segunda-feira, 8 de julho de 2019

QUEM SÃO OS ANJOS E COMO SÃO DEFINIDOS NA BÍBLIA.

QUEM SÃO OS ANJOS E COMO SÃO DEFINIDOS NA BÍBLIA. 

Curiosidade: Existe a figura do “anjo ou arcanjo” “Rafael” na Bíblia evangélica? 

Trago informações importantes sobre este assunto nesta postagem e outras curiosidades sobre os anjos. 

A matéria que estuda sobre os anjos chama-se Angelologia.

A primeira coisa que devemos ser bem informados é que todos os anjos foram criados por Deus. Alguém pode questionar dizendo: mas é os anjos maus foi Deus que fez também?

Esclarecemos que todos os anjos quando foram criados por Deus eram anjos bons. Os maus se tornaram maus por seguirem os que causaram uma rebelião contra Deus nos céus. 

1.  A criação dos anjos. 

Os  anjos estão sujeitos ao governo de Deus. O importante  papel que têm desempenhado na história do homem,  torna-os merecedores de referência especial e de um estudo especial, pois, nas Escrituras Sagradas, sua existência é sempre considerada matéria pacífica desse sua criação. 

Desta forma estaremos nos ocupando em estudar a partir  do presente momento sobre os anjos, que são chamados de ministros de Deus. (Hb 1:14).

02. Definição do termo “Anjo".
     
A palavra portuguesa anjo possui origem no latim  angelus ,  que por sua vez deriva-se do grego angelos . No  idioma  hebraico, temos malak . Seu significado básico é “mensageiro” (para designar  a idéia de ofício de mensageiro). 

O grego clássico  emprega o termo angelos para o mensageiro, o embaixador em assuntos humanos, que fala e age no lugar daquele que o enviou.

No  AT, onde o termo malak ocorre 108 vezes,  os  anjos aparecem  como seres celestiais, membros da corte de Yahweh,  que servem e louvam a Ele (Ne 9:6; Jó 1:6), são espíritos ministradores  (1Rs  19:5),  transmitem a vontade de  Deus  (Dn  8:16,17)), obedecem a vontade de Deus (Sl 103:20), executam os propósitos de Deus  (Nm  22:22), e celebram os louvores de Deus  (Jó  38:7;  Sl 148:2).

No NT, onde a palavra angelos aparece por 175 vezes, os anjos  aparecem como representativos do mundo celestial e  mensageiros  de  Deus. 

Funções semelhantes às do AT são atribuídas  a eles,  tais como: servem e louvam a Cristo (Fp 2:9-11;  Hb  1:6), são  espíritos ministradores (Lc 16:22; At 12:7-11;  Hb  1:7,14), transmitem a vontade de Cristo (Mt 2:13,20; At 8:26), obedecem  a vontade  dEle (Mt 6:10), executam os Seus propósitos  (Mt  13:39-42), e celebram os louvores de Cristo (Lc 2:13,14). Ali, os anjos estão  vinculados a eventos especiais, tais como: a concepção  de Cristo (Mt 1:20,21), Seu nascimento (Lc 2:10-12), Sua  ressurreição (Mt 28:5,7) e Sua ascensão e Segunda Vinda. (At 1:11).

O  termo teológico apropriado para esse estudo que  ora iniciamos é Angelologia (do grego angelos , “anjo” e logia , “estudo”, “dissertação”).

Angelologia, se constitui, portanto, de doutrina  específica dentro do contexto daquilo que são denominados  de Teologia Sistemática, a qual se ocupa em estudar a existência, as características, natureza moral e atividades dos anjos.
Iniciaremos, portanto, pelo estudo da existência dos anjos.

03. Sua existência.   

Ao  iniciarmos nosso estudo de Angelologia, faz-se  necessário que assentemos biblicamente a verdade da existência  dos anjos.

A  existência dos anjos, conforme veremos a  partir  de agora,  é  claramente demonstrada pelo ensino, tanto  do  Antigo, quanto do Novo Testamentos.

a) Estabelecida pelo Ensino do Antigo Testamento.

São inúmeros os textos do AT que comprovam a  realidade da existência dos anjos. Queremos, no entanto, destacar apenas os que  se seguem: Gn 32:1,2; Jz 6:11ss; 1Rs 19:5; Ne 9:6; Jó  1:6; 2:1;  Sl  68:17; 91:11; 104:4; Is 6:2,3; Dn 8:15-17;  
Nos  textos acima vemos os anjos em suas funções  principais  de  servir e louvar a Yahweh, transmitir  as mensagens  de Deus, obedecer Sua vontade, executar a vontade de Deus, e  também servir como guerreiros de Deus. 

b) Estabelecida pelo Ensino do Novo Testamento.
No  contexto do NT, os anjos não são apresentados  simplesmente como “mensageiros de Deus”, mas também como  “ministros aos herdeiros da salvação” (Hb 1:14). 

Outrossim, a existência dos anjos é apresentada de  maneira inequívoca no NT. 

Vejamos por exemplo os textos a seguir: Mt  13:39;  13:41; 18:10; 26:53; Mc 8:38; Lc 22:43; Jo  1:51;  Ef 1:21; Cl 1:16; 2Ts 1:7; Hb 1:13,14; 12:22; 1Pe 3:22; 2Pe 2:11; Jd 9; Ap 12:7; 22:8,9.

04. Quem é o Arcanjo Miguel.

 Pretendemos  a  partir de agora estudar a  respeito  de cinco classes especiais de anjos, a começar por Miguel, o  Arcanjo.

No grego encontramos Michael, heb. mika’el. O nome  Miguel significa “quem é como El (Deus)?”.

A  tradição  sobre a existência de arcanjos  não  fazia parte  original da fé judaica. Assim, na literatura bíblica,  Miguel é introduzido em Dn 10:13,21 e 12:1 e reaparece no NT em  Jd 9 e Ap 12:7. Embora algumas literaturas tenham Gabriel como outro Arcanjo (totalizando sete na literatura apócrifa e pseudoepígrafa, onde  quatro  nomes  são revelados como Arcanjos:  Miguel,  Gabriel,  Rafael  e Uriel.

A Bíblia só revela a existência de um único Arcanjo,  Miguel. Isto é demonstrado pelo fato de que nas duas ocorrências da palavra grega archangelos , “arcanjo”, 1Ts 4:16 e Jd 9, o termo aparece  ligado ao nome de Miguel.

O Miguel que se pode encontrar no NT, surge no AT  apenas no livro de Daniel. Tem responsabilidades especiais como campeão de Israel contra o anjo rival dos persas (Dn 10:13,21), e ele comanda os exércitos  celestiais contra todas as forças sobrenaturais do mal  na última grande batalha. (Dn 12:1). 

Na literatura judaica recente, bem como nos apócrifos e pseudoepígrafos, o nome de Miguel é apresentado como guardião  militar  de Israel.

No NT, Miguel aparece apenas em duas ocasiões. 

Em Jd 9, há  referência a uma disputa entre Miguel e o diabo com  respeito ao  corpo de Moisés. Essa passagem é bastante polêmica. 

Orígenes acreditava  que isto estaria registrado num apócrifo  chamado  de “Assunção de Moisés”, mas a história não aparece nos textos existentes, porém incompletos, desta obra.

A literatura rabínica posterior  parece ter conhecimento desta história. O outro texto  em que  Miguel aparece, é Ap 12:7, que retoma o tema de Dn 12:1,  apresentando-se Miguel como sendo o vencedor do dragão  primordial, identificado como Satanás.

