segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

OS DESVIADOS NÃO SERÃO SALVOS

 OS DESVIADOS NÃO SERÃO SALVOS 

 

“Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo”. 

Hebreus 10.31.

Hebreus 10:25-31.

Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.

Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,

Mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.

Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas.

De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?

Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.


Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo.

Este não é um assunto agradável para se comentar mas tem que ser tratado com muita responsabilidade, coerência e o principal, o amor de Deus. 

Quando se fala que alguém não vai ser salvo é porque essa pessoa ultrapassou todos os limites da bondade de Deus, desprezando o que de mais profundo e precioso Deus deixou para a humanidade que é a oportunidade de ser salvo gratuitamente pelo seu grande amor a nós demonstrado dando seu próprio Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar. Jo 3.16.

A sedução do pecado tem levado muitos crentes para o inferno. Por isso as palavras de Jesus para nós sempre foram de bons conselhos para não cairmos na tentação da sedução do pecado. 

A sedução no início é doce como mel, mas depois de consumado seu intento, é amargo como fel. Nunca queira experimentar isso. Nunca se deixe ser seduzido (a).

“Olhai, vigiai e orai”. Quem olha, vigia e ora, dificilmente cairá em tentação porque vencerá a sedução do pecado antes de consumá-lo.


Marcos 13.33,37 diz:

33. Olhai, vigiai e orai, porque não sabeis quando chegará o tempo.

37. E as coisas que vos digo digo-as a todos: Vigiai.


Quero considerar o texto bíblico básico para esta postagem Provérbios 4.14-27.

14. Não entres na vereda dos ímpios, nem andes pelo caminho dos maus. 

15. Evita-o; não passes por ele; desvia-te dele e passa de largo. 

16. Pois não dormem, se não fizerem mal, e foge deles o sono, se não fizerem tropeçar alguém. 

17. Porque comem o pão da impiedade e bebem o vinho das violências.

18. Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. 

19. O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem conhecem aquilo em que tropeçam.

20. Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. 

21. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no meio do teu coração.

22. Porque são vida para os que as acham e saúde, para o seu corpo.

23. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida.

24. Desvia de ti a tortuosidade da boca e alonga de ti a perversidade dos lábios.

25. Os teus olhos olhem direitos, e as tuas pálpebras olhem diretamente diante de ti.

26. Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem-ordenados.

27. Não declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal.


A sedução do pecado faz as pessoas se desviarem dos caminhos de Deus e dos propósitos de Deus em suas vidas. 

A perigosa voz da sedução está registrada em Provérbios 7:7-21.

7 - Vi entre os simples, descobri entre os moços, um moço falto de juízo,

8 - Que passava pela rua junto à sua esquina, e seguia o caminho da sua casa; 

9 - No crepúsculo, à tarde do dia, na tenebrosa noite e na escuridão. 

10 - E eis que uma mulher lhe saiu ao encontro com enfeites de prostituta, e astúcia de coração. 

11 - Estava alvoroçada e irrequieta; não paravam em sua casa os seus pés. 

12 - Foi para fora, depois pelas ruas, e ia espreitando por todos os cantos; 

13 – E chegou-se para ele e o beijou. Com face impudente lhe disse: 

14 - Sacrifícios pacíficos tenho comigo; hoje paguei os meus votos. 

15 - Por isto saí ao teu encontro a buscar diligentemente a tua face, e te achei. 

16 - Já cobri a minha cama com cobertas de tapeçaria, com obras lavradas, com linho fino do Egito. 

17 - Já perfumei o meu leito com mirra, aloés e canela. 

18 - Vem, saciemo-nos de amores até à manhã; alegremo-nos com amores. 

19 - Porque o marido não está em casa; foi fazer uma longa viagem; 

20 - Levou na sua mão um saquitel de dinheiro; voltará para casa só no dia marcado. 

21 - Assim, o seduziu com palavras muito suaves e o persuadiu com as lisonjas dos seus lábios.


Ainda em Provérbios 1.10 temos a seguinte informação. 

Filho meu, se pessoas perversas tentarem seduzir-te, não o permitas!

A sedução tem uma força tão grande que o mais forte dos homens um dia a ela se redeu, assim, não dá para tentar resisti-la ou enfrentá-la, o jeito é fugir antes dela nos enlaçar. Vocês já viram como ela derrubou o homem mais forte de todos os tempos chamado Sansão?

Sansão, cujo nome significava "homem do sol", era um nazareno dotado de extraordinária força. Era um dos juízes bíblicos cuja história está descrita no Livro dos Juízes (13-16) e no Novo Testamento (Hebreus 11,32).

A Bíblia diz que Deus chamou Sansão para libertar o povo de Israel que vivia dominado pelo Filisteus. Estes, que tinham um medo enorme da força do nazireu, tentavam sem sucesso prender Sansão. Os governantes filisteus, sabendo da paixão de Sansão pela filistéia  Dalila, aliciaram a jovem, com 1.100 (um mil e cem) moedas de prata, a descobrir a origem da força invencível de Sansão.

Dalila amava Sansão, mas este amor era inferior ao que sentia pelo seu povo. Com o seu grande poder de sedução e principalmente pelo valor em moedas de prata que lhe ofereceram como suborno; Dalila tentou não só desvendar de Sansão o segredo, o mistério, da sua força, como também arranjar uma forma para que ele fosse dominado pelos filisteus.

Primeiramente, Sansão disse-lhe que ficaria vulnerável como qualquer outro homem, se o amarrassem com sete fibras novas de arco que não tivessem sido secas. Dalila atou Sansão com as sete fibras, durante o sono mas, quando os Filisteus chegaram para o levar, ele arrancou as fibras sem dificuldade.

À segunda tentativa de Dalila, Sansão disse-lhe que seria facilmente dominado se fosse amarrado por cordas novas, mas também destas se libertou, sem nenhuma dificuldade, quando chegaram os Filisteus. 

A terceira versão de Sansão foi tão falsa como as duas anteriores, pois quando Dalila teceu as sete madeixas ou mexas dos cabelos de Sansão como uma rede as apertou com um gancho, durante o sono de Sansão, este voltou a libertar-se facilmente.

Foi então que Dalila exercendo todo o seu poder maligno e enganoso de sedução, conseguiu saber o segredo da força de Sansão. Este disse-lhe que, se os seus cabelos fossem cortados, a sua força abandoná-lo-ia e ficaria fraco como uma criança. Sansão adormeceu no colo de Dalila e esta, suavemente, cortou-lhe os caracóis dos cabelos. Acordado pela chegada dos Filisteus, Sansão acreditava ainda ter força, mas foi rapidamente dominado pelos soldados, que lhe perfuraram os olhos com ferro quente e o prenderam com algemas de bronze.

Sansão foi exposto e humilhado, publicamente, no caminho do templo de Dagôn, onde, depois de padecer um longo período na prisão, sofrendo todos os tipos de humilhações; foi amarrado aos dois pilares que sustentavam o enorme edifício do templo de Dagôn. A população juntou-se aos reis e sacerdotes de Dagon e aos milhares para ver a derrota de Sansão e este, num último esforço, pediu perdão a Deus e pediu também a Deus que lhe devolvesse a força, por um instantes. Foi então que Sansão, heroicamente, fez ruir os pilares, causando a destruição do templo e, consequentemente, a morte dos Filisteus, de Dalila e do próprio Sansão.


Na arte da sedução, a aparência só atrai. Mas a essência é fatal. É aí que a luz de alerta acende. 

Alertar é ensinar o crente a não se deixar dominar pelo jogo da sedução e como neutralizar os seus efeitos iniciais antes mesmo dela injetar o seu veneno mortífero e fatal, através dos olhos e dos ouvidos, no seu coração. 

O diabo sabe perfeitamente como enfraquecer uma pessoa, e sabe também que ninguém está obrigado a fazer o que não quer, isto por conta da capacidade inerente do homem através do livre arbítrio e é em face desta liberdade que o homem tem, que ele, o diabo, trabalha para seduzi-lo a fazer escolhas erradas e sofrer as consequências desta escolha. O instrumento que ele usa é o "engano, isto é, a "sedução, razão pela qual em Ap. 12:9 ele é chamado de o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo por causa do poder que ele tem de enganar o mundo inteiro, todavia, a Bíblia nos adverte a estarmos vigilantes como por exemplo em Mc 14:38 quando Jesus disse: “Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois, de um lado, o espírito está pronto, mas, por outro lado, a carne é fraca”.


1. O que é a sedução?

E um conjunto de qualidades e características que despertam simpatia, desejos sensuais e sexuais, paixão, interesse. Do latim (seductione), ato de seduzir ou de ser seduzido. Qualidade de sedutor. É o "dom de atrair ou de seduzir, próprio de certas pessoas. Sedução é a capacidade de encantar o outro com fins de atingir determinados objetivos, ainda que imorais. Seduzir significa literalmente "atrair e prender com sebo. A ideia básica é atrair usando o engano razão pela qual se diz o seguinte: "A sedução é a razão de todos os males. Geralmente a sedução envolve dinheiro em troca de alguma coisa. 


2. Como a sedução atua na vida de uma pessoa?   

Por ser um processo a sedução, ela atua "calmamente, chamando a atenção para si em primeiro lugar, depois vai costurando e tecendo suas más intenções como uma teia de aranhas, apresentando todo o seu lado aparentemente fingindo que é "bom”, "prazeroso”, "maravilhoso” e convidando a pessoa a entrar no seu jogo, qual seja, primeiro ela atrai, chama a atenção e convence pela atração e depois inicia o seu ataque que passa da imagem ao pensamento, porque a imagem gera o pensamento, o pensamento gera o sentimento e o sentimento provoca uma reação.

