sua ressurreição.

As palavras de Cristo na encosta da montanha foram o anúncio de que seu sacrifício em favor do homem era pleno, completo. As condições para expiação haviam sido cumpridas.

Concluíra a obra para a qual viera ao mundo. E agora achava-se a caminho de volta ao trono celestial. 

E, então, revestido de ilimitada autoridade repetiu a todos a comissão dada aos 11 discípulos: "portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos." Mateus 28:18 e 20.

Jesus Cristo declarou-lhes mais acuradamente sobre  a natureza do Seu reino Celestial. Disse-lhes não ter sido seu desígnio estabelecer no mundo um reino temporal, mas sim espiritual. Não haveria de governar como rei terrestre no trono de Davi.

Jesus mostrou-lhes que tudo quanto havia se sucedido estava predito nas Escrituras através dos ensinos dos profetas. Jesus ordenou que os discípulos iniciassem a obra em Jerusalém.

Mas, não deveriam parar aí. Deveriam levar a mensagem a todos os lugares até os confins da Terra. Prometeu-lhes o poder do Espírito Santo, para que pudessem fazer, em nome de Jesus os mesmos sinais e maravilhas.

Depois desta grande reunião, Jesus estava pronto para as despedidas. Os discípulos já não relacionavam mais a Jesus com a cruz e o sepulcro. Para eles, Jesus era agora o Salvador, o verdadeiro filho de Deus, como Ele mesmo anunciava.

Como local de Sua ascensão, Jesus escolheu o Monte das Oliveiras, tantas vezes consagrado por Sua presença.

Com os discípulos, dirigem-se então para aquele local. Com as mãos estendidas em posição de bênção, Jesus ascende lentamente dentre eles.

Lucas narra assim a ascensão de Jesus: "E quando dizia isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas e uma nuvem O recebeu, ocultando-O, a seus olhos. 

E estando com os olhos fitos nos Céu, enquanto Ele subia, eis que junto deles se puseram dois varões de branco, os quais lhe disseram: "Varões galileus, porque estais olhando para o Céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir”. Atos 1.9-11.

Os discípulos voltaram para Jerusalém e já não mais se lamentavam, antes sim, estavam cheios de louvor e gratidão a Deus. Com regozijo contavam a maravilhosa história da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão ao Céu.

Não tinham mais qualquer desconfiança do futuro. Sabiam que Jesus estava no Céu e que continuariam dali por diante a obra de anunciar o evangelho a todas as gentes, raças, tribos, povos e nações.

Jesus retorna ao Céu vitorioso. Seu sacrifício foi aceito pelo Pai, Seu sacrifício não foi em vão.  Satanás está derrotado. É um inimigo vencido. 

O caráter de Deus outrora manchado por suas acusações infundadas, agora está plenamente reivindicado. Todo o Universo tem convicção de que Deus é Santo, e Sua Justiça e Amor são infalíveis e que o Seu amor é eterno, dura para sempre. 

Jesus carregará para sempre as marcas nos pés e nas mãos que mostram o Seu sofrimento e morte para a Salvação do ser humano, para todos os que o aceitassem como único e suficiente Salvador de suas vidas. 

Este é um laço que jamais se partirá. Jesus disse: ". . . Eu subo para meu Pai e vosso pai, meu Deus e vosso Deus”. João 20.17.

A família no Céu e a família na Terra, são uma só. Para o nosso bem Jesus subiu ao Céu. Para o nosso bem Ele vive. A nossa esperança da Glória, agora já não é em vão, já não é apenas uma promessa, mas agora é real.

Jesus veio aqui, morreu por nós, ressuscitou e foi para o céu.

Os discípulos O viram subindo e pela graça nós poderemos vê-Lo voltando para arrebatar a sua noiva,  a igreja lavada e remida no sangue do Cordeiro.

Ele foi preparar lugar para a sua igreja querida. Ele disse aos seus discípulos em João capítulo 14:1-3,6.

1. Não se turbe o vosso coração; Credes em Deus, crede também em mim.

2. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. 