05. Os Serafins

O  termo hebraico é saraph. Quanto à origem exata  e  a significação desse termo, não existe concordância entre os eruditos. Provavelmente, deriva-se da raiz hebraica saraph , cujo significado é “queimar”, o que daria a idéia de que os Serafins  são anjos rebrilhantes, uma vez que essa raiz também pode  significar “consumir com fogo”, mas também “rebrilhar” e “refletir”.

A única menção a esses seres celestiais nas páginas das Escrituras  Sagradas fica no livro de Isaías (Is 6). Os  serafins aparecem  associados com os Querubins na tarefa de  resguardar  o trono  divino.   

Os seres vistos por Isaías, (os Serafins), tinham aparência de forma  humana, muito   embora  possuíssem  seis asas cada um. (Is 6:2).

Estavam postos  acima  do trono  de Deus (Is 6:2a), o que parece indicar que sejam líderes na adoração ao Senhor. Uma dessas criaturas entoava um refrão que Isaías registra com suas palavras: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos;  a terra inteira está cheia da Sua glória”.  (Is  6:3). 

Tão vigorosa era esta adoração, que é dito que o limiar do Templo divino se abalava e o santo lugar ficava cheio de fumaça.

Pelo que observamos no texto, parece que para Isaías  os Serafins  constituíam uma ordem de seres  angelicais  responsáveis por certas funções de vigilância e adoração. No entanto, parecem ser criaturas morais distintas, e não apenas projeções da  imaginação  ou personificação de animais. Suas qualidades morais  eram empregadas exclusivamente no serviço de Deus.

06. Os Querubins.
     
No hebraico, temos o termo keruhbim, plural de kerub . No  grego cheroub que é uma palavra de etimologia incerta.

No  AT esses seres são apresentados como  simbólicos  e celestiais. No livro de Gênesis, tinham a incumbência de  guardar o caminho para a árvore da vida, no jardim do Éden (Gn 3:24). Uma função semelhante foi creditada aos dois Querubins dourados, postos em  cada extremidade do propiciatório (a tampa que cobria a  arca no santíssimo lugar. Êx 25:18-22; Cf Hb 9:5), onde simbolicamente  protegiam os objetos guardados na arca, e proviam,  com  suas asas  estendidas, um pedestal visível para o trono  invisível  de Yahweh (veja Sl 80:1 e 99:1, para entender essa figura). 

No livro de  Ezequiel (Ez 10), o trono-carruagem de Deus,  que  continuava sustentado por Querubins, tornava-se móvel. Também foram bordados Querubins nas cortinas e véus do Tabernáculo, bem como estampados nas paredes do Templo (Êx 26:31; 2Cr 3:7).

Tem sido objeto de críticas acirradas, o fato de que os povos  vizinhos de Israel possuíam criaturas  aladas  simbólicas.

Especialmente  os  Heteus popularizaram os grifos,  uma  criatura altamente complicada com corpo de leão, cabeça e asas de águia  e com a aparência geral semelhante à de uma esfinge. 

Por estes  motivos,  alguns críticos têm conjeturado que Israel tenha tomado esse  costume por empréstimo desses povos vizinhos.  No  entanto, fica bastante claro que a situação é inversa: os povos vizinhos é que deturparam a simbologia israelita, adaptando-a às suas  crendices.  Exemplo disto, é a conhecida “Epopéia de Gilgamesh”,  uma história babilônica do dilúvio, obviamente tomada por  empréstimo do relato bíblico.

07. O Anjo Gabriel.
     
O  vocábulo hebraico Gabriel significa “homem de  Deus” (heb.geber , “varão” e El, forma abreviada de Elohim , “Deus”).

No  AT,  Gabriel aparece apenas em Daniel, e  ali  como mensageiro  celestial  que surge na forma de um homem.  (Dn  8:16; 9:21). 

Suas funções são: revelar o futuro ao interpretar uma visão  (Dn 8:17), e dar entendimento e sabedoria ao próprio profeta Daniel (Dn 9:22).

No NT, Gabriel surge somente na narrativa de Lucas  que descreve o nascimento de Cristo. Ali, ele é o mensageiro  angelical  que anuncia grandes eventos como por exemplo o nascimento de João (Lc  1:11-20) e principalmente o de Jesus. (Lc 1:26-38).

Também é apresentado como aquele que “assiste diante de Deus” (Lc 1:19). Destes casos, conclui-se  que Gabriel  é o portador das grandes mensagens divinas aos  homens.

Podemos concluir sobre as atividades principais desses anjos nominados e conhecidos por seus nomes dados por Deus dizendo que na Bíblia Gabriel é o “anjo mensageiro” e Miguel o “anjo guerreiro”.

08. O Anjo do Senhor
     
Outro ensino veterotestamentário de grande importância, que  por sua vez está estritamente relacionado com as  Teofanias, são as aparições do Anjo do Senhor.

Optamos por estudar, separadamente, este assunto, em virtude de sua importância crucial, uma vez que as aparições do Anjo do Senhor se constituem em  Teofanias,  mas especificamente Teofanias onde as aparições de  Deus ou do próprio Senhor Jesus ou de Anjos enviados pelo Senhor,  se davam de forma humana. Lembrando que Deus só apareceu uma única vez, assim mesmo pelas costas, à Moisés. Quando Moisés viu tamanha glória resplandecente já estava à ponto de cair morto. 

A  expressão “Anjo do Senhor” ou sua variante “Anjo  de Deus”,  se encontram mais de cinquenta vezes no AT.  Portanto,  é necessário algumas considerações acerca desse personagem, que  se reveste de grande importância quando tratamos da possibilidade da encarnação desse ou desses seres angelicais em forma humana. 

A primeira aparição bíblica do “Anjo do Senhor”, foi no episódio  de  Agar, no deserto (Gn 16:7).  Outros  acontecimentos incluíram pessoas como Abraão (Gn 22:11,15), Jacó (Gn  31:11-13), Moisés (Êx 3:2), todos os israelitas durante o Êxodo (Êx 14:19) e posteriormente em Boquim (Jz 2:1,4), Balaão (Nm 22:22-36), Gideão (Jz 6:11), Davi (1Cr 21:16), entre outros.

A Bíblia nos informa que o Anjo do Senhor realizou  várias  tarefas semelhantes às dos anjos em geral. Às vezes,  Suas aparições eram simplesmente para trazer mensagens do Senhor Deus, como  por exemplo em Gn 22:15-18; 31:11-13. Em outras  aparições, Ele  fora enviado para suprir necessidades (1Rs 19:5-7)  ou  para proteger o povo de Deus de perigos (Êx 14:19; Dn 6:22).

Com relação à identidade do Anjo do Senhor, os eruditos não são e nunca foram unânimes, entretanto, não há porque duvidar da  antiquíssima interpretação Cristã de que, nesses casos acima citados, encontramos manifestações pre-encarnadas da segunda  pessoa da Trindade, ou seja, do Senhor Jesus o Filho unigênito do Pai.

Desejamos, portanto, apresentar a seguir três  argumentos  bíblicos que comprovam, indubitavelmente, que o Anjo do  Senhor é Jesus Cristo antes de encarnado.

Josué 5:14 Quando o Anjo do Senhor apareceu a  Josué, diz a Palavra do Senhor que ele “…se prostrou sobre o seu rosto na terra, e O adorou, e disse-lhe: Que diz meu Senhor ao seu servo?”. Se o Anjo do Senhor não fosse o próprio Senhor (ou  melhor, o  Senhor  Jesus como Segunda Pessoa da Trindade), o  anjo  (caso fosse simplesmente “um anjo”) teria proibido a Josué de adorá-lo, como ocorreu em Ap 19:10 e Ap 22:8,9.