O inimigo faz isto por séculos, é especialista nesta área e não adianta acharmos que temos força para enfrenta-la, pois ninguém que entra no jogo sai ileso, bastando examinar o texto de Juízes 16:16 "E sucedeu que, importunando-o ela todos os dias com as suas palavras, e molestando-o, a sua alma se angustiou até a morte,? e ainda 2 Sm 11:2 que diz: "E aconteceu que numa tarde Davi se levantou do seu leito, e andava passeando no terraço da casa real, e viu a uma mulher que estava se lavando, banhado ao ar livre; e era mulher mui formosa à vista. O maior "sedutor de todo o mundo que é o diabo, Ap 12:9, seduz o crente usando basicamente três coisas como fez com o rei Davi: a) Sexo, Pv 6:24-32; b) Poder, At 12: 21-23 e c) Dinheiro, 2 Tm 6:10.


3.O que a Bíblia diz sobre a sedução.

A palavra de Deus nos adverte sobre os diversos tipos de sedução e sobre o cuidado que devemos ter com cada uma delas, destacando-se: 1. A sedução do pecado, Pv 9:17; 14:12; Tg 1:14; 2. A sedução dos pecadores, Pv 1:10; 3. A sedução da mulher adultera, Pv 2:16; 6:25-32; Jó 31:9; 4. A sedução dos falsos profetas, Mc 13:22; 5. A sedução dos falsos ensinadores, At 20:30; 6. A sedução das falsas doutrinas, 1 Tm 4:1; 7. A sedução dos impostores, 2 Tm 3:1; 8. A sedução do coração, Dt 30:17; 9. A sedução do dinheiro, Jz 16:5; 10. A sedução dos relacionamentos em descompasso com a orientação de Deus, 1 Re 11:1-4; 11. A sedução das palavras lisonjeiras, Pv 7:21; 12. Jesus disse: Que ninguém vos seduza, Mt 24:4; 13. A sedução dos falsos discursos, Ef 5:6; 14. A sedução dos falsos pregadores, 2 Pe 2:18 e 15. A sedução das falsas profecias, Ap 2:20. 

A bíblia também tem uma sentença para os sedutores: "Quem engana um homem honesto e o induz a praticar o mal cairá em sua própria armadilha; entretanto quem é justo será grandemente recompensado. Pv. 28:10 e o pai da sedução já foi vencido pelo sangue do Cordeiro, Ap 12:10-12.


4. As trágicas consequências da sedução.

a) Não existe uma formula para vencê-la. Não existem fórmulas e sim orientações bíblicas de como evitá-la. A bíblia diz, sujeitai-vos a Deus e resisti ao diabo e ele fugirá de vós, Tg 4:7 e no que tange a carne diz: 1) Fugi da aparência do mal, 1 Ts 5:22; 2) Foge dos desejos da mocidade, 2 Tm 2:2; 3) Fugi da prostituição, 1 Co 6:18 e diz ainda, 4) Se os pecadores tentarem te seduzir, não consintas, Pv 1:10.

b) Escapa-te por tua vida. Alguém disse que a força do pecado está em nossa ignorância de quem Deus é, pois o pecado nos derruba toda vez que usamos adjetivos para torná-lo naquilo que Ele não é: um atentado contra Deus, por isso disse José: "...como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? Gn 39:9; por isso, escapa-te por tua vida, Gn 19:17 afim de que a trágica consequência da sedução não te apanhe no caminho.


5. Erros comuns cometidos pelos que cedem à sedução.

O salmista Davi no Sl 119:11 nos diz: "Escondi a Tua Palavra na o meu coração, para eu não pecar contra ti. Ora, ceder a sedução nos conduz a prática do pecado e o pecado sendo consumado gera a morte, Rm 6:23, Tg 1:15. Ora o pecado não é um simples ato espontâneo, mas o resultado de um processo como se fosse uma gestação que se inicia na concepção e vai até ao nascimento e cuja pratica leva a morte física prematura, 1 Co 11:30. Não apenas os jovens, mas todos os que cedem a sedução, independentemente da idade cometem os erros comuns por tentarem subestimar o poder da sedução.


a). Acham que já sabem tudo e por não conviverem com a Palavra, não fazem dela uma fonte de meditação diária, nem a esconde em seu coração para evitar o pecado, Sl 1; 119:11.

b). Por conta da falsa sensação de força e experiência, não querem fugir da sedução como fez José, acham que podem enfrentá-la e cometem um ledo engano, Gn 39:12; 

c). Ao invés de evitarem a isca, preferem cair nela e depois ficam debatendo-se na armadilha, cujo escape é vão, 2 Tm 2:22;

d). Esquecem-se que há em nós um mau desejo, que tenta nos iludir e arrastar para a concepção do pecado, portanto fugir ainda é a melhor opção; Tg 1:14; A carne é fraca e tendente para o pecado, por isso a Bíblia nos ensina a fugir literalmente da sedução. 

e). Criam um ambiente propício ao pecado e tentam suportá-lo o que se compara ao mover-se em areia movediça; o colo de Dalila foi o solo da sepultura de Sansão, Jz 16:19; 

f). A advertência de Jesus precisa ser levada a sério quando disse que o espirito está preparado, mas a carne é fraca, então não dá para brincar com ela, pois mesmo sendo fraca é mais forte do que nós, Mt 26:41;

g). Não tentam evitar o primeiro contato, o primeiro bilhetinho e o primeiro olhar onde está o início do fim, pois é como alguém que ateia fogo no próprio peito e acha que não vai queimar a roupa, Pv 6:27.


Muitos já perderam o temor a Deus e se entregam ao pecado como se fosse uma prática normal, isto por conta da relativização que foi projetada no inferno, mas alcançou adeptos em nossas igrejas, por isso adolescentes, jovens, senhores e senhoras, pecam como se fosse um ato natural. Pior ainda é quando não se arrependem pois não há mais sensibilidade espiritual. Arrepender-se é deixar o pecado. Há cinco coisas que fluem do verdadeiro arrependimento: 1. Convicção; 2. Contrição; 3. Confissão do pecado; 4. Conversão; 5. Confissão de Cristo diante do mundo como seu Único e suficiente Salvador de sua alma.

Assim, sem isto, jamais seremos vencedores, pois o que dá a morte o poder de ferir de morte o ser humano é o pecado, mas Deus nos adverte dizendo: "Irmãos, tende muito cuidado, para que nenhum de vós mantenha um coração perverso e incrédulo, que se afaste do Deus vivo. Pelo contrário, exortai-vos mutuamente todos os dias, durante o tempo que se chama "hoje, de maneira que nenhum de vós seja embrutecido pela sedução do pecado”. Hb 3:12-14.

Pessoas que não temem a Deus se satisfazem em pecar contra Ele, seguindo seus próprios caminhos e costumam influenciar outros a fazerem o mesmo. Elas nunca estão dispostas a pecar sozinhas. Para todo esse cenário, Provérbios 1.10 adverte:  “Filho meu, se os pecadores querem seduzir-te, não o consintas”.

O contexto dessa passagem bíblica remete a um grupo de assassinos cruéis que buscam atrair um jovem simples para a sua gangue. Eles lhe oferecem amizade, camaradagem, união, sucesso e riquezas. Salomão adverte enfaticamente a esse jovem para que se mantenha bem longe deles, a fim de evitar grandes e irreversíveis problemas na vida.

As pessoas que resistem ao mal e ao pecado têm a forte determinação de temer a Deus, fazer Sua vontade e fugir de tudo e todos que promovem e disseminam o mal. Elas também se dispõem a resistir a qualquer atração ao pecado, e estão prontas a agradar ao Senhor mais do que a elas mesmas e às pessoas ao seu redor. 

Se você teme a Deus, seja forte e corajoso assim como Josué. Josué 1.8. Não concorde com as ideologias, filosofias e comportamentos dos que não amam nem temem ao Senhor, e não se envolva na companhia deles. O Salmos 1.1,2 ensina: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite”.

Decida viver uma vida que agrade a Deus e separe-se de qualquer pessoa ou circunstância que lhe induza ao mal. Não se deixe ser seduzido para praticar iniquidades. O pecado inicialmente tem sabor doce, de mel, mas o seu fim é amargo. 

Não esqueça que sua aparente ingenuidade ao se aproximar do pecado, neutralidade em se opor a ele e efetividade em praticá-lo, trarão enormes problemas à sua própria vida, causando a sua derrota total contra Satanás, levando-o a perder a salvação. 


Será que os desviados serão salvos?

Os pecadores que morreram e morrerão sem Cristo Jesus sofrem e sofrerão as penalidades no inferno. Jesus acentua repetidamente o horror do inferno: “se o teu olho te faz tropeçar, arranca-o. É melhor entrar na vida com um só olho do que ser jogado no fogo do inferno”. (Mt 18:9). Enquanto a Escritura permanece reticente sobre o específico tormento para o impenitente, certas dimensões são claras.

No juízo final, Deus vai declarar: “Eu não te conheço. Afastai de mim, vós que sois malditos, para o fogo eterno”. (Mt 25:12,41).

Os ímpios que vão para o inferno são também excluídos da presença amorosa de Deus e da vida eterna para a qual os seres humanos foram originalmente criados. (João 5:29). 

Infelizmente os condenados, aqueles que morrerem sem aceitar Jesus, serão literalmente “jogados, lançados, fora, nas trevas” onde há pranto e ranger de dentes.  (Mateus 8:12; 22:13). 

Consequentemente estarão ou serão lançados no lago que arde com fogo e enxofre, que é a “segunda morte” de Ap 21:8. Os seres humanos que rejeitaram ou rejeitam a salvação gratuita em Cristo Jesus terão uma existência inútil e arruinada. (Mateus 25:30, Lucas 9:25, João 3:16-18, 2 Tessalonicenses 1:9; 2 Pedro 2:12; Judas 12). 

O pecado tem apagado completamente todas as virtudes de muitas pessoas. Os réprobos tornaram-se obstinados em sua rebelião contra Deus, como “animais irracionais”. (Judas 10,13; 2 Pedro 2:12-22). 