3. E, quando Eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também.

6. Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor 


segunda-feira, 1 de abril de 2019

A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE JESUS

 A RESSURREIÇÃO CORPORAL DE JESUS



A Etimologia da Palavra Ressurreição é bem clara. 

O verbo ressuscitar, ou o substantivo ressurreição, no grego ”egeiro” significa “levantar”. Usa-se para indicar levantar dos mortos “anastasis” (do grego) que vem de dois vocábulos: ana(acima, para cima) e histemi (colocar em pé). Ressurreição, portanto, significa levantar dentre os mortos. 

A ressurreição de Cristo é a mola mestra e o pilar do Cristianismo. É um dos elementos básicos que distingue o cristianismo das grandes religiões que existem no mundo hoje. 

A ressurreição corporal de Jesus é a prova principal de que Jesus era quem afirmava ser: Deus em forma humana. “Declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor” (Romanos 1.4).

Na realidade, a ressurreição de Cristo em um corpo físico glorificado é de tamanha importância para a fé cristã que o Novo Testamento insiste que ninguém pode ser salvo sem ela. “O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4.25 e 10.9; 1Coríntios 15.1-17).

Provas bíblicas da ressurreição de Jesus. Vejam os textos bíblicos e o contexto dos mesmos. 

Novo Testamento é enfático ao declarar que Jesus ressuscitou com o mesmo corpo físico de carne e ossos com que morreu. 

A evidência para isso consiste no registro neotestamentário de várias aparições de Cristo aos seus discípulos durante o período de quarenta dias, no mesmo corpo físico marcado pelos pregos no qual morreu, agora mortal.

O mesmo corpo que deixou o túmulo foi visto diversas vezes vivo depois disso. A evidência desse fato é encontrada nas doze aparições, das quais as onze primeiras envolvem os quarenta dias após sua crucificação. “Aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias, e falando das coisas concernentes ao Reino de Deus” (Atos 1.3).

Provas da Ressurreição Corporal de Jesus

Declarações do próprio Senhor Jesus dizendo que ressuscitaria corporalmente:

“Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia”. (Mateus 16.21).

“Responderam, pois, os judeus, e disseram-lhe: Que sinal nos mostras para fazeres isto? Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito”. (João 2.18-22).

O túmulo vazio

Lembramos que o túmulo vazio continua vazio até  hoje desde que Jesus ressuscitou. Dentro dele está escrito nos principais idiomas a seguinte frase: “Jesus não está aqui porque Ele ressuscitou”.

“E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado, e algumas outras com elas. 

E acharam a pedra revolvida do sepulcro. E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus“. (Lucas 24.1-3).

Aparições de Jesus depois de ressuscitar. 

À MARIA MADALENA: (Marcos 16.9). 

A primeira aparição pós-ressurreição de Jesus foi para Maria Madalena. Durante essa aparição houve provas inquestionáveis da visibilidade, materialidade e identidade do corpo ressurreto.

a) Maria viu Jesus com seus olhos naturais. O texto diz: “Ela se voltou e viu Jesus ali, em pé”. A palavra ‘viu’ (theoreo) é a palavra normalmente usada para ‘ver a olho nu’. Aparece em outra passagem no Novo Testamento no sentido de ver seres humanos nos seus corpos físicos (Marcos 3.11 e 5.15; Atos 3.16) e até para ver o corpo de Jesus antes de ser ressuscitado (Mateus 27.55; João 6.19).

b) Maria ouviu Jesus (João 20): “Mulher, por que está chorando? Quem você está procurando?” (verso 15) “então, mais uma vez, ela ouviu Jesus dizer: Maria e reconheceu sua voz”(verso 16).

c) Maria tocou o corpo ressurreto de Jesus: “Jesus respondeu: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai” (verso 17). 

A palavra ‘tocar’ (aptomai) é uma palavra normal para toque físico de outros corpos humanos (Mateus 8.3 e 9.29) e do corpo anterior à ressurreição de Cristo (Marcos 6.56; Lucas 6.19). Numa experiência paralela, as mulheres “aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram” (Mateus 28.9).