Jz 13:18 Embora concordemos com o fato de que existem controvérsias  a respeito desta passagem, reputamos a mesma  como factual e elucidativa. Quando Manoá, pergunta ao Anjo do Senhor, o  Seu  nome, Ele responde: “…porque perguntas assim  pelo  meu nome, visto que é maravilhoso ?” Uma comparação desta resposta com a passagem de Is 9:6, demonstra que o Anjo do Senhor que apareceu a Manoá é o Menino que nos fora dado de Isaías. Isto é, o Anjo do Senhor, cujo Nome é Maravilhoso (YHWH), é o próprio Senhor, e  ao mesmo tempo o Menino que nos fora dado.

A  terceira prova escriturística que queremos  apresentar é que no contexto neotestamentário, a Bíblia deixa de utilizar-se do termo “o Anjo do Senhor” como pessoa específica. Isto é demonstrado pelo fato de que o artigo definido masculino singular “o” deixa de ser utilizado, sendo substituído pelo artigo indefinido  “um”. Alguns exemplos disto, são os textos de Lc  1:11;  At 12:7 e At 12:23, dentre muitos outros.

Infelizmente, nem todas as ocorrências de Anjo do Senhor no NT, na versão ARC, se  encontram com o artigo indefinido “um”, o que ocorre na versão ARA nos textos citados e em outros correlatos.

Esta substituição possui um grande significado. Isto é, no  contexto do NT, contemporâneo ou posterior à  Encarnação,  as manifestações angelicais não eram do Anjo do Senhor, mas meramente de um de seus anjos, pois o Anjo do Senhor já havia sido manifestado na carne (1Tm 3:16).

Existe a figura do Anjo ou “Arcanjo” Rafael na Bíblia evangélica?

Existe na Bíblia Evangélica a figura do Anjo ou Arcanjo Rafael? Claro que não. Mas está sendo proclamado em várias correntes chamadas de neopentecostais que ele existe e é o que aparece como “anjo da cura" no livro do profeta Daniel. 

Ali no livro do profeta Daniel o que aparece é o arcanjo Miguel, único arcanjo mencionado em toda a Bíblia conhecida como Bíblia oficial dos evangélicos em todo o mundo. 

A figura do “arcanjo Rafael” aparece somente nos livros apócrifos e suas “estórias” contadas ali são duvidosas e portanto não são confiáveis.  

Deus só permitiu que fossem conhecidos pelo nome um Arcanjo de nome “Miguel” e um Anjo de nome “Gabriel “, sem contarmos com “Lúcifer” o anjo da perdição. 

Quero lembrar aqui que sempre apareceram anjos, por ordens de Deus, para socorrer e ajudar alguém ou algum povo ou alguma nação que esteja clamando por socorro, porém sem mencionar o nome de qualquer um  deles. 

Vejamos como, onde é quando aparece a figura do “arcanjo Rafael”.

Segundo tradições judaicas e alguns círculos do cristianismo que adotam a bíblia com os livros apócrifos, chamada no Brasil de bíblia dos católicos (principalmente a tradução Matos Soares), Rafael é um dos sete anjos que assistem na presença do Senhor. Por isso ele também seria chamado de “arcanjo Rafael”. Mas o anjo ou arcanjo Rafael não é citado na Bíblia hebraica, e nem no cânon sagrado que é a Bíblia com 66 livros, conhecida no Brasil como Bíblia dos Crentes. Por esse motivo a teologia reformada não aceita nenhuma doutrina sobre a existência de um anjo chamado Rafael.

Então Rafael não aparece na Bíblia verdadeira? Claro que não. Vejamos. 

Para responder a pergunta se um anjo chamado Rafael aparece ou não na Bíblia, é preciso considerar uma breve história da formação do cânon bíblico. A Bíblia cristã é formada pela Bíblia hebraica (que é o Antigo Testamento) e pelo Novo Testamento. Nem no Antigo Testamento hebraico e nem no Novo Testamento Cristão um anjo denominado como arcanjo Rafael é mencionado.

Então como surgiu a história desse “anjo ou arcanjo Rafael?

No período intertestamentário, ou interbíblico de 400 anos que o povo de Israel ficou sem profeta, compreendendo o tempo do último livro do velho testamento que é o do profeta Malaquias e início do novo testamento com o nascimento de João Batista,   muitas obras literárias judaicas foram escritas. 

Daí quando a Bíblia hebraica foi traduzida para o grego na chamada Septuaginta, alguns desses livros acabaram sendo incluídos nessa tradução.

A popularidade da Septuaginta foi muito grande por causa do domínio do idioma grego naquele tempo. Por isso nos dias da Igreja Primitiva a Septuaginta era muito utilizada pelos cristãos.

Quando o cânon da Bíblia Cristã foi oficializado pela Igreja, originalmente só foram contados na composição do Antigo Testamento aqueles livros que também foram reconhecidos pela tradição judaica como inspirados. Os livros apócrifos e os acréscimos apócrifos foram retirados do cânon sagrado, sendo rejeitados porque não foram reconhecidos como inspirados por Deus. 

Somente posteriormente algumas tradições cristãs católico romanas e ortodoxas, reconheceram certos livros que foram escritos no período intertestamentário como canônicos para serem inseridos na versão católica. 

Entre elas estão principalmente as tradições católica e ortodoxa. Os cristãos protestantes não aceitam esses livros como inspirados.

Vamos analisar mais sobre como a Bíblia surgiu.

É justamente num livro rejeitado como inspirado pela tradição judaica e pela Igreja Reformada que o anjo Rafael é citado. 

A obra em questão é o livro de Tobias, que é aceito pelas Igrejas Católica e Ortodoxa em seu cânon. Por isto católicos e ortodoxos sempre irão dizer que o anjo Rafael aparece na Bíblia; enquanto protestantes dirão que não.

 Além do livro de Tobias, o apócrifo apocalíptico judaico de Enoque também faz menção de Rafael como um arcanjo.

O que esses escritos falam sobre o anjo ou arcanjo Rafael?

No livro Apócrifo de Tobias o anjo Rafael toma a forma humana e se encontra com um homem hebreu chamado Tobias, cujo pai havia ficado cego, Rafael se apresenta pelo nome de Azarias e Tobias até desconfia de sua origem, mas o arcanjo Rafael lhe fornece uma suposta genealogia, dizendo que seu pai se chamava Ananias. (Tobias 5:15-19).

O livro diz que o anjo Rafael ajudou Tobias em seu caminho. No rio Tigre Tobias conseguiu pescar um peixe que havia lhe atacado. Então Rafael lhe ordenou que preservasse o coração, o fígado e o fel do peixe. Durante a viagem Tobias acabou ficando noivo de uma mulher chamada Sara, que na realidade era sua prima. Essa mulher era atormentada por um demônio que matava seus maridos na noite de núpcias.

Aconselhado pelo anjo Rafael, Tobias queimou o coração e o fígado do peixe na noite de núpcias para espantar o demônio para longe. Depois, quando ele voltou para casa, Tobias ungiu os olhos de seu pai com o fel do peixe e o homem foi curado (Tobias 6:7,8). O anjo Rafael desapareceu e Tobias não teve mais contato com ele.

Pasmem os senhores se uma estória dessas pode ser inspirada por Deus para estar no Cânon Sagrado. 

Continuemos. Já no apócrifo de Enoque, o arcanjo Rafael é citado ao lado de Gabriel, Miguel e Fanuel (também chamado de Uriel) como sendo um dos quatro maiores anjos (Enoque 9; 10; 40).