Consequentemente, as portas do inferno podem e serão trancadas e todos os que estiverem lá sofrerão a condenação eterna. Na Sua morte Jesus desceu às profundezas do abismo e tomou das mãos de Satanás as chaves do inferno e da morte. 

As chaves da morte e do inferno são símbolos da soberania, poder e autoridade de Cristo sobre a existência e o destino dos homens. A Bíblia diz que somente Jesus, mais ninguém, é quem possui essas chaves.

Quando o apóstolo João recebeu as revelações registradas no livro do Apocalipse e teve a visão do Cristo glorificado, ele caiu a seus pés como morto. (Apocalipse 1:17). Então naquele momento Cristo lhe falou: “Não temas; eu sou o Primeiro e o Último; e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno”. (Apocalipse 1:17,18).


O significado de chaves do inferno e da morte na Bíblia.

Nos tempos antigos, as chaves normalmente eram feitas de madeira ou de metal e serviam como instrumentos para destravar o ferrolho de uma fechadura. Diferentemente das chaves modernas, as chaves usadas na antiguidade geralmente eram grandes.

Na Bíblia, as chaves aparecem tanto no sentido literal quanto figurativo. Aquele que tem uma chave é capaz de destrancar portas. Portanto, frequentemente a figura da chave é citada nos textos bíblicos como símbolo de poder e autoridade.

Esse sentido da chave como sinal de autoridade conferida àquele que a possui, fica evidente na profecia dirigida a Eliaquim: “E porei a chave da casa de Davi sobre o seu ombro, e abrirá, e ninguém fechará, e fechará, e ninguém abrirá”. (Isaías 22:22).


As chaves da morte e do inferno

Na expressão “chaves da morte e do inferno” é fácil perceber que a morte e o inferno são apresentados de forma personificada pelo escritor bíblico (cf. Apocalipse 6:8; 20:13,14). Também é importante saber que a palavra “inferno” nessa frase traduz a palavra grega Hades, ou seja, o versículo bíblico diz que Jesus possui as chaves da morte e do Hades.

Essa palavra é amplamente utilizada na literatura grega para designar o lugar de habitação dos mortos. Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego na Septuaginta, essa palavra grega foi usada para traduzir o hebraico sheol que dependendo do contexto pode significar: a sepultura; o reino dos mortos em geral – isto é, o estado de morte; e o lugar de tormento onde o ímpio aguarda o dia do juízo, o inferno em seu estado intermediário.

No Novo Testamento, a palavra Hades também é empregada com essa mesma variedade de sentidos. Porém, o mais usual é que Hades se refira ao lugar de tormento dos ímpios enquanto aguardam o castigo eterno no inferno final.

Considerando essa variedade de significados da palavra Hades na Bíblia, qual será o sentido pretendido pelo autor ao dizer que Cristo possui as chaves da morte e do inferno? Ele usa a palavra Hades como sinônimo de morte? Ou como equivalente à sepultura? Ou ainda como uma referência ao lugar de tormento do ímpio?

A maioria dos estudiosos defende que Hades nesse caso não significa o inferno (lugar de tormento) ou túmulo, mas a condição de existência desincorporada do homem imediatamente seguida à morte. Então a expressão “chaves da morte e do inferno” inclui tanto o estado de morte quanto o lugar de morte, de existência da alma separada do corpo. Seja como for, o importante é que Cristo é soberano sobre todos esses aspectos.


Um conforto para os redimidos. 

Certamente saber que Cristo tem as chaves da morte e do inferno é um grande conforto para os fieis. Aqui vale lembrar que os destinatários primários do livro do Apocalipse foram os crentes do primeiro século que viveram na Ásia Menor sob o domínio do Império Romano. Esses crentes enfrentaram grandes perseguições e muitos deles foram submetidos à morte por causa do Evangelho de Cristo.

Mas saber que as chaves da morte e do inferno estavam nas mãos de Cristo era uma clara mensagem de encorajamento para aqueles cristãos. Não havia o que temer! Isso porque o próprio Cristo que triunfou sobre a morte e o Hades é quem possui absoluta autoridade sobre eles. Aqueles que eram perseguidos até a morte podiam descansar sabendo que eram cuidados por Aquele que ressuscitou dos mortos. Nesse sentido, a morte não era mais vista como um motivo de derrota, mas de vitória.

A Bíblia diz que Cristo tem as chaves do inferno e da morte, isto é, autoridade e poder sobre a morte para que esta não cause dano ao crente, mas que seja, por ele, considerada como lucro para o Reino. Cristo ressurgiu gloriosamente e, agora, tem autoridade sobre a morte e o Hades, fazendo-se apto a livrar os crentes de todos os seus horrores pelo poder da sua ressurreição.

Nesse mesmo sentido o livro de Apocalipse, diz que a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo tem as chaves da morte e do inferno. 

Ele tem poder para abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna. Por fim, observamos ainda que o fato de Cristo receber a alma dos crentes no céu prova que Ele tem as chaves da morte; bem como o fato de Cristo reunir o corpo e a alma dos crentes num corpo gloriosamente transformado na ocasião de sua segunda vinda, prova que Ele tem as chaves do Hades.


O desviado de coração, dos seus próprios caminhos se farta, como do seu próprio proceder, o homem de bem. (Pv. 14.14).

Uma vida piedosa não é uma vida sem pecado, mas sim uma vida humilde e marcada pela operosidade da fé, da obediência e do arrependimento, vivendo uma vida de bom testemunho de sua conversão e de sua certeza de salvação em Jesus Cristo. 

O pecado é uma realidade contínua em nossas vidas, assim como o ato de mortificar a carne em santificação para combater o pecado. Embora nenhum cristão seja ou possa ser perfeito, ele pode ser maduro o suficiente para evitar o pecado, mesmo que seja um neoconverso. E isso não apenas significa que na igreja nós teremos vários graus de maturidade e piedade, mas também que podemos ter alguns que não estão progredindo na fé, mas, de fato, retrocedendo por causa da tentação.


O que é desviar-se dos caminhos do Senhor Jesus?

Todos os cristãos são pecadores, mas nem todos os cristãos estão se desviando, ou seja, a maioria absoluta estão convictos do seu compromisso com Deus. 

Desviar-se não é a perda da salvação  mas pode causar a perda da salvação se o desviado não voltar ao lar paternal. Deus, como um bom Pai, continua de braços abertos esperando o filho voltar para casa.

Para dizer de modo simples, um cristão desviado é aquele cuja comunhão com Cristo está definhando e cuja fé está se enfraquecendo. 


Como alcançar a cura espiritual regenerativa e a cura interior?

“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas”. (Apocalipse 2.5).

A cura para um estado de desvio não é “deixar nas mãos de Deus”, tampouco se encontra em nossa própria atitude de nos “rededicarmos” a Deus. A cura para a nossa condição de desviado  é o reencontro com próprio Senhor Jesus. Ele é o Bom Pastor que restaura a alma. Ele busca e resgata aquele que deixou o rebanho. Ele mantém o crente em Sua mão e ela não perderá Sua firmeza. 

Ele é o bom pastor que sai pelos campos, caminhos e valados em busca da centésima ovelha como na parábola das cem ovelhas. Mateus 25.

Ele completará a boa obra que começou em nós. Nosso grande Salvador faz aquilo que Seu título implica: Ele salva. Ele nos salva da nossa condenação, assim como de nossos desvios.

Mas é preciso agarrar-se à Cura e retornar para ela. Se nós vamos encontrar Nele a segurança do poder do pecado, então devemos olhar para Ele. Se você vê a si mesmo se afastando de Jesus, seja para uma religião vazia, imoralidade ou orgulho cego, uma vida vivida à parte do Salvador, então eu encorajo você a olhar novamente para Jesus. 

Aqui estão cinco breves palavras sobre o significado disso:

1.    Identifique sua condição atual.

Você não pode retornar a menos que perceba que se perdeu no caminho. Há alguns anos Deus deixou bem claro para certo escritor que ele havia caminhado para um tipo de trevas espirituais e precisava retornar para Ele. Deus usou meios, alguns sermões e Apocalipse 2 para guia-lo de volta à comunhão. Contudo, por um longo tempo ele percebeu que não estava sequer consciente de que se encontrava em um estado tão mau e, até que percebesse isso, não seria possível retornar de verdade. “Lembra-te, pois, de onde caíste”.

2. Medite em Cristo e Sua obra redentora. 

Se nós devemos ser capturados pela glória de Jesus e levados a adorá-Lo por tudo o que Ele é e por tudo o que Ele fez pelos pecadores, então nós precisamos olhar para essas coisas repetidamente. Nunca é possível retornar para Jesus à parte da Palavra de Deus. Quando nós respondemos a Ele, estamos respondendo à Sua palavra. Nós nos encontramos em um estado de desvio porque, em parte, nós perdemos de vista a glória de Cristo. Então nós precisamos vê-la novamente. “Buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra”. (Colossenses 3.1-2).

3.  Ore a Deus pela graça da qual você tanto necessita.

O fato é que podemos retornar à graça de Deus. Tudo depende de nós mesmos. Temos que voltar ao primeiro amor de Cristo por nós. O fato de que nós vamos retornar é uma promessa feita por Deus para aqueles que amam a palavra de Deus. Você está consciente de sua condição? Você quer ser reavivado? Talvez você esteja tão frio que nem sabe se realmente o quer. Ore para que Deus faça aquilo que Ele prometeu e cure seu sua alma e te liberte da frieza espiritual. “Curarei a sua infidelidade, eu de mim mesmo os amarei, porque a minha ira se apartou deles. Os que se assentam de novo à sua sombra,  voltarão; serão vivificados como o cereal e florescerão como a vide”. (Oséias 14.4,7).

4. Arrependa-se de todos os pecados ocultos conhecidos e desconhecidos.

Como Martinho Lutero famosamente escreveu na primeira das suas 95 Teses, “Quando o nosso Senhor e Mestre, Jesus Cristo, disse ‘Arrependei-vos’, Ele fez um chamado para que a vida inteira dos fiéis da terra seja constituída de arrependimento”. 