ÀS MULHERES (Mateus 28.1-9): Jesus não só apareceu para Maria Madalena, mas também para outros mulheres com ela, incluindo Maria, mãe de Tiago e Salomé. (Marcos 16.1). Durante essa aparição houve quatro evidências de que Jesus ressuscitou no mesmo corpo físico e tangível no qual fora crucificado.

Primeira evidência:

 as mulheres viram Jesus. Um anjo lhes disse: “Ide depressa, e dizei aos seus discípulos que ressurgiu dos mortos; e eis que vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que vô-lo tenho dito” (Mateus 28.7). E enquanto elas corriam do túmulo: “E eis que Jesus lhes veio ao encontro, dizendo; Salve. 
E elas, aproximando-se, abraçaram-lhe os pés, e o adoraram” (Mateus 28.9).

Segunda evidência:

As mulheres abraçaram-lhe os pés e o adoraram, isto é, não só viram seu corpo físico, mas o sentiram também. Como entidades espirituais não podem ser percebidas com nenhum dos sentidos, o fato de que as mulheres realmente tocaram o corpo físico de Jesus é prova convincente da natureza física e tangível do corpo ressurreto.

Terceira evidência:

As mulheres ouviram Jesus falar.
Depois de saúda-las (verso 9), Jesus disse: “Não temais; ide dizer a meus irmãos que vão para a Galileia; ali me verão” (verso 10).

Quarta evidência:

As mulheres viram o túmulo vazio onde o corpo permanecera. O anjo disse a elas no túmulo: “Não está aqui, porque ressurgiu, como ele disse. Vinde, vede o lugar onde jazia” (verso 6). O ‘ele’ que jazia agora está vivo, o que foi demonstrado pelo fato de que o mesmo corpo que jazia ali está vivo agora para sempre. Assim, tanto no caso de Maria Madalena quanto no das outras mulheres, todas as quatro evidências da ressurreição física e visível do corpo idêntico estavam presentes. Elas viram o túmulo vazio onde seu corpo físico jazia, viram, ouviram e tocaram o mesmo corpo depois que saiu do túmulo.

A PEDRO (João 20.6-7; 1Coríntios 15.5): 

1Coríntios 15.5 declara que Jesus “apareceu a Cefas”. Apareceu a Pedro noutra ocasião quando pediu a Pedro para cuidar de suas ovelhas (João 21.15-17). Pedro viu o túmulo vazio e os lençóis logo antes dessa aparição (João 20.6-7). 

Portanto, Pedro teve pelo menos três evidências da ressurreição física: ele viu e ouviu Jesus, e observou o túmulo vazio e os lençóis. Essas são as evidências definitivas de que o corpo que ressuscitou era o mesmo corpo material, visível e tangível que Jeus tinha antes da ressurreição.

NO CAMINHO DE EMAÚS (Lucas 24.13-35).

Durante essa aparição, três evidências da ressurreição física foram apresentadas. Dois discípulos não só viram e ouviram Jesus, mas também comeram com ele. Combinadas, elas provam claramente a natureza física, tangível, do corpo ressurreto.

Dois discípulos, um se chamava Cleopas (Lucas 24.18) “enquanto andavam em direção a Emaús … o próprio Senhor Jesus se aproximou, e ia com eles”.  (Lucas 24.15). 

A princípio não reconheceram quem ele era; no entanto eles o viram claramente. 

Quando finalmente perceberam quem era, o texto diz “nisto ele desapareceu diante deles”. (Lucas 24.31). O corpo ressurreto de Jesus era visível como qualquer outro objeto.

Eles ouviram Jesus com seus ouvidos físicos (versos 17,19,25 e 26). Na verdade, Jesus conversou por um bom tempo com eles: “E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. (verso 27). 

É claro que eles não foram os únicos a quem Jesus ensinou depois da ressurreição. 

Lucas nos informa em outra passagem que Jesus “depois de haver padecido, se apresentou vivo, com muitas provas infalíveis, aparecendo-lhes por espaço de quarenta dias, e lhes falando das coisas concernentes ao reino de Deus”. (Atos 1.3).