Depois ele também é citado como um dos sete principais anjos. Segundo esse livro, sua função seria presidir sobre os espíritos dos homens. (Enoque 20:3).

E então, vocês acham que mesmo que   existe um arcanjo Rafael ou não? Lembrando aqui que a figura do Arcanjo é chamado por esse pré nome por sua atividade funcional de ser “assistente junto ao trono de Deus”.

Aqui é bom saber que o conteúdo do livro de Enoque tem sérios problemas quando analisado à luz das Escrituras. Ele traz ideias completamente contraditórias com a Palavra de Deus.

Quanto ao livro de Tobias, ele também é um dos mais contestados pela teologia reformada por registrar informações que se chocam com as doutrinas bíblicas. O próprio comportamento de Rafael não é comparável ao comportamento de nenhum outro anjo de Deus citado em qualquer parte do Antigo ou do Novo Testamento. 

Mas esse livro é considerado útil apenas do ponto de vista histórico e cultural e por isso foi adicionado e aceito pela “tradição católico romana” em sua escritura sagrada, porque o Vaticano considera a “tradição da igreja” maior do que qualquer inspiração de Deus naquelas “estórias“.  

Com relação aos anjos, no cânon hebraico do Antigo Testamento e no cânon do Novo Testamento, os únicos anjos de Deus citados nominalmente são Miguel e Gabriel. 

Inclusive, Miguel é o único arcanjo mencionado em toda bíblia, que em nenhuma outra parte traz a palavra “arcanjo” no plural. 

Então antes de falarmos sobre um “arcanjo Rafael”, biblicamente nem mesmo sabemos se de fato existem outros arcanjos além de Miguel. 

 Tipos e ministério dos anjos.

Sabemos que realmente há um número muito grande de anjos. Assim como o anjo Gabriel e o arcanjo Miguel, provavelmente esses anjos também possuem nomes. O nome Rafael no hebraico significa “Deus cura”, daí seu nome estar ligado à muitas correntes teológicas, principalmente as neopentecostais e carismáticas.  

Além disso, de fato antigas tradições judaicas já falavam sobre um anjo chamado Rafael. 

Então não é impossível que realmente exista um anjo com esse nome. Mas não podemos afirmar isto e muito menos formar qualquer doutrina nesse sentido. Como foi dito, além de Gabriel e Miguel a Bíblia não informa o nome de nenhum outro anjo do Senhor.

Fica aqui bem esclarecido que o anjo, o “Arcanjo Miguel” que foi enviado por Deus para socorrer o profeta que estava tão debilitado e já à beira da morte,   vejam no capítulo 12 do livro do profeta Daniel, cumpriu sua missão renovando e revigorando as forças do profeta, lhe trazendo a resposta de Deus para suas orações. 

Existem outras “ficções teológicas” com o nome do  “arcanjo Rafael” como por exemplo a que liga a participação dele no tanque de Betesda, que uma vez por ano descia e agitava as águas e o primeiro que caísse ou entrasse naquele tanque era curado instantaneamente. 

Vejam essa história, que não tem nada a ver com o “anjo Rafael“, no evangelho de João capítulo 5.1-4.

João 5.1-15. Colocamos aqui até o versículo 15 para você compreender melhor a história. 

1 Algum tempo depois, Jesus subiu a Jerusalém para uma festa dos judeus.
2 Há em Jerusalém, perto da porta das Ovelhas, um tanque que, em aramaico, é chamado Betesda, tendo cinco entradas em volta.
3 Ali costumava ficar grande número de pessoas doentes e inválidas: cegos, mancos e paralíticos. Eles esperavam um movimento nas águas.
4 De vez em quando descia um anjo do Senhor e agitava as águas. O primeiro que entrasse no tanque, depois de agitadas as águas, era curado de qualquer doença que tivesse.
5 Um dos que estavam ali era paralítico fazia trinta e oito anos.
6 Quando o viu deitado e soube que ele vivia naquele estado durante tanto tempo, Jesus lhe perguntou: "Você quer ser curado?"
7 Disse o paralítico: "Senhor, não tenho ninguém que me ajude a entrar no tanque quando a água é agitada. Enquanto estou tentando entrar, outro chega antes de mim".
8 Então Jesus lhe disse: "Levante-se! Pegue a sua cama e ande".
9 Imediatamente o homem ficou curado, pegou a  cama e começou a andar. Isso aconteceu num sábado,
10 e, por essa razão, os judeus disseram ao homem que havia sido curado: "Hoje é sábado, não é permitido a você carregar a cama".
11 Mas ele respondeu: "O homem que me curou me disse: 'Pegue a sua cama e ande' ".
12 Então lhe perguntaram: "Quem é esse homem que mandou você pegar a cama e andar?"
13 O homem que fora curado não tinha ideia de quem era ele, pois Jesus havia desaparecido no meio da multidão.
14 Mais tarde Jesus o encontrou no templo e lhe disse: "Olhe, você está curado. Não volte a pecar, para que algo pior não aconteça a você".
15 O homem foi contar aos judeus que fora Jesus quem o tinha curado.

De qualquer forma, havia essa crença popular entre o povo de que de tempo em tempo descia um anjo (segundo outras crenças religiosas seria o Arcanjo Rafael), porque os doentes ficavam à espera junto do tanque para receber o milagre. 

Quer fosse verdade ou não, as pessoas acreditavam que podiam serem curadas em Betesda. Mas a existência ou não de um anjo em Betesda não é o foco principal da história e sim Jesus Cristo. 

A Bíblia diz que existem muitos anjos. Eles formam exércitos muito grandes (Apocalipse 5:11). Mas apenas encontramos na Bíblia o nome de dois anjos: Gabriel e Miguel. Os anjos normalmente não chamam a atenção para si. Tudo que fazem é para a glória de Deus.

Então como devemos tratar os anjos?

Os anjos são servos de Deus, tal como todos que amam e seguem Jesus. Não devemos adorá-los, porque tudo que eles fazem vem de Deus. Os anjos não querem nossa adoração. (Apocalipse 22:8-9).

Também não devemos orar para os anjos. 

Eles não intercedem por nós nem estão sujeitos a nós. Os anjos obedecem apenas às ordens de Deus. Por isso, devemos orar para Deus, pedindo Sua ajuda e proteção, e Ele enviará seus anjos quando for necessário.

O fato é que essa informação sobre se havia ou não um anjo que descia às águas do tanque de Betesda não é o foco principal da narrativa de João. O foco principal era apresentar mais um grande milagre de Jesus Cristo, que foi apresentado como o Senhor Todo Poderoso, capaz de curar doenças incuráveis e capaz de restaurar a esperança perdida de um homem que sofria há trinta e oito anos de uma paralisia (João 5:5) e que não tinha ninguém que o colocasse naquela água (João 5:7) e, portanto, não tinha esperanças de uma mudança positiva em sua vida. 

A viva esperança no Cristo ressurreto,  nosso Eterno Senhor e Salvador amado, é a única saída que pode realmente nos trazer resultados e nos curar.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


  

segunda-feira, 1 de julho de 2019

ELIAS FEZ CAIR FOGO DO CÉU EM TRÊS OCASIÕES.

PELA FÉ EM DEUS ELIAS FEZ CAIR FOGO DO CÉU EM TRÊS OCASIÕES. 


A fé do profeta Elias chamou a atenção até mesmo do Senhor Jesus.

Leia toda a postagem que você vai descobrir que Elias pediu a Deus por três vezes em ocasiões diferentes para mandar fogo do céu e Deus o atendeu. 