Nosso problema frequentemente começa quando esquecemos esse aspecto da vida do Evangelho. O desviado é alguém que se esqueceu da graça que pode ser alcançada através do arrependimento. O seu coração se tornou insensível ao seu pecado e ele perdeu de vista a sua desesperada e imediata necessidade por Jesus. Retornar para Jesus requer a dolorosa consciência do arrependimento de nosso pecado e o dever iminente de converter-se a Cristo novamente. “Arrepende-te e volta à prática das primeiras obras”. Apocalipse 2.5. É a volta do primeiro amor para consigo mesmo. 

5. Volte-se para Cristo em uma renovada dependência exclusiva de Deus. 

Aqueles que conhecem a Jesus conhecem um Salvador digno de confiança. Aqueles que se afastaram da comunhão com Ele perderam o senso de que dependemos dEle para receber a graça sustentadora, regeneradora e gratuita que recebemos dEle. Nós perdemos a visão de como somos simplesmente necessitados da graça: graça para vir a Cristo, graça para manter-nos com Cristo, e graça para retornar a Cristo. Somente quando reconhecemos nossa atual condição, vemos as glórias de Jesus, buscamos o Senhor para receber graça e nos arrependemos de nosso pecado, é que retornamos ao nosso primeiro amor. “Portanto, dize-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Tornai-vos para mim, diz o Senhor dos Exércitos, e eu me tornarei para vós outros, diz o Senhor dos Exércitos.”. Zacarias 1.3.

Tudo isso é apenas uma forma mais detalhada de dizer: “Arrependei-vos, e crede no evangelho”. Marcos 1.15. É para isso que Deus nos chama diariamente. Quando perdemos essa perspectiva, começamos a nos desviar.


Cuidando dos  desviados. Voltando para a casa do Pai. Mateus 25. A parábola do filho pródigo  

Eu não ouço falar muito sobre o perigo do “desvio da fé” nos dias de hoje. Parece que isso é algo comum e que não precisamos nos preocupar. A alguns anos atrás se falava muito nisso, mas hoje não se fala mais e quase ninguém se importa mais com  os desviados. Nós falávamos sobre isso, orávamos contra isso, e procurávamos manter Jesus sempre diante de nós como nossa grande esperança de fé e satisfação. A preocupação não era como cair totalmente e espiritualmente, negando Jesus e mergulhando em pecados escandalosos, mas nós sabíamos que de fato temos corações tão fracos e inclinados ao pecado como diz um hino: todos somos inclinados a se desviar-se”. E eu não sou melhor hoje do que era naquele tempo  por isso temos que viver em constante vigilância para não cairmos na tentação e nas garras de satanás. 

Se há uma consideração particularmente humilhante para um crente com uma mente espiritual degradada ou desviada, é que, depois de tudo o que Deus fez por ele depois de todas as ricas demonstrações de sua graça, a paciência e ternura de suas instruções, a repetida disciplina de sua aliança, os emblemas de amor recebidos, e as lições da experiência aprendidas, ainda existe no coração um princípio, uma tendência para um secreto, perpétuo e alarmante afastamento de Deus. Isso é muito grave, temos que vigiar para não cair no erro, na tentação, como fez o rei Davi. 

Mas mesmo que reconheçamos que permanecemos pecadores e que podemos nos encontrar em um perigoso estado espiritual, acaso sabemos como se parece esse estado? Alguns dizem que nunca caíram e que precisam experimentar o mundo para saber como é. Só que a maioria dos que já foram, não deram conta de voltar e pereceram, perdendo a salvação.


Como se parecer com um desviado? As evidências de uma condição de pessoa desviada. 

Ele, o desviado, elabora em sua consciência e em seu coração cada uma dessas evidências para querer “justificar” o seu estado de desviado dos caminhos do Senhor e da comunhão dos santos. Vamos analisar apenas alguns pontos ou motivos aqui.

1. Quando a oração deixa de ser uma parte vital de uma vida cristã professa, o desvio está presente.

2. Quando a busca pela verdade bíblica cessa e a pessoa se torna contente com o conhecimento de coisas eternas já adquirido, não pode haver dúvida quanto à presença do desvio.

3. Quando o conhecimento bíblico possuído ou adquirido é tratado como um fato externo e não aplicado internamente, o desvio está presente.

4. Quando pensamentos ardentes sobre as coisas eternas deixam de ser regulares e consumidores, isso deveria ser como um sinal de alerta para o desviado.

5. Quando os cultos da igreja perdem seu deleite, uma condição de desvio provavelmente existe.

6. Quando discussões espirituais profundas são um constrangimento, há certamente uma evidência de desvio.

7. Quando os esportes, a recreação e o entretenimento são uma parte grande e necessária de seu estilo de vida, você pode concluir que está ocorrendo um desvio.

8. Quando os pecados do corpo e da mente podem ser praticados sem uma revolta na sua consciência, a sua condição de desviado é certa.

9. Quando as aspirações por uma santidade semelhante à de Cristo param de dominar sua vida e seu pensamento, o desvio está ali.

10. Quando a aquisição de dinheiro e bens materiais se torna uma parte dominante de seu pensamento, você tem uma clara confirmação de desvio.

11. Quando você pode pronunciar canções e palavras religiosas sem o coração, tenha certeza de que o desvio está presente.

12. Quando você pode ouvir o nome do Senhor ser tomado em vão, questões espirituais ridicularizadas e questões eternas tratadas de forma frívola, sem ser levado à indignação e ação, você está desviado.

13. Quando você pode assistir a filmes e programações de televisão, degradantes e ler literaturas moralmente debilitantes, você pode estar seguro de seu desvio.

14. Quando quebras de paz na irmandade não são motivo de preocupação para você, isso é uma prova de desvio.

15. Quando a menor desculpa parece suficiente para afastar você do dever e da oportunidade espiritual, você está desviado.

16. Quando você fica satisfeito com sua falta de poder espiritual e não mais busca repetidos revestimentos de poder do alto, você está desviado.

17. Quando você desculpa seu próprio pecado e preguiça dizendo que o Senhor entende e lembra que somos pó, você revela sua condição de desviado.

18. Quando não há mais música em sua alma e em seu coração, o silêncio testifica de seu desvio. Não tem mais a alegria de louvar a Deus em espírito e em verdade. 

19. Quando você se ajusta alegremente ao estilo de vida do mundo, seu próprio espelho vai lhe dizer a verdade sobre seu desvio.

20. Quando a injustiça e a miséria humana existem ao seu redor e você não faz nada para aliviar o sofrimento, fique certo de seu desvio.

21. Quando a sua igreja caiu em declínio espiritual e a Palavra de Deus não é mais pregada ali com poder e você permanece satisfeito, você está em uma condição de desviado.

22. Quando a condição espiritual do mundo declina ao seu redor e você não consegue percebê-lo, isso é testemunho da sua situação de desvio.

23. Quando você está disposto a enganar seu empregador, o desvio é patente.

24. Quando você se acha rico em graça e misericórdia e se maravilha com sua própria piedade, então você caiu profundamente em desvio.

25. Quando suas lágrimas estão secas e a realidade espiritual dura e fria de sua existência não é suficiente para fazê-las rolar, veja isso como um terrível testemunho da dureza de seu coração e da profundidade de seu desvio.

 26.   O desviado sempre achará em suas erradas decisões deste ato, para querer justificar sua situação. Sempre jogará a culpa nos outros, nunca em si mesmo. 


Você pode querer discutir algumas das “evidências” listadas acima, mas antes disso considere-as cuidadosamente para não deixar de identificar um real problema em sua vida. E se você descobrir que algumas dessas coisas são verdadeiras sobre você?

A Bíblia incentiva aos crentes a continuar na fé: Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando, até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança. (Hb 6:11). Esse encorajamento foi feito, porque neste mesmo capítulo de Hebreus, existe um texto claro que diz ser possível se apostatar e assim, perder a salvação. 

É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento.  (Hb 6:4-6).

A palavra “caíram” não se refere a um simples tropeço de um cristão fraco, mas a apostasia; a uma “rejeição deliberada de Jesus Cristo”. Para eles não há chance de arrependimento, pois para si mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à desonra pública (Hb 6:6 – NVI). Eles não choram mais pelo sangue derramado na cruz. Ignoram-no, e agora, o envergonham abertamente pela sua apostasia.

Não podemos nos esquecer que Hebreus não está sendo escrito para crentes simpatizantes, mas para cristãos regeneradas. Cristãos regenerados também continuam correndo o risco de se apostatarem da fé de maneira final e irrevogável, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo eterno. Hb 10:26-27.

O texto de Hebreus não nos diz se alguém chegou a esse ponto, entretanto, o que fica muito claro é que, se o terrível pecado da apostasia de pessoas salvas não fosse ao menos remotamente possível, todas estas admoestações não teriam sentido algum.

Precisamos perseverar, corramos com perseverança a carreira especial que Deus pôs diante de nós e que nos está proposta. Hb 12:1. Por fim, lembramos que, dizer que nós precisamos preservar a nossa salvação, não é defender salvação por meio das obras. 

É preciso um pouco de cuidado nesta parte, a salvação é recebida gratuitamente pela fé. É pela fé, também, que permanecemos no caminho. Todo o nosso esforço para fazer a vontade de Deus é uma resposta grata a salvação que recebemos gratuitamente. Por amor, e só por amor, devemos perseverar até o fim. A salvação é, do início ao fim, pura graça de Deus para os seres humanos.


Quem vai para o inferno segundo a Bíblia? Na Bíblia vemos os seguintes versículos de pessoas que irão para o inferno segundo a palavra de Deus.

Os que adoram a outros deuses. (Êxodo 20:4-5).

Os que falam o Nome de Deus em vão. (Êxodo 20:7).