ELES COMERAM COM ELE 
(Lucas 24.30): 

“Estando com eles à mesa, tomou o pão e o abençoou; e, partindo-o, lhos dava”. Embora ao texto não diga especificamente que Jesus também comeu, isso é sugerido por estar “à mesa” com eles. 

E mais tarde nesse mesmo capítulo é afirmado explicitamente que ele comeu com os dez apóstolos: “Perguntou-lhes Jesus: Tendes aqui alguma coisa que comer? Então lhe deram um pedaço de peixe assado, o qual ele tomou e comeu diante dele”. (Lucas 24.41-43).

O que torna essa passagem uma prova tão poderosa é que Jesus ofereceu sua capacidade de ingerir comida física, como prova da natureza material de seu corpo de carne e osso. 

Jesus literalmente exauriu as maneiras em que poderia provar a natureza corpórea e material do seu corpo ressurreto. 

Logo, se o corpo ressurreto de Jesus não era o mesmo corpo material de carne e osso em que morreu, ele estaria enganando a todos.

AOS ONZE (João 20.24-31): 

Tomé não estava presente quando Jesus apareceu aos seus discípulos (João 20.24). 

Depois de seus colegas relatarem quem haviam visto, Tomé recusou-se a acreditar sem que ele mesmo visse a Cristo e tocasse nele.

Uma semana depois seu pedido foi atendido: “Oito dias depois estavam os discípulos outra vez ali reunidos, e Tomé com eles. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: Paz seja convosco”. (João 20.26). 

Quando Jesus apareceu, Tomé viu, ouviu e tocou o Senhor ressurreto.

Tomé viu o Senhor. Jesus era claramente visível para Tomé, por isso mais tarde Jesus lhe disse: 
“Porque me viste, creste?”. (João20.29). 

Tomé também ouviu o Senhor dizer: “Chega aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; chega a tua mão, e mete-a no meu lado; e não mais sejas incrédulo, mas crente”. (verso 27). 

À essa demonstração indubitavelmente convincente de evidência física, Tomé respondeu: “Senhor meu, e Deus meu!”. (verso 28). Se Tomé tocou em Jesus, certamente viu as suas feridas da crucificação. (João 20.27-29). O fato de Jesus ainda ter essas marcas físicas da sua crucificação é a prova inquestionável de que ele ressuscitou com o corpo material que foi crucificado.


AOS SETE DISCÍPULOS (João 21.12-14): 

João registra a aparição de Jesus aos sete discípulos que foram pescar na Galileia. 

Durante essa aparição, os discípulos viram Jesus, ouviram suas palavras e comeram com ele.

A Bíblia diz: “Depois disto manifestou-se Jesus outra vez aos discípulos junto do mar de Tiberíades; mas, ao romper da manhã, Jesus se apresentou na praia”. (verso 4). 

Depois de Jesus conversar e comer com eles, o texto diz: “Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestou aos seus discípulos, depois de ter ressurgido dentre os mortos”. (verso 14). 

Ao que parece, Jesus também comeu com os discípulos durante essa aparição. Ele perguntou: “Filhos, não tendes nada que comer?”. (verso 6). Jesus disse: “Vinde, comei”. (verso 12). 

Enquanto faziam isso: “Chegou Jesus, tomou o pão e deu-lhes, e semelhantemente o peixe”. (verso 13).


AOS APÓSTOLOS NA GRANDE COMISSÃO (Mateus 28.16-20; Marcos 16.14-18). 

A próxima aparição de Jesus foi na Grande Comissão. Enquanto Jesus os comissionava a discipular todas as nações, foi visto e claramente ouvido por todos os apóstolos. Jesus disse: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade (poder) no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. (Mateus 28.18-19).

AOS QUINHENTOS IRMÃOS (1Coríntios 15.6): 

Não há um relato dessa aparição, porém ela é digna de fé e confiabilidade por quem a mencionou: o apóstolo Paulo.

 Ela só é mencionada por Paulo onde ele diz: 

“depois apareceu a mais de quinhentos irmãos duma vez, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormiram”.