Elias foi um profeta que literalmente não morreu. Sua intimidade com Deus era tamanha à ponto de Deus não permitir a sua morte física fazendo com que ele fosse arrebatado vivo.

Até Jesus admirava a fé daquele homem. Tanto, que o citava como exemplo (Mateus 11.10-14) ao falar de João Batista.

Mateus 11.1-19.

1.     E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.

2. E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos 

3.   a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro? 

4. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: 

5. Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.

6. E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.

7. E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas a respeito de João: Que fostes ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? 

8. Sim, que fostes ver? Um homem ricamente vestido? Os que se trajam ricamente estão nas casas dos reis. 

9. Mas, então, que fostes ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; 

10. porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho.

11. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele.

12. E, desde os dias de João Batista até agora, se faz violência ao Reino dos céus, e pela força se apoderam dele. 

13. Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.

14. E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

15. Quem tem ouvidos para ouvir ouça.

16. Mas a quem assemelharei esta geração? É semelhante aos meninos que se assentam nas praças, e clamam aos seus companheiros, 

17. e dizem: Tocamo-vos flauta, e não dançastes; cantamo-vos lamentações, e não chorastes. 

18. Porquanto veio João, não comendo, nem bebendo, e dizem: Tem demônio. 

19. Veio o Filho do Homem, comendo e bebendo, e dizem: Eis aí um homem comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores. Mas a sabedoria é justificada por seus filhos.

Outros, não sabendo ainda que Jesus era o Messias, o comparavam a ele.

E quem era “ele”? Seu nome era Elias.

O profeta Elias era o “profeta entre os profetas”. Vivia exclusivamente para servir a Deus. Era um profeta solitário que só aparecia no meio do povo ou nos palácios para condenar veementemente o pecado da idolatria e do sacrifício de crianças aos Deuses pagãos, dos destacamos Baal e Aserá.  

Elias em nome do Senhor Deus de Israel, ressuscitou um menino. (1 Reis 17.17-24).

Multiplicou o azeite e a farinha da viúva de Sarepta.  (1 Reis 17.8-16). 

Predisse o começo e o fim de uma grande seca. (1 Reis 17.1). 

O perverso rei Acabe juntamente com a rainha Jezabel sua esposa mandou procura-lo por todos os lados caçando-o como se fosse um animal. Fugindo deles, Elias foi alimentado por corvos que, ordenados por Deus, lhe levavam pão e carne por ordem Divina. (1 Reis 17.1-7). 

Desafiou profetas do falso deus Baal (e Aserá que segundo a tradição corrente dos seus adoradores seria sua esposa) no Monte Carmelo, matando 400 profetas de Baal e 450 de Aserá, que tanto enganaram o povo de Deus e matou os profetas de Deus. (1 Reis 18). 

Foi alimentado por anjos em uma longa caminhada de 40 dias. (1 Reis 19). 

Esses foram apenas alguns dos muitos feitos de um profeta que não dá nome a nenhum livro bíblico, mas era reconhecido por seus iguais de todas as eras como um profeta incomparável, pois fora arrebatado vivo.

Muitos de sua época o comparavam a Moisés.
E tinham razão, pois Elias, assim como seu antecessor que guiou os hebreus rumo à Terra Prometida, lutava constantemente contra a idolatria a falsos deuses e mostrava que o poder pertencia somente ao Deus Único.

O próprio Senhor Jesus, na ocasião da transfiguração no Monte Hermom, foi visto conversando com Moisés e Elias.

Elias, sob o poder de Deus, realizava milagres. Sua intimidade com Deus, uma das maiores da História, lhe permitia isso.

Os dias de Elias não foram fáceis. Viveu sob reinados tirânicos, idólatras, pérfidos e enganadores.  

Israel se curvou ao paganismo por causa do rei Acabe, que se casou com a maligna Jezabel, que pediu a cabeça dos profetas de Deus.

Elias lutava contra o pecado num período de crise econômica, social, moral e espiritual. 

Chegou a sentir total falta de esperança. Por se basear no sentimento, e não na certeza de que Deus era com ele, fraquejou, entrou em depressão. 

Parecia o fim, quis até morrer, pedindo a Deus que o levasse antes do tempo. (1 Reis 19.4). 

Só que Deus lhe mandou comida e água pelas mãos de um anjo para fortalece-lo porque sua jornada profética ainda era longa. 

Seu encontro com Deus numa caverna, em Horebe (1 Reis 19.12), o fez perceber que o Senhor nunca o abandonara, e ele se reanimou.

Sua vida foi cheia de mistérios  aconteceu milagres em meio aos grandes desafios. Recebeu grandes bênçãos em meio à grandes crises. 

Pregou e viveu a paz em meio ao caos. Levou as pessoas a Deus num dos períodos mais difíceis da história dos Hebreus. 

Tirou muitos da escravidão espiritual da religiosidade, sendo exemplo dos fiéis para as nações de sua convivência. 

Porém, o mais surpreendente ainda estava por vir. Ele experimentou aquilo que é considerado impossível aos homens, que é o fato de ser arrebatado vivo, sem passar pela triste experiência da morte. 

Elias não morreu.

Quando já tinha por certo que seu papel na terra tinha acabado, designou Eliseu como seu sucessor, pedindo a Deus que capacitasse o profeta Elizeu como seu sucessor. Quando a sucessão foi feita, cavalos e um carro de fogo desceram do céu, e, num redemoinho, Elias foi levado para cima. (2 Reis 2.9-11).

Viveu exclusivamente para que não o vissem, mas enxergassem a glória do Senhor Deus na vida deles.

Mostrou ao povo que, mesmo com o pecado alastrado na nação de Israel, a abundante graça do Senhor podia alcançar os pecadores que se arrependessem e O temessem.

Elias foi um profeta que os próprios profetas admiravam, tamanha a sua sintonia com Deus.

Elias foi um profeta que devemos ter como exemplo e referência. 

Sem lenha (oração) não há como o fogo pegar; quantos querem colocar lenha num altar destruído ou derrubado e cheio de cinzas (pecado); para Deus responder a oração temos que restaurar o altar e  tirar a cinza para o fogo pegar. 

Quantos querem ver arder a sua vida em brasas do fervor novamente mas não querem restaurar o altar da adoração a Deus em primeiro lugar. Mateus 6.33.

Deus vai mandar fogo do céu sobre sua vida; prepare os joelhos para se dobrar em reverência ao Senhor e veja as brasas vivas do altar queimar na igreja, na tua vida, no teu coração no teu ministério.

O Fogo arderá continuamente sobre o altar e não se apagará , você como sacerdote escolhido não deixe a chama apagar.


Elias demonstrou ser um homem de fé ao lançar o desafio contra os profetas de Baal, e além disso, convocando o povo para uma demonstração que revelaria quem era o mais poderoso: Yahweh (Deus) ou Baal o ídolo preferido da época, que o chamavam de deus.

E se Deus não mandar fogo?  poderia titubear Elias numa situação dessas? Claro que não. Elias sabia o que estava fazendo. 

Todos ali aprenderam às custas do estado que Baal era o deus que respondia com fogo!

Simbolizava as forças produtivas da natureza! Ainda mais, o desafio seria no monte Carmelo, onde haviam destruído um altar de sacrifícios ao Senhor, O Deus de Israel,  local onde o culto a Baal e Aserá era mais forte. 

Não na visão de um homem que viveu pela fé como Elias.

Carmelo era o lugar ideal para confrontar os baalins e mostrar a superioridade de Yahweh, o Soberano de Israel sobre todos os ídolos humanos. Sabemos pelo relato bíblico que Deus havia preservado alguns verdadeiros adoradores, mas a grande massa estava totalmente propensa à adoração falsa. 