Os que não guardam um dia para adorar ao Senhor. (Êxodo 20:9-11). 

Os que não honram e não respeitam aos seus pais. (Êxodo 20:12). 

Os assassinos. (Êxodo 20:13) 

Os adúlteros. (Êxodo 20:14).

Os ladrões. (Êxodo 20:15). 

Os que dão falsos testemunhos. (Êxodo 20:16). 

Os invejosos. (Êxodo 20:17). 

Os rudes, ríspidos, indelicados, grosseiros, estúpidos, mal-educados, os ofensivo. (Mateus 5).

Os que não praticam a justiça. (Mateus 5).

Os que não são misericordiosos. (Mateus 5).

Os que não são pacificadores. (Mateus 5).

Os que chamam seu próximo de “louco”. (Mateus 5).

Os que olham para o seu próximo desejando sexualmente. (Mateus 5).

Os que amam e praticam a mentira. (Mateus 5).

Os profanos e imorais. ( Apocalipse  21.8).

Agora a coisa apertou mesmo: você sabe o que significa inferno?


Inicialmente, na literatura secular, a palavra inferno, ou como era chamado antigamente “Hades” era o nome de um deus que vivia no submundo e que, segundo os gregos, ficava no seio (meio) da terra.

Na Septuaginta, a palavra “Hades” passou a ser usada para traduzir o termo em hebraico “sheol”. Este lugar era onde os espíritos se encontravam.

Essa palavra possui algumas variáveis na Palavra de Deus. A Palavra Hades, ou sheol, ou inferno pode significar morte, cova, buraco, pó, poço, sepultura, mundo dos mortes, profundezas.


Mais informações sobre o inferno na Bíblia.

A palavra inferno aparece na Bíblia 47 vezes: vejam e leiam as referências bíblicas abaixo. 

27 vezes no Novo Testamento.

20 vezes no Novo Testamento.

Deuteronômio 32.22 até ao mais profundo do Inf., e consumirá a.

2 Samuel 22.6 Cordas do Inf. me cingiram, e encontraram-me laços.

Jó 11.8 Mais profunda é ela do que o Inf. que poderás tu saber?

Jó 26.6 O Inf. está nu perante ele, e não há coberta para…

Salmos 9.17 ímpios serão lançados no Inf. e todas as nações…

Salmos 16.10 deixarás a minha alma no Inf., nem permitirás…

Salmos 18.5 Cordas do Inf. me cingiram, laços de morte me surpreenderam.

Salmos 116.3 me cercaram, e angústias do Inf. se apoderaram de…

Provérbios 5.5 descem à morte; os seus passos firmam-se no Inf…

Provérbios 9.18 os seus convidados estão nas profundezas do Inf…

Provérbios 15.11 O Inf. e a perdição estão perante o Senhor; quanto…

Provérbios 15.24 para que ele se desvie do Inf. que está embaixo…

Provérbios 23.14 fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do Inf…

Provérbios 27.20 O Inf… e a perdição nunca se fartam, e os olhos…

Isaías 14.9 O Inf. desde o profundo, se turbou por ti, para…

Isaías 14.11 Já foi derribada no Inf. a tua soberba, com o som…

Isaías 14.15 E, contudo, levado serás ao Inf., ao mais profundo…

Isaías 28.15 com a morte e com o Inf. fizemos aliança;

Isaías 28.18 e a vossa aliança com o Inf. não subsistirá;

Ezequiel 31.15 No dia em que ele desceu ao Inf., fiz eu que

Ezequiel 31.16 quando o fiz descer ao Inf. com os que…

Ezequiel 31.17 estes com ele descerão ao Inf., a juntar-se aos…

Ezequiel 32.21 falarão desde o meio do Inf., juntamente com os…

Oséias 13.14 os remirei da violência do Inf. e os resgatarei da…

Oséias 13.14 as tuas pragas? Onde está, ó Inf., a tua…

Amós 9.2 Ainda que cavem até ao Inf., a minha mão os tirará…

Jonas 2.2 ele me respondeu; do ventre do Inf. gritei, e tu…

Mateus 5.22 que lhe chamar de louco será réu do fogo do Inf.

Mateus 5.29 do que todo o teu corpo seja lançado no Inf.

Mateus 5.30 perca do que todo o teu corpo seja lançado no Inf.

Mateus 10.28 que pode fazer perecer no Inf. a alma e o corpo.

Mateus 16.18 igreja, e as portas do Inf. não prevalecerão…

Mateus 18.9 tenham dois olhos, seres lançado no fogo do Inf…

Mateus 23.15 terdes feito, o fazeis filho do Inf.

Mateus 23.33 de víboras! Como escapareis da condenação do Inf.

Marcos 9.43 tendo duas mãos, ires para o Inf., para o fogo…

Marcos 9.45 dois pés, seres lançado no Inf., no fogo que…

Marcos 9.47 que, tendo dois olhos, ser lançado no fogo do Inf.

Lucas 10.15 levantada até ao céu? Até ao I. serás abatida.

Lucas 12.5 tem poder para lançar no Inf.; sim, vos digo…

I Coríntios 15.55 o teu aguilhão? Onde está, ó Inf., a tua vitória?

Tiago 3.6 o curso da natureza, e é inflamada pelo Inf...

2 Pedro 2.4 mas, havendo-os lançado no Inf., os entregou às…

Apocalipse 1.18 sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do Inf…

Apocalipse 6.8 ele tinha por nome Morte; e o Inf. o seguia; e…

Apocalipse 20.13 nele havia; e a morte e o Inf. deram os mortos…

Apocalipse 20.14 E a morte e o Inf. foram lançadas no lago de fogo…

Observações:

Abreviação (Inf.. = Inferno).


Viu como é urgente a sua reconciliação com o Senhor Jesus?

Viu como é urgente a sua volta para os pés do Senhor Jesus e para os caminhos do Senhor?

Então volte hoje mesmo para os caminhos do Senhor Jesus, arrependa-se e volte para a casa do Pai como fez o filho pródigo.

João 3.16 diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho Unigênito para que todo aquele que nEle crer não pereça mas tenha a vida eterna”.

Sem humildade e sem confissão de pecados e fraquezas, Deus não age em favor de qualquer um de nós. Nós somos pobres e miseráveis pecadores e carecemos do favor de Deus e do perdão para que o Espírito Santo tenha liberdade de fazer algo em nossos corações para nos abençoar. 

“A graça de Deus se manifesta apenas aos humildes”. “Deus dá graça somente aos humildes”.

Em 1 Pedro 5.5, o apóstolo afirma: “…Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”. O ensino simples desse texto é que a vida centrada em Deus inclui uma postura de dependência e humildade diante dEle.

A graça de Deus está disponível apenas e tão somente “...aos humildes”. Humildes são aqueles que já “jogaram a toalha” e reconheceram que não sabem e não podem fazer mais nada por si mesmos, sabem que são pobres e miseráveis pecadores carentes da graça de Deus. Eles reconhecem claramente suas fraquezas e debilidades. Eles estão conscientes que não podem dar um passo a mais em sua própria sabedoria.

Enquanto conseguirmos achar que somos algo e alguém, e acharmos força em nós mesmos, jamais experimentaremos verdadeiramente a bondade de Deus em nossa vida. O orgulho e a arrogância nos conduzem sempre mais para longe do Senhor e nos levam a médio ou longo prazo aos fracassos na vida.

Devemos desejar estar no grupo dos humildes. Devemos estar dispostos a reconhecer nossas necessidades diárias e manter-nos desejosos por Deus e por Sua poderosa ação em nossa vida.

Provérbios 11.2 afirma: “Em vindo a soberba, sobrevém a desonra, mas com os humildes está a sabedoria”. Conforme o texto, todos que andam na soberba acabam sendo envergonhados, mas “..os humildes” encontrarão no Senhor as soluções para a vida.

Enquanto existir uma fagulha de segurança e esperança em sua própria capacidade, habilidade e força, infelizmente você nunca dependerá exclusivamente de Deus e não O verá agir.

Por isso, lance-se humildemente a Deus. Não confie em si mesmo. Não dependa de si. Não se apegue em seus supostos méritos. Abandone sua força e seus “achismos”. Confie somente no Senhor. Volte para os braços do Senhor Jesus urgentemente. 

Lembre-se que a graça de Deus se revela apenas “...aos humildes”.

As injustiças são as maiores causas para confrontar nosso caráter no dia a dia.

Temos que aprender a lidar com as injustiças.

Ser injustiçado significa que alguém lhe fez algo de  errado ou lhe retribuiu com o mal sem você merecer. Ao dar amor, você recebeu ódio; ao dar fidelidade, você recebeu traição; ao dar carinho, você recebeu hostilidade; ao dar apoio, você recebeu desamparo. 

Em Lamentações 3.59, o profeta Jeremias viu-se injustiçado e orou: "Viste, Senhor, a injustiça que me fizeram; julga a minha causa.”  O profeta orou porque ninguém melhor que o próprio Deus sabe o que é ser injustiçado, pois após criar amorosamente o homem, dar-lhe o jardim do Éden para seu suprimento, estabelecer cuidadosamente uma ordem para sua própria segurança, preparando-lhe graciosamente uma esposa para ele não ficar sozinho, esse homem O traiu, ouvindo a voz de Satanás. Assim, Deus sabe muito bem a dor da injustiça. 

Jesus nos ensinou a lidar com a injustiça da seguinte forma em Lucas 6.27-31: "Digo-vos, porém, a vós outros que me ouvis: amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam; bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam. Ao que te bate numa face, oferece-lhe também a outra; e, ao que tirar a tua capa, deixa-o levar também a túnica; dá a todo o que te pede; e, se alguém levar o que é teu, não entres em demanda. Como quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles”.

Para lidar com as injustiças como Jesus ensina, é preciso que você tenha a vida dEle na sua vida. Somente Ele pode lhe capacitar a amar, a orar e a fazer o bem ao inimigo. Somente Ele pode lhe libertar do ódio e do ressentimento que as injustiças lhe causaram. 