A TIAGO (1Coríntios 15.7): 

Os irmãos de Jesus eram incrédulos antes da ressurreição. João nos informa que “nem seus irmãos criam nele”. (João 7.5). Mas, após a ressurreição, pelo menos Tiago e Judas, meio-irmãos de Jesus, creram. (Marcos 6.3). 

Tiago tornou-se um pilar da igreja primitiva e teve um papel importante no primeiro concílio. (Atos 15.3).

NA ASCENSÃO (Atos 1.9-11): 

A última aparição de Jesus antes da sua ascensão foi novamente para todos os apóstolos. Nessa ocasião eles o viram, ouviram e comeram com ele. Essas três linhas de evidência são a confirmação final da natureza material de seu corpo ressurreto. Jesus foi visto pelos apóstolos nessa ocasião. 

Lucas diz: “aos quais também, depois de haver padecido, se apresentou vivo, com muitas provas infalíveis, aparecendo-lhes por espaço de quarenta dias, e lhes falando das coisas concernentes ao reino de Deus”. (Atos 1.3).

A PAULO (Atos 9.1-9; 1Coríntios 15.8): A última aparição de Jesus foi a Paulo.

É importante observar que essa aparição não foi uma visão que ocorreu apenas na mente de Paulo. 

Na verdade, foi um evento objetivo, externo, observável a todos os que estavam a uma distância visual. Paulo denominou “aparição” (no grego ophthe), a mesma palavra usada para as aparições literais de Cristo aos outros apóstolos. (1Coríntios 15.5- 7). 

Na realidade Paulo a denomina “última” aparição de Cristo aos apóstolos. Ver o Cristo ressurreto era condição para ser um apóstolo (Atos 1.22). Mas Paulo afirmou ser um apóstolo, dizendo: “Não sou apóstolo? Não vi eu a Jesus nosso Senhor?”

A NATUREZA DE SEU CORPO RESSURRETO

ERA UM CORPO REAL

“E, dizendo isto, mostrou-lhes as suas mãos e o lado. De sorte que os discípulos se alegraram, vendo o Senhor”. (João 20.20). 

“Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente”. (João 20.27).

FOI IDENTIFICADO COM AQUELE QUE FORA COLOCADO NO TÚMULO

“Disseram-lhe, pois, os outros discípulos: Vimos o Senhor. Mas ele disse-lhes: Se eu não vir o sinal dos cravos em suas mãos, e não puser o dedo no lugar dos cravos, e não puser a minha mão no seu lado, de maneira nenhuma o crerei. 

E oito dias depois estavam outra vez os seus discípulos dentro, e com eles Tomé. Chegou Jesus, estando as portas fechadas, e apresentou-se no meio, e disse: Paz seja convosco. 

Depois disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente.

E Tomé respondeu, e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu! Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem- aventurados os que não viram e creram”. (João 20.25-29).

“E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?

Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho. E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer?” (Lucas 24.36-41).

FOI TRANSFORMADO DE MODO A NUNCA MAIS SER SUJEITO À MORTE E A LIMITAÇÕES:

“Sabendo que, tendo sido Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte não mais tem domínio sobre ele” (Romanos 6.9).

O CORPO DE JESUS NÃO VIU A CORRUPÇÃO

Deus garantiu que o corpo do Senhor Jesus não veria a corrupção, isto é, não se decomporia. (Salmo 16.10; Atos 2.24-30). Logo, o corpo de Jesus que foi crucificado não ficou na sepultura.

ERA UM CORPO GLORIFICADO PORÉM DE CARNE E OSSOS

“E falando eles destas coisas, o mesmo Jesus se apresentou no meio deles, e disse-lhes: Paz seja convosco. E eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam algum espírito. E ele lhes disse: Por que estais perturbados, e por que sobem tais pensamentos aos vossos corações?

Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho.

E, dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. E, não o crendo eles ainda por causa da alegria, e estando maravilhados, disse-lhes: Tendes aqui alguma coisa que comer?

 Então eles apresentaram-lhe parte de um peixe assado, e um favo de mel; o que ele tomou, e comeu diante deles”. (Lucas 24.36-43).

“Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas”.(Filipenses 3.20-21).