A nação que sempre fora identificada pelo nome do Deus a quem servia, estava agora perdendo essa identidade. Muitas pessoas em nossos dias precisam responder à mesma pergunta que Elias fez no Monte Carmelo. 

Muitos estão coxeando entre o Deus verdadeiro e outros deuses, quer por falta de ensino bíblico consistente, quer por negligência, ou outro qualquer motivo.

Elias nos deixou o exemplo de como devemos lidar com o pecado.

Mostrou que essa mazela deve ser tratada como convém e que a decisão de extirpá-la deve ser tomada com firmeza. Não é demais dizer ainda, que essa luta continua hoje.

Muita coisa em nosso meio necessita ser levada ao vale de Querite para ser estirpada com firmeza! A falsa adoração, falsa piedade cristã e pseudos-profetas devem ser alvos de uma igreja triunfante que levanta a sua voz a fim de que a verdadeira adoração prevaleça N’Ele, que nos garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus". (Ef 2.8).

Ainda no tempo de Acazias, filho de Acabe e Jezabel,  que reinou em Israel no Reino do Norte depois da morte de seu pai, Elias orou e Deus mandou fogo e consumiu instantaneamente, por duas vezes, os cinquenta soldados que Acazias mandou para prende-lo. Vejamos está história de fé do profeta Elias. 

Elias e o rei Acazias

2 Reis Capítulo 2.

1 Depois da morte do rei Acabe, de Israel, o país de Moabe se revoltou contra Israel.
2 O rei Acazias, que ficou no lugar de Acabe, caiu do terraço do alto do seu palácio em Samaria e ficou muito ferido. Então mandou que alguns mensageiros fossem consultar Baal-Zebube, o deus da cidade filisteia de Ecrom, a fim de saber se ia sarar. 
3 Mas um anjo do Senhor mandou que Elias, o profeta de Tisbe, fosse encontrar-se com os mensageiros do rei Acazias e lhes perguntasse assim: “Por que vocês estão indo consultar Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Por acaso, pensam que não há Deus em Israel? 
4 Digam ao rei que o Senhor Deus diz: ‘Você não vai sarar dos seus ferimentos; você vai morrer!’ ”
Elias fez o que Deus havia mandado, 
5 e os mensageiros voltaram para o lugar onde o rei estava. Ele perguntou:
Por que vocês voltaram?
6 Eles responderam:
Um homem se encontrou com a gente e disse que voltássemos e disséssemos que o Senhor manda perguntar o seguinte: “Por que é que você está mandando mensageiros para consultarem Baal-Zebube, o deus de Ecrom? Será que você pensa que não há Deus em Israel? Você não vai sarar dos seus ferimentos; você vai morrer!”
7 Como era o homem que lhes disse isso? perguntou o rei.
8 E eles responderam:
Ele estava usando uma capa de pele de animais, amarrada com um cinto de couro.
É Elias, o profeta de Tisbe! disse o rei.
9 Então mandou que um oficial fosse com cinquenta soldados prender Elias. O oficial o encontrou sentado no alto de um morro e disse:
Homem de Deus, o rei mandou você descer daí.
10 Elias respondeu:
Se eu sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e mate você e os seus soldados!
No mesmo instante desceu fogo do céu e matou o oficial e os seus soldados.
11 O rei enviou outro oficial com cinquenta soldados. Ele subiu e disse a Elias:
Homem de Deus, o rei ordenou que você desça daí agora mesmo!
12 Elias respondeu:
Se eu sou um homem de Deus, que venha fogo do céu e mate você e os seus soldados!
No mesmo instante o fogo de Deus desceu e matou o oficial e os seus soldados.
13 Mais uma vez o rei mandou um oficial com cinquenta soldados. Ele subiu o morro, ajoelhou-se em frente de Elias e pediu:
Homem de Deus, por favor, não acabe com a minha vida nem com a vida destes cinquenta homens! 
14 Os outros dois oficiais e os seus soldados foram mortos pelo fogo do céu; mas tenha dó de mim, por favor!
15 O anjo do Senhor disse a Elias:
Desça com ele e não tenha medo.
Então Elias foi junto com o oficial falar com o rei 
16 e disse: O Senhor Deus diz assim: “Ó rei, você agiu como se em Israel não houvesse Deus para consultar e mandou mensageiros para consultarem Baal-Zebube, o deus de Ecrom. Por isso, você não vai ficar bom; você vai morrer!”
17 E Acazias morreu, como o Senhor tinha dito por meio de Elias. Acazias não tinha filhos, e por isso o seu irmão Jorão ficou no lugar dele como rei. Isso aconteceu no segundo ano do reinado de Jeorão, filho de Josafá, rei de Judá.
18 Todas as outras coisas que o rei Acazias fez estão escritas na História dos Reis de Israel.

Deus abençoe você e sua família. 

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 


segunda-feira, 24 de junho de 2019

A HISTÓRIA BÍBLICA DO PROFETA ELIAS

A HISTÓRIA BÍBLICA DO PROFETA ELIAS

O profeta Elias foi um dos homens mais conhecidos da Bíblia, citado tanto no Antigo Testamento quanto no Novo. A história de Elias possui um papel muito ativo na narrativa bíblica. Nesta postagem conheceremos tudo o que a Bíblia nos diz acerca de quem foi o profeta tão obediente à Deus. 

A História simplificada do Profeta Elias

O profeta Elias viveu no século 9 antes de Cristo, durante os reinados de Acabe e Acazias, no reino do norte. Lembrando que em sua época o povo de Israel havia se divido em dois reinos. Judá era o reino do sul com capital em Jerusalém, e Israel era o reino do norte com capital em Samaria.

A Bíblia não revela nada sobre a vida pessoal e familiar do profeta Elias. Sabemos apenas que ele era um Tisbita que morava na terra de Gileade, a leste do Rio Jordão. O nome Elias significa “Jeová é Deus”.

O ministério do Profeta Elias

O ministério do profeta Elias está registrado nos livros de 1 e 2 Reis (1 Reis 17-2 Reis 2). 

Seu ministério começa sem muita introdução, e termina com a descrição de sua ascensão ao céu.
Elias profetizou numa época muito difícil da História do povo de Israel do ponto de vista religioso. No tempo de Elias, o reino do norte havia alcançado sua melhor posição econômica desde que havia ocorrido a separação do reino após a morte de Salomão.

O rei Onri (885-874 a.C.) procurou estabelecer boas relações com as nações vizinhas. Ele casou seu filho, Acabe, com a filha de Etbaal, rei dos sidônios. Esse casal introduziu em Israel a adoração ao deuses Baal e a Aserate (segundo a tradição eram marido e mulher) de Tiro e Sidom. Acabe se encarregou até de construir um templo para Baal e Aserate em Samaria.  (1 Reis 16:32).

Nesse contexto turbulento de idolatria e paganismo, o profeta Elias foi chamado para servir como porta voz de Deus. Ele recebeu a responsabilidade de lembrar aos israelitas que eles eram o povo do Senhor.

O ministério profético de Elias pode ser organizado em seis importantes episódios:

1.   O aviso profético proferido por ele  acerca da seca eminente e seu isolamento;
2.     A luta no Monte Carmelo onde enfrentou os profetas de Baal;
3.    A fuga para Horebe;
4.    O episódio envolvendo Nabote;
5.    A profecia acerca de Acazias;
6.    Sua translação ao céu.