Não combata injustiça com mais injustiça. A vingança não nos leva a lugar nenhum a não ser para o caminho da derrota e da condenação. Entregue suas injustiças ao Senhor e deixe que Ele lide com todas elas para você.

Depois que você aceitou Jesus, seu caráter mudou. Se ainda não mudou precisa mudar urgentemente para o caráter Cristão. Quem tem o caráter Cristão sabe enfrentar todas as adversidades da vida com serenidade e com a graça de Deus para vencer as lutas no tempo de Deus e com Deus no controle de tudo. 

Lembre-se sempre que perder ou aparentemente perder uma guerra, não significa que você perdeu a razão, o melhor de Deus vem depois com a vitória completa, fazendo-nos mais que vencedores na Batalha. 

Se você está afastado da igreja ou desviado da fé em Cristo,  pense nas orientações desta postagem e volte para Cristo imediatamente. Em algum momento ficamos fracos e não suportamos o peso da maldade dos que só querem o nosso mal ou pior ainda, vemos pessoas que eram para nós como exemplo de fé, porém seus atos e testemunho pessoal para com a sociedade e para nós se tornaram desabonadores. Não siga estes maus exemplos de fé e não se deixe levar por este caminho. Continue sendo cristão de verdade, mesmo sendo criticado, perseguido e  espoliado. O Senhor Deus, em Cristo Jesus te dará a vitória. Glórias a Deus.  

Deus abençoe você e sua família. 


Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor. 




segunda-feira, 30 de novembro de 2020

INTEGRIDADE NÃO SE COMPRA, NÃO SE VENDE, SE VIVE

INTEGRIDADE NÃO SE COMPRA, NÃO SE VENDE, SE VIVE.


Provérbios 10.9 afirma: “Quem anda com integridade anda seguro, mas o que perverte os seus caminhos será descoberto".

Definimos integridade com as seguintes palavras:

“Integridade é tudo o que você faz continuamente de forma correta quando você é visto mas principalmente quando ninguém está vendo”. By. Waldirpsouza.

A integridade e o caráter andam juntos, por isso o apóstolo Paulo nos adverte em Gálatas 6.7,”De Deus não se zomba. Tudo o que o homem semear isso também ceifará“.

Integridade é viver de uma forma séria e coerente, consciente  da presença de Deus, convicto de que Ele não só está presente, mas que Ele vê todas as coisas. O Salmos 139.1-3 diz: “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito bem quando trabalho e quando descanso”.


Não nos enganemos. Sempre que não andamos em integridade com Deus, de alguma forma não estaremos também sendo íntegros com alguém. Nenhum de nós é perfeito e Deus não espera isso de nós. O que Ele espera é um coração íntegro e sincero, que coloca diante dEle todas as fraquezas, que Ele já conhece, e que pede Sua graça e poder todos os dias. O coração que “joga limpo” e que confessa o seu pecado diante de Deus, terá dEle o perdão.

Assim, ser íntegro significa que você está pronto e disposto a viver consciente da presença de Deus e que buscará viver a vida particular da mesma forma que você vive a vida pública.

Sua segurança depende de uma vida íntegra. Por isso, faça da integridade um valor em sua vida.

Encontramos na Bíblia vários exemplos de um caráter ilibado e de uma integridade à toda prova. Vamos ver apenas o exemplo do profeta Daniel sobre este assunto.

A firmeza do caráter moral do profeta Daniel. Dn.1.1-8;17,20.

Viver uma vida irrepreensível diante da sociedade e principalmente diante de Deus é algo que não é tão fácil diante da sociedade contemporânea. Veremos nesta lição que é possível ser moralmente e espiritualmente firme e íntegro diante de Deus baseados na vida do Profeta Daniel. Estudaremos algumas características de seu caráter e analisaremos também algumas de suas qualidades como um bom servo do Senhor.

I – Definição de integridade e caráter.

Pode-se definir integridade como “solidez de caráter”. Pode, também, significar o estado de “ser integro”, “ser completo”. Deriva-se do verbo “integrar”, que significa “tornar unido para formar um todo completo ou perfeito” “retidão, perfeição”. Qualidade de alguém de conduta reta, pessoa de honra, ética, educada, imparcial, pureza ou castidade, o que é justo. Já a palavra caráter significa o aspecto dinâmico da nossa personalidade. É aquilo que nos faz diferentes dos outros, conjunto dos traços particulares de uma pessoa.

II – Características específicas do profeta Daniel. Dn.1.3.

2.1 “E disse o rei a Aspenáz chefe dos seus eunucos…”.  (Dn 1.3-a). Eunuco do hebraico “sarís”, era um macho castrado. Por motivos óbvios, os eunucos eram frequentemente encarregados dos haréns reais. Às vezes a palavra, por metáfora, era usada simplesmente com referência a um oficial. Há quem defenda que exista uma grande possibilidade de que Daniel e seus amigos tenham sido desvirilizados (castrados) baseados na profecia de 2 Rs 20.18 e Is 39.7. No entanto, essa informação não significa a literalidade da palavra, não há nada absolutamente que prove que Daniel e seus três amigos foram castrados, mais sim, que tenham apenas se afastado do contato com mulheres e preservado o seu estado de castidade por uma livre escolha e devoção “Porque há eunucos que nasceram assim; e há eunucos que pelos homens foram feitos tais; e outros há que a si mesmos se fizeram eunucos por causa do reino dos céus…”. (Mt 19.12).

2.2 “….que trouxesse alguns dos filhos de Israel..”. (Dn 1.3-b). Esses eram originalmente descendentes de Jacó ou Israel. Tinham a reputação de serem da linhagem de Davi. Esses quatro jovens de Judá, por intermédio dos seus nomes, testemunhavam do único e verdadeiro Deus. Quaisquer que tivessem sido as limitações do seu ambiente religioso em Judá, seus pais lhes deram nomes que serviam de testemunho ao Deus que serviam. Daniel significava: “Deus é meu juiz”; Hananias significava: “O Senhor tem sido gracioso ou bondoso”; Misael significava: “Quem é como é Deus?” e Azarias declarava: “O Senhor é meu Ajudador”.

2.3 “…e da linhagem real e dos nobres ou príncipes”. (Dn 1.3-c).

A palavra nobres no hebraico “partemím” é um termo aparentemente usado com referência a pessoas importantes. Entre esses cativos da primeira leva estava os melhores da nação judaica, inclusive membros da casa real, provavelmente descendentes do rei Ezequias, conforme a profecia de Isaías 39.6,7. Também refere-se a ilustres famílias, e não somente à casa real de Davi. O sentido dos três termos, “Israel, linhagem real e nobres”, indica que a seleção tinha de ser feita entre os hebreus, tanto da família real como de outras famílias da nobreza.


III – Qualificações do profeta Daniel.

Poucas personagens no AT são tão conhecidas quanto Daniel, desarraigado da sua terra natal, educado numa sociedade estrangeira, que manteve a firmeza do caráter moral e espiritual e uma lealdade inabalável ao Deus do seu povo. As suas habilidades e a integridade inspirada pela sua fé o conduziu a altos escalões de governo. Vejamos algumas de suas qualificações:

3.1 Cuidados físicos e qualidades físicas do profeta Daniel.

“Jovens sem nenhum defeito…”. (Dn 1.4-a). Esta é a primeira de uma série de qualificações estipuladas para a seleção de homens a serem treinados na corte da Babilônia. Jovens no hebraico “yeladím”, entre quatorze ou quinze anos de idade ou um pouco mais é o que parece certo. Ausência de defeito “…formoso e de boa aparência…” (Dn 1.4-b). A mesma combinação de palavras se usou em relação à beleza de Raquel (Gn 24.16; 26.7), Bate-Seba (IISm 11.3), da Rainha Vasti (Et 1.11) e de Ester (Et 2.2; 3,7). Daniel e seus amigos nobres (ou reais) eram fisicamente “perfeitos”.

3.2 Qualidades intelectuais do profeta Daniel.

“Instruídos em toda a sabedoria, doutos em ciência, e versados no conhecimento” (Dn 1.4-c). Essas três expressões cumulativas “sabedoria, ciência e conhecimento” enfatizam a capacidade natural. A redundância da expressão hebraica é para dar ênfase e não para estabelecer distinções. Referia-se mais ao que os jovens já eram e não ao que iriam se tornar. “O programa educacional que estes jovens iriam se submeter provavelmente incluiu o estudo da agricultura, da arquitetura, da engenharia, da astrologia, da astronomia, das leis civis, da matemática e da difícil língua acádica”.

3.3 Qualidades morais e emocionais do profeta Daniel.

“Que fossem competentes para assistirem no palácio do rei”. (Dn 1.4-d). Talentos naturais e adquiridos que capacitassem esses homens a servirem um rei esplêndido em um edifício magnífico é o que se quis dizer. Os rapazes deviam ser humildes mas não tímidos. “E lhes ensinasse a cultura e a língua dos caldeus” (Dn 1.4-e). A frase “competentes para assistirem no palácio”, indica claramente que deveriam ter conhecimentos em diversas áreas mais também ser moralmente justos.


3.4  Qualidades espirituais do profeta Daniel.

Daniel foi levado cativo para a Babilônia aos 16 anos. Ele decidiu trocar as iguarias do palácio por uma dieta de legumes, que foi benéfica à sua saúde e dos companheiros, mas principalmente dedicou-se à oração. O profeta Daniel era um homem quebrantado e de muita intimidade com Deus.

“E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia; portanto pediu ao chefe dos eunucos que lhe concedesse não se contaminar”. (Dn 1:8).

Daniel serviu no Palácio real da Babilônia durante 69 anos e não se corrompeu. 

A palavra babilônia vem de babel, que na transcrição do grego e hebraico para o português significa confusão, desordem. Na língua babilônica, entretanto, acredita-se que o significado era "porta de Deus".