“Um dia Cristo voltará,  ao ascender O prometeu; Fo modo que subiu virá, há de ver o Rei Jesus o povo seu. 

Mui breve sim Jesus vira, alegre o verá seu povo, velando, todos devem sempre estar, a fim de vê-lo voltar “. Trecho do hino 123 da Harpa Cristã. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 



domingo, 31 de março de 2019

ANÁLISE DA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS

UMA PEQUENA ANÁLISE DA CRUCIFICAÇÃO DE JESUS 

Para fazermos esta  análise da crucificação de Jesus, vamos tomar como  base a profecia de Isaías 53 versículos 2-12.

2. Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. 

3. Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.

4. Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. 

5. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados. 

6. Todos nós andavamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. 

7. Ele foi oprimido, mas não abriu a boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.

8. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido. 

9. E puseram a sua sepultura com os ímpios e com o rico, na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.

10. Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.

11. O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. 

12. Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.

O relatório do que era a crucificação.
  
Um relato do que era a crucificação nos tempos do império de Roma, mostra toda a agonia física e mental que Jesus Cristo passou. O que vemos nos evangelhos e nos filmes é apenas uma simples alusão do que realmente essa tortura era na realidade.

Um olhar mais específico sobre o que foi essa crucificação.

Era uma das mais terríveis formas de punição na Roma antiga, a crucificação combinava vergonha, tortura, agonia e morte. Era a mais humilhante das formas de execução. Despojado de suas vestes, o condenado era açoitado impiedosamente pelos carrascos com um azorrague, espécie de chicote com cerca de oito tiras de couro cujas pontas eram reforçadas com objetos perfuro cortantes, como pregos e pedaços de ossos, para aumentar o sofrimento da vitima.

Muitos não resistiam ao açoitamento e morriam antes da crucificação. Os que sobreviviam ao flagelo eram, muitas vezes, obrigados a carregar a sua cruz pelas ruas da cidade até o local da execução. Seminus, com a pele e a carne dilaceradas pelo castigo, eram expostos ao escárnio popular.

Pessoas cuspiam, atiravam coisas e insultavam os condenados.

O peso da cruz era insuportável para eles que já estavam fragilizados e exaustos pela longa sessão de tortura. Durante o percurso, as quedas eram frequentes e os condenados obrigados a retomar a caminhada com a cruz sobre os ombros. Hoje, acredita-se que os condenados carregavam apenas a viga horizontal da cruz, a outra parte era fincada antes, no local da execução.

Finalmente, os braços do condenado eram atados à trave e seu corpo içado. Normalmente, os punhos eram atados à viga por cordas, mas no caso de Jesus, foram usados cravos de ferro, que perfuravam a carne, destruindo nervos e ossos, multiplicando ainda mais o sofrimento.

Um estudo mais aprimorado da agonia de Jesus.

O cirurgião francês Pierre Barbet, do hospital Saint Joseph, de Paris, descreve a agonia da crucificação no livro “A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo o cirurgião“:

Com a carne e a pele dilaceradas pelas chibatadas com o azorrague, Jesus recebeu na cabeça espécie de coroa ou capacete feita com galhos entrelaçados de uma planta com espinhos, que perfuram seu couro cabeludo, provocando fortes dores e sangramento abundante. Em seguida, foi vestido com uma túnica. O tecido, em contato com as feridas abertas, gruda na carne.

O braço horizontal da cruz é posto sobre seus ombros e ele é exposto à multidão feroz. Já sem forças, Jesus é rebocado com cordas pelos soldados, num percurso de cerca de 600 metros. Seus passos são arrastados, o peso da trave e a fadiga causam várias quedas, ferindo seus joelhos. Os soldados o agridem, o açoitam e o forçam a prosseguir.

Chegando ao Gólgota, os carrascos lhe arrancam violentamente a túnica, a carne grudada no tecido é dilacerada, gerando violentas dores.

Deitado de costas sobre a trave da cruz, Jesus tem os pulsos transpassados por longos cravos que se fixam na madeira e depois são rebatidos. 