A seguir, conheceremos os detalhes mais importantes de cada um destes seis episódios que marcaram o ministério do profeta Elias.

1.     Elias profetiza uma grande seca.

Em 1 Reis 17, temos o registro, sem qualquer introdução, das atividades do ministério do profeta Elias. Na ocasião, o profeta Elias anunciou que haveria uma grande seca. 

Devemos lembrar que Baal era o “deus da vida e da fertilidade”, segundo a tradição religiosa de Etbaal, pai  de Jezabel. Logo, tal seca representava um ataque direto à suposta capacidade desse ídolo de controlar as condições do tempo.

Após essa profecia, Elias recebeu recomendações divinas para que se retirasse para o oriente, escondendo-se junto ao ribeiro de Querite. Nesse lugar, Elias foi sustentado milagrosamente. A água vinha do próprio ribeiro, o pão e a carne eram trazidos por corvos. (1 Reis 17:2-6).

2.      A viúva de Sarepta.

Após o ribeiro secar por conta da severa seca, Elias foi instruído por Deus a ir até Sarepta, que é de Sidom. Lá ele seria sustentado por uma viúva. (1 Reis 17:9). 

Num primeiro instante imagina-se que a viúva que sustentaria o profeta seria uma mulher de posses. Entretanto, a sequência do texto bíblico nos revela a situação precária em que aquela mulher vivia. (1 Reis 17:10-12).

De forma milagrosa e providencial, Deus multiplicou a reserva de farinha e azeite da viúva até que a chuva voltasse a cair sobre a terra. (1 Reis 17:14). Ainda no mesmo capítulo, temos o registro da enfermidade que acometeu o filho da viúva e acabou matando aquela criança. 

A expressão “Que tenho eu contigo, homem de Deus?“, demonstra que aquela mulher associou a visita do profeta Elias com a enfermidade do seu filho. Ela pensava que a presença do profeta como um homem de Deus, havia atraído a atenção divina para o seu pecado. (1 Reis 17:18).

Aquele acontecimento serviria como uma grande prova da identidade de Elias como profeta do Senhor. 

Elias orou a Deus e o filho da viúva foi restaurado milagrosamente à vida novamente. (1 Reis 17:19-22).

3.      Elias e os profetas de Baal no Monte Carmelo.

Durante o período da seca profetizada por Elias, a fome castigou Samaria. Nesse período Jezabel mandou matar os profetas do Senhor. Porém, havia um homem chamado Obadias, oficial de Acabe, que conseguiu esconder alguns profetas.

Obadias também foi o responsável em intermediar um encontro entre Elias e Acabe.

Acabe culpava Elias da miséria em Israel, mas o profeta deixou claro que ele e sua família é que eram os verdadeiros culpados. 

Eles tinham pecado contra o Senhor, especialmente por causa da idolatria (1 Reis 18:17,18). Então o profeta Elias convocou todo Israel a comparecer no Monte Carmelo. Naquele lugar confrontaria os profetas de Baal sustentados por Jezabel.

Os 450 profetas de Baal e os 400 profetas de Aserá foram até o monte. Ali, dois sacrifícios seriam apresentados, um pelos pagãos e outro pelo profeta do Senhor. 

Ninguém poderia queimar os sacríficios, pois o fogo deveria surgir de forma sobrenatural. O verdadeiro Deus seria aquele que queimasse o sacrifício.

Os profetas de Baal fizeram tudo o que puderam, mas nada aconteceu. Elias então consertou o altar do Senhor que estava quebrado, e pediu que derramassem água sob o holocausto. 

O profeta Elias clamou ao Senhor, e Deus respondeu com fogo que consumiu o holocausto (1 Reis 18:23-38).

Todo povo de Israel reconheceu que “Jeová é Deus”. Naquele dia os profetas de Baal foram mortos e uma grande chuva caiu sobre Israel. 

Havia chegado ao fim o período de seca conforme Elias havia anunciado (1 Reis 18:40,41).

Nesse episódio também encontramos mais uma demonstração do poder de Deus na vida do profeta Elias. Ele foi capaz de correr à frente da carruagem de Acabe por todo o caminho até Jezreel. Isto representava uma distância de 30 a 35 quilômetros do local onde estavam.

4.     A fuga para Horebe.

Após ser ameaçado por Jezabel, Elias fugiu em direção ao sul. Esse foi um momento de profundo desamino na vida do profeta. Inclusive, ele chegou a desejar a morte (1 Reis 19:1-4). Entretanto, ele foi divinamente alimentado com pão e água e instruído a seguir em direção a Horebe, o monte de Deus. A caminhada durou quarenta dias e quarenta noites, e o profeta foi sustentado apenas pela refeição que havia comido.

O Monte Horebe foi o local onde o Deus da aliança de Moisés se fizera conhecido. Isto indica que a volta de um profeta leal a Deus àquele lugar era muito significativa. 

No Monte Horebe Deus deu nova visão e novas instruções ao profeta Elias. 

Ali ele recebeu três incumbências:

a.    Ungir Hazael como rei da Síria;
b.    Ungir Jeú como rei de Israel;
c.    Ungir Eliseu como seu sucessor.

Vale mencionar que a comissão acerca de Hazael e Jeú foi complementada por Eliseu, já que a ascensão de ambos aos tronos da Síria e de Israel, respectivamente, é registrada no ministério de Eliseu.

5.     O profeta Elias e a vinha de Nabote.

Em 1 Reis 21, encontramos mais um grande confronto entre o Profeta Elias e a família real. Jezabel havia planejado a execução de Nabote que não queria abrir mão de sua vinha em favor de Acabe. Além disso, eles haviam ignorado o direito à herança da terra que era garantido na nação de Israel.

O Profeta Elias anunciou o juízo divino sobre Acabe e Jezabel, dando detalhes sobre suas mortes e avisando que sua casa seria destruída. 

Como Acabe se arrependeu, o Senhor adiou por uma geração a destruição da sua dinastia (1 Reis 21:29), mas Acabe e Jezabel tiveram mortes desonrosas conforme a profecia (1 Reis 22:37,38; 2 Reis 9:10,34-37).

6.      A profecia contra Acazias.

Acazias subiu ao trono de Israel, sucedendo a Acabe, seu pai (1 Reis 22:52). Em uma determinada ocasião, Acazias sofreu um acidente que o deixou aleijado. Prontamente ele tentou buscar auxílio no deus pagão, ironicamente chamado de Baal-Zebude, que significa “Senhor das Moscas”. Esse era um trocadilho que ridicularizava o nome Baal-Zebul, que significa “Senhor, o Príncipe”.

Acazias desejava saber se poderia se recuperar de seu problema. Mas Elias interceptou os mensageiros de Acazias, e ordenou que voltassem ao rei avisando-o que ele havia ignorado o Deus de Israel e que certamente morreria.

Revoltado, Acazias deu ordens para que o profeta Elias fosse preso. Ele enviou um capitão com cinquenta soldados ao encontro de Elias que estava no cume do monte. No entanto, todos eles acabaram consumidos pelo fogo que desceu do céu.

Acazias enviou outro capitão com cinquenta soldados, e também foram consumidos com fogo. Insistente, Acazias enviou mais um capitão com seus soldados. Este último capitão subiu ao encontro de Elias e suplicou por sua vida e pela vida seus soldados.

O profeta Elias então o acompanhou e foi à presença do rei para transmitir pessoalmente a sua mensagem. Assim como Elias havia predito, Acazias não se recuperou e morreu. (2 Reis 1).

 7.     Elias é elevado ao céu.

O final do ministério de Elias está registrado em 2 Reis 2. Eliseu, e alguns outros profetas, perceberam que o ministério do profeta Elias estava chegando ao fim, e que ele os deixaria. Por algumas vezes Elias tentou se distanciar, mas Eliseu insistiu em acompanhá-lo.

É importante lembrar que Eliseu já havia sido vocacionado para suceder o profeta Elias (1Reis 19:16,19-21). Elias e Eliseu foram a vários lugares juntos. Depois de um milagre realizado no Jordão o qual teve suas águas divididas, Eliseu pediu uma porção dobrada do espírito do seu mestre.

Essa era uma referência ao direito de primogenitura praticado nas famílias israelitas.

Em Israel, o filho primogênito recebia a porção dobrada da herança da família. Além disso, ele tinha o direito de suceder o patriarca da casa (Gênesis 25:31; Deuteronômio 21:17). Em outras palavras, Eliseu estava desejando se tornar o principal herdeiro espiritual de Elias. Ele não queria ser exatamente duas vezes mais “poderoso” do que o profeta, como muitas pessoas imaginam.

Eliseu fez um pedido muito ousado. Elias lhe respondeu que não cabia a ele, e sim a Deus, decidir se o pedido de Eliseu seria atendido. A sequência do texto bíblico nos informa que a concessão desse pedido de Eliseu foi garantida. Eliseu viu Elias ascender ao céu em um rodamoinho escoltado num “carro de fogo com cavalos de fogo” (2 Reis 2:11).

8.      Elias no Antigo Testamento.

Além dos livros de 1 e 2 Reis onde sua história está registrada, o profeta Elias aparece em outras duas referências no Antigo Testamento. Em 2 Crônicas 21:12-15 temos notícias de que Elias enviou uma carta ao rei de Judá, Jeorão. Vale lembrar que o ministério de Elias se concentrou principalmente no reino do norte.

Jeorão havia sucedido seu pai, o rei Josafá, e foi repreendido por ter decidido seguir o padrão idólatra dos reis do reino do norte (Israel), ignorando o caminho do temor e da obediência a Deus, e se distanciando do que fora feito por Asa e por Josafá.

Há também uma referência a Elias no livro Malaquias 4:5. O profeta é mencionado como precursor do “grande e terrível Dia do Senhor". 

Alguns acreditam que essa profecia conecta Elias as duas testemunhas do Apocalipse. Porém, o próprio Jesus indicou que se trata de uma referência ao ministério de João Batista (cf. Mateus 17:10-13; Marcos 9:11-13; Lucas 1:13,17).

Particularmente creio que a última interpretação é a mais coerente com o texto bíblico.

O Antigo Testamento menciona três outros homens com o mesmo nome de Elias. 
      
O primeiro foi um benjamita (1 Crônicas 8:27,28). 

Os outros dois foram um sacerdote e um filho de um sacerdote que casaram com mulheres gentílicas (Esdras 10:21,26).

9.      O profeta Elias no Novo Testamento.

Elias é mencionado várias vezes nos livros do Novo Testamento, principalmente em relação à identificação de seu ministério com o de João Batista. 

Entretanto, a menção mais extraordinária de Elias no Novo Testamento é no episódio da transfiguração de Jesus. O profeta apareceu junto de Moisés ao lado do Senhor Jesus. (Mateus 17:1-3; Marcos 9:4).

Ainda no Novo Testamento, o apóstolo Paulo citou o profeta Elias (Romanos 11:2-4), e Tiago, em sua epístola, também mencionou o profeta ao fazer uma exposição sobre a importância da oração. (Tiago 5:17,18).

Os milagres mais conhecidos que Deus operou através do  profeta Elias. 

1.  Com sua capa abriu o rio Jordão. (2 Reis 2: 8). 

2. Aumentou o azeite e farinha da viúva. (I Reis 17:14. 16).

3. Deu vida ao filho da viúva.
(I Reis 17: 21-23).

4. Desarmou os siros diante de Israel.
(I Reis 20:28).

5. 102 homens são consumidos pelo fogo.
(II Reis 1:10. 12). 

6. Profetizou uma grande seca. (I Reis 17:1; Tg 5:17).

7. Decretou o fim da seca (I Reis 18: 42.45).

8. Profetizou a sentença de Jezabel. (I Reis 21:23).

Os Milagres de Elias e Eliseu mais conhecidos na Bíblia. 

Estes milagres devem ser considerados conjuntamente porque o ministério do profeta Elizeu é a sequência do ministério do profeta Elias. 

Eliseu pediu a Elias que tivesse porção dobrada do seu espírito e ao ser arrebatado isso lhe foi concedido porque viu o momento exato e o profeta Elias deixou cair a sua capa para Elizeu que passou a realizar, o dobro segundo a Bíblia, dos milagres de Elias. Vejam as tabelas abaixo.   

Os principais milagres do profeta Elias.

1) três anos e seis meses de seca por causa de sua palavra. (I Rs.17:1).

2) multiplicação do azeite e da farinha na panela da viúva de Zarefate.(I Rs.17:18-16).

3) ressurreição do filho da viúva de Zarefate (I Rs.17:17-24).

4) descida de fogo do céu em resposta à sua oração (I Rs.18:30-40).

5) chuva depois de três anos e seis meses de seca por causa de sua oração (I Rs.18:41-45).

6) descida de fogo do céu para matar os soldados que vinham lhe prender (II Rs.1:9-12).

7) travessia a seco pelo rio Jordão (II Rs.2:7,8).

Além de ter feito milagres, Elias, ainda, presenciou e vivenciou fatos sobrenaturais em sua vida, como ser alimentado por corvos (I Rs.17:3-6), por um anjo, adquirindo força sobrenatural por 40 dias (I Rs.19:5-8), sem se falar na manifestação divina para ele quando estava na caverna (I Rs.19:9-18) e, por fim, a sua trasladação ao céu sem experimentar a morte física. (II Rs.2:11).

O pedido de Eliseu, antes de Elias ser tomado de diante dele, foi que tivesse “porção dobrada” do espírito de Elias, o que lhe foi concedido porque viu o instante em que Elias foi arrebatado ao céu. (II Rs.2:9-12).

Os principais milagres do profeta Elizeu.

1) a travessia a seco pelo rio Jordão (II RS.2:13-15).

2) a purificação das águas (II Rs.2:19-22).

3) a morte dos que o insultavam diante de sua maldição (II Rs.2:23-25).

4) a cheia das cisternas no deserto sem que houvesse chuva (II Rs.2:17-20).

5) a multiplicação do azeite na botija na casa da viúva de um dos filhos dos profetas (II Rs.4:2-7).

6) a abertura da madre sunamita (II Rs.4:14-17).

7) a ressurreição do filho da sunamita (II Rs.4:23-37).

8) a retirada da morte que havia na panela (II Rs.4:28-41).

9) a multiplicação dos pães para alimentar cem homens (II Rs.4:42-44).

10) a cura da lepra de Naamã (II Rs.5:1-14).

11) a imposição da lepra de Naamã a Geazi (II Rs.5:25-27).

12) a flutuação do machado que caíra n a água (II Rs.6:1-7).

13) a imposição de cegueira ao exército da Síria, levando-os até Samaria (II Rs.6:18,19).

14) a ressurreição de um homem jogado no sepulcro de Eliseu e que tocou seus ossos (II Rs.13:21).

“Seja um fiel servo do Senhor Jesus e Ele te capacitará tanto para receber os seus milagres como para realizá-los em o nome do Senhor”. By Waldirpsouza. 

Deus abençoe você. Deus abençoe sua família.

Pr. Waldir Pedro de Souza 
Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.