Esta histórica cidade foi a antiga capital da Suméria, na Mesopotâmia, que hoje corresponde ao território do Iraque. Muitos historiadores acreditam que o Império Babilônico teve grande importância para a origem da civilização devido ao Código de Hamurabi. Constituído pelo rei de mesmo nome que atuava na época, dizem que este é o conjunto de leis mais antigo do mundo.

Daniel serviu a 4 imperadores:

Nabucodonosor - babilônico. Cap. 1:1;

Belsazar - babilônico. Cap. 7:1;

Dario - Medo. Cap. 9:1;

Ciro - Persa. Cap. 10:1. Ler caps. 1:21 e 6:28.

Foi profeta do cativeiro, teve um ministério de grande política, porém a principal atividade do Profeta Daniel era a oração.

Ele foi um dos homens mais usados por Deus, um homem de oração, fiel, bem visto pelas autoridades, mas alvo de muita inveja. Mostrou o poder de Deus através da sua pessoa, revelando visões das coisas ocultas. Ele o fez quando revelou ao rei Nabucodonosor. (Dn 2:1-13) o significado do seu sonho.

Nabucodonosor já estava cansado dos seus “conselheiros” que sempre vinham revelando coisas erradas a seu respeito e não confiava mais em ninguém com suas “premonições”. Daniel recebeu o desafio. Ele e seus companheiros judeus oraram a Deus, pedindo a revelação do sonho. O Senhor os atendeu.

Quando Daniel entrou na presença de Nabucodonosor, foi humilde e lhe explicou que a resposta não veio dele, mas do único Deus capaz de lhe revelar o futuro. Quando lhe foi revelado, Daniel recebeu todas as honras do rei.

Isso lhe atraiu inveja e seus amigos foram fortemente perseguidos. Por inveja, Daniel foi posto, muitas vezes, em prova, mas nunca omitiu quem era o seu Deus, o Senhor de sua vida. Todas as vezes, em oração, esse homem esperava em Deus, buscava e clamava aos céus. Deus sempre o atendia!

“Naqueles dias eu Daniel, estava pranteando por três semanas inteiras. Nenhuma coisa desejável comi, nem carne nem vinho entraram em minha boca, nem me ungi com unguento, até que se cumpriram as três semanas completas”. (Dn 10,2-3).

Nessa passagem vemos a dedicação de Daniel quando o mesmo se abdicou para se cumprir um propósito, mesmo em meio às atividades cotidianas. O jejum de Daniel é um dos mais copiados na atualidade, pela forma como que o homem se portou, “matando” sua vontade carnal e fazendo tudo em espírito. Daniel se absteve dos manjares do rei.

O jejum é uma prática que deve ser colocada como aliança, como comunhão. Uma verdadeira forma de alcançar aquilo que parece travado no mundo espiritual.

"Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto, janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer". ( Dn 6:10).

Quando falamos em oração lembramos de muitos servos que tanto no Velho como no Novo testamento, usaram este grande ensinamento do Senhor Jesus, para serem vitoriosos.

Em especial podemos citar Daniel e seus companheiros ,Ananias, Mizael e Azarias, que resolveram no seu coração não se contaminar com as iguarias do rei da Babilônia, e mesmo no seu cativeiro, ele, Daniel,  orava três vezes por dia, na janela do seu quarto voltado para Jerusalém. Com suas orações, Deus concedeu a vida de Daniel e seus amigos, grandes experiências com o Senhor.

Fecharam bocas de leão, foram salvos da fornalha de fogo ardente, desvendaram mistérios que só uma pessoa com muita intimidade de oração com Deus pode ter essas experiências. Hoje a igreja que ora é vitoriosa. A oração é um dos fundamentos para que o servo do Senhor consiga vencer todas as suas batalhas.

Mesmo recebendo nomes babilônicos aqueles jovens, sob a liderança de Daniel, permaneceram firmes na fé. Daniel recebeu o nome de Beltessazar. Os outros de Sadraque, Mesaque e Abednego.

As lições de vida do profeta Daniel  que são perfeitamente aplicáveis as nossas vidas.

1) “Daniel quando soube...”

Daniel tinha ciência do que acontecia ao seu redor. Quando soube do edito real assinado e que colocaria sua vida em perigo ele procurou a Deus em oração. Ele sabia que "se Deus não guardar a casa ou a cidade, em vão vigia a sentinela". (Sl 127:1).

Temos até ciência do que nos cerca, mas invariavelmente não temos a mesma atitude de Daniel quando tomamos conhecimento de algo que se levanta contra nós. Ao invés de buscarmos ao Senhor em oração, nos desesperamos, buscamos ajuda em quem de fato não pode nos ajudar. Simplesmente fracassamos!

2) Daniel entrou em sua casa, em cujo quarto havia janelas abertas para o lado de Jerusalém... e fez o que era acostumado a fazer: foi orar a Deus.

Entrar em casa diz respeito a nos recolher para buscar somente ao Senhor. Diz respeito a buscar o Senhor em secreto e o Pai que nos vê em secreto nos recompensará! (Mt 6:6).

Interessante que buscamos a Deus em secreto, mas a recompensa virá publicamente, não foi isto que ocorreu, por exemplo  com Daniel?

Para que lado as janelas de nossa alma estão abertas? Para Jerusalém ou Babilônia? Jerusalém aponta para cima (celestial), enquanto que Babilônia aponta para baixo (terreno).

Assim, Daniel se encontrava fisicamente na Babilônia, mas espiritualmente ele se encontrava em Jerusalém! Mesmo que haja até mesmo um edito escrito e assinado contra nós, nunca poderá haver janela fechada para Deus em nossas vidas. Jamais nos esqueçamos que as "janelas abertas" dizem respeito a nossa comunhão com Deus, cujo canal principal é a oração!

3) Daniel três vezes ao dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus.

Quem era o Deus de Daniel? Era o grande "Eu Sou".

Quem é seu Deus? Quem é o nosso Deus?

É o mesmo Deus de Daniel? Então, mesmo que sejamos um estadista (como Daniel se tornara em Babilônia) será necessário buscar a Deus em oração. Não temos desculpas, somos indesculpáveis porque somos relaxados, indisciplinados, principalmente com relação às coisas de Deus.

Não gostamos quando somos confrontados com palavras que nos exortam e nos acusam de um tempo demasiado em frente à TV ou do computador, ou do Android, etc e depois falamos que não temos tempo para orar, ou que estamos cansados demais para tal. A carne não aprecia este tipo de palavra, mas, a exortação é para nosso próprio bem.

Estamos sendo dilacerados na alma por essa palavra, mas é necessário que a palavra de Deus nos confronte todo dia


4)   “Como Daniel também antes costumava fazer...”.

Daniel não nasceu no cativeiro, portanto, ele cultivava uma vida de oração mesmo antes de ser desterrado para Babilônia, entretanto, tudo isso, todas as implicações que sobrevieram sobre sua vida cativa não foi suficiente para forçá-lo abandonar sua fé. Entendemos porque um anjo lhe disse: "Daniel, homem muito amado, entende as palavras que vou te dizer, e levanta-te sobre os teus pés, porque a ti sou enviado" (Dn 10.11).

Por que Daniel foi chamado de “um homem muito amado”?


As respostas podem ser muitas, mas todas elas passarão pela "oração"

Daniel desconhecia que quando estava orando estava sendo travada uma guerra espiritual, ficou sabendo após o anjo lhe comunicar que havia sido impedido, de lhe trazer a resposta de Deus, pois estava em guerra com as potestades e principados da maldade nos ares celestiais.

Quando Daniel orava Deus precisou mostrar a ele o que estava acontecendo, dizendo que não ficasse triste. E se tem uma coisa que entristece o povo de Deus é orar e não receber a resposta. Ele se sente um fracassado, uma pessoa desprezível, como se não fosse importante para Deus, pois está orando e Deus não está respondendo.

Aí vêm as dúvidas em seu coração, colocadas por satanás: Será que Deus não me ama? será que para Deus não valho nada?

Será que Deus me desprezou? Será que você está sentindo assim? Mas na verdade mesmo é que o povo não entende a guerra espiritual que é travada nas regiões celestiais, portanto é necessário que você saiba e que nós todos saibamos como reconhecer e enfrentar o ferrenho inimigo.

Precisamos começar a praticar esta verdade, para descobrir as ciladas do diabo, e impedi-lo de agir, para que nossas vidas sejam abertas e possamos receber as respostas que Deus tem para cada um de nós. Não desanime, não deixe de orar, não deixe de buscar a Deus em sua vida, mesmo que pareça que Deus não esteja te ouvindo. Saiba que Deus não te desamparará, pois você é fruto do sonho de Deus.

Não se esqueça, satanás vai fazer tudo para que suas orações sejam impedidas, pois ele não quer a sua vitória, ele não quer a sua libertação, ele quer que você continue desanimado, triste, sem forças para lutar, pois ele sabe que se você der ouvido à Palavra de Deus você será um vencedor, uma nova criatura, ao qual o Senhor lhe chamará de filho amado.

Saiba que neste momento está sendo travada uma guerra espiritual, ou seja, uma batalha espiritual para que você seja impedido de receber estas fiéis palavras de Deus em seu coração, mas pelo poder da Fé que há no Senhor Jesus, eu creio que você lutará em oração para que todos estes principados e potestades do mal sejam derrotados em nome do Senhor Jesus.

Assim eu creio que desta forma s bênçãos de Deus chegarão sobre a sua vida. E os demônios que estão lutando para impedir, serão derrotados em nome de Jesus. Pois “o Senhor dará ordem aos seus anjos para guerrear por ti”.

Chegou a hora de despertarmos para esta visão. Uma coisa que satanás tem feito é dizer que a visão de batalha espiritual é uma heresia e, com isso, está impedindo que muitas pessoas compreendam a realidade do que acontece nas regiões celestiais.