Outros especialistas defendem a hipótese de que, além dos cravos, os algozes tenham usado cordas para prender seus braços a cruz. Então foi içado rapidamente para o alto da estaca. O nervo mediano lesionado pelos cravos se estica como uma corda de violino quando o corpo é suspenso.

A cada solavanco, o nervo exposto em contato com o cravo provoca dores atrozes. As pontas dos espinhos rasgam o couro cabeludo e o crânio, cada vez que Jesus mexe a cabeça. Em seguida, seus pés são pregados a uma espécie de apoio fixado na estaca, para prolongar sua agonia.

A posição da cruz provoca o enrijecimento da musculatura dos braços, numa contração progressiva que se espalha pelos músculos do tórax, pescoço e abdômen. O processo, chamado de tetania, vai aos poucos tornando a respiração cada vez mais penosa até provocar a parada respiratória . O ar entra nos pulmões e não sai e, com isso, a vitima não consegue puxar o ar e lentamente vê chegar a morte por asfixia.

Nos momentos finais de sua agonia, Jesus, num esforço sobre humano, se apoiava nos pregos cravados em seus pés e erguia o corpo, aliviando a tração dos braços, para poder respirar e falar. 

Jesus pede ao pai que perdoe seus carrascos, e desabafa:

Eloí,  Eloí, lamá  sabactani ”(Pai, Pai, porque me abandonastes? Ou “ Porque me desamparastes"?

Num último e derradeiro esforço, grita:

“Pai em tuas mãos entrego meu espírito”. “Tudo está consumado”.

E Jesus morre, cumprindo com seu sacrifício da lei ditada por Moisés. O Cordeiro de Deus livra, com seu sangue derramado, os pecadores do mundo inteiro, da condenação da morte, porque diz o apóstolo Paulo “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna por intermédio de Jesus Cristo, nosso Senhor “. Rm.6.23.

Continuando nosso raciocínio vejamos o que tudo isso significa e o porquê desse acontecimento.

O sentido principal da crucificação de Jesus.

O capítulo 15 do Evangelho segundo Marcos nos narra uma triste sequência de dor e sofrimento por que passou Jesus Cristo: julgamento por Pilatos, sua condenação e crucificação, além de seu sepultamento. Desejo refletir sobre a crucificação. É preciso não se perder o foco sobre a verdade da cruz. É preciso que sejam despertadas em nós as emoções dos sofrimentos por que passou Jesus ao ser crucificado:

I – O início do sofrimento.

Jesus começou a carregar a cruz como se exigia dos condenados. Fragilizado, exausto, após as muitas chicotadas, caiu sob o peso do madeiro. Os romanos, então, obrigaram Simão, um judeu de Cirene a carregar-lhe a cruz. E assim Jesus é levado ao Gólgota, colina situada fora da cidade de Jerusalém. Segundo o costume, deram-lhe uma mistura de vinho com mirra, na tentativa de aliviar os sofrimentos, mas Ele não aceitou.

II – Ele foi cravado na cruz e morreu após seis horas de dores e agonia.

Foi na terceira hora judaica (9 horas da manhã) que pregaram Jesus no madeiro.

Os sofrimentos se prolongaram até a nona hora judaica (3 horas da tarde). A crucificação era uma morte lenta e dolorosa, e a vítima podia ficar assim até por 36 horas. Mas Jesus suportou intensamente seis longas e terríveis horas de dor e sofrimento. Suas roupas foram divididas entre os algozes. Sendo o manto feito de uma só peça, lançaram sortes para saber a quem caberia. 

A humilhação sofrida por Ele nas últimas horas com a traição de um discípulo, a farsa do julgamento, a condenação das autoridades religiosas e do procurador romano, os apupos da multidão, a preferência por Barrabás, sendo anistiado, seu desnudamento e a violência das marteladas dos cravos em seus pulsos e pés, o abrupto puxão da cruz sendo enterrada no chão, soma-se o espólio de suas vestes. Mas isso, também, aconteceu em cumprimento à promessa messiânica. (Sl 22.16-18).