Em Ef 6.12 diz: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.

O apóstolo Paulo nos alerta de uma luta espiritual que envolve principados, potestades e demônios. Ele está falando de uma guerra espiritual que acontece a todo o momento no mundo espiritual, portanto esteja na presença de Deus, e aceite Jesus em seu coração, e verá que Deus colocará um exército de anjos para pelejar por ti, a partir deste momento. Determine sua vitória, determine sua bênção, creia de todo seu coração que Deus tem prazer em responder as nossas orações.

Foi através da oração que Daniel mantinha sua comunhão com o Senhor, matinha sua fé, através dela ele recebeu proteção em variados níveis de sua vida e instruções claras e objetivas acerca de como devia proceder.

Em resumo, vivemos numa Babilônia moderna. E tragicamente os cristãos modernistas adotaram o estilo cheio de pecado da sociedade, trouxeram o mundanismo para dentro das igrejas. Deus deseja intensamente abençoar o Seu povo, contudo se nossas mentes estão poluídas pelo espírito deste mundo, não estaremos em condições de recebermos Suas bênçãos.

Daniel fez uma declaração forte: "todo aquele mal nos sobreveio: apesar disso, não suplicamos à face do Senhor nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades, e para nos aplicarmos à tua verdade. Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós". (Dn 9.13-14). O mal da Covid19 do Coronavírus está aí causando mortes pelo mundo afora, matando milhares e milhões de pessoas; assim também outras doenças e males que têm atacado por todos os lados. A igreja do Senhor Jesus precisa voltar ao primeiro amor e se dedicar mais à oração.

Daniel estava dizendo: "estamos vendo a degradação da nossa terra. Estamos vendo  nossos pastores buscando seus próprios interesses; estamos vendo toda a sociedade correndo no caminho largo para a sua iminente destruição. Mesmo assim, não nos voltamos para a oração. Se pelo menos orássemos, Deus nos teria tirado do pecado. Ele, Deus, inclusive fica aguardando nossa reação, fazendo promessas gloriosas para nos libertar, mas a igreja do Senhor Jesus através dos seus pastores e líderes, estão desligados da realidade espiritual de tal forma que vendem até suas próprias almas para Satanás. O povo que orava incessantemente não têm mais tempo para a obra de Deus, muitos líderes se tornaram mercenários da fé.  Outros se desviaram cada vez mais da presença de Deus saciando-se nos pecados da sociedade ímpia, carnal e imoral, praticando até culto idolatrias e aos mortos.  No tempo  do Profeta Daniel ele disse ao povo: É por isso que Seu julgamento caiu sobre nós”.

Qualquer oração que sacode o inferno? A oração que Deus responde é aquela que vem do servo fiel e aplicado, que vê seu país e sua igreja caindo cada vez mais no pecado e torna-se um intercessor, suplicando as misericórdias de Deus para sua igreja, para sua família e para o seu país. O crente fiel se dobra sobre os joelhos, e chorando diz: "Senhor, não quero ser parte do que está acontecendo. Permita que eu seja um exemplo do Teu poder salvador no meio deste século corrupto. Não importa se ninguém mais ora. Eu vou orar”.

Daniel conclui dizendo: "estando eu ainda falando na oração, o varão Gabriel me instruiu, e me disse: Daniel, agora vim para fazer-te entender o sentido... és muito amado". (Dn 9:21-23).

Onde está o povo de oração na casa de Deus hoje? Onde estão os pastores fiéis que buscam o Senhor dia e noite? São esses que receberão a instrução e o entendimento, porque são muito amados do Senhor Jesus.

Tal como Daniel, esses servos se identificam com os pecados da nação e da igreja, e o confessam. E clamam, em humildade: Ó Senhor, mostre onde me desviei, onde sou achado em falta. E me ajude a enfrentar e a tratar disso. Custe o que custar, Deus, faça com que eu continue ajoelhado. Desejo ardentemente ver o Espírito Santo restaurando a igreja enquanto é tempo porque breve Jesus virá.

IV – A integridade do jovem Daniel serve como um modelo para a juventude do nossos dias.

A decisão de não comer das iguarias do rei era muito mais do que uma questão de conveniência ou saúde (Dn 1.8). A palavra traduzida por contaminar-se “gaal”, pode significar contaminação física (Is 63.3), “mancha”, contaminação moral (Sf 3.1), ou, mais frequentemente, contaminação cerimonial, mas para o jovem Daniel significava contaminação espiritual que o faria desviar-se da comunhão com Deus e dos propósitos de Deus para com ele naquele país estranho e distante. (Ed 2.62; Ne 7.64).

Vejamos algumas lições da fidelidade do profeta Daniel para com Deus. Dn. 4.1-3

4.1 Daniel foi um modelo de excelência e de intimidade com Deus. Mesmo tendo sido levado muito jovem para o exílio babilônico, Daniel conhecia a Deus e não o trocaria por iguaria alguma que lhe fosse oferecida. É um modelo para os jovens (Ec 12.1), como também foram outros jovens na história bíblica como Samuel (1Sm 3.1-11), José (Gn 39.2), Davi (1Sm 16.12),Timóteo (2Tm 3.15). Durante toda a sua vida, Daniel foi um exemplo de fidelidade, integridade e de oração, pois orava três vezes ao dia, continuamente (Dn 6.10).

4.2 Daniel foi um modelo de integridade numa sociedade corrupta. (Dn 1.6,7). Apesar de todo o esforço de seus exatores que os trouxeram para uma terra estranha e pagã, com costumes e hábitos, dedicados a outros deuses, Daniel soube, durante toda a sua vida, manter-se íntegro moral, espiritual e fisicamente através da oração. A mudança de nome não os fez esquecerem de sua fé e seu Deus Vivo e Poderoso (Dn 1.6,7).

4.3 Daniel foi um modelo de superação pela fidelidade a Deus (Dn 1.20). Neste versículo a poderosa mão de Deus dirigiu todo o curso dos acontecimentos, bem como, a saúde física, o vigor intelectual e a capacidade de superar inteligências comuns. O texto diz que “Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as ciências das letras e sabedoria…” (Dn 1.17), tudo aquilo que os outros príncipes do palácio não tinham.


V – Os perigos e riscos das culturas idólatras e das culturas de egolatrismo e egocentrismo no mundo moderno.       

Daniel era radical em sua posição e não estava aberto a mudanças, se essas interferissem em sua fidelidade a Deus. Ele e seus companheiros compreenderam que a “babilonização” era uma porta aberta para a apostasia. Daniel não negociou seus valores, não se corrompeu e nem se mundanizou. Também não satanizou a cultura, dizendo que “tudo era do diabo”, mas percorreu com sabedoria os corredores da universidade e do palácio sem se corromper. Nos setenta anos de cativeiro do povo Judeu na Babilônia, os Judeus quase perderam sua identidade e sua comunhão com Deus, com exceção de Daniel que lutou pela libertação do povo Judeu daquela escravidão. 


Analisemos as posições e valores inegociáveis de Daniel. 

5.1 O perigo da mudança dos valores (Dn 1.7). Assim que chegaram na Babilônia seus nomes foram trocados. Com isso a Babilônia queria que eles esquecessem o passado e seu Deus. A Babilônia quis remover os marcos e arrancar suas raízes. Entre os hebreus, o nome era resultado de uma experiência com Deus. A universidade da Babilônia queria tirar a convicção de Deus da mente de Daniel e de seus amigos e implantar neles novas convicções, novas crenças, novos valores, por isso mudaram seus nomes. A Babilônia mudou os nomes deles, porém, não mudou seus corações. Daniel e seus amigos não permitiram que o ambiente, as circunstâncias e as pressões externas ditassem sua conduta.

5.2 O perigo das iguarias do mundo (Dn 1.8-a). Os jovens, além de ter a melhor universidade do mundo de graça, ainda teriam comida de graça, e da melhor qualidade. Os alimentos consumidos pelos pagãos continham coisas consideradas cerimonialmente imundas para os judeus. A carne da mesa do rei era sem dúvida morta de acordo com o ritual pagão e oferecida a um deus. Os judeus estavam proibidos de comer carne sacrificada a um deus pagão (Êx 34.15). Os judeus sempre enfrentaram este problema ao comer fora de sua terra (Lv 3.17; 6.26; 17.10-14; 19.26; Os 9:3, 4; Ez 4:13, 14).

5.3 O perigo das ofertas vantajosas (Dn 1.19). Muitos judeus se dispuseram a aceitar as ofertas generosas da Babilônia. Esqueceram de Sião e dos absolutos da Palavra de Deus. A Lei já não servia mais para eles. Agora estavam num “estágio mais avançado” estudando as ciências do mundo. Além do mais, a Babilônia oferecia riquezas, prazeres e delícias. A lei de Deus, pensavam, é muito rígida, tem muitos preceitos. E assim, muitos se esqueceram de Deus e de Sua Palavra (2Rs 24.14). Para eles, tudo havia se tornado relativo e ultrapassado. No entanto, Daniel era ortodoxo, ou seja, vivia em plena obediência a Palavra do Senhor (Dn 1.8).

Daniel foi um jovem fiel a Deus e, apesar de ter um passado de dor, sua vida e sua conduta integra, são um farol a ensinar-nos o caminho certo no meio da escuridão do relativismo; vivemos num mundo que tudo hoje e relativo e sem valores absolutos, principalmente na área da fé cristã. Seu testemunho rompeu a barreira do tempo e ainda encoraja homens, mulheres e jovens em todo o mundo a viver com integridade,  santidade e comunhão com Deus em nossos dias.

As firmes promessas de Deus para os que permanecerem fiéis.

Jeremias 29.11-13

11. Porque eu bem sei os pensamentos que penso de vós, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que esperais.

12. Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.

13. E buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração.


Deus abençoe você e sua família.


Pr. Waldir Pedro de Souza

Bacharel em Teologia, Pastor e Escritor.