Sendo colocado ao lado de dois ladrões e malfeitores fica evidente aos olhos daqueles que ali se encontravam, aos pés da cruz, a sua condição de vergonha e degradação, principalmente por que, por ironia, ainda lhe cravaram na cabeça uma coroa de espinhos, e uma inscrição de que era “o Rei dos Judeus”. 

Ali aos pés da cruz identificamos algumas pessoas com três tipos de atitudes. 

O primeiro grupo de pessoas: cercado de apatia e indiferença. Era formado pelos soldados que estavam em mais uma missão a serviço do império romano; ali eles tiravam sorte para saber quem seria contemplado por aquele lindo manto. Esse grupo tipifica os que vivem como se Cristo nunca tivesse existido.

O segundo grupo de pessoas: movido pela simpatia e solidariedade. Era formado pelas mulheres que acompanhavam Jesus. Este grupo tipifica os que são, verdadeiramente, fiéis seguidores de Cristo, e se posicionam junto a Ele em qualquer situação.

O terceiro grupo de pessoas: impelido por antipatia e oposição. Era formado pelos líderes religiosos e anônimos que se aproximavam de Jesus para zombar e dEle tripudiar. Este grupo tipifica os que fazem oposição sistemática a Deus, Sua Palavra e Seus princípios.

III – A morte de cruz, seu sentido doutrinário e o seu significado.

A morte de Jesus Cristo na Cruz é descrita como:

1) Expiação pelo pecado: a palavra “expiar” no hebraico tem o sentido de “cobrir”. Expiar o pecado é, então, cobri-lo da vista de Deus, de tal forma que não mais lhe provoque a justa ira. Na expiação o pecado é apagado, removido, lançado no fundo do mar, é perdoado. A morte de Cristo é expiatória, pois nos remove os pecados. ( 1 Pe 2.24; 2 Co 5.21).

2) Para nossa propiciação : Propiciar é aplacar a justa ira de Deus mediante a oferta de uma dádiva. Em Sua misericórdia, Deus aceita a dádiva e restaura o pecador. Cristo é descrito como uma propiciação (1 Jo 22; Rm 3.25). O acesso a Deus foi comprado por Cristo, mediante Sua morte de cruz. Em nome dEle, podemos nos aproximar do Pai.

3) Substitutivo: Os sacrifícios no AT visavam substituir o ofertante: representavam o pecador diante do altar, pagavam o que o homem do antigo pacto não podia pagar. Da mesma forma, Cristo ao morrer na cruz, o fez em nosso lugar. Rm 5.6: “Porque Cristo, quando éramos ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios”.

4) Redentvo: Redenção é o livramento de algum mal ou servidão mediante o pagamento de um preço ou resgate. O preço é o sangue de Jesus derramado na cruz do calvário. (Ef 1.7). Redimir significa comprar de volta mediante o pagamento de um preço; soltar da escravidão pagando o devido preço. A obra de Jesus é descrita assim como redenção ou resgate (Mt 20.28; Ap 5.9; Gl 3.13; 1 Pe 1.18,19). Ele pagou o preço por nós,  para nos salvar.

5) Reconciliador: A obra de Cristo é de reconciliação na remoção da inimizade, transpondo uma desavença de tal maneira que se restaure um relacionamento bom e correto da humanidade com Deus. Cristo morreu na cruz para afastar o pecado e desse modo abrir caminho para a verdadeira reconciliação entre o homem e Deus.

Assim, algo extraordinário acontece quando Cristo expira na Cruz.

Por sua morte Ele perdoou e continua perdoando a multidão dos nossos pecados. (morte expiatória).

Sua morte produziu propiciação. Representa a dádiva concedida por Deus.

Sua morte foi vicária. Constitui sacrifício vicário (morte substitutiva), pois Ele morreu em nosso lugar.

Sua morte produziu redenção. (livramento por resgate).

Sua morte gerou reconciliação. (o homem pecador tornara-se inimigo de Deus, mas por Jesus, se reconcilia com Deus).

Sua morte trouxe vida aos que Nele creem.

O apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos 8.1-2 nos diz claramente:

“1. Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito.

2. Porque a lei do Espírito de vida, em Jesus Cristo, me livrou da lei do pecado e as morte “.